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Roma Antiga

Prof. Leopoldo Gollner


Localização Geográfica
Cronologia:

• Monarquia ( 756 a. C. a 509 a.C.)

• República (509 a.C. a 27 a.C.)

• Império (27 a.C. a 476 d.C.)


Origens de Roma
Origem Lendária: O Mito de Rômulo e Remo

Origem Histórica: O Sítio Arqueológico e Alba Longa


O Período Monárquico
Estrutura política:
• Rei: chefe político, religioso, militar e jurídico.

•Senado: Conselho dos anciãos. Representantes das mais


importantes famílias de Roma (100 senadores).

•Assembleias;
 Curiata ( patrícios adultos) posteriormente, assuntos religiosos
Centuriata ( guerreiros) 4 urbanas e 20 rurais
Sociedade:
 Patrícios (aristocracia/nobreza) : Grandes proprietários de
terras e escravos. Monopolizavam a vida política de Roma.

Plebeus (homens livres): pequenos proprietários, comerciantes,


estrangeiros e artesãos. Estavam sujeitos a escravidão por dívidas
e não possuíam diretos políticos.

Clientes (parentes pobres) Viviam na dependência dos


patrícios.

Escravos (por dívidas e/ou guerra) Pouco numerosos durante a


Monarquia e com crescimento expressivo a partir da república
O Fim da Monarquia e o início da
República
•Os 4 reis latinos/sabinos;

•A Invasão Etrusca;

•O golpe do Senado
A República Romana
Res pública (coisa pública) de quem? R: dos patrícios!!!
SPQR (Senatus Populus qae Romanus)

Estrutura da República Romana:


• Senado( agora com 300 componentes patrícios)

•Magistraturas (compostas apenas por patrícios) Ex: Cônsul (2),


Pretores, censores, edis etc...

•Assembleias:
Tribunícia (patrícios e plebeus)
Centuriata. (patrícios e plebeus)
As Revoltas da plebe
Por quê?
5 revoltas entre 494 a.C. a 286 a.C.
Consequencias principais:
Fim da escravidão por dívidas;
Casamento misto
Confecção de Leis escritas;
Entrada de Plebeus nas Magistraturas;
Criação da Magistratura do Tribunato da Plebe;
O Plebiscito
O Expansionismo Romano e A Conquista da
Península Itálica
 Em suas origens Roma não foi uma potência imperialista. Suas
primeiras conquistas territoriais foram conseqüentes de guerras
defensivas.
A região do Lácio (Roma) era repleta
de terras férteis e ausente de portos
naturais (bom para a defesa). Daí a
cobiça de diversos povos,
principalmente dos Etruscos.
A expansão territorial romana na
Península Itálica deu-se entre os
séculos IV e III. Entre os principais
adversários romanos neste período
figuram-se etruscos e gregos.
As Guerras Púnicas
Os conflitos entre Roma e Cartago originaram-se pela disputa
da hegemonia sobre o Mediterrâneo.
Cartago era uma cidade-estado de
origem fenícia, fundada
aproximadamente no século VIII
a.C., situada no norte da África, no
atual território da Tunísia.
Império cartaginês (III a. C.)

Ao longo do tempo tornou-se um importante entreposto


comercial no Mediterrâneo onde se comercializavam perfumes,
marfim, trigo entre outros.
A origem da palavra Púnica vem do termo latim Poeni,
utilizado pelos romanos para se referir aos cartagineses.
1ª Guerra Púnica- 264-241 a.C:
Vencida pelos romanos, após
conflitos navais ocorridos na região
da Messina. Roma anexou as ilhas
mediterrâneas: Sicília, Córsega e
Sardenha.
2ª Guerra Púnica-218-202 a.C.:
Os cartagineses sob o comando de
Aníbal Barca invadem a Península
Itálica pelos Alpes com mais de 60 mil
soldados, utilizando inclusive elefantes.
No entanto sem o auxílio da Macedônia
os cartagineses novamente são
derrotados.
3ª Guerra Púnica- 150-146 a.C. : Carta-
go é reduzida a Província romana.
O Exército Romano
Faziam parte do exército romano:
–Os cidadãos de Roma;
–Membros de comunidades que não
possuíam cidadania completa;
–Aliados autônomos.
–Obs: Composição até o século Ia.C.
Características do exército:
–O Exercito pelo menos durante a república não é permanente.
–Compunha-se de moradores do campo e da cidade com idade
entre 17 e 46 anos.
–Os proletarii não eram aceitos no exército.
Legião carregando o estandarte Trirreme

ballistae Formação de combate: Testudo


–A Base do Exército romano eram as legiões.
–Estas eram divididas em manípulos (agrupamento de duas
centúrias).
–As centúrias subdividiam-se em decúrias (dez homens)
–Tribunos militares comandavam as legiões
–O Controle supremo era exercido pelo Cônsul ou Ditador
As Legiões combatiam em 3 filas:
Hastati - (os homens dos dardos) – eram os soldados mais
novos e menos experientes. Cada um estava armado com duas
lanças de arremesso – a hasta (dardo pesado) ou o tipicamente
romano pílum. Este tinha quase três metros de comprimento,
com uma flecha de metal que se torcia com o impacto, não
podendo portanto ser recuperada.

 Príncipes – soldados mais velhos e experientes usavam armas


semelhantes aos hastatis, tomavam a iniciativa após o
desaparecimento no meio das suas próprias linhas dos hastatis,
caso a linha inimiga agüentasse firme.

Triarii – veteranos da guerra, que criavam uma parede


defensiva por onde escapuliam os príncipes caso, o seu ataque,
também falhasse.
Um
Centurião
Espadas

Lorica segmentata
Centurião

Sandálias

Elmo - capacete
Escudo Gladio
O Império Romano e sua queda
Ia.C. – Vd.C.
O Império Romano (27 a.C. – 476)

 Alto Império (I a. C. – III): Auge do Império,


período em que o sistema econômico, social e
político romano funcionou muito bem.

 Baixo Império (III – V): Período marcado pela


decadência, crises e anarquia., devido
principalmente a interrupção das conquistas e a
falta de controle político e social que arruinou o
modo de produção escravista.
O Principado de Otávio Augusto
(27 a.C. – 14 d.C.)
• Inaugura uma nova forma de governo exercida pelo
comandante do exército, o Imperator;
• Preserva o regime republicano na aparência;
• Prestígio político legitimado pelo Senado que lhe concede
vários títulos:
⁻ Poder Tribunício (poder sagrado e inviolável de imperador)
⁻ Império Pro-Consular ( comando absoluto do exército em
todas as províncias)
⁻ Pontífice Máximo ( chefe do culto religioso)
⁻ Imperator (honra reservada apenas aos generais votoriosos)
⁻ Princeps Senatus (Primeiro cidadão de Roma e presidência do
Senado)
 Otávio realiza numerosas reformas administrativas, sociais e culturais,
que alteraram por completo a antiga organização republicana, dando
início ao Império.

 A Administração do Império:
• Redução dos poderes dos senadores e magistrados;
• O Estado passa agora a recolher os impostos;
• Aumento da arrecadação e redução da exploração;
• Criação de novos impostos (herança, vendas etc.);
• Criação dos correios e aperfeiçoamento da justiça.

 Aspectos sociais e culturais:


• Nova classificação social baseada em critérios econômicos e não pelo
nascimento (Senatorial, Equestre e Inferior);
• Encorajamento da formação de famílias numerosas, punição à mulheres
adulteras, volta da população ao campo etc.
• Patrocínio a escritores e poetas sem recursos (Virgílio, Horácio, Tito
Lívio etc.)
Expansão Territorial:

• No plano externo, Augusto procurou primeiro pacificar os territórios


dominados – Pax Romana.
O Alto Império (I a.C. – III)
 Por não ter tido filhos, Augusto não instituí o princípio da
hereditariedade para sucessão imperial. Opta pelo critério da adoção.
 A Dinastia Júlio-Claudiana (14-68):
• Tibério (crucificação de Cristo), Calígula, Cláudio e Nero.
 A Dinastia dos Flávios (69-96):
• Vespasiano (saneamento das finanças do Império), Tito (O Vesúvio
soterra as cidades de Pompeia e Herculano)
 A Dinastia dos Antoninos ( 96-192):
• O Século dos Antoninos marcou o apogeu do Império Romano. Nesse
período, atingiu sua maior extensão territorial, teve grande prosperidade
econômica e conheceu a paz interna.
 A Dinastia dos Severos (193-235):
• Na época dos Severos, o imperador governava apoiado na burocracia e
no exército. Período marcado também pelo início da crise levaria ao
colapso o império.
O Baixo Império (III – V)
 Período de crise provocada pelo colapso do sistema escravista, pela
diminuição da produção e do fluxo comercial e pela pressão dos povos
que habitavam as fronteiras do Império. Com tantos problemas, o então
gigantesco e poderoso Império começava a ruir.

 A Crise do Escravismo:
• Fator Militar (a nova motivação das guerras e a extensão da cidadania)

• Fator Religioso ( O Cristianismo)

• Fator Econômico ( O Colonato e a ruralização) e (A redução da


arrecadação, o processo inflacionário e os cortes financeiros)
PERSEGUIÇÃO
AOS CRISTÃOS

A última prece dos mártires cristãos, de Jean-


Léon Gérôme (1883)

Uma mulher cristã é martirizada sob Nero numa recriação do mito de Dirce (pintado por Henryk
Siemiradzki, 1897, Museu Nacional de Varsóvia).
 As Reformas de Diocleciano:
• A divisão do Império e a Tetrarquia

 Constantino:
• Aboliu a Tetrarquia;
• Legalizou o cristianismo (Édito de Milão)
• Fundação de Constantinopla (atual Istambul)

 O Início das Invasões Germânicas:


• Ao longo do século IV, os povos germânicos que habitavam o norte da
Europa invadiram o território romano, atraídos pelas terras férteis e mais
quentes do sul. Contaram para isso, dificuldades que os romanos
passavam e a pressão dos hunos.

 Teodósio:
• Divisão do Império Romano (Ocidente com capital Roma/Milão e
Oriente com capital em Constantinopla.
Bárbaros
Os Bárbaros

 Quem era Bárbaro?


 Um conceito generalizado
 Características principais:
― Economia: trocas in natura e propriedade comunal ou coletiva.
Agricultura (itinerante) e Pecuária (coletiva).
― Guerra: fonte de honra e riquezas (espólios e escravos).
― Religião: animistas (forças da natureza)
― Sociedade: Patriarcal e com divisões familiares (clãs)
― Política: Inexistência do Estado – Comitatus
 Principais grupos: Tártaro-mongóis (hunos e turcos); eslavos
(russos, tchecos, sérvios etc.) e germânicos (francos, visigodos,
ostrogodos, anglos etc.)
Os
Bárbaros
Vândalos saqueando invadindo
Roma século V

Hunos comandados
por Átila
Reinos Bárbaros Germânicos séculos V e VI

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