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Relatório Semestral
de Atividades Desenvolvidas
Dezembro 2020
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Relatório Semestral
de Atividades Desenvolvidas
Pesquisadores
Israel Coelho
Letícia Rodrigues Biassoti
Frederico di Palma
Ana Letícia Abrascio
Amanda Yamaguchi
Kayque Cordeiro
André Silva
Coordenação
João Pedro Martins Nascimento
Isabela Monteiro
Direção-Geral
Guilherme Fontana Sanchez
Supervisão Acadêmica
Me. Daniela Fachiano Nakano
QUEM SOMOS?
O Observatório de Direitos Humanos para o Oeste Paulista (ODHOP)
consiste em um grupo de pesquisadores de várias partes do Brasil cuja atuação se
dá com base na produção de pesquisa relacionada a temática dos Direitos
Humanos, com especial atenção a determinados grupos e questões sensíveis
atinentes a toda a sociedade.
O grupo possui experiência com pesquisa, tendo em seu corpo de
pesquisadores vários artigos e estudos na área do Direito Internacional dos Direitos
Humanos publicados, além de também ter Mestre e mestrando em seu time.
Ademais, o grupo também possui experiência com simulações e
representações acadêmicas nacionais e internacionais, além de não se restringir a
estudantes do curso de Direito.
A área de atuação do projeto se dá única e exclusivamente na região
conhecida por Oeste Paulista (ou Centro Oeste Paulista), ou melhor, na região a
Oeste do interior do Estado de São Paulo, mais especificamente no entorno das
cidades de Presidente Prudente, Presidente Bernardes, Adamantina e Marília. Esta
região é, infelizmente, marcada negativamente pela presença maciça de centros de
detenção e presídios (famosos por abrigarem presos de altíssima relevância), por
sérias questões ambientais, de violência de gênero e por ser rota conhecida de
migrantes e refugiados que rumam em direção a grandes cidades.
Daí, portanto, surge a necessidade do projeto: dada a ausência de pesquisa
(que, por sua vez, se concentra em grandes centros urbanos do país) e a carência
de relevantes atores regionais que produzam e exijam a mudança dos entes
públicos, o Observatório busca suprir esta lacuna, de modo a colaborar, ademais,
com a promoção dos ideais dos Direitos Humanos nessa região do Brasil.
QUAIS OS OBJETIVOS?
Os objetivos do Observatório consistem em informar e relatar a situação dos
Direitos Humanos na área de atuação do grupo, de modo a fornecer um panorama
sobre isto aos órgãos pertencentes a Administração Pública das cidades da região,
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ESTRUTURA
A estrutura do Observatório é composta por 7 (sete) pesquisadores, por 2
(dois) coordenadores, por 1 (um) diretor-geral e por 1 (uma) supervisora
acadêmica, conforme descrito na página anterior. As reuniões se dão em ambiente
online e a atuação de todos os membros é de natureza estritamente voluntária.
Os coordenadores, diretor e supervisor são responsáveis cada um pela
coordenação e planejamento de cada Eixo de Atuação do Observatório, que são
eles:
PROJETOS DESENVOLVIDOS
Pesquisa, relatório e mapeamento do panorama situacional dos Direitos
Humanos sobre os grupos pesquisados, além da elaboração de uma série de
recomendações ao Poder Público e acompanhamento da adoção de tais medidas,
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PARCERIAS
O projeto, embora seja apenas um grupo de pesquisadores, possui interesse
a curto e médio prazo de se formalizar legalmente e constituir Organização do
Terceiro Setor. Por enquanto, buscam-se parcerias para integrar grupos na região
com interesses semelhantes ou em comum. Ressalta-se, aqui, conversas com
grupos como o PET-RI – UNESP (Marília) e o Núcleo Atena, de estudos feministas,
com sede na Toledo Prudente.
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INTRODUÇÃO
1
IPCC, 2018.
2
MINHOTO, 2018.
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O gás carbônico (CO₂), o gás metano (CH₄) e o óxido nitroso (N₂O) são três
dos GEE mais emitidos no Brasil3. De acordo com pesquisa desenvolvida na
Universidade de São Paulo em 2009, o gás carbônico concentra 74% das emissões
de GEE em território nacional4, corroborando com a tendência global apontada
pelo IPCC em 2018. O gás carbônico, também conhecido como dióxido de
carbono, além de ser emitido pela respiração humana é produto da combustão de
combustíveis fósseis, como madeira, carvão, produtos derivados do petróleo e
outros hidrocarbonetos utilizados como fonte de energia5.
Por conta de ser resultado de inúmeras atividades produtivas, o dióxido de
carbono é emitido em volume muito maior que os demais GEE, sendo fundamental
a análise de suas emissões para compreender o fenômeno das mudanças
climáticas. De acordo com a base de dados da Agência Internacional de Energia,
os cinco países com maior emissão de gás carbônico no ano de 2018
(respectivamente China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão) somam 19,4 mil
toneladas, mais da metade do que foi emitido em 19806. O gráfico abaixo revela o
crescimento acelerado das emissões de dióxido de carbono nos últimos 40 anos
ao somar as emissões dos cinco países mais poluentes.
Gráfico 1: Emissões de CO₂ por queima de combustível dos cinco países mais poluentes
a partir de 19807
3
CERRI et al, 2009.
4
CERRI et al, 2009.
5
BRITTANICA, 2020.
6
IEA, 2020.
7
Elaborado pelos autores com dados de IEA, 2020.
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Em termos relativos, quando comparado com outros países que são grandes
emissores de GEE, o Brasil não se enquadra como um país muito poluente. Em
2018, 0,4 mil toneladas foram emitidas, colocando o país na 14ª posição no
mundo8. No entanto, em termos absolutos, a emissão de CO₂ do Brasil é
preocupante. Isso se deve principalmente pela natureza de tal emissão.
De acordo com o Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito
Estufa (SEEG), de realização do Observatório do Clima, 62% das emissões
brasileiras são resultantes da mudança de uso da terra e florestas9. Isso significa que
a maior parte do CO₂ produzido no Brasil é produto do desmatamento, queimadas
e agropecuária de grande extensão. Esse tipo de atividade não só é extremamente
poluente como ainda se baseia na alteração de biomas e da biodiversidade local,
impedindo uma recuperação célere do meio ambiente.
8
IEA, 2020.
9
SEEG, 2020.
10
SEEG, 2020.
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11
INPE, 2020.
12
INPE, 2020.
13
SNIF, 2020.
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Gráfico 2: total de focos ativos detectados anualmente pelo INPE em cada bioma
brasileiro (1998-2020)14
14
INPE, 2020.
15
FAO, 2020.
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16
Adaptado de FAO, 2020.
17
ISA, 2020.
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18
ISA, 2020.
19
INPE, 2013 apud SFB, 2019.
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20
SFB, 2019.
21
SFB, 2019.
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22
SFB, 2019.
23
INMET, 2020.
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24
INMET, 2020.
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25
SEEG, 2020.
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26
EPE, 2020.
27
Adaptado de EPE, 2020.
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De acordo com a base de dados Our World in Data, o Brasil é o país sul-
americano com maior porcentagem de energia primária renovável. No entanto,
isso inclui a energia hidráulica, que, apesar de ser renovável, não é uma fonte de
energia limpa. Isso porque a construção de uma usina hidrelétrica depende de
transformações no meio ambiente que podem afetar negativamente o território.
Para realizar tal construção são frequentes ações de desmatamento de áreas para
alagamento, alteração do volume de água em rios e outras iniciativas que geram
consequências negativas para comunidades ribeirinhas e indígenas.
Na matriz elétrica brasileira, que representa todo o conjunto de fontes de
energia utilizadas para gerar eletricidade, 65,2% depende das hidrelétricas29.
Dessa forma, mais da metade da energia elétrica brasileira depende de
transformações no meio ambiente que são irreversíveis no curto e médio prazo.
Dessa matriz, apenas 15% derivam de energias renováveis e limpas, como solar,
28
Elaborado pelos autores com dados de IEA, 2020.
29
EPE, 2020.
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30
Elaborado pelos autores com dados de EPE, 2020.
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31
ANA, 2019
32
ANA, 2019
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Tabela 1: cálculo de eficiência dos usos consuntivos por setor no Brasil em 201933
33
Elaborado pelos autores com dados de ANA, 2019.
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34
ANA, 2020.
35
FAO, 2018.
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ICMBIO, 2018.
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devem ser protegidas. Os institutos responsáveis por prestar esse serviço, como o
ICMBio e o IBAMA, não conseguem empreender os esforços necessários para
manter total controle sobre a biodiversidade do Brasil. Isso não se deve a falta de
recursos, de profissionais e de financiamento, por mais que estes sejam problemas
recorrentes apontados por especialistas, mas principalmente pelas dificuldades
naturais impostas pelo território brasileiro.
As queimadas nos biomas brasileiros, que também apresentam desafios
para catalogação e controle (ver tópico 3.1), representam ameaças para as duas
dimensões da biodiversidade, fauna e flora. A perda de vegetação (flora) faz com
que a fauna perca fonte de alimentação, abrigo e causa mortes por carbonização.
No mesmo sentido, o desmatamento, que também foi explorado anteriormente,
apresenta efeitos semelhantes.
Dessa forma, a mudança de uso da terra é uma das grandes ameaças à
biodiversidade. Essa mudança também é prejudicial quando o novo uso da terra
se consolida. A transformação de uma área de floresta em área agricultável ou
centro urbano representa uma perda considerável de flora e, consequentemente,
de fauna. Assim, toda iniciativa de proteção à biodiversidade passa pela
preservação do uso natural da terra.
Além disso, deve-se considerar também a biodiversidade dos corpos
hídricos, que são afetados pela poluição da água e estresse hídrico, tema do tópico
3.2.2. O Atlas Esgotos, elaborado pela Agência Nacional de Águas, alerta que 83
mil quilômetros de rios brasileiros já tiveram sua biodiversidade afetada para níveis
alarmantes37. Isso porque esses corpos hídricos contam com uma concentração de
matéria orgânica resultante de poluição que impede a sobrevivência de seres vivos.
Essa matéria é despejada não só por conta dos esgotos dos centros urbanos, mas
também por agrotóxicos utilizados no campo.
Ainda, o uso de fontes de energia derivadas de combustíveis fósseis
representa parte considerável das emissões de dióxido de carbono na atmosfera
brasileira, como visto no tópico 3.2.1. Essas emissões prejudicam a qualidade do ar
e afetam a fauna, além de acumularem na atmosfera e serem responsáveis por
37
ANA, 2020.
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chuvas ácidas que destroem a flora. Na mesma linha, o uso de energias renováveis
não limpas, como as hidrelétricas, destrói habitats inteiros no período de
construção, afetando a biodiversidade de maneiras irreversíveis.
O já mencionado ICMBio, em um esforço inédito, registrou com o apoio da
comunidade científica 1173 espécies de animais ameaçadas de extinção. A lista,
encontrada no "Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção", é
resultado de um estudo com todos os vertebrados existentes no país e apenas uma
parcela dos animais invertebrados. Isso esclarece os riscos à biodiversidade
brasileira e a dificuldade de manter controle sobre a mesma.
Dessa forma, é visível como os problemas já apontados prejudicam também
a proteção à biodiversidade, que naturalmente também apresenta obstáculos
particulares, sendo mencionados aqui apenas alguns. As dificuldades intrínsecas
ao processo de salvaguarda da fauna e flora no Brasil não devem ser impeditivas
para o fortalecimento dos institutos que desempenham esse papel. Pelo contrário,
devem ser ainda mais incentivados e financiados, para que consigam prestar um
serviço ainda melhor no futuro.
Por último, o enfrentamento dos desafios postos nos pontos anteriores
desencadeia efeitos positivos para a biodiversidade. Isso será percebido no
próximo tópico, em que será tratado exclusivamente da saúde pública e fatores que
acabam por agravá-la. Mais uma vez vale ressaltar a conexão existente entre todos
os temas aqui tratados e a indissociabilidade das temáticas de meio ambiente.
38
RITCHIE & ROSER, 2019.
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39
IBGE, 2020.
40
IBGE, 2019.
41
ANA, 2020.
42
RITCHIE & ROSER, 2019.
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Sul, a situação é alarmante no país, com a maior parte dos brasileiros correndo
riscos de contrair doenças respiratórias em função da poluição do ar.
Essa mesma poluição, associada ao desmatamento para estabelecimento
dos centros urbanos, cria as chamadas ilhas de calor. Grande parte das cidades
brasileiras não se desenvolveram de maneira planejada, não buscaram a
manutenção da vegetação local e, em razão disso, apresentam hoje variações
consideráveis de temperatura. A figura abaixo traz uma representação do processo.
Uma diferença de temperatura entre 1ºC e 3ºC entre área central e rural é
natural e não representa uma grande preocupação. No entanto, em São Paulo,
cidade mais populosa do país, estudos de 1985 apontam para uma variação de
temperatura superior a 10ºC em alguns bairros paulistanos em comparação à área
rural do estado44. Essa elevação de temperatura também pode trazer problemas
para a saúde pública, agravando fenômenos meteorológicos extremos.
43
AZEVEDO et al, 2012.
44
LOMBARDO, 1985 apud AZEVEDO et al, 2012.
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45
Isto não significa dizer que nossas cidades sejam verdes. As cidades do interior paulista enfrentam
inúmeros problemas em suas áreas urbanas, como por exemplo o descarte de resíduos sólidos. Isto
será discutido com maior profundidade no subtópico 2.4.
46
MPF, 2017.
47
G1, 2014.
48
Eco Debate, 2016.
49
G1, 2014.
50
G1, 2016.
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51
CETESB, 2017.
52
Wolf, Ghassem & West, 2017.
53
IEA, 2018.
54
Investe SP, 2018.
55
CETESB, 2014.
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56
Estimativas anuais de emissões de gases efeito estufa no Brasil, 2019.
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57
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, 2009.
58
G1, 2016.
59
Travassos Panisset, 2001.
60
CESP, 2020.
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61
O Imparcial, 2017.
62
Investe SP, 2020.
63
Travassos Panisset, 2001.
64
Bitencourt et. al. (1999) apud Travassos Panisset, 2001.
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65
Site do Morro do Diabo.
66
G1, 2014.
67
O Imparcial, 2018.
68
USP, 2018.
69
Governo de São Paulo, 2020.
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3. POLÍTICAS PÚBLICAS
70
MENDES; CARNEIRO, 2016.
71
MENDES; CARNEIRO, 2016.
72
BRASIL, 1988, não paginado.
73
LIBERATI, 2013.
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74
ASSEMBLEIA DE MINAS, 2020, não paginado.
75
ASSEMBLEIA DE MINAS, 2020, não paginado.
76
SILVA; SOUZA-LIMA, 2010.
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77
SILVA; SOUZA-LIMA, 2010.
78
LIBERATI, 2013, p. 83.
79
LIBERATI, 2013, p. 83.
80
TEIXEIRA, 2002.
81
MENDES; CARNEIRO, 2016.
82
TEIXEIRA, 2002.
83
BARROS, 2009, p. 84.
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84
BARROS, 2009, p. 84.
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85
PRESIDENTE PRUDENTE, 2020.
86
PRESIDENTE PRUDENTE, 2020, não paginado.
87
DEINC - Departamento de Informação ao Cidadão, 2020.
88
BUOSI, 2020, não paginado.
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89
PRESIDENTE PRUDENTE, 2020.
90
SÃO PAULO, 2019, não paginado.
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91
SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE PRESIDENTE PRUDENTE, 2020.
92
SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE PRESIDENTE PRUDENTE, 2020.
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93
SEMEA, Secretaria Municipal Meio Ambiente, 2020, não paginado.
94
SÃO PAULO, 2019, não paginado.
95
SEMEA, Secretaria Municipal Meio Ambiente, 2020, não paginado.
96
A desarticulação entre os órgãos ao longo dos anos se tornou motivo de destaque nos veículos
de comunicação. Em 2015, o jornal Hoje em Dia noticiou que a falta de conexão favorece o
comércio ilegal de animais; por sua vez, em 2016 o jornal ND Mais divulgou que a falta de
integração entre órgãos de fiscalização. abre caminho para crimes ambientais; por fim, em 2019,
O Globo publicou que documentos relatam ‘desarticulação’ entre Exército e Ibama na Amazônia e
que essa falta de sintonia tem gerado problemas.
97
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2018, não paginado.
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98
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA, 2020, não paginado.
99
SÃO PAULO, 1989, não paginado.
100
SÃO PAULO, 1989, não paginado.
101
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA, 2020.
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102
DIÁRIO OFICIAL DE SÃO DE PAULO, 2020.
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103
MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO, 2020, não paginado.
104
Ata da Reunião (Protocolo nº 594/20 GAEMAPP), vide anexo.
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105
MPSP, 2020.
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106
Noticiado pelo jornal G1 em 31 de outubro de 2020. FONSECA, 2020, não paginado.
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Figura 18: Print Screen do vídeo didático sobre o Programa Produtor de Água (PPA).107
107
CANAL ‘ANAGOVBR’ DO YOUTUBE, 2014.
108
ANAGOVBR, 2014, online, não paginado.
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109
ANAGOVBR, 2014, online, não paginado.
110
ANAGOVBR, 2014, online, não paginado.
111
ANAGOVBR, 2014, online, não paginado.
112
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUA, 2018, p. 1.
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aderiram à iniciativa, abrangendo uma área de cerca de 400 mil hectares, dos quais
40 mil já foram recuperados pelo Programa Produtor de Água. O apoio já
beneficiou habitantes das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro,
Palmas, Rio Branco, Campo Grande, Goiânia e Brasília, agora favorecendo também
o Oeste Paulista.113
No caso do projeto do manancial do Rio Santo Anastácio, o projeto
norteador das ações é o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio Paranapanema (PIRH-Paranapanema), no qual para que haja
efetiva atuação, somam-se esforços entre instituições públicas e privadas,
comunidade urbana e rural, sendo parceiras as seguintes instituições:
Prefeitura de Presidente Prudente; Sindicato de Produtores Rurais de
Presidente Prudente; Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema (CBH-Paranapanema);
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) no município; Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP); Coordenadoria de
Desenvolvimento Rural Sustentável (CDERS); Universidade Estadual Paulista
(UNESP) de Presidente Prudente; Associação de Recuperação Florestal do Pontal
do Paranapanema (Pontal Flora).114
Frisa-se que a participação do CBH-Paranapanema é uma iniciativa inédita,
tendo sido escolhido por ter uma metodologia diferenciada, baseada em ações em
execução, uma delas o PSA. Até hoje o PPA tinha sido trabalhado de forma direta
com os municípios, a participação do Comitê valoriza o Sistema de Gerenciamento
de Recursos Hídricos (SINGREH), demonstrando que o PIRH-Paranapanema está
realmente sendo executado. Nesse cenário, Presidente Prudente, localizado em
uma das bacias prioritárias do Paranapanema, é o primeiro município a participar
da iniciativa.115
113
FONSECA, 2020.
114
FONSECA, 2020.
115
FONSECA, 2020.
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116
IBRAHIN, 2014.
117
IBRAHIN, 2014, p. 74.
118
PHILIPPI JR; PELICIONI, 2014, p. 445.
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119
PHILIPPI JR; PELICIONI, 2014.
120
PHILIPPI JR; PELICIONI, 2014.
121
PHILIPPI JR; PELICIONI, 2014, p. 467.
122
BRASIL, 1988, não paginado.
123
PHILIPPI JR; PELICIONI, 2014.
P á g i n a | 55
124
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 2020.
125
MOURA, 2016.
126
CONEXÃO AMBIENTAL, 2020, não paginado.
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127
Manual sobre Agenda 21 Local, MMA.
128
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 2020, não paginado.
129
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 2020, não paginado.
P á g i n a | 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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_Bra_utilizando_sensoriamento_remoto>. Acesso em: 15 nov. 2020
DIÁRIO OFICIAL ESTADO DE SÃO PAULO. Poder executivo. seção I. volume 130.
número 56. p. 90/91. São Paulo, sábado 21 de março de 2020. Disponível em:
https://www.imprensaoficial.com.br/DO/BuscaDO2001Documento_11_4.aspx?lin
P á g i n a | 60
k=%2F2020%2Fexecutivo%2520secao%2520i%2Fmarco%2F21%2Fpag_0005_ab
41a4284b79a21a117fd0ed1dea1832.pdf&pagina=5&data=21/03/2020&caderno
=Executivo%20I&paginaordenacao=100005. Acesso em: 16 nov. 2020.
IEA, International Energy Agency. CO2 Emissions from Fuel Combustion. 2020a.
Disponível em: <http://energyatlas.iea.org/#!/tellmap/1378539487>. Acesso em:
14 nov. 2020.
IPCC. Summary for Policymarkers. In: IPCC. Global Warming of 1.5ºC. An IPCC
Special Report on the impacts of global warming of 1.5ºC above pre-industrial
levels and related global greenhouse gas emission pathways, in the context of
strengthening the global response to the threat of climate change, sustainable
development, and efforts to eradicate poverty. 2018. Disponível em:
<https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/sites/2/2019/05/SR15_SPM_version_rep
ort_LR.pdf>.Acesso em: 14 nov. 2020
RITCHIE, Hannah; ROSER, Max. Outdoor Air Pollution. Our World in Data. 2019b.
Disponível em: <https://ourworldindata.org/outdoor-air-pollution#share-exposed-
to-air-pollution-above-who-limits>. Acesso em: 15 nov. 2020.
P á g i n a | 63
ROSA, E. Falta de integração entre órgãos de fiscalização abre caminho para crimes
ambientais na Capital. ND Mais. 2016. Disponível em: https://ndmais.com.br/meio-
ambiente/falta-de-integracao-entre-orgaos-de-fiscalizacao-abre-caminho-para-
crimes-ambientais-na-capital/. Acesso em: 16 nov. 2020.
Travassos Panisset, Luiz Eduardo. Impactos gerados pela UHE Porto Primavera
sobre o meio físico e biótico de Campinal. Presidente Epitácio, SP. Revista de
Biologia e Ciências da Terra, vol. 1, núm. 1, 2001, p. 0.
P á g i n a | 65
ANEXOS
INTRODUÇÃO
“A sociedade tenta materializar nos corpos as verdades para os gêneros através das reiterações
130
131
A Transgender Europe é uma Organização Não-Governamental que trabalhar em prol de um
mundo livro de discriminação a partir das regiões Europa, Ásia Central, bem como o restante do
mundo. Sua ação perpassa a defesa e promoção de direitos, a construção de comunidades
LGBTQIA+ e projetos de monitoramento.
132
Monitoramento dos Assassinatos de Pessoas Trans.
P á g i n a | 70
133
Fonte. GRUPO GAY DA BAHIA. Assassinatos de LGBT no Brasil em 2018. Disponível em:
<https://grupogaydabahia.files.wordpress.com/2020/03/relatc3b3rio-2011.pdf>. Acesso em: 31
nov. 2020.
P á g i n a | 73
A piora na saúde mental foi citada por 42,72% dos entrevistados como o
principal impacto da pandemia para a população LGBT+. Uma parcela
ainda maior, 54%, afirmou que precisa de apoio psicológico. As novas
regras do convívio social, a solidão e o convívio familiar foram
mencionados por 39,23% e associadas ao afastamento das redes de apoio
que muitas pessoas tinham antes da pandemia. Entre os respondentes,
17,62% citaram as dificuldades econômicas como os maiores impactos,
por falta de trabalho ou de dinheiro. (UFMG, 2020).
Com isso, é evidente a piora de casos por saúde mental em que as pessoas
pertencentes a essa determinada comunidade. Logo em seguida, vemos a falta de
apoio que essas pessoas tinham antes da pandemia, e por fim, as dificuldades
financeiras.
Por conseguinte, ainda em tempos de pandemia, o público LGBTQIAP+ tem
a possibilidade de acesso a serviços de natureza socioassistenciais. E se tratando
de direitos, é mister destacar que essa comunidade tem que fazer valer o seu
direito, no seu município, por meio de um artifício já existente: a Assistência Social
e o Centro....
A Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS) tem o condão de orientar a comunidade LGBTQIAP+ na
esfera social e jurídica, garantindo direitos e cuidando do bem-estar.
P á g i n a | 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bento, Berenice A. de Melo. (2003). Transexuais, corpos e próteses (Vol. 4.) Estudos
feministas.
CARVALHO, Ketryn. Para garantir direitos, público LGBTI+ tem acesso a serviços
socioassistenciais. OBSERVATÓRIOG, 2020. Disponível em:
<https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/para-garantir-direitos-publico-
lgbti-tem-acesso-a-servicos-socioassistenciais> Acesso em 25 set 2020.
FARIA, Fávia. Decisões do STF e CNJ Garantem a União Homoafetiva no país. Folha
de São Paulo. São Paulo. Disponível em:
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<https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/11/casamento-gay-nao-e-lei-mas-
e-direito-garantido-pela-justica-entenda.shtml#comentarios> Acesso em: 24 set
2020.
PAIS, Sérgio.; MORAES, Thiago. Estudantes e Ativistas fazem ato após casal gay
relatar discriminação em lanchonete. G1 Bauru e Marília, São Paulo. Disponível em:
< https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/estudantes-e-ativistas-fazem-ato-
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RIOS, Roger R.; RESADORI, Alice H.; LEIVAS, Paulo G. C.; SCHAFER, Gilberto. O
Sistema Interamericano de Direitos Humanos e a Discriminação contra pessoas
LGBT: panorama, potencialidade e limites. Rio de Janeiro: Rev. Direito Práx. vol.8
no.2, Apr/June 2017.
INTRODUÇÃO
mil a 880 mil pessoas. Em contraposto este número, o número de vagas é pouco
mais da metade dos números absoluto, cerca de 440 mil vagas.
Apenas com os dados básicos, da população carcerária, vemos a enorme
discrepância entre os números. Esses dados são referentes ao último balanço, feito
pelo Departamento Penitenciário Nacional. Além dos dados gerais, é possível
notar, por estes mesmos dados, que a população carcerária brasileira está em
constante aumento, e desde 2003, tem tido sempre a elevação dos números do ano
anterior.
Em SP, a maioria dos presos (44%) está no sistema prisional por causa de
crimes contra o patrimônio, ou seja, roubos e furtos. Em seguida, estão os detidos
pela Lei de Drogas, como o tráfico (38%). Crimes contra a pessoa e contra a
dignidade sexual, como homicídios e estupros, representam juntos 13%, são os
dados do INFOPEN
(vide comentário 1)
(vide comentário 2)
(vide comentário 3)
acordo com levantamento feito pela CBN a partir dos dados da Secretaria de
Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.
é jovem. Porém, o recorte racial é ainda mais revelador: 63,55% se declaram negras
(somatório entre pardas e pretas); enquanto apenas 35,59% se declaram brancas
(dados de 2017).
Das unidades prisionais analisadas, apenas 14% contavam com berçário
e/ou centro de referência materno-infantil, para crianças até 2 anos de idade, e
somente 3% declararam conter espaço de creche para crianças acima de 2 anos.
No mapeamento realizado em março de 2020, do total de mulheres presas, 12.821
são mães de crianças de até 12 anos, 434 possuem idade igual ou superior a 60
anos.
São Paulo concentra 36% de toda a população prisional feminina do país,
com 15.104 mulheres presas. Dentre essas, encontram-se 169 gestantes e 109
lactantes, e apenas 60 delas estariam custodiadas em celas adequadas para recebê-
las, ou seja, 36%.
De acordo com o Relatório Estatístico: Visita às mulheres grávidas e
lactantes privadas de liberdade, realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
no ano de 2018, onde foram percorridas 26 unidades da federação, totalizando a
visita a 34 estabelecimentos penais, todos asseguravam acompanhamento médico
à mulher grávida, especialmente no pré-natal e pós-parto. Em 79, 41% foi declarada
a existência de acompanhamento psicológico da mulher grávida. Mais da metade
(58, 82%) possuíam berçário, e pouco mais da metade (52, 94%) possuíam seção
para gestante e parturiente.
Ainda sobre o mesmo estudo, foi constatado que 20, 6% dos
estabelecimentos não asseguravam o cumprimento da Lei 13.434/2017, que veda
o uso de algemas durante o parto e durante a fase de puerpério imediato. 14, 71%
dos estabelecimentos declararam não fazer o registro imediato dos filhos das
mulheres privadas de liberdade. Foram encontradas 33 crianças sem registro de
nascimento. Depois do período de amamentação, 92,3% dos estabelecimentos
entregavam as crianças às famílias de um dos genitores.
A respeito da proteção internacional, inúmeras são as fontes as quais
estabelecem diretrizes de procedimento para mulheres gestantes e lactantes
privadas de liberdade, tanto tratados internacionais, como resoluções e também
precedentes de Corte Internacionais. As Regras das nações Unidas para o
P á g i n a | 92
INTRODUÇÃO
134
Doutora em Direito pela Universität Hamburg (2019). Ex-bolsista de doutorado da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação do Ministério da Educação (MEC).
Mestre em Direito Internacional pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2014). Bacharel em
Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). Membro da Associação de Juristas
Alemanha-Brasil (DBJV), membro pleno da Asociación Americana de Derecho Internacional Privado
(ASADIP) e membro de Netzwerk Migrationsrecht (Alemanha). Ex-bolsista de Mestrado do Programa
de Recursos Humanos n. 33, da Agência Nacional do Petróleo (2013-2014). Ex-bolsista de Graduação
do Programa de Recursos Humanos n. 33, da Agência Nacional do Petróleo (2008-2010).
135
Possui graduação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1975), graduação em
Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974), mestrado em Filosofia do Direito
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1979), doutorado em Direito Internacional
pela Universidade de São Paulo (1996) e Pós-Doutorado pelo Institut d'Études Politiques de Paris,
Sciences Po (2014). Atualmente é professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
– UERJ; Sócia de Barbosa, Raimundo, Gontijo e Câmara - BRGC Advogados; membro-sócio da
Sociedade Brasileira de Direito Internacional; integrante da Association of International Petroleum
Negotiators; sócia fundadora do Centro de Excelência em Desenvolvimento, Petróleo, Energia e
Mineração (CEDPEM); membro-sócio do Instituto Brasileiro do Petróleo e membro-sócio da
International Law Association (ILA).
136
Professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP – Largo São Francisco). É
Professor Titular do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado - da Faculdade
Autônoma de Direito (FADISP). É Livre-Docente e Doutor em Direito Internacional pela Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo. Foi visiting fellow do Lauterpacht Centre for International Law
(Cambridge). É Procurador Regional da República. Foi Secretário de Direitos Humanos da
Procuradoria-Geral da República (2017-2019). Foi Procurador Regional Eleitoral do Estado de São
Paulo (2012-2016). É autor de obras em Direito Internacional Público, Direito Internacional Privado e
Direitos Humanos.
P á g i n a | 105
Nesse esteio, Bauman (2017) argumenta que se trata de uma evasão frente
a um cenário caótico e violento, onde o refúgio é, máxime, “impulsionado pelo
regime de violência arbitrária [que leva as pessoas] a abandonar[em] suas casas e
propriedades consideradas preciosas”. (BAUMAN, 2017, p. 12). Isto posto, Bauman
(2017, p. 13) disserta que “refugiados da bestialidade das guerras, dos
despotismos e da brutalidade de uma existência vazia e sem perspectivas” estes
137
Professora Colaboradora no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e no Núcleo de Estudos de
População Elza Berquó da Universidade Estadual de Campinas (IFCH/NEPO/UNICAMP).
Coordenadora do Observatório das Migrações em São Paulo (NEPO/UNICAMP).
138
Pós-doutorando no Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC – SP e
Coordenador-adjunto do Observatório das Migrações em São Paulo (NEPO/UNICAMP).
139
Pós-Doutoranda no Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (NEPO/UNICAMP) e
Coordenadora-Adjunta do Observatório das Migrações em São Paulo (NEPO/UNICAMP).
140
Doutoranda no Programa de Pós-graduação de Demografia do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH/UNICAMP) e pesquisadora do Observatório
das Migrações em São Paulo, Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (NEPO/UNICAMP).
141
“Estimulados pelo desejo demasiadamente humano de sair do solo estéril para um lugar onde a
grama é verde: de terras empobrecidas, sem perspectiva alguma, para lugares de sonho, ricos em
oportunidades”. (BAUMAN, 2017, p. 12). Esta, conforme Bauman (2017), é uma realidade que
advém de tempos remotos, tendo sido apenas acelerada nos tempos modernos.
P á g i n a | 106
142
Nas palavras do autor: “Estranhos tendem a causar ansiedade por serem “diferentes” – e, assim,
assustadoramente imprevisíveis, ao contrário das pessoas com as quais interagimos todos os dias e
das quais acreditamos saber o que esperar. Pelo que conhecemos, o influxo maciço de estranhos
pode ser o responsável pela destruição das coisas que apreciávamos, e sua intenção é desfigurar
ou abolir nosso modo de vida confortavelmente convencional. (...) Sobre os estranhos [...] sabemos
muito pouco para sermos capazes de interpretar seus artifícios e compor nossas respostas
adequadas – adivinhar quais possam ser suas intenções e o que farão em seguida. E a ignorância
quanto a como proceder, como enfrentar uma situação que não produzimos nem controlamos, é
uma importante causa de ansiedade e medo” (BAUMAN, 2017, p. 14).
143
Goffman, Erving. Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada, Rio de Janeiro,
Editora LTC, 1988.
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145
Da pessoa, em um âmbito privilegiado, que em 2020 tenha decidido investir em um negócio no
exterior e não pôde se deslocar à pessoa que perdeu o seu emprego e não tinha o que comer no
dia seguinte (CASTRO & RIBEIRO, 2020).
146
No sentido, conforme as autoras, de “detenção”.
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147
$21 milhões reservados a 10 países da América do Sul (CASTRO & RIBEIRO, 2020).
148
Zolberg Institute on Migration and Mobility.
149
Lembrando, conforme as autoras, do grande preconceito sofrido pelos chineses, sobretudo no
início da pandemia, nos EUA e na Europa – como também no Brasil.
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Na medida em que quanto menos atuantes são os Estados no contexto, mais essenciais se tornam
150
Uma medida emergencial tomada no contexto sob forma de reação imediata de vários países que
151
impediram a entrada de não nacionais – alguns até impedindo a entrada de nacionais residentes em
outros países. De modo que não se pode perder de vista, que no âmbito dos não nacionais, há
solicitantes de refúgio e àqueles que necessitam de uma acolhida humanitária, algo que, por
conseguinte, proporciona uma reflexão sobre a constitucionalidade e convencionalidade de tais
medidas (RAMOS, 2020).
P á g i n a | 113
152
De modo que a Lei 9474 demonstra a aceitação a tal princípio, concretizando o direito ao
acolhimento (RAMOS, 2020).
153
Postura essa, conforme o autor, extremamente danosa ao desenvolvimento do Direito
Internacional, à medida que estimula outros Estados e gera uma perniciosa sensação do não
cumprimento dos compromissos internacionais livremente assumidos pelo Brasil.
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Estatuto dos Refugiados de 1951 e no respectivo Protocolo de 1967, ratificados pelo Brasil, que
determina a impossibilidade de extradição do refugiado como meio para impedir que essas
pessoas sejam devolvidas para países onde suas vidas ou liberdade estejam sendo ameaçadas”.
(AMBITO JURÍDICO, 2011, n.p.).
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Nesse sentido, os autores argumentam que o percentual mais elevado de testagem positiva para
155
a Covid-19 nos respondentes na RMSP em relação aos respondentes no interior está condicionado
não apenas por uma maior cobertura de testagem na região metropolitana, como também a uma
maior incidência da doença na região metropolitana em relação ao interior no momento de
realização desta pesquisa – meses de Junho e Julho (MAGALHÃES et al., 2020).
P á g i n a | 120
Aqui, por fim, verifica-se que, no interior paulista156, dos 203 imigrantes
internacionais respondentes, 85 afirmaram ter sido fácil lidar com as medidas de
restrição impostas pelo isolamento social (41,87%), ao passo que 101 respondentes
afirmaram ter sido difícil lidar com essas restrições (49,75%).
Os pesquisadores argumentam, nesse meandro, que no interior paulista, tanto o número absoluto
156
como a proporção dos respondentes que afirmaram ter achado difícil lidar com as restrições são
maiores que na RMSP. Essa resultado, segundo os mesmos, pode ser entendido como uma síntese
da rede mais restrita de acolhimento no interior, do menor conhecimento dos direitos sociais, do
menor acesso aos programas sociais, do menor recebimento de apoio, da menor posse de cartões
do SUS e de outros indicadores que, como podemos ver ao longo deste relatório, foram mais
precários no Interior paulista (MAGALHÃES et. al., 2020).
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