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Apontamentos de Direito Penal
Apontamentos de Direito Penal
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2 22
22
2 2 2
À paa m do Etado d Dir ito formal ao tado d Dir ito mat rial orr pond u a
introdução no on ito mat rial d rim d um ponto d vita moral (étio) ʹ oial qu l va a v r na
͞ ênia͟ daqu l a Y Y .
Eta on pção orr pond a uma atitud nraizada no pírito da n ralidad da p oa
para qu m o dir ito p nal ontituiria a tradução no mundo t rr no da noçõ d p ado d atio
vi nt na ord m r liioa.
Não é n m primária n m undária Y : qu r
trat da moral truturalm nt impota da moral dominant ou da moral p ífia d um qualqu r
rupo oial.
c c
A ontrovéria aaada d r f rir onduziu à introdução na t mátia da função do dir ito p nal
liada ao on ito mat rial d rim d uma p rp tiva qu om partiular razão pod qualifiar
d t l olóio ʹ funional raional. D t l olóio ʹ funional na m dida m qu r onh u
d finitivam nt qu o on ito mat rial d rim não podia r d duzido da id ia vi nt a m
qualqu r ord m tra - urídia tra ʹ p nal ma tinha d r nontrado no horizont d
ompr não impoto ou p rmitido p la própria função qu o dir ito p nal adr v no it ma
urídio ʹ oial. D raional na m dida m qu o on ito mat rial d rim v m aim a r ultar da
função atriuída ao dir ito p nal d
$ #
% # ; ou o qu é diz r o m mo d n urídio ua l ão
r v la dina d p na. B n urídio no quai afinal onr tiza m último t rmo a noção
oiolóia fluída da danoidad ou da of nividad oiai upra aludida.
D
&
✌ Y✌
A noção d m urídio não pôd até ao mom nto pr nt r d t rminada om uma
nitid z urança qu p rmita onv rtê-la m on ito f hado. Há todavia ho on no
r lativam nt laro or o u núl o nial. Pod rá d finir- m urídio omo a &
Y '
Y✍
A noção aumiu prim iram nt um Y id ntifiador do m urídio om
o int r primordiai do indivíduo nom adam nt a ua vida o u orpo a ua li rdad ao u
património. Daqui até à id ntifiação t nd nial da noção d m urídio om o dir ito u tivo
fundam ntai do indivíduo foi ó um pao.
Um a vira m d idida na ompr não do on ito t v luar a partir da unda déada
noo éulo om o apar im nto do hamado " do m urídio d raiz
ap radam nt normativita.
Eta on pção faz do n urídio m ra fórmula int rpr tativa do tipo l ai d rim
apaz d r umir ompr nivam nt o u ont údo d primir ͞ o ntido o fim do pr ito
p nai inular ͟ m ra ͞ar viatura do p nam nto t l olóio͟ qu o p n tra.
Uma tal ompr não do m urídio d v r r itada. Com la o on ito ao tornar- intra
ʹ it mátio p rd ompl tam nt a ʹ riminal d ia d pod r
r vito omo padrão rítio d af rição da l itimidad da riminalização.
Uma "
i d l qu o d ça a
uma éri mínima ma irr nuniáv l d ondiçõ . O on ito d v traduzir m prim ira linha um
qualqu r ont údo mat rial uma rta ͞orporização͟ para qu poa arvorar- m indiador útil do
on ito mat rial d rim .
Ela d v rvir m undo luar omo padrão rítio d norma ontituída ou a ontituir
porqu ó aim pod t r a pr t não d arvorar m ritério l itimador do pro o d
riminalização d d riminalização.
El d v finalm nt r polítio ʹ riminalm nt ori ntado n ta m dida intra ʹ it mátio
r lativam nt ao it ma oial mai onr tam nt ao it ma urídio ʹ ontituional. O prol ma
é d t rminar d qu forma pod o on ito o d r a toda ta iênia do m mo pao
lorar a mat rialidad a onr ção indip náv i para qu torn utilizáv l na tar fa prátia d
apliação do dir ito p nal.
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D
Uma r pota poív l para o prol ma aaado d formular é p dida dir tam nt à t oria da
oi dad a o a forma da t oria ritia a o a da t oria do it ma oial.
E nial para a d t rminação da ord m do n urídio ria a difunionalidad it mátia
do omportam nto a qu d v ria otar- p la utilização da ançõ riminai!
Ba ando- dir tam nt na análi oiolóia t ntou- traduzir dir tam nt at oria da
t oria oial m t rmo d Y .
Uma ontrução d t t or r v l o p rio d r uro dir to a uma qualqu r
para d finição im diata do t rmo da validad / l itimação urídio ʹ p nal.
Em prim iro luar um tal diuro ó pod rvir o pro o l itimador d todo o Dir ito não
p ifiam nt do dir ito p nal. Em undo luar la qu qu o % é imultan am nt
͞ami nt ͟ ontitui n ta m dida uma " !
A rítia qu m uma d v diriir- a t onunto d on pçõ não é a da ua
in atidão ma a da ua irr m diáv l ( $ .
D v - onluir qu um m urídio polítio ʹ riminalm nt tut láv l it ali ond
nontr r fl tido num valor urídio ʹ ontituionalm nt r onh ido m nom do it ma oial
total qu d t modo pod afirmar qu ͞pr it ͟ ao ord nam nto urídio ʹ ontituional a
ord m l al ʹ urídio-p nal ʹ do n urídio t m por força d v rifiar- uma qualqu r r lação d
mútua r f rênia. R lação qu não rá d ͞id ntidad ͟ ou m mo ó d ͞r íproa o rtura͟ ma d
analoia mat rial fundada numa nial orr pondênia d ntido ʹ do ponto d vita da ua
tut la ʹ d fin. Corr pondênia qu d riva ainda la d a ord m urídio ʹ ontituional ontituir o
quadro oriatório d r f rênia ao m mo t mpo o ritério r ulativo da atividad punitiva do
Etado.
A forma d r laionam nto ntr a ord m aiolóia ontituional a ord m l al do n
urídio dino d tut la p nal p rmit alançar uma ditinção qu ada dia r v la mai important
para a polítia riminal a domátia urídio p nal: a ditinção ntr o hamado dir ito p nal
dir ito p nal $% ou dir ito p nal $ d um lado nialm nt orr pond nt
àqu l qu nontra ontido no ódio p nai d outro lado o dir ito p nal Y
dir ito p nal $ ou dir ito p nal &Y por io ontido m l i avula não int rada
no ódio p nai.
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S na on pção t l olóio ʹ funional raional qu vimo não pod hav r riminalização
ond não divi o propóito d tut la d um m urídio ʹ p nal á a a rção inv ra não r v la
ata : a a rção ito é undo a qual mpr qu ita um m urídio dino d tut la p nal aí
d v t r luar a int rv nção orr pond nt . O qu inifia qu o on ito mat rial d rim é
nialm nt ontituído p la noção d m urídio dotado da dinidad p nal; ma qu a ta
noção t m a ar r ainda um qualqu r qu torn a riminalização l ítima. Et ritério
adiional é o m m m
m
- ! #$%¦ !
A violação d um m urídio ʹ p nal não ata por i para d nad ar a int rv nção ant
d r qu r ndo qu ta a aolutam nt indip náv l à livr r alização da p ronalidad d ada
um na omunidad .
A limitação da int rv nção p nal aaada d r f rir d rivaria mpr d r to do prinípio
urídio ʹ ontituional da
m mm
qu faz part do prinípio in r nt
ao Etado d Dir ito.
Di - t r d itir ntr dua ord n uma r lação d impliação no ntido d qu todo o
m urídio p nalm nt r l vant t m d nontrar uma r f rênia pr a ou implíita na ord m
ontituional do dir ito d v r fundam ntai. Em nom do ritério da n idad da
on qu nt uidiari dad da tut la urídio ʹ p nal a inv ra não é v rdad ira : no pr io ntido
d qu & " ). Ond o
l ilador ontituional apont a n idad d int rv nção p nal para a tut la d
n urídio d t rminado t m o l ilador ordinário d uir ta inunção riminalizar o
omportam nto r p tivo o p na d inontituionalidad por omião.
Ond in itam tai inunçõ ontituionai pr a da itênia d um valor urídio ʹ
ontituionalm nt r onh ido omo int rant d um dir ito ou d um d v r fundam ntal não é
l ítimo d duzir m mai a iênia d riminalização do omportam nto qu o violam.
A r trição da função do dir ito p nal à
m m por um lado o
arát r m d ta tut la m intonia om o prinípio da n idad por outro onduz m à
utifiação d uma propoição polítio ʹ riminal fundam ntal : a d qu para um fiaz domínio do
f nóm no da riminalidad d ntro d ota oialm nt uportáv i o Etado o u apar lho
formalizado d ontrol do rim d v m int rvir o Y; d v m int rvir ó na pr ia
m dida r qu rida p lo a uram nto da ondiçõ niai d funionam nto da oi dad . A ta
propoição dá o nom d m m m
D
A do rim porém não r ulta ap na do u ainda qu mat rial ma
d p nd tamém da daqu la r alidad : l é m part produto da d finição oial
op rada m último t rmo p la (l ilador políia minitério púlio uiz) m mo
(família ola ir a lu vizinho) d ontrol oial.
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Há qu m ut nt qu o dir ito p nal não pod arvorar- m intrum nto d tut la do novo
rand rio próprio da oi dad pr nt ainda mai da oi dad do futuro. Há p lo
ontrário qu uardar o património id olóio do Iluminimo P nal r rvando ao dir ito p nal o u
Î
$ ʹ o dir ito fundam ntai do indivíduo ʹ o u
& !
No outro tr mo (daqu l qu pr onizam a r trição do0 dir ito p nal à tut la d dir ito
individuai) p rfilham aqu l qu pr onizam a riação d um dir ito p nal por int iro
) &( " . E qu impliariam ant d tudo uma
alt ração do modo próprio d produção l ilativa m matéria p nal r tirando ao Parlam nto a
r rva d omp tênia n t domínio para atriuir ao E utivo.
Cr mo qu ta via d volução não d v r trilhada.
D &
Uma via int rmédia ntr a dua poiçõ pota ʹ qu orr m todo o ao o a píraf
da ͞ panão͟ do dir ito p nal ʹ pr t nd r pond r ao prol ma atravé d uma polítia d uma
domátia riminai ou . D v undo la mant r- a itênia d um do
dir ito p nal r lativam nt ao qual valham imodifiado o prinípio do dir ito p nal láio
diriido à prot ção uidiária d n urídio individuai a nt na individualização da
r ponailidad on qu nt m nt na ação na imputação o tiva u tiva na ulpa na
autoria tamém puram nt individuai. Ma d v itir tamém uma urídio ʹ p nal
p ifiam nt diriida à prot ção ontra o rand novo rio ond aqu l prinípio
nontr m amort ido ou m mo tranformado dando luar a outro prinípio d ͞fl iilização
ontrolada͟ a nt na prot ção ant ipada d int r ol tivo mai ou m no ind t rminado
m paço n m t mpo n m autor n m vítima d finív i por on uint numa palavra d
͞m nor int nidad arantítia͟. Ma prinípio t m todo o ao ainda
!
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D
D um ponto d vita polítio ʹ riminal a qu tão áia omo Roin lapidarm nt a d finiu
r id m a r a introdução do da oi dad do rio no dir ito p nal t m por força d
inifiar o
! T rá d ê-lo uram nt onid rar qu para
qu o m urídio umpra a função d ritério l itimador d padrão rítio da inriminação torna
indip náv l uardar um u arát r m qu d l ó p rmit falar
quando tão m aua int r r ai tanív i portanto tamém atuai do indivíduo.
Important r v la poi uma r onid ração aprofundada do hamado
Y. S
qui r onf rir- ao dir ito p nal uma função d tut la p rant o m a-rio ainda aí é pr io
a ntar m qu o prol ma urídio-p nal é mod tam nt um prol ma d m
; m
onr to o d a r omo é poív l promov r ou on rvar o n púlio r lativo ao
fundam nto naturai da vida p rant or tudo a natur za tráia da r lação ntr o a nt raional
m u próprio prov ito o n ol tivo.
O n urídio ol tivo d v m por on uint r a it omo (
mm . Qu tamém ta at oria d n urídio poa
r onduzir- m último t rmo a
da p oa não pod d iar d r onh r- . O
arát r upra ʹ individual do m urídio não lui a itênia d int r individuai qu om l
onv r m.
A v rdad ira arat rítia do m urídio ol tivo ou univ ral r id poi m qu l d v
r ozado por todo por ada um m qu ninuém d va pod r fiar luído d ozo: n ta
) r id o int r individual l ítimo na int ridad do m urídio ol tivo.
D
Y
Não val qu r a p na p nar m ainalar ao dir ito p nal apaidad d ont nção do m a
ʹ rio próprio da oi dad do rio do m mo pao p ritir m mant r o doma da
Y)
.
A it ao lado da r ponailidad p nal individualm
m m
m
torna- todavia n ário ur nt a r muito mai or l or a ua
d impliação prátio ʹ normativa or a ua r laçõ om a r ponailidad individual or o
u ad quado anionam nto or a iênia qu d l r ultarão no plano do dir ito a ontituir.
D
N ta m dida aaamo por no aproimar d rto modo da id ia d Strat nw rth undo a
qual a tut la do rand rio da raçõ futura paa p la aunção d um m
m
m qu ão p nalizada punida pura
!m m . Não trata om
ito porém d uma alt rnativa ao dir ito p nal do m urídio : ainda aqui a punição im diata d
rta péi d omportam nto é f ita m nom da tut la d n urídio ol tivo ó n ta
m dida nontra l itimada.
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A função do dir ito p nal no it ma do m io d ontrol oial na ord m urídia total
hav rá d apr nd r- não ó atravé da natur za do u o to (o fato ou omportam nto
riminoo ʹ ͞o rim ͟) omo tamém da p ifiidad da on quênia urídia qu àqu l
liam a p na a m dida d urança.
Å
%
A r pota dada ao lono d muito éulo ao prol ma do fin da p na r onduz m- a
dua ( ou trê ) t oria fundam ntai :
1)c
: d um lado liada nialm nt à doutrina da r triuição
ou da piação
2)c Y : d outro lado qu analiam m doi rupo d doutrina : a
Y d uma part a Y
Y d outra part .
Toda a int rmináv l qu r la à roda do fin da p na é r ondutív l a uma d ta poiçõ ou a
uma da múltipla variant atravé da quai t m t ntado a ua
!
Å
c c
Å
Contrariam nt à t oria aoluta a t oria r lativa ão om pl na propri dad t oria d
. Ma omo intrum nto polítio ʹ riminal d tinado a atuar no mundo não pod a p na atar-
om a arat rítia m i m ma d tituída d ntido oial ʹ poitivo; para omo tal utifiar
t m d uar d mal para alançar a finalidad pr ípua d toda a polítia riminal a Y
& !
A prov ni nt do ad pto da t oria aoluta qu ao lono do t mpo mai
t m f ito ouvir à t oria r lativa é a d qu apliando- a p na a r humano m nom d fin
utilitário ou pramátio qu pr t nd m alançar no ont to oial la tranformariam a p oa
humana m o to d la rviriam para a r alização d finalidad h t rónoma n ta m dida
Y !
Um tal ritiimo é d tituido d fundam nto.
A v rdad é ant qu para o funionam nto da oi dad ada p oa t m
' lh ão onf rido m nom da ua min nt dinidad .
Na t oria pr v ntiva há qu om çar por ditinuir tanto hitoriam nt omo undo o
ntido ntr a doutrina da
a doutrina da
mm
. O
Y radia na on pção da p na omo
intrum nto politio ʹ riminal d tinado a "
m mm
m m m m m m atravé da p nal tatuída p la l i da
r alidad da ua
da m m da ua ução.
A aludida atuação tatal or a n ralidad da p oa aum porém ainda uma
Y. A p na pod r on dida por uma part omo forma tatalm nt aolhida d
m da outra p oa atravé do ofrim nto qu om la infli ao d linqu nt uo
r io a onduzirá a não om t r m fato punív i : fala- ntão a t propóito d Y
Y .
Ma a p na pod r on ida por outra part omo forma d qu o Etado rv para
mant r r forçar a da omunidad na validad na força d viênia da ua norma d
tut la d n urídio aim no ord nam nto urídio ʹ p nal; omo intrum nto por lênia
d tinado a r v lar p rant a omunidad a inqu rantailidad da ord m urídia ap ar d toda a
violaçõ qu t nham tido luar a r forçar por ta via o padrõ d omportam nto ad quado à
norma: n t ntido fala ho d uma Y Y .
O da doutrina da pr v nção ral é pr záv l loo porqu l lia dir ta
im diatam nt à d tut la uidiária d n urídio.
O rand arum nto qu mpr r p t ontra a doutrina da pr v nção ral é o d qu
omandada ap na por onid raçõ pramátia fii ntita la faz m da p na um intrum nto
qu viola d forma inadmiív l a ' à qual aplia.
O arum nto á não rá pro d nt porém a pr v nção ral p rp tivar na ua
v rt nt poitiva omo Y d tut la da onfiança ral na validad viênia
da norma do ord nam nto urídio liada à prot ção do n urídio. Em prim iro luar t
ritério p rmit qu à ua luz nontr uma p na qu m prinípio r v lará tamém uma p na
m" m #
do d linqu nt . Em undo luar a m dida onr ta da p na a apliar a um
d linqu nt ndo mora fruto d onid raçõ d pr v nção ral poitiva d v t r
inultrapaáv i ditado p la ulpa qu inr v m na v rt nt li ral do Etado d Dir ito.
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R f r - ho ada v z om maior initênia omo uma & finalidad da p na
o propóito d om la op rar a poív l on rtação ntr o a nt a vítima atravé da
mm ʹ não ap na n ariam nt patrimoniai ma tamém morai ʹ auado p lo rim .
O Dir ito P nal onid ra a r paração do dano omo ondição d l itimidad d apliação d
rta ͞ p na d utituição͟ ( art. 51º-1 ) ou omo ondição da ͞dip na d p na͟ ( art. 74º - 1)
para além d admitir o l ado a p dir a r paração do dano ivi no próprio pro o p nal ( art. 71º
82º-.A do CPP).
Como id ia ral poi a on rtação a nt ʹ vítima ó pod t r o ntido d ontriuto para o
m da $m aalada p lo rim o qual omo vimo ontitui o
rn m mo da Y Y. Enquanto por outro lado aqu la on rtação onforma
uma v rt nt d iiva para uma orr ta avalização no ao da iênia d Y
Y!
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A a da olução aqui d f ndida para o prol ma do fin da p na r id m qu t "
) Y Y ʹ a d pr v nção ral poitiva ou n ativa a d pr v nção
p ial poitiva ou n ativa ʹ não natur za r triutiva.
D ntro da moldura ou do limit on ntido p la pr v nção ral poitiva ou d int ração ʹ
ntr o ponto óptimo o ponto ainda omunitariam nt uportáv l d m dida da tut la do n
urídio ( ou d ͞d f a do ord nam nto urídio͟) ʹ d v m atuar m toda a m dida poív l ponto
d vita d Y ndo aim l qu Y Î
. Ito inifia qu r l va n t ont to qualqu r uma da funçõ qu o p nam nto da
pr v nção p ial r aliza : a a função d oialização a qualqu r uma da funçõ
uordinada d adv rtênia individual ou d urança ou inouização. A m dida da
) do a nt é no ntanto m prinípio o ritério m da iênia d
pr v nção p ial ontituindo ho o v tor mai important daqu l p nam nto. El ó ntra m
oo porém o a nt r v lar m
$ . S uma tal arênia não v rifiar tudo
r umirá m t rmo d pr v nção p ial m onf rir à p na uma função d ufii nt m ; o
qu p rmitirá qu a m dida da p na d ça até ao p rto do limit mínimo da ͞moldura d pr v nção͟ ou
m mo qu om l oinida (͞d f a do ord nam nto urídio͟).
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S undo o ͞não há p na m ulpa a m dida da p na não pod m ao
alum ultrapaar a m dida da ulpa͟. A v rdad ira função da ulpa no it ma punitivo r id
f tivam nt numa inondiional m ; a ulpa não é m da p na ma
ontitui o u $ o u $Y: o limit inultrapaáv l por
quaiqu r onid raçõ ou iênia pr v ntiva ʹ am d pr v nção ral poitiva d int ração ou
ant d intimidação am d pr v nção p ial poitiva d oialização ou ant n ativa d
urança ou d n utralização. A função da ulpa é por outra palavra a d ta l r o máimo d
p na ainda ompatív l om a iênia d pr rvação da dinidad da p oa d arantia do livr
d nvolvim nto da ua p ronalidad no quadro próprio d um Etado d Dir ito d morátio.
Como init nt m nt t m a ntuado & a razõ d diminuição da ulpa ão m prinípio
tamém omunitariam nt ompr nív i a itáv i d t rminam qu no ao onr to a
iênia d tut la do n urídio d tailização da norma am m nor .
Par dip náv l a id ia d qu a r poua utanialm nt num duplo
fundam nto : o da pr v nção o da ulpa :; ito porqu a p na ó ria l ítima ͞quando é n ária
d um ponto d vita pr v ntivo para além dio é uta͟ não tratando d t modo d uma
͞união létia d l m nto h t roén o͟ ma aliá d uma ͞utifiação umulativa͟.
&( Y Y &
!
D
O prorama polítio ʹ riminal onutania na propoiçõ onluiva ( art. 18º/2 CRP qu
pr ipitou o art. 40º/1 2 CP ). O nº1 d lara paradimatiam nt qu !!!# Y
%; o nº2 tatui m t rmo
͞aoluto͟ qu %!
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222
2 2 2 2 '
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O it ma da ançõ urídio ʹ riminai do dir ito p nal portuuê a nta m doi pólo:
- o da *
- o da !
Enquanto a prim ira têm a
por pr upoto por limit a unda têm por a a
m m mm
do d linqu nt . Loo n t ntido o noo it ma é poi um it ma
.
A indip nailidad da m dida d urança faz- d d loo prinipalm nt ntir a um
ao nív l do tratam nto urídio a dip nar ao hamado a nt $Y.
Um m
ao qual faz ntir a indip nailidad da m dida d urança é o
uint : m mo qu o fato ilíito-típio t nha ido pratiado por um imputáv l ( loo: $m
)
m pod u d r qu o prinípio qu pr id m à ulpa por via d ta ao limit máimo d m dida
da p na r v l m para oorr r a uma r ultant da partiular
iruntânia do fato (ou) da p ronalidad do a nt .
A itênia d ta unda font d n idad da m dida d urança no it ma urídio-
p nal arrata onio aqu la qu ontinua ainda ho a r a qu tão mai ompl a: a d a r d
aordo om a r ra do Etado d Dir ito o it ma urídio-p nal anionatório d v aumir
r lativam nt a a nt natur za ou ant m
. Uma orr ta diluidação
d ta qu tão upõ qu anh pr viam nt lar za or a finalidad a l itimação qu à
m dida d urança p rt n m.
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Fundam nto d apliação d qualqu r m dida d urança riminal é
Y Y $ ; fato qu d t
modo v m a aumir valor da apliação da m dida d urança a onformar ao lado da
p rioidad um do doi fundam nto da ua apliação.
Å
A l itimação d orr da ua aludida finalidad loal d : d pr v nção d ilíito-
típio futuro p lo a nt p rioo qu om t u á um ilíito-típio rav .
Conr tam nt : qu uma m dida d urança ó poa r apliada para
$ m m dida qu não r v l à ravidad do
ilíito-típio om tido à p rioidad do a nt .
O prinípio da d f a oial aum por on uint a ua função l itimadora não quando
onid rado na ua v t puram nt fátia naturalítia pramátia ant im quando onuado
om o
.
Fia om ito afatada uma on pção undo a qual para l itimação da m dida d urança
riminal n ário tornaria onid rá-la d ntro da at oria da
Y!
Importa ntão )% : o d qu ó tão l itimado
para partiipar livr m nt na vida t rno-oial aqu l qu pou m li rdad autonomia int rno-
p oal pod m por io r influ niado p la norma. Dito d outra forma: toda a li rdad t rno-
oial l itima ó m último t rmo p rant a po da li rdad moral int rior a qual não p rt n
n m ao do nt m ntai n m tão pouo àqu l qu m virtud d má inlinaçõ h rdada ou
adquirida não nontram m ondiçõ d uma livr d ião a favor da norma.
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Å
A onluão a r tirar d quanto fia poto é a d qu m matéria d
m m da r açõ
riminai não it m dif r nça fundam ntai ntr p na m dida d urança. Dif r nt é
ap na a Y . Na p na a
finalidad d pr v nção ral poitiva aum o prim iro indiputáv l luar nquanto finalidad d
pr v nção p ial d qualqu r péi atuam ó no int rior da moldura d pr v nção ontituída
d ntro do limit da ulpa. Na m dida d urança dif r nt m nt a finalidad d pr v nção
p ial ( d oialização d urança) aum m luar dominant não fiando todavia luída
onid raçõ d pr v nção ral d int ração o a forma qu a muito título aproima da ( ou
m mo id ntifia om a ) m
mm m
Não é poi no quadro da finalidad ma fora d l atam nt omo prim & na
ua qu uita a dif r nça
ntr a p na a m dida d urança:
na iruntânia d r pr upoto irr nuniáv l da apliação d qualqu r p na a rioroa o rvânia
do m
prinípio qu não r pap l d n nhuma péi no âmito da m dida d
urança; d on qu nt m nt a m dida d urança r d t rminada na ua ravidad na
ua duração não p la m dida da ulpa ma p la itênia da p rioidad todavia tritam nt
limitada por um m
m m. Daqui r ultaria ainda undo & uma rta
aproimação ao it ma da ançõ riminai; no ntido d qu a dua péi d ançõ
todavia it nt p na m dida d urança riam ta l ida undo a ua finalidad
num ntido únio ó na ua d limitação orr riam via ditinta.
Å
Pod um it ma r onid rado omo m
tão-ó porqu onh no u ar nal
anionatório riminal não om nt p na ma tamém m dida d urança. Não é t porém o
nt ndim nto qu d v tar m aua quando afronta a qu tão monimo dualimo do
it ma. S t onh a itênia d m dida d urança ma a aplia ap na a $Y
m pod afirmar- qu n m por io o it ma p rd a ua arat rítia monita para aumir ariz
dualita.
A v rdad ira alt rnativa monimo/dualimo ó ur quando p runta o it ma é um tal
qu p rmit a Y d uma p na d uma
m dida d urança. N t ntido pod falar para além d ͞it ma dualita͟ d
Y ou d
$. É aqui ó aqui qu ur o prol matimo p ífio da alt rnativa ta
torna inontornáv l: a r ainda é poív l l ítimo onv ni nt t nd r o on ito d ulpa a
m dida da p na até ao ponto m qu a int rv nção d uma m dida d urança torn dip náv l.
S a qu tão r r uma r pota afirmativa pod ntão p nar- na adopção d u it ma monita
ao qual ão imputada lara vanta n do ponto d vita da da anção. S p lo ontrário a
r pota for n ativa ntão a adopção d um it ma dualita par impor- m d finitivo.
c c
2& 2
2
Å
O prinípio do Etado d Dir ito onduz a qu a prot ção do dir ito li rdad arantia
a l vada a ao não ap na atravé do dir ito p nal ma tamém p rant o dir ito p nal. Até
porqu uma fiaz pr v nção do rim ó pod pr t nd r êito à int rv nção tadual for m
l vantado limit trito p rant a poiilidad d uma int rv nção aritrária.
D t modo a int rv nção p nal um t - a um rioroo prinípio d l alidad : não pod
hav r rim n m p na qu não r ult m d uma l i prévia rita rta.
O art. 29.º n.º3 CRP onf r ao triunai uridição para onh r m d rto rim ontra o
dir ito int rnaional m mo qu a onduta viada não am punív i à luz da l i poitiva int rna.
N ário é porém qu trat d rim à luz do «prinípio rai d dir ito int rnaional
omumm nt r onh ido a punição ó pod t r luar «no limit da l i int rna qu d fin o
t rmo do pro o a ançõ apliáv i.
D t modo no art. 29.º n.º2 CRP par adoptou- a on pção da r ponailidad por
rim ontra o dir ito int rnaional u ito ao prinípio da l alidad .
O prinípio da l alidad da int rv nção p nal poui uma pluralidad d fundam nto:
a) Et rno:
- Prinípio li ral: toda a atividad int rv nionita do tado na f ra do dir ito do idadão
t m d liar à itênia d uma l i m mo ntr nó d uma l i ral atrata
ant rior.
- Prinípio d morátio Prinípio da paração d pod r : para a int rv nção p nal ó
nontra l itimada a intânia qu r pr nt o Povo omo titular último do iu puni ndi;
dond a iênia d l i formal manada do parlam nto ou por l autorizada (art. 165.º n.º1
al. ) CRP).
) Int rno.
- Pr v nção ral Prinípio da ulpa: não pod p ra qu a l i umpra a ua função
motivadora do omportam nto da n ralidad do idadão aqu l não pud r m a r atravé d
l i ant rior trita rta por ond paa a front ira qu para o omportam nto riminalm nt
punív i do não punív i.
Não há rim m l i ant rior qu omo tal pr v a uma rta onduta inifiativa qu por
mai oialm nt noivo r prováv l qu afiur um omportam nto t m o l ilador d o
onid rar omo rim para qu l poa r omo tal punido1. ia- aim pr v nir na pr ão
d Thoma Ho a int rv nção do rand L viathan tadual.
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N t plano umpr ainalar qu o prinípio da l alidad não or undo a ua função o
u ntido toda a matéria p nal ma ap na a qu traduza m fundam ntar ou aravar a
r ponailidad do a nt . So p na d o prinípio paar a funionar ontra a ua t l oloia a ua
própria razão d r: a prot ção do dir ito li rdad arantia do idadão fa à poiilidad d
arítrio d pção do pod r tatal. Por io para avançar ap na om um mplo o prinípio
or toda a matéria r lativa ao tipo d ilíito ou ao tipo d ulpa ma á não a qu r p ita à aua
d utifiação ou à aua d luão da ulpa. D tal forma é important ta r trição do âmito do
prinípio qu la t nd a toda a ua on quênia.
c c
ʹ Proiição d analoia
Analoia é apliação d uma r ra urídia a um ao onr to não r ulado p la l i atravé d
um arum nto d m lhança utanial om o ao r ulado. Et tipo d int rpr tação t m d
r proiido fa ao prinípio da l alidad (art. 29.º n.º1 CRP 1.º n.º1 3 CP) mpr qu funion
ontra o a nt vi rvir a fundam ntação ou a aravação da ua r ponailidad .
A proiição da analoia t m qu v r om o limit à int rpr tação m dir ito p nal. A ita-
ho qu todo o on ito l ai ão paív i d int rpr tação2.
O ritério d ditinção impoto p lo fundam nto ont údo d ntido do prinípio da
l alidad ó pod r o uint : o l ilador p nal é oriado a primir- atravé d palavra; a
quai todavia n m mpr pou m um únio ntido ma p lo ontrário apr ntam qua mpr
poliémia. Por io o t to l al torna ar nt d int rpr tação of r ndo a palavra qu o
ompõ m undo o u ntido omum lit ral um quadro d inifiado d ntro do qual o apliador
da l i pod mov r. Fora d t quadro o apliador nontra- á no ampo da apliação analóia
(proiida). Aim tal quadro não ontitui ritério ou l m nto ma limit da int rpr tação admiív l
m dir ito p nal.
Fundar ou aravar a r ponailidad do a nt m uma qualqu r a qu aia fora do quadro
d inifiaçõ poív i da Y não limita o pod r do Etado não d f nd o dir ito
li rdad arantia da p oa.
a)c O ao a m um do ntido poív i da palavra da l i: n t ao nada a a ar ntar
ou a r tirar ao prinípio rai d int rpr tação.
)c Num mom nto iniial à qu faz r uunção formal (op ração lóio formal d inriminação).
)c A int rpr tação t m d r t l oloiam nt omandada (d t rminada à luz do fim alm ado
p la norma) funionalm nt utifiada (ad quada à função do on ito).
d)c Não d v utituir a função limitadora da l tra da l i p lo ntido finalidad (ratio l i)
hav ndo qu av riuar a ompatiilidad da int rpr tação unda a finalidad função om o
t or lit ral da l i
Å (
Fa ao fundam nto à função ntido do prinípio da l alidad a proiição d analoia val
r lativam nt a todo o l m nto qualqu r qu a a natur za qu irvam para fundam ntar a
r ponailidad ou para a aravar; a proiição val poi ontra r um ou in mal m part n.
Conr tam nt a proiição aran ant d tudo o l m nto ontitutivo do tipo l ai
d rim d rito na Part Ep ial do CP ou m l ilação travaant . Como val à l i p nai m
rano não ó no qu toa à part anionatória da norma ma ainda m mo na part m qu ta
r m t para a r ulam ntarão t rna.
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A proiição d analoia val ainda para rta norma da Part G ral do CP: para aqu la qu
ontitu m alaram nto da puniilidad d omportam nto pr vito omo rim na part p ial
nom adam nt m matéria d t ntativa (art. 22.º) ou por mplo d ompartiipação (art. 26.º).
Um prol ma p ial é l vantado p la aua d utifiação p la aua d luão da
ulpa da puniilidad . Tratando- n la d ituaçõ qu não fundam ntam ou aravam a
r ponailidad do a nt ma p lo ontrário a lu m ou a at nuam o r uro à analoia é l ítimo
mpr qu o r ultado a o do alaram nto do u ampo d inidênia; ma á rá il ítimo tiv r
omo on quênia a diminuição daqu l ampo m qu haa aqui razõ para d t rminar d
forma mai r tritiva o limit da analoia proiida.
Pod u d r qu apó a prátia d um fato qu ao t mpo não ontituía rim uma nova l i
v nha dar tratam nto d rim ; ou ndo o fato á rim ao t mpo da ua prátia uma nova l i v nha
pr v r para l uma p na mai rav qualitativam nt ou quantitativam nt .
Proí - a r troatividad m tudo quanto funion ontra r um ou in mal m part m.
T m d d t rminar- qual o mom nto da prátia do fato. Dipõ o art. 3.º CP qu «o fato
onid ra- pratiado no mom nto m qu o a nt atuou ou no ao d omião d v ria t r
atuado ind p nd nt m nt do mom nto m qu o r ultado típio t nha produzido.
Aim d iivo para a prátia do fato é a onduta não o r ultado d ta.
c
c
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Å (
Tal omo vimo u d r om a proiição d analoia tamém a proiição d r troatividad
funiona ap na a favor do a nt não ontra l . Por io a proiição val r lativam nt a todo o
l m nto da puniilidad à limitação d aua d utifiação d luão ou d diminuição da ulpa
à on quênia urídia do rim qualqu r qu a a ua péi .
Tal id ia aplia- tamém à m dida d urança (art. 29.º n.º1 3 CRP art. 1.º n.º2 CP).
Pr vê- t prinípio no art. 2.º n.º4 CP no art. 29.º n.º4 2.ª part CRP.
1)c L i pot rior à prátia do fato d i d onid rar t omo rim (art. 2.º n.º2 CP).
Traduz t pr ito a id ia d a fiáia do prinípio da apliação da l i m lhor r tão fort
qu quando analia uma d riminalização dir ta do fato la impõ no qu toa à
ução ao u f ito p nai ainda no ao d a nt nça ond natória t r á tranitado
m ulado. O qu tudo ompr nd onid rando qu a on pção do l ilador
alt rou até ao ponto d d iar d r putar urídio-p nalm nt r l vant um omportam nto
não t m qualqu r ntido polítio-riminal mant r o f ito d uma on pção ultrapaada.
c c
ord naional. A r pota par r n ativa poi no mom nto da prátia do fato não itiam
razõ para qu o a nt pud p rar fiar impun ; aaando io im om a apliação da
anção ontra-ord naional por n fiiam d um r im qu lh é onr tam nt mai
favoráv l3.
3)c Nova l i qu mantêm a inriminação d uma onduta onr ta mora o um novo ponto d
vita polítio-riminal m mo qu l traduza numa modifiação do m prot ido4.
Com f ito a ontinuidad da punição da onduta não é af tada p lo qu ria inadmiív l
pr t nd r qu om a ntrada m vior da r forma fo m d riminalizado o rim d
violação ant riorm nt pratiado ma ó no domínio da nova l i.
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Uma pção ao prinípio da apliação da l i mai favoráv l tá onarada no art. 2.º n.º3
para a hamada l i t mporária.
L i t mporária d v m poi onid rar- ap na aqu la qu a priori ão ditada p lo
l ilador para um t mpo d t rminando: a porqu t p ríodo é d d loo apontado p lo
l ilador m t rmo d al ndário ou m função da v rifiação ou ação d um rto v nto por
mplo duração d um tado d ítio ou d um tado d u rra (l i t mporária m ntido trito);
a porqu aqu l p ríodo torna r onh ív l m função d rta iruntânia t mporai (l i
t mporária m ntido amplo). Comum é a iruntânia d a l i ar automatiam nt a ua
viênia uma v z d orrido o p ríodo d t mpo para o qual foi ditada. A razão qu utifia o
afatam nto da apliação da l i mai favoráv l r id m qu a modifiação l al op rou m função
não d uma alt ração da on pção l ilativa ma uniam nt d uma alt ração da iruntânia
fatia qu d ram a à l i. Não it m por io aqui p tativa qu m r çam r tut lada
nquanto por outro lado razõ d pr v nção ral poitiva p rit m. O qu d v r r forçada é a
n idad d int rpr tação rioroa daquilo qu na v rdad ontitui uma l i t mporal; om a
on quênia d m ao d dúvida faz r val r a r ra da proiição d r troatividad da apliação
da l i mai favoráv l no t rmo rai.
Todo o ódio p nai ontêm dipoiçõ or o âmito d validad paial da ua
norma. O onunto d a dipoiçõ é vularm nt hamado dir ito p nal int rnaional analiando-
o u ont údo m r ra ou ritério d apliação da l i p nal no paço
. T mo poi div ro prinípio qu ori ntam a apliação da l i no paço:
Prinípio a
Dc Prinípio da t rritorialidad : undo o qual o tado aplia o u dir ito p nal a todo o fato
p nalm nt r l vant qu t nham oorrido no u t rritório om indif r nça por qu m ou
ontra qu m foram tai fato om tido.
Prinípio a ório
Dc Prinípio da naionalidad : undo qual o Etado pun todo o fato p nalm nt r l vant
pratiado p lo u naionai om indif r nça p lo luar ond l foram pratiado por
aqu la p oa ontra qu m o foram.
Dc Prinípio da d f a do int r naionai: undo o qual o Etado r o u pod r
punitivo r lativam nt a fato diriido ontra o u int r naionai p ífio m
onid ração do autor qu o om t u ou do luar m qu foram om tido.
Dc Prinípio da apliação univ ral: undo o qual o Etado manda punir todo o fato ontra o
quai d va lutar a nív l mundial ou qu int rnaionalm nt l t nha aumido a oriação
d punir om indif r nça p lo luar da omião p la naionalidad do a nt ou p la p oa
da vítima.
Dc Prinípio da adminitração upl tiva da utiça p nal (art. 5.º al. )): undo o qual o Etado
portuuê t m omp tênia para onh r do fato qu não nontrando u ito à
c c
r ra ant rior foram pratiado no tran iro por tran iro qu nontram m
Portual ua tradição t ndo ido r qu rida não pod r on dida.
Å
$
Å +
Razõ d índol int rna: é na d do dir ito qu mai vivam nt faz m ntir n idad d
punição ndo o luar do fato aqu l ond m lhor pod inv tia-lo faz r prova d l .
Razõ d índol t rna: ta ão a via qu darão maior failidad à harmonia int rnaional ao
r p ito p la não in rênia m aunto d um Etado Etran iro.
Et prinípio tá pr vito no art. 4.º al. a). Torna- por io indip náv l d t rminar o qu
o t rritório naional qual é o loal do d lito. A prim ira é fáil d faz r (art. 5.º CRP ma á a
unda apr nta difiuldad qu m uida t ntar mo at r.
Å
* +
c c
D t modo ai o alçada portuu a o nvio por a nt tran iro a partir d paí
tran iro d uma arta armadilhada d tinada a plodir m Portual qu é d ativada
p la autoridad do tado Etran iro.
Na prátia a rand maioria do ao r ulado por ta norma ria tamém punív l atravé
da r ra da naionalidad paiva da prot ção do int r naionai.
Å
Dc Crim ontinuado: uma pluralidad d fato é uridiam nt onid rada uma unidad
normativa. Na linha da funionalidad da olução plurilat ral tá a olução d qu d v n t
ao onid rar- atant qu um do fato nontr aranido p lo prinípio da
t rritorialidad .
Dc Compartiipação: d fato pratiado no tran iro ou na hipót inv ra o fato v rifia-
m Portual ma a ompartiipação t m luar no tran iro. A qualqu r d ta hipót é
apliáv l a l i p nal portuu a m nom o prinípio da t rritorialidad .
Dc Omião: d v val r omo luar do d lito aqu l m qu d v ria t r tido luar a ação
p rada.
Å Y'
Alaram nto da t rritorialidad or via do art. 4.º al. ) qu parifia o fato om tido m
t rritório portuuê o qu t nham luar a ordo d navio ou a ronav portuu a. Aqu l navio
ou a ronav ão ainda não fatiam nt ao m no para f ito normativo «t rritório portuuê.
Todavia mpr qu o navio ou a ronav nontr m porto d paí dif r nt do pavilhão
io não r tira omp tênia à l i do luar m nom do prinípio a da t rritorialidad .
O DL 254/2003 d 18/10 pr vê no u art. 3.º 4.º uma t não da omp tênia da l i
p nal portuu a qu paa a pod r apliar- a rto rim pratiado a ordo d a ronav aluada
a um op rador qu t nha a ua d m t rritório portuuê; ou tratando- d uma a ronav
tran ira qu não nontr n a ondiçõ o loal d at rra m uint à prátia do fato
for m t rritório portuuê o omandant ntr ar o pr umív l infrator à autoridad portuu a.
Å +
c c
arir- launa d puniilidad . Por io it um prinípio fundam ntal da apliação da l i p nal d
um paí a fato om tido por um u naional no tran iro: não- tradição d idadão naionai.
S o não tradita ntão o Etado naional d v punir.
D aordo om o fundam nto a t l oloia qu lh foram apontado ur omo
Y: o a nt é um portuuê. Fala- todavia ho tamém a uto título d um
Y para f ito d apliação da l i p nal portuu a a fato om tido
no tran iro por tran iro ontra portuu . É óvio por m qu t prinipio da p ronalidad
t m fundam nto na n idad ntida p lo Etado portuuê d prot r o idadão naionai
p rant fato ontra l om tido por tran iro no tran iro n ntido a prot ção d
int r naionai.
Et prinípio nontra- onarado no art. 5.º n.º1 al. ). d aordo om l a l i p nal
portuu a é apliáv l a fato om tido fora do t rritório naional por portuu (p ronalidad
ativa) ou por tran iro ontra portuu (p ronalidad paiva) o uma trípli ondição:
a d o a nt r m nontrado m Portual;
a d tai fato r m punív i p la l ilação do luar m qu tiv r m ido pratiado alvo
quando n luar não r r pod r punitivo;
a d ontituír m rim qu admita tradição ta não poa r on dida.
Å "
Dc : ta ondição plia- quanto ao prinípio
da p ronalidad ativa por r n la qu onr tiza a razão qu lh dá fundam nto: a não-
tradição d naionai; quanto ao prinípio da p ronalidad paiva por n l tratar d uma
t não do prinípio da naionalidad utifiada por razõ d índol muito p ial.
T m- apontado ta ondição omo mplo d um ondição o tiva d puniilidad m
ntido lit ral ou pr t nd ndo om la inifiar qu tal iênia não ontitui l m nto do
tipo o tivo d ilíito não pr ia por io d r aranida p lo dolo p la ulpa do
a nt . Domatiam nt por m la nada poui d omum om o fundam nto a t l oloia
da v rdad ira ondiçõ o tiva d puniilidad ant ontitui uma ondição d apliação
no paço da l i p nal portuu a.
Dc Y Y Y
& Y: qu r inifiar qu m r ra não é
ad quado tar a um t r ao pod r punitivo aluém qu pratiou o fato num luar ond l
não é onid rado p nalm nt r l vant ond por io não faz m ntir quaiqu r
iênia pr v ntiva qu r o a forma d tut la da p tativa omunitária na manut nção
da validad da norma violada qu r o a forma d um oialização d qu o a nt não ar .
Dc & : trata- aqui
d uma r afirmação da on pção do l ilador undo a qual o prinípio da t rritorialidad
d v não ap na no onp to naional ma int rnaional ontituir a r ra o prinípio da
naionalidad a pção. S a tradição fo uridiam nt poív l la d v ria r
on dida o prinípio p oal d v ria r r dir. S tiv r m aua o prinípio da
naionalidad ativa ( ndo o a nt portuuê) a tradição ó é poív l no ap rtado
t rmo do ! !% ! ¦!% !%¦ #ßß,, #$ ʹ L i da oop ração udiiária.
& é qualqu r um à pção da «infração d natur za polítia
undo on pçõ do dir ito portuuê do «rim militar qu não a imultan am nt
c c
pr vito na l i omum - art. 71.º n.º1 al. a) ) da L i da oop ração udiiária. Há ainda qu
t r m onta qu na R laçõ om o d mai Etado M mro lui a natur za polítia do
rim omo fundam nto da r ua da tradição.
S o rim é paív l d tradição pod todavia ta por f ito da norma
utantiva ad tiva m matéria d tradição. Aluma da quai inr v m na CRP:
art. 33.º n.º3 4 ( am ap na o Etado r qu r nt omutar a p na ou m dida ou
a itar a onv rão da m ma por um triunal portuuê ʹ art. 6.º n.º2 al. a) ) da L i da
oop ração udiiária) 5 ( a para além do ao á dito itir m ondiçõ d
r iproidad ta l ida m onv nção int rnaional ʹ art. 6.º al. ) da L i da oop ração
udiiária).
Eta pr valênia val tamém para a ntr a f tuada ao ario da L i 65/2003 d 23-8
r lativa ao mandato d d t nção urop u. Aim a omp tênia trat rritorial da l i
portuu a ó d v r r- na auênia d um p dido d ntr a formulado por um tado
da união ou na impoiilidad d lh dar umprim nto quando uita ap ar d la uma
pr t não p nal do tado portuuê (art. 11.º al. d) ) m omo o ao d auênia da
arantia pr vita no art. 13.º. O art. 12.º d ta l i admit a r ua d ntr a om
fundam nto m p ndênia d pro dim nto p nal p lo m mo fato ontra a p oa
prourada.
Tal val ainda para o p dido formulado por TPInt rnaionai no t rmo da r oluçõ da
Naçõ Unida qu o intituíram do art. 2.º n.º1 3.º n.º1 da L i 102/2001 d 25/8. á o
m mo não u d om a ntr a ao TPInt rnaional dado qu no t rmo do Etatuto d
Roma o triunal ó pod admitir o ao quando a uridiçõ omp t nt não pud r m ou
não qui r m ular ad quadam nt o fato m aua.
T mo um t não do prinípio da naionalidad no art. 5.º n.º1 al. d): «a l i p nal portuu a é
ainda apliáv l a fato om tido fora do t rritório naional ontra portuu por portuu qu
viv r m haitualm nt m Portual ao t mpo da ua pratia aqui for m nontrado.
Uma tal t não foi utifiada om a onid ração d qu importaria imp dir a impunidad
no ao m qu um portuuê diri ao tran iro para aí om t r um fato qu m qu liito
undo a l i loal ontitui uma rim undo a l i da pátria om a aravant d um tal rim r
om tido ontra um portuuê; m qu uma v z o rim om tido o a nt volta a Portual
provav lm nt para aqui viv r tranquilam nt . Em tai ao o a nt t ria adquirido ta t não
não iti um dir ito à impunidad atravé d uma fraud à l i p nal (arum nto pouo r dív l
para o Prof. Fiu ir do Dia poi a fraud à l i não t m qualqu r tradução no t to l al)
c c
Falamo n t ntido d um prinípio d prot ção r al d v ndo a l i faz r uma num ração
taativa do tipo d fato r lativam nt ao quai val o prinípio m am . A tal pro d o art. 5.º
n.º1 al. d) qu india o art. 221.º 262.º a 271.º 308.º a 321.º 325.º a 345.º
Ainal - qu m rto ntido o prinípio da prot ção r al pr f r ao prinípio da
p ronalidad ativa quando amo am onvoado no ao onr to ito é mpr qu um do
rim a qu o prinípio r al r f r t nha ido pratiado por um portuuê: no ntido d qu m
tai ao não torna n ária à apliação da l i p nal portuu a a v rifiação do r quiito d
qu ao art. 5.º n.º1 al. ) d) faz d p nd r a ntrada m função do prinípio da naionalidad .
ia- p rmitir a apliação da l i p nal portuu a a fato om tido no tran iro qu
at nt m ontra n urídio ar ido d prot ção int rnaional ou qu d todo o modo o Etado
portuuê oriou int rnaionalm nt a prot r. Não trata d faultar a ada tado a
int rv nção p nal r lativa a todo o fato onid rado rim p la ua l i int rna; trata- ant do
r onh im nto d arát r upranaional d rto n urídio qu ap lam para a ua prot ção a
nív l mundial.
Aim o art. 5.º n.º1 al. ) aplia a l i portuu a a rim qu tut lam n urídio ar ido
d prot ção int rnaional (art. 159.º 160.º 169.º 172.º 173.º 176.º 237.º). Contudo um t ta
apliação a doi r quiito: o a nt a nontrado m Portual qu não poa r traditado.
O art. 5.º n.º1 al. ) v io olmatar uma launa na l i portuu a: podia u d r qu um idadão
tran iro t ndo pratiado um rim normalm nt rav no tran iro vi uar r fuio m
Portual ond por um lado não podia r ulado dada a auênia d uma on ão r l vant om a l i
portuu a d ond por outro lado não podia r traditado dada a proiiçõ d traditar m
função da ravidad da on quênia urídia impota p lo it ma naional
Et prinípio não é uma on ão do pod r punitivo do tado naional om o rim om tido.
Trata- d atuação do uiz naional m v z ou m luar do uiz tran iro ma n m por io d iando
d apliar a ord m urídio-p nal naional.
R ta r f rir a ondiçõ d ntro da quai a l i portuu a aplia a tran iro no
tran iro: a) a nt a nontrado m Portual; ) a r qu rida a tradição; ) o fato ontitua
rim qu poiilit tradição ta não poa r on dida. Tamém aqui o on ito d tradição
d v aran r a ntr a ao Triunai P nai Int rnaionai a qu r ulta d um mandato d
d t nção urop u no t rmo da L i 65 2003 d 23/8.
O arát r m ram nt ompl m ntar ou uidiário do prinípio d apliação tra t rritorial
da l i p nal portuu a r v la- mplarm nt na iruntânia d m todo t ao a apliação
ó t r luar «quando o a nt não tiv r ido ulado no paí da pratia do ato ou houv r utraído
ao umprim nto total ou parial da ond nação (art. 6.º n.º1). Trata- aqui ant d mai d
r p itar o prinípio urídio-ontituional «ninuém pod r ulado mai qu uma v z p lo m no
rim (art. 29.º n.º5).
Trata- tamém d traduzir a id ia d qu o ritério da t rritorialidad d v undo a noa
ontituição politio-riminal ontituir f tivam nt o prinípio prioritário todo o outro
aumir m a v t d prinípio m ram nt ompl m ntar ou m lhor ainda n ta a pção
upl tivo. Trata- m uma ó d pr v nir impunidad qu pod ria r ultar d onflito n ativo
d uridição.
c c
Prova d finitiva do arát r uidiário do prinípio d trat rritorialidad é qu no t rmo
do art. 6.º n.º2 o fato d va r ulado p lo triunai portuu « undo a l i do pai m qu tiv r
ido pratiado mpr qu ta a onr tam nt mai favoráv l ao d linqu nt . Trata- por io
v rdad iram nt d apliação da l i p nal tran ira p lo triunal portuuê. Uma olução d ta
ainda uma v z qu nontra o u fundam nto primário no prinípio da apliação do r im
onr tam nt mai favoráv l ontitui m último t rmo uma d orrênia da id ia undo a qual a
apliailidad da l i portuu a é uidiária. Doi prol ma no ntanto otumam uitar- ainda
n t ont to:
a)c Sa r rta at oria d rim não d v m r afatada do âmito d apliação do
prinipio. A l i portuu a vi nt aaou por d iar onv n r p lo om fundam nto da
id ia da luão qu t nd u a todo o rim ao quai a l i portuu a é apliáv l m
nom do prinípio da d f a do int r naionai. N ntido dipõ o art. 6.º n.º3 qu
«o r im do núm ro ant rior não aplia ao rim pr vito na al. a) do n.º1 do art. 5.º.
)c Sa r omo d v m r olv r- onr tam nt a difiuldad prátia qu poam r ultar da
apliação da l i p nal tran ira no qu r p ita à aimilação da ançõ pr vita por ta.
O prol ma não põ ntr nó poi n t ao a l i portuu a apar omo l i m lhor
qu a tran ira. S rá no limit inf rior da ala p nal qu o prol ma pod ria
uitar ma n a zona o CP portuuê onara uma panóplia d p na utitutiva da p na
d prião. O art. 6.º n.º2 pr oniza aim qu «a p na apliáv l é onv rtida naqu la qu lh
orr pond r no it ma portuuê ou não hav ndo orr pond nt naqu la qu a l i
portuu a pr vir o fato.
c c
A raionalidad da norma qu ontitu m o Dir ito P nal o modo da ua apliação tão d
tal forma ondiionado por t prinípio qu m pod rá diz r qu l é a propoição urídia
fundam ntal do it ma p nal impr nadora até do ont údo d outro prinípio.
S undo o prinípio da l alidad o triunai tão vinulado a não apliar ançõ m l i
ant rior qu a r v a a não apliar a ançõ p nai pr vita m qu r aliz m d t rminado
pr upoto iualm nt d rito na l i:
a p rp tração d uma d t rminada onduta onid rada rim ou
no ao da m dida d urança r v ladora d p rioidad riminal (! ¦,%#
#% " )
Eta uordinação do triunal à l i inifia além dio qu a olução do ao onr to tá
totalm nt vinulada a um mod l l al ito é a uma artiulação á f ita p lo l ilador ntr um
d t rminado ao m lhant ao v rifiado m onr to uma olução para l pr vita ( m r ra a
apliação d uma anção ma tamém poiv lm nt a olução da impunidad o rto
pr upoto).
Por io o prinípio da l alidad traduz- na artiulação da dua ant rior máima om
uma outra
qu inifia qu não pod rá apliar- uma anção p nal m qu
v rifiqu m um ao para o qual tá pr viam nt d t rminada na l i a apliação d a anção
v rifiar m todo o pr upoto pr vito.
O mod lo d l i d d ião qu o prinípio da l alidad pr t nd intituir funiona até rto
ponto ma t nd a riar aluma fiçõ .
S p narmo na razõ hitória do prinípio da l alidad torna- laro qu o mod l do
it ma p nal por l pr upoto ria urança ant o Dir ito limita fort m nt a poiilidad d
d iõ aritrária. Ma tamém é v rdad qu um tal pro o d apliação da l i p nal m ram nt
uuntivo não é viáv l m aoluto porqu ntr o ao da l i o r al não pod rá hav r mai do qu
uma m lhança ou analoia. O ondiionam nto da d ião limita- a iir qu onid r a
poív l analoia qu d montr uma rta imilitud ntr o ao da l i o r al.
Aquilo qu na v rdad paa não é a «automatização do ato d d idir vito omo
«otapoição lóia d um ao r al ao l al (uunção) ma a vinulação do ato d apliação da
p na a uma d montração ou utifiação (arum ntativa) d qu a l i «qu r ria apliar- ao ao
onr to.
A proiição da analoia orolário lóio do prinípio da l alidad d v aim r
ompr ndida num ntido mai profundo do qu a proiição da utilização d raioínio analóio
na op ração d d idir. D v r nt ndida omo a proiição d qu faça uma
«aimilação do ao onr to p lo da l i m qu d t rminado arum nto am poív i.
Ma d montrará a natur za do raioínio urídio próprio da int rpr tação da l i p nal qu
o prinípio da l alidad ó t m uma apar nt função d ontrolo da atividad da intânia udiiai
omp t nt para a d ião do ao onr to apando p la malha d múltiplo raioínio
analóio a urança urídia ou por outra palavra o m animo d ontrolo l ção oial da
riminalidad .
Com f ito é muita v z a fição d int rpr tação da l i riada p lo prinípio da l alidad
qu p rmit m muito ao m qu a norma não é fii nt m nt pr ia qu o intérpr t ia
ap na a ua intuição pr inda até d um raioínio d tipo analóio. O prinípio da l alidad pod
riar d t modo dua ituaçõ tr ma:
a.c a fiação ríida à palavra da l i omo u dia no rim d urla m ituaçõ m qu
a vítima ra l vada à pr tação d um rviço não n ariam nt à ntr a d
dinh iro no antio Códio P nal;
c c
O prinípio da ulpa não é o to d uma formulação l al tão tranpar nt omo o da
l alidad . Ao nív l da Contituição l é d duzido da nial dinidad da p oa humana do
dir ito à li rdad ( #% ¦% ). No Códio P nal é é pr am nt indiado omo fator d
d t rminação da m dida da p na ( ¦%# %#).
Atualm nt o prinípio da ulpa otuma aumir um trípli inifiado:
a.c Como fundam nto da p na;
.c Como fator da d t rminação da m dida da p na;
.c Como prinípio da r ponailidad u tiva.
#c O prinípio da ulpa não é ho unanim m nt a it omo fundam nto da p na. O
arum nto prinipal qu opõ a uma tal função r ulta d o prinípio pr upor uma
id ia d r ponailidad p nal alh ia ao fin do Etado d dir ito d morátio oial.
S undo t arum nto é irraional atriuir à ulpa omo d valor étio-oial d rivado
da prátia d rto omportam nto a função d l itimar a r alização d fin do Etado
omo a prot ção d n urídio ou a f tivação d pr taçõ oiai. Não é aim
raional qu puna a prátia do «mal ma om nt a provoação d um dano qu d
alum modo af t o o tivo da Soi dad r pr ntada p lo Etado.
Com ta propoição do prol ma da «raionalidad tá pr upota muito
laram nt uma id ia: a d qu o Dir ito P nal é intrum nto do pod r tatal portanto
da ua polítia.
Ma t plano d utifiação raional do Dir ito P nal não ota toda a qu tão da
ua l itimação. Um Dir ito P nal não é á l itimo porqu a ua norma r alizam o
o tivo da oi dad r pr ntada p lo Etado. Ma porqu o u omando
proiiçõ aim omo o pro o qu onduz à ua apliação r alizam id ia ulturai d
utiça qu nfromam a p tativa dominant na oi dad .
É n ta unda dim não qu o prinípio da ulpa ainda nontra o u luar omo
fundam nto do Dir ito p nal ap ar d par r inad quado a vário padrõ d
raionalidad .
R
A r pota par ori ntar- m dua dir çõ : a m ra nurailidad étio ʹ
p oal não torna o hom m intrum nto da oi dad ou do pod r (dinidad da p oa
humana) ó a nurailidad étio-p oal p rmit a diuão do auado om o pod r.
#c O prinípio da ulpa é dominant m nt a it omo ritério d d t rminação da m dida da
p na. Não é o rior quantitativo do qu a «mai ou «m no m matéria d ulpa qu
utifia a poiilidad d h ar a omparaçõ ntr omportam nto a nt atravé
da r f rênia à id ia d ulpa do qu atravé d outro ritério omo o qu ão próprio
da pr v nção ral.
c c
Por último otuma apontar- omo um do rand prinípio ori ntador do Dir ito P nal a
n idad da p na ou a int rv nção mínima do Etado m matéria p nal.
Et prinípio traduz hitoriam nt a id ia d qu a utilização p lo Etado d m io p nai
d v r limitada ou m mo pional ó utifiando p la prot ção d dir ito fundam ntai.
Na ua ori m id olóia o prinípio da n idad da p na pr t nd u r um limit
utanial do Dir ito P nal r laionado om a id ia d ontrato oial undo a qual ó utifiaria
a r trição da li rdad quando d aluma forma a «li rdad - para ua prot ção t ria ido
intituída a oi dad polítia ʹ tiv m m aua.
No mom nto o ont údo do ontrato oial t m- alt rado om a volução da r alidad da
id oloia polítia da oi dad d morátia.
Da id ia primitiva d ontrato oial aquilo qu par r tar é a a itação d qu o pod r
polítio utifia p lo rviço ao m mro da oi dad ʹ a uordinação raional do atrato fin
polítio à «r alização do indivíduo m oi dad .
O qu plia muita v z o r uro ao prinípio da n idad é a pr t não d uordinar a
int rv nção p nal do Etado à r alização d fin n ário à uitênia d nvolvim nto da
oi dad .
O alan do prinípio da n idad da p na r v la- :
## p la diuão da l itimidad da inriminação;
¦# ma tamém m prol ma d d t rminação da r ponailidad p nal.
c c
Å ) "
c c
7;c<7 +c;=>?+= +@7c@=(Ac
2 ' 2
QUESTÕES FUNDAMENTAIS
Å "
Y "
c c
Å
A inufiiênia da on pção finalita para umprir a funçõ qu a qualqu r on ito ral
d ação ão ainalada pat nt aram- laram nt no pr io mom nto m qu W lz l l vou a ao
a mai éria t ntativa d lh of r r um tatuto d finitivo atravé do lar im nto da "
. Há aqui m atrato ap na dua poiilidad . A prim ira r id m mant r
a ntr finalidad dolo. N t ao porém o on ito d ação p rd a ua função d
liação na m dida m qu op ra a ua pré ʹ tipiidad por io qu o dolo ó pod r f rir- ao tipo
ou ontitui m mo um u l m nto o tipo é normativam nt onformado ontém m i o
l m nto qu dão à uprad t rminação final um ntido qu a torna ͞ lar ida͟ ͞oialm nt
r l vant ͟. A unda poiilidad tá a op rar a ntr a finalidad dolo atando ntão para
qu d ação final poa falar qu o a nt ͞t nha qu rido aluma oia͟ qu t nha
uprad t rminado finalitiam nt um qualqu r pro o aual m qu r l v para a pot rior
valoraçõ it mátia o ont údo da vontad .
Aliá m mo om a orr çõ aludida não pod m d finitivo diz r qu um tal on ito d
ação umpra a ua função d d limitação aarqu a totalidad da m
m
. Poi não há dúvida qu um tal on ito aran o rim m
m (para o
quai d r to foi p nado) á t rá d d iar d fora o rim d omião não poui m último t rmo
ont údo mat rial atant para qu uma part do rim n li nt ʹ p lo m no no qu toa ao
v nto ou r ultado ʹ poa r on ionado om l . A onluão é poi a d qu por uma ou outra
forma o on ito final d ação Y .
O qu paa om o on ito final paa ʹ iualm nt ao m no m part om o on ito
oial d ação.
Ma aim omo ao on ito final d ação d v opor qu d ia d fora da ação n li nt
um do mai r l vant l m nto da pot rior d t rminaçõ da tipiidad da iliitud ( o
v nto) tamém o on ito oial d ação qu apir omo d v a uma autonomia pré ʹ urídia
d iará fora da omião o l m nto qu v rdad iram nt ͞ontitui͟ o ilíito ʹ típio do rim omiivo:
a ação poitiva omitida uridiam nt impota d vida ou p rada.
D ta man ira m onluão d novo t rá o on ito oial d ação p rdido a ua
n utralidad o u arát r prévio autónomo p rant a doutrina da tipiidad $
numa palavra .
c c
Em t mpo r lativam nt r nt têm pr t ndido alun autor partindo aliá do mai
div ro upoto áio alançar um on ito ral n ativo d ação: ͞a ação do dir ito p nal é o
Y Y$Y ͟; p nando d ta forma t r lorado uma a or a qual pod
ontruir uma doutrina ral do fato do ativo omo do omiivo do doloo omo do n li nt .
Par laro todavia d d loo qu o qualqu r uma da múltipla formulaçõ qu o aludido
p nam nto pod aumir a arat rização ó aran o hamado ͞rim d r ultado͟ não o d
͞m ra atividad ͟ ou ͞m ra omião͟ não umprindo aim á por aqui a função d laifiação.
Tamém m data r nt v io Roin naiar uma nova t ntativa d ontrução d um on ito
ral d ação apaz d r alizar a totalidad da funçõ it mátia qu d l p ram. Um tal
on ito ʹ p oal ʹ d ação r idiria m v r ta omo ͞& ͟ m aarar
n la ͞tudo aquilo qu pod r imputado a um hom m omo ntro d ação anímio ʹ piritual͟. Et
on ito normativo d ação umpriria int ralm nt a funçõ d laifiação d liação d
d limitação qu d l p ram.
S m qu it m na r f rida on pção muito r l vant ponto a m r r m
onid ração é p lo m no duvidoo qu um tal on ito d ação lor li rtar- ompl tam nt d
aluma da aporia qu ao on ito oial d ação foram apontada. E ito nialm nt porqu o
omportam nto ó pod muita v z ontituir- omo ͞ pr ão da p ronalidad ͟ na a d
uma ua Y Y Y tamém aqui ant ipando n ta part a
ua tipiidad p rd ndo o on ito n ta pr ia m dida a ua função d liação. A ta o ção
ar qu a arat rização da ação omo pr ão da p ronalidad por mai orr ta qu m i
m ma poa onid ra- não r m t para qualqu r it ma pré ʹ urídio não t m por io aptidão
para ontituir m d todo o it ma urídio do fato punív l.
Põ outra part não par uro qu o on ito p oal d ação ʹ omo aliá qualqu r
outro on ito ral d ação ʹ poa umprir apazm nt a ua . E ito porqu
não é o on ito apriorítio d ação qu umpr a função d d limitação ant ão o r ultado da
d limitação qu r putam orr to a mai da v z otido m função da iênia normativa
do tipo qu d poi vão r atriuído ao on ito ao u ont údo ao u limit . Qu
aont im nto naturai omportam nto d animai puro ato pratiado o
m ra oitaçõ poam não r onid rado pr õ da p ronalidad i o qu d alum modo
pod a itar- .
CONCLUSÕES
c c
on ito d ação ap na ͞ a função d int rar no âmito da t oria do tipo o m io ad quado d
prop ção da péi d atuação͟ ou paando a a r-lh ap na uma rta ( r trita) função d
d limitação. Só qu ainda ta função d rivará do onunto da forma admitida d r alização típia
ontitui n ta m dida uma função á onformada. Até porqu ó aim tará a
orr pond r à
& mm mm
.
Daqui r ulta qu a própria função d d limitação não d v r d mp nhada por um on ito
ral d ação ant d v ê-lo por vário on ito d ação tipiam nt onformado.
O on ito d ação não é alo d pr viam nt dado ao tipo ma ap na um l m nto a par
d outro int rant do rn do tipo d ilíito. A partir daqui é in vitáv l ainalar ao on ito o
d mp nho d um $ " nialm nt orr pond nt uma v z
mai diz à função d d limitação ou função ͞n ativa͟ d luir da tipiidad omportam nto
urídio ʹ p nalm nt irr l vant ; nquanto a primazia há-d r onf rida m h itação ao on ito
d r alização típia do ilíito à função por l d mp nhada na ontrução t l olóia do fato
punív l.
R ta apr ntarmo ainda a título umário introdutório ada uma da at oria m qu no
noo nt ndim nto do it ma t l olóio ʹ funional d v d ompor- o on ito d fato punív l.
Não pod d iar d ta l r- uma liação tranv ral próima ntr ta t mátia a aima
onid rada o a píraf d ͞Con ito mat rial d rim ͟. É aqui qu omo vimo a at oria da
Y ( dão vida ont údo à função do dir ito p nal d tut la
uidiária d n urídio.
Aqu la at oria não pod m por io d iar d r fl tir- m lara m dida no it ma do
fato punív l ndo la qu no onfortam na on pção d qu aqu l it ma é formado p lo tipo
p lo omo pr upoto at oriai it mátio mínimo nquanto pr õ
d dinidad p nal tipiizada: o prim iro omo onr tização ntral do on ito mat rial d rim o
undo omo nurailidad do a nt r f rida ao ilíito tipiizado. A ta dua at oria
fundam ntai ar m rto ao a at oria da
omo omatório daqu la ondiçõ
ond d novo prim ma aora d modo p ífio autónomo a ͞dinidad punitiva͟ do fato
omo um todo.
c c
O TIPO DE ILÍCITO
Porv ntura o maior prol ma qu ainda ho uita à ontrução do aludido it ma do
fato punív l é o d nontrar a on pção mai ad quada da r laçõ ntr o ou
pr f rir ntr . Aolutam nt dominant tanto na ola
láia omo na n oláia omo na finalita omo m mo no
&
%
m m")o tipo ontitui o prim iro d rau valorativo da doutrina do rim ͟ portanto o prim iro
autónomo qualifiativo da ação: há qu om çar por omprovar a orr pondênia da ação onr ta a
um tipo (prim iro d rau) para ó d poi v ntualm nt n ar a ua iliitud ( undo d rau) no
ao int rvir uma aua d utifiação. Ma ta ontrução do it ma ʹ vularm nt hamada
͞on pção m do on ito d rim ͟: tipiidad iliitud ulpa ʹ não par r a m lhor d
uma p rp tiva i ntífio ʹ domátia. Num it ma aut ntiam nt t l olóio ʹ funional raional
a ͞prioridad ͟ não pod d iar d a r à at oria mat rial do ilíito on ido omo
ou omo .
O nial r id m d t rminar a "
há-d p rt n r ao ou ant ao
.
A função do dir ito p nal ʹ d prot ção uidiária d n urídio-p nai ʹ a utifiação da
int rv nção p nal ʹ a tailização da p tativa omunitária na validad da norma violada ʹ
unt m- na d t rminação funional da at oria do : a ta at oria aim mat rialm nt
truturada p rt n por io prioridad t l olóia funional or a at oria do tipo a la advém
o primado na ontrução t l olóio-funional do rim . Com a at oria do ilíito qu r traduzir o
Y qu atin um onr to omportam nto humano numa
onr ta ituação at nta portanto toda a ondiçõ r ai d qu l r v t ou m qu t m luar.
Por outra palavra é a qualifiação d uma onduta onr ta omo p nalm nt ilíita qu inifia qu
la é d uma p rp tiva tanto o tiva omo u tiva d onform om o ord nam nto urídio ʹ
p nal qu t lh lia por on uint um uízo n ativo d valor (d d valor).
N ta a pção na v rdad ͞ m ilíito não há tipo͟; ou d outro modo
. O tipo ur omo ͞tipiização͟ ͞ dim ntação onr ta͟ ou ͞irradiação͟ d um ilíito é um
ilíito ͞unhado tipiam nt ͟.
A m nionada onr tização r v lação ou motração rv - m todo o ao para a ua
r alização d doi intrum nto dif r nt ou m mo d inal ontrário ma m todo o ao
funionalm nt ompl m ntar . Um d l é o qu aqui hama tipo inriminador ito é o
onunto d iruntânia fátia qu dir tam nt liam à fundam ntação do ilíito ond por
io aum prim iro pap l a onfiuração do m urídio prot ido a ondiçõ a l liada o
a quai o omportam nto qu a pr nh pod r onid rado ilíito. O outro ão o
ou aua d utifiação qu rvindo iualm nt à onr tização do ont údo ilíito da
onduta aum m o arát r d limitação (͞n ativa͟) do tipo inriminador .
A a r tirar do qu fia dito é a d qu num it ma t l olóio ʹ funional da
doutrina do rim não há luar a uma ontrução qu par m at oria autónoma a tipiidad
a iliitud . Cat oria it mátia om autonomia onf rida por uma t l oloia uma função
p ífia é ó a at oria do ou do : tipo inriminador tipo
utifiador ão ap na intrum nto on ituai qu rv m m autonomia r íproa
d forma d p nd nt a r alização da int nionalidad da t l oloia própria daqu la at oria
ontitutiva.
c c
Intimam nt liada ao prol ma da ontrução do tipo d ilíito tá a qu tão da loalização
it mátia do dolo da n liênia no tipo d ilíito ou ant no tipo d ulpa. Uma oia ao m no
pod tomar á ho por ura : a v ntual ͞p rtinênia͟ do dolo da n liênia ao tipo não pod
r ultar da poição qu ufrau quanto á nom adam nt d a itar ou
r uar o on ito final d ação; d iiva não pod rá r a r lação do dolo da n liênia om
at oria ôntia omo a da ͞aualidad ͟ ou da ͞finalidad ͟ ma ó pod rá r a função a
t l oloia do tipo d ilíito do tipo d ulpa no it ma. Tão pouo d v rá a inluão do dolo no tipo
d ilíito d rivar ou r d duzida loo da iênia d
própria do Etado d
Dir ito.
Para além da r alizaçõ típia doloa ou n li nt ʹ no ntido quanto à prim ira d
qu o a nt pr viu qui a r alização quanto à unda d qu l violou o d v r o tivo d
uidado ou riou um rio não p rmitido ʹ é o domínio do aao ou do aont im nto natural m
uma é o domínio ond torna impoív l a r ondução da r alização típia à p oa do autor.
Pod ndo por io m mai onluir- qu o dolo a n liênia na a pção r f rida ão
Y
Y# .
O qu ditinu a dua forma d omportam nto t m d r uma . O dolo
a n liênia têm d r onid rado omo ntidad qu m i por i m ma prim m ou r l vam
dif r nt ont údo mat riai d ulpa ada um om o u inifiado o u ritério próprio.
Pod nom adam nt d f nd r- qu dolo n liênia ontitu m primariam nt l m nto
do tipo d ilíito u tivo qu m diatam nt r l vam tamém omo rau d ulpa; n ta a pção
fala ho na doutrina al mã ada v z om maior initênia d uma ) d uma d
uma Y or tudo do dolo (ma tamém da n liênia) no it ma. Como pod
ut ntar qu dolo n liênia ão ntidad ompl a nloando um onunto d l m nto
ontitutivo do quai Y Y
Y Y
. A dupla valoração do ilíito da ulpa qu int rvém na ompl ta mod lação do dolo da
n liênia.
O TIPO DE CULPA
A at oria da ulpa urídio ʹ p nal adiiona um novo l m nto à ação ilíita ʹ típia m o
qual nuna pod rá falar- d fato punív l. Et não ota na aludida d onformidad om o
ord nam nto urídio ʹ p nal n ário tornando mpr qu a onduta a ulpoa ito é qu
Y &
Y
&( Y " $! A função qu ao on ito d ulpa a no it ma do
fato punív l é por io uma Y viando d f nd r a p oa
do a nt d o aritrari dad qu pud m r d oo pratiado p lo pod r do Etado.
O prinípio da ulpa - o prinípio undo o qual ͞não há p na m ulpa a m dida da p na
não pod ultrapaar a m dida da ulpa͟ ʹ d v ontituir um prinípio d dir ito ontituional próprio
d todo o ord nam nto urídio do Etado d morátio.
Não há por on uint m última análi ontradição aluma ntr afirmar por um lado qu
a ulpa urídio ʹ p nal nontra funionalizada ao it ma qu la ontitui n t ntido um
on ito ; d f nd r por outro lado qu la partiipa undo o u ritério d uma
omo violação p la p oa do d v r nial qu lh inum d r alização d nvolvim nto
promoção do r ʹ livr .
c c
Å
Com o tipo d ilíito o tipo d ulpa não ota o ont údo do it ma do fato p nal ant
torna indip náv l ompl tá-lo om uma outra at oria qu lh pod rá hamar- da
͞puniilidad ͟. E p runtar qual é a id ia-m tra qu d ntro d ta at oria atua lh mpr ta
unidad ntido polítio-riminal onitênia domátia a id ia par r à luz d um
p nam nto t l olóio-funional raional a da .
A ͞puniilidad ͟ d r to não inifia ainda qu uma v z la pr nt t rá in vitav lm nt
luar a apliação d uma r ação riminal (p na ou m dida d urança). Em v z d diz r qu a
v rifiação do pr upoto d puniilidad d t rmina im diatam nt a punição m lhor dirá qu
om uma tal v rifiação p rf iona qu ) ( a ua doutrina
autónoma.
-&2
O tipo d ilíito
OS TIPOS INCRIMINADORES
Å
Y
O tipo inriminador ão tipo d ilíito qu apr ntam no d lito doloo d ação aora
m análi uma trutura ompl a ompota por l m nto d natur za o tiva d natur za
u tiva om o quai é poív l ontruir um um . Importa por um
lado id ntifiar um rto núm ro d prol ma rai dir tam nt r laionado om a função o
ntido da tipiidad ( ) por outro lado ulinhar aluma ténia pro dim nto uado p lo
l ilador na ontrução na arrumação it mátia do tipo inriminador ( . ).
c c
Å "
Importa larifiar a pluralidad d ntido om qu na domátia p nal utiliza a at oria do
:
ʹ tamém por v z hamado om propri dad ʹ ito é
omo o onunto d l m nto iido p lo ! ¦,% p lo ! #% qu a l i t m d r f rir
para qu umpra o ont údo nial do prinípio
. Trata- d
um onunto d l m nto qu ditriu m p la at oria da iliitud da ulpa da puniilidad :
m qualqu r uma d ta at oria d para om r quiito d qu d p nd m último t rmo a
punição do a nt r lativam nt ao quai por io t m d umprir- a função da l i p nal.
T ʹ trata- n t do onunto d l m nto qu torna n ário ao a nt
onh r para qu poa afirmar- o dolo do tipo dolo do fato ou ͞dolo natural͟. Et tipo não
onfund n m om o tipo d arantia n m om o tipo d ilíito: d l faz m part omo dirá o
pr upoto d uma aua d utifiação ou m mo d luão da ulpa; m omo até proiiçõ
uo onh im nto a razoav lm nt indip náv l para qu o a nt tom oniênia da iliitud do
fato no ntido d qu a ua não r pr ntação ou a ua r pr ntação inorr ta p lo a nt lui o
dolo ou a punição título.
é a fiura it mátia (por io hamado à v z ma m qu o d inativo
traduza ufii nt m nt a ênia do on ito ͞tipo it mátio͟) d qu a doutrina p nal rv
para primir Y) umprindo d t
modo a função mat rial d dar a onh r ao d tinatário qu tal péi do omportam nto é
p lo ord nam nto urídio.
Para onr tização da iliitud qu n la viv o tipo inriminador rv m- d l m nto
d dupla natur za: d ritivo normativo.
Y o l m nto qu ão apr nív i atravé d uma atividad norial ito é o
l m nto qu r f r m aqu la r alidad mat riai qu faz m part do mundo t rior por
io pod m r onh ida aptada d forma im diata m n idad d uma valoração.
São ainda onid rado omo d ritivo o l m nto qu i m á uma qualqu r atividad
c c
valorativa ma m qu é ainda pr pond rant a dim não naturalítia. Aim por mplo
ão l m nto d ritivo a p oa (art. 131º) a mulh r rávida ( ra. 140º) o orpo (art. 143º)
o automóv l (art.208º).
Y ão aqu l qu ó pod m r r pr ntado p nado o a lóia
pr upoição d uma norma ou d um valor am p ifiam nt urídio ou impl m nt
ulturai l ai ou upra l ai d t rminado ou a d t rminar; l m nto qu aim não ão
norialm nt p r ptív i ma pod m r piritualm nt ompr nív i ou avaliáv i. Por
mplo o arát r alh io da oia (art. 204º) o doum nto para f ito do rim d
falifiaçõ d doum nto (art. 256º 255º/al. a) a int rv nçõ ou tratam nto pr vito
no art. 156º a dívida ainda não v nida do art. 229º ão l m nto normativo do
r p tivo tipo inriminador .
Em qualqu r tipo d ilíito o tivo é poív l id ntifiar o uint onunto d l m nto:
o qu diz m r p ito ao autor; o r lativo à onduta; o r lativo ao m urídio. Com f ito todo
o tipo inriminador d v m na ua r v lação o tiva pr iar qu m pod r autor do r p tivo
tipo d rim ; qual a onduta m qu t onutania; na m dida poív l dar indiação
plíita ou implíita ma mpr lara do() m(n) urídio() tut lado().
I ʹ AUTOR
El m nto ontitutivo d todo o tipo o tivo d ilíito no d lito doloo d ação é ʹ ap ar
da natur za ͞u tiva͟ ou ͞ int ru tiva͟ d t l m nto ʹ o da ação. Autor qu rá m
prinípio uma p oa individual ma qu pod r tamém ʹ quando a l i pr am nt o d t rminar
ʹ um Y (! ##%). São todavia pouo fr qu nt o ao m qu a l i portuu a
onarou a r ponailidad p nal d nt ol tivo. Ma a mora aim a v rdad é qu ʹ a
iruntânia d v ulinhar- a audar- ʹ o l ilador portuuê tomou lara poição na qu r la á
antia da r ponailidad p nal d nt ol tivo no ntido d a r ponailidad ainda
qu não a título d r ra.
Autor d um rim pod r m r ra qualqu r p oa (͞Qu m ͙͟ mara o om ço da
n ralidad do tipo d ilíito). Etamo n t ao p rant o hamado d qu ão
mplo o homiídio (art. 131º: ͞Qu m matar outra p oa͙͟) ou o furto (art. 203º: ͞Qu m ͙utrair
oia móv l alh ia͙͟).
Por v z porém a l i l va a ao n ta matéria uma p ialização no ntido d qu rto
rim ó pod m r om tido por d t rminada p oa à quai p rt n uma rta qualidad ou
or a quai r ai um d v r p ial. D paramo aí om o hamado d qu ão
mplo o art. 227º (͞o d v dor qu ͙͟) art. 284º (͞o médio qu ͙͟) ou 375º (͞o funionário
qu ͙͟). Fala- a t r p ito om propri dad m l m nto típio do autor.
No âmito do rim p ífio ditinu - ntr :
c c
II ʹ CONDUTA
c c
III ʹ O BEM JURÍDICO. CRIMES DE DANO E CRIMES DE PERIGO; CRIMES SIMPLES E CRIMES COMPLEXOS
Å .
a r alização do tipo inriminador t m omo on quênia uma l ão f tiva
do m urídio.
C a r alização do tipo não pr upõ a l ão ma ant ata om a m ra
oloação m p rio do m urídio. Aqui ditinu - ntr :
a) o p rio faz part do tipo ito é o tipo ó é pr nhido
quando o m urídio t nha f tivam nt ido poto m p rio. È o ao do art. 138º
( poição d aandono).
)
o p rio não é um l m nto do tipo ma impl m nt
motivo d proiição. Qu r diz r n t tipo d rim ão tipifiado rto
omportam nto m nom da ua p rioidad típia para um m urídio ma m
qu la n it d r omprovada no ao onr to: há omo qu uma pr unção
in lidív l d p rio por io a onduta do a nt é punida ind p nd nt m nt d t r
riado ou não um p rio f tivo para o m urídio.
T m ido qu tionada tamém ntr nó a do rim d p rio atrato
p lo fato d pod r m ontituir uma tut la d maiado avançada d um m urídio pondo m ério
rio qu r o prinípio da l alidad qu r o prinípio da ulpa. A doutrina maioritária o TC pronuniam-
todavia om razão p la ua não inontituionalidad quando viar m a prot ção d n urídio
d rand importânia quando for poív l id ntifiar laram nt o m urídio tut lado a onduta
típia for d rita d uma forma tanto quanto poív l pr ia minuioa.
Ainda m at nção ao m urídio é poív l ditinuir rim impl rim ompl o
onform o tipo d ilíito vi a tut la d ou
. S na maior part do
tipo d rim ʹ
ʹ tá m aua a prot ção d ap na um m urídio (omo a vida no
art. 131º a honra no art. 180º) no
pr t nd - alançar a prot ção d vário n
urídio. No rouo (art. 210º) é tut lada não ó a propri dad ma tamém a int ridad fíia a
li rdad individual d d ião ação.
c c
I ʹ TIPOS DE TIPICIDADE
O m ontém o tipo o tivo d ilíito na ua
ontitu m por aim diz r o mínimo d nominador omum da forma d litiva onformam o tipo ʹ a
uo l m nto vão pr upoto no tipo qualifiativo privil iado. Fr qu nt m nt na v rdad
o l ilador partindo do rim fundam ntal ar nta-lh l m nto r p itant à iliitud ou / à
ulpa qu arav m ( ) ou at nuam ( Y) a p na pr vita no rim
fundam ntal. Claro mplo d t rupo d tipo d rim é o homiídio.
Crim qualifiado (aravado) p lo r ultado (p lo v nto) ão no t rmo do art. 18º
aqu l tipo $Y Y Y )
c c
Y. A qualifiação m função do r ultado não pod t r font uriprud nial
ma t m d tar univoam nt onarada m um qualqu r pr ito da Part Ep ial.
O r im onarado no art. 18º t m omo ponto nul ar a tatuição d qu a aravação
pr vita da p na ó t rá luar for poív l imputar o v nto aravant ao a nt ͞p lo m no a título
d n liênia͟.
Å Y
Hitoriam nt o rim aravado p lo v nto têm a ua ori m no aforimo do dir ito
anónio hamado do Y : ͞qu m pratia um ilíito r pond p la on quênia
m mo auai qu d l proman m͟. Na ua fri za voaular um tal prinípio não pod onid rar-
d modo alum ompatív l om o prinípio da ulpa ant par lara manif tação d uma
r ponailidad o tiva do r ultado.
Å
Na odifiação p nal do é. XIX a aravação do rim m função do r ultado umpriu mai um
pao important da volução ao aumir a forma do hamado rim pr t rint nional. A ua trutura
típia a ntava na onuação d :
1)c Um (uma of na orporal);
2)c Com um Y Y r ultant daqu l rim fundam ntal (mort ) qu
t ria omo on quênia urídia;
3)c Uma Y ominada m prinípio up rior à qu r ultaria undo
a r ra rai do onuro do rim fundam ntal doloo om o rim aravant
n li nt .
Fiou ntr nó a d v r- a F rr r Corr ia a prim ira t ntativa important d faz r val r
tamém n t rim o prinípio da ulpa. Fundam ntamo o Y do rim
pr t rint nional na iruntânia não tanto d o dolo do rim fundam ntal r d tal modo int no
qu tornava fíia pioloiam nt poív l a n liênia r lativam nt ao v nto aravant quanto
or tudo na id ia d a um tal dolo liar um p rio típio d produção do v nto aravant . P lo qu
t ó d v ria r imputado ao a nt a título d v nto pr t rint nional quando fia a d v r-
a uma ( ʹ m prinípio a uma n liênia ʹ d rivada da violação d
um d v r partiularm nt fort d omitir uma onduta à qual lia o p rio típio d produção d
r ultado p ialm nt rav .
O ͞rim aravado p lo r ultado͟ r f rido no art. 18º do CP vi nt r pr nta a muito título
o
% tal omo fiou traçada. Por um lado d d loo
o rim fundam ntal não t m d r aora um rim doloo ma pod muito m r um rim
n li nt . Em undo luar o v nto aravant não t m ʹ omo aont ia om o rim
pr t rint nional ʹ d ontituir um rim não doloo: qu r porqu l pod p rf itam nt ontituir
um impl tado fato ou ituação qu m i m mo não poam onid rar- riminoo qu r
porqu pod ontituir um v nto típio om tido om dolo v ntual ma numa hipót m qu a l i
ap na pun o fato quando om tido om dolo dir to.
Quanto à qu tão fundam ntal d a r qual a razão Y
Y do rim aravado p lo r ultado d v ontinuar a d f nd r- qu la r id na
c c
Å
Um prim iro d rau ontitutivo da (ou qu é o m mo do limit máimo)
qu d uma p rp tiva t rno ʹo tiva t m d (ou pod ) faz r- ao r laionam nto do
omportam nto humano om o apar im nto do v nto para qu t d va atriuir- ou imputar-
c c
aqu l é poi o da pura aualidad : o omportam nto há- ao m no t r ido do r ultado
af rida atravé da " Y .
A p rmia áia d ta t oria é a d qu aua d um r ultado
Y (fórmula hamada da #! Por io toda a ondiçõ
qu aluma forma ontriuír m para qu o r ultado tiv produzido ão auai m r lação a l
d v m r onid rada m pé d iualdad á qu o r ultado é indiviív l não pod r p nado
m a totalidad da ondiçõ qu o d t rminaram.
Para apurar quai a ondiçõ qu d ram aua a um rto r ultado d v ria aim o uiz
ada uma d la: ao pud afirmar qu o r ultado não t ria produzido
m a ondição tal inifiaria qu ta ria p nalm nt r l vant para f ito do ta l im nto
do n o d aualidad .
rifia- d t modo qu a fórmula da m " aaa por aran r a mai
ondição impliando um m d v ria luir da prol mátia qualqu r
onid ração or a & d vido à atuação do of ndido ou d t r iro ou
ainda por f ito d uma iruntânia traordinária ou impr viív l.
Do t rmo m qu ta t oria é on ida r ulta n ariam nt para ada v nto um l qu
tr mam nt amplo d aua o qu oria o u d f nor a a itar " qu r por ritério
d imputação o tiva mai i nt do qu aqu l qu r ultam da pura aualidad natural qu r
por limitaçõ ao nív l do tipo d ilíito u tivo da ulpa.
Uma rítia diriida a ta on pção é qu afirma qu o ritério da % d
uma ondição p la qual pr t nd a r la é aua ou não d d t rminado v nto ap na
r v la pr táv l m rto ao ma não noutro nom adam nt no ao dito d
m m
m omo no d dupla aualidad ou
m m
.
P rant ta ritia a t oria da ondiçõ quival nt foi o to d uma ͞r ontrução͟
qu paou p lo aandono daqu l ritério da ͞upr ão m ntal͟ p la ua utituição p lo ritério
da . S undo t ritério o ta l im nto da aualidad tá
d p nd nt d ͞a r uma ação é aompanhada por modifiaçõ no mundo t rior qu
nontram vinulada a a ação d aordo om a l i da natur za a ão ontitutiva d um
r ultado típio͟.
Ap ar d toda a rítia formulada d toda a difiuldad nontrada a doutrina da
ondiçõ quival nt ontinua a r olh r n ralizada a itação m dir ito p nal. S atrairmo d
rítia d razoáv i o u d f ito prinipal r id na m " m
m . Io porém nada diz m d finitivo ontra a t oria da quivalênia omo $&
. Só diz io im qu a r lação d aualidad
mora mpr n ária não é ufii nt para ontituir m i m ma omo doutrina da
imputação o tiva. Importa poi uardando t prim iro alão da imputação uir aora d nív l
ao patamar da valoração urídia para d t rminar m d finitivo quai a iênia indip náv i a qu
p rfaça uma o r nt doutrina da imputação.
c c
" ) . Con quênia impr viív i anómala ou d v rifiação rara rão
poi uridiam nt irr l vant . N t ntido d v int rpr tar- o art. 10º/1. A r f rênia aí f ita
tanto à ͞ação ad quada͟ a produzir um rto r ultado omo à ͞omião da ação ad quada a vitá-
lo͟ qu r inifiar qu o CP portuuê adoptou ao m mo omo ritério áio da imputação o tiva
a t oria da ad quação.
São vária a difiuldad om qu d para a t oria da ad quação.
Uma da difiuldad r ulta do fato d o ritério da ad quação d v r r
Y
nquanto d poi d o r ultado t r v rifiado difiilm nt pod n ar a ua pr viiilidad
normalidad . O qu onduz à onluão d qu o n o d ad quação t m d af rir undo um uízo
& não mai rioroam nt undo um uízo d ". Tal inifia qu o
uiz d v d loar m ntalm nt para o paado para o mom nto m qu foi pratiada a onduta
pond rar nquanto o rvador o tivo dada a r ra rai da p riênia o normal
aont r do fato ação pratiada t ria omo on quênia a produção do v nto. S nt nd r qu
a produção do r ultado ra impr viív l ou qu ndo pr viív l ou d v rifiação rara a imputação
não d v rá t r luar.
Ao uízo d prono pótuma d v m r l vado o á r f rido onh im nto
orr pond nt à r ra da p riênia omum.
Além d t d v m r tido m onta ' aqu l qu o
a nt f tivam nt d tinha ap ar da n ralidad da p oa d l não dipor.
Outro ponto ainda qu m r at nção diz r p ito à n idad d a ad quação
não ó ao r ultado o a p na d alarar m a imputação. Aqui
uitam o prol ma da ͞int rv nção d t r iro ͞ da͟int rrupção do n o aual͟. T ndo omo
r f rênia a r ra ral da t oria da ad quação a atuação d t r iro qu int r no pro o
aual d nad ado p lo a nt luirá a imputação alvo la apar r omo YY
Y$Y.
São vária a ituaçõ m qu a olução of r ida p la t oria da ad quação motra "!
Tal u d or tudo m atividad qu omportando m i m mo rio onid ráv i para n
urídio ão todavia l alm nt p rmitida (não
).
Por io o d rau da ad quação t m ainda d r ompl tado por aquilo qu pod rá d inar-
omo a ͞on ão͟ ou ͞r lação d rio͟.
O prol ma om ça n t ont to por r o d d t rminar o rio a ua produção pod r
razoav lm nt r f rido o tipo o tivo d um rim d r ultado ito é o âmito ou o irulo do
rio qu n t ntido d v m onid rar- uridiam nt d aprovado m on quênia não
p rmitido. O pro dim nto é u ptív l d tipoloia:
c c
1) I nta d dúvida ão toda aqu la hipót m qu om a ua ação o a nt ou
um p rio qu r ai or o of ndido. Por mplo A mpurra B auando-lh l v
l õ para vitar qu t a atrop lado por um v íulo qu u na ua dir ção.
2) A imputação d v rá t r- iualm nt por luída quando o v nto t nha ido produzido
por uma onduta qu não ultrapaou o limit do rio uridiam nt p rmitido;
3) D ntro do rio p rmitido mantém- o hamado Y d d qu l
ont nha no ao d ntro d uma m dida (n m mpr fáil d d t rminar) ;
4) Cao m qu o r ultado v rifia m on quênia d uma Y
. Et ao m rior não pod m aumir r l vo d um ponto d vita d pura
͞aualidad ͟. Tamém para l por on uint a d mai natural d tratam nto rá a
da riação d um rio não p rmitido. E a olução d v rá r a d qu m prinípio o
r ultado não é imputáv l m virtud da int rpoição da auto ʹr ponailidad da vítima ou
d t r iro; m virtud do undo o qual a p oa pod rão m
prinípio onfiar m qu o outro não om t rão fato ilíito.
Å
c c
qu tanto a onduta ind vida omo a onduta líita ͞alt rnativa͟ produziriam o r ultado típio a
imputação d t àqu la traduzir- -ia na punição da violação d um d v r uo umprim nto t ria ido
inútil o qu violaria o m
m m.
Dif r nt d olução muito mai ompl a ão o ao m qu não d montra qu
tamém om o omportam nto alt rnativo líito o r ultado típio t ria uram nt tido luar ma
ap na qu ra Y$Y ou impl m nt Y qu tal aont .
Do ponto d vita da doutrina da on ão d rio o qu importa é Y
) . S quanto a t ponto apr ntada toda a prova
poív l o uiz fiar m dúvida d v valorá-la a favor do aruido luindo a imputação. Uma v z
d montrada porém a pot niação do rio a ua mat rialização no r ultado o dito
͞omportam nto líito alt rnativo͟ d v r onid rado irr l vant .
Å
Para qu a on ão d rio poa diz r- ta l ida m t rmo d fundar a imputação do
r ultado à onduta torna- ainda n ário qu o p rio qu onr tizou no r ultado a um
daqu l m Y
qu r diz r a um daqu l qu orr pond ao fim
d prot ção da norma. S tal não u d r d v t r- por luída a imputação o tiva. Ainda d ta
v z d v r onh r- qu uma tal olução não ria n ariam nt alançáv l atravé da t oria da
ad quação. Uma v z mai o ampo por lênia d ta ituação é o da n liênia ma la pod
oorr r tamém no âmito d açõ doloa.
Na it matização d Roin d v m inluir- n t ont to ao omo o da hamada
( .: A B lançam- por apota numa orrida d moto na auto ʹ
trada; m virtud d um rro d ondução luivam nt u B p rd o domínio do u v íulo
morr ) da ' Y ( .: A qu a r ropoitivo t m
r laçõ uai não prot ida om B p rf itam nt onh dor da ituação; B ontrai a inf ção
morr ) da Î
' (A por d uido provoa o inêndio
da ua haitação; B um do om iro hamado para alvar outro haitant da aa aaa por
morr r).
E todavia onlui Roin tamém m qualqu r d l o qu tá m aua não é a fiáia d um
qualqu r on ntim nto ou outra qualqu r utifiação do fato: o r ultado não d v r
o tivam nt imputado porqu l não nontra d ntro do âmito d prot ção da norma.
D todo o modo m pr uízo d a oluçõ apontada por Roin para o prol ma da
r ponailização urídio ʹ p nal m r r m onordânia par ivo onid rá-la na ua
int ir za d orr nt d uma qu tão d imputação o tiva: qu r porqu la pr nd m om
p ífio prol ma omo o do ntido t não do
tanto na
doutrina da n liênia omo no da autoria partiipação.
Pod o a nt t r om a ua ação riado um p rio não p rmitido t t r- mat rializado
no r ultado típio todavia hav r razõ para pôr m dúvida qu t d va r o tivam nt
imputado àqu l . T mo m vita o ao hamado d ' ou Y.
Cao t qu não onfund m om o r f rido
;
porqu o qu aora tá m qu tão é o a nt t r produzido o r ultado numa hipót m qu
não tiv atuado o r ultado uriria m t mpo o ondiçõ tipiam nt m lhant por força
d uma m m
. Como não onfund m om qu tõ
omo a da
m mm
ou da pot niação do rio m ao d m porqu a aua
virtual não h a na r alidad a atuar portanto qu r a onorr r r alm nt para a produção do
r ultado.
c c
PROBLEMAS ESSENCIAIS
Prol ma d partiular difiuldad pod m oorr r no ao m qu a atuação típia
v rifia no âmito d uma oranização ou d um nt ol tivo. Importa ditinuir onoant o tipo
onid r autor o próprio Y ou ant ó a qu aam m nom ou m
r pr ntação do nt ol tivo.
Tratando- da af rição da r ponailidad d qu aam m nom d
oranizaçõ ou m r pr ntação d nt ol tivo (art. 12º) não r mo qu uit m
prol ma d aualidad ou d imputação o tiva até aqui não onid rado ou qu m r çam
tratam nto p ial. O prol ma difí i qu poam apr ntar- r p itam à r lação ntr a
p oa naturai o nt ol tivo não propriam nt à imputação do r ultado à onduta.
Quanto à r ponailidad do Y o qu pod ant d tudo tar m qu tão é
a r o qu pr upoto pod atriuir- ao nt ol tivo omo tal apaidad d ação. A partir
d ta uma v z imputado ao nt ol tivo a ação píquio ʹ fíia da() p oa() inular( ) d v
iir- tamém n t ont to qu o omportam nto ʹ ativo ou v ntualm nt m rto ao
omiivo ʹ do nt ol tivo t nha riado (ou inr m ntado) um rio não p rmitido qu rio
t nha vazado no r ultado típio.
c c
Å
Y
Y
Y ! %
% %!
A atual ipartição do tipo d ilíito inriminador faz- m um tipo d ilíito o tivo um
Y a o a forma doloa a o a forma n li nt .
È o tipo u tivo d ilíito doloo qu no umpr aora analiar. Um tipo por on uint
uo l m nto irr nuniáv l é o ; no onunto daqu l qu p rt n m undo a ua trutura a
ua função ao tipo d ilíito. Conunto a qu d d lona data hama
!
Å
Y
Anot - todavia d d á qu o ont údo do tipo u tivo d ilíito doloo não t m d
otar no dolo do tipo. Com f ito o nial da on pção normativita do l m nto u tivo
do tipo p rit ainda ho não p rd u int r polítio ʹ riminal ou domátio om a ontrução d
um autónomo tipo u tivo d ilíito doloo.
A ditinção ntr l m nto p rt n nt ao dolo do tipo o p iai l m nto u tivo
do tipo aora m onid ração tá m qu t ao ontrário daqu l
Y ainda quando porv ntura liu m à vontad do a nt d r alização do
tipo: o u o to nontra- fora do tipo o tivo d ilíito não hav ndo por io na part qu lh
toa uma orr pondênia ou onruênia ntr o tipo o tivo o tipo u tivo d ilíito.
Å 2 "
S undo a ua trutura mat rial ão a ͞int nçõ ͟ o p iai l m nto u tivo qu
mai próimo tão do dolo do tipo. No ntanto omo v r mo a int nção pod ontituir ap na
uma da forma qu aum o l m nto volitivo do dolo a forma qu hamaríamo m
m
m . Em ao d t a ͞int nção͟ não aum vid nt m nt n nhuma autonomia
omo p ial l m nto do tipo u tivo d ilíito: la p rt n int ralm nt ao dolo do tipo.
Noutro ao porém o tipo d ilíito é ontruído d tal forma qu uma rta int nção ur omo
uma iênia u tiva qu onorr om o dolo do tipo ou a l adiiona d l autonomiza.
È o ao por lênia do doutrinalm nt hamado ou d
no quai o tipo l al it para além do dolo do tipo a int nção d produção d um
r ultado qu todavia não faz part do tipo l al. Aim p. . o art. 262º/1 r qu r para além do dolo
do tipo da ontrafação d mo da qu ta a l vada a ao om int nção d a pôr m irulação
ma não qu ta int nção v nha f tivam nt a onr tizar- .
Å
Y
A doutrina otuma itar ao lado da int nçõ o Y o Y a
omo outra at oria int rant d p iai l m nto
u tivo do tipo. Não é impoív l na v rdad qu num ao ou noutro tai r alidad poam r
iida omo o ʹ fundam ntadora da iliitud típia u tiva. Ur m todo o ao ali ntar n t
ont to dua nota.
A prim ira é a d qu não rara v z não m mo m via d prinípio tai l m nto ão
utilizado p la l i não para fundam ntar (ou aravar) a iliitud da ação ma para arat rizar a
nurailidad (ou o rau d nurailidad ) da atuação do a nt : n ta m dida l d v m r
c c
imputado ao ant qu ao tipo u tivo d ilíito. È o qu u d om o motivo o
impulo af tivo a arat rítia da atitud int rior ontant do tipo l al d rim d homiídio
qualifiado todo l int rant por io da láuula d ulpa aravada ontant do art. 132º/1.
A unda é a d qu no ao m qu tai l m nto d vam r loo imputado ao tipo d
ilíito tornar- -á a mai da v z tar fa tr mam nt difíil pouo omp nadora d t rminar
omo l ditinu m da int nçõ omo dif r niam ntr i. Na m dida p. . m qu um
motivo torna d t rminant atuant l pod onfundir- om o fim da ação.
O DOLO DO TIPO
Å
O C.P. não d fin o dolo do tipo ma ap na no art. 14º ada uma da forma m qu l
analia. A doutrina ho dominant on itualiza-o na ua formulação mai ral omo '
Y )
Y . Importa por io p runtar ant d mai omo
d ompõ ta trutura.
O ! #% d t rmina qu ͞ó punív l o fato pratiado om dolo ou no ao p ialm nt
pr vito na l i om n liênia͟. Ito inifia ant d mai qu no onunto da riminalidad o luar
primordial é onf rido á riminalidad doloa; ó ra d uma déima part do rim
d rito na Part G ral do CP ão punív i a título d n liênia; o qu o ão ão ʹno om
moldura p nai qua mpr mai aia.
A trutura domátia do dolo do tipo há- r por io la tamém
por ta dif r nt r l vânia do d lito doloo n li nt onr tam nt p lo
d valor urídio mai alto qu àqu l a m prinípio fa a t . O qu t m por u lado d
inifiar qu a dif r nça nial ntr uma outra péi d d lito t m d r uma
.
A ta luz ó a la utifia a on itualização do dolo do tipo omo onh im nto
(mom nto int l tual) vontad (mom nto volitivo) d r alização do fato. S ndo rto m todo o
ao qu d um ponto d vita funional o doi l m nto não ituam ao m mo nív l: o hamado
do dolo do tipo não pod por i m mo onid ra- d iivo da ditinção do
tipo d ilíito doloo do n li nt uma v z qu tamém t último pod m ont r a
r pr ntação p lo a nt d um fato qu pr nh um tipo d ilíito. É poi o YY
quando liado ao l m nto int l tual r qu rido qu v rdad iram nt rv para indiiar uma poição
ou atitud do a nt ontrária ou indif r nt à norma d omportam nto numa palavra umaulpa
doloa a on qu nt poiilidad d o a nt r punido a título d dolo.
Å
c c
Fala- a t r p ito om razão d um ( ntr o tipo o tivo o
tipo u tivo d ilíito doloo.
D aordo om o qu fiou dito a afirmação do dolo do tipo i ant d tudo o onh im nto
da totalidad do l m nto ontitutivo do r p tivo tipo d ilíito o tivo da
m m .
Pr iõ tornam todavia n ária n t ont to o div ro ponto d vita.
O onh im nto r qu rido p lo dolo do tipo i a ua ) ( "
. Não ata nuna a m ra ͞poiilidad ͟ d r pr ntação do
fato ant r qu r qu o a nt r pr nt a totalidad da fatualidad típia a atualiz d forma
f tiva. A ͞oniênia atual͟ é a d uma o - oniênia iman nt à ação.
Å
S por on uint faltar ao a nt o onh im nto no t rmo aaado d pr iar da
totalidad da iruntânia d fato ou d dir ito d ritiva ou normativa do fato
. É ito qu dipõ o ! #%# #, afirmando qu t rro ͞ lui o dolo͟;
c c
é ito qu a doutrina rima omo ͞ rro or a fatualidad típia͟. O qu tudo é a itáv l f ita uma
dupla pr v nção: a d qu o t rmo ͞ rro͟ não tá aqui tomado ap na no ntido d uma
r pr ntação poitiva rrada ma tamém no ntido d uma falta d r pr ntação: tanto rra or
a fatualidad típia do rim d aorto (art. 139º) a mulh r qu uando um m diam nto qu atua
omo aortivo não a qu tá rávida omo outra qu onh a ua ravid z ma onid ra o
m diam nto inóuo; m undo luar a d qu a pr ão ͞ lui o dolo͟ não inifia qu um
dolo á it nt foi liminado ma im qu o dolo do tipo não h a a ontituir- quando faltam o
u pr upoto.
Ur a ntuar qu a doutrina pota val não ó para a iruntânia qu fundam ntam o
ilíito ma tamém para toda aqu la qu o Y para a a itação rrón a d iruntânia qu
o .
Com a n ação do dolo do tipo falta o tipo u tivo ap na do rim doloo d ação
orr pond nt . Não ó pod o a nt t r r alizado doloam nt tipo d ilíito omo pod
ainda tar pr nhido um . Um ondutor d automóv l p. . qu à noit não
r para a t mpo num êado t ndido na trada o atrop la mortalm nt não a om dolo do tipo
d homiídio.
No rim d r ultado tanto a ação omo o r ultado ão iruntânia do fato
p rt n nt ao tipo o tivo d ilíito qu omo tal têm d r l vado no t rmo d rito à
oniênia int nional do a nt . Qu tão é a r tamém torna n ário m qu t rmo o
onh im nto p lo a nt da & ito é do rio põ l riado vazado
no r ultado qu fundam nta a imputação o tiva. Uma r pota afirmativa d prinípio par
impor- .
A uma onid ração mai próima pod tornar- todavia duvidoa a m dida a onr ta
ondiçõ m qu tal d va aont r.
Å
N t ont to ur d d loo o qu tão d a r qualqu r div rênia ntr o rio p lo
a nt oni nt m nt riado aqu l do qual d riva f tivam nt o r ultado d v onduzir a qu
o v nto não mai poa r imputado ao a nt t ó d va por io r pond r por t ntativa.
Dua poiçõ d prinípio ão aqui poív i têm na v rdad ido doutrinalm nt ufraada:
1)c Uma d la r pond afirmativam nt à qu tão pota na a d qu o v nto t m
luar por onr tização d um rio não pr vito não pod afirmar- a onruênia ntr o
tipo o tivo o tipo u tivo doloo;
2)c No outro tr mo nontram- aqu l para qu m o rro or o pro o aual é m
prinípio irr l vant om v ntual r alva do rim d ução vinulada porqu ó
n t o pro o aual ontitui um l m nto do tipo o tivo d ilíito por io uma
iruntânia do fato para o f ito do dipoto no ! #%#.
Ou o tipo d ilíito é d luão vinulada ntão o d anto ͞ rro or o pro o aual͟
traduz m um puro rro or a fatualidad típia é laram nt r l vant ; ou é d ͞ ução livr ͟
ntão torna- tr mam nt difíil fiurar uma hipót m qu a imputação o tiva omandada
p la on ão d rio d va r afirmada todavia o dolo do tipo r n ado. Ond a quando uma tal
hipót poa r fiurada todavia o rro or o pro o aual não pod d iar d t r- por
Y no ntido da o a nt ó pod rá r punido a título d Y.
c
c
c
c c
Å '
Å
Um outro ao até rto ponto p ial é ontituído p la hipót d
(do latim: d vio da tra tória ou do olp ): ao m qu por rro na ução v m a r
atinido o to dif r nt daqu l qu tava no propóito do a nt . E mplo pod m apontar-
omo o d A pr t nd r matar B om um tiro ma t vir a atinir não B ma C.
Aqui o r ultado ao qual r f r a vontad d r alização do fato não v rifia ma im um
outro da m ma péi ou d péi dif r nt . A ação falha o u alvo apr nta por io uma
trutura da Y. A produção do outro r ultado qu tanto podia não t r luar omo r d outra
ravidad ó pod v ntualm nt onformar um . A punição d v por io t r luar ó
por t ntativa ou por onuro d ta om um rim n li nt .
No ao aora m onid ração o d uro r al do aont im nto orr pond int iram nt
ao int ntado; ó qu o a nt nontra m rro quanto à mm m do o to ou da p oa a
atinir. Não it poi aqui qualqu r rro na ução ma im na Y .
E mplo 1: A p nando qu o paant é o u inimio B dipara ontra l um tiro mortal
v rifiando- d poi qu A onfundiu B om C foi t um tranho qu matou;
E mplo 2: D utrai d um mu u uma imitação d um quadro él r d valor muito r lativo
p nando qu trata do oriinal valioíimo;
E mplo 3: açando ao fim da tard E dipara ontra um vulto om dolo d dano na
pr upoição d qu trata d um animal quando na v rdad trata d uma riança F qu v ma
fal r.
Qu mpr qu o o to onr tam nt atinido a tipiam nt idêntio ao pro tado
( :1) o rro or o o to (ou a p oa) é Y não pod pôr- m dúvida não ho mai
na v rdad diutido; uma v z qu a l i proí a l ão não d um d t rminado o to ou indivíduo
ma d todo qualqu r o to ou p oa ompr ndido no tipo d ilíito. S o a nt rra tamém
c c
todavia or a qualidad tipiam nt r l vant do o to por l atinido ntão há qu fiar ou
ó na r ponailidad por Y ou v ntualm nt na ominação d t ntativa om uma
r ponailidad por n liênia ( : 2 3).
Å '
E pionalm nt à afirmação do dolo do tipo torna- ainda indip náv l qu o a nt t nha
atuado om '
. Ito u d mpr qu o tipo d ilíito o tivo aara
onduta ua r l vânia aiolóia é tão Y qu o ilíito é primariam nt ontituído
não ó ou m mo n m tanto p la matéria proiida quanto tamém p la
!
Em uma n t ampo o onh im nto da proiição é r qu rido para afirmação do dolo ͞do
tipo͟ m qu por io l d i d r um dolo ͞natural͟ um dolo do ͞fato͟ (ompl o).
R onh ndo-o o art. 16º/1 afirma qu
& quando o u
onh im nto )Y $Y (
%.
Dir- -á qu m rior a r l vânia do rro or proiiçõ l ai ó pod t r luar no ilíito d
m ra ord nação oial não no ilíito p nal. Ma uma tal afirmação p aria por a ro não taria
d d loo d aordo om a part do ! #%# aaada d itar. D d loo ao há d
m qu a onduta m i m ma divoriada da proiição não ori nta ufii nt m nt
a oniênia étia do a nt para o d valor da iliitud : mplo a ondução d v íulo automóv l
om a taa d álool no anu d 12 r/l onid rada p lo l ilador omo indíio irr futáv l d qu o
ondutor nontra m tado d mriau z om t por on uint não uma ontra- ord nação
ma um rim . Compr nd - a ita- qu aqui torn indip náv l à afirmação do dolo do tipo
o onh im nto da proiição l al r p tiva.
Å YY
O onh im nto (pr vião) da iruntânia d fato na m dida n ária do d uro do
aont im nto não pod m ó por i indiiar a ontrari dad ou indif r nça manif tada p lo a nt
no u fato qu di mo arat rizar a ulpa doloa m d finitivo utifiar a punição do a nt a
título d dolo. Ito inifia qu o dolo do tipo não pod atar- om aqu l onh im nto ma i
ainda a v rifiação no fato d uma Y ). É t mom nto qu ontitui o
l m nto volitivo do dolo do tipo qu pod aumir matiz div ro p rmitindo a formação d
dif r nt la d dolo.
Å
A forma mai lara t rminant d dolo dir to é ontituída por aqu l ao m qu a
r alização do tipo o tivo d ilíito ur omo o v rdad iro fim da onduta (! #ß%#). Fala- ntão
a propóito d dolo dir to ou d . Aim p. . quando A admirador
inondiional d um quadro d Piao ma m dinh iro para o omprar aalta o ta l im nto d
l ilõ ond o quadro rá v ndido no dia uint o utrai para fiar om l . Com ao d dolo
dir to int nional rão ainda d onid rar aqu l m qu a r alização típia não ontitui o fim
último o móil da atuação do a nt ma ur omo $ $
do u on uim nto ; quando A mata o viilant B omo únia forma d pod r aaltar um ano.
Dif r nt ão o ao d dolo dir to $ ou d (! #ß%¦). N l a
r alização do fato ur não omo pr upoto ou d rau int rmédio para alançar a finalidad da
onduta ma omo ua ( $ no pr io ntido d on quênia Y$Y
m qu ͞lat ral͟ r lativam nt ao fim da onduta.
È o mplo do a nt qu oloa uma oma num avião omo forma d matar um u inimio
qu n l viaa. A mort do inimio r-lh -á imputada a título d dolo dir to int nional ou d prim iro
c c
rau a d todo o outro paa iro omo on quênia da ploão da oma da a ronav a
título d dolo dir to n ário ou d undo rau.
Å Y
Å
Para a ditinção ntr o dolo v ntual n liênia oni nt a doutrina apr nta uma
multipliidad infindáv l d ritério qu pod tornar- nanoa qu nor variaçõ pouo mai
qu puram nt mântia. A n ralidad da oluçõ propota para o prol ma d ia arupar-
m trê t oria fundam ntai: a t oria da proailidad a da a itação a da onformação.
Å
ária doutrina a ntam na id ia d qu à afirmação do dolo do tipo não ata a iênia da
m ra poiilidad d r alização ma r qu r ʹ qu a r pr ntação auma a forma da
proailidad ou m mo d uma proailidad r lativam nt alta. E na v rdad : ta
aponta para a onluão m prinípio ata d qu o a nt ontará tanto mai om ʹ
val ndo t ͞ontar om͟ omo ͞d ião d l var a ao͟ ʹ a r alização típia quando mai ta urir
ao u olho omo prováv l. Faz r a ntar toda a ontrução om nt na proailidad d r alização
típia d para porém om dua difiuldad : a prim ira é a d d t rminar om um mínimo d atidão
o rau d poiilidad /proailidad d v rifiação do fato n ário à afirmação do dolo do tipo; a
unda é a d o a nt ap ar da improailidad d r alização do tipo pod r qu r r firm m nt
alançá-la.
P rant ta difiuldad a formulaçõ mai r nt d ta doutrina prouram anorar o
dolo v ntual m uma p ial da r pr ntação da r alização típia omo poív l. Para
tanto otuma iir- qu o a nt tom a r alização omo onr tam nt poív l qu não a
onid r improváv l undo u uízo fundado or tudo qu parta d um ponto d vita
p oalm nt vinulant .
Å
Uma on pção propõ - partir m t riv raçõ para a ditinção da análi da vontad do
a nt portanto do puro YY do dolo. N ta via p runta o a nt ap ar da
r pr ntação da r alização típia omo poív l a itou intimam nt a ua v rifiação ou p lo m no
r v lou a ua indif r nça p rant la (dolo v ntual); ou p lo ontrário a r pudiou intimam nt
p rando qu la não v rifia (n liênia oni nt ). Ao onunto d ta poiçõ dá por
io o nom d . E tamém la põ m m vidênia uma on ão partiularm nt
important om a ulpa doloa: qu o a nt t nha d idido ontra o dir ito ou om indif r nça
c c
p rant l rá tanto mai uro quando t nha onid rado m vinda a r alização típia tanto
mai duvidoo quanto t nha onid rado ind áv l.
Å
A on pção ho laram nt dominant é onh ida doutrinalm nt omo
; é la qu onta pr am nt do ! #ß%: ͞Quando a r alização d um fato qu
pr nh um tipo d rim for r pr ntada omo on quênia poív l da onduta há dolo o
a nt atuar onformando- om aqu la r alização͟. Ela part da id ia d qu o dolo pr upõ alo
mai do qu o onh im nto onfiar mora l vianam nt m qu o pr nhim nto do tipo não
v rifiará a ntão ó om n liênia (oni nt ).
Ma ta formulação não é quanto a nó a pr f rív l por dua razõ : porqu a dupla n ação
qu la omporta não dá para p r r om ufii nt lar za o l m nto poitivo qu d v arvorar-
m ritério do dolo v ntual; porqu uma onotação tr mam nt pioloita da ͞onfiança͟ pod
onduzir a privil iar infundadam nt o optimimo imp nit nt fa ao p imimo d pr ivo.
E nial r v la na doutrina da ͞onformação͟ undo o noo ponto d vita qu o a nt
tom a ério m
m m "
"
mm
$ m .
S o a nt tomou a ério o rio d (poív l) produção do r ultado não otant não
omitiu a onduta pod rá om razoáv l urança onluir- loo qu & "
)* m
$ m fiando d t modo indiado qu o
$ Y.
A partir daqui fia próimo p runtar d novo o ritério da onformação on u mant r-
d todo tranho à qu tão da
da r alização típia. Cr mo qu uma r pota n ativa
impõ .
Å
S ria l viano p nar qu om quanto fia dito toda a difiuldad da ditinção foram
ultrapaada. Um da razõ d dúvida qu om maior fr quênia invoa é a d a r omo d v m
d idir- aqu l ao m qu o a nt não p nou no rio n m muito m no o tomou a ério ou
qu r ntrou om l m linha d onta m virtud da qu lh m r o m
urídio am açado.
Não r mo ho qu a n ário ir tão lon arvorar o ritério da ͞indif r nça͟ m ritério
último d ditinção ntr dolo v ntual n liênia oni nt . Sut ntando m on quênia qu a
ditinção ó a nív l da ulpa pod r l vada a ao ou d loando o ritério da atitud int rna d
͞indif r nça͟ para o tipo u tivo do ilíito.
A v rdad d todo o modo é qu % "
Y Y Y Y !
O a nt qu r v la uma aoluta indif r nça p la violação do m urídio ap ar da r pr ntação
da on quênia omo poív l or põ d forma lara a atifação do u int r ao d valor do
ilíito por io d id - p lo ério rio ontido na onduta n ta a pção onforma- om a
r alização do tipo o tivo. Tanto ata para qu o tipo u tivo d ilíito d va r qualifiado omo
doloo.
Em não pouo pr ito da part ral o Códio P nal não admit a forma do dolo v ntual
omo manif tação punív l do tipo d ilíito doloo iindo o dolo dir to (ou até o dolo dir to
int nional).
c c
A id ia r inant durant muito t mpo ʹ ainda ho nom adam nt na noa uriprudênia ʹ
d qu o dolo v ntual r pr nta por n idad uma forma Y d dolo qu o dolo dir to não
t ria utifiação; pod ndo hav r ituaçõ ʹ m mo pouo fr qu nt ou a até pionai ʹ d dolo
v ntual m qu a Y do ilíito ( da ulpa) do qu m ituação d dolo dir to.
At nd - m todo o ao no dipoto no art. 71º/2 al. ) qu manda at nd r è ͞int nidad do dolo͟
para f ito d m dida (onr ta) da p na.
O dolo do tipo omo onh im nto vontad d r alização t m mpr d on ionar- om
um inular tipo d ilíito: um ͞propóito ral d faz r mal͟ ou d ͞om t r rim ͟ não ontitui
ainda um dolo do tipo ma ó o ontitui o onr to propóito d matar d f rir d violar d inuriar
ou d furtar. N t ont to pod ituar a qu tão do hamado Y ito é do ao
m qu o a nt propõ ou onforma om a r alização d um ou d outro tipo o tivo d ilíito:
aim A apropria il itimam nt d uma óia qu nontra no u quintal admitindo qu la poa
t r aído d uma aia qu B lh p diu no dia ant rior para uardar.
Uma on ão ma aora d índol ntr dolo a r alização típia d v r iida:
a dua ntidad d v m d orr r imultan am nt . Um dolo prévio r lativam nt à r alização típia
(hamado ) não é poi ainda um dolo do tipo. S A qu r matar B om qu m d para no
ato d t om t r um rouo na ua r idênia d idindo diparar ó apó a onumação do ato
ma ao tirar a pitola do olo ta dipara aid ntalm nt B morr não há dolo d homiídio. Tão
pouo a onformação om um r ultado típio qu á aont u ontitui dolo do tipo ( o hamado
) aluém mata por d uido um u inimio d poi aum oni nt m nt t
r ultado ou d toda a man ira om l onforma: n t ao ó v ntualm nt r alização do tipo
d homiídio n li nt não do doloo porqu não pod d idir r alizar aquilo qu á aont u.
c c
2 +
22
+
22
-
2 22
#
c c
A aua d utifiação não têm d pouir arát r p ifiam nt p nal ant pod m
provir da ontar m por on uint d um qualqu r ramo d dir ito.
Eta v rifiação é ompr nív l ao m no numa lara m dida indiutív l: uma ação é
onid rada líita p lo dir ito ivil adminitrativo ou por qualqu r outro a iliitud t m d impor-
a nív l d dir ito p nal p lo m no no ntido d qu la não pod ontituir um ilíito p nal.
A favor da id ia d qu uma ação líita fa a qualqu r ord nam nto urídio não pod
ontituir um ilíito urídio ʹ p nal invoa om arát r apodítio m mai prol matização o
. Como qu r qu t prinípio d va r urídio ʹ
filoofiam nt on ido utifiado a doutrina ainda ho dominant r tira d l a id ia da
: uma v z qualifiada omo ilíita uma ação por um qualqu r ramo d dir ito la é ilíita
fa à totalidad da ord m urídia.
Et ria o ont údo poitivo do aludido prinípio da unidad da ord m urídia. Cr mo d d
loo ina itáv l a on pção m todolóia da norma urídia qu tá na a d t nt ndim nto: o
ilíito não é uma ͞oia m i͟ ma alo qu parial ma d iivam nt d t rmina á q partir da
on quênia no ao da norma p nal a partir da p ifiidad da p na da m dida d urança
riminai. Ito não inifia a mort do prinípio da unidad da ord m urídia. Sinifia ó qu um tal
prinípio d v por um lado ao m no para o f ito aqui m onid ração ͞p nar- no
Y͟ portanto no ntido d qu ͞ mpr qu uma onduta autorizada ou
p rmitida tá luída m mai poiilidad d ao m mo t mpo om a num pr ito p nal
r tida omo antiurídia punív l͟.
D v onluir- por io quanto a t ponto da man ira uint : não é orr to n ar m
loo a poiilidad d p nar a iliitud p nal omo uma iliitud p ifiam nt p nal d v ndo
p lo ontrário da poiilidad d uma p ífia luão ou utifiação do ilíito p nal. Com mai
rior dirá d uma qualifiada.
Å
Y
c c
Doutrinalm nt afatada pod ho diz r- a id ia undo a qual o tipo utifiador
op rariam m
Y ind p nd nt m nt portanto da iênia d quaiqu r l m nto
u tivo.
A v rdad ira razão por qu impô a iênia d l m nto u tivo da utifiação r id
m qu o l m nto o tivo do tipo utifiador ó apr ntam virtualm nt para luir o d valor
do r ultado nquanto o l m nto u tivo rv m para arat rizar por lênia a
Y .
Por io l m nto u tivo da utifiação d v m onid ra- niai á luão da
iliitud .
Do poto r ulta qu ' há-
ontituir a iênia u tiva indip náv l à luão da iliitud o mínimo d nominador
omum d toda qualqu r aua utifiativa.
R ta d t rminar omo d v r punido o a nt qu atua numa ituação o tiva d
utifiação m todavia a r pr ntar ou onh r. À prim ira vita a r pota par r fáil
inqu tionáv l: t ndo r alizado por um lado um tipo inriminador por outro lado não pod ndo
atuar qualqu r tipo utifiador por falta do iido l m nto u tivo do onh im nto ou
r pr ntação do tipo o tivo utifiador par ria d v r loo onluir- qu o a nt )
r p tivo na v rdad o a forma .
Eta olução porém ap ar d d v r t r- por domatiam nt orr ta não par r a qu
m lhor ad qua à mai uta ompoição do int r m onflito. Não é m no v rdad qu ao
ontrário do fato m qu não onorr uma aua utifiativa quando v rifiar m todo o
pr upoto o tivo do tipo utifiador Y . D t modo a ituação é
$ Y: tamém ta fiura domátia é utam nt arat rizada p la p ritênia
n la ao m mo nív l do rim onumado do d valor da ação faltando todavia o d valor do
r ultado. Por io d v advoar- a apliação por do r im da t ntativa ao ao m qu
faltam o l m nto u tivo da utifiação.
S o on ntim nto não for onh ido do a nt t é punív l om a p na apliáv l à
t ntativa. Do qu trata por io é om nt d alarar ta olução a a aua utifiativa.
Pod uitar- a qu tão d a r o ! $%ß r m t para a apliação do r im da
t ntativa ou om nt para a p na qu à t ntativa ria apliada. Contituindo a apliação da p na
apliáv l ao rim onumado (! ¦%¦) o traço mai r l vant do r im
da t ntativa dir- -ia a rado ut ntar qu m qualqu r ao falta do l m nto u tivo d
uma aua utifiação o fato rá punido mora om p na p ialm nt at nuada. Poi a t ntativa
ó é punív l alvo dipoição m ontrário no t rmo do ! ¦%# ͞ ao rim onumado
r p tivo orr pond r p na ͟. Tamém ta dipoição ria poi apliáv l
ao ao m apr ço; p lo qu no mplo r f rido upra A E riam punido om a p na
apliáv i ao homiídio doloo ao dano impl p ialm nt at nuada; ma C fiaria impun
porqu a t ntativa do rim d aorto on ntido não é punív l não hav ndo n ta a pção ͞p na
apliáv l à t ntativa͟.
c c
Fiou dito qu o r im d rito aplia a ͞toda͟ a aua utifiativa. Ma há qu faz r
uma r alva: l não d v apliar- àqu la ond a utifiação a ontituída om nt p la
.
O prol ma qu aora vamo onid rar o tivam nt não dão no ao o l m nto
utifiador iido ma (u tivam nt ) o a nt upõ falam nt qu l v rifiam.
Etamo ntão p rant a ituaçõ qu a doutrina hama d Y ou d
.
E mplo 1: a aponta uma pitola a B ritando ͞a ola ou a vida͟ ma B aa rapidam nt d
uma arma qu traz no olo mata A; v rifia- d poi qu A um ͞pând o͟ dotado d um tranho
ntido d humor ó qu ria autar B qu a arma qu lh apontou não paava d um rinqu do.
E mplo 2: O médio C int rromp a ravid z d D a p dido d ta porqu lh fora
dianotiada uma do nça qu poria m p rio a ua vida a ravid z ontinua ; v m d poi a
omprovar- qu D não ofria d do nça p rioa para a ua vida qu tratara d um rro d
dianótio.
c c
d ilíito pr vir a puniilidad a t título (! #%). E aim u d m mo no ao m qu o rro
v r or o pr upoto do dir ito d n idad .
Uma ação r lativam nt à qual v rifiqu uma aua d utifiação m toda a ua
iênia o tiva u tiva ontitui um ontra o qual não é admiív l l ítima
d f a n m qualqu r outro dir ito d int rv nção a qual for a ua natur za nom adam nt
adminitrativa. Além d t f ito d v ainalar- qu m ao d ompartiipação a luão da
iliitud omunia a todo o int rv ni nt no fato.
Não t m faltado om f ito qu m d f nda qu m ao d int rv nção d uma aua
utifiativa ou ao m no d rta d la o fato não ndo ilíito tamém não é v rdad iram nt
líito ant itua m um Y . Ito qu r ria inifiar qu n t ao o dir ito
não ͞aprova͟ poitivam nt a ação ant mantém ͞n utro͟ p rant la.
Por mai r p itáv l qu a toda ta ontrovéria a la não d v r r onh ido qualqu r
r l vo quando trat do prol ma da utifiação urídio ʹ p nal d uma onduta.
LEGÍTIMA DEFESA
Å
No t rmo do ! ¦% ͞ontitui l ítima d f a o fato pratiado omo m io n ário para
r p lir a ar ão atual ilíita d int r uridiam nt prot ido do a nt ou d t r iro͟. No
mom nto atual o fundam nto da fiura m tudo a vito omo r idindo pr dominant ou
luivam nt na $ - Y ʹ do
(para mai
iliitam nt ) d t modo onid rando ta aua utifiativa um intrum nto (r lativo)
oialm nt impr indív l d pr v nção por aí d novo d d f a da ord m urídia.
Como potula o á r f rido ! ¦% uma upõ a itênia d uma
ar ão atual ilíita d int r uridiam nt prot ido do a nt ou d t r iro; d v ndo a
ontituir o m io n ário para r p lir a ar ão. Com çar mo o noo
tudo p la ͞ituação͟ d l ítima d f a ontituída atravé da ar ão.
Å Y
O on ito d ompr nd r- omo am aça d rivada d um omportam nto
humano a um m uridiam nt prot ido. A r trição ao omportam nto ' r ulta do
fundam nto m mo da l ítima d f a: ó r humano pod m violar o dir ito. Fiam por io
luída do âmito da l ítima d f a a atuaçõ d animai ou oia inanimada.
D v por outro lado iir- qu a onduta humana a Y $ não hav ndo luar a uma
ituação d l ítima d f a quando a r pota a rida ontra uma ar ão om tida m tado
d inoniênia ou m qu a vontad t a ompl tam nt au nt .
Como ar ão d v onid rar- tanto o omportam nto Y omo o omportam nto
Y r f rido à violação d um d v r urídio. A ar ão om tida o a forma d omião é
aqu la qu n t ont to mai duvida l vanta ʹ quanto a a r além da omiõ imprópria ou
c c
impura a l ítima d f a ontra omiõ própria ou pura. A ita- m rand ontrovéria
tar m utifiada por l ítima d f a a am aça ou ar õ or a mã qu r ua a alim ntar
o u filho r ém-naido (omião impura) para qu ta alim nt a riança. Ma d v rá diz r- o
m mo quanto à l itimidad d forçar um automoilita a tranportar ao hopital a vítima d um
aid nt (omião pura)? Ainda n t ao a r pota par d v r r poitiva.
Å
Só é admiív l l ítima d f a ontra ar õ atuai. A ar ão rá atual quando é
imin nt á iniiou ou ainda p rit . Prol mátia é a d t rminação do ritério p lo quai
pod afirmar qu uma ar ão á é atual ou ainda é atual:͟d iiva é a ituação o tiva não o qu
a r pr ntado p lo ar dido͟.
c c
A d f a pod t r luar até ao último mom nto m qu a ar ão . Tamém aqui
n m mpr pod faz r- oinidir mom nto om o da onumação uma v z qu ão num roo
o rim m qu a ar ão o tado d antiuriidad p rduram para além da onumação típia
(͞formal͟): o rim d of na à int ridad fíia onuma- loo qu A d f r o prim iro murro m
B ma n m por io B tá imp dido d r pond r m l ítima d f a ontra o murro pontapé
uint .
R l vant para t f ito é o mom nto até ao qual a d f a é u ptív l d pôr fim à
ar ão poi ó ntão fia afatado o p rio d qu la poa vir a r v lar- d n ária para
r p lir aqu la. Até ao último mom nto a ar ão d v r onid rada omo atual. É à luz d t
ritério qu d v m r r olvido o ao qu mai dúvida l vantam n t ponto o rim ontra a
propri dad nom adam nt o do rim d furto. A dipara f r rav m nt B para vitar qu t
fua om a oia qu aaou d utrair. Pod r- -á onid rar a ar ão d B omo ainda atual?
Pod onid rar- atual.
Å
O ! ¦% afirma qu ͞ontitui l ítima d f a o fato pratiado omo m io n ário para
r p lir a ar ão͟. Par d t modo qu a ação d d f a é arat rizada luivam nt atravé
da n idad do m io n la utilizado; é aim na v rdad qu o t ma v m ndo onid rado
ho na n ralidad da doutrina naional tran ira.
Et m io t m a v r om a n idad do m io mpr ado d rto ma tamém om a
na ituação fa à iênia d pr valênia do Dir ito or o ilíito na
p oa do ar dido: '$
$.
c c
Å
Å
O r quiito da n idad da d f a para qu ta a l ítima não d ia int rar-
uniam nt atravé da iênia aaada d tudar da n idad do m io; ant impõ qu a
d f a la própria r v l Y para qu poa r vita omo iênia d
r afirmação do Dir ito fa ao ilíito na p oa do ar dido.
Cao it m na v rdad m qu ndo a ar ão atual ilíita todavia oorr d ntro d
um ondiionam nto tal qu faz om qu la não apr nt omo
$Y . Daí qu a t não d va r on dido um dir ito ͞pl no͟ d
l ítima d f a utam nt porqu ta am mora utilizado o m io n ário para a r p lir
pod não urir omo oialm nt indip náv l à afirmação do Dir ito fa ao ilíito na p oa do
c c
ar dido ou & m "
m mm
. N t
rupo d ao d v m no ntanto ditinuir- ainda doi rupo d hipót ompl tam nt
div ro.
O prim iro rupo t m a v r om aqu l ao m qu a ar ão é ilíita atual ma o
ar or a m ulpa; a porqu r lativam nt à ar ão trata d um $Y a porqu
o ar or atua om ( $Y ou a o rto d uma
&
Y $.
Por io a d f a ar iva não é n ária o ar dido pod quivar- à r ão.
Å " Y
Pod aont r qu a ar ão a pr dida d atitud d provoação do ar dido or o
ar or: é o $ ) atravé d inúria da prátia d ato ilíito
qu af tam a f ra urídia do ar or ou m mo d ato líito ma oialm nt r prováv i.
A n idad d d f a d v r uram nt quando t a m aua uma
Y: A pr t nd ndo autar onta antia om B a ndo qu t é
atant nív l a rto tipo d inulto prof r propoitadam nt a inúria para uitar n l
uma r ação ao ario d uma aparênia d l ítima d f a pod r faqu á-lo om uma navalha qu
trazia ondida.
No ao m qu a ar ão não t nha ido pré ʹ ord nadam nt provoada d v tornar-
d d loo indip náv l para qu a n idad da d f a a n ada qu a provoação ontitua
um Y
Y; não atará qualqu r m noao ou of na
moral ou oialm nt ond náv l. Para além dito hav rá ainda qu iir da provoação na
formulação d Roin uma & om a ar ão qu
provoa.
c c
Å "
Å
Y
Para além do r quiito u tivo qu val para a n ralidad da aua d utifiação d d
há muito uita ontinua a uitar- a qu tão d a r rá ainda d iir omo r quiito da
ação d d f a a itênia no d f nd nt d um mmm d uma atuação om a vontad
d d f nd r o n urídio am açado p la ar ão.
O nt ndim nto da doutrina ho dominant orra no ntido d qu itindo o onh im nto
da ituação d l ítima d f a não d v rá faz r- a iênia adiional d uma o ʹ motivação d
d f a.
c c
Å & $
O art. 32º t nd a utifiação por l ítima d f a ao ao m qu ta é rida para
: é ta forma d l ítima d f a qu doutrinalm nt d ina ͞auílio
n ário͟.
O r quiito da l ítima d f a d v m r qu r trat d l ítima d f a própria
qu r d t r iro.
Prol ma diutido ompl o é o d a r omo d v d idir- o ao m qu o
ou qu r " . Ho tão a tornar- ada v z mai
omun onid raçõ ͞dif r niadora͟ m partiular onoant a ar ão vi n urídio
diponív i ou indiponív i. Por maior int r qu t nham tai dif r niaçõ la não aalam a
onvição d qu m mo p rant uma ar ão atual ilíita a d f a d t r iro l vada a ao
ontra ou m a vontad do ar dido não pod r ivindiar- omo ríio da l ítima d f a do art.
32º: la não r pr nta a d f a do Dir ito na p oa do ar dido.
A ord m urídia portuu a pr vê a fiura do dir ito d l ítima d f a não ap na no pr ito
do CP (art. 32º) ma tamém num outro o art. 337º do CC. Dipoição ta oloou d d a ua
ntrada m vior prol ma d ompatiilidad om a norma r uladora da l ítima d f a no
ord nam nto p nal d vido or tudo à iênia d qu o pr uízo auado p lo ato d d f a
ao qu d rivaria da ar ão.
O art. 337º do CC onid ra omo pr upoto da ituação d l ítima d f a a itênia d
uma ar ão atual ilíita ontra a p oa ou o património do a nt ou d t r iro. Ainda qu a
t rminoloia vari v rifia- uma oinidênia d t pr upoto om o qu arat rizam a ituação
d l ítima d f a do art. 32º ond tá tamém m aua uma ar ão atual ilíita d int r
uridiam nt prot ido do a nt ou d t r iro.
Como vimo tamém a l ítima d f a pr vita no art. 32º não tá limitada por uma iênia
d proporionalidad pod ndo m nom d la arifiar- n urídio d valor up rior ou m mo
muito up rior ao do d f ndido. Já não aim quanto à l ítima d f a urídio ʹ ivil limitada
n ativam nt p la láuula d proporionalidad r f rida qu r trin utanialm nt o âmito da
utifiação r lativam nt àqu la. D ta forma para f ito d luão da r ponailidad urídio ʹ
p nal é duvidoo qu or paço para a l ítima d f a do art. 337º do CC.
D f nd mo á todavia a poiilidad da itênia d uma iliitud p ifiam nt p nal não
hav ndo nada ontra a on qu nt poiilidad d o fato r p nalm nt utifiado no ntanto
l ão d dir ito ou int r urídio ʹ ivi uitir omo ilíito ivil ou pod r dar luar a uma
qualqu r forma d r ponailidad no âmito do dir ito privado.
O Códio p nal portuuê ontém no u art. 34º uma r ulam ntação do dir ito d
n idad tamém hamado orr tam nt tado d n idad o tivo ou tado d
n idad utifiant .
O CP ditinu o tado (dir ito) d n idad omo no art. 34º do
tado d n idad omo & no art. 35º ma um t ndo até rto ponto
m todo o ao a dua fiura a um d nominador omum: o do afatam nto atravé da prátia d um
fato típio d p rio atual qu am aça n urídio do a nt ou d t r iro: o int r
c c
alvauardado for d valor niv lm nt up rior ao arifiado o fato tá utifiado por dir ito d
n idad ; o não for o fato é ilíito ma o a nt pod rá d ntro d rto trito
pr upoto v r a ua ulpa luída.
A SITUAÇÃO DE NECESSIDADE
Å
#
No t rmo da ! # ! ß% é n ário à utifiação ͞não t r ido voluntariam nt riada
p lo a nt a ituação d p rio alvo tratando- d prot r o int r d t r iro͟. Tudo tará m
a r d d loo o qu pr t nd u a l i om o r quiito n t ont to da Y da riação
do p rio.
Por io d v d f nd r- aqui ʹ alo dif r nt m nt do qu fiou dito r lativam nt à
provoação da ar ão na l ítima d f a ʹ qu a utifiação ó d v rá onid rar- afatada a
ituação foi provoada p lo a nt ito é l pr m ditadam nt riou a ituação
para pod r livrar- d la à uta da l ão d n urídio alh io.
A própria provoação int nional do p rio não d v rá rvir porém para n ar a utifiação
por tado d n idad (omo pr am nt r f r a part final do art. 34º/al. a) quando trata
d prot r : ria inadmiív l qu da provoação do a nt pud r ultar
uma l ão não utifiada para n urídio do t r iro poto m p rio d poi o provoador o
alva à uta d um outro t r iro não impliado. Aim A riou int nionalm nt um p rio d
inêndio da aa d haitação d B pot riorm nt arr p nd pod louvar- do tado d
n idad ntra m autorização na aa d C para hamar o om iro.
c c
Å
Å
Um pap l fundam ntal na pond ração a na v rdad à int nidad da l ão do m urídio
nom adam nt quanto a a r tá m aua o aniquilam nto ompl to do int r ou ó uma ua
l ão parial ou paa ira.
Å
No ao m qu a violação do m urídio não ura omo aolutam nt ura ma omo
mai ou m no prováv l um pap l fundam ntal a ao qu é afatado ou riado om a
ação d alvam nto. Como Roin formula ͞qu m para vitar um dano qu uram nt produzirá
não atuar l va a ao um ação alvadora qu ó m p qu na m dida põ m p rio outro m
urídio pro uirá m r ra o int r utanialm nt pr pond rant . Ma t rá or tudo o
ao quando para faz r fa a um p rio onr to d uma rta importânia a a it a produção
om nt d p rio atrato͟.
Outro ponto d vita da maior r l vânia para a pond ração mpr qu o m urídio
of ndido a d arát r min nt m nt p oal é o da do l ado. Não pod na
v rdad qu r- n m minimizar- qu o fato n itado l a para além do m urídio do
t r iro não impliado o u dir ito d ): por io t ponto
d vita d v ntrar na pond ração o rta iruntânia influ niar d iivam nt o u
r ultado. Ito m mo qu r inifiar a ! # ! ß% quando dipõ qu o dir ito d n idad ó
v rifia quando for ͞razoáv l impor ao l ado o arifíio do u int r m at nuação à natur za
ou ao valor do int r am açado͟.
S uram nt qu não tá utifiada a int rv nção média d tinada a r tirar m o u
on ntim nto um rim a A h io d aúd qu pod rá viv r rtam nt ó om o rim r tant
m mo qu a a a únia forma d por via d tranplant alvar a vida d B.
c c
N t ao t mo por inadmiív l a invoação da violação da autonomia p oal ou no t rmo
do art. 34º7al. ) da irrazoailidad d impor ao l ado o arifíio do u int r para alvar a vida d
outr m.
Å
% Y $
D alum modo r laionada om o t ma aaado d onid rar tá m qu tão d a r
a Y ' $ d v ntrar na pond ração ou p lo ontrário d la r pura
impl m nt luída. A doutrina aolutam nt dominant orr n t último ntido: a vida é um
m urídio d valor inomparáv l inutituív l qu oupa o prim iro luar numa on pção
p ronalita étia omo a qu d v pr idir a toda a ord m urídia li ral d morátia na hi rarquia
do n urídio. P lo qu não ão l ítima dif r niaçõ qualitativa ntr o valor d vida
humana a da riança do ov m do audáv l ou do moriundo.
R ta porém a r omo todo o prinípio tamém t não d v um t r- a limitaçõ
nom adam nt quando a pond ração d va r l vada a ao p rant outra vida humana.
Na t ntativa d nontrar uma limitação fundam ntada do prinípio aima poto á d há
muito pr t nd qu om la d para no ao hamado d : quando
hav ndo vária p oa toda la numa ituação d p rio d vida mata uma ou aluma para
imp dir qu toda p r çam.
S undo a al. ) do art. 34º para qu a utifiação m dir ito d n idad a r onh ida
é n ário não ap na qu na pond ração d n o m urídio alvauardado pr pond r or o
arifiado ma qu haa ͞ Y do int r a alvauardar r lativam nt ao
int r arifiado͟.
Torna- a noo olho laro aquilo qu v rdad iram nt a l i propõ ao iir a r f rida
up rioridad nív l: não tanto ou não ó qu o int r alvauardado itu numa ala
puram nt ͞aritmétia͟ muito aima do int r arifiado ma qu a utifiação oorra ap na
quando é Y
$Y a aludida up rioridad à luz do fator
r l vant d pond ração.
T nha- m vita d d loo a iruntânia d qu d v ndo a avaliação pro ar- d
aordo om ritério aiam nt
Y n m por io todavia pod m muito ao fiar
aolutam nt fora d onid ração a avaliação
Y da importânia do m a alvauardar;
aumindo n t ont to alum r l vo a iruntânia d a l i falar mpr a t propóito da nív l
up rioridad do não do ͞ m urídio͟. Por mplo qu não poa r orr r à utifiação
do dir ito d n idad o médio qu l va a ao uma int rv nção irúria qu alvaria o pai nt
ma qu t r ua porqu tá dipoto a morr r. O ao mai ompl o é aqui o do : a r
m ao tai é r l vant ou irr l vant a vontad do uiida.
Diut - por outra part a d ião or a nív l up rioridad do int r a
alvauardar d v ou não onid rar- influ niada p la iruntânia d o p rio qu am aça o
int r r p tivo provir não d uma força natural ou d um fato uridiam nt irr l vant d
t r iro ma d um u . S rá o ao nom adam nt d A om t r uma fala d laração
por t r r ido am aça d mort di a v rdad . Par -no uro qu rá t mai um
ponto d vita qu p ando m prinípio ontra a utifiação d v ntrar onuntam nt om o
r tant ponto d vita na pond ração na d ião or a nív l up rioridad do int r a
alvauardar.
Finalm nt na d ião or a nív l up rioridad d v ntrar a iruntânia d m rta
ituaçõ ou m on quênia d rto tado ou profiõ o am açado pod r tar oriado a
inorr r m . Em p rio p iai diz mo não a ofr r r ultado danoo.
c c
Å %
Loo o proémio do art. 34º não onf r a utifiação por dir ito d n idad à utilização
p lo a nt d um m io qualqu r ma ap na do /%. T m-
diutido vivam nt om ta iênia põ um r quiito autónomo adiional da utifiação ; ou
trata ap na d uma r dundânia por o ont údo atriuív l a uma tal iênia á pod r ont r
no r quiito ant riorm nt r f rido.
T nd ríamo a pronuniar-no no ntido da unda alt rnativa da r dundânia. Cr mo
todavia qu a iênia t m ntido: o d qu o fato não tá o rto por dir ito d n idad o
a nt utilizar um m io qu undo a p riênia omum uma onid ração o tiva é "
para alvauardar o int r am açado.
Å &
Uma v z qu aquilo qu utifia a ação m dir ito d n idad não é uma ituação d
oação p oal ma a pr rvação do int r niv lm nt pr pond rant pod
l vá-la a ao r ivindiar- da utifiação. Ito m mo diz o art. 34º pr am nt :͟qu am a
int r uridiam nt prot ido do a nt ͟.
Å
Y
c c
1)c Uma ituação d d f a à qual falta um do pr upoto indip náv i para onfiurar
uma ituação d l ítima d f a;
2)c A impoiilidad para o a nt d vitar o p rio ;
3)c A n idad do fato para o r p lir d d qu ;
4)c O m l ado p la d f a não a muito up rior ao m d f ndido.
A l i ivil onara tamém um tado d n idad o tivo no art. 339º do CC. Ma
tamém m r lação a la pod rá aora qu tionar YÎ &
a partir do mom nto m qu ntrou m vior o art. 34º do CP. Tal
omo n t a ituação d n idad pr vita no art. 339º/1 arat riza- p la itênia d um
p rio atual qu imp nda or int r do a nt ou d t r iro a luão da iliitud tá
d p nd nt da manif ta up rioridad d t m r lação ao int r arifiado m ord m à ua
alvauarda. Ma ao ontrário do art. 34º o art. 339º/1 par ap na admitir a utifiação quando a
prot ção do int r am açado faça à uta do int r patrimoniai á não d int r
p oai.
Somo p lo poto d par r qu a luão da iliitud p nal por via do tado d
n idad o tivo é l vada pl nam nt a ao atravé do art. 34º do CP ndo todavia o art. 339º
do CC idón o a p rmitir uma paral la luão da iliitud ivil.
Durant muito t mpo não tomou a doutrina p nal oniênia da (r lativa)
do onflito d d v r p rant a t oria do tado d n idad .
È ho ralm nt a it na doutrina div ra m pr uízo do r onh im nto d qu o onflito
d d v r r poua no m mo fundam nto utifiador do dir ito d n idad . Em todo o ao a
olião d d v r aum p ifiidad ʹ d iiva m t rmo d ʹ qu o
autonomizam fa ao dir ito d n idad . D a oniênia é fruto a r ulam ntação autónoma
qu o onflito d d v r r no noo CP na #, ! %1.
Autêntio onflito d d v r u ptív l d onduzir à utifiação it ap na quando na
ituação olid m ditinto Y " ; no mplo d
ola quando um pai vê doi filho m rio d afoar m ap na pod alvar um.
Em hipót d ta não it um autêntio onflito d d v r para f ito do art. 36º/1 1ª
part : o qu ntão u d é qu um d v r d ação ntra m ontradição om o d v r ( ral) d não
in rênia m n urídio alh io p lo qu o qu v rdad iram nt no fundo v rifia é uma
olião d n int r qu d v r d idida undo o art. 34º a t oria do tado d
n idad utifiant .
c c
A únia olução mat rialm nt uta é onid rar utifiado o fato orr pond nt ao
umprim nto d um do d v r m olião m mo à uta d d iar o outro inumprido
Y Y . O a nt não é livr d
imiuir ou não no onflito. M mo p rant d v r iuai l d v p lo m no umprir um d l o
p na d o u omportam nto r ilíito.
No mplo apontado a onduta do pai não é ap na não ulpoa ma utifiada por io m
d finitivo líita.
Cumpr a ntuar qu tamém no onflito d d v r o r ultado da pond ração não d v
r ultar impl m nt da hi rarquia do n urídio m olião ma da
.
OS CONSENTIMENTOS JUSTIFICANTES
Continuar mo o tudo do inular tipo utifiador mai important m p rp tiva
urídio ʹ p nal onid rando aora o do on ntim nto à v z dito tamém ͞on ntim nto do
of ndido͟ ou ͞on ntim nto do l ado͟. Entr a aua utifiativa pr am nt r ulada na
Part ral do noo CP foi ta a doutrinalm nt a it m data mai r nt aqu la qu ontinua
ho a uitar uma viva ontrovéria ontrutivo ʹ it mátia nom adam nt quanto a a r
ontitui uma v rdad ira aua d utifiação ou ant loo uma aua d atipiidad do
omportam nto.
c c
Eta última on pção é a noo olho fundam ntalm nt ata. Ma importa a ntuar n la
alun v tor . D iivo é qu tamém o on ntim nto ur omo um ao d
.
L ado p lo fato on ntido ó pod r um m urídio . R laionado om ta
qu tão uita- o prol ma porv ntura mai ompl o do pr upoto d fiáia do
on ntim nto: o do n ário (art. 38º/1) arát r Y Y% do int r ʹ do m
urídio ʹ a qu o on ntim nto r f r . Indiponív i ão uram nt o
$ omo tai prot ido. No qu toa a n p oai o do " não uita
difiuldad p iai: l é m prinípio diponív l p lo u titular por io mpr qu a
onordânia auma a forma d on ntim nto não d impl aordo o on ntim nto d v
onid rar- r l vant . Qu tionáv l é por io prinipalm nt a ituação r l tivam nt ao n
urídio vida int ridad fíia.
A doutrina pratiam nt unânim undo a qual a Y ontitui um m urídio
Y m r aprovação. Indiponív l a ntu - d d á p rant l õ
prov ni nt do u próprio titular; o uiídio m mo o a forma t ntada não ontitui um ilíito
típio.
O qu diz para o m urídio ͞vida͟ d v d r to r p tir- om urança para quaiqu r
outro : óvio rá qu é irr l vant o on ntim nto d uma
p oa para r r duzida à ravidão.
Partiularm nt ompl o difí i apr nta- o ao d fiáia do on ntim nto no
rim d . Pota a qu tão da ua inular diponiilidad uma r pota
afirmativa não pod r r uada: a int ridad fíia ontitui para f ito d on ntim nto um m
Y p lo u titular m mo m fa d ataqu d t r iro. Ma a qu tão imria- aqui
in vitav lm nt om a outra láuula d r l vânia do on ntim nto ʹ a do on otum ʹ ó à
c c
ua luz pod r m d finitivo d idida; m pr uízo d o noo l ilador t r t ntado mant r o
r quiito da ͞diponiilidad ͟ da ͞não ontrari dad ao on otum ͟ o mai poív l autónomo.
D aordo om o dipoto na part final do art. 38º/1 é pr upoto d r l vânia utifiadora
do on ntim nto qu o não of nda o on otum .
Qu om la não qu r r m t r para a n m do fato on ntido n m
do on ntim nto omo tal par aolutam nt uro. O fato on ntido ontitui of na ao on
otum mpr qu l poui uma Y uma Y
tai qu faz m om qu n
ao ap ar da diponiilidad d prinípio do m urídio a l i valor ua l ão mai altam nt do
qu a auto ʹ r alização do u titular. O qu inifia qu é r lativam nt ao tipo d ilíito da of na
à int ridad fíia qu a láuula do on otum aum ( pratiam nt ota) o u r l vo: o
on ntim nto rá in fiaz quando a of na à int ridad fíia poua uma ravidad tal qu p rant
la o valor da auto ʹ r alização p oal d va d r o pao. P lo ontrário uma of na à int ridad
fíia impl paa ira não of nd rá o on otum quaiqu r qu t nham ido o motivo ou o
fin qu t nham tado na a do on ntim nto.
O ACTO DE AUTODETERMINAÇÃO
Para qu o on ntim nto auma omo um ato d autêntia auto ʹ r alização torna-
ant d tudo n ário qu qu m on nt a ). O CP nt nd u qu ta apaidad não pod
r m dida p la norma urídio ʹ ivi r lativa à apaidad . Ant torna n ário arantir qu
qu m on nt é apaz d avaliar o inifiado do on ntim nto o ntido da ação típia: o qu
upõ a maturidad qu é onf rida m prinípio por uma rta idad o di rnim nto qu é produto
d uma rta normalidad píquia. N t ntido dipõ o art. 38º/3 d forma paradimátia qu ͞o
on ntim nto ó é fiaz for pr tado por qu m é maior d 14 ano pouir o di rnim nto
n ário para avaliar o u ntido alan no mom nto m qu o pr ta͟. Em ao d inapaidad
p nal o prinípio rá o d qu a l itimidad para on ntir m nom do inapaz a ao u
.
Å
Y
Ato d autod t rminação autêntia ó itirá oviam nt o on ntim nto omo
prim o art. 38º/2 traduzir ͞uma Y Y do titular do int r
uridiam nt prot ido͟.
N ário torna ant d mai qu o on ntim nto a o qu
nom adam nt na of na orporai pod impliar a notíia or a índol o alan a nv radura
a poív i on quênia da of na.
N ário torna d poi qu o on ntim nto não r v l inquinado por um qualqu r
Y Y . E d t ponto d vita diria qu o nano a am aça o rro a oação tornam o
on ntim nto fundam ntalm nt in fiaz. Em último t rmo uma v ntual in fiáia do
on ntim nto d v rá d p nd r d o rro r um tal qu por um lado " &
# qu há- tar pr nt no v rdad iro ato d autod t rminação;
qu por outro lado não onduz a qu o fato aia fora á da ár a d tut la típia.
Å
Para qu o on ntim nto traduza um ato autêntio d autod t rminação não torna
n ário (n m onv ni nt ) qu a ua fiáia a pota na d p ndênia da o rvânia d quaiqu r
c c
formalimo: ata qu l ita a manif tado. Por io o art. 38º/2 1ª part afirma om razão
qu ͞ on ntim nto pod r pr o por ͟. Já i porém qu r pr nt um
a ntim nto r al p rit nt porqu ó aim pod afirmar qu o fato
típio orr pond à vontad à autod t rminação do atinido. Por io tamém afirma o art. 38º/2 in
fin qu o on ntim nto ͞pod r livr m nt Y até à ução do fato͟.
Å
No t rmo do art. 39º/2 ͞há on ntim nto pr umido quando a ituação m qu o a nt
atua p rmitir razoav lm nt upor qu o titular do int r uridiam nt prot ido t ria fiazm nt
on ntido no fato onh a iruntânia m qu t é pratiado͟. Do qu trata poi aqui
é d ituaçõ m qu o titular do m urídio l ado não on ntiu na of na ma n la
Y lh tiv ido poív l pôr a qu tão. Por io pod falar n t
ont to om fundam nto d uma péi d ͞ tado d n idad da d ião͟.
Å $
Uma v z qu o on ntim nto pr umido quipara ao on ntim nto f tivo naqu l hão-
d m prinípio onorr r o $. Ant d tudo por on uint qu o
on ntim nto (pr umido) dia r p ito a Y Y qu
.
A pr unção t m qu r f rir- ao mom nto do fato ndo irr l vant a p rança d uma
pot rior aprovação; do m mo modo iindo qu o titular do m urídio l ado poua a
apaidad (urídio ʹ p nal) para on ntir: quando la não itir r orr r- -á à vontad pr umida
do r pr ntant l al.
E nial é qu v rifiqu por uma part a
por outra a
.
Qual ra m d finitivo a Y do int r ado é oia qu pod não r rta. N t
ao d v mpr pr umir- qu o int r ado t ria r aido omo é )$Y.
E nial é poi qu o fato orr ponda pr umiv lm nt à vontad do int r ado o qu
onduz uma part da doutrina a iir do a nt uma Y .
M mo m matéria d on ntim nto pr umido não há luar para onid rar qu uma
͞uidadoa omprovação͟ ontitua pr upoto da utifiação p lo qu d v m aqui val r a
Y: qu m a upondo om uidadoa omprovação ou m la
v rifiado o pr upoto da utifiação atua utifiadam nt tai pr upoto na r alidad
c c
v rifiam; l upõ rron am nt a ua v rifiação não atua doloam nt ó pod ndo r punív l
dio for ao por n liênia
Å
Ao titular d um pod r ofiial ão on dido Y uo ríio
numa r lação iualitária ria ilíito; ma qu no ao r pr ntam o & (art.
31º/2 al. ) ʹ ou/ o Y (art. 31º/2 al. ) ʹ uo fato d t ríio
r ultant ap ar d formalm nt típio nontram n t pr ia m dida utifiado.
O prol ma qu não poua v z aqui uita advém do fato d qu aqu l pr upoto
n m mpr ão d nhado p la l i on d nt om ufii nt p lo qu d poi torna
qu tionáv l d t rminar l tão ou não pr nt .
A uriprudênia uma part inifiativa da doutrina al mã onid ram na a d uma
pr m nt n idad polítio ʹ riminal d of r r à autoridad arantia ar ida na ua
atuação qu importa traalhar para o f ito om um ͞ ͟ qu ͞uard a
ota͟ da autoridad mpr qu ta rr or o pr upoto fátio da l itimidad da ua
atuação: ilíita ó rá atuação o rro m qu r ai a autoridad for partiularm nt ou
$Y ou o a nt não l var a ao uma Y onform ao d v r da
ituação d fato; ou qu ilíito rá ap na o fato qu d va onid rar- nulo undo a
d t rminaçõ upuliítia não o m ram nt anuláv l.
Não par porém qu uma tal doutrina a a m lhor. D v portanto onluir- qu a
atuação ofiial ontitui uma aua d utifiação no quadro do ríio d um dir ito ontido no art.
31º/2 al. ) ap na Y $
) Y Y .
c c
Å Autorizaçõ ofiiai
Ao fundam nto do Etado d Dir ito ontinua a p rt n r o prinípio do monopólio tadual
da utilização da força. Et prinípio não lui todavia o dir ito ou o pod r d atuação l ítima do
partiular do Etado ou do u órão omo Y" d r alização da ord m
urídia.
Manif tação d ta l ítima atuação é d d loo o pod r qu ait a qualqu r p oa para
pro d r à d t nção m flarant d lito do a nt d um rim punív l om a p na d prião
qualqu r ntidad udiiária ou ntidad poliial ͞não tiv r pr nt n m pud r r hamada m
t mpo útil͟. Condição d utifiação da privação da li rdad é todavia qu ͞a p oa qu tiv r
pro dido à d t nção ntr u im diatam nt o d tido͟ à autoridad udiiária ou ntidad poliial. A
utifiação da atuação no luar d um órão ofiial fia d t modo tritam nt uordinada ao
prinípio da Y da
.
c c
Å
Um dir ito d orr ção omo utifiação do fato oloa- ho pratiam nt ap na
r lativam nt a a . O írulo do fato r lativam nt ao quai o ríio d um tal
dir ito pod atuar t m qu v r pr dominant m nt om a of na à int ridad fíia o hamado
͞atio orporai͟. Laram nt dominant é ho a doutrina m onid rar qu a utifiação oorr
ó d ntro d trê ondiçõ :
1)c Qu o a nt atu om Y;
2)c Qu o atio a portanto proporional
3)c Qu l a mpr m todo o ao nuna atinindo poi o limit d uma
qualqu r of na qualifiada.
2
A prátia p lo a nt d um fato ilíito ʹ típio não ata m ao alum para qu na ua a
àqu l poa apliar- uma p na. A apliação da p na ʹ omo d r to afirma o art. 40º/2 ʹ upõ
mpr qu aqu l ilíito típio t nha ido pratiado om ulpa. Torna- por io aolutam nt
indip náv l para além da d t rminação da função da at oria no it ma d t rminar o
! Numa ua onv ni nt pré ʹ ompr não o
mai qu pod r dito é qu o qu qu r qu a mat rialm nt la ur omo uma diriida
ao a nt p la prátia do fato.
c c
onid ra inindiv lm nt liada ao prol ma da ( : uma punição a título d dolo
uporia qu para além d o a nt r pr ntar qu r r a r alização do tipo o tivo d ilíito (dolo do
tipo) atua om oniênia do ilíito ito é r pr nta por aluma forma qu o fato int ntado
ra proiido p lo Dir ito. r mo m uida qu uma tal on pção não é n ária n m qu r
ata. Ma la r v la qu á o nt ndim nto tradiional om o m ro dolo do tipo não utifiava a
punição a título d dolo ant r qu ria um ( l m nto ) qu
d t modo traduz a v ra ênia do tipo d ulpa doloo.
Para além d t l m nto adiional a l i pr vê r lativam nt a vário tipo d ilíito onr to
qu a ulpa doloa d p nda ainda d Y qu la nt nd tipifiar.
S undo muito autor no d lito doloo o r id pr iam nt na
oniênia do ilíito om qu o a nt atuou na ua opoição oni nt ao omando do d v r ʹ
c c
r urídio omo tal r onh ido; iênia qu aim ar à d qu o a nt t nha atuado om
onh im nto vontad d r alização d um tipo o tivo d ilíito. Só d ta forma pod ndo
afirmar qu no ao o a nt or pô oni nt m nt o u int r p oai ao d valor do
ilíito d v por on uint r punido a título d dolo: a punição por dolo ó é m r ida quando o
a nt pô oni nt m nt m ontradição om o Dir ito. P lo ontrário la não d v afirmar-
mpr qu ao a nt faltou a oniênia atual d tar a pratiar um ilíito. Em ao tai tudo o qu
r taria ria a poiilidad d o a nt r punido a título d n liênia o rro or a proiição
m qu inorr u fo vitáv l ou v nív l a l i pr vi pr am nt a punição daqu l tipo d
fato tamém a título d n liênia. Com o qu importaria final onluir qu o rro or a iliitud
d v ria m r r um tratam nto urídio ʹ p nal int iram nt paral lo ao aido ao rro or a
fatualidad típia. Trata- da .
Outro rupo d t oria onid ra todavia qu a punição a título d dolo é aida não ap na
naqu la ituação ma ainda noutra ituaçõ qu poam mora não r onduzir tritam nt ao
on ito d dolo todavia ' Y $ Y.
Ao ao m qu o a nt atua om dolo ( io qu r ria diz r: om oniênia atual do
ilíito) d v riam r quiparada toda a hipót m qu a falta d oniênia do ilíito fia a d v r-
a " Y
. A t onunto d on pçõ d u por io o nom d .
Como m uida pliará a propoição áia da t oria do dolo limitada é porv ntura
d ntr toda a t oria aqui m poição aqu la qu mai próima nontra da t qu
d f nd r mo n ta matéria.
Partindo da afirmação da nialidad do prinípio da ulpa uma t oria ituada na on pção
ontrutivo ʹ it mátia áia no r ultado prátio ʹ normativo a qu onduz omo qu no
antípoda da t oria do dolo afirma qu (
Y poi qu t omo fator u tivo qu diri o omportam nto ota no
onh im nto vontad d r alização d um tipo o tivo d ilíito;
( )
. Daí poi qu qu m atu m oniênia pot nial do ilíito não poa por falta d ulpa pura
impl m nt r punido; ma daí tamém qu qu m pod ndo t r onh ido o ilíito pouindo o
dolo do tipo t nha atuado m oniênia atual do ilíito t nha aido doloam nt d va r
punido a título. Uma punição a título d n liênia tá n t ao m aoluto fora d
qu tão: o mai qu pod é a p na pr vita para o rim doloo r p ialm nt at nuada m virtud
do rro or a proiição. Eta a propoiçõ áia qu fundam ntam a hamada
!
Em paral lo om o qu afirmamo r lativam nt à t oria do dolo trita tamém a t oria da
ulpa trita r poua num puro aioma ontrutivo ʹ it mátio: o d qu o dolo ota m d d
tipo d ilíito u tivo a ulpa traduz m um m ro uízo d nura d la não faz part o o to
da valoração. Tamém a t oria da ulpa trita não pod d t ponto d vita m r r a itação.
c c
Å
A onluão a r tirar d quanto fiou dito é a uint : no dir ito portuuê it m dua
péi d rro urídio ʹ p nalm nt r l vant a ada uma da quai a m dif r nt forma d
r l vânia dif r nt f ito or a r ponailidad do a nt . Uma da péi d rro &
fiando r alvada a puniilidad da n liênia no t rmo rai; a outra péi d rro lui a
ulpa for não nuráv l nquanto for nuráv l &
m qu a p na poa v ntualm nt r p ialm nt at nuada. Uma tal ditinção ntr a dua
péi d rro nada t m a v r om a ditinçõ ntr o rro d fato o rro d dir ito.
Um rro qu lui o dolo it na v rdad undo o dir ito portuuê omo atam nt
notou Roin m trê ao:
1)c Quando v r or l m nto d fato ou d dir ito d um tipo d rim ;
2)c Quando v r or o pr upoto d uma aua d utifiação ou d uma aua d
luão da ulpa;
3)c Quando v r or proiiçõ uo onh im nto ria razoav lm nt indip náv l para
qu o a nt poa tomar oniênia do ilíito.
Só poi autonomam nt a partir d uma pod m ta l r dif r nça d
r l vânia da péi d rro nuna h t ronomam nt a partir d on itualizaçõ ou d
dif r niaçõ m d d ontrução domátio ʹ it mátia do fato ou do rim qu não t nham na
ua a a ênia da ulpa a ua função polítio ʹ riminal no it ma.
Ma qual a qu p rmit ditinuir um rro qu lui o dolo outro qu o
não lui? Qu m om dolo do fato pr nh um tipo d ilíito onh o nial r a partir
do onh im nto daquilo qu faz para ntir o d valor urídio da ua onduta; p lo ontrário
qu m atua no d onh im nto da fatualidad típia não r qualqu r impulo para qu omita a
onduta proiida.
A t on pção par in vitav lm nt aoiada a id ia d qu o aludido ͞impulo͟ torna
mai fáil para o a nt d t rminar- d aordo om a norma por io imputando a iruntânia d
um tal impulo não t r ido uido a uma ulpa p ialm nt rav (doloa) porqu ra maior o
͞pod r d air d outra man ira͟.
Aim o ͞impulo͟ d v ant urir r ompr ndido o tivam nt omo qualidad ou
arat rítia da ituação omo qu la m ma of r ind p nd nt m nt d r ou não
omo tal ntido p lo a nt . O qu é r forçado p la iruntânia d qu a vontad u qu nt à
ação (a ua ͞finalidad ͟) m ao d rro or a fatualidad típia diri m ntido qu o dir ito
não d aprova (A maior t m ópula om B auando da ua in p riênia na onvição rrón a d
qu a vítima t m 17 ano não omo u d na r alidad ap na 15 ano) nquanto mpr qu
it dolo do fato ma não oniênia do ilíito a vontad ou ͞finalidad ͟ diri m ntido
uridiam nt d valioo d aprovado (A a qu B t m 15 ano ma ula qu a ópula om auo
da in p riênia da vítima ap na é proiida om m nor d 14 ano)
O rro luirá o dolo mpr qu d t rmin uma falta d onh im nto n ário a uma
orr ta ori ntação da oniênia étia do a nt para o d valor do ilíito; div ram nt o rro
fundam ntará o dolo (da ulpa) mpr qu d t ndo mora o a nt todo o onh im nto
razoav lm nt indip náv l àqu la ori ntação atua todavia m tado d rro or o arát r ilíito
c c
do fato. N t último ao o rro não radia ao nív l da oniênia piolóia ma ao nív l da própria
oniênia étia r v lando a Y
. Por outra palavra: no prim iro ao tamo p rant uma (
( " imputáv l a uma falta d informação ou d lar im nto qu por io
quando nuráv l r v la uma atitud int rna d d uido ou d l viandad p rant o d v r ʹ r
urídio ʹ p nal onforma paradimatiam nt o tipo p ífio da . Dif r nt m nt
no undo ao tamo p rant uma ( " ( qu lh não
p rmit apr nd r orr tam nt o valor urídio ʹ p nai qu por io quando nuráv l r v la
uma atitud d ontrari dad ou indif r nça p rant o d v r ʹ r urídio ʹ p nal onforma
paradimatiam nt o tipo p ífio da . É ta a on pção áia or o dolo do tipo a
oniênia do ilíito a ulpa doloa qu tá m mo na a do r im ontant do art. 16º 17º.
Uma nova diotomia ntr ' / Y. ͞Um rro d
onh im nto it quando há uma falta daqu l onh im nto (d iruntânia d fato ou d
pr ito urídio) qu é iido p lo uto ntim nto do valor para apr não do inifiado
d valioo do omportam nto; um rro d valoração quando falta não t onh im nto ma im a
p r pção do inifiado d d valor do omportam nto͟ pr upoto qu ͞foram f tivam nt
onh ida toda a iruntânia qu m ao d uto ntim nto do valor t riam p rmitido ao
a nt alançar a oniênia do ilíito͟.
Tanto no puro rro or o utrato f tivam nt omo no rro d valoração d vido a uma
falta d onh im nto ʹ qu onuntam nt onformam ʹ a nura diri - a uma
falta d onh im nto qu o a nt não ot v por violação d um d v r d at nção ou d informação.
Dif r nt m nt na outra hipót ʹ onformadora do âmito do qu hama o - a nura
diri - à falta ou ao motam nto do ͞órão͟ d apr não da d iõ aiolóia da ord m
urídia por on uint ant qu a uma falta d onh im nto a uma u ira para o valor do
dir ito.
A onluão é poi aim a d qu por um lado a diotomia tradiionai rro d fato/ rro d
dir ito ou rro or o tipo/ rro or a proiição m i m ma h t rónoma r lativam nt à ulpa
d v m r r uada utituída por outra qu ʹ omo u d om a diotomia rro d
onh im nto/ rro d valoração rro int l tual/ rro moral ( "/
( !
) $Y (
!
c
c
c
c
c c
Mai prol mátio é a r uma falta d oniênia do ilíito não d v ainda r afirmada
quando o a nt tomou oniênia d qu a ua onduta ra ontrária ma não onr tam nt ao
. O qu onduziria no limit a iir do a nt uma oniênia da iliitud ou
pr f rirmo da
do fato. A doutrina maadoram nt dominant quando não
pratiam nt unânim ntr nó lá fora d f nd qu o arát r ilíito do fato ua oniênia ou
falta d oniênia r l va para a ulpa não onfund om a ua puniilidad ou om a ua natur za
urídio ʹ p nal: à afirmação do dolo ataria a oniênia do ntido d d valor urídio qu à
onduta onr ta lia.
Há ho oa razõ para d f nd r qu ao m no m rto ao não ata à afirmação do
dolo o onh im nto d uma proiição qu oloqu a onduta no âmito d um
Y . Dito p la poitiva ao hav rá m qu ó a iliitud p nal
pod r o to daqu la oniênia qu no t rmo do art. 17º r l va para a ulpa.
É v rdad qu á a adv rtênia do ntim nto r ultant do onh im nto da iruntânia
da ação no ntido d qu à onduta mpr ndida lia um d valor d péi partiular r v la
quando on ionada om o dolo do fato o tipo d ulpa doloa qu a à atuação do a nt . Ponto
rá porém mpr Y( Y Y
Y Y . O qu nada t m a
v r om o onh im nto p lo a nt do artio da l i.
Å
# (
Do poto r ulta por último qu não ata à r qu rida oniênia do ilíito a oniênia d
um qualqu r d valor urídio ma é n ário qu o d valor d qu o a nt tomou oniênia
pratiado.
Por io há qu afirmar m r rva a (
Y da oniênia do ilíito
r qu rida a ua on qu nt indiilidad .
Fiar- ʹá aora m poição d pôr no d vido r al o qu v rdad iram nt para a falta d
oniênia do ilíito ʹ típio r qu rida p la da inorânia da l i ou da proiição. S aqu la oniênia
ata om uma adv rtênia do ntim nto do a nt d qu ao u fato lia um típio ntido
d d valor ntão d d loo '
$Y Y ( Y
.
Por outro lado m mo d forma
$Y Y ( Y
!
É io qu no fundo u d om o rro or o utrato d uma aua d utifiação ou d
luão da ulpa omo é o qu u d no ao não raro m qu o a nt onh ndo a l i ou a
proiição apliáv i a r puta rron am nt inapliáv i ou inválida m onr to.
A planação ant rior do t ma da oniênia do ilíito m dir ito p nal do u
r laionam nto om o rro or a fatualidad típia t rá ontriuído p ra- para olidifiar o
fundam nto da poiçõ qu d f nd mo m t ma d
c c
R laionada om aluma da qu tõ aima tratada ur ho a t mátia d uma
oniênia do ilíito v ntual ou ondiionada. Uma tal ituação oorr ria na palavra d Roin
͞quando para o a nt não tá lara a ituação urídia. Quando p. . r puta prováv l qu o u
omportam nto a p rmitido ma onta tamém om a poiilidad d qu l a proiido͟.
O prol ma para d finição do limit da falta d oniênia do ilíito não r id no mundo
da r pr ntaçõ do a nt ʹ omo rta prováv i ou poív i ʹ ao nív l da ua oniênia
int nional n m na poiilidad d ot r um mai laro onh im nto ou lar im nto da ituação
urídia. R id im na r pota da ua oniênia étia do u ntim nto do valor m uma na
valoração urídio ʹ p nal da ituação fátia orr tam nt onh ida. O prol ma qu n ta d
uita não é poi o da d t rminação do limit da falta d oniênia do ilíito ma o d qu ua
in nurailidad ou m nor nurailidad ; n t ont to rá l onid rado.
Tal omo vimo u d r om o tipo u tivo d ilíito tamém o tipo d ulpa doloo não t m
d otar na ua r f rênia ao dolo do tipo. A l i pod ainda aqui faz r iênia adiionai para
qu o a nt d va r punido a título d dolo. O l m nto p iai qu p rt n m ao tipo u tivo
pod diz r- qu p rt n rão ao tipo d ulpa doloa mpr qu l ap ar d não nontrar m
r laionado dir tam nt om a atitud d ontrari dad ou indif r nça do a nt p rant o d v rʹ
r urídio ʹ p nal todavia Y
.
Quando a l i r f r pr am nt l m nto u tivo qu d r v m ou nom iam motivo
ntim nto atitud fia próima a afirmação d qu tai l m nto p rt n m ao tipo d ulpa ito
é rv m para arat rizar a atitud int rna do a nt p rant o d v r ʹ r urídio ʹ p nal qu
prim no fato o fundam nta. Já aim não rá porém mpr qu tai l m nto irvam ainda
para o ʹ d t rminar a péi d d lito individualizar o r p tivo ntido (tipo) do ilíito
arat rizando a o o to da ação a a ondiçõ o a quai a l ão ou pota m p rio do
m urídio prot ido é ilíita: n t ao tai l m nto não p rt n rão ao tipo d ulpa ma im
ao tipo (u tivo) d ilíito.
A ditinção radia no u r laionam nto om a r l vant para o tipo d
ilíito ou ant om a r l vant para o tipo d ulpa.
'
Inimputailidad
c c
m no na ua forma mai rav " &"
Y
Y &%
% . Ora a
omprovação da ulpa urídio ʹ p nal upõ utam nt um ato d ͞omuniação p oal͟ portanto
d ͞ompr não͟ da p oa ou da p ronalidad do a nt . Por io o uízo d ulpa urídio ʹ p nal
não pod rá f tivar- quando a anomalia m ntal a p ronalidad do a nt imp dindo qu
la of r ça à ont mplação ompr niva do uiz. È a ito qu no fundo hamamo
inimputailidad ; é para traduzir a id ia aqui ontida qu falará do ͞paradima ompr nivo da
inimputailidad ͟.
A inimputailidad ontitui mai qu uma aua d luão v rdad iram nt um
$
. Tudo ito m d finitivo porqu o utrato iopiolóio da inimputailidad
aliado a um rto f ito or a p ronalidad do a nt d trói a on õ r ai o tiva d
ntido qu liam o fato à p oa do a nt a tal ponto qu o u ato pod r (aualm nt )
͞ pliado͟ ma não pod r ͞ompr ndido͟ omo ͞fato d uma p oa͟.
Roin ritiou a noa on pção o um duplo ponto d vita: o d qu por um lado a
ntr uiz aruido ó muito difiilm nt t rá luar no pro o p nal tanto mai qu o
aruido t m dir ito ao ilênio; por outro lado o d qu a poiilidad daqu la omuniação não
tá luída quando a anomalia píquia não fundam nt na falta d ntido o tivo do fato ma
im na
".
Não par qu ta ritia d va onid rar- pro d nt . D d loo é a Y
traduzida na impoiilidad d apr não da on õ
r ai o tiva d ntido qu liam o fato á p oa qu ontitui na p rp tiva aqui d f ndida o
v rdad iro ritério da inimputailidad .
O ato d ͞ ͟ ntr o uiz o aruido não ota na audiênia ou num
int rroatório ou não t m m mo qu pro ar- atravé da fala.
Ao qu ar qu quando aqui falamo da ͞ ͟ do fato riminoo t mo m vita
atam nt a poiilidad para o uiz não tanto d r ivindiar u tivam nt o fato d a nt ma
d
Y &" & )
" & .
Apontar- -ão m ito onluivo a on quênia mai important qu para o noo t ma
par m r ultar daqu l ponto d vita:
1)c No paradima ompr nivo o tradiionalm nt hamado
"%
anha novo ntido inifiado pr io ao ontrário do qu u dia à
luz do paradima normativo. Só a anomalia píquia a ͞ nf rmidad m ntal͟ no u mai
amplo ntido ʹ não tamém a ͞t ndênia͟ para o rim a h rança arat rolóia ou o
ondiionam nto do ͞m io͟ ʹ é u ptív l d d truir a on ão o tiva d ntido da
atuação do a nt portanto a poiilidad d ͞ompr não͟ da ua p ronalidad
manif tada no fato.
2)c O aminho propoto onf r ainda todavia um ont údo válido ao hamado
Y%
: à apaidad do a nt m muita l ilaçõ
pr am nt r qu rida ͞d avaliar a iliitud do fato ou d d t rminar d aordo om
a avaliação͟. Com f ito tamém do ponto d vita do paradima ompr nivo não
ata nuna a omprovação do fundam nto iopiolóio da itênia no a nt d uma
anomalia píquia por mai rav qu la apr nt . É ainda mpr n ário
d t rminar aqu la anomalia é uma tal qu torn impoív l o uízo udiial d
ompr não.
c c
ELEMENTOS
Å &
"
Å
D um ponto d vita urídio ʹ p nal a at oria mai indiutív l qu r ntra na on ão m
análi ontinua a r a da pio . Na on pção tradiional a pio d via traduzir- m um
Î omatiam nt omprováv l ao trata d uma pio
ó na om nt potulado ou upoto m ao d pio ndó na d qu ontitui mplo
paradimátio a quizofr nia. A mai r nt iênia piquiátria t nd no ntanto a r onduzir a
pio ndó na não mai a pro o orânio ʹ orporai ma a ' Y no u
mai lato ntido.
Å
Inlu m- n ta at oria todo o d vio d natur za píquia r lativam nt ao ͞normal͟
qu não a iam m um ͞do nça͟ ou ͞ nf rmidad orpór a͟. N t ont to pod m om çar por
ontar- a nt nd ndo- por tal p uliaridad do arát r d vida à própria dipoição
natural qu af tam d forma nív l a apaidad d l var uma vida oial ou d omuniação
normal. Por nt nd m- a anomalia d omportam nto adquirida qu apr ntam
omo r açõ anómala piódia ão a mai da v z u ptív i d tratam nto. À
& p rt n m por ua v z tanto o dito ͞d vio uai͟ omo o rau
anormalm nt l vado ou diminuído d atividad ual.
c c
Å
" (
Trata- aqui d tado anormai am d lona ou d urta duração durant o quai
nontram p rturada a r laçõ normai ntr a oniênia d i m mo a do
mundo t rior ou m todo o ao a ͞ trutura píquia͟ do a nt . Na m dida m qu tai
p rturaçõ poam onid rar- d natur za patolóia la a m int iram nt na at oria da
pio omo aont rá om a intoiaçõ ompl ta d toda a péi ou om o d lírio f ri.
Para uma at oria autónoma r tam aim ao d
" " ma ão d
natur za fiiolóia ou piolóia ( por mplo ao tr mo d fadia d otam nto ou d ono
hipno tado int no d af to).
Como vimo o ! ¦ %# impõ qu a anomalia píquia omo utrato iopiilóio do uízo
d inimputailidad v rifiqu no $ . Trata- aqui d uma on ão
important na fundam ntação do uízo d inimputailidad até à pouo uavaliada não quanta
v z m mo m nopr zada. Ela poui uma dupla v rt nt a prim ira qu loo orr pond ao u
t or lit ral qu pod ríamo hamar a on ão t mporal outra qu pod ríamo v r- -á porquê m
qu ntido d nominar on ão típia.
A on ão t mporal traduz- m qu o fundam nto iopiolóio da inimputailidad t m d
v rifiar- no mom nto da prátia do fato.
Inimputáv l d iou d r o louo o doido o do nt m ntal o ͞tolo͟ para paar a r a p oa
qu no mom nto da prátia d um rto fato nontra on rada om um utrato iopiolóio
qu traduz no onr to fato pratiado o oloa om um rto f ito normativo.
A on ão m análi poui porém ainda um outro ntido ou v rt nt : a d qu não ata ao
uízo d inimputailidad um d t rminado utrato iopiilóio d t rminant d um rto f ito
normativo ral ma é indip náv l qu a anomalia píquia t nha primido vazando num
onr to fato onid rado p la l i omo rim o fundam nt . Só ito faz ompr nd r qu o a nt
poa nontrar- on rado p la mai rav anomalia píquia por uma quizofr nia profunda p. .
todavia t nha om tido um fato p lo qual é pl nam nt imputáv l. Ou até qu no m mo
mom nto o a nt t nha om tido doi fato típio ditinto ( uma violação um furto) d va r
c c
d larado inimputáv l r lativam nt a um ( p. . a violação por força d uma tara ual rav qu
or l p a) imputáv l r lativam nt ao outro.
Maria João Antun ut nta m onluão qu ntr a anomalia píquia o fato t m d
int r d r uma d tal modo qu o fato m qu tão não é fato do imputáv l
amputando d rta arat rítia ma é um fato ͞dif r nt ͟ autónomo: é
$Y . Por io não hav ria aqui
tanto qu d t rminar o fato d v ontituir um ͞ilíito típio͟ ʹ omo d r to afirma a noa l i:
art. 91º/1 ʹ no ntido qu ta arat rítia aum m r lativam nt ao fato do imputáv l quanto
or tudo qu arat rítia d v l pouir para qu auma omo .
Å
%
Na on pção tradiional ainda ho dominant m muita doutrina anomalia píquia pod
r uma tal qu t nha omo f ito normativo não a inapaidad do a nt para avaliar a iliitud do
fato ou para d t rminar d aordo om a avaliação ma uma
Y . N t ao utam nt v m falando d uma imputailidad
diminuída. Diutív l tornou d d mpr por m qual a on quênia qu para a ulpa para a
p na r ultaria d ta diminuição da imputailidad . À diminuição daqu la apaidad hav ria d
orr pond r n ariam nt uma diminuição da ulpa por on uint uma oriatória at nuação
da p na.
Do qu trata é ant v rdad iram nt d ao d imputailidad duvidoa no partiular
ntido d qu n l omprova a itênia d uma anomalia píquia ma m qu torn m lara
a on quênia qu daí d v m faz r- d rivar r lativam nt ao l m nto normativo ʹ ompr nivo
iido; ao poi da noa p rp tiva m qu é ou impl m nt a
&"
Y qu liam o fato à p oa do a nt .
A on quênia qu d ta on pção d rivam para a d t rminação do da
do imputáv l diminuído div r m aim radialm nt da qu ão p nada p la
ori ntação tradiional polítio ʹ riminalm nt uportáv i. S no ao d imputailidad diminuída
a on õ o tiva d ntido ntr a p oa do a nt o fato ão ainda ompr nív i aqu l
d v por io r onid rado imputáv l ntão a qualidad p iai do u arát r ntram no
o to do uízo d ulpa por la t m o a nt d r pond r. S a qualidad foram
p ialm nt d valioo d um ponto d vita urídio ʹ p nalm nt r l vant la fundam ntarão
Y ; p lo ontrário la fiz r m om qu o fato
r v l mai dino d tol rânia d a itação urídio ʹ p nal tará utifiada uma
.
O ! ¦ %¦ dipõ porém qu ͞pod r d larado inimputáv l qu m por força d uma
anomalia píquia rav não aid ntal uo f ito não domina m qu por io poa r
nurado tiv r no mom nto da prátia do fato a apaidad para avaliar a iliitud d t ou para
d t rminar d aordo om a avaliação niv lm nt diminuída͟. E o art. 20º/3 qu ͞a omprovada
inapaidad do a nt para r influ niado p la p na pod ontituir índi da ituação pr vita no
núm ro ant rior͟. Nito ifra o ͞v rdad iro͟ prol ma da imputailidad dita diminuída. Qu
prol ma é ? Com o dipoto no art. 20º/2 l propô- of r r ao uiz uma norma fl ív l qu
lh p rmit m ao rav não aid ntai onid rar o a nt $Y ou $Y onoant
a ompr não da on õ o tiva d ntido do fato omo fato do a nt r v l ou não
ainda poív l r lativam nt ao nial do fato. D um ponto d vita d puro l alimo a opção
ntr imputailidad inimputailidad rá lorada quando d id or o a nt pod ou não
͞ r nurado͟ por não dominar o f ito da anomalia píquia. E ainda m função d um outro
l m nto a a r o d o uiz onid rar qu para a oialização do a nt rá pr f rív l qu t
umpra uma p na ou ant v ntualm nt uma m dida d urança. È n t pr io ont to qu
d v int rpr tar- o dipoto no art. 20º/3.
c c
Å
% !!!!#
Å
c c
indaar- do fundam nto d tal onluão. Em noa opinião fundam nto no fundo da m ma
índol daqu l qu dá a à inimputailidad m função d anomalia píquia: tal omo uma rta
anidad m ntal é ondição d apr iação da p ronalidad da atitud m qu la prim
tamém o é um rto rau d ! Só quando a p oa pratia uma ação num tádio d
d nvolvim nto m qu á lh é dada a pl na oniênia da natur za própria da vivênia qu
naqu la manif tam torna pat nt ao ulador a &
Y ntr o fato a
p oa do a nt .
Å
No t rmo do ! #,% o # $Y. Só tão aim u ita a
r ponailidad p nal a p oa qu no mom nto da prátia do fato t nham á p rf ito 16 ano. O
ilíito ʹ típio om tido por m nor não d iam porém d r o to d tut la tadual. N t
ntido aponta a L i Tut lar Eduativa (LTE) aprovada p la L i 166/99 d 14 d S t mro qu d fin o
r im apliáv l ao m nor om idad ompr ndida #¦ # qu t nham
pratiado fato qualifiado p la l i omo rim .
No noo ord nam nto nontramo no ntanto um Y
aqu l om idad ompr ndida ntr o 16 o 21 ano pr vito no ! ,% do CP
onr tizado p lo DL 401/82 d 23 d S t mro. Et diploma traduz- no nial p la d finição d
um r im p ífio ao nív l da on quênia urídia do rim qu t m m onta a p iai
n idad d (r )oialização uitada p lo ov n d linqu nt . N t âmito para f ito da
qu tão da imputailidad importa or tudo diluidar o ntido do u art. 4º qu p rmit no ao
m qu d va r apliada p na d prião a at nuação p ial da p na quando houv r razõ para r r
qu da at nuação r ultam vanta n para a r in rção oial do a nt .
INEXIGIBILIDADE
c c