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Informação espacial para gestão

de riscos de desastres
Tania Maria Sausen
Doutora em Geografia
GS Engenharia Ltda.
GESTÃO DE RISCO DE DESASTRE

A gestão de riscos de desastres tem o objetivo


de evitar, diminuir ou transferir os efeitos
adversos dos perigos, por meio de ações,
atividades e medidas de prevenção, mitigação e
preparação. (Pozzer; Cohen; Costa, 2014)

Nada mais é do que um processo em construção, cujo êxito ou fracasso


depende do compromisso e da responsabilidade com que os atores
desempenham seus papéis durante todo o percurso. (Cyted, 2006)

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Tania Maria Sausen
Macroprocessos da Gestão de Risco de Desastres

Pré

Pré

Pós

Pré

Pós

Informação espacial para gestão de riscos de desastres


Tania Maria Sausen
Dados para a Gestão de Desastres Naturais
Os dados necessários para a gestão de desastres naturais são originários de
diferentes fontes e áreas cientificas, podendo ser integrados fazendo uso de
Sistemas de Informações Geográficas.

Em geral, os mais exigidos podem ser obtidos de dados de sensoriamento remoto


ou de mapas gerados a partir deles. Os mais comuns são:

• Dados sobre o tipo de desastre (deslizamento, inundação, terremoto), sua


localização, frequência, magnitude etc.;

• Dados sobre o ambiente no qual o evento de desastres pode ocorrer:


topografia, geologia, geomorfologia, solos, hidrologia, uso do solo, vegetação etc.

• Dados dos elementos que podem ser destruídos se um desastre ocorrer:


infraestrutura, assentamentos, população, socioeconômicos etc.

• Dados sobre os recursos de socorro de emergência, como localização de


hospitais, bombeiros, delegacias de polícia, armazéns etc.

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Sensoriamento Remoto

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Sensoriamento Remoto

Resolução espacial

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Sensoriamento Remoto
Resolução espectral
Pancromático

Óptico Micro-ondas

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Sensoriamento Remoto
321
(Landsat 7) Resolução Espectral
5
1
7
2 741
6
3

4 453

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Sensoriamento Remoto
Resolução Temporal

Antes Depois

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Sequência histórica de imagens dos satélites
Landsat 1-2-3-5 de eventos de inundação
(extensão da área afetada, duração do evento).

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Tania Maria Sausen
Monitoramento de um tipo de desastre – seca/estiagem

2001

2002

2004

2005

Informação espacial para gestão de riscos de desastres


Tania Maria Sausen
Monitoramento de um tipo de desastre –
seca/estiagem

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Satélites de Sensoriamento Remoto

IKONOS KOMPSAT
EROS
QuickBird ORBVIEW-3

Spot-5

LANDSAT-7
Spot-4
ENVISAT
Landsat-5
CBERS ERS-1

IRS
EOS-AM-1/TERRA
EOS-PM-1/AQUA
SAC-C EO-1 Geo Eye
ALOS, ADEOS

JERS-1
Radarsat NOAA-AVHRR
Sentinel 1 e 2
World view
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Informação espacial para gestão de riscos de desastres
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Caracterização dos eventos de desastres e tipo de satélite/sensor mais
adequados para sua análise.

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Satélites de Sistemas de
Posicionamento Global - GPS Sistemas de Informações Geográficas

Mais de 70
satélites – USA,
China, Rússia

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Tania Maria Sausen
Por que utilizar dados de Sensoriamento Remoto em eventos de desastres?

Tem grande aplicabilidade para o estudo e monitoramento de desastres


naturais em virtude de:
 Permitir uma visão sinótica da área afetada;
 Desenvolvimento de várias técnicas de processamento;
 Obtenção de informações sobre as imagens geradas;
 Obtenção de dados repetitivos;
 Sensores de alta resolução permitem a análise dos detalhes.

Alerta
Possibilita a criação de sistemas de alerta à desastres em combinação com dados terrenos,
meteorológicos e socioeconômico.
Prevenção
A criação de modelos permite conhecer as consequências geradas por eventos extremos e
a ajudar os órgãos competentes nas ações de resposta e mitigação.
Mitigação
O uso de informação proveniente de diferentes fontes permite diminuir as perdas.
Avaliação
Auxilia na avaliação de danos no pós-desastres.

Pode contribuir na definição e execução de políticas públicas para desastres.

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Tania Maria Sausen
Por que utilizar dados de Sensoriamento Remoto em
eventos de desastres ?
 Porque necessitamos de informação consistente para analisar e avaliar o evento.

 Porque, em geral, necessitamos monitorar uma grande área de forma sistemática,


confiável e independente;.

 Porque necessitamos, muitas vezes, coletar informações em locais de acesso difícil,


restrito ou remoto.

 Porque há necessidade de obter informações rapidamente sobre eventos cuja


localização e ocorrência são imprevisíveis, que causam danos e ceifam vidas.

 E porque, em todos estes casos, com frequência, os dados de satélites de


sensoriamento remoto são a ÚNICA ALTERNATIVA no momento:
 seja por causa da limitada ou falta de informação in situ;
 ou porque os satélites de sensoriamento remoto podem ser o único meio de
monitoramento do local dos desastres que não podem ser atingidos pelos
riscos observados.
FONTE: Adaptado de John McDonald (EOBN 2002).

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Gestão (de risco) de desastres baseada em tecnologia de sensoriamento remoto
Fonte: YIDA et al. (2007). Tradução dos autores.

Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Em caso de desastres rápidos, "instantâneos", a aquisição de dados
de sensoriamento remoto pode ser aplicada de quatro maneiras
diferentes:

• Investigar a suscetibilidade do terreno e a vulnerabilidade da sociedade às


ameaças naturais e assim avaliar o risco incorrido;

• Construir mapas de áreas de risco e mapas de danos potenciais de áreas


ameaçadas. Os mapas devem ser validados pelas autoridades e, posteriormente,
serem utilizados para incluir as catástrofes naturais no planejamento físico;

• Monitorar situações e processos potencialmente perigosos. Isto deve resultar em


sistemas preferencialmente automáticos de alerta precoce que, naturalmente, só são
válidos se a população estiver consciente do perigo e tiver sido informada de
como responder, p. ex. rotas de fuga para áreas seguras etc .;

• Para lidar com situações de emergência após um evento desastroso. Um cenário de


desastre deve ser preparado com antecedência, especificando a responsabilidade/
tarefa das organizações e dos indivíduos envolvidos. Um levantamento rápido da
extensão do desastre e da localização da população afetada é um problema
importante, enquanto a comunicação dentro da área e com o mundo exterior é um
aspecto importante.
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Gestão de Desastres Naturais e a combinação de dados e técnicas
 A maioria das informações necessárias na gestão de desastres naturais têm uma
importante componente espacial, tais como: mapas, fotografias aéreas, imagens
de satélite, dados de GPS, dados pluviométricos etc. Muitos desses dados têm
diferentes sistemas de projeção e coordenação, e precisam ser integrados em um
mapa-base comum, de modo que possam ser sobrepostos e analisados, o que pode
ser feito em um sistema de informações geográficas - SIG;

 Os dados de sensoriamento remoto aliados as técnicas de SIG podem fornecer


uma base de dados histórica a partir dos mapas que foram gerados, indicando
quais áreas são potencialmente perigosas. O zoneamento das áreas de risco deve
ser a base de qualquer projeto de gestão de catástrofes, fornecendo aos
planejadores e aos tomadores de decisão informações adequadas e
compreensíveis;

 Muitos tipos de desastres, como inundações, secas, ciclones e erupções vulcânicas


têm certos precursores (como um aviso de que irão ocorrer), assim o
monitoramento por sensoriamento remoto orbital poderá detectar os estágios
iniciais desses eventos como anomalias em uma série de tempo;
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Gestão de Desastres Naturais e a combinação de dados e técnicas

 Quando ocorre um desastre, a velocidade de coleta de informações por


meio de plataformas aéreas e espaciais e a possibilidade de disseminação
de informações com a rapidez correspondente permite acompanhar a
ocorrência do desastre praticamente em tempo real;

 Conectado a um centro de operação e comando de desastres deveria


haver especialistas em desastres e uso de dados espaciais para apoiar e
respaldar as ações da Defesa Civil e de equipes de resgate;

 O volume de dados necessários para a gestão de desastres, no contexto


do planeamento integrado do desenvolvimento, é extremamente grande
para ser manipulado e analisado manualmente de forma oportuna e
eficaz.

Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
O papel do sensoriamento remoto na gestão de desastres
Desastre Mitigação Preparação Resposta Reconstrução
Modelagem de risco Previsão do tempo Monitoramento
da vegetação
Análise de Monitoramento da
vulnerabilidade vegetação
Seca Mapeamento das
Mitigação da Seca
Planejamento da gestão necessidades de Avaliação de
do solo e da água água das culturas danos
Alerta precoce
Mapeamento das áreas Detecção de Mapeamento da
potenciais de inundação inundação inundação Avaliação de danos

Inundação Delineamento das Alerta precoce Planejamento da


planícies de inundação evacuação Planejamento
espacial
Mapeamento do uso do Mapeamento da Avaliação de
solo precipitação danos
Mapeamento de áreas Detecção do fogo
potenciais de incêndio
Coordenação do
Fogo Monitoramento da Previsão da Avaliação de danos
esforços de
carga de combustível propagação/direção
combate ao fogo
do fogo
Modelagem do risco Alerta precoce

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Tania Maria Sausen
Fase da RESPOSTA ao desastres

 Na fase de resposta ao desastre, após o impacto, torna-se imperioso conhecer a


extensão da área afetada e realizar uma quantificação preliminar dos danos
associados ao desastre para fins de dimensionamento das ações de resposta e da
mobilização tempestiva de recursos;

 Com base no plano de contingências definido na fase de preparação, procede-se à


fase de resposta, e é fundamental que se conheça bem a região afetada, os locais
com potencial de vitimização, bem como a configuração da situação após o
desastre nos sítios atingidos;

 A estratégia ideal inicial é avaliar a ocorrência por meio da comparação de imagens


pré e pós-desastre, identificando:
 locais de moradias de pessoas e possibilidade de localização de vítimas (por
meio da análise da dinâmica do impacto);
 populações em situação de risco remanescente;
 melhores rotas para busca e salvamento;
 pontos estratégicos para localização de equipamentos/ equipes de apoio,
entre outros.
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Fase da RESPOSTA ao desastres
Na fase de resposta ao desastres, os
dados de sensoriamento remoto, aliados
às técnicas de SIG, podem ser usados
para planejar rotas de evacuação,
localização de centros de operações
de emergência, assim como integrar os
dados de satélites com outros dados
relevantes, como meteorológicos,
socioeconômicos, assistência médica,
deslocamento de vítimas para hospitais

etc., importantes na tomada de decisão nesta fase;


Os dados de sensoriamento do momento do desastres, aliados a dados históricos (pré-
desastre) e as técnicas de SIG são extremamente úteis quando combinadas com dados de
GPS, para as operações de busca e salvamento. Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Fase da RESPOSTA ao desastres

Informação espacial para gestão de desastres naturais


Tania Maria Sausen
Fase da RESPOSTA ao desastres
Fase da RESPOSTA ao desastres

 Eventos como inundação e


deslizamento, provocados por grandes
volumes de chuva ou incêndios
florestais, que dão origem à fumaça os
sensores ópticos, apresentam algumas
restrições;

 Contrariamente, os sensores de micro-


ondas permitem a aquisição de imagens
independente da ocorrência de nuvens,
chuva, nevoeiro, fumaça e da iluminação
solar. Elas podem ser geradas em
qualquer altura, durante o dia ou à noite
e sobre as mais variadas condições
atmosféricas.

Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Fase da RESPOSTA ao desastres

Informação espacial para gestão de riscos de desastres


Tania Maria Sausen
Fase da RESPOSTA aos desastres

 Detecção de incêndio.
 Monitoramento e previsão de comportamento do incêndio.
 Apoio à reabilitação de emergência de área queimada.
 Os dados que podem ser obtidos das imagens: Dia, hora e local dos incêndios;
extensão dos danos causados; desenvolvimento antecipado dos incêndios com base
em fatores como dados e previsões meteorológicas, terrenos e condições de
combustível; locais de áreas florestais vizinhas, pastagens e centros populacionais.

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Fase da RESPOSTA aos desastres

Imagem do Sensor MODIS a


bordo do Satélite Aqua da
NASA, de 3 de fevereiro de
2017.

Dados de satélite e análises


científicas sugerem que os
incêndios deste ano estão
entre os piores do país em
décadas.

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Tania Maria Sausen
Fase da RESPOSTA aos desastres
 Simultaneamente, na fase de resposta aos desastres, os dados de sensoriamento
remoto, aliados às técnicas de SIG, podem ser usados para planejar rotas de
evacuação, localização de centros de operações de emergência, assim como
integrar os dados de satélites com outros dados relevantes, como meteorológicos,
socioeconômicos, assistência médica, deslocamento de vítimas para hospitais etc.,
importantes na tomada de decisão nesta fase.

 As informações obtidas com dados LIDAR (Light Detection and Ranging) ou drones
logo após o desastre são úteis para:
 criar um mapa da área afetada;
 extrair informações vitais sobre a área:
 determinar locais seguros para a localização de abrigos,
 identificar linhas de energia que foram afetadas;
 localização de áreas que apresentam alto risco de deslizamento ou
inundação;
 são úteis para planejar de forma eficiente, os esforços para evitar perdas de
propriedades, de vidas humanas, a redução do número de pessoas feridas e na
restauração de serviços essenciais, como abastecimento de água e eletricidade
das comunidades afetadas.
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Na fase de MONITORAMENTO e ALERTA PRECOCE – Sentinel Asia

Informação espacial para gestão de riscos de desastres


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Fase da AVALIAÇÃO DE DANOS de desastres
 Os dados de sensoriamento remoto podem auxiliar na fase de avaliação de
danos e no monitoramento das consequências do desastres ao longo do
tempo, uma vez que é possível coletar dados de forma repetitiva. Com isso, é
possível ter uma base de dados quantitativa para as operações de socorro,
bem como posteriormente para o planejamento da prevenção de mitigação.

Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Fase da AVALIAÇÃO DE DANOS de desastres

Tsunami no Japão, imagem do Sumbandilasat

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Fase de AVALIAÇÃO DE DANOS de desastres

 Por exemplo, a situação de identificação e avaliação dos danos


causados em prédios em uma cidade atingida por terremoto,
simplesmente podem ser milhares de prédios.

 Cada um deles terá de ser avaliado separadamente, a fim de se


decidir se a construção sofreu um dano irreparável. Depois disso,
todos os relatórios devem ser combinados para a fase de
Reconstrução dentro de um tempo relativamente curto.

 As técnicas de SIG, combinados com vários tipos de dados podem


modelar vários cenários de ameaças e de riscos para o futuro
desenvolvimento de uma área.

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Tania Maria Sausen
Fase de AVALIAÇÃO DE DANOS de desastres
Edificações danificadas por terremoto na Indonésia

Imagem: Pleiades. Adquirida em: 10/12/2016


Informação espacial para gestão de riscos de desastres
Tania Maria Sausen
A PREVENÇÃO e MITIGAÇÃO de desastres

Avaliação de
Imagens de
Riscos
Satélite
Processamento
de Imagens

Fotos Aéreas Alerta

Dados de Integração dos Monitoramento Tomada de


SIG
Campo Dados de Desastres Decisões

Séries
Avaliação
Históricas
de Dados

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Tania Maria Sausen
Prevenção e Mitigação

Informação espacial para gestão de riscos de desastres


Tania Maria Sausen
Sensoriamento Remoto - Prevenção e Mitigação

 Elaboração de mapas de suscetibilidade a deslizamentos - quatro relevantes


fatores controladores de deslizamentos a partir de dados de sensoriamento remoto:
 Declividade – TOPODATA;
 Elevação;
 Cobertura do terreno – mapas de uso e cobertura do solo que podem ser
obtidos a partir de imagens de sensores ópticos (Landsat, Spot, Ikonos, Cbers );
 Densidade de drenagem (a partir de sensores ópticos ou dos parâmetros de
caminho e direção de fluxo obtidos do modelo digital de elevação SRTM –
Shuttle Radar Topography Mission).
 Os parâmetros derivados da altitude (especialmente declividade, elevação,
orientação de vertentes etc. SRTM) representam fatores-chave na suscetibilidade a
desastres geodinâmicos e hidrológicos;
 A partir do sensor HRV/SPOT e do sensor ASTER/Terra, dispõe-se do recurso da
estereoscopia, o que permite obter dados digitais de altitude (Modelos Digitais de
Elevação – MDE) que, ao serem integrados em ambiente SIG com imagens
multiespectrais bidimensionais, permitem a geração de imagens em 3D e também a
geração de mapas de declividade.

Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Informação espacial para gestão de riscos de desastres
Tania Maria Sausen
Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações

 Imagens RapidEye (resolução 5,0 m),


 Ortoimagens de RADAR (resolução 2,5 m);
 Ortofotos (resolução de 0,39 a 10 m);
 MDE - oriundos de levantamentos por RADAR (resolução de 1,0 a 10 m), aerofotogramétricos
(resolução de 1,0 a 20 m) e do TOPODADA-INPE (resolução 30x30 m).

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Tania Maria Sausen
Imagem SRTM+CCD/CBERS

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Dados do TOPODATA (SRTM)

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Prevenção
 Os dados digitais de elevação são também obtidos por meio de sensores
ativos como os de raios laser LIDAR (Light Detection and Ranging) e de radar,
em nível orbital.
 O sensoriamento remoto também pode contribuir para a obtenção de
informações sobre as ocorrências anteriores de processos que resultaram
em desastres (inventários espacializados das ocorrências), com aplicação em
análises estatísticas de suscetibilidade e risco:

 É possível a identificação e mapeamento de cicatrizes de


escorregamentos para a elaboração de mapas de inventário com
sensores ópticos orbitais com resolução espacial a partir de 10m;

 Com base no histórico de imagens orbitais, podem-se identificar o


período e o local de ocorrência das inundações, obter informações
sobre a magnitude desses eventos, verificar se a frequência das
inundações está se alterando em função do uso do solo e tentar
identificar padrões de sazonalidade nas ocorrências.
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Na fase de RECUPERAÇÃO/ REABILITAÇÃO de desastres

• Na fase de reabilitação de desastres, as técnicas de SIG podem organizar as


informações sobre ao danos causados pelo evento, e as informações censitárias
pós-desastre, bem como os locais mais adequados para a reconstrução. Os dados
de sensoriamento remoto, por serem coletados de forma repetitiva, podem ser
utilizados para atualizar a base de dados para a reconstrução de uma área.

• A avaliação de cenários de recuperação para o planejamento pré-desastre, isto é,


um planejamento da recuperação antecipada ao acontecimento do desastre com
base na análise de cenários de risco para diferentes magnitudes de ameaças, com
potencial para atingir os elementos expostos ao risco no território em questão
(pessoas, habitações, infraestrutura, prédios públicos e privados, instalações e
serviços de utilidade pública etc.);

• A localização, quantificação e avaliação dos danos materiais e humanos, assim


como prejuízos econômicos, patrimoniais e sociais, públicos e privados. Após o
desastre, torna-se necessário identificar, localizar, quantificar e avaliar os danos e
prejuízos ocorridos, da forma mais acurada possível.

Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Na fase de RECUPERAÇÃO/ REABILITAÇÃO de desastres
• O planejamento e gestão da recuperação pós-desastre no curto, médio e longo
prazos. Nesta fase a utilização de imagens orbitais representa não apenas um
recurso de visualização, mas fornece os subsídios para a setorização da
recuperação a partir da criação de polígonos de intervenção, delimitados com base
no inventário de danos e prejuízos e na identificação das áreas de risco
remanescente;

• As imagens orbitais de alta resolução atualizadas podem ser utilizadas no


acompanhamento da evolução das ações de recuperação não apenas por parte
dos gestores públicos mas também por parte da sociedade civil, que passa a ter
acesso a um poderoso instrumento de observação das ações estruturais do poder
público em todo o território;

• Cadastramento de pessoas e bens afetados pelo desastre, contribuindo para


oferecer maior segurança quanto à concessão de benefícios aos afetados que de
fato habitavam a região atingida. Com imagens orbitais de altíssima resolução
espacial (0,5m ou superior), pré e pós desastre, pode-se realizar o reconhecimento
do local de moradia, além do cruzamento de informações de vizinhos para
esclarecimento de casos duvidosos. As imagens podem ser utilizadas para
reconhecer limites de propriedade, além do tamanho de lotes e construções para
fins de indenização, se for o caso.
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Benefícios no uso do Sensoriamento Remoto na gestão de
desastres naturais

 A presença de múltiplos conjuntos de dados dá uma perspectiva diferente,


porém valiosa, da área afetada pelo desastre, possibilitando o mapeamento da
extensão da área afetada com maior rapidez e precisão;

 Melhoria no conhecimento dinâmico sobre as áreas de risco, as ameaças com


potencial de provocar desastres e os respectivos cenários de risco, incluídos os
mapas de geomorfologia, geologia, declividade, solos, vegetação, que são
fundamentais na gestão e prevenção de desastres, servindo para mapear áreas
de perigo, de risco e de suscetibilidade aos processos;

 Fornece informações precisas e valiosas para as agências de ajuda humanitária


para salvar vidas e minimizar o impacto do desastre para a subsistência
humana, infraestrutura e meio ambiente;

 Fornece imagens pré e pós desastre para utilização na avaliação do impacto da


catástrofe na área afetada;

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Benefícios no uso do Sensoriamento Remoto na gestão de
desastres naturais

 Possibilita a criação de base de dados histórica dos eventos já ocorridos,


informação importante para determinar o comportamento dos diferentes tipos
de desastres no momento do planejamento, gestão e criação de políticas
públicas de prevenção e de mitigação;

• Aumento da precisão na construção de cadastros de ocupação pré-desastre e


seus benefícios no pós-desastre, dando origem a mapas cadastrais, gerados a
partir de imagens de altíssima resolução, com informações das áreas urbanas e
rurais onde são identificadas as casas, edifícios, propriedades rurais, áreas
industriais, arruamento, equipamentos de infraestrutura, hospitais, escolas etc., e
aos quais podem ser anexadas informações socioeconômicas da população,
agilizando a identificação de danos humanos e materiais e de base para inserção
e acompanhamento dos sobreviventes em programas de assistência;

• Possibilidade de monitoramento da expansão urbana, especialmente em se


tratando da ocupação de áreas de risco de difícil acesso, além da constituição de
um perfil de evolução das áreas urbanas, uso e cobertura do solo nas bacias de
drenagem, ao longo dos anos;
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Benefício do uso do Sensoriamento Remoto na gestão de
desastres naturais

• Melhores condições para o planejamento pré-desastre (Plano de


Contingências e Plano de Recuperação Pré-desastre) e pós-desastre;

• Aumento da confiabilidade no monitoramento de ameaças, maior precisão


e antecedência na emissão de alertas de desastres, especialmente devido à
possibilidade de utilização de modelos numéricos integrados (meteorológicos,
topográficos, hidrológicos, geodinâmicos);

• Agilidade no reconhecimento das áreas afetadas por desastres e na


avaliação de perdas e danos;

• Aumento da eficiência na logística de resposta, especialmente na busca de


desaparecidos, socorro de sobreviventes, provisão de abrigo e distribuição de
donativos;

• Melhoria de desempenho no gerenciamento das operações de resposta e


recuperação como um todo.
Fonte: Gregorio, Saito e Sausen (2015).

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Tania Maria Sausen
Da mesma autora

Este livro constitui-se uma ferramenta


sólida de gestão de
desastres: inundações e enxurradas,
secas e estiagens, incêndios florestais,
deslizamentos de terra e derramamentos
de óleo são objeto de estudo. As
aplicações de dados de sensoriamento
remoto abrangem o monitoramento e a
prevenção de desastres, bem como as
fases de mitigação, preparação, resposta
e recuperação.

Organizadoras: Tania Maria Sausen, María


Silvia Pardi Lacruz
Páginas: 288
Publicação: 2015
Edição: 1

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