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PRODUÇÃO
RESUMO
Nos últimos anos, a prolificidade das fêmeas suínas tem sido melhorada de forma
significativa, graças à seleção de fêmeas hiperprolíferas pelas técnicas genéticas
hoje disponíveis. Desta maneira, as granjas estão conseguindo cada vez mais
produzir grandes quantidades de leitões, ou seja, o tamanho das leitegadas está
aumentando e conseqüentemente há a necessidade de maior produção de leite
pelas porcas. Entretanto, um dos grandes problemas observado no sistema de
produção são os distúrbios da lactação, denominados de disgalaxia. Trata-se de
alterações no funcionamento normal da glândula mamária responsáveis pelo
comprometimento da produção, secreção ou excreção de leite pela fêmea. Estes
distúrbios muitas vezes resultam em mortalidade dos leitões por inanição, e
podem levar a um aumento da susceptibilidade para outras doenças fatais do
recém-nascido, causando altos prejuízos. Acontecem geralmente nas fases
iniciais da lactação, com parada total da produção de leite (agalaxia) ou parcial
(hipogalaxia), sendo que as falhas de lactação mais freqüentemente observadas
são na forma de hipogalaxia. Muitas vezes esses distúrbios da lactação ocorrem
de forma subclínica, podendo acometer somente uma parte da leitegada, o que
dificulta a identificação do problema. O conhecimento da anatomia e fisiologia da
glândula mamária é de fundamental importância para detectar a ocorrência de
alterações ou distúrbios da produção de leite. Assim sendo, o objetivo deste
estudo é descrever a anatomia e fisiologia da glândula mamária de fêmeas suínas
bem como as principais patologias responsáveis pela ocorrência de distúrbios da
lactação.
ABSTRACT
In recent years, the prolificacy of sows has been improved significantly, thanks to
the selection of females by hyperproliferation genetic techniques available today.
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Thus, the farms are getting increasingly produce large quantities of pigs, ie, the
litter size is increasing and therefore there is a need for increased milk production
by sows. However, one of the major problems observed in the production system
are the disorders of lactation, called disgalaxia. These are changes in the normal
mammary gland responsible for the affected production, secretion or excretion of
milk by the female. These disorders often result in mortality of starvation and can
lead to an increased susceptibility to other fatal diseases of the newborn, causing
high losses. Usually happen in the early stages of lactation, with total cessation of
milk production (agalactia) or partial (hipogalaxia), and the failure of lactation are
more frequently observed in the form of hipogalaxia. Often these disorders occur
in subclinical milk and may affect only one part of the litter, making it difficult to
identify the problem. The knowledge of anatomy and physiology of the mammary
gland is crucial to detect the occurrence of changes or disturbances of milk
production. Therefore, the objective of this study is to describe the anatomy and
physiology of the mammary gland of sows and the main pathologies responsible
for the occurrence of disorders of lactation.
1 INTRODUÇÃO
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genéticas, as seleções estão sendo feitas pela alta produtividade de leite desses
animais, o que resulta em melhores pesos de leitegadas e de leitões ao
desmame. Entretanto, um grande problema observado nesta fase é a disgalaxia
nas matrizes, que é caracterizada pela parada (agalaxia) ou redução da produção
de leite (hipogalaxia). E isso é preocupante, pois esta pode acontecer sem que
toda a leitegada seja atingida o que dificulta a identificação do problema e pode
ainda provocar perda de peso e em muitos casos a morte de alguns leitões
(BARROS et al., 2008).
As falhas lactacionais, por sua vez, levam ao comprometimento na
produção de leite em diferentes graus e são mais freqüentes em suínos. Essas
falhas são importantes em todas as espécies, mas na suína, além de serem mais
comuns, assumem grande papel devido a enorme susceptibilidade do leitão a
hipoglicemia (POWE, 1986).
Qualquer fator que altere os níveis dos hormônios, por exemplo,
estresse ambiental, alimentação desbalanceada, endotoxinas bacterianas ou
manejos impróprios podem afetar a lactação (MARTIN et al., 1992). Entretanto,
outros fatores como necrose, obstrução das tetas e infecções são mais
freqüentemente relatadas como causa de agalaxia ou hipogalaxia (FRASER et.
al., 1997).
2 REVISÃO DE LITERATURA
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mecânica das tetas, provocada pela sucção do leitão, inicia o reflexo neural, que
se propaga das tetas à medula espinhal até os núcleos paraventricular e supra-
óptico do hipotálamo e daí, para a neuro-hipófise (hipófise superior), onde a
oxitocina é descarregada para o sangue. A oxitocina liga-se a receptores e
através deles promove contração das células mioepiteliais, completando assim o
circuito e provocando a ejeção (saída) do leite (CUNNINGAN, 1992).
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- Secreção do leite:
- Processo de amamentação:
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2.4.1 Ambiente
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2.4.3 Fisiologia
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pela fêmea. Estes distúrbios muitas vezes resultam em mortalidade dos leitões
por inanição, e provoca aumento da susceptibilidade para outras doenças fatais
do recém-nascido, causando um alto prejuízo para o sistema de produção.
Acontece geralmente nas fases iniciais da lactação, com parada total da produção
de leite (agalaxia) ou parcial (hipogalaxia). A susceptibilidade varia de 0 a 100%
com uma média de 13,1% (MARTIN et al., 1992), sendo que as falhas de lactação
mais freqüentemente observadas são na forma de hipogalaxia (MARTIN &
MCDOWELL, 1975).
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A necrose é uma outra anomalia das tetas, que tem início, na maioria
das vezes, na fase de leitão e tem complicações na fase adulta, com o
comprometimento funcional do aparelho mamário. Esta afecção ocorre quando os
leitões são expostos a pisos ou substâncias abrasivas que provocam lesões
traumáticas que, por sua vez, servirão de porta de entrada para agentes
infecciosos. Estas lesões ocorrem na maioria dos casos de forma bilateral sobre
toda a cadeia de tetos e tem como resolução a necrose, que levará a uma
imperfuração dos tetos (KLOPFENSTEIN et al., 1999).
a) Agalaxia
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b) Hipogalaxia
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c) Mastite
- mastite aguda:
A mastite aguda é caracterizada por febre, agalaxia e sinais locais de
inflamação mamária (Figura 8). A anorexia é comum e na maioria das vezes a
fêmea não deixa os leitões mamarem. As glândulas mamárias, em parte ou na
sua totalidade, aparecem intensamente vermelhas, quentes, edematosas e
doloridas à palpação, apesar de que estas particularidades patológicas nem
sempre são fáceis de diferenciar da congestão fisiológica. Os linfonodos regionais
encontram-se aumentados de tamanho. Devido à dor, a porca não deixa os
leitões mamarem, adotando decúbito esternal (SOBESTIANSKY & BARCELLOS,
2007).
A secreção mamária é aquosa, de coloração clara e pode estar
carregada de grumos. Os valores de pH do leite de porcas com mastite são
geralmente menores do que em porcas normais, isso se deve geralmente à ação
dos micro-organismos. Os principais micro-organismos envolvidos no processo
são os staphilococcus e streptococcus e, principalmente, Escherichia coli e
Klebsiella spp. (FRASER et al., 1997). Outros micro-organismos podem também
estar relacionados como Actinobacillus, Actinomyces, Aerobacter, Citrobacter,
Clostridium, Enterobacter, Pseudomonas, Proteus, Mycoplasma (MARTIN &
MCDOWELL, 1975).
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- mastite subaguda:
- mastite crônica:
d) Síndrome, metrite-mastite-agalaxia
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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