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Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

O programa médico de saúde ocupacional deve ser elaborado pelo


médico do trabalho de forma que preveja ações de proteção à saúde do
colaborador por meio de exames, campanhas e palestras.
Em cada etapa do processo de trabalho, é feito um exame diferente.

Exames médicos obrigatórios conforme periodicidade

Exame admissional

Na contratação, é realizado o exame admissional. Com ele, o médico do


trabalho identifica se o trabalhador está apto ou não para o trabalho.

Exame periódico

Os exames periódicos, como o próprio nome já diz, são feitos


periodicamente conforme está descrito no PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional da Empresa). A função do exame é identificar
se os colaboradores continuam saudáveis.
Geralmente, o SESMT, Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho, em que médico do trabalho, enfermeira do
trabalho e técnico em enfermagem atuam, realiza o controle da periodicidade
do exame. Os responsáveis por esse serviço enviam uma relação ao setor de
RH para que auxilie na convocação dos colaboradores. Isso ajuda muito na
adesão dos funcionários à realização dos exames.

Exame de retorno ao trabalho

Também deve estar previsto no PCMSO o exame de retorno ao


trabalho. Ele é realizado sempre que o trabalhador afasta-se da empresa por
mais de 30 dias. Alguns exemplos de situações que proporcionam a realização
desse exame: retorno do INSS, retorno de licença maternidade.

Exame de mudança de função

O exame de mudança de função é realizado quando o trabalhador passa


por um processo interno para trocar de cargo e o novo cargo gera riscos
ocupacionais diferentes dos riscos do anterior. Para que seja verificado se o
trabalhador não tem nenhum impedimento relacionado a sua saúde para
exercer a nova atividade, é necessário que, antes da mudança de função,
passe por esse exame.
Exame demissional

O PCMSO também prevê o exame demissional, que é realizado na


demissão do colaborador. Se o médico atestar o trabalhador como apto, o
desligamento pode ser efetivado.

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

E como os riscos são rastreados e identificados?


Eles são rastreados com o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, que está previsto na NR9 da Portaria 3214/78. Conforme a norma,
esse programa deve contemplar: antecipação e reconhecimento dos riscos das
instalações e processos, estabelecimento de prioridades e metas de avaliação
e controle dos riscos ocupacionais; avaliação dos riscos e da exposição dos
trabalhadores; implantação das medidas de controle e avaliação de sua
eficácia; monitoramento da exposição aos riscos; registro e divulgação de
dados.
Conheça a classificação dos riscos ocupacionais:

Químicos- Representados pela cor vermelha, são os riscos causados por


substâncias químicas, que podem estar na forma de vapor, gás, líquido, poeira,
neblina ou fumo.

Físicos- Representados pela cor verde, são riscos causados por trocas de
energia entre o homem e o ambiente. Exemplos: ruídos, vibrações, radiações
(ionizantes e não ionizantes), umidade e temperatura (frio e calor).

Biológicos- Representados pela cor marrom, são riscos causados por agentes
(como: vírus, bactérias, fungos, parasitas e bacilos) que provocam infecções e
alergias.

Ergonômicos- Representados pela cor amarela, são os riscos causados pela


má postura corporal no posto de trabalho. É o que acontece quando, por
exemplo, alguém utiliza uma máquina ou um equipamento com comandos
dimensionados para outra pessoa.

Acidentes- Representados pela cor azul, são riscos que resultam da má


organização do trabalho. A falta de proteção no manuseio de uma máquina, por
exemplo, pode gerar insegurança ao trabalhador.

Com a implementação do PPRA, é possível compreender quais são as


situações que podem causar danos aos colaboradores e acompanhar, por meio
de estatísticas de acidentes e doenças, como as medidas protetivas escolhidas
pela empresa estão contribuindo para a integridade do trabalhador.
CIPA e SESMT

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A CIPA é a comissão que tem representantes dos empregados e do


empregador e atua na prevenção de acidentes e doenças relacionadas com o
trabalho.

As atribuições da CIPA estão citadas no item 5.16 da NR-05:

a. identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de


riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com
assessoria do SESMT, onde houver;
b. elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução
de problemas de segurança e saúde no trabalho;
c. c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas
de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de
ação nos locais de trabalho;
d. realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de
trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos
para a segurança e saúde dos trabalhadores;

A CIPA deve ser constituída por estabelecimento e deverão mantê-la as


empresas consideradas públicas, privadas, sociedades de economia mista,
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes,
associações recreativas, cooperativas, entre outras, desde que admitam
trabalhadores como empregados.

Serviço especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho (SESMT)

As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração


direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela CLT, manterão, obrigatoriamente, os serviços em
engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMT), com a finalidade de
promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

O papel dos profissionais de saúde e segurança

A legislação trabalhista prevê na NR 4 os serviços especializados em


engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMT), informando quais
serão os profissionais de segurança e saúde e quais formações devem possuir
para a atuação nas questões de segurança e saúde do trabalho.

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