Você está na página 1de 27

Institucionais das Exatas – Geometria Analítica e Álgebra Linear – Prof.

ª Patrícia Grudzinski da
Silva

DETERMINANTES

REGRA DE SARRUS
COFATOR
TEOREMA DE LAPLACE

O teorema de Laplace consiste em escolher uma das filas (linha ou coluna) da matriz e somar os
produtos dos elementos dessa fila pelos seus respectivos cofatores.

Ilustração algébrica:

Vejamos um exemplo:

Calcule o determinante da matriz C, utilizando o teorema de Laplace:

Exercícios:

1) Resolva, pela regra de Sarrus, os seguintes determinantes:

7
a¿ |−3
−8 −2|
=¿
3 9 0

b ¿|
4 5
−2 1|
=¿
|
d ¿ −2 −1 5 =¿
1 0 −4 |
−3 1 4
|
c ¿ 4 5 −7 =¿
1 2 6 |
3 2 5

[
2) Determine os cofatores dos elementos A11, A22, A33 da matriz A= 6 3 1.
5 −1 2 ]
3) Resolva, pelo teorema de Laplace, os seguintes determinantes:
−1 2 6 −3
0 0 0 0

|
a ¿ 1 2 0 0 =¿
0 4 −3 0
1 7 3 8
| |
b ¿ 0 −4 3 1 =¿
0
0
0 2 7
0 0 3
|
4 −3 −2 6 1 −1 3 1

|
c ¿ 1 2 −1 1 =¿
2 4
3 3
1 5
5 7
| |
d¿ 1 0
0 4
1
1
0 1 −2
|
1 =¿
0
3

3 7 0 1
e¿
|−2
1
−9
3 1
0 1
2 −2
1
5
|
4 =¿

SISTEMAS LINEARES

 MÉTODO DE GAUSS-JORDAN OU ESCALONAMENTO

É um método de escalonamento que consiste em aplicar operações elementares à matriz


aumentada de um sistema, até que ela esteja na forma escalonada reduzida. A vantagem deste processo
é que um sistema cuja matriz aumentada é uma matriz na forma escalonada reduzida tem solução
imediata, enquanto que para resolver um sistema que está apenas na forma escalonada ainda é
necessário fazer uma série de substituições para obter a solução final.

Definição: Uma matriz está na forma escalonada reduzida quando ela satisfaz as seguintes
condições:
1. O primeiro elemento não-nulo de cada linha não-nula (chamado o pivô da linha) é igual a 1.

2. O pivô da linha i + 1 ocorre à direita do pivô da linha i.

3. Se uma coluna contém um pivô, então todas os outros elementos desta coluna são iguais a 0.

4. Todas as linhas nulas ocorrem abaixo das linhas não-nulas.

Exemplo de matriz escalonada reduzida:

1 0 0 √2

[ |]
0 1 0 5
0 0 1 π

Neste caso, podemos apresentar a solução diretamente, ou seja, x=√ 2 , y=5 e z=π .

Considere este outro exemplo, onde tornaremos a matriz na forma escalonada:

x+ y+ 2 z=9
{
2 x +4 y−3 z=1
3 x +6 y −5 z =0

Vamos agora resolvê-lo, escrevendo uma matriz associada ao sistema, onde cada uma das linhas
corresponderá a uma das equações. Teremos, portanto, uma matriz com 3 linhas. Cada coeficiente da
primeira equação corresponderá ordenadamente a uma entrada da primeira linha. O termo independente
será a quarta entrada desta primeira linha. Ela terá 4 entradas. Assim, faremos com as demais linhas.
Teremos, portanto, uma matriz 3 X 4 associada ao sistema, chamada matriz aumentada. Observe:
1 1 2 9

( |)
2 4 −3 1
3 6 −5 0

Observação: A matriz acima se chama aumentada para se distinguir da matriz

1 1 2
( 2 4 −3
3 6 −5 )
que é conhecida como matriz dos coeficientes do sistema. Utilizaremos na sequência, as duas
matrizes que não podem ser confundidas.

A maneira que utilizaremos para resolver este sistema não é muito diferente da que utilizamos até
aqui para encontrar a matriz inversa e determinante de matriz n × n. Vamos operar nas linhas da matriz da
seguinte maneira: inicialmente, multiplicando a primeira linha por -2 e adicionamos à segunda.

1 1 2 9

( | )
0 2 −7 −17
3 6 −5 0

Em seguida, multiplicamos a primeira linha por -3 e adicionamos à terceira. Não alteramos as


demais entradas

1 1 2 9

( 0 2 −7 −17
0 3 −11 −27| )
1
Continuando multiplicamos a segunda linha por para obtermos o pivô 1. Não alteramos as
2
demais entradas. Observe:

1 1 2 9

( |)0 1
−7 −17
2 2
0 3 −11 −27

E, finalmente, realizamos a operação para modificar a terceira linha e eliminar duas variáveis, que
é: (−3 ) ∙ L2 + L3

1 1 2 9

( |)0 1

0 0
−7 −17
2

2
2
−1 −3
2

Secretamente, sabemos que as 3 primeiras entradas das linhas da matriz correspondem


respectivamente aos coeficientes de x, y, z. Podemos, portanto, ler o valor de z na última linha:
−3
−1 −3 2 −3 7 −1 7
z= → z= → z= ∙−2 → z=3 . A segunda linha representa a equação: y− z= . Como z
2 2 −1 2 2 2
2
−17+ 21
= 3 obtemos y= =2. Levando estes valores na equação correspondente à primeira linha temos:
2
x + y +2 z =9 → x=9−3−2∙ 2 → x=9−3−4 → x=2.

Discussão dos Sistemas Lineares

Discutir um sistema linear S significa efetuar um estudo de S visando a classificá-lo segunda a


definição: dizemos que um sistema linear S é incompatível se S não admite nenhuma solução. Um sistema
linear que admite uma única solução é chamado compatível determinado. Se um sistema linear S admitir
mais do que uma solução então ele recebe o nome de compatível indeterminado.

Para resolver, faremos como já visto acima, o escalonamento e, retiradas as equações do tipo 0 =
0, restam p equações com n incógnitas.

I. Se a última das equações restantes é 0 x 1+ …+0 x n=β p ( β p ≠ 0 ) , então o sistema é incompatível;

Caso contrário, sobram duas alternativas:

II. Se p = n o sistema é compatível determinado;


III. Se p < n, então o sistema é compatível indeterminado.

Exemplos:

1) Resolver por escalonamento e discutir os seguintes sistemas:

5 x −2 y +2 z=2
{
a) S= 3 x + y +4 z =−1
4 x−3 y+ z=3

x + y + z +3 t =1
b) S= {x + y−z +2 t=0
x + y + z=1
{
c) S= x− y−z=2
2 x+ y+ z=3

2) O diretor de uma empresa, o Sr. Antônio, convocou todos os seus engenheiros, civis, elétricos e
mecânicos para uma reunião. Com a chegada do Sr. Antônio à sala de reuniões, o número total de
engenheiros civis, elétricos e mecânicos presentes na sala é 9. Caso, tivéssemos o dobro de engenheiros
civis somado ao número de engenheiros elétricos, e subtraíssemos do número de engenheiros mecânicos,
resultaria 8. E, se do número de engenheiros civis fosse subtraído o triplo do número de engenheiros
elétricos e somado ao número dos engenheiros mecânicos, resultaria 5. Quantos engenheiros de cada
área esta empresa possui?
3) Uma editora publica um best-seller em potencial com três encadernações diferentes: capa mole,
capa dura e encadernação de luxo. Cada exemplar de capa mole necessita de 1 minuto para a costura e
de 2 minutos para a cola. Cada exemplar de capa dura necessita de 2 minutos para a costura e de 4
minutos para a cola. Cada exemplar com encadernação de luxo necessita de 3 minutos para a costura e
de 5 minutos para a cola. Se o local onde são feitas as costuras fica disponível 6 horas por dia e o local
onde se cola fica disponível 11 horas por dia, quantos livros de cada tipo devem ser feitos por dia de modo
que os locais de trabalho sejam plenamente utilizados?

Exercícios:

1) Uma empresa que presta serviços de engenharia civil tem três tipos de contentores I, II e III, que
carregam cargas, em três tipos de recipientes A, B e C. O número de recipientes por contentor é
dado pelo quadro:

Tipo de recipiente A B C
I 4 3 4
II 4 2 3
III 2 2 2

Quantos contentores x, y e z de cada tipo I, II, III são necessários se a empresa necessita
transportar 38 recipientes do tipo A, 24 do tipo B e 32 do tipo C?

2) Na França, três destes turistas trocaram por euros (€), no mesmo dia, as quantias que lhes
restavam em dólares, libras e reais, da seguinte forma:
⇒ 1º turista: 50 dólares, 20 libras e 100 reais por 108,5 €.
⇒ 2º turista: 40 dólares, 30 libras e 200 reais por 152,2 €.
⇒ 3º turista: 30 dólares, 20 libras e 300 reais por 165,9 €. Calcule o valor de uma libra, em euros,
no dia em que os turistas efetuaram a transação.

3) Resolver por escalonamento e discutir os seguintes sistemas:

2 x− y + z=1
{
a) S= −5 x−20 y−15 z=11
3 x+3 y + 4 z=3

x +2 y−z +w=−3
{
b) S= 2 x+ 4 y −2 z +3 w=−7
−3 x−6 y +2 z−w=6

ESPAÇO VETORIAL
Sabemos que para um conjunto ser espaço vetorial existem algumas condições, propriedades da
definição. Logo, resolva cada exercício abaixo verificando se as condições, propriedades da definição são
válidas.

Exemplos:

1) R é um espaço vetorial trivial.

V =R ²={(x , y )∨x , y ∈ R }, com as operações:

( x 1 , y 1 ) + ( x 2 , y2 ) =( x 1+ x2 , y 1+ y 2) e α ( x , y )=(αx , αy) é um espaço vetorial?


⃗ ( 0,0 ) ∈ R2 , tal que ∀ ⃗u=( x , y ) ∈ R 2 , tem−se :
1– ∃∨0=

0⃗ + u⃗ =( 0,0 ) + ( x , y )=( 0+ x , 0+ y )=( x , y ) =⃗u

u⃗ + 0⃗ =( x , y ) + ( 0,0 )=( x+ 0 , y + 0 )=( x , y ) =⃗u

∴ P 1 é v á lida .

2 – ∀ ⃗u=( x , y ) ∈ R 2 , ∃∨−⃗
u =(−x ,− y ) ∈ R2 , onde :

u⃗ + (−⃗u )=( x , y ) + (−x ,− y )

u⃗ + (−⃗u )=( x + (−x ) , y + (− y ) ) =( 0,0 )= ⃗0

∴ P 2 é v á lida .
2 2
3 – Seja u⃗ = ( x1 , y 1 ) ∈ R e ⃗v =( x 2 , y 2)∈ R

u⃗ + ⃗v =⃗v + u⃗
2 2 2
4 – Seja u⃗ = ( x , y ) ∈ R , ⃗v =( x 1 , y 1 ) ∈ R e ⃗
w =( x 2 , y 2 ) ∈ R .

u⃗ + ( ⃗v + ⃗
w ) → (u⃗ + ⃗v ) +⃗
w

5 – Seja u⃗ = ( x , y ) ∈ R2 e α =1∈ R .

1. ⃗u=⃗u

6 – Seja u⃗ = ( x , y ) ∈ R2 e α , β ∈ R .

α ( β . u⃗ )=( αβ ) . ⃗u
2 2
7- Sejaα ∈ R e ⃗u= ( x , y ) ∈ R e ⃗v = ( x1 , y 1 ) ∈ R

α ( u⃗ + ⃗v )=α ⃗u +α ⃗v

8 - Seja u⃗ = ( x , y ) ∈ R2 e α , β ∈ R

( α + β ) . ⃗u=α ⃗u + β u⃗

2) No conjunto V ={(x , y)∨x , y ∈ R } definamos “adição” assim: ( x 1 , y 1 ) + ( x 2 , y2 ) =( x 1+ x2 , 0 )


e multiplicação por escalares como no ℜ², ou seja, para cada a ∈ R , a ( x , y ) =( ax ,ay ) .

Nessas condições V é um espaço vetorial sobre ℜ? Por quê?

Exercícios:

1) Verifique quais deles são espaços vetoriais:

a) R3 , ( x , y , z ) + ( x ' , y ' , z ' )=( x + x ' , y + y ' , z + z ' ) e K ( x , y , z )=(0,0,0)

b) { ( x ,2 x ,3 x ) x ∈ R } com as operações usuais.

2) Verifique se o conjunto A={( x , y) ∈ R ²∨ y=7 x } é um espaço vetorial considerando as operações


usuais.

COMBINAÇÃO LINEAR

É escrever um vetor em função de outros vetores, que foram multiplicados por um escalar e,
somados posteriormente.

⃗v =a . ⃗
v 1 +b . ⃗
v2

Exemplos:

v1 =( 1,−3 , 2 ) e ⃗
1) Considere os seguintes vetores: ⃗ v 2=(2 , 4 ,−1) e determine o que se pede em cada item:

v1 e ⃗
a) Escrever o vetor ⃗v =(−4 ,−18 ,7) como combinação linear dos vetores ⃗ v2 .

23
b) Escrever o vetor ⃗v =(2 ,−21 , v1 e ⃗
) como combinação linear dos vetores ⃗ v2 .
2

Exercícios:

w =(4 ,2), como combinação linear dos vetores u⃗ =( 1, 7 ) e ⃗v =(5 , 9).


1) Escrever o vetor ⃗

2) Sejam os vetores u⃗ =(2 ,−3 ,2) e ⃗v =(−1 , 2 , 4) em R3 escrever o vetor ⃗


w =(7 ,−11, 2) como combinação
linear de u⃗ e ⃗v .

ESPAÇOS VETORIAIS FINITAMENTE GERADOS


Definição: Dizemos que um espaço vetorial V é finitamente gerado se existe S contido em V, finito de
maneira que V = [S]. Onde S representa um conjunto de vetores. Exs.:
S= { v 1 , v 2 ,… , v11 } ; S={( 1 , 0 , 1 ) , ( 0 , 1 ,1 ) ⊂ R3 ; S={ t 2 , t 3 , t−1 } ⊂ P3 ( t ) .

Obs.:

[S]: Conjunto formado por uma combinação linear de S,

S: Conjunto Gerador de V.

Exemplos:

1) Mostre que ℜ³ é finitamente gerado por S= { ( 1, 0 , 0 ) , ( 0 , 1, 0 ) , ( 0 , 0 ,1 ) } .

2) Mostre que ℜ³ é finitamente gerado por S= { ( 1,1, 1 ) , (1 , 2 , 0 ) , ( 1 , 4 ,−1 ) } .

Exercícios:

1) Mostre que ℜ³ é finitamente gerado pelos seguintes conjuntos:

a) B= { (1 , 0 ,−1 ) , ( 1 ,2 , 1 ) ,(0 ,−1 , 0) }

b) C={ ( 1 , 2, 3 ) , ( 0 ,1 , 2 ) , ( 0 ,0 , 1 ) }

DEPENDÊNCIA LINEAR

Definição: Dizemos que um conjunto U ={u1 ,u 2 , u3 , … ,u n }⊂ em V, onde V é um espaço vetorial, é


Linearmente Independente (LI), se, e somente se, uma igualdade do tipo:

a 1 u1 +a2 u2 +…+ an u n=0, (1)

com os a i ∈ R , só for possível para a 1=a2=…=an=0 , ou seja, todos os escalares são iguais a ZERO.

Se for possível encontrar a igualdade sem que todos os escalares forem nulos, iguais a zero, diz-se
que o conjunto U é Linearmente Dependente (LD).

Exemplos:

1) Classifique os seguintes conjuntos em L.I. ou L.D., em ℜ³.

a) {(1, 2, -1), (0, 2, 1), (1, 0, 1)}

b) {(1, 1, 2), (1, 2, -1), (2, 3, 1)}


Exercícios:

1) Classificar os seguintes subconjuntos de R2 e R3 em L.D. ou L.I.:

a) { ( 1 , 3 ) ,(2 ,6) }

b) { ( 2 ,−1 ) , ( 3 ,5 ) }

c) {(1, 2, -1), (2, 4, -2), (1, 2, -1)}

BASE

Definição: Um conjunto B={v 1 , v 2 … , v n }⊂ V é uma base do espaço vetorial V se:

1. B é L.I.

2. B gera V.

Teorema: Se B={v 1 , v 2 … , v n } for uma base de um espaço vetorial V, então todo o conjunto com mais de
n vetores será linearmente dependente.

Corolário: Duas bases quaisquer de um espaço vetorial tem o mesmo número de vetores

Exemplos:

1) B = {(2, 1), (1, 0)} é base de R ²?

2) B = {(1, 0, -1), (1, 2, 1), (0, -1, 0)} é base de R ³?

Exercícios:

1) Quais dos seguintes conjuntos de vetores formam base do R ² e do R ³ ?

a) { ( 1 , 2 ) , (−1 , 3 ) }

b) { ( 3 ,−6 ) , (−4 , 8 ) }

c) { ( 1 , 1,−1 ) , ( 2 ,−1 , 0 ) , ( 3 ,2 , 0 ) }

d) { ( 2 , 1,−1 ) , (−1 , 0 , 1 ) ,( 0 , 0 ,1) }

Base Canônica
GEOMETRIA ANALÍTICA – RETA
Exercícios:

1) Calcular as coordenadas do ponto de intersecção da reta y=−x+5 com a reta que passa pelo ponto
(2,8) e é perpendicular à primeira.

2) Dadas as equações das retas x +4 y−8=0 e ( 2 k−12 ) x +2 y −4=0, determinar o valor de k de tal
maneira que as retas sejam:
a) paralelas
b) perpendiculares

3) Determine a distância entre as retas de equações r :2 x +3 y−4=0 e s :2 x+3 y −10=0.

4) Determine as equações paramétricas e cartesianas da reta definida pelos pontos:


a) A (1, 5) e B (2, 7).
b) C (3, 2) e D (-3, 1).

5) Dada a equação da reta y=−2 x +(3 m+2), calcular “m” de modo que essa equação represente uma
reta que passa:
a) Pela origem;
b) Pelo ponto (-1, 7).

6) Achar a equação da reta que passa pelo ponto (3, -4) e pelo ponto de intersecção das retas
3 x−2 y=0 e 4 x + y−11=0.

 
VETORES

1) Operações com Vetores:

 Adição: Seja u⃗ =( x , y ) e ⃗v =( x 1 , x 2 ) → ⃗u + ⃗v =(x + x 1 , y + y 1 )

Ex.: Considere u⃗ =( 3 ,−2 ) e ⃗v =( 2 , 2 )

u+ v=( 3 ,−2 )+ ( 2,2 )=( 3+2 ,(−2+2) )=( 5 , 0 ) .

 Multiplicação de um vetor por um número real (escalar): Seja u⃗ =( x , y ) e K ∈ ℜ


→ k ∙ u⃗ =k ∙ ( x , y )=( k ∙ x , k ∙ y ) .

Ex.: Considere u⃗ =( 3 ,−2 ) e k =5

k ∙ ⃗u=5 ∙ ( 3 ,−2 )= ( 5∙ 3 , 5 ∙ (−2 ) ) =( 15 ,−10 ) .

 Produto escalar: Seja u⃗ =( x , y ) e ⃗v =( x 1 , y 1 ) → u⃗ ∙ ⃗v =( x ∙ x 1 ) +( y ∙ y 1)

Ex.: Considere u⃗ =( 2, 3 ) e ⃗v =(−1 , 4 ). Calcule u⃗ ∙ ⃗v e classifique o ângulo formado entre eles.

u⃗ ∙ ⃗v =( 2 ∙ (−1 ) ) + ( 3 ∙ 4 ) →−2+12=10 → ⃗u ∙ ⃗v =10.

Como 10>0 , o â ngulo formado entre estes vetores é agudo .

Obs.: Serve para classificar o ângulo que é formado pelos vetores dados.

O ângulo será classificado como:

 Agudo, se o produto for maior que 0;


 Obtuso, se o produto for menor que 0;
 Reto, se o produto for igual a 0.

 Produto vetorial: u⃗ × ⃗v . É calculado utilizando determinante de uma matriz.

Ex.: Considere u⃗ =( 2,−3,1 ) e ⃗v =( 1,2,−1 ) . Determine o produto vetorial de u⃗ × ⃗v .

i j k
| |
2 −3 1 → d=3 i+ j+ 4 k −(−3 k +2 i−2 j )
1 2 −1

d=3i+ j+ 4 k + 3 k−2 i+ 2 j

d=i+3 j+7 k u⃗ × ⃗v = (1,3,7 ) .

2) Projeção de Vetores:

Puv = ( ⃗u⃗v ∙∙ ⃗v⃗v ) ∙ ⃗v


É a projeção de vetor u⃗ sobre o vetor ⃗v .

2 , 1 ) ∙ ( 4 ,−1 )
Puv = (( (4 ,−1 ) ∙ ( 4 ,−1 ) )
∙ ( 4 ,−1 )
8−1
Puv = ( 16+1 ) ∙( 4 ,−1 )
7
Puv = ∙ ( 4 ,−1 )
17

Puv = ( 2817 , −717 )


3) Paralelismo entre Vetores: Dois vetores são paralelos se possuem a mesma direção, isto é, se existe
k ∈ ℜ, tal que u⃗ =k ∙ ⃗v .

Ex: u⃗ =( 10,8 ) e ⃗v = 2, ( 85 )
u⃗ =k . ⃗v

( 10,8 )=k . 2 , ( 85 )
8k
(
( 10,8 )= 2 k ,
5 )
10=2 k → k =5

8k
8=
5

40=8 k

k =5

Portanto, como os valores deram iguais, u e v são paralelos.

Exercícios:

1) Considere os seguintes vetores u⃗ =(−1 ,9 ) , ⃗v =( 4 , 0 ) , ⃗


w=( 2 ,−7 ) .Calcule:

a) t⃗ =⃗
u + ⃗v

b) t⃗ =(−4 ) . ⃗
w

c) t⃗ =2 ⃗u−3 ⃗v

2) Seja u⃗ =(−1 ,−3 ) e ⃗v =(−2 , 0 ) e ⃗


w =(1, 4). Determine:

a) u⃗ ∙ ⃗v e classifique o ângulo formado entre eles .

b) u⃗ ∙ ⃗
w e classifique o â ngulo formado entre eles .

c) ⃗v ∙ ⃗
w e classifique o â ngulo formado entre eles .
u
d) Pv =¿

w
e) Pu =¿

3) Considere u⃗ =( 3 ,−2 , 1 ) e ⃗v =( 1 , 0 , 4 ) e ⃗
w =(5 ,−3 , 8) . Determine:

a) u⃗ × ⃗v =¿

b) u⃗ × ⃗
w=¿

c) ⃗v × ⃗
w =¿

4) Seja u⃗ =(−5 ,7 ) e ⃗v =( 3 ,2 ) .Verifique se estes vetores são paralelos.

5) Determinar o vetor ⃗v , paralelo ao vetor u⃗ =( 1,−1 ,2 ) , tal que ⃗v ∙ ⃗u=−18.

6) Determinar o vetor ⃗v , paralelo ao vetor u⃗ =(−4 ,2,6 ) , tal que ⃗v ∙ u⃗ =−12.

EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA DA RETA

Considere uma reta s qualquer do plano de equação ax +by=c . Para obtenção da equação
segmentária da reta s basta dividir toda a equação por c, obtendo:

Que é a equação na forma segmentária da reta s.


Exemplo:

1) Determine a equação segmentária da reta t :7 x +14 y−28=0 e as coordenadas dos pontos de


interseção da reta com os eixos do plano.

Solução: Para determinar a forma segmentária da equação da reta t devemos isolar o termo independente
c. Assim, teremos: 7 x +14 y=28

Dividindo toda igualdade por 28, obtemos:

Que é a equação segmentária da reta t.

Com a equação segmentária, podemos determinar os pontos de interseção da reta com os eixos
ordenados do plano. O termo que divide x na equação segmentária é abscissa do ponto de intercessão da
reta com o eixo x, e o termo que divide y é abscissa do ponto de interseção da reta com o eixo y. Assim:

(4, 0) é o ponto de interseção da reta com o eixo x.

(0, 2) é o ponto de interseção da reta com o eixo y.

Exercícios:

1) Determine a forma segmentária da equação da reta s cuja equação geral é: s :4 x +12 y−36=0

2) Determinar a equação segmentária da reta que passa por P(-9, 0) e Q(0, 6). 

EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA


Definição: Equacionar as variáveis x e y (2 dimensões do plano cartesiano) para um parâmetro
apenas, no caso, a variável t, por isso, o nome paramétricas.

Para definir estas equações paramétricas da reta, basta termos um ponto que pertence a essa reta
e um vetor diretor (o qual, indica a direção desta reta).

Seja ⃗v = (a, b) e A ( x 0 , y 0 ). Assim, as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto A e tem
a direção do vetor ⃗v , é:

x=x 0 +at
{ y= y 0 +bt

Obs.: Neste caso ⃗vé chamado vetor diretor da reta.

Ex.: Determine as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto A(1,-4) e tem vetor diretor
⃗v =( 2 ,5 ) .

A reta que passa pelo ponto A(1, -4) é paralela ao vetor ⃗v =( 2 ,5 ) .

P− A=t ∙ ⃗v , onde P(x,y), assim teremos:

( x , y ) −( 1,−4 )=t ∙ ( 2 ,5 )

( x−1 , y+ 4 )=( 2 t , 5 t )

{x−1=2 t
y+ 4=5 t

x=1+2 t
Ou, pela definição, substituindo pelos valores que constam no exercício, teremos: { y=−4+5 t
,t ∈ R .

Para obter a equação geral dessa reta a partir das paramétricas, basta eliminar o parâmetro t das duas
x−1
equações, assim: x=1+2 t → 2t=x−1 → t=
2

Substituindo esse valor na segunda equação, teremos:

y=−4+ 5. ( x−1
2 )
→ y=−4+
5 x−5
2
→ y=
−8+5 x−5
2
→ y=
5 x−13 5 x
2
13
→ − y − =0
2 2

Exercícios:

1) Determine a equação paramétrica da reta definida pelos pontos (1,-4) e (3, 5).

2) Escreva as equações paramétricas da reta que:

a) contém o ponto (-1,1) e tem a direção do vetor (-6,11).

b) contém os pontos A(-4, 5) e B(-7, 1).


3) Um móvel descreve uma trajetória retilínea e suas coordenadas em função do tempo t, são:
x=3 t+11
{ y=−6 t +10

Qual a equação segmentária dessa trajetória, represente o seu gráfico?

EQUAÇÃO GERAL OU CARTESIANA DO PLANO

É a equação do plano que passa pelo ponto e tem vetor perpendicular ⃗v .

Seja A ( x 0 , y 0 , z 0 ) e ⃗v =(a , b , c ), então a equação cartesiana do plano é dada pelo conjunto de


AP∙ ⃗v =0, com P(x, y, z).
pontos que satisfaz: ⃗

( x−x 0 , y− y 0 , z −z0 ) ∙ ( a , b , c )=0


a ( x−x 0 ) +b ( y− y 0 ) +c ( z−z 0 )=0

ax−a x0 +by −b y 0 +cz−c z 0=0

ax +by +cz + ( −a x0 −b y 0−c z 0 )=0

ax +by +cz + d=0

Exemplos:

1) Determine a equação do plano que contém o ponto A(3, 2, -4) e é perpendicular ao vetor ⃗v =( 5 , 6 ,2 ) .

AP ∙ ⃗v =0 , onde P ( x , y , z ) .

( x , y , z )−( 3 , 2,−4 ) ∙ ( 5,6,2 )=0

( x−3 , y−2 , z+ 4 ) ∙ ( 5,6,2 )=0

( 5 ( x−3 ) , 6 ( y−2 ) , 2 ( z +4 ) )=0


( 5 x−15 , 6 y−12 ,2 z +8 )=0

5 x+ 6 y+ 2 z−19=0

2) Escrever a equação cartesiana do plano π que passa pelo ponto A(3, 1, -4) e é paralelo ao plano:
π 1 :2 x−3 y + z−6=0

3) Obtenha a equação geral do plano β em cada caso:

a) β contém os pontos A (1, 0, 1), B (-1, 0, 1) e C (2, 1, 2)


b) β contém os pontos A (1, -1, 3), B (2, -2, 4) e é perpendicular ao plano π : x −2 y + z−1=0.
EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DO PLANO

Seja A ( x 0 , y 0 , z 0 ) um ponto de um plano π e u⃗ =( a1 , b1 , c1 ) e ⃗v =( a2 , b 2 , c 2 ) dois vetores não


colineares. Um ponto P(x, y, z) pertence ao plano π que passa por A e é paralelo aos vetores u⃗ e ⃗v se e
AP=h u⃗ +t ⃗v .
somente se, existem números reais h e t tais que, ⃗

Escrevendo a equação em coordenadas obtemos:

( x−x 0 , y− y 0 , z −z0 ) =h ( a 1 , b1 , c 1) + t ( a 2 , b2 , c 2 )
Donde:

x=x 0 +a1 h+a 2 t

{ y= y 0 +b 1 h+b 2 t
z= z0 + c1 h+c 2 t

Ex.: Determinas as equações paramétricas do plano que passa pelo ponto A (2, 1, 3) e é paralelo aos
vetores u⃗ =(−3 ,−3 , 1 ) e ⃗v =( 2 ,1 ,−2 ) .

x=2−3 h+ 2t
{ y=1−3 h+t
z=3+ h−2 t

Se quisermos algum ponto deste plano, basta arbitrar valores para h e t, por exemplo, h = 2 e t = 3,
vem:

x = 2-3(2)+2(3)=2

y = 1-3(2)+1(3)=-2

z = 3+1(2) -2(3)=-1

Exercícios:

1) Determine a equação geral do plano que contém o ponto A (2, 8, -1) e é paralelo ao plano:
π :−3 x +5 y−2 z=6.

2) Determine a equação geral do plano que contém o ponto A (5, 1, 0) e é perpendicular ao vetor
⃗v =(1 , 1 ,2).

3) Determine a equação geral do plano que contém os pontos A (1, -2, 2) e B(-3, 1, -2) e é perpendicular
ao plano π=2 x+ y−z +8=0.

4) Determinar as equações paramétricas do plano que passa pelo ponto A (-5, 9, 3) e é paralelo aos
vetores u⃗ =(−3 , 4 ,−1 ) e ⃗v = (−7 ,−5 , 8 ) .

Você também pode gostar