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1.1 Introdução
1
MIEET Fundamentos de Telecomunicações (2010/2011)
Interferência,
ruído, distorção
_
D
Síncronismo
1 1 0 0 1 1 0 0 Sinal Digital
Distorção
2 Ruído + distorção
3 Filtragem + equalização
Nível de decisão
Sinal de síncronismo
1 0 0 1 1 1 0
5
Erro introduzido
2
MIEET Fundamentos de Telecomunicações (2010/2011)
1 t = 0 ( 1.2)
p(t ) =
0 t = ±Ts ,±2Ts ,...
Por exemplo p(t) pode ser um pulso rectangular Π(t/Ts), ou qualquer outro pulso que
obedeça à condição da equação acima. Esta condição garante que se pode recuperar a
mensagem amostrando x(t) periodicamente nos instantes t = KTs com K = 0, ± 1, ± 2, …
dado que:
O sinal y(t) à saída do filtro passa-baixo pode ser descrito da seguinte forma:
y (t ) = ∑ a k ~
p (t − t d − kTs ) + n(t ) ( 1.4)
k
td é o atraso de transmissão, ~
p (t ) é o pulso p(t) distorcido e n(t) o ruído aditivo. Para se
recuperar a mensagem o sinal é amostrado periodicamente:
Se ~ p (0) = 1 :
y (t K ) = a K + ∑ a ~p(KT
k≠K
k s − kTs ) + n(t K ) ( 1.5)
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y(t)
y(tK)
0
tK t
a)
tempo
Duração do símbolo
b) c)
Duração do símbolo
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Limiar de decisão
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n2
1 −
2σ 2 ( 1.6)
pN (n ) = e
2
2πσ
Regenerador
G(f)=η/2
y(t) y(tk)
FPBaixo Sample &
x(t) H(f) Hold + xr(t)
_
D
y (t ) = ∑ a k ~
p (t − t d − KT ) + n(t ) ( 1.7)
k
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Vamos considerar Y a variável aleatória que representa y(tk) sendo n a variável aleatória
que representa n(tk).
PY(y|H1)
A A
0 0
Figura 1.7 Funções densidade de probabilidade do sinal amostrado nos instantes tk,
quando os níveis 0 e A são transmitidos, respectivamente pY ( y | H 0 ) e pY ( y | H1 )
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Esta regra de decisão ignora a situação em que Y=D, dado que a probabilidade de
ocorrer é muito pequena, caso ocorra alternadamente considera-se H0 e H1.
Caso o ruído adicionado ao sinal seja de tal modo elevado no instante de amostragem, o
comparador ao aplicar as regras de decisão pode cometer erros. Toma uma decisão
errada quando Y<D e o símbolo transmitido tenha sido ‘1’ ou quando Y>D e o símbolo
transmitido tenha sido ‘0’. Considerando Pe1 e Pe0 as probabilidade de erro do
comparador relativas às situações acima mencionadas. As probabilidades de erro do
regenerador são:
∞ ( 1.14)
Pe0 = P(Y > D | H 0 ) = ∫
D
pY ( y | H 0 )dy
D
Pe1 = P(Y < D | H 0 ) = ∫p
−∞
Y ( y | H 1 )dy
Pe = P0 Pe0 + P1 P e1 ( 1.15)
pY ( y | H 0 ) pY ( y | H 1 )
0 D A y
Pe1 Pe 0
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( )
pY Dopt | H 0 = pY Dopt | H 1( ) ( 1.18)
Ou seja Dopt corresponde ao ponto onde as funções densidade probabilidade se
intersectam.
2πσ 2
A função densidade probabilidade de Y, na hipótese H1, quando o ‘1’ foi transmitido,
Y=n+A, e n=Y-A, é:
1 −
( y − A )2 ( 1.21)
pY ( y | H 1 ) = p N ( y − A) = e 2σ 2
2
2πσ
Estamos então em condições de calcular Pe0 e Pe1, tendo em conta a função
complementar de erro erfc(k) definida como:
∞ ( 1.22)
2 − x2
erfc(k ) = ∫ e dx
π k
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D ∞ ( y − A )2
1 −
Pe1 = P(Y < D | H 0 ) = ∫p
−∞
Y ( y | H1 )dy = ∫
D 2πσ 2
e 2σ 2 dy
∞
1 −
y2 ( 1.24)
Pe0 = ∫
D 2πσ 2
e 2σ 2 dy
y dy
Fazendo a mudança de variável x = , obtemos dx = , e o extremo de
2σ 2σ
D
integração x' =
2σ
Obtem-se então para a equação ( 1.24)
∞
1 2 1 D ( 1.25)
Pe 0 = ∫ e − x dx =
2
erfc
2σ
D/ ( 2σ ) π
D
1 −
( y − A )2 ( 1.26)
Pe1 = ∫
−∞ 2πσ 2
e 2σ 2 dy
A A
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PY ( y | H 1 )
0 D A 2A-D 2A
y−A dy
Fazendo a mudança de variável x = obtemos dx = , e o extremo de
2σ 2σ
A− D
integração x' =
2σ
Obtem-se então
∞ ( 1.28)
1 −x2 1 A− D
Pe1 = ∫ π
e dx = erfc
2 2σ
A− D
2σ
A
Como Dopt = (no caso de P1=P2=0.5), temos que:
2
1 A ( 1.29)
Pe = Pe0 = Pe1 = erfc
2 2 2σ
Exemplo:
Considere um sistema digital que transmite pulsos rectangulares unipolares a uma taxa
de transmissão rb=10 Mbit/s e densidade espectral de potência do ruído
η
GN ( f ) = = 2 × 10 − 20 W/Hz. Qual a potência média do sinal que chega ao receptor para
2
que no máximo ocorra um bit errado por hora.
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1
Pe = ≈ 3 × 10 −11
3.6 × 1010
A
0 1
1
Tb = = 0.1 µs
rb
1 A2
Pr = 0.5 × 0 + 0.5 ×
Tb ∫
Tb
A 2 dt =
2
Consideramos que o filtro passa baixo do receptor é um filtro ideal com largura de
banda B = rb / 2 = 5 × 10 6 MHz
∞
η
Pn = ∫G
−∞
N ( f ) H r ( f )2 df =
2
× 2 B = 2 × 10 −20 × 2 × 5 × 10 6 = 2 × 10 −13 W
No entanto a potência do ruído também pode ser calculada no domínio temporal atendo
a que o ruído é um processo ergódico e estacionário:
[ ]
Pn = n 2 (t ) = E n 2 (t ) = σ 2
temos então que:
σ = 2 × 10 −13 = 4.5 × 10 −7 V
3º Calculo de A
A
Da relação = 5 , podemos tirar o valor de A = 2 × 5 × 2 × 4.5 × 10 −7 = 6.3 µV
2 2σ
E logo cacular o valor da potência média necessária
Pr =
A2
=
(
6.3 × 10 − 6 )2 ≈ 506 pW
2 2
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Qual o filtro do receptor que origina uma menor Probabilidade de Erro do sistema ?
Como já referido na secção 1.2 um receptor deve de incluir um filtro passa baixo, que
tem por objectivo limitar o ruído introduzido pelo canal. Este filtro não deverá causar
interferência intersímbolica e deverá minizar a Pe do sistema, ou seja deverá maximizar
a relação sinal ruído no instante da decisão.
Vamos considerar que o canal de transmissão introduz ruído branco sem introduzir
distorção. O sinal transmitido tem uma duração limitada τ , e está centrado no instante
t=kT,
x(t ) = a k p(t − kT ) ( 1.30)
p(t) é o pulso elementar com as seguintes características p(0)=1, p(t)=0 para |t|> τ / 2 , e
τ <T.
Para que a Pe seja mínima é necessário que no instante em que se efectua a decisão tk, a
razão da amplitude do sinal, y(tk), e o valor eficaz do ruído, (r.m.s), σ , seja máxima.
y(t ) ( 1.31)
Maximizar k
σ
Que é equivalente a maximizar a relação
2
y (t k ) ( 1.32)
Maximizar
σ
2
y (t )
De seguida iremos escrever a relação k em função da função de transferência do
σ
filtro passa baixo, H(f)
y (t ) = ℑ −1 ( X ( f )H ( f )) ( 1.33)
∞ ( 1.34)
y (t ) = ∫
−∞
X ( f )H ( f )e j 2πft df
2 ( 1.37)
∞
j 2πft k
ak2 ∫ P( f )H ( f )e df
2
y (t k ) −∞
=
2 ∞
σ η 2
2 ∫ H( f ) df
−∞
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1
Desigualdade de Schwarz
∞ 2
*
∫ V ( f )W ( f )df ∞
−∞ 2
∞
≤ ∫ W(f ) df
2
∫ V(f )
−∞
−∞
A igualdade verifica-se quando V ( f ) = kW ( f ) , k uma constante.
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O atraso t k = τ / 2 foi escolhido por ser o atraso mínimo para que a resposta impulsional
∞
2
do filtro seja causal e a constante de proporcionalidade τ eq = ∫ p (t )dt foi escolhida de
−∞
modo a que a amplitude de pico à saída do filtro seja ak.
∞ ( 1.43)
y (t ) = hopt (t ) * x(t ) = ∫ hopt (w)x(t − w)dw
−∞
∞
1
= ∫τ
− ∞ eq
p (t k − w)a k p (t − w)dw
∞
ak
=
τ eq ∫ p(t
−∞
k − w) p (t − w)dw
= ak t =tk
x(t)
a) ak
t
0 t0 t0+τ
hopt(t)
1/τ
b)
t
0 τ t0
y(t)
c)
ak
t
0 tk-τ tk tk+τ
Figura 1.11 Filtro adaptado para pulso rectangular. a) Pulso à entrada do receptor. b)
Resposta impulsional do filtro adaptado. c) Saída do filtro adaptado.
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Regenerador
Reset
Figura 1.12 Esquema de um receptor incluíndo um filtro Integrate&Dump
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0 T f 0 T
∞
x (t ) = ∑ a p(t − kT )
k = −∞
k s
( 1.47)
onde
-ak é a variável aleatória discreta que modela a fonte digital
-Ts não é necessáriamente a duração do pulso, mas sim a duração entre duas transições
sucessivas do sinal. Taxa ou ritmo de símbolo: r = 1/Ts [baud];
O pulso não-modulado p(t) está sujeito às seguintes condições, que garantem no
domínio temporal zero Interferência Inter-Símbolica:
1 t = 0 ( 1.48)
p(t ) =
0 t = ±Ts ,±2Ts ,...
Num sistema de transmissão digital em que o canal de transmissão tem uma largura de
banda limitada, é devido à limitação de largura de banda que este canal introduz
distorção severa se os pulsos utilizados fossem rectangulares, já que o espectro de um
sinal digital rectangular é infinito.
O objectivo desta secção é estudar pulsos cuja forma introduz IIS mantendo a largura de
banda o menor possível, por isso iremos impor a condição do pulso ter um espectro de
largura de banda limitada B, assim o espectro do pulso elementar P(f) obedece à
seguinte condição:
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P( f ) = 0 f ≥0 ( 1.49)
Figura 1.14
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Na prática, o pulso sinc não é realizável (espectro ideal passa-baixo e depende de modo
crítico da precisão temporal no instante de amostragem). Os problemas de sincronização
são resolvidos usando pulsos com uma forma designada por coseno elevado com um
factor de excesso de banda α entre 0 e 1.
r 1
Factor de excesso de banda: B = Bmin (α + 1) com Bmin = =
2 2Ts
Frequência de Nyquist
1
fN =
2Ts
1
O pulso coseno elevado permite transmitir a uma taxa de transmissão de r = , sem
2Ts
IIS, no entanto a largura de banda necessária para transmitir os pulsos é de
B = Bmin (α + 1) . A expressão matemática do espectro do pulso coseno elevado é:
cos(παt Ts ) ( 1.53)
p(t ) = 2
sinc(t Ts )
1 − (2αt Ts )
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Independentemente do tipo de pulso escolhido existe sempre alguma IIS, resultado das
imperfeições do filtro, conhecimento incompleto das características do canal, etc. Para
combater estes efeitos negativos utilizam-se técnicas de igualação. Estas técnicas têm
por função ‘igualar’ garantir que a IIS é nula ou desprezável nos instantes de
amostragem, não sendo necessário ‘igualar’ o sinal em todo o tempo.
Um ‘igualizador’ é um filtro cuja função de transferência é tal que se obtém à saída um
sinal Peq(f) com IIS nula ou desprezável.
canal Igualador
Peq(f)
~
p(t )
Hc(f) I(f)
Pi(f)
Peq ( f ) = Pi ( f )H c ( f )I ( f )
Peq ( f )
I( f ) =
Pi ( f )H c ( f )
~
p (t )
Ts Ts … Ts
c-N cN
∑
peq (t )
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N
peq (t ) = ∑ c ~p (t − nT
n=− N
n s − NTs )
Por exemplo para t=0, quando N=1 o caso do exemplo a seguir temos que
peq (0 ) = c−1 ~
p (0 + 1Ts − 1Ts ) + c0 ~p (0 − 0Ts − 1Ts ) + c1 ~
p (0 − 1Ts − 1Ts )
= c−1 ~
p (0 ) + c0 ~
p (− Ts ) + c1 ~
p (− 2Ts )
Quando se considera um tempo de amostragem tk = kTs + NTs , isto quer dizer que k=0
corresponde ao tempo de amostragem t0=NTs
N N
peq (t k ) = ∑ cn ~p(kTs − nTs ) = ∑ cn ~pk −n
n=− N n =− N
( 1.54)
Isto quer dizer que k=0 corresponde ao tempo de amostragem t0=NTs, se o objective for
encontrar a saída do filtro em t=0, para o filtro do exemplo, isto corresponde a k=-1 e
temos que t=0 corresponde a tk=-1=-1Ts+Ts=0 e assim pela equação 1.54 temos que :
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~p0 L ~
p −2 N c − N 0
M M M 0
~p N −1 L ~
p − N −1 c−1 0
~ ( 1.56)
~
pN L p− N c0 = 1
~p N +1 L ~
p− N +1 c1 0
M M M 0
~ L ~
p0 c 0
p2 N N
Exemplo:
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~
p (t )
~
p 0 = 1 .0
~
p−1 = 0.1 ~
p2 = 0.1
Ts
~
p−2 = 0.0 -Ts
~
p1 = −0.2
~
p (t )
Ts Ts
c-1 c-0 c1
∑
peq (t )
c−1 p1 + c0 p0 + c1 p −1
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c−1 + 0.1c0 = 0
− 0.2c−1 + c0 + 0.1c1 = 0
0.1c−1 − 0.2c0 + 1c1 = 0
Obtendo-se:
peg (t )
1.0
-Ts Ts t
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