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INFLUÊNCIA DE DIFERENTES MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO POLÍMERO

HIDRORETENTOR (GEL) NO ACÚMULO TEMPORAL DE BIOMASSA AÉREA DE


JACARANDÁ-DA-BAHIA IMPLANTADOS EM SISTEMAS SILVIPASTORIS
Plano de Trabalho nº: 7421

TRISTÃO, L. F. (Estudante de IC); OLIVEIRA, C. H. R. de (Orientador); GOMES, R.; GODINHO,


T. de O.; OLIVEIRA, F. B. de; CORDEIRO, E.; MARQUES, J. de A. Instituto Federal de Educação do
Espírito Santo, Campus Ibatiba, carlos.oliveira@ifes.edu.br

Atendendo a atual necessidade de diminuir impactos ambientais, os sistemas agroflorestais


conciliam práticas de manejo com a presença de componente arbóreo, espécies agrícolas e/ou animais,
possuindo diversidade de espécies, como ocorre em ambientes naturais. As agroflorestas diferem dos
sistemas de produção convencional, substituindo práticas de cultivo intensivo e monocultura por uma
produção sustentável. Dos modelos propostos pelos sistemas agroflorestais, o sistema silvipastoril (SSP) é
uma alternativa para a recuperação de áreas como pastagens degradadas, por meio do uso de elementos
arbóreos, obtendo-se maiores benefícios ao sistema com o uso de espécies leguminosas. Tecnologias como
polímeros hidroretentores são utilizadas em plantios florestais para melhorar a eficiência do uso da água e
aumentar a performance das plantas, acelerando o crescimento. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a
produção de biomassa, com o uso do gel, bem como sua forma de aplicação em um sistema silvipastoril com
jacarandá-da-Bahia, afim de acelerar o crescimento da espécie em campo. A área experimental se localiza no
distrito de Pacotuba, município de Cachoeiro de Itapemirim/ES. A adubação base do experimento foi de 50 g
de uréia, 40 g de P2O5, 50 g de KCl, 1 g de B, 1 g de Zn, 0,5 g de Cu e 0,1 g de Mo por planta. O preparo do
solo foi do tipo mecanizado, realizando a aração e gradagem na área total do experimento. Posteriormente foi
realizada a subsolagem nas linhas de plantio, distantes 6 metros entre si, compondo o espaçamento 6 x 2 m.
Foram realizadas roçadas mecanizadas nas entrelinhas e capinas manuais nas linhas de plantio. Os
tratamentos com o polímero hidroretentor (gel) foram: T1: 5 gramas de gel sem hidratação na cova; T2: 1,5
litros de gel hidratado na cova; T3: 1,5 litros gel hidratado misturado na terra; e T4: irrigação com 4 litros de
água sobre a superfície. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições, sendo
a parcela de quatro linhas com dez árvores cada, totalizando 40 árvores por parcela. A coleta de biomassa foi
realizada em campo, aos 210 dias após o plantio, com o auxílio de uma serra para a retirada da parte aérea,
que foi separada em folhas (folíolos), galhos e caule. O sistema radicular também foi extraído para
quantificação da biomassa radicular. O material foi acondicionado em caixa térmica e levado para análise no
laboratório de Florestas do IFES – campus Ibatiba. O método de amostragem foi de uma muda por parcela
sendo 3 de cada tratamento, onde foram selecionadas as mudas com altura e diâmetro médio. Todo o
material foi colocado separadamente em envelopes de papel e submetidos a secagem em uma estufa de
ventilação forçada, a 80ºC para a quantificação de biomassa seca. Os dados obtidos foram submetidos ao
teste de normalidade de Shapiro-Wilk, com o auxílio do software Action Stat 3. Quando tinham padrão de
distribuição normal, foram processados pelo software SISVAR, realizando a análise de variância (ANOVA)
a 10% de significância. Caso existisse a diferença estatística significativa as médias foram comparadas pelo
Teste Tukey a 10% de probabilidade. O polímero não influenciou o desenvolvimento em biomassa, mas sim
na distribuição de biomassa. São necessários mais estudos sobre o uso de géis em espécies nativas para
avaliar sua efetiva necessidade e benefícios.
Palavras-chave: reflorestamento, hidrogel, Dalbergia nigra.

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