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FIAM FAAM

LICENCIATURA EM MÚSICA

ADALTON JONAS DA SILVA JUNIOR


ARTHUR QUIRINO DE SOUZA FOGAÇA DA SILVA
BRUNNA ASSIS DE JESUS VIEIRA
LARISSA FERREIRA RIBEIRO
MARCO ANTONIO PEREIRA DE MORAES

SEMINÁRIO: LEV SEMYONOVICH VYGOTSKY

SÃO PAULO – SP
2020
ADALTON JONAS DA SILVA JUNIOR
ARTHUR QUIRINO DE SOUZA FOGAÇA DA SILVA
BRUNNA ASSIS DE JESUS VIEIRA
LARISSA FERREIRA RIBEIRO
MARCO ANTONIO PEREIRA DE MORAES

SEMINÁRIO:LEV SEMYONOVICH VYGOTSKY

Trabalho do curso de Licenciatura em Música na


instituição FIAM FAAM, tem como objetivo refletir
sobre o psicólogo Lev Semyonovich Vygotsky, sua
origem, época em que viveu, carreira acadêmica e
também os conceitos criados por ele sobre
psicologia do desenvolvimento.

Professor(a):Claudia Cascarelli.

SÃO PAULO – SP
2020
SUMÁRIO

1. BIOGRAFIA 5
2. SOCIOCONSTRUTIVISMO 6
3. 3.OS QUATRO PRINCIPIOS VYGOTSKYANOS 8
3.1. ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL 8
3.2. INTERAÇÃO 8
3.3. MEDIAÇÃO 8
3.4. INTERNALIZAÇÃO 8
4. ZONAS PARALELAS DO DESENVOLVIMENTO PROXIMAL 8
5. O ATO DE BRINCAR 9
6. VYGOTSKY E A CRIANÇA ESPECIAL 9
7. O SÉCULO XX 10
8. REFERÊNCIAS 12
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1.BIOGRAFIA

Nascido em 17 de novembro 1896 na cidade de Orsha na Rússia em


pleno império Russo na Bielorrússia, Lev Semyonovich Vygotsky foi um grande
psicólogo conhecido por desenvolver a psicologia histórico-cultural, também
conhecida como psicologia Interativista sociocultural. Sua morte foi em 1933 aos 37
anos de tuberculose.

Mesmo morrendo novo, publicou mais de duzentos artigos científicos


ganhando um grande reconhecimento, mas no período stalinista suas obras pararam
de ser publicadas por ele ter uma certa intimidade com os ideais de Karl Marx, que
Stalin era contra, voltando a ter suas obras publicadas e distribuídas após esse
período.

Tendo o livro “Pensamento e Linguagem” como uma de suas obras mais


conhecidas, sendo um estudo da peça Hamlet de Shakespeare. Advindo de uma
família judia, tinham muito dinheiro, então desde pequeno teve tutores em sua volta
para poder auxilia-lo nos mais diversos aspectos, sendo uma tradição entre famílias
ricas. Em 1911 ingressa pela primeira vez na escola e em 1913 forma-se no curso
secundário e ingressa na universidade

Foi o primeiro psicólogo moderno a dar ênfase de que a cultura se integra


ao homem juntamente a atividade cerebral, tendo ajuda, com estímulos de parceiros
sociais, ou seja, a famosa socialização, tendo como grande instrumento para isso a
linguagem em seus diversos âmbitos e estímulos.

Em 1918 chegou a abrir uma pequena editora, mais que fechou pouco
tempo depois, assim em 1924 faz um congresso de psiconeurologia, após pouco
tempo se muda para Moscou para trabalhar no instituto de psicologia de lá.

Formou-se em 1917 no curso de direito na Universidade de Moscou, mas


primeiramente entrou no curso de medicina onde cursou apenas por 2 meses e
depois que ingressou no curso de direito, simultaneamente em seu período
acadêmico estudou também literatura e história e na Universidade Popular de
Shanyavskii.
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Após sua formação foi para a cidade de Gomel que basicamente era um
território judeu onde lecionou literatura estética, história da arte e fundou o
laboratório de psicologia tendo seu interesse desperto após o contato com crianças
com problemas congênitos e assim começou a pensar em soluções para auxiliar
essas crianças.

Na Universidade de Moscou integrou um grupo de intelectuais que


buscavam unir o socialismo com uma nova psicologia integrando corpo e mente.
Apesar de suas graduações acadêmicas, flertou também com área da psicologia,
medicina, filosofia, trazendo assim para ele, a base de seu conceito, que misturava a
biologia do corpo com a psicologia da mente, filosofia e literatura.

Se formando em um período histórico importante, na revolução russa,


dando lugar a Rússia socialista sustentada por muitos ideais de Karl Marx, que
defendia que tudo é histórico, fruto de um processo, que as mudanças históricas na
sociedade na vida material modificam a natureza humana na consciência e no
comportamento.

A partir disso, Vygotsky sobre essa influência construiu sua teoria sobre
as funções psicológicas superiores e de como a linguagem e o pensamento estão
fortemente ligados, avaliando os processos mentais no âmbito de como as crianças
enxergam o mundo, assim a partir de seus ideais, deu uma grande base para o
desenvolvimento psicopedagógico.

2.SOCIOCONSTRUTIVISMO

Socioconstrutivismo foi um termo cunhado pelo psicólogo Vygotsky, e tem


como objetivo mostrar a realização de ideias na mente através das interferências
feitas pela história da sociedade (pensamentos concretos desenvolvidos por
abstratos e vice-versa)

Vygotsky tinha como norte que o processo de aprendizagem de um


indivíduo tem base na sua socialização com outros indivíduos em seu meio, fazendo
com que as ações de um sujeito com os ideais já formados sejam refletidas nos
demais. Com o tempo e a exposição dessas ações (como o ato de falar), a pessoa
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começara à reproduzi-las, e por fim, serão internalizadas formando conceitos


sólidos.

Um bom exemplo do Socioconstrutivismo é a conduta que um professor


tem com seu aluno e também a relação dos outros alunos entre os mesmos. A
educação formal e os professores tem uma ligação intrínseca no processo
socioconstrutivista, em que existe a necessidade de criar um pensamento abstrato
para assim o aluno criar suas próprias perguntas e respostas através da cultura
preestabelecida pela sociedade (que ele obtém pelo convívio com as outras
pessoas).

O professor (pessoa com mais propriedade em um certo assunto), será a


ponte que liga o pensamento concreto já construído pela sociedade até um
pensamento abstrato (que pode se tornar concreto).

Para que haja o desenvolvimento das estruturas psicológicas entre os


alunos, é necessário não só o convívio social, mas também a intenção de que eles
argumentem, testem, cometam erros e cheguem a conclusões juntos com a visão
que cada um tem sobre a sociedade; esse é o papel principal do professor no
socioconstrutivismo.

O objetivo no estudo de Vygotsky era criar uma psicologia que pudesse


explicar o porquê do ser humano ter habilidades que vão além das que são
compartilhadas com outros animais como andar, acasalar, etc (habilidades
biológicas). Ele então chegou a conclusão de que só existe desenvolvimento
psicológico se a pessoa convive em sociedade, que tira o homem (não
integralmente) do seu estado natural e o coloca em estado sociocultural.

A linguagem é o meio que possibilita a habilidade que o homem tem de


dar nome as coisas, significados e tudo que se possa ser perceptível aos sentidos,
então logo ela é a responsável por construir tanto o desenvolvimento social, como o
mental.
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3.OS QUATRO PRINCIPIOS VYGOTSKYANOS

O Socioconstrutivismo de Vygotsky necessita de quatro princípios para


conseguir alcançar os objetivos desejados, são eles:

3.1. ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

A zona de desenvolvimento proximal é o nome dado a possibilidade que


as pessoas tem de aprender conceitos que estão ao seu alcance, utilizando o
conhecimento de outras pessoas ao seu redor (e que essas pessoas tem o
conhecimento internalizado) com o tempo, o indivíduo vai internalizar esses
conceitos, abrindo um mar de novos conhecimentos para internalizar.

3.2. INTERAÇÃO

Para o indivíduo conseguir desenvolver linhas de raciocínio sobre o


mundo que o cerca, pensamentos tanto abstratos quanto concretos, é necessário
que ele interaja com seu meio e com outras pessoas ao seu redor.

3.3. MEDIAÇÃO

A mediação é quando uma pessoa necessita internalizar um


conhecimento que ela já tem algum tempo de interação com o mesmo, e para isso
acontecer, um tutor, uma pessoa com esse conhecimento internalizado, irá auxiliar o
indivíduo a compreender o conceito.

3.4. INTERNALIZAÇÃO

Internalização é quando um conceito que foi trabalhado diversas vezes de


forma prática se fixa no indivíduo, iniciando assim um novo ciclo, em que nele se
aprendera novos conceitos a partir dos conhecimentos internalizados.

4.ZONAS PARALELAS DO DESENVOLVIMENTO PROXIMAL


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A zona de desenvolvimento proximal é todo o conhecimento que pode ser


obtido pelo uso de conhecimentos já internalizados (que podemos chamar de zona
de desenvolvimento real) e por ajuda de outras pessoas mais experientes, e também
a zona de desenvolvimento não proximal, que são basicamente conhecimentos que
não poderão ser explorados antes que outros já não tenham sido (por exemplo:
ensinar matemática a um aluno que esteja nos primeiros anos de escola não é
possível; para que seja possível é necessário que ele aprenda matemática básica.).
Ensinar uma criança uma coisa que é impossível de entender (no momento), é o
mesmo que ensiná-la o que ela já sabe.

5.O ATO DE BRINCAR

A brincadeira, na visão de Vygotsky, é um elemento fundamental para


uma criança se desenvolver em todo seu percurso (tanto na fase escolar como antes
dela também). O ato de brincar de profissões diversas como astrônomo, médico,
bombeiro, artista e cientista ajudam a criança entender o mundo ao seu redor e a
importância de construir o conhecimento.

O papel que o brinquedo desempenha é de essencial para a brincadeira,


porque ele simula um objeto que muitas vezes é usado por pessoas de diversas
profissões, como um instrumento musical, ou um estetoscópio de um médico, dando
total liberdade para a criança explorá-lo e usar sua imaginação sobre a brincadeira.

Uma brincadeira que ilustra bem o potencial que tem tanto sobre uma
criança quanto até mesmo um adulto formado é o RPG, um jogo que consiste em
ações totalmente dependentes da imaginação dos jogadores, e que pode ser jogado
por diversas faixas etárias (detalhe que o jogo e muito mais produtivo jogando em
grupo, para que o desenvolvimento do jogo tenha mais produtivo, que é o mesmo
conceito da zona de desenvolvimento proximal).
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6.VYGOTSKY E A CRIANÇA ESPECIAL

O desenvolvimento do psiquismo humano é sempre mediado pelo outro


que indica, delimita e atribui significados à realidade. Dessa forma membros
imaturos da espécie humana vão aos poucos se apropriando dos modos de
funcionamento psicológicos, comportamento e cultura.

Neste caso podemos citar a importância da inclusão de fato, onde as


crianças com alguma deficiência interajam com crianças que estejam com
desenvolvimento além, realizando a troca de saberes e experiências, onde ambos
passam a aprender junto.

Vygotsky defende a educação inclusiva e acessibilidade para todos.


Devido ao processo criativo que envolve o domínio da natureza, o emprego de
ferramentas e instrumentos, o homem pode ter uma ação indireta, planejada tendo
ou não deficiência.

Pessoas com deficiência auditiva, visuais, e outras podem ter um alto


nível de desenvolvimento, a escola deve permitir que dominem depois superem seus
saberes do cotidiano. As crianças cegas podem alcançar o mesmo desenvolvimento
de uma criança com visão, só que de modo diferente, por outra via, é muito
importante para o pedagogo conhecer essa peculiaridade, é a lei da compensação.

O limite biológico não é o que determina ou não desenvolvimento do


surdo, cego. A sociedade sim é quem vem criando estes limites para que os
deficientes não se desenvolvam totalmente.

7.O SÉCULO XX
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Como Vygotsky teve uma vida anormalmente curta, ele apenas teve um
vislumbre do século XX - século este que tivera inúmeros avanços tecnológicos que,
talvez, poderiam tê-lo auxiliado em suas teorias.

A virada do século XIX para o XX foi marcado por diversas guerras


menores entre diversos países, podendo assim afirmar que o estado do mundo era
caótico. A violência reinava e a busca por poder acabava defasando diversas outras
áreas, tal como a educação.

Durante todo o século XIX e XX a educação foi algo muito seletivo, nem
todos podiam em detrimento da localidade, uma vez que grande parte da população
habitava em locais rurais, assim dificultando o acesso às escolas, ou por outros
fatores, como o trabalho infantil; e mesmo os quais conseguiam ir à escola, era um
local extremamente hostil aos próprios alunos, com poucos recursos, péssima
didática e castigos severos.

Lev, em suas teorias, dá uma grande ênfase na didática e como o


professor é importante no desenvolvimento do aluno porque a escolarização era
algo que ninguém dava a devida importância e focava mais na memorização do
aluno que no aprendizado, de fato. Podemos ilustrar isso com a música do Pink
Floyd "Another Brick In The Wall", lançada em 1979, onde demonstra como era pífia
a situação das escolas naquela época.

Ser criança no século XX também não era fácil. Elas não tinham direito a
praticamente nada. Em 1948 a ONU criou os Direitos Humanos, mas somente em
1959 prepararam declarações de direitos específicos para as crianças. Nesta época,
o trabalho infantil era algo comum, como supracitado, com cargas horárias abusivas
e apenas o dia de domingo de descanso; e ainda haviam aquelas que tinham de ir à
escola após a jornada de trabalho.

No século XX, também, podemos ver a ascensão do Realismo, ideologia


que se opunha à idealização do romantismo, se pautando no homem e sua
realidade. Podemos citar Charles Chaplin como um grande crítico à essa era. Em
diversos de seus filmes vemos como a indústria tratava mal seus funcionários e
como era difícil viver naquela época, uma vez que o mundo passava pela segunda
revolução industrial.
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8.REFERÊNCIAS

Thomaz, A. V./Trevisan, M. A. A PERSPECTIVA SÓCIO-


CONSTRUTIVISTA NA PSICOLOGIA E NA EDUCAÇÃO: O BRINCAR NA PRÉ-
ESCOLA jan./jun. 2001.Scielo BR http://www.scielo.br/pdf/pe/v6n1/v6n1a07.pdf
Acesso em: 24 março 2020.

Taille, Y./Oliveira, M.K./Dantas, H. PIAGET, VYGOTSKY, WALLON


Teorias Psicogenéticas em Discussão, 1992.

Sales, A.J. Brasil escola, Meu artigo A ESCOLA ATRAVÉS DOS


TEMPOS. https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-escola-atraves-dos-
tempos.htm.

Machado, G. M. InfoEscola/Biografia VYGOTSKY


https://www.infoescola.com/biografias/vigotski/ 2012.

Quiareli, D. Fatos Desconhecidos COMO ERA O ENSINO NAS


ESCOLAS NO SÉCULO 19? https://fatosdesconhecidos.ig.com.br/como-era-o-
ensino-nas-escolas-no-seculo-19/, 2017.

Didatics, Youtube PIAGET E VYGOTSKY:CONSTRUTIVISMO E


SOCIOCONSTRUTIVISMO https://www.youtube.com/watch?v=gfOdV_MV8Ug 2017.

Fittipald, C. B. A influência que as ideias marxistas exerceram sobre Vygotsky.


Revista da Educação. Disponível em:
http://revistas.ung.br/index.php/educacao/article/viewArticle/20. Acesso em:
06/05/2012.

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