DISCIPLINA: Informática e Internet PROFESSOR: Leandro Libério TUTORES: Lídia Gonçalves Martins, Elizete Guedes dos Santos, Eugênia Maria dos Santos, Michelle Érica Pereira ALUNA: MARIA LETÍCIA CELESTINO Aula – 3º ano do Ensino Médio
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS Gêneros textuais, suas aplicações e implicações diante do conhecimento Trabalhando com os gêneros textuais
“... Havia a vontade de desamarrar os nós,
entrar em acordo com o desconhecido, (...) diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo me encantava.” Bartolomeu Campos Queirós Reflexões iniciais Para textos informativos Antes " Mobilizar conhecimentos / Antecipar conhecimentos. Durante " Sublinhar cada parte (parágrafo, capítulo) representar em uma palavra ou frase. Depois " Elaborar perguntas / Desenho, resenha, esquema, comentário, crítica. 4. Texto → eixo estruturador do trabalho pedagógico em Língua Portuguesa Texto → Ponto de partida / chegada Interação: TEXTO / \ AUTOR LEITOR
• Que textos? Tipos / gêneros
• Por quê? Circulação social Tipos ≠ gêneros textuais ( seg. Marcuschi ) Tipo textual: “uma espécie de seqüência definida pela natureza lingüística de sua composição...”: narração / descrição / argumentação / exposição / injunção.
ATENÇÃO! O tipo textual é uma seqüência
lingüística que ocorre no interior dos gêneros textuais. Ex.: Conto (gênero) → pode predominar uma seqüência narrativa (tipo) ou pode alternar seqüências narrativas, descritivas, argumentativas, etc.. Gêneros textuais: “textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedade funcionais, estilo e composição característica.”: • bilhete, carta, conto, crônica, telefonema, reportagem, receita, aula virtual, edital de concurso, piada, horóscopo, lista de compras, artigo científico, e-mail, telegrama, cartaz, diário, poema, notícia, entrevista,etc.. São dinâmicos Escolha→ depende da situação de produção: finalidade; interlocutores; suporte. Poema
• Estrutura: versos; estrofes; rima (ou apenas
versos brancos) • Ritmo: alternância de sílabas fortes / fracas • Linguagem: conotativa (figurada) →metáfora, comparação, personificação, onomatopéia, etc.. • Recursos musicais (sonoridade das palavras) • O eu lírico (voz que fala) Carta pessoal • Estrutura padrão: local e data; vocativo* ( nome do destinatário+ palavras de cortesia); texto** (corpo, mensagem); despedida; assinatura * Seguido de : ou , ou sem pontuação ** Começa com letra maiúscula, mesmo após vírgula • Variedade lingüística (linguagem formal ou informal): adequada aos interlocutores (idade, grau de intimidade) • Envelope: frente(destinatário; endereço completo); verso (remetente; endereço completo) E-mail (correio eletrônico)
• Designa tanto a mensagem enviada pela Internet quanto o
endereço Ex.: leticia@oi.com.br (usuário; informação ao computador; provedor; comercial) • Estrutura → semelhanças: - memorando: campos De / Para (gerados automaticamente ) - carta: fórmulas de abertura/fechamento; corpo - conversa telefônica: rapidez; possibilidade de contato a distância • Linguagem: adequada ao interlocutor. Valem abreviações (vc, bjs, q), exceto em notícia, carta do leitor, texto de opinião, conto, etc.. Diário • Registro de fatos do cotidiano, impressões, idéias, opiniões, desejos, desabafos, segredos. • Leitor: o próprio autor • Escrito em 1ª pessoa • Escrito por períodos longos ou curtos • Páginas geralmente datadas • Dirigido ou não a alguém (real ou fictício) • Assinado ou não • Linguagem: espontânea; informal; coloquial Relato pessoal, memórias
•Narrativas de fatos reais ocorridos na vida de uma
pessoa • São comuns: descrição de pessoas, lugares, objetos; indicação de tempo e lugar • Variedade padrão da língua (formal ou informal): adequada à situação relatada e aos leitores • Verbos predominantemente no passado, 1ª pessoa Texto de divulgação científica • Finalidade: transmitir saberes historicamente construídos pela humanidade; expor um conteúdo de natureza científica • Apresenta conceitos e terminologia científica • Estrutura: não é rígida, mas, geralmente, traz - idéia principal ( afirmação ou conceito), no 1º ou 2º parágrafo; - desenvolvimento, nos parágrafos seguintes: exemplos, comparações, resultados de experiências, dados estatísticos, etc.. - às vezes, opinião do autor • Linguagem: impessoalidade; variedade padrão formal; adequada ao interlocutor e ao suporte • Verbos: predominantemente no presente do indicativo Receita • Texto instrucional; objetivo: instruir, orientar o leitor na realização de uma ação determinada • Suportes: embalagens de alimentos, folhetos, cadernos de receitas familiares, jornais, revista, livros • Estrutura: - título - partes essenciais: ingredientes modo de fazer • Linguagem: variedade padrão; subjetiva • Verbos no imperativo (ou infinitivo) → orientação Cartaz
• Suportes: paredes, murais (lugares públicos) • Linguagem: verbal (simples, direta; texto curto) e visual (não-verbal → imagens que devem apoiar o texto verbal e conferir ao cartaz um aspecto atraente) - Variedade padrão da língua - Adequada ao público-alvo Texto teatral • Texto para ser encenado • Finalidades: ensinar; provocar; fazer refletir ( a “idéia-teatro” ) • Estrutura: - apresenta fatos, personagens, tempo, lugar - quando é longo: divisão em atos e em cenas - ausência de narrador - discurso direto (diálogos) - conflito (prender a atenção do leitor - rubricas (em itálico; informam o cenário, a movimentação / interpretação dos atores) • Linguagem: adequada aos personagens / contexto Variedade lingüística coloquial, regionalismos, gíria, etc.. Entrevista • Basicamente, gênero oral transcrito para a linguagem escrita • Finalidade: veicular informações sobre determinado assunto • Estrutura: - título - texto de apresentação(assunto e entrevistado) - seqüência de perguntas / respostas (identificadas pelos nomes de quem as formula) • Linguagem: adequada ao perfil dos leitores e ao gênero textual Reprodução do diálogo → mantém a linguagem do entrevistado, mas evita as marcas da linguagem oral Notícia • Finalidade: informar fatos atuais, verídicos e relevantes • Estrutura: - título (manchete) → é a chave para causar impacto; verbo no presente - título auxiliar (subtítulo) → complementa o principal, acrescenta informações - lead (lide) = 1º § → respostas às perguntas básicas do jornalismo: o quê? quem? quando? onde? como? por quê? - corpo → detalhamento do lead; novas informações; citação de falas (entre aspas) • Linguagem: impessoal, clara, objetiva, direta, acessível a um público amplo Variedade lingüística padrão Verbos: predomínio do tempo passado Reportagem • Finalidade: veicular informações, opiniões e pontos de vista diferentes sobre um assunto(não necessariamente novo) • Narrativa expositiva, interpretativa e opinativa • Portadores: jornais, revistas, tv • Estrutura: - título - texto principal - boxes: textos complementares; gráficos; mapas; estatísticas; entrevistas; foto com legenda; citações do discurso de pessoas envolvidas no assunto em questão. • Linguagem: clara, objetiva, direta, tendendo à impessoalidade, acessível, embora evidencie as opiniões dos jornalistas • Variedade lingüística: língua padrão • Verbos: predomínio do presente do indicativo • NOTÍCIA (diz-nos no mesmo dia ou no dia seguinte se o acontecimento entrou para a história; e esgota-se no anúncio. ≠ REPORTAGEM (mostra-nos como isso se deu; só se esgota no desdobramento, nos pormenores.) Artigo de opinião • Finalidade: manifestar um ponto de vista do autor sobre determinado tema. • Texto persuasivo • Estrutura: - título - tese ( 1º §\\\ - argumentos - conclusão • Linguagem: Variedade lingüística: norma padrão formal Adequada ao gênero e ao público-alvo Fábula • Finalidade: transmitir um ensinamento • Gênero narrativo popular que retrata idéias morais do homem comum • Estrutura: - curto; único conflito - personagens: geralmente, animais - termina com uma mensagem moral Apólogo • semelhante à fábula • Personagens: seres inanimados. Ex.: A agulha e a linha (Machado de Assis) Conto • Finalidade: narrar fatos fictícios • Estrutura: - curto; um só conflito - Poucos personagens - Foco narrativo ou ponto de vista: 1ª pessoa(narrador-personagem) ou 3ª pessoa(narrador-observador) - Tempo e espaço reduzidos • Partes: apresentação (situação inicial); complicação; clímax (ponto máximo de tensão da narrativa); desfecho • Linguagem: formal ou informal Anedota • Finalidade: entreter o interlocutor por meio de uma crítica sutil Cartum • Espécie de anedota gráfica sobre o comportamento humano • Finalidade: satirizar os costumes humanos • Aborda situações universais e atemporais • Personagens: homens comuns • Linguagem: verbal e não-verbal Charge
• Finalidade: criticar um fato ou acontecimento
específico • Aborda temas sociais, econômicos, políticos • Personagens: personalidades públicas (políticos, artistas) • Linguagem: verbal* e não-verbal * texto curto e objetivo História em quadrinhos • Narrativa visual • Finalidade: expressar a língua oral • Linguagem: verbal (enredo curto) e não-verbal • Elementos: - localização dos balões: indica a ordem das falas (cima → baixo; direita → esquerda) - contorno dos balões: linha contínua (fala); linhas interrompidas (sussurro); ziguezague (grito; fala alta; som de rádio,); nuvem(pensamento). • Sinais de pontuação: reforçam sentimentos e dão maior expressividade à voz do personagem • Onomatopéias: conferem movimento à história ambientais: crash; buummm; humanos: zzz, psiu animais: rrrr / au-au Carta do leitor • Finalidade: comentar, criticar ou elogiar uma matéria publicada em edições anteriores • Seções: Painel do leitor; Cartas de leitor; Cartas; Cartas à Seções: Painel do leitor; Cartas de leitor; Cartas; Cartas à Redação; • Estrutura = carta pessoal • Linguagem: varia conforme o perfil dos leitores da publicação. • Atenção! A equipe do jornal adapta-a ao seu estilo e a reduz, para adequá-la ao espaço; mantém apenas uma parte do corpo. • As cartas do leitor se reúnem em blocos, por assunto; cada bloco recebe um título “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem..” Guimarães Rosa