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Capítulo 16

Criação de uma Agência como órgão Adm· . .


à . .. " b't d p
A 1n1strat1vo de
oec1sao no m 1o o rocesso Administrativo Fiscal

16.l· Breve Contextualização do Surgun·ento das Agê . R gul


. netas e adoras
no Brasil

Diante das considerações apresentadas no primeiro capítulo deste trabalho,


nota-se que, hodiernamente, vive-se um período em que são muitas e variadas
as atribuições estatais, acumulando o Estado-Administração as funções de
prestação de serviços, planejamento, regulação e fomento das atividades eco-
nômicas, podendo, ainda, em determinadas situações e sob certas condições,
emitir normas de conduta, regendo a vida em sociedade.
Nada obstante, a referida concentração de funções no Poder Executivo
trouxe consigo a ineficiência da intervenção estatal na economia e o déficit
orçamentário, os quais demandaram uma alteração estrutural do Estado. No
dizer de ALEXANDRE SANTOS DE ARAGÃO "a partir principalmente do Se-
gundo Pós-Guerra o Estado diante de uma sociedade complexa e dinâmica,
~erificou a impotê~cia dos s~us instrumentos tradicionais de atu~ç~o, 0 q~~
unnn d , .
rve a a oção de n1ecanismos mais age1s e tecntca
· mente especializados
. ·
Tl A • 1 hegou tardiamente ao
a mudança dos paradigmas da gerencia estata c 1 ação
Brasil • b·r
1 ada desde a pron1u g
d 'encontrando-se constitucionalmente via iz . }ementada ao
aConstituição Federal de 1988 mas sendo efetivamente imp
1on '
goda década de 90.
r independentes e o
ARAGÃO . d a ências reguladoras -dez. 2000,
%d , Alexandre Santos. O poder normativo as ~ . Brasília, nº 148, out.
oDem - Lea1s/at1va,
P·276 ocrático de Direito. Revista de Informaçao 6
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DMllllSTAATIVO FISCAL
pROCESSOA
• ÇÃO OB UMA ACtllCIA COMO ÓRCÃO ADMINISTlAT!VO
A C Rl ~ DB DECISÃO••
a do Estado brasileiro, e consequente alt
Essa reform • . e~Ção do
-•
tef\'Cn..-O estatal no domínio econom1co,. passou: (1) ~ta
.-~ Cl(t
tlhk
, ""Oo
. ulares seja em regime de liVTe iniciativa, seja em regime de d' .
narílC ' . . tre1to
ln . 1estrangeiro, empreendida pela edição d•· E ~~- ~ ~ F (serviços públicos universais), ambas sob regulação estataJ•.s
-AAs ao capita - rntiid "<Iro..,
~-- . ..5 e 7. (2) pela flexibilização dos monopólios esta . ~S ~\b11CO contexto que se desenvolve, no Direito brasileiro 0 deb t
na1s n • . . tais r ~nesse • a equan-
do ulgação das Emendas Constitucionais n..5 8 •lcvac111 a tncias reguladoras, entes especia1lzados, com personalidade jurídica
com a prom • e 9. ( ""-
. , qual foi implementada sem a alteração do te •e 3) Pela.._.. to às .'!i iados pelo Estado para a consecução das mcnclona"· - rare' d
vadzaÇ•º•3 . ,. d S _ Xto con . i-i. .Mrlª• cr fi . ...., ias e
do àcolaçãoomagisteno e EBASTIAOBoi-roo ll St1tllci...:: p•VF • nto regulação e sca11zação de atividades econômicas espcclfi 6
Trazen . E All ~·""'QI.• •· "e1ame • ' "d . .. . cas,
, a do Estado que compreende o ªJUSte fiscal 0 aband llorror •. , P""" 11 ação foi transien a para a m1c1a11va privada.
reiorm • . . _ • ono d "'q ·a rea z
tecion lsta de substituição das 1mportaçoes e o prograrnad ªCstt' coJ Tendo e rn vista as fin.altdades a que s~ destinam as ag~nclas reguladoras,
pro mpresas estatais- iniciado com o Plano Nacional de 0 e priVatii... suas características fundamentais repousa cm sua lnde•tndêncta
das e . .. esesiar12 """ ostlª de o· d fi . r em
• 031/90) - consolida a 1de1a de que a transferência da açion . _ à Administração ireta, e orma a garantrr qut suas dtcts/Sts serllofiun-
n 8· ' produ • l'Q rclaçao , 1 Co
setor privado torna-a mais eficiente. Pretende-se que 0 Estado rJº Ptrio darnentalmente técnicas e nilo po11ticas. mo destaca D1oco OE FicUEIREDO
papel de executor ou prestador direto de serviços, mantendo-se e 11401'11 MoitfJRA NETO:
no papel de regulador e provedor ou promotor destes•.1 ' ntr~
A redefinição do papel do Estado, com a transfcrfocla pa
Tais agtntlas, que no Brasil têm assumido aforma de aul4rquios tsp<dills, tlewm obedt-
raos.-. «tDOSstgulnres prlndpíasSàorlals, necess4riospa.ra asstgurar sua lndrptruUndtifandimal
privados de atividades antes executadas pelo Poder Público, não~
eacabal satlsfaçllo de suas respectivasfunçiJes:
entanto, a natureza das mesmas, mantendo-se estas vinculadas aos· 11
J') lndependtnda polflW dos dirigmtes, a urrm nomeadospelo Chtft tio Poder E.re-
põblicos, razão pela qual, nas palavras de Luís ROBERTO BARR~ cutivO, mas sob aprovaçllo do Poder úgislativo, com mandatos tStifvtis, durante prazo
vadiação trouxe "drástica transformação no papel do Esudo: cm lu ~
1
tlctmninatlo, t preftrmtementt tltfasado dos ptrlodos d01 mandatos pol(titos do Extcuthlo;
- d . f
protagonista na execuçao os serviços, suas unções passam a ser asdcp!aii. gu,.
jamento, regulamentação e fiscalização das empresas concesslonárias'.'Qm,
destaca MARCOS }URUENA VJLLELA SOUTO, "o que se propõe, emobedil:Q
ao principio da subsidlarledade, é que o Estado se concentre na ex~ ' SOUTO. Marcos Juruen• Vlllcla, DlrtftoAdminfstTatlYO Rlgu/atdrlo, 2002, pp. 32·ll
daquilo que é essencial, transferindo funções que podem ser desenvolri!I ' Cf. FONSECA, Joio Bosco Leopoldino da, Direito Econdmfco, 2002, p. 259.
' a. MORAES, Alexandre de. Ag~ndas Reguladoras. ln: MORAES, Alcnndttde (Org,).Aglnrlu
R/plodorOJ, SSo Paulo: Atlas, 2002. p. 2.5; FERREIRA FILHO, Manotl Gonçah•... Reforma do
Esudo: O Papel das Agfoclas Rcgul•doras e Fiscalizadora.s. ln: MORAES. Aleuodrc de (Org.).
At/lldos R.tpladoros. Sso Paulo: Atlas, 2002, p. 139; B.\ RROSO, Lu!s Roberto. Apontamentos sobre
~ Agtoelas Reguladoru, 2002, p. 121; FONSECA. Joio BoJCO Ltopoldino da. Dinito Ea"'5mico.
'CC. BARROSO, Luls Robcno. Apontamencos sobre as Ag!nclas Rogul>doru.la:MQtir. «I. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 260; MOREIRA NETO, DiogO dt Agucircdo. Dlrdto
Ale11ndre de (Org.). At/•cilll RtgulodorllJ. São Paulo: Atlas, 2002, p. 113. Nos p>btru& ~ ::.Ait6rio. Rio de l•nelro: Rencmr. 2003, pp.165-166. Vale salitnur que• dcsua<U indep<nd!nda
Ribâro Cud030 "Surge ui modalidade de Estado (o Btado Rttulidor) como co~~ gtncus njo as exclui da subordio•çio a di•crSO! 111rcaniSl1los dr connole de su• ui•idade,
redeOniçlodo papel do Esu do social. Relaciona-se especificamente com• a1rlboi~• 1 ~ ~~cido pelo Podor Deleg•nte (vu Item 16.2). pelo Poder Judieiírioe p<la própria AdmlnlstnçiO
prlv;idada prcstaçlo de bens e serviços antes ofertodos, com exclusividade"" n10. pcl>. ·"' . lei, urna vez. que tals agências cncontram~sc sempre vlncul:adas :a um determinado Ministtrio.
A•ndepcnd•..nela cm qucstlo t fn.suumcntoda prevalência da técnicasobttos lntcrc-sst'S po1·rnco.s.
O Estad0 " 1de cena como prestador e surge como agente normativo e regu l1dord1 ",.,.. Jj• ; ruoforma de se criar um corpo soberano no àmago da Adminlmaçlo. Como demca MAOcos
'
econômica" (CARDOSO, Henrique Ribeiro. O Papel Normativo das Atlnc/OJ RtpliJOfll.
Janeiro: Lumen Juris 2005 p 46) 1'" uauENA V11.. LBLA SouTo: "A figura do agente regul:idor indtptndtntt nJo afasta u rcgrts de
'TO ' ' . ' 1>sR<&"""- tonuolc, A expressão no cnu.nto tem causado algumas p<rplcxld2dcs entre os jurlsus, embora
ln· MJAL,S.basttlode Barros. Controle Judicial da Atividade Norm3!1VO dasAgloc 154. ""l• ' . d ' 1
l>d emabsoluta compatibilidade com o sistema constitucional bnsilelro; 0 que" <S<Jl, pe ª
, 8', ORAES,Alcxandre de (Org.). Aglncilll Reguladoras. Slo Paulo: Atlas. 200l,~ ...111-f'. " 'Ptndtnno, ~.•~nas afastar a Incidência de lnterferênelapollrl« sobre 0 julzo t/tnlroque d<'·•
nRROSO L r R b 1 dor>s.2vv~•'. .1.J
Ver >Inda· 0 ' u 1 0 <rto, Apontamentos sobre as Ag!nclas Rcgu ª Eil,doa•l'l""'
O
"Cnt
20Q ., • atuaçlor
2· P· 341).
'
daag!nola" (SOUTO Marcos Juruena Villela, DirtftoMmlnlsrr.ifvo R.'l"ltd'• no,
Eco
6 · ERANI. Crlstlane. Pmat1Z4f4o e Smlçot Púb/1<01: As Ações do •
n llllca. Slo Paulo: Mu Llmon•d, 2002, PP. 89·90.
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.. ~n AOMINISfRATl\'O FISCAL
,.oc•~ /\ c~l/\ÇÃO D6 UM/\ /\CaNCI/\ COMO ÓkCÃO /\DMINISTkATIVO DS DECISÃO...
, ·tv11J(ncia 1tmico-derisfonal, com prtdomínio da 41.
l') i••',.- . S<rlri
.,, cutlvo, sendo Imperiosa também a participação do Chefe do
distrlcionarirJade polftico·admims/Tatilla e sem recurto hitt °"ª'1tda4,
der .,xe - d d
ro/orr: ~"'s ,..111 0 Poder Execut_Ivo;
4
''/Ui<o"""""' do J?0 tiVO na indicaçao e seus irigentes, como será anal;sado a seguir.
-d-•- .
Jt) ;nJrprnJlncii• normativa, ntctssdria para a disciplina ••t6noma
· ~
4
po<1crExecu
, . Jas atMJaJes tcon6mlcassubmttldos à sua rtgulaçdo t ,_ doi,,,,._
•'"º" tnJtptndinrla gerenciaI, orçamtntdria efinancelra, prifertntt
1 ~.. trok; ·'!<!~
ocesso de Nomeação dos Dirigentes das Agências
49
~
mtio Je contratos de grstJo (acordos dt programa) ctltbrado
. 1 s~mo6m ~~
""•tt,.,, 16.3· pr
J;i AJministraçJo Direta. •·•n.~ . !mação democrática da atuação das agências passa pelo processo de
/. ieg1! - e aprovação de seus d"ingentes,
. J"á que estes exercerão competências
~técnica de descentralização administrativa que se d tndicaça0 .
as pelo Poder Executivo.
.r
ccmcncc no Brasi1, emb ora tenh a se pro111erado no campo d
esen~Iveu
~
delegad
Nesse aspecto, é exemplar o processo adotado pelo ordenamento jurídico
sccores específicos da economia, de relevância para toda a col ~egulaçiJ~ ª . ao menos no âmbito federal, que, como regra, prevê que a indicação
. • · e111·idad p:ltfl0 • • •r . •
utilizada rm outras dreasem que a mdeptndencla tlrnica da autoridadtadllli~fi';i,~ dos diretores das agencias sera retta pelo Presidente da República, mas sua
sefazntceisária, como ocorre no caso da revisão dos atos admin· . 'll!it\, nomeação dependerá da chancela do Senado Federal.
IS!rati1-os-~
Essa é a regra prevista no art. 5 9 da Lei n9 9.986/2000, que estabelece que:

16.2. A Delegação de Compet~nclas Executivas O Presidente ou o Diretor-Geral ou oDiretor-Presidente (CD l) eos dtmais mtmbros do
umselho Diretor ou da Diretoria (CD 11) ser4o braslltíros, de reputaçãoilibada,formação
Com.o ~oi salientado a_nte.riormente, uma das características princip<is& univmitdria e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos qut serão nomeados,
ad~un.1stração por agencias consiste na independência técnica às mesma devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, ap6s aprovação
atn~u1da ~ra tomar decisões diante das situações concretas, Semainrd- pelo Senado Federal, nos termos da a/{neaf do inciso III doart. 52 da Constltuiç4o Federal.
rênc1a hicrarquica de órgãos da Administração Direta.
Em outras palavras, as agências exercem de maneira independemcp Tanto a Iniciativa do Executivo para a criação da agência como o processo
~ela da competência do Poder Executivo, a qual, antes de sua criaçl-0,eSll!I de nomeação de seus dirigentes prestam-se à legitimação das competências
incorporada à Administração Direta. executivas pela mesma exercidas.
Nessa esteira de raciocínio, para que os entes reguladores posS3lD I~
mente exercer sua atividade administrativa, é imperioso, antcs demaisniJi. 16 4
qdue lhes tenham sido delegadas competências executivas para aconSê(Viil · • A Criação da Agência Federal de Revisão de Atos Fiscais
e suas tarefas.
Para a reali - d
das a ên . ~çao .e ~a~ delegação executiva, é imperioso que alei e«"\
d -'·"' ~as breves linhas precedentes fez-se alguns apontamentos básicos acerca
"""'_! cias seia de m1c1ativa do Presidente da República, uma i·eiqut~ dc\aspe~tos relevantes das agências reguladoras, caracterizadas como entes
t""'maOPoderl -IS·1 t ' d 'd' - . 'd d ·eró!J.st~ e egatarlos de competências executivas para, com independência técnica,
Ad . . ~õ
nun1stração Dir
ªl\'O eet 1rpelaseparaçaodeat1vr a esex
. • d ..,,Je~
auuarem e
m setores específicos.
o·iantc do exposeta, o que violaria o princípio da separaçao os· ia!dc1
t""' ..it
- Embora não seja comum na ordenação administrativa brasileira, cremos
cela da . to, tendo em vista que as agências são delegatar. ,, .,:o
competencia ex · de IJll" "'" ~ue ªmesma justificativa que levou à criação das agências reguladoras de seto-
es econ • · den
ecuuva, sua criação ou extinção deve ser J?et• . omicos fundamenta a criação de uma agência indepen te com com-
pe~~cia exclusiva para a revisão de atos administrativos-tributários praticados
... ecretaria da Receita Federal (lembre-se sempre que se tomou como
..-atad1gma, neste trabalho, o processo admmmraovo
. . . em àmb"1to r.~
u:uerai)·

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,.oeE55º u1N1STJt.ATl\'O FISCAL
ADM • 1' c~i1'ÇÃ0 OE UM1' 1'GtNCl1' COMO ÔkGÃO ADM.iNiSTtATivo D! DECISÃO._
"""'e inferir da análise das asserções aprcsenta~-
eomo se !""' d · val · -s a trO aspecto multo relevante para a prot~o da indcpendfocia da agcn·
'ta.S ~s dificuldades relaciona as a •onzação do prO<:csso ~
mui oneram-se vinculadas aos orgãos perante 05 adllli~ ou uestão repausaria na vedação da advocacia para aquele que tome parte
00 Brasl1cnc

se
dcsen\'olve.
Norma
!mente se tratam de órgãos subordinados à Ad 1 .
é .d
quais tal~'"I\

m nistr
Pt'
ci••lllq
e(l\ se
us qua
1.otereSSC~
dros com que se evitaria a criação de um inevitável conflito de
' .
que pode levar à corrupção do Julgador administrativo e à chamada
•dmlnlstrativa".
uando cal subordinação exerci a por vias lndlret ação~"" dvocacia.
mesmoq d ti as,0 0 ., •a d em vista a necessidade de se resguardar a Imparcialidade desses
cas oportunida esse trans orme o proeesso d 1utr31...
que cm mUl _ . . a lllln' ..,. Tcn
. o • haveria que se Ih es proteger contra ações que visem constranger
instrumento de protclaçao da inevitável dlscu•••-. , ,. •rcvisores ' sua função pu'büca, o que se mia '-~
um mcrO . . ........., JUd: , • iode garantindo-lhes estabilidade
administrativo de eXJgênc1a fiscal. ~do, etefCIC .
o d 'bilidade de vencimentos.
A..
~ •
lm com vistas a superar esse paradigma, a alternativa
. quescpr
1rre utl . . ,
e Por óbvio, considerando ainda a lmporthc1a da função que seria atribuída
substituição do Conselho Administrativo de Recursos Flscals(lem1Jr~f1 c!ncla a mesma deveria ser composta por Câmaras ou Turmas com
que neste trabalho estamos usando como paradigma 0 proc ~ ,e~aag ' 1 ,
. revisores cada, sendo o ju gamento, portanto, colegiado, nos moldes de
trativo fiscal federal) por uma agência delegatárla da atribui~S:i.d1'!~ cinco Ih d . .
como funciona atualmente o Canse o A mmlsuau\'o de Recursos Fiscais,
legalidade dos atos administrativos de exigência fiscal.' l?lliir1 subtraindo-se, entretanto, o chamado "voto de qualidade" do presidente das
Essa formatação jurídica traria ao órgão administrativo deti!Ório Turmas, 0 qual perderia mesmo sua função cm razão da composição das Q.-
1
cessirla lndtpendéncia tlcnica, a qual passaria, sem sombra de dúvld • roaras por um número lmpar de revisores.
Instrumentos de seleção dos julgadores (revisores). u,pct. Da mesma forma que as agências reguladoras, a agfocla de que se cogita
Assim, a agência criada nos moldes ora propostos não dcveriatcr11a11 deveria ser criada como uma autarquia especial,'° sendo vinculada ao Minis-
revisores membros dos quadros de fiscais da Fazenda Nacional,mui!OlllClll tério da Fazenda - embora completamente Independente deste.
ha\'cndo·sc que falar na necessidade de participação de pessoas indb!ispr Na última edição deste livro, apresentamos os comentiriosabalxo,os quais
entidades representativas de categorias econômicas. Tratando-scdcipi refletem ideias que, nos últimos anos, abandonamos. Nada obstante, como
decisora de natureza eminentemente técnica, seus quadrosdevcriam1c11m esta matéria é um tema ainda cm evolução, antes de apresentarmos a maneira
postos por Intermédio da realização de concurso específico, do qual poderia como vemos o tema hoje, transcreveremos as ideias que vinhamos sustentando:
(Xlrticipar pessoas com comprovada experiênci<1 na área tribud.ria(u~cooo Como nao haveria de se cogitar do exercício de poder hierárquico da Ad·
fiscal ou procurador da Fazenda, seja como advogado, etc.). Tendocnu\stli ministração Direta sobre as decisões da agência, seria aquch legitimada para
lmportància da tarefa a ser desempenhada por esses profissionais,~ contestar judicialmente tais decisões, conforme delineado quando da anfüsc
cxlgir um mlnimo de dez anos de experiência. da coisa julgada adminlstrat.lva, empreendida no oita\'O capitulo.
Por fim, uma vez estruturado o novo processoadminiStr3th'Oascrsubmctl·
do à Agência Federal de Revisão de Atos Fiscais (esta seria uma denominação
NI """ m><ltikK,;o)'à
t
ose """e negar a similitude existente ent re a proposu ora apresentad' ea~;llO rr1.<=>t • Corno leciona ÜD•TE MtDAUAR: "A expttsdo rutJrquiasdt rrttmu1p«l•l 1urgiu. pela rrtmclrt
por Giuuro oi ULHÔA CANTO em seu Anteprojeto de Lei Orgin\ca do P ~' l'ct,111L<1S.S40 de 28.ll 1968 •rt 4' paulndlcarum1duiormaslnstltuclon1lsduunl«!1ld1dc1
notada mente quando se anali•a os d Ispositivos constantes no Titulo 111 do rcfcrldo_A~ooà•~ púh!·icis. Nem esta
' lei nem• o Dcc
' •·lc\' 200/67 t-su~kccnm a diícttn~:a gcn1cnuc as aut &MUIU
.,
tntam dos Conselhos de Recursos Fiscais. Ao analisar tais dlsposlçõ<s,opt~~ ~· ~\lns e as autarqul1$ de rtgl~c csp«lal. As o0<ts ta.rJ.Ctctbtic.as d1s 61tim-u ~lo de::::
"""''"·o Titulo Ili reformula a enrutura dos atuais Conselhos de eonuillu•11l; .lllfl' kt quc lnnltulr cada uma ou de uma lei que abnnj• um conluntodclas (comooa><tt
<onhitltuiçlo do, Conselhos de Recursos Fiscais que os substltulrío,cm moldtld 1 ,,.,.!# iut.irriu1
P°''<><' .. unlversltlrlas' -- •
<on <cimento fc '
rckv1ncl:a aoci·erclcl• 'J '/• , , 1ododlrlgentt.Por•n<..»•
st nkos aos seus lntcgrintcs, e emprestem
t anto no que toe à 1
, •o ccrne,..-
1 a 1nd1CI\ , r<'~
•• •.adlícrcnçadcreglmcestinomododcescolhaounom<' r•, doE -·ti.....Por
•~l•ttn 1 d
do Senado Fed ' s qua \fie ações exlgldu e ao processo J• respcct v ndl(l(I• to<il 1'>' ~
'"lc:s n0
e• e m>nd>tododlrlgcnt<• lnsu.cetlvcld eccssa,,10 noutodou.e1c
·-· fi
' ""• (Dtmtt
nlt l gC"stlo nancc1ta.-
iuncl eral, como à remunerarão que lhes scri dcvld• e olndepc Gllb<l'°l< ..\-' : grau menos Intenso dos controles. Por 't'CtCS. no toca
1t1t11ruu ti
onar10• (/> ' do par 'ª ""MoJtrno, 2001, p. 81).
Cant I"' romso Tributdrlo: Ant<proJcto de Lei Orglnlca elabora
o, ,,,4, p. 79).

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nnsTaJ.Tl\"O FISCAL A C kfAÇÃO OE UMA ACtNCIA COMO ÓkCÃO ADMINISTlATIVO OE DECISÃO.-
,.oe~SSo"°"
..,,,.ier-se·la cogitar da implementação de r que adotando-se essa solução, não se estaria de maneira
deste ente) • 1~ . an110 . 1 rcssa!ta , d 1 '
p0-1.1f\-C1 ..,itrlos, relativas ao aprove1tament~ da instàncla .,asídéi., l/a e vulnerando o principio do up o grau de jurisdição, uma \'ez que:
tributaristas:;a é sucedida pela discussão judicial da legal~!!tln~ l.._urll•·edOUl rin" e 2 prnprla Suprema Cone rebtMum seu conteúdo rcc~
qu•~· m<' duato~ •~
(s) part
-- '
passibilidade de se lhe Imporem restrições; e (b) como defendido
..,-

nlstrall''O. . h de Idéias, pader-se-ia examinar, por eltemplo ~hccendo ª studo, ressalvada a competéncia do órgão julgador de cúpula,
Nessa lin. •a de •ecursos contra as dec1soes
. - da re1erlda
' ' a P<>ss;t.~
ag~nci
~~e
ui p0 pr. ·e falar em violação ao principio do duplo grau por supressão de
1 terpos1çao • adir ' h• que s . • . n ã o pod e s1gnl
. 6. cara necessidade de
de n rior Tribunal de Justiça ou o Supremo Tribunal F d e~~ n•º .13 como visto, esse pnnc1p10
nt'Tance o 5upe . . Fd . e era•
r·· os. rante 05 Tribunais Regionais. e era IS, uma veiquc, tendo.se'QI.-. • (ànC •
1ns . . d i . .
da questão por mais e uma nstanc1a, mas sim 0 direito a ver a
men pe.nd........vlenteeinsâtucionalizadodecontmleadmlni<-.
uumento1 •i-"- ~..tnl)~
'"1" •P ·
rec1ação
uescão so
. 1
lucionada pela cone mais a ta com competfocia para se manifestar
• haveria que se cogitar de nova dlscussfo judicial lniciaA-. ~ q d terminada pretensão.
fiscais, nao "' doi., • sobred eundo-se essa estrutura, o 1·dea1sena · que se estabelecesse regra deter-
essa medida evitar-se-la o que acontece em nosso slscc ~.
e~ •pós pelo mcnosm!s longos anos de .
discussão -~ li
adminístr•tk";. . A ~o a obrigatoriedade da discussão administrativa da legalidade do ato
qua1' . d. . 1 pod .b . l no<>!olt 1111
"ª~ e'nela fiscal como requisito
ulterior questionamento JU 1c1a , e ocontn u1me ,e tam~rnaF ,
se desfazer dos arquivos referentes ao procc~so adminlstrati"º·
terão os mesmos qualquer valia no curso da discussão judicial.
jl;: deex1g
0osm ºI
.
de admissibilidade da discussão 1'udicial,
des do que foi estabelecido no passado pela Emenda Constitucional
n•7/77. . .
Assim se procedendo, é desperdiçado todo um processo reali?adold>, Pela própria natureza das modificações que seriam decorrentes da Imple-
devido processo legal, em que presentes a ampla defesa e o contraditQ,,. mentação da sistemática proposra, a qual passa pela redefinição das compe·
um evidente atentado ao principio da eficic!ncia. Esse esudo de oois.ssáa t~cias dos órgãos do Poder Judiciário para conhecerem das lides tributárias,
Importante crítica de JAMES MARINS, nos seguintes termos: seria necessária modificação do Texto Constitucional, com a consequente
adaptação da legislação complementar e ordinária.
No Bnuil, mtrttanto, rontrarfJJndo as m:omrndafi!ts dt no= maú brillwn:a.,. Tudo o quanto foi exposto acima se encontra parcialmente= linha com
juri:!iw,atmnosoStgUínttsúttma:a)dwnredtamtrrNtrsiastmmatlriatri!Wri.ln. os idéias que já na década de sessent:i eram defendida.s por GILBERTO DE
lnJrptn4cnltrttNtrt a aJministraf40 e o judici.ário, pois o mrtterialprodtlZIJo t.1olrio4'a ULHÕA CANTO, d e quem se enrai a seguinte passagem que, mesmo longa,
ttndosoadmínlJtrari.-o não éaproveitado pelosjufzes; b) via de regra a tropa adminillmir merece ser transcrita em sua integralidade:
sommttéutil quando, oque raramtntt arontece, vena o contribuintt; c)seorontrihttiot.•I"
Ia rtf!<l, se •i dmotado tm suas prtttnJ«s nopro.:tSJO adminúlTiltí"° (muitasl't:61fÍ'• Ttm sido frisado que a atual sisttmdtlc• dt pro.:esso trlbutJrlo br.uíltiro, no âmbito
tr4mirtd< 1Tâ,91'atroou maúanol), rtpropl!t todo o smpttít6rio pmntu inlUiW~ frdml, Importa superposlçlfo dtfase> admlnlstratí»a t judicial, nesu se roJmJo fro<tder
tmmaiscintoouoltoa1U1Sdtdesgastedoapartlhoestatal;á)ruloeristtafandamt11~~ •uma ruomposiç6o compltta daqutla, e, tm cada qual, ha\'tndotonJições suficitntts fJra
nia dt inst4ntias" sendoptla slngtla rtgra de que oprocessojudicialprtfereaoadiruru<mJtl' tspantoso alongamento. Com efeito, no tstdgio promsual administrativo, allm do ttmpo
que St ptrdt ntl o profarlmento da dtcis<To de primtinJ instdnrfJJ, hí, na ugunJJ, o rtrorro
Diante de$SC quadro, o apro,·citamento do processo desen,'Qkidop<rd' proprwmente dito, e um tsdrúxulo ptdiJo dt monsídmçlfoaomtfl1lomng/ho. Dtpoildt
A~ Federal de Revisão de Atos Fiscais seria imperati\'O, depe~; '::-ºIsso,ttndo sido a dtdslfo daquelt órgJo tomadJ por maioria, roJtrd'" reformada relo
sua i~plementaç!o, de uma maior compatibilização entre 0 proce~i Jidll tnlstro da Fazrnda o que de per se jd i uma abtmtçJo, qut rtJu: o tribunal a uma
<ondtçao suba1trma t 'quase'humi/hantt.'
seguido no processo administrativo e aquele subjacente ao proeess<>JU
Por outro lado, st o contribuintt l >'tntido na irulânciJJ arimlnistranwt, podt tlt """

. MA ~NS, Ja~, A
• M~id ç ' 1 Microrcformu do Processo Trlbutirlo o Arrolamtnt ,_ ....,,.,.
~ a autcJ1 A l ' J ·ntw1•w·
·-""'
o~dt11il'"".'."...11
'.::'a 9U<stdo perantt O }udiddrlo, tm promso '{Ul Sl inicf4 relo juiz singular< .roht, tm
<mbrso ordíndrio, ao Tribunal Fedtral de Rtrorsos, ondt, nY11tualmrntt,aibeo mvrro ih
argos, um se aludir ao extraortfindrio para o Suprtmo Tribunal Fedtrol, nas hlp6t~s
Volvnu, Sio r, i,,'. S<a . ln: ROCHA, Yaldlr de Oilvelra (Coord). J'ro<NIOA '"' Prti11s1
u · Dlalttlca, 1998, pp. 95 .96, as na Constltuiç6o.
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sraATlVO FISCAi. •o ne UMA A CP.NCIA COMO ÔRC ÃO ADMIN!STkATlVO or. D ECISÃO.-
50AD"l~I A C• 1-' e; ~
rJoCiS . , .,. •ut uma t4o emptrrada t ltntaslsttmdtiC4 040 .,,.,
.. , roi/4 (VllÍ(rl<W1 • ri ,...., lllbi/ atavras do saudoso professor, que foram desenvolvidas quando
r.•'
'· isw/u(6's,a as
rfi tada a que consisti a na supress4oda lnttr'tri•-'
h . ,
fllt.l'.l.c
J' ·~••do] ,..""li abalXº• as p os Conselhos de Contribuintes:
oJfOlS"" • rrudenttmmteexpostos, avmautltremconta,ouoa' "•l<i1,"- _, existiam
fattdosmorr.'rosp d judicial. foi ltmbrado que uma lnstdncia única P,CU.""'1101,c alnu3
·srr•t"YI, ou o a d A 6 ª•m1n1", . ,.. -ando ent4o, a txlstlnda anttga t com a«ltaç4ogeraldos Conselhos dt Contri·
aJm ln• , 1 maiorctltrida t ao prflCesso. n s, porlm tssa "'"... •coras{d
ifo sistema parltdrlo I um modelo similar aarbltragtm, /xutaria entdo a leglslaf40
U' · '

....1jridrlas,uara d d e .r. • "'ª"rl•ad ....


Ju.isr . ••• partet 0 mtnosln lca a. om e1 elto, pelo crivo •lc . " '
otll"" Ja duc11,,..o
• ·racontrcwimachcgaaorm, ""º '"'
,/; desortequelmalHon"- .;.i'""li .., ·
buintts, cu ·feito de eolsa julgada a estas dtcls/Jts, significando, asrim, qut o recurso dirl"'do
ceáeroer . . &"
, . istl\llfl'OS, mur d . ~..knttoi.-. con menoon . ad~ ., col,..,lados admlnlstrat1110s teria o mesmo tft11oda cldusu/a compromiss6r/a•
ª""''" .
tribulnteotnst)O
desubmtttrasuaprrttns4oa 01snfvelsdejurisdiçd d
oa m1n;J11
-p, aos
"b
. desta maneira, o contrlbulntt frente a um vtrdadtiro Contencioso Adminls·
Ficaria,
'°~ , que lhe reservando a dualidade de etapas no Judidárili ~ •'m nao obrigatório, podendo escolher o sistema dt decfJ4o que considere mais
uums6.a1nua I .
'l" /ado t uma vtz que se opte pe a manuttnç4o das duas fnstd•"' .. tratNO, Pº'' '
Por outro ·-.~11'"'-- ara qualificar oJato gerador (exame pericial) t competente para Interpretar a
adequa doP
1 •
. . . /,.-lcamentt st indica redullr a apenasuma nafasejudiclal -,..
admm1s1ra11va, •&' •º9>~4' l<tfsla(4o trlbutdria.
.r. merla di/;culdadtdt txecuçifo,jd que a regra da dupla jurisdf(donasra "" Ndo tem sentido retirar da Admlnlstraç4ofiscal ocontrole hlerdrqulco do /anramento

dOOJt
:tnda Pdblíca, sendo de lei ordlndrla ~1a~t. 822, y"' un
' 1co, Ili, do C6Jigo dt P>octlJo
"-"•"14
, d 1.0 criando um colegiado parftdrlo, um 6rg4o administrativo mar n4o um 6r,4o da
pod• sofrtr derrogaçilo por outra lei ord1~d~a. t claro que, em q11alquer "'º·•t,:: trfvut r , b'
Adminlstraçilo, conforme Carlos da Rocha Gulmar4es, com poderes de tomar uma decls4o
nlo" rtrdwri• sem modificaçilo comt1tucional porque, sob 0111ro 4ngulo,••rt.10! ( definitiva, exclusivamente, quando favordve/ ao ret11TSO do contribuinte, permitindo-lhe,
o, da Carta de /946, atribui compttlncia ao Triburra/ Federal de Rteurs.s "'" I,.~ ainda, duplicar e prolongar o exame da legalidade do ato administrativo quando a dtds4o
como Instância recursai aqutlas mermas causas, de sorte que, se dtvtsst prn.i,,,, ,,. coirgiada n4o atender aos seus lnttresm.
nos 0 ju(:o singular, nilo se poderia fugir a alteração do texto acima citado. Em11" " 1 O>m um sistema de arbitragem, decfdindodefinlt/llamente acontravima, dentro, tam·
f6rmula simplificadora da inttrvenç4o judicial n4o nos pame que deva str busraJ''"'' blnr, dt um verdadeiro Contencioso Administrativo, ocontribuinte poderd optar llvmnentt
ellminaçdo de umjulgamento de 6rgão superior coltglado, porque estt, enaoojl!:"">oQ, qual 0 caminho que deverd escolher para conrtltufr o seu deverjuridlco tributdrio.
t que mais segurança oferece, tanto para a Faun1fa Pública como para ocon1ril>ii11t1,• Comojd mencionado, a Adminlstraç4o Pública tem o dever decontrolar alegalidade dos
roz4o do menor arbítrio t da maior possibilidade de acerto que a combinarJoJ1...W. aros administrativos porsua forma jurídica natural atravér da hi=rquia, podendoocldad4o
dos mtnrbros de um 6rgJocoltgiado para formular a opinlil.o dme obi.iomt111e-r- recorrer ao f udlcldrio quando lhefor mais convtnitnlt t obtdttendoaos prazos prescrlcionaís.
tm confronto com ajurlsdiç4o pessoal. O que tstd demonstrado n4o ser mais conveniente Ia ulstlncla dt um simulacro de
Aolrmrarfra mtantt, ap6s aceitos ospressuportos atima enunciados, seria 11ri!wH• Contencioso Administrativo, desnaturado o recurso administrativo apropriado com o desvio
trlbunalft.Jm/ rompttinda origindria eúnica (salvo o recurso extraordin4rloconlll!f.il<I. para ocolegiado paritdrio, e stndo permitido, ao mesmo tempo ao descontentt, a prorroga-
que nao se Jr.-ula pensar mr suprimir) para odeilindtjudicial da.s contror/nWltp.rtlll çlo da dlscussilo no Poder Judlcldrlo, e, em regra geral, sem qualquergarantia qut a dMJa
atratar. Nomadoatua/ da estrutura doJudlcidrlo, esse Tribunal seria 0Ftdtr<1!4tR"""; tributdria seja cumprida com a dtcifllo final.
que)ddispõtdtcompttlncia para decidir, em segunda lnst4ncia, todaJasca11Sai4• UnilL Portanto, o contribulnlt, ao molher um verdadeiro sistema dt arbitragem, como numa
ddusula compromiss6ria, marJ renunciando aoproassojudidal. Se, por outro lado, prrftrir
. antes, minha Ideia sobre o melhor mode1o ascruti~
Como d1sse •processo do Judieidrio, n4o poderá mais socorrer-sedo sistema paritdrlo, encolhendo,dtsta
modificou-se nos últimos anos. forma, o ttmpo para solucionar as divergências trlbutdria.s..,,

eom er.cito,
· uma vez criada a Agência Federal de Revis.o
• de Acos fjsCl!I N·
p· ªºconcordamos Integralmente com esta proposta do Professor Aurélio
l)(i.i
arcformul 3 d 15 dequadl.q itanga, uma vez que segundo cremos não poderia a mesma ser lmplemen·
. aç o o processo tributário que me parece ma ª 'Ih scrilº tada se , ' d r.
'"Cnt1lada orlg'ina1mente pelo Professor Aurélio Pitanga se·xas
1 o. · 111~
fl \'CJ lll que antes as modificações estruturais aqui considera as 1ossem
3
tratamento d- 'b 13 rblcra1·
~te novo ente como uma espécie de tn una ·~u
O!tv, ,a FllffO, Aur~ilo Pitanga. Arblmgcm cm Olrcllo Trtbutlrlo. ln: ROCHA, VaWd
Ir e
•proemo Trlbu14rio• A L. 0 d< Ulbl>'
"""~ lOo?
1
(Coord.). Grandts Qutsta<s Atuais do Dlrtlto TrlburJrlo: 11' Vofumt. Slo Paulo: Obl~rlca,
Jlll.61-<.l. · nt<pr<>1<todc Lei Orglnka elaborado por Gil""" ·P. 21-22.

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•OMINIST~ATIVO FISCAL
r~OCESSO"
A C~IAÇÃO DB U MA AGtNCIA COMO ÓRGÃO ADMIN
. d s Em outras palavras, não nos parece que 0 CA.n
rcahu ª · 'd • "F t 1 llTRATIVO OB DECISÃO...
rurado hoje, passa ser converti o 'edm. camara arbitral. • a eollloi::... ionados par concurso, com prerrogativas próprias dos
Nada obstante, inspirados nas 1 e1as do ~audoso professor ...,._ sele<: tnsrituldo tal.Tribunal Administrativo, não faria ncn~~lzes. Por outro
ssa homenagem, p3rece-nos ser poss1vcl sustenta •a qucni lado.d cisões se sujeitassem a revisão. msentido que
mos no basas partes, da decisão administrativa r 0 carítcr<ktir~ uas e
s • ún ica exceção a este modelo (decisão definitiva
par~:~cordo com o modelo que propomos, dian~c da lav
. . à .- 1 . raturade
' " 1 d para a Fazenda
ibuintes) seria aque a on e determinada matéria . ídl fi e os
dire1co contr 1 d JUr ca osse ac .
, çao todos reriam rev1sao pe a primeira lnst1 . urn ,•• remo Tribuna Fe eral ou no Superior Tribun d J . eita,
1nira · • . . d . .
Uma vez proferida a decisão e primeira instância se d
•nc1a ad . . 1""'~
lll1n1s1r,,;.
no SuP d
repercussão gera1 ou os recursos repetitivos respeci·
ª e ust1ça, no regime·
1
. • n ocstaf: ~~ de . ' ivamente. Nestes
contribuinte poderíamos ter um sistema de recurso de ofí avori,.d s os processos cm curso na Agência Federal de Rev·is• d A
d c1o par . ~ caSo ' . •O e tos Fiscais
0 que temos hoje, aumentan o-se, contu do, o valor do ec1do,~ erlam ficar suspensos até a decisão final pelo Tribunal
s casos qu ""' Pod 'd 1 - competente, a qual
submetidos a revisão. e ~Ili um
avczprofen a, terlaap lcaçaoaosprocessosadmin'istra t'1vos sobrestados'
Por outro lado, na hipótese de decisão favorável à Fazenda Como os Tribunais Superiores não raro tardam muito d ·
•por veies écadas
teriaduasposs1'b'l'd11 ades: ou questionaria
. . a dec1são
. perante o Pod ,ocon1rj1..c
'""'li nara
r-
proferir suas
. _ d
d eclsões, uma alternativa ao modelo de sus
. . ã od '
pcns o p cria
ou recorreria para a Agência Federal de Revisão de A.tos Fiscais." ~udicii& .., 3 prev1sao ea1gumaespec1edeaçãorcscisória demodoq
,.,. • '
ue 1osse .
possivd
caso, teria inicio o processo judicial nos moldes em que conhece~ ft\'Cr a decisão contrária a decisão posterior do Supremo Tribunal Federal ou
do Superior Tribunal de Justiça. 1s
Por outro lado, Interposto recurso para a Agência, o contribuinte ltriilqt
aceitar eSta decisão desta como definitiva, sem ter direito de accS!aro ~
Judiciário no caso de decisão final desfavorável.
Para que não haja prejuízos àqueles que opt:irem pelo lngressodireullllllt
no Poder Judici:irlo, seria necessário alterar o Código TributárioNacio1Ulp211
que o ajuizamento da ação anulatória ou mandado de segurançacontr.10 11111
de infração suspendesse a exigibilidade do crédito tributário até a decisb
final em primeira Instância.
Não creio que esta alternativa restrinja qualquer garantia constituci.U
dos sujeitos passivos tributários. Em primeiro lugar, a opção peladcdsll
administrativa seria feita pelo próprio sujeito passivo que, em prcferlll),
poderia levar a questão diretamente ao Poder Jud iciário, coma su~
da exigibilidade do crédito tributário. Ademais, a possibilidade d: :
por uma decisão "não judicial" já existe há tempos no ordenamentoJU
brasileiro• no instituto
· · da arbitragem,
. - havendo nen huma N'<'lllpr;!#
nao r--~
no campo rr'b á •
1 ut no que exclua controvérsias entre Fisco • e os sUJ'citOS rnJSSill'
da pos~ibilidade de uma solução "não judicial". ..11
Mais uma é 1 f:
vez mport:tntereforçar:estasugestãosó azsen . dotd
tidoacalO"I'
cr1adoum ente p<>rJº1ga
com personalidade jurídica própria e compasto

k Nf h
a a •drumnom Ih rntcq•• .,ii•
scti•~ • Soo
•• form, pro e me or. enamoschamando de Novo CARF - no•'O ,.0 c!J fl.I Pós.•1'• o terna, ver: ROCHA Scrglo Andn!. V. Lti i Dt<iJJo: A Scgurançi J•rfdlu l'l>ssfrtl na
Põsta neste te • . d d Mlnist<fl •Ode ld •
compon0 por I • .o. • mlnlstratlvamentc Independente o rn •de. Rlode Janclrcx Lumcnjurfs.2017.
1
u gadores sclcctonados por concurso publico espccffico-
4'6

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