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Civilização Islâmica

O Imperio Islâmico foi formado a partir dos territorios conquistados


durante a Jihad, a Guerra Santa contra os infieis.. Por meio da religião, a
Civilização Islâmica expandiu-se. Os árabes conquistaram um vasto
território formando um grande império.
Antes da propagação da Fé islâmica de Maomé, os árabes viviam em
tribos e não pussuiam unidade politica. A maioria vivia como beduinos
vagando de um lugar para outro em caravanas comerciais.

Apesar de dispersos num grande território os árabes edificaram algumas


cidades, entre as quais as mais importantes localizavam-se a oeste, na
parte montanhosa da Península Arábica. Eram elas: latribe, Taife e Meca,
todas na confluência das rotas das caravanas que atingiram o Mar
Vermelho. A cidade de Meca era, sem dúvida, a mais destacada, pois,
como centro religioso de todos os árabes, ali se reuniam milhares de
crentes, o que tornava seu comércio ainda mais intenso.

Embora fossem politeístas e adorassem diversas divindades, os ídolos de


todas as tribos estavam reunidos num templo, chamado Caaba, situado no
centro de Meca. A construção, que existe até hoje, assemelha-se a um
cubo e, assim como a administração da cidade, ficava sob os cuidados da
tribo dos coraixitas.

A grande transformação se deu quando Maomé, que nasceu por volta de


570 d.c, na poderosa tribo dos coraixitas, tendo sido por muito tempo guia
de caravanas, percorreu o Egito, a Palestina e a Pérsia, conhecendo novas
religiões, como o judaísmo e o cristianismo. Revelou que tivera uma visão
do anjo Gabriel - entidade da religião cristã - em que este lhe revelara a
existência de um deus único.

A revelação feita a Maomé e todas as suas pregações estão reunidas no


livro sagrado dos muçulmanos e primeiro texto escrito em árabe, o Corão
ou Alcorão (que significa recitação), que é revelado pelo arcanjo e redigido
ao longo de cerca de 20 anos de sua pregação.
Traz o mistério do Deus-Uno e a história de suas revelações de Adão a
Maomé, passando por Abraão, Moisés e Jesus, e também as prescrições
culturais, sociais, jurídicas, estéticas e morais que dirigem a vida individual
e social dos muçulmanos.

O Corão registra as seguintes regras fundamentais para os muçulmanos:

 Saber recitar corretamente a chlhada (a profissão de fé), em árabe e


em voz alta. Rezar voltado para Meca cinco vezes por dia, em
horários específicos e fazendo as genuflexões e prosternações
corretas. Antes da oração, o fiel deve lavar o rosto, os pés, os braços
e as mãos.

 Comparecer à mesquita toda sexta-feira, para assistir ao ofício


religioso.

 Pagar o zacat, que é uma espécie de "taxa da purificação",


destinada aos pobres e necessitados.

 Observar o jejum de Ramadã, que dura exatamente um mês. Nesse


período, em que é comemorada a Revelação do Corão, só se
permite tomar refeições à noite e a prática sexual fica proibida.

 Visitar Meca pelo menos uma vez na vida.

Com os ensinamentos de Maomé se instalaram também outras regras de


comportamento individual e social, como a proibição de consumir carne
de porco, de praticar jogos de azar e de reproduzir a figura humana, além
da defesa da autoridade do pai na família e da permissão da poligamia
masculina.

Com a tentativa de impor a idéia de um único Deus por parte de Maomé,


os habitantes de Meca, temerão a possibilidade de perder o comércio e as
caravanas de fiéis que se dirigiam à Caaba,então passaram a persegui-lo, e
a maioria da população árabe da cidade não aderiu ao seu monoteísmo.
Maomé foi obrigado, então, a fugir para latribe, que passou a chamar-se
Medina, nome que significa a "cidade do profeta". Essa fuga, que ocorreu
em 622, é chamada de hégira e indica o início do calendário muçulmano,
tendo, para esse povo, o mesmo significado que o nascimento de Cristo
tem para os cristãos.

Gradualmente, o número de crentes em Alá foi aumentando e, apoiado


nessa força, Maomé começou a pregar a Guerra Santa, ou seja, a
expansão do islamismo, através da força, a todos os povos "infiéis". O
grande estímulo era dado pela crença de que os guerreiros de Alá seriam
recompensados com o paraíso, caso merecessem em luta, ou com a
partilha do saque das cidades conquistadas, caso sobrevivessem. A Guerra
Santa serviu para unificar as tribos árabes e tornou-se um dos principais
fatores a permitir a expansão posterior do islamismo.

Em 630 Maomé uniu os árabes em torno de um único governo que tinha


como principal pilar a religião monoteísta do Islamismo, religião esta
semelhante a cristã e a judaica , ou seja, a submissão total a Alá, com a
conseqüente eliminação de todos os outros ídolos. Os crentes na nova
religião eram chamados muçulmanos, islamitas ou maometanos.

A morte do profeta Maomé ocorrida em 632 d.C, provocou a divisão de


seus seguidores, podendo se destacar dois grandes grupos: os xiitas e os
sunitas, as principais diferenças dá por uma questão sucessória.

Literalmente, a palavra "xiitas" significa "partidários de Ali" - o genro do


profeta Maomé, que estes muçulmanos acreditam ser o verdadeiro
sucessor do Mensageiro de Alá.

Na história recente islâmica, os xiitas eram uma facção política que


apoiava o poder de Ali Abu Talib (que casou com Fátima, filha de Maomé),
quarto e último califa eleito (governador civil e espiritual) da comunidade
muçulmana. Ali tornou-se califa com o apoio, entre outros, dos assassinos
do terceiro califa, Uthman, o que fez com que não tivesse obtido a
obediência e fidelidade de todos os muçulmanos.

Ali foi assassinado e, a partir daí, os xiitas empenharam-se na defesa da


legitimidade religiosa e política dos seus descendentes.

Durante séculos, o movimento xiita teve uma influência decisiva sobre o


Islã, apesar da sua posição minoritária. Em finais do século XX, existiam
entre 60 e 80 milhões de xiitas, representando um décimo de todo o Islã.
Com o tempo, os xiitas dividiram-se em várias seitas semelhantes (entre
as quais os ismailitas). O desejo de que os descendentes de Ali se
tornassem os líderes do mundo islâmico nunca foi realizado, já que os
sunitas sempre foram mais numerosos e expressivos.

Os sunitas, grupo maioritário do Islã, que domina quase continuamente


desde o ano 661, onde representa cerca de 90 por cento dos fiéis,
começaram por defender o califado de Abu Bakr, um dos primeiros
convertidos ao Islão e discípulo de Maomé, contra Ali Abu Talib.
Geralmente, aceitavam de boa vontade a liderança de qualquer califa ou
dinastia de califas desde que proporcionasse o exercício apropriado da
religião e mantivesse a ordem no mundo muçulmano.

Os sunitas afirmam representar a continuação do Islã tal como foi definido


através das revelações de Maomé e da vida do profeta. O nome sunita
vem de "suna" - palavras e acções do profeta Maomé.

O Islamismo hoje
O Islamismo, é a religião que mais cresce atualmente no mundo, mais de
1/4 da população Mundial, é Muçulmana, segundo o último censo
Mundial realizado pela ONU. Há no Mundo cerca
de 5 bilhões 771 milhões 939 mil habitantes, aproximadamente, sendo
que quase 1 bilhão e 500 milhões desses habitantes são muçulmanos ou
seja 25% da população Mundial é Muçulmana.

As Maiores Populações Muçulmanas


Indonésia 184 Milhões
Bangladesh 119 Milhões
Paquistão 116 Milhões
Turquia 67   Milhões
Iran 56   Milhões
Egito 48   Milhões

Tal religião ganhou bastante visibilidade depois dos atentados de 11 de


setembro, o que gerou grande onda de dúvida e preconceito a respeito de
quem são os adeptos do islamismo por parte de pessoas que
desconhecem o meio, tarjando a maioria ou até mesmo todos
mulçumanos de terroristas, sendo que somente uma minoria entre os
cerca de 1,5 bilhão de praticantes da religião é adepta de interpretações
radicais dos ensinamentos de Maomé. Entre eles, a violência contra
outros povos e religiões é considerada uma forma de garantir a
sobrevivência do Islã em seu estado puro.

Fundamentalistas também defendem a submissão da mulher, a perseguição


a cristãos e o assassinato de dissidentes em países islâmicos [28]. Estima-se
que aproximadamente quatro milhões de cristãos libaneses emigraram de
seu país em conseqüência das pressões impostas pelos muçulmanos [29].

A condição de vida das mulheres também é precária em países


fundamentalistas islâmicos, como a Arábia Saudita: "Para o pensamento
ortodoxo muçulmano, a mulher vale menos do que o homem, explica Leila
Ahmed, especialista em estudos da mulher e do Oriente Próximo
da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos […]"[30]. Assim
sendo, violências físicas e tratamentos desumanos, como o apedrejamento,
são constantes entre os países fundamentalistas: "Segundo a lei islâmica
denominada Sharia (Shari'ah ou Charia), uma mulher considerada
adúltera deve ser enterrada até o pescoço (ou as axilas) e apedrejada até a
morte […]"[31].

A intolerância a críticas também é alvo constante de respostas por parte


da imprensa às vertentes radicais do Islã. Recentemente, cartunistas
dinamarqueses foram ameaçados de morte por
publicarem charges consideradas insultosas para alguns muçulmanos[32],
algo comum no Ocidente e sua contraparte cristã. O Papa também foi
ameaçado de morte por considerar o Islã uma religião violenta [33].

Porém, para a maioria dos seguidores do islamismo, contudo, a religião


muçulmana é de paz e tolerância,sendo assim se a brutalidade contra
outros povos e religiões é proibida, se a guerra é uma manifestação do mal,
se o inimigo só pode ser atacado se agredir primeiro, por que os radicais
muçulmanos continuam usando a religião para justificar seus atos de
terrorismo? Para quase todos os especialistas, essa pergunta não tem uma
resposta sensata - o que significa que a luta dos extremistas é, de fato,
ilegítima e injustificada. Na avaliação de Karen Armstrong, a forma
militante de culto religioso surgida no século XX sob a classificação de
fundamentalismo é uma reação à modernidade. Seus seguidores estão
convencidos de que a sociedade liberal e secular visa acabar com a religião
- assim, os princípios de sua fé acabam desvirtuados e distorcidos em nome
de uma luta irracional. Desta forma, enxergar em Osama bin Laden e em
seus seguidores terroristas uma representação legítima da tradição e da fé
islâmica é um erro gravíssimo. Resta à maioria dos muçulmanos, que
condenam os atos terroristas e as interpretações radicais das escrituras, a
árdua missão de reverter essa imagem e reforçar as raízes pacíficas de sua
crença.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o

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