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SUMARIO

● O que é a batalha do Armagedom?


● O que é a Profecia Maia de 2012?
● Qual é o papel de Israel no fim dos tempos?
● Vai a geração que viu o Estado de Israel ser
proclamado ainda estar viva para a Segunda
Vinda?
● Todo o Israel será salvo no fim dos tempos?
● O que é a trindade profana nos tempos finais?
● O que é a marca da besta (666)?
● Quem é a besta de Apocalipse?
● Quem é o falso profeta do fim dos tempos?
● Quem é o anticristo?
● Anticristo islâmico? O Anticristo será um
muçulmano?
● É o Papa, ou o próximo Papa, o Anticristo?
● O que Apocalipse capítulo 12 significa?

1
O que é a batalha do Armagedom?

A palavra “Armagedom” vem da palavra grega


“Har-Magedone”, que significa Monte Megiddo. Essa
palavra passou a ser sinônimo à batalha futura na
qual Deus vai intervir e destruir os exércitos do
anticristo como predito em profecia bíblica
(Apocalipse 16:16; 20:1-3, 7-10). Milhões de pessoas
vão fazer parte da batalha do Armagedom, pois todas
as nações unirão suas forças para lutar contra Cristo.

O local exato do vale do Armagedom não é claro


porque não existe nenhuma montanha chamada
Megiddo. No entanto, já que “Har” também pode
significar monte, o lugar mais provável é a área
campestre e cheia de montes ao redor da planície de
Megiddo, umas sessenta milhas ao norte de
Jerusalém. Essa região tem sido o local onde mais de
duzentas batalhas aconteceram. A planície de
Megiddo e a Planície de Esdraelon vão ser o lugar
principal para a batalha de Armagedom, que vai
enfurecer toda a região de Israel até a cidade Edomita
de Bosra (Isaías 63:1). O vale do Armagedom era
famoso por duas grande vitórias na história de Israel:
2
(1) A vitória de Baraque contra os cananitas (Juízes
4:15), e (2) a vitória de Gideão contra os Midianitas
(Juízes capítulo 7). Armagedom também foi o lugar
de duas grandes tragédias: (1) a morte de Saulo e
seus filhos (1 Samuel 31:8), e (2) a morte do rei
Josias (2 Reis 23:29-30; 2 Crônicas 35:22).

Por causa dessa história, o vale do Armagedom se


tornou um símbolo do conflito final entre Deus e as
forças do mal. A palavra “Armagedom” ocorre apenas
em Apocalipse 16:16: “Então, os ajuntaram no lugar
que em hebraico se chama Armagedom”. Essa
passagem fala dos reis que são fiéis ao anticristo e
se reunem para um ataque final em Israel. Durante o
Armagedom, Deus vai “dar-lhe o cálice do vinho do
furor da sua ira” (Apocalipse 16:19), e o anticristo e
seus seguidores vão ser destruídos e derrotados.
Armagedom se tornou um termo geral que se refere
ao fim do mundo, não exclusivamente à batalha que
acontece na Planície de Megiddo.

3
O que é a Profecia Maia de 2012?

Os antigos maias, com base em gráficos estelares,


profetizaram que 21 de dezembro de 2012 seria o fim
do mundo (ou pelo menos a data de algum tipo de
catástrofe universal). Os gráficos estelares
meso-americanos começaram por volta de 680 AC na
civilização olmeca, a qual gravou padrões
astrológicos e eventualmente compartilhou essa
informação com os maias. Os maias tinham uma
longa história de seguir o solstício de inverno
(provavelmente para o plantio de culturas) e criar
calendários (pelo menos 17 que conhecemos). Em
algum momento, eles desenvolveram a crença de que
o sol é um deus e de que a Via Láctea, que
chamavam de "Árvore Sagrada", era uma porta de
entrada para a vida futura. Depois de aprender com
os olmecas, os maias mantiveram registros de
padrões do movimento estelar pelos próximos
200-300 anos.

Os maias desenvolveram o seu próprio calendário (A


Longa Contagem) cerca de 355 AC. Eles foram
capazes de utilizar as suas observações e proezas
matemáticas para calcular os movimentos futuros de
4
estrelas no céu. O resultado foi que os maias
descobriram o efeito de oscilação da terra ao girar
sobre o seu eixo. Esta oscilação faz com que as
estrelas se movam gradualmente no céu (um efeito
chamado "precessão") em um ciclo de 5.125 anos. Os
maias também descobriram que uma vez em cada
ciclo a faixa escura no centro da Via Láctea
(chamada de "Equador Galáctico") cruza o elíptico (o
plano do movimento do sol através do céu).

Durante o ano da intersecção, o sol atinge o seu


solstício (um breve momento em que a posição do
sol no céu encontra-se na sua maior distância
angular do outro lado do plano equatorial do
observador) no dia 21 de dezembro para o hemisfério
norte e 21 de junho para o hemisfério sul. Naquele
tempo, o solstício ocorre no mesmo momento da
conjunção do equador galáctico com a Via Láctea. O
ano em que isso ocorre (em relação ao nosso
calendário gregoriano) é 2012 DC e aconteceu pela
última vez em 11 de agosto de 3114 AC. Com a
mitologia maia ensinando que o sol é um deus e que
a Via Láctea é a porta de entrada para a vida e a
morte, os maias concluíram que este cruzamento no
passado deve ter sido o momento da criação. Os

5
hieróglifos maias parecem indicar que eles
acreditavam que o próximo cruzamento (em 2012)
seria uma espécie de final e de um novo começo de
um ciclo.

Todas as chamadas "profecias maias de 2012" são


nada mais do que extrapolações descontroladamente
especulativas, com base em interpretações ainda
incertas por estudiosos de hieróglifos maias. A
verdade é que, além da convergência astrológica, há
poucos indícios de que os maias profetizaram algo
específico a respeito dos eventos em seu futuro
distante. Os maias não eram profetas, pois não foram
capazes de prever a sua própria extinção cultural.
Eles eram grandes e talentosos matemáticos, mas
também eram um povo tribal brutalmente violento
com uma compreensão primitiva dos fenômenos
naturais, exercendo crenças arcaicas e práticas
bárbaras de derramamento de sangue e sacrifício
humano. Eles acreditavam, por exemplo, que o
sangue de sacrifícios humanos alimentava o sol e
dava-lhe a vida.

Não há absolutamente nada na Bíblia que apresente


21 de dezembro de 2012 como o fim do mundo.

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Embora essa data não seja menos válida para um
evento do final dos tempos do que qualquer outra
data futura, a Bíblia em nenhum lugar apresenta os
fenômenos astronômicos aos quais os maias
apontavam como um sinal do fim dos tempos.
Aparentaria ser inconsistente da parte de Deus
permitir que os maias descobrissem uma verdade tão
surpreendente e ao mesmo tempo manter os muitos
profetas do Antigo Testamento ignorantes da
cronologia das ocorrências. Em resumo, não há
absolutamente nenhuma evidência bíblica de que a
profecia maia de 2012 sobre a previsão do dia do
juízo final seja válida ou provável em qualquer
sentido.

Aceitar a profecia maia de 2012 exige a aceitação


das seguintes teorias: o nosso sol é um deus; o sol é
alimentado pelo sangue do sacrifício humano; o
momento de criação ocorreu em 3114 AC (apesar de
todas as provas de que aconteceu muito mais cedo);
e o alinhamento visual das estrelas tem algum
significado para a vida humana cotidiana. Como
qualquer outra religião falsa, a religião maia buscava
elevar a criação em vez do próprio Criador. A Bíblia
nos fala sobre esses falsos adoradores: "Por isso

7
Deus os entregou, nas concupiscências de seus
corações, à imundícia, para serem os seus corpos
desonrados entre si" (Romanos 1:25), e "Pois os seus
atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade,
são claramente vistos desde a criação do mundo,
sendo percebidos mediante as coisas criadas, de
modo que eles são inescusáveis" (Romanos 1:20).
Aceitar a profecia maia de 2012 também nega o claro
ensino bíblico sobre o fim do mundo. Jesus nos
disse: "Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe,
nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai"
(Marcos 13:32).

8
Qual é o papel de Israel no fim dos
tempos?

Toda vez que há um conflito em ou em torno de


Israel, muitos veem isso como um sinal do fim dos
tempos se aproximando rapidamente. O problema
com isto é que talvez acabaremos eventualmente nos
cansando dos conflitos em Israel, tanto que não
vamos reconhecer quando os verdadeiros eventos
profeticamente significativos ocorrerem. Um conflito
em Israel não é necessariamente um sinal do fim dos
tempos.

O conflito em Israel tem sido uma realidade sempre


que Israel tem existido como nação. Quer tenham
sido os egípcios, amalequitas, midianitas, moabitas,
amonitas, amorreus, filisteus, assírios, babilônios,
persas ou romanos, a nação de Israel sempre foi
perseguida por seus vizinhos. Por que isso? Segundo
a Bíblia, é porque Deus tem um plano especial para a
nação de Israel e Satanás quer derrotar esse plano. O
ódio por Israel que Satanás encoraja - especialmente
a Israel de Deus - é a razão pela qual os vizinhos de
Israel sempre querem ver essa nação destruída. Quer
se trate de Senaqueribe, rei da Assíria; Hamã,
9
funcionário da Pérsia; Hitler, líder da Alemanha
nazista, ou Ahmadinejad, o presidente do Irã, as
tentativas de destruir completamente Israel sempre
falharão. Os perseguidores de Israel vêm e vão, mas a
perseguição irá permanecer até a segunda vinda de
Cristo. Como resultado, o conflito em Israel não é um
indicador confiável da iminente chegada do fim dos
tempos.

No entanto, a Bíblia diz que haverá terrível conflito em


Israel durante o final dos tempos. É por isso que esse
período é conhecido como a Tribulação, a Grande
Tribulação e o "tempo de angústia para Jacó"
(Jeremias 30:7). Isso é o que a Bíblia diz sobre Israel
no fim dos tempos:

Haverá um retorno em massa dos judeus à terra de


Israel (Deuteronômio 30:3, Isaías 43:6, Ezequiel
34:11-13; 36:24; 37:1-14).

O Anticristo fará uma aliança de 7 anos de "paz" com


Israel (Isaías 28:18; Daniel 9:27).

10
O templo será reconstruído em Jerusalém (Daniel
9:27, Mateus 24:15, 2 Tessalonicenses 2:3-4,
Apocalipse 11:1).

O Anticristo quebrará a sua aliança com Israel, o que


resultará na perseguição mundial de Israel (Daniel
9:27; 12:1, 11; Zacarias 11:16, Mateus 24:15, 21;
Apocalipse 12:13). Israel será invadida (Ezequiel
capítulos 38-39).

Israel vai finalmente reconhecer Jesus como o


Messias (Zacarias12:10). Israel será regenerada,
restaurada e reagrupada (Jeremias 33:8, Ezequiel
11:17, Romanos 11:26).

Há muita confusão em Israel hoje. Israel é


perseguida, cercada por inimigos - Síria, Líbano,
Jordânia, Arábia Saudita, Irã, Hamas, Jihad Islâmica,
Hezbollah, etc. No entanto, esse ódio e perseguição
de Israel são apenas uma amostra do que vai
acontecer no fim dos tempos (Mateus 24 :15-21). A
última rodada de perseguição começou quando Israel
foi reconstituída como uma nação em 1948. Muitos
estudiosos das profecias bíblicas acreditavam que a
Guerra dos Seis Dias entre árabes e israelenses em

11
1967 foi o "começo do fim". Será que o que está
acontecendo hoje em Israel pode indicar que o fim
está próximo? Sim. Será que isso significa
necessariamente que o fim esteja próximo? Não. O
próprio Jesus explicou bem: "Acautelai-vos, que
ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu
nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão.
E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai
não vos perturbeis; porque forçoso é que assim
aconteça; mas ainda não é o fim" (Mateus 24:4-6).

12
Vai a geração que viu o Estado de
Israel ser proclamado ainda estar
viva para a Segunda Vinda?

Este conceito é geralmente tirado de Mateus 24:34:


"Em verdade vos digo que não passará esta geração
sem que tudo isto aconteça." Os versículos
anteriores, Mateus 24:1-33, descrevem os
acontecimentos do fim dos tempos em relação a
Israel. Como resultado, alguns intérpretes achavam
que o fim dos tempos começaria quando o Estado de
Israel fosse "reconstituído" como uma nação (o que
aconteceu em 1948). Contudo, à medida que mais e
mais tempo se passou desde 1948, o período
abrangido por uma "geração" teve que se alongar e
alongar. Já faz mais de 60 anos - o que vai muito
além da definição padrão de uma geração.

O maior problema com este ensinamento é que


Mateus 24 não menciona uma reformulação de Israel
ou nos dá qualquer outro ponto de partida para
contarmos os anos da "geração". O que o contexto
parece dizer é que, quando os eventos do fim dos
tempos começarem a acontecer, eles vão acontecer

13
rapidamente. "Esta geração" é a geração viva durante
"o princípio das dores" (verso 8). Quando o problema
começar, as coisas vão progredir rapidamente.

As palavras proféticas de Jesus em Mateus 24


também poderiam ter uma "dupla realização". Alguns
dos eventos ocorreram em 70 d.C., quando os
romanos destruíram Jerusalém. Outros eventos (nos
versículos 29-31, por exemplo) ainda não ocorreram.
Algumas das palavras de Jesus foram cumpridas
pouco depois dEle ter falado (dentro de Sua geração).
Por outro lado, outras não serão cumpridas até que a
geração dos últimos tempos esteja em cena.

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15
Todo o Israel será salvo no fim dos
tempos?

Romanos 11:26 diz claramente: “Todo o Israel será


salvo”. A questão que se coloca é: “O que significa
Israel?” O futuro “Israel” é literal ou figurativo (ou seja,
referindo-se aos judeus étnicos ou referindo-se à
Igreja)? Aqueles que adotam uma abordagem literal
das promessas do Antigo Testamento acreditam que
os descendentes físicos de Abraão, Isaque e Jacó
serão restaurados a um relacionamento correto com
Deus e receberão o cumprimento das alianças.
Aqueles que defendem a teologia da substituição
basicamente afirmam que a Igreja substituiu Israel
completamente e herdará as promessas de Deus a
Israel; as alianças, então, serão cumpridas apenas no
sentido espiritual. Em outras palavras, a teologia da
substituição ensina que Israel não herdará a
verdadeira terra da Palestina; a Igreja é o “novo Israel”
e o Israel étnico está para sempre excluído das
promessas - os judeus não herdarão a Terra
Prometida como judeus per se.

Usamos a abordagem literal. As passagens que


falam do futuro Israel são difíceis de ver como
16
figurativas para a Igreja. O texto clássico (Romanos
11:16-24) descreve Israel como distinto da Igreja: os
“ramos naturais” são os judeus e os “ramos
selvagens” são os gentios. A “oliveira” é o povo
coletivo de Deus. Os “ramos naturais” (judeus) são
“cortados” da árvore pela descrença, e os “ramos
selvagens” (gentios crentes) são enxertados. Isso
tem o efeito de deixar os judeus “com ciúmes” e, em
seguida, atraí-los à fé em Cristo, para que sejam
“enxertados” novamente e recebam a herança
prometida. Os "ramos naturais" ainda são distintos
dos "ramos selvagens", de modo que a aliança de
Deus com Seu povo seja literalmente cumprida.
Romanos 11:26–29, citando Isaías 59:20–21; 27:9;
Jeremias 31:33-34, diz:

“… e assim todo o Israel será salvo, como está


escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó
as impiedades; e este será o meu pacto com eles,
quando eu tirar os seus pecados. Quanto ao
evangelho, eles na verdade, são inimigos por causa
de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos
pais. Porque os dons e a vocação de Deus são
irretratáveis.”

17
Aqui, Paulo enfatiza a natureza “irretratável” do
chamado de Israel como nação (veja também
Romanos 11:12). Isaías predisse que um
“remanescente” de Israel seria um dia “Povo santo,
remidos do Senhor” (Isaías 62:12).
Independentemente do atual estado de descrença de
Israel, um futuro remanescente irá de fato se
arrepender e cumprir seu chamado para estabelecer
a justiça pela fé (Romanos 10:1-8; 11:5). Esta
conversão coincidirá com o cumprimento da previsão
de Moisés da restauração permanente de Israel à
terra (Deuteronômio 30:1-10).

Quando Paulo diz que Israel será “salvo” em Romanos


11:26, ele se refere à libertação do pecado (Romanos
11:27) ao aceitarem o Salvador, seu Messias, no fim
dos tempos. Moisés disse: “Também o Senhor teu
Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua
descendência, a fim de que ames ao Senhor teu Deus
de todo o teu coração e de toda a tua alma, para que
vivas” (Deuteronômio 30:6). A herança física de Israel
da terra prometida a Abraão será parte integrante do
plano final de Deus (Deuteronômio 30:3-5).

18
Então, como “todo o Israel será salvo”? Os detalhes
desta libertação são preenchidos em passagens
como Zacarias 8-14 e Apocalipse 7-19, que falam do
fim dos tempos de Israel na volta de Cristo. O
versículo-chave que descreve a vinda à fé do futuro
remanescente de Israel é Zacarias 12:10: “Mas sobre
a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém,
derramarei o espírito de graça e de súplicas; e
olharão para aquele a quem traspassaram, e o
prantearão como quem pranteia por seu filho único; e
chorarão amargamente por ele, como se chora pelo
primogênito.” Isso ocorre no final da tribulação
profetizada em Daniel 9:24-27. O apóstolo João faz
referência a esse evento em Apocalipse 1:7. O fiel
remanescente de Israel é resumido em Apocalipse
7:1–8. O Senhor salvará esses fiéis e os trará de volta
a Jerusalém “em verdade e em justiça” (Zacarias
8:7–8).

Depois que Israel for restaurado espiritualmente,


Cristo estabelecerá Seu reino milenar na terra. Israel
será reunido desde os confins da terra (Isaías 11:12;
62:10). Os simbólicos "ossos secos" da visão de
Ezequiel serão reunidos, cobertos com carne e
milagrosamente ressuscitados (Ezequiel 37:1-14).

19
Como Deus prometeu, a salvação de Israel envolverá
um despertar espiritual e um lar geográfico: “E porei
em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa
terra; e sabereis que eu, o Senhor, o falei e o cumpri,
diz o Senhor” (Ezequiel 37:14).

No Dia do Senhor, Deus irá “estender a sua mão para


adquirir outra vez e resto do seu povo” (Isaías 11:11).
Jesus Cristo retornará e destruirá os exércitos
reunidos contra Ele em rebelião (Apocalipse 19). Os
pecadores serão julgados e o remanescente fiel de
Israel será separado para sempre como o povo santo
de Deus (Zacarias 13:8—14: 21). Isaías 12 é o seu
cântico de libertação; Sião governará sobre todas as
nações sob a bandeira do Messias, o Rei.

20
O que é a trindade profana nos
tempos finais?

Uma tática comum de Satanás é imitar ou falsificar


as coisas de Deus para se fazer parecer Deus. O que
é comumente conhecido como a "trindade profana",
descrita em Apocalipse 12 e 13, é um excelente
exemplo. A Santíssima Trindade é constituída por
Deus, o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo.
A trindade profana consiste de Satanás, o Anticristo e
o Falso Profeta. Enquanto a Santíssima Trindade é
caracterizada pela infinita verdade, amor e bondade, a
trindade profana retrata os traços diametralmente
opostos de decepção, ódio e mal autêntico.

Apocalipse 12 e 13 contêm passagens proféticas que


descrevem alguns dos principais eventos e figuras
envolvidos durante a segunda metade da tribulação
de sete anos. Satanás é descrito em Apocalipse 12:3
como um "dragão, grande, vermelho, com sete
cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas."
A cor vermelha indica sua personalidade viciosa e
homicida. As sete cabeças simbolizam sete reinos
malignos que Satanás tem usado por toda a história
em uma tentativa de impedir que o plano de Deus
21
avançasse. Cinco dos reinos já tinham vindo e ido
quando João escreveu esta profecia - Egito, Assíria,
Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia. Um reino estava no
poder nos dias de João - Roma. E o reino final será o
do Anticristo. As sete coroas representam um reino
universal, e os dez chifres representam a divisão do
reino do Anticristo em dez sub-reinos, como também
indicado pelos dez dedos na imagem no sonho de
Nabucodonosor (Daniel 2:41-43) e pelos dez chifres
na "terrível" besta em Daniel 7:7, 24.

Apocalipse 12 indica muitos fatos importantes sobre


Satanás, além de sua natureza semelhante a de um
dragão. Primeiro, a descrição figurativa de "um terço
das estrelas" sendo varrida do céu indica que um
terço dos anjos foi expulso do céu durante a rebelião
de Satanás (Apocalipse 12:4, ver Isaías 14:12-14 e
Ezequiel 28:12-18). Em algum momento durante a
tribulação, o arcanjo Miguel e uma série de santos
anjos lutam com Satanás e seus demônios nos
reinos celestiais, e Satanás é expulso do céu para
sempre (Apocalipse 12:7-9). Em sua tentativa de
impedir o cumprimento de Deus de Seu reino
terrestre, Satanás tentará mais uma vez aniquilar os
judeus, mas Deus protegerá sobrenaturalmente um

22
remanescente em algum lugar fora de Israel durante
os últimos 42 meses (três anos e meio) da tribulação
(Apocalipse 12:6, 13-17, Mateus 24:15-21).

O segundo membro da trindade profana é a Besta -


ou Anticristo - descrita em Apocalipse 13 e Daniel 7.
Na visão de João, a besta sai do mar, o que a Bíblia
normalmente usa em referência às nações gentias.
Ele é descrito como tendo sete cabeças e dez chifres
- exatamente como o dragão - indicando a sua
conexão com Satanás. Os dez chifres representam
os dez assentos do governo mundial que fornecerão
poder ao Anticristo (Daniel 7:7, 24). Esse governo
mundial será uma perversão faminta de poder,
blasfema e sanguinária do reino vindouro de Cristo.

Apocalipse 13:3, 12 e 14 indicam que o Anticristo


será mortalmente ferido na metade da tribulação,
mas Satanás sanará milagrosamente a sua ferida.
Após este milagre enganador, o mundo ficará
totalmente encantado pelo Anticristo e adorará tanto
a ele quanto a Satanás (Apocalipse 13:4-5). O
Anticristo ficará mais forte e, dispensando toda
pretensão de ser um governante pacífico, quebrará
seu tratado com os judeus, blasfemará abertamente

23
a Deus, atacará os santos e profanará o templo
judaico reconstruído (Daniel 9:27, Apocalipse 13:4-7,
Mateus 24:15).

O personagem final da trindade profana é o Falso


Profeta, descrito em Apocalipse 13:11-18. Esta
segunda besta sai da terra, não do mar,
possivelmente indicando que será um judeu apóstata
de Israel. João o vê como um cordeiro com chifres e
com a voz de um dragão (versículo 11). Embora se
apresente como uma pessoa mansa, suave e
benevolente, os chifres indicam o seu poder. E o seu
discurso é do diabo. O Falso Profeta falará
persuasivamente e enganosamente para afastar as
pessoas de Deus e promover a adoração do
Anticristo e Satanás (Apocalipse 13:11-12). O Falso
Profeta será capaz de produzir grandes sinais e
maravilhas, inclusive chamar fogo do céu (Apocalipse
13:13). Ele erguerá uma imagem do Anticristo, dará
vida à imagem e exigirá que todas as pessoas
adorem a imagem (Apocalipse 13:14-15). A imagem
da besta, habilitada pelo Falso Profeta, fará "morrer
quantos não adorassem a imagem da besta"
(versículo 15).

24
O Falso Profeta também obrigará cada pessoa a
receber uma marca de algum tipo para mostrar sua
devoção ao Anticristo. Aqueles que receberem a
marca reconhecerão o Anticristo como deus e
submeter-se-ão a sua agenda. Tomar a marca será
uma exigência para se envolver no comércio da
economia mundial. A Escritura diz que receber a
marca da besta condenará aquela pessoa à morte
eterna (Apocalipse 14:9-10). Os santos da tribulação
vão recusar a marca e serão perseguidos como
resultado.

Satanás é o anti-Deus, a Besta é o anti-Cristo, e o


Falso Profeta é o anti-Espírito. Esta trindade profana
perseguirá crentes e enganará muitos outros. No
entanto, o reino de Deus prevalecerá. Daniel 7:21-22
afirma: "Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra
contra os santos e prevalecia contra eles, até que
veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do
Altíssimo; e veio o tempo em que os santos
possuíram o reino."

25
O que é a marca da besta (666)?

A passagem principal na Bíblia que menciona a


"marca da besta" é Apocalipse 13:15-18. Outras
referências podem ser encontradas em Apocalipse
14:9,11; 15:2; 16:2; 19:20; 20:4. Essa marca age como
um "selo" para os seguidores do anticristo e o falso
profeta (o porta-voz do anticristo). O falso profeta (a
segunda besta) é aquele que leva as pessoas a
aceitarem essa marca. Essa marca é literalmente
colocada na mão ou na testa, e não é apenas um
cartão que alguém carrega.

Os progressos recentes em tecnologias médicas para


implantar chips têm aumentado o interesse na
"marca da besta", a qual é mencionada em
Apocalipse capítulo 13. É provável que a tecnologia
que hoje vemos representa os primeiros passos do
que pode eventualmente se tornar a "marca da
besta". É importante que saibamos que um chip
médico implantado não é a marca da besta. A marca
da besta será algo dado apenas àqueles que louvam
o anticristo. Ter um microchip médico ou financeiro
inserido na sua mão direita ou testa não é a marca da
besta. A marca da besta vai ser uma "marca" do fim
26
dos tempos exigida pelo anticristo para comprar ou
vender e será dada apenas àqueles que adoram ao
anticristo.

Muitos expositores bons do livro de Apocalipse têm


tido opiniões bastante diferentes sobre o que
exatamente a marca da besta é. Além da opinião de
uma "carteira de identidade", outros têm especulado
que é um microchip, um código de barras que é
tatuado na pele, ou simplesmente uma marca que
identifica alguém como sendo fiel ao reino do
anticristo. Essa última opinião exige menos
especulação, já que não adiciona mais informação ao
que a Bíblia nos diz. Em outras palavras, qualquer
uma dessas idéias é possível, mas ao mesmo tempo
são apenas especulações, então teremos que esperar
e ver o que acontece. Não devemos perder muito
tempo especulando sobre detalhes que vão além do
que a Bíblia diz.

O significado de 666 também é um mistério.


Recentemente, muitas pessoas especularam que
havia uma conexão a 6 de junho de 2006 – 06/06/06.
No entanto, de acordo com Apocalipse capítulo 13, o
número 666 identifica uma pessoa, não uma data.

27
Apocalipse 13:18 nos diz: “Aqui está a sabedoria.
Aquele que tem entendimento calcule o número da
besta, pois é número de homem. Ora, esse número é
seiscentos e sessenta e seis”. De alguma forma, o
número 666 vai identificar o anticristo. Por séculos,
intérpretes da Bíblia têm tentado identificar certos
indivíduos com 666. Nada é conclusivo. Por isso
Apocalipse 13:18 diz que o número requer sabedoria.
Quando o anticristo for revelado (2 Tessalonicenses
2:3-4), vai ser claro quem ele é e como o número 666
o identifica.

28
]Quem é a besta de Apocalipse?

Durante o futuro período da tribulação, o mundo será


governado por um homem ímpio que presidirá um
sistema governamental maligno. A Bíblia associa
esse governante do fim dos tempos a uma besta
terrível nos livros de Apocalipse e Daniel.

Em Apocalipse 13, João tem uma visão torturante de


um dragão e duas feras. A primeira besta sai do mar
e recebe o poder do dragão, ou Satanás. Esta besta é
uma verdadeira monstruosidade: “Então vi subir do
mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças,
e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as
suas cabeças nomes de blasfêmia. E a besta que vi
era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os
de urso, e a sua boca como a de leão” (Apocalipse
13:1–2). A visão da besta de Daniel é em muitos
aspectos semelhante à de João (Daniel 7:7-8, 19-27).
Estudar Daniel e Apocalipse em conjunto é lucrativo.

Em Apocalipse, o termo besta se refere a duas


entidades relacionadas. Às vezes, "a besta" se refere
ao império do fim dos tempos. As sete cabeças e dez
chifres indicam que a besta será uma coalizão de
29
nações que assumirá o poder para subjugar a terra
sob o controle de Satanás. Referências posteriores à
“besta” no Apocalipse retratam um indivíduo - o
homem que é o líder político e chefe do império
bestial.

A besta receberá uma ferida mortal e será curada


(Apocalipse 13:3). Ele exercerá autoridade sobre o
mundo inteiro e exigirá adoração (Apocalipse 13:7-8).
Ele travará guerra contra o povo de Deus e
prevalecerá contra eles por um tempo (Apocalipse
13:7; Daniel 7:21). No entanto, o tempo da besta é
curto: de acordo com Apocalipse 13:5 e Daniel 7:25,
ela só terá autoridade absoluta por quarenta e dois
meses (três anos e meio).

Acreditamos que a besta de Apocalipse é o


Anticristo, aquele que “se opõe e se levanta contra
tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração,
de sorte que se assenta no santuário de Deus,
apresentando-se como Deus” (2 Tessalonicenses
2:4). Ele também é chamado de “homem do pecado”
e “filho da perdição” (2 Tessalonicenses 2:3). Na
visão de Daniel, o Anticristo é o "chifre pequeno" que
se eleva da cabeça da terrível besta (Daniel 7:8).

30
Quando o Senhor voltar para o julgamento, Ele
derrotará a besta e destruirá seu império (Apocalipse
19:19-20; cf. Daniel 7:11). A besta será lançada viva
no lago de fogo. A identidade do indivíduo que se
tornará a besta do Apocalipse ainda não é conhecida.
De acordo com 2 Tessalonicenses 2:7, este homem
será revelado somente quando Deus remover a
influência restritiva do Espírito Santo da terra.

É interessante comparar as diferentes visões bíblicas


dos reinos do mundo. Em Daniel 2, o rei
Nabucodonosor sonha com os reinos do mundo
como “uma grande estátua. Esta estátua, imensa e de
excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a
sua aparência era terrível” (Daniel 2:31). O profeta
Daniel mais tarde teve uma visão dos mesmos reinos,
exceto que ele os vê como bestas horríveis (Daniel 7).
Na visão de João do reino mundano final, o império é
retratado como uma besta grotesca e deformada.
Essas passagens apresentam duas perspectivas
muito diferentes sobre os reinos que a humanidade
constrói. O homem vê suas criações como
monumentos imponentes e obras de arte feitas de
metais valiosos. No entanto, a visão de Deus sobre

31
os mesmos reinos é que eles são monstros
anormais. E a besta do Apocalipse será a pior de
todas.

32
Quem é o falso profeta do fim dos
tempos?

O falso profeta do fim dos tempos é descrito em


Apocalipse 13:11-15. Ele também é conhecido como
a "segunda besta" (Apocalipse 16:13, 19:20, 20:10). O
falso profeta é o terceiro na trindade profana,
juntamente com o Anticristo e Satanás, o qual
capacita os outros dois.

O apóstolo João descreve essa pessoa e dá-nos


pistas para identificá-lo quando ele aparecer.
Primeiro, ele surge da terra. Isto pode significar que
surge das profundezas do inferno com todos os
poderes demoníacos do inferno sob o seu comando.
Isso também pode significar que surge de
circunstâncias humildes, secretas e desconhecidas
até aparecer no palco mundial na mão direita do
Anticristo. Ele é retratado como tendo chifres como
um cordeiro e como falando como um dragão. Os
chifres de cordeiros são apenas pequenas
protuberâncias em suas cabeças até o cordeiro
crescer em um carneiro. Ao invés de ter a
multiplicidade de cabeças e chifres do Anticristo,
mostrando o seu poder, força e ferocidade, o falso
33
profeta vem como um cordeiro, de forma cativante,
com palavras persuasivas que atraem a simpatia e
boa vontade dos outros. Ele pode ser um
extraordinário pregador ou orador cujas palavras
demoniacamente fortalecidas vão enganar as
multidões. Entretanto, ele fala como um dragão, o
que significa que sua mensagem é a mensagem de
um dragão. Apocalipse 12:9 identifica o dragão como
o diabo e Satanás.

O versículo 12 nos dá a missão do falso profeta na


terra - forçar a humanidade a adorar o Anticristo. Ele
tem toda a autoridade do Anticristo porque, como ele,
o falso profeta tem o poder de Satanás. Não está
claro se as pessoas são forçadas a adorar o
Anticristo ou se são tão encantadas com esses seres
poderosos que caem ao engano e o adoram de bom
grado. O fato de que a segunda besta usa sinais e
prodígios, incluindo fogo do céu, para estabelecer a
credibilidade de ambos parece indicar que as
pessoas vão cair diante deles em adoração do seu
poder e mensagem. O versículo 14 diz que o engano
será tão grande que as pessoas vão criar um ídolo
para o Anticristo e adorá-lo. Isso lembra a enorme
imagem de ouro de Nabucodonosor (Daniel 3), diante

34
da qual todos deviam se curvar e prestar
homenagem. Apocalipse 14:9-11, no entanto,
descreve o destino medonho que aguarda aqueles
que adoram a imagem do Anticristo.

Aqueles que sobrevivem aos horrores da Tribulação


até este ponto enfrentarão duas escolhas difíceis.
Aqueles que se recusam a adorar a imagem da besta
estarão sujeitos à morte (v. 15), mas aqueles que o
adoram vão sofrer a ira de Deus. A imagem será
extraordinária porque será capaz de "falar". Isso não
significa que ela terá vida – a palavra grega aqui é
pneuma, o que que significa "respiração" ou "corrente"
de ar, não a palavra bios ("vida ") - mas que terá
algum tipo de capacidade de transmitir a mensagem
do Anticristo e do falso profeta. Além de ser o
porta-voz deles, a imagem também vai condenar à
morte aqueles que se recusam a adorar o par
profano. Em nosso mundo tecnológico, não é difícil
imaginar um cenário como esse.

Quem quer que esse falso profeta seja, a decepção


final mundial e a apostasia final serão grandes, e todo
o mundo fará parte. Os enganadores e falsos mestres
que vemos hoje são os precursores do Anticristo e do

35
falso profeta, e não devemos ser enganados por eles.
Esses falsos mestres são muitos e estão nos
movendo na direção de um reino final satânico.
Devemos proclamar fielmente o Evangelho salvador
de Jesus Cristo e resgatar as almas dos homens e
mulheres desse desastre iminente.

36
Quem é o anticristo?

Há muita especulação sobre a identidade do


anticristo. Alguns dos alvos mais populares são
Vladimir Putin, o Príncipe William, Mahmoud
Ahmadinejad e o Papa Francisco I. Nos Estados
Unidos, o ex-presidente Barack Obama e o atual
presidente Donald Trump são os alvos mais
frequentes. Então, quem é o anticristo e como vamos
reconhecê-lo?

A Bíblia não diz nada específico sobre de onde o


anticristo vai surgir. Muitos estudiosos bíblicos
especulam que ele virá de uma confederação de dez
nações e/ou de um Império Romano renascido
(Daniel 7:24-25; Apocalipse 17:7). Outros o veem
como um judeu, já que ele teria que ser um para
poder clamar ser o Messias. Tudo é apenas
especulação já que a Bíblia não diz especificamente
de onde o anticristo vai surgir e qual a sua raça será.
Um dia o anticristo será revelado. 2 Tessalonicenses
2:3-4 nos diz como iremos reconhecer o anticristo:
"Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto
não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia
e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da
37
perdição, qual se opõe e se levanta contra tudo que
se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de
assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se
como se fosse o próprio Deus".

É provável que a maioria das pessoas que estiverem


vivas quando o anticristo for revelado vai estar muito
surpresa com a sua identidade. O anticristo pode já
estar vivo hoje ou não. Martinho Lutero estava certo
de que o Papa de sua época era o anticristo. Durante
a década de 40, muitos achavam que Adolf Hitler era
o anticristo. Outros que viveram nas últimas centenas
de anos têm tido a mesma “certeza” quanto à
identidade do anticristo. Até agora, todos estavam
incorretos. Devemos deixar para trás todas as
especulações e focalizar no que a Bíblia realmente
diz sobre o anticristo. Apocalipse 13:5-8 declara: "E
foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e
blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta
e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias
contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu
tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe
permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e
deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra,

38
esses cujos nomes não estão escritos no livro da
vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo."

39
Anticristo islâmico? O Anticristo será
um muçulmano?

Com as crescentes tensões no Oriente Médio nos


últimos anos, e especialmente com as declarações
de xiitas muçulmanos extremistas sobre o Décimo
Segundo Imã, muitas pessoas começaram a
perguntar como isso se relaciona com as profecias
bíblicas. Para responder, é preciso primeiro descobrir
quem é o décimo segundo imã é o que se acredita
que ele fará pelo Islã. Em segundo lugar, devemos
examinar as declarações de muçulmanos xiitas em
relação a essas esperanças e, em terceiro lugar,
precisamos ver o que a Bíblia diz sobre a questão.

Dentro do ramo xiita do Islã, houve doze imãs, ou


líderes espirituais, designados por Alá. Estes
começaram com o imã Ali, primo de Maomé, o qual
reivindicou a sucessão profética depois da morte de
Maomé. Por volta do ano 868 DC, o Décimo Segundo
Imã, Abual-Qasim Muhammad (ou Maomé al Mahdi),
nasceu ao décimo primeiro imã. Porque o seu pai
estava sob intensa perseguição, Mahdi foi enviado a
esconder-se para a sua proteção. Aos 6 anos de
idade, ele rapidamente saiu da clandestinidade
40
quando o seu pai foi morto, mas depois voltou a se
esconder. Diz-se que ele tem se escondido em
cavernas desde então e retornará de forma
sobrenatural antes do dia do juízo para erradicar toda
a tirania e opressão, trazendo harmonia e paz à terra.
Ele é o salvador do mundo na teologia xiita. De
acordo com um escritor, o Mahdi vai combinar a
dignidade de Moisés, a graça de Jesus e a paciência
de Jó em uma pessoa perfeita.

As previsões sobre o Décimo Segundo Imã têm uma


impressionante semelhança com as profecias
bíblicas do fim dos tempos. De acordo com a
profecia islâmica, o retorno do Mahdi será precedido
por uma série de eventos durante três anos de
horrível caos mundial e ele dominará sobre os árabes
e o mundo por sete anos. A sua aparição será
acompanhada por duas ressurreições, uma dos
ímpios e uma dos justos. Segundo os ensinamentos
xiitas, a liderança do Mahdi será aceita por Jesus e
os dois grandes ramos da família de Abraão serão
reunidos para sempre.

Como as declarações de muçulmanos xiitas, como


as do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se

41
relacionam com isso? Ahmadinejad é um xiita
profundamente comprometido e afirma que deve
pessoalmente preparar o mundo para a vinda de
Mahdi. Para que o mundo seja salvo, é necessário
que esteja em um estado de caos e subjugação, e
Ahmadinejad sente que foi escolhido por Alá para
preparar o caminho para isso. Ahmadinejad tem
repetidamente feito declarações sobre destruir os
inimigos do Islã. O presidente iraniano e seu gabinete
supostamente assinaram um contrato com Al Mahdi
no qual se comprometem à sua obra. Quando
perguntado diretamente pela repórter do ABC, Ann
Curry, em setembro de 2009, sobre suas declarações
apocalípticas, Ahmadinejad disse: "Imã... virá com a
lógica, com a cultura, com a ciência. Ele virá de modo
que não haverá mais guerra. Não mais inimizade, não
mais ódio. Não mais conflito. Ele vai convidar todos a
entrarem em um amor fraternal. É claro que ele vai
retornar com Jesus Cristo. Os dois voltarão juntos e
trabalharão juntos para preencher este mundo com
amor."

O que tudo isso tem a ver com o Anticristo? De


acordo com 2 Tessalonicenses 2:3-4, haverá um
"homem do pecado" revelado nos últimos dias que

42
vai opor-se e exaltar-se acima de tudo que se chama
Deus. Em Daniel 7, lemos da visão de Daniel dos
quatro animais que representam reinos que
desempenham papéis importantes no plano profético
de Deus. O quarto animal é descrito (v. 7-8) como
sendo terrível, espantoso, muito forte e diferente
daqueles que vieram antes dele. Também é descrito
como tendo um "pequeno chifre" que arranca outros
chifres. Esse chifre pequeno é frequentemente
identificado como o Anticristo. No versículo 25, ele é
descrito como falando “palavras contra o Altíssimo, e
consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar
os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na
mão por um tempo, e tempos, e metade de um
tempo" (3 ½ anos). Em Daniel 8, a visão do carneiro e
do bode identifica um rei que vai surgir nos últimos
dias (v. 23-25), destruir muitas pessoas e se levantar
contra Cristo, mas este rei será quebrado. Daniel 9:27
profetiza que o "príncipe que há de vir" faria uma
aliança de 7 anos com muitas pessoas e em seguida
traria muita desolação. Quem será este Anticristo?
Ninguém sabe ao certo, mas muitas teorias foram
dadas, inclusive a possibilidade de que seria um
árabe.

43
Independentemente das várias teorias, há alguns
paralelos entre a Bíblia e a teologia xiita que devemos
observar. Primeiro, a Bíblia diz que o reino do
Anticristo governará o mundo por sete anos e o Islã
afirma que o Décimo Segundo Imã governará o
mundo por sete anos. Em segundo lugar, os
muçulmanos antecipam três anos de caos antes da
revelação do Décimo Segundo Imã e a Bíblia fala de 3
anos e meio de Tribulação antes do Anticristo se
revelar ao profanar o templo judaico. Terceiro, o
Anticristo é descrito como um enganador que alega
trazer paz, mas que realmente traz a guerra
generalizada. A antecipação do Décimo Segundo Imã
é que ele vai trazer a paz através de guerra massiva
com o resto do mundo.

O Anticristo será um muçulmano? Só Deus sabe. Há


ligações entre a escatologia islâmica e a escatologia
cristã? Certamente parecem existir correlações
diretas, embora sejam como a leitura das descrições
de uma grande batalha, primeiro do ponto de vista do
perdedor, tentando preservar a sua reputação e, em
seguida, da perspectiva do vencedor. Até que
vejamos o cumprimento dessas coisas, é preciso
prestar atenção às palavras de 1 João 4:1-4:

44
"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os
espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas
têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de
Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; e todo espírito que não
confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do
anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia
de vir; e agora já está no mundo. Filhinhos, vós sois
de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é
aquele que está em vós do que aquele que está no
mundo."

45
É o Papa, ou o próximo Papa, o
Anticristo?

Há muitas especulações sobre a identidade do


Anticristo. Uma das mais frequentes "vítimas" da
especulação é o Papa da Igreja Católica Romana.
Nos dias da Reforma Protestante, Martinho Lutero e
alguns dos outros reformadores estavam
convencidos de que o Papa da época era o Anticristo.
Os papas João Paulo II e Bento XVI foram
comumente identificados como o Anticristo. O papa
atual, Francisco I, provavelmente vai ser um alvo
popular também. Por que isso? Existe alguma coisa
na Bíblia que indique que um Papa será o Anticristo?

A especulação sobre o Papa possivelmente sendo o


Anticristo gira basicamente em torno de Apocalipse
17:9. Descrevendo o sistema perverso do fim dos
tempos, simbolizado por uma mulher cavalgando
uma besta, Apocalipse 17:9 declara: "Aqui o sentido,
que tem sabedoria. As sete cabeças são sete
montes, sobre os quais a mulher está assentada".
Nos tempos antigos, a cidade de Roma era conhecida
como "a cidade das sete colinas" porque há sete
colinas importantes que a cercam. Sendo assim,
46
acredita-se que o Anticristo seja de alguma forma
ligado a Roma. Então, se o perverso sistema do final
dos tempos for de alguma forma associado a Roma -
não é preciso pensar muito para ver uma potencial
conexão com a Igreja Católica Romana, a qual é
centrada em Roma. Numerosas passagens na Bíblia
descrevem um "Anticristo" que irá liderar o
movimento anti-Cristo no fim dos tempos (Daniel
9:27; 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 13:5-8).
Assim, se o perverso sistema mundial do fim dos
tempos for centrado em Roma e liderado por um
indivíduo - o Papa é um provável candidato.

No entanto, muitos comentaristas bíblicos dizem que


a mulher não pode ser a Igreja Católica e as sete
colinas não podem se referir a Roma. Eles citam o
fato de que Apocalipse 17-18 identifica claramente a
mulher montada na besta como a cidade de
Babilônia. (Conhecemos a cidade de Babilônia por
um nome diferente hoje - Bagdá.) Além disso, o
versículo 10 diz claramente que as sete colinas
simbolizam sete reis, cinco dos quais "já caíram, e um
existe; outro ainda não é vindo". Claramente, isso não
pode se referir às sete colinas de Roma. Ao invés, é
uma referência a sete impérios mundiais governados

47
por sete reis. No momento do Apocalipse, cinco
impérios mundiais tinham ido e vindo - Egito, Assíria,
Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia - um (Roma) existiu e
um (o império mundial do Anticristo) ainda não havia
chegado.

Quem quer que o Anticristo acabe sendo, o


importante é ser advertido de sua vinda e aprender a
reconhecer ele e todos os que possuem o seu
espírito. Primeiro João 4:2-3 nos diz como identificar
o espírito do Anticristo: "Nisto conheceis o Espírito de
Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; e todo espírito que não
confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do
anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia
de vir; e agora já está no mundo." O Papa atual,
Francisco I, reconhece que Jesus é Deus e veio em
carne (ver 1 João 4:2). Embora estejamos em
desacordo com o Papa Francisco I em várias áreas
da doutrina católica, a sua visão da Pessoa de Jesus
Cristo é bíblica. Portanto, é difícil acreditar que o
Papa Francisco I seja o Anticristo. Embora
acreditemos que seja possível que um Papa seja o
Anticristo, a Bíblia não dá informações específicas
suficientes para sermos dogmáticos. Um futuro Papa

48
talvez seja o Anticristo ou o falso profeta do
Anticristo (Apocalipse 13:11-17). Se assim for, este
futuro Papa vai ser claramente identificado por sua
negação de que Jesus veio em carne.

49
O que Apocalipse capítulo 12
significa?

Em Apocalipse capítulo 12, João vê uma visão de


uma mulher "vestida do sol, tendo a lua debaixo dos
seus pés, e uma coroa de doze estrelas" (Apocalipse
12:1). Observe a semelhança entre essa descrição e
a descrição que José deu de seu pai Jacó (Israel) e
sua mãe e seus filhos (Gênesis 37:9-11). As doze
estrelas referem-se às doze tribos de Israel. Assim, a
mulher em Apocalipse 12 é Israel.

Evidência adicional para essa interpretação é que


Apocalipse 12:2-5 fala da mulher estando grávida e
dando à luz. Embora seja verdade que Maria deu à luz
Jesus, também é verdade que Jesus, o filho de Davi
da tribo de Judá, veio de Israel. Em certo sentido,
Israel deu à luz (gerou) Cristo Jesus. O versículo 5 diz
que o filho da mulher era "um varão que há de reger
todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi
arrebatado para Deus e para o seu trono". Isso está
claramente descrevendo Jesus. Jesus ascendeu ao
céu (Atos 1:9-11), um dia vai estabelecer o Seu reino
sobre a terra (Apocalipse 20:4-6) e reinará com juízo
perfeito (a "vara de ferro", ver Salmo 2: 7-9).
50
A fuga da mulher para o deserto por 1.260 dias
refere-se ao tempo futuro chamado de Grande
Tribulação. Mil duzentos e sessenta dias são 42
meses (de 30 dias cada), o que é o mesmo que três
anos e meio. Na metade do período da Tribulação, a
Besta (o Anticristo) colocará uma imagem de si
mesmo no templo que será construído em
Jerusalém. Esta é a abominação de que Jesus falou
em Mateus 24:15 e Marcos 13:14. Quando a Besta
fizer isso, ela quebra o pacto de paz que havia feito
com Israel e a nação tem de fugir por segurança –
possivelmente à Petra (ver também Mateus 24;
Daniel 9:27). Esta fuga dos judeus é retratada como a
mulher fugindo ao deserto.

Apocalipse 12:12-17 fala de como o diabo vai fazer


guerra contra Israel, tentando destruí-la (Satanás
sabe que o seu tempo é curto, relativamente falando
– ver Apocalipse 20:1-3, 10). Essa passagem também
revela que Deus vai proteger Israel no deserto.
Apocalipse 12:14 diz que Israel vai ser protegida
contra o diabo por “um tempo, e tempos, e metade de
um tempo” ("um tempo" = 1 ano; "tempos" = 2 anos;

51
"metade de um tempo"= meio ano; em outras
palavras, três anos e meio).

52

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