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O islã e a profecia

9 minutos de leitura

Além de cristãos e judeus, Deus pode ter fiéis entre os


demais descendentes de Abraão

Anualmente, milhões de devotos fazem peregrinações à Meca,


onde fica a Caaba, construção reverenciada pelos muçulmanos.
Nos últimos anos o islamismo foi alçado ao centro das atenções
no mundo. Essa popularização ganhou força com os atentados
que derrubaram as famosas Torres Gêmeas. As imagens das
torres em chamas, exploradas à exaustão, funcionaram com uma
propaganda, e o crescimento posterior do islã sugere a eficácia
dela.

Segundo relatório do Pew Research Center, em 2050 os


muçulmanos deverão chegar a 29,7% da população mundial, bem
perto dos 31,4% de cristãos. A proporção atual é de 22,5% para
33%. Uma das grandes surpresas é que a Europa deverá ter 10%
de muçulmanos em 2050. A população cristã na Europa e nos
Estados Unidos encolheu de 93% em 1910 para 63% em 2010,
embora tenha crescido na África e América do Sul.

Além do crescimento, impulsionado também por taxas de


natalidade, o islamismo tem chamado a atenção por causa da
“primavera árabe” e das grandes migrações provocadas pela
expansão do Estado Islâmico.

De fato, o 11 de Setembro inaugurou uma nova modalidade de


guerra. O mundo vive uma condição sócio-política sem
precedentes. Jon Paulien diz que é a primeira vez na história que
as nações ocidentais enfrentam um inimigo de natureza religiosa
(Armageddom at the Door [Hagerstown, MD: Review and Herald,
2008], 184).

Diante da grandeza e universalidade desses fatos, muitos


estudiosos têm ido às profecias bíblicas em busca de descrições
que revelem a emergência o islamismo e seu papel no contexto
do fim dos tempos.

No entanto, a profecia bíblica revela o futuro da perspectiva do


grande conflito e trata dos poderes que se relacionam diretamente
com o povo da aliança, como aliados ou perseguidores. Nesse
caso, a tensão terrorista entre Oriente Médio e Ocidente, entre
muçulmanos e judeus ou cristãos, como forças históricas, não é
necessariamente um tema nas profecias. Apesar disso, as visões
do tempo do fim incluem todos os “reis” da Terra, uns fracos e
outros fortes (Dn 2:43, 44), ou os “reis do mundo inteiro” (Ap
16:14), e todos que “habitam sobre a terra” (Ap 13:14), entre os
quais certamente estão os atuais países de maioria muçulmana.

O “tempo do fim”, apontado pela profecia de Daniel, começa no


final século 18. Além dos capítulos 2, 7 e 8, Daniel 11:40 a 45
provê um importante vislumbre desse período, com a imagem do
conflito final entre o rei do Sul e o do Norte, no qual diversos
povos são envolvidos. Até o v. 39 o profeta descreve os ataques
do rei do Norte (papado) aos fiéis de Deus na Idade Média, ao
estabelecer a “abominação desoladora” (v. 31). No entanto, o rei
do Sul interrompe a opressão, com a Revolução Francesa (v. 40;
cf. Ap 11:7-12).

Mais à frente, o Sul é finalmente derrotado pelo Norte, ou seja, o


papado suplanta os poderes ateístas e materialistas (v. 40-43).
Por fim, o rei do Norte investe contra os santos (v. 44), a mesma
batalha do Armagedom (Ap 12:17; 13:15; 16:16). Nessa última
investida do Norte, o profeta diz que “muitos países cairão, mas
Edom, Moabe e os líderes [as primícias] de Amom ficarão livres”
(v. 41, NVI). A visão toda é relacionada ao povo da aliança, pois o
anjo diz: “Agora, vim para fazer-te entender o que há de suceder
ao teu povo nos últimos dias” (Dn 10:14).

Será possível que o islamismo faça parte desse cenário?

O relato de Daniel 11:40 a 45 reflete certos elementos do êxodo e


da peregrinação dos israelitas para a terra de Canaã. Na jornada,
eles não tiveram qualquer apoio, senão hostilidade por parte de
Edom, Moabe e Amom, por cujas terras poderiam ter atravessado.

No contexto bíblico, os edomitas, moabitas e amonitas são


tradicionais inimigos de Israel. Entretanto, eles são parentes
ligados por laços sanguíneos a Abraão. Os moabitas e amonitas
descendem de Ló, o sobrinho do patriarca. “E assim as duas filhas
de Ló conceberam do próprio pai. A primogênita deu à luz um filho
e lhe chamou Moabe: é o pai dos moabitas, até ao dia de hoje. A
mais nova também deu à luz um filho e lhe chamou Ben-Ami: é o
pai dos filhos de Amom, até ao dia de hoje” (Gn 19:36-38). Por
sua vez, os edomitas são os descendentes de Esaú, que é
conhecido também como Edom (Gn 36:1). Por meio de Esaú, os
descendentes de Ismael foram reconectados ao pai Abraão.
Moisés conta que “Esaú foi à casa de Ismael” e “tomou por mulher
a Maalate, filha de Ismael” (Gn 28:9).

Assim, os três povos têm suas origens ligadas a Abraão, por meio
de Ló, Ismael e Esaú. Mas a inimizade perpetuou entre eles e
Israel.

Por ocasião do êxodo, Edom ameaçou Israel: “Não passarás por


mim, para que não saia eu de espada ao teu encontro” (Nm
20:18). Mais tarde, após a conquista de Canaã, os filhos de Israel
tiveram problemas permanentes com esses vizinhos.
“Os amonitas e os moabitas, junto com os edomitas, invadiram o
nosso país” (2Cr 20:10).

O Salmo 83 é bastante representativo dessa inimizade histórica


entre Israel e os reinos de Edom, Moabe, Amom e Ismael. O
salmista clama pela intervenção divina em um momento quando
não só a segurança, mas a sobrevivência de Israel parecia
ameaçada diante de uma aliança de seus inimigos, entre os quais
se destacavam os povos aparentados. Diz o salmo: “Ó Deus” os
teus inimigos “tramam astutamente contra o teu povo”, dizendo:
“Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais
memória do nome de Israel.” Os inimigos de Israel firmaram
“aliança”, incluindo entre eles “as tendas de Edom e os ismaelitas,
Moabe”, “Amom”; eles estão unidos à “Assíria”, constituindo
“braço forte aos filhos de Ló” (Sl 83:1-8). É curioso que os
ismaelitas sejam incluídos aqui, como parte da aliança inimiga.
Isso sugere que a relação deles com Edom não se restringiu ao
casamento da filha de Ismael com Esaú.

Até o tempo do cativeiro babilônico, os três povos ainda afligiam


os judeus (2Cr 20:10-11; Jr 9:26). Deus anunciou juízos contra
eles (Jr 25:21; Ez 25:11; Sf 2:9). Entretanto, também fez
promessas de salvação, com a típica expressão “mudarei a sorte
de Moabe…” e “de Amom” (Jr 48:47; 49:6; Dn 11:41; cf. Am 9:12-
14). O Senhor prometeu que Israel, por fim, iria integrar o
remanescente de Edom (Am 9:12); e que Edom, Moabe e os filhos
de Amom seriam parte do reino messiânico (Is 11:14).

Mas, quem seriam esses povos na profecia do “fim dos tempos”?

No período do Império Romano, Moabe já não existia mais, e


Edom e Amom já não tinham qualquer influência ou poder político
(ver The Achor Bible Dictionary, vol. 1:195). Portanto, de quem
Daniel estaria falando?

O teólogo adventista Ángel Manuel Rodríguez propõe que essas


nações são mencionadas por Daniel como “símbolos” de outras
realidades e não como “entidades geográficas” (“Daniel 11 and the
Islam Interpretation”, Biblical Research Institute Release 13, maio
de 2015, p. 11). Para ele, Moabe seria “representativo daquelas
nações que virão ao monte de Deus a fim de aprender seus
caminhos” de salvação (Is 16:1-5).

Diante disso, Rodríguez diz: “Uma vez que Daniel também


constrói sua profecia sobre a escatologia do Antigo Testamento,
fica sugerido que as três nações, associadas ao êxodo de Israel
do Egito, parecem representar pessoas das nações que invocarão
o nome do Senhor e encontrarão refúgio e libertação no monte
Sião” (p. 11). Assim, ele relaciona Edom, Moabe e Amom ao
chamado “povo meu” que ainda está em Babilônia e que será
chamado a sair (Ap 18:4) e se juntar ao remanescente fiel (Ap
12:17) a fim de formar o remanescente escatológico que verá o
Senhor voltar. “Essas pessoas são encontradas em todas as
comunidades cristãs e no mundo religioso” (p. 20).

Essa é realmente uma boa possibilidade. No entanto, pode


parecer um pouco restritiva se enfatizar só “comunidades cristãs”
em um tempo quando o evangelho deverá soar com poder no
mundo todo, incluindo a Ásia, o Oriente Médio e Norte da África.

De fato, certas figuras históricas são empregadas nas profecias


como símbolos, mas em geral representando entidades mais
específicas. Jezabel (Ap 2:20; 17:4) já não existe mais, nem há
uma montanha como o nome de Armagedom (Ap 16:16).

Entretanto, o significado profético desses símbolos depende


necessariamente do que essas figuras são na história bíblica.
Além disso, o conjunto “Edom, Moabe e os filhos de Amom” é tão
marcado nas Escrituras (cf. 2Cr 20:22; Is 11:14; Jr 9:26; 25:21;
27:3; 40:11; Sf 2:8) que dificilmente Daniel usaria a expressão sem
nenhuma conexão com os três históricos povos vizinhos e
inimigos de Israel. Como estadista ele trata de povos e nações
bem definidos (Dn 7:17; 8:20, 21).

No contexto bíblico, é curioso que, ao prometer restauração a


Edom, Deus inclua outras nações como sendo chamadas pelo seu
nome: “Naquele dia”, ou seja, o dia do Senhor, “levantarei o
tabernáculo caído de Davi”, no reino messiânico, ocasião em que
Israel vai possuir ou incluir o remanescente “de Edom” e de “todas
as nações que são chamadas pelo meu nome, diz o Senhor” (Am
9:11, 12). Seriam essas nações chamadas pelo nome de Deus
também descendentes de Abraão, por meio de Ló, Ismael e Esaú,
a exemplo de Israel?

A tradição islâmica considera a Caaba, o mais importante templo


árabe, na Arábia Saudita, como obra de Abraão e Ismael. Alguns
muçulmanos fazem menção ao texto de Gênesis 12:7 e 8, como
indicativo desse empreendimento: “Apareceu o Senhor a Abrão e
lhe disse: Darei à tua semente esta terra. Ali edificou Abrão um
altar ao Senhor, que lhe aparecera. Passando dali para o monte
ao oriente de Betel, … ali edificou um altar ao Senhor.” Este texto
é visto em paralelo à passagem de Alcorão, cap. 2, v. 127: “E
quando Abraão e Ismael elevam as fundações da casa, dizendo,
Nosso Senhor! aceita de nós (este trabalho).”

Assim, para a tradição islâmica, o altar ou casa que Abraão e o


filho Ismael edificaram seria no exato local da atual Caaba, em
Meca (cf. Ira G. Zepp, A Muslim Primer: Beginner’s Guide to Islam
[The University of Arkansas Press, 2000], 5; ver foto). Desta
forma, os muçulmanos mantêm a tradição de que a religião
fundada por Maomé, no 7º século, em Meca, tem suas raízes no
monoteísmo estabelecido pelo pai da fé, de quem também se
julgam descendentes espirituais. Os árabes pré-islâmicos
circuncidavam seus filhos aos 13 anos, na idade em que que
“Ismael, o pai da nação”, foi circuncidado. Os “sarracenos”, nome
comum dos árabes antes do islamismo, ligavam suas origens a
Ismael (F.E. Peters, Muhammad and the Origins of Islam [State
University of New York Press, 1994], 120). “Os muçulmanos
reivindicam que a grande nação prometida a Ismael é o povo
árabe, que teria produzido o profeta Maomé” (Zepp, 5).

Os atuais estados do Líbano, Iraque, Síria e Jordânia, vizinhos


dos árabes, foram estabelecidos após a Primeira Guerra Mundial,
em parte do antigo território do Império Otomano. A religião
fundada por Maomé, no 7º século, espalhou-se por esses
territórios, que hoje têm maioria absoluta de muçulmanos.
Curiosamente, parte do território dessas nações muçulmanas
eram os antigos reinos de Edom, Moabe e Amom, os povos que
Daniel diz que vão escapar do rei do Norte, no tempo do fim (ver
mapa) e que são mencionados como aliados dos “ismaelitas” no
Salmo 83 (v. 6).

Teria Deus entre essas nações um “povo seu” que poderá se


juntar ao remanescente fiel no tempo do fim? Haverá entre eles
quem possa “escapar” das mãos do “rei do Norte”, o papado?

Ao incluir Edom, Moabe, Amom e Ismael entre os inimigos de


Israel, o Salmo 83 assume os contornos de uma profecia. O
salmista retrata as guerras de Israel como um evento do grande
conflito entre Deus e Satanás, no qual o povo da aliança é
ameaçado por uma aliança entre as diversas nações do mundo.
Essa mesma visão é refletida no Apocalipse quando João
vislumbra o Armagedom. Ele fala de uma aliança entre os três
espíritos de demônios, que representam as religiões da Terra, com
os “reis do mundo inteiro” com o fim de destruir o Israel de Deus
(Ap 16:13-16).

Nesse conflito final todas as nações da Terra estarão unidas em


batalha contra o Israel de Deus. Os inimigos desejarão banir da
Terra os guardadores do sábado, o selo de Deus. Segundo o
Apocalipse (12:17; 13:14, 15; 16:16), a Babilônia terá o apoio dos
reis da Terra em sua investida contra os santos. Entretanto,
segundo Daniel 11:44 e 45, nesse conflito, o povo de Deus vence
o rei do Norte. Além disso, um remanescente ou as primícias de
Edom, Moabe e Amom serão integradas ao remanescente fiel.

Por que descendentes desses inimigos históricos de Israel


deveriam ser preservados do poder do rei do Norte, ou da
Babilônia, na crise final?

Curiosamente, Deus menciona um tipo de “pacto” com esses


povos. Além da aliança com Israel como nação eleita, que
recebeu por herança a terra de Canaã, Deus também tinha uma
consideração especial por esses povos descendentes de seu
amigo Abraão (Is 41:8; Tg 2:23). Ele disse claramente aos
israelitas sobre os descendentes de Esaú: “Não vos darei a sua
terra, nem ainda a pisada da planta de um pé; porquanto a Esaú
[Edom] tenho dado a montanha de Seir por herança.” Além disso,
Deus também falou dos filhos de Ló: “Então, o Senhor me disse:
Não molestes Moabe e não contendas com eles em peleja,
porque não te darei possessão da sua terra; pois dei Ar em
possessão aos filhos de Ló” (Dt 2:5, 9).

Apesar da inimizade histórica entre esses povos e os israelitas,


Deus parece, segundo esses textos, considerar a descendência
dos mesmos por amor a Abraão. E, assim como Ele salva um
remanescente dos judeus (Rm 11:5), um remanescente, ou as
primícias, dos descendentes de Ismael, Ló e Esaú também pode
estar em foco na profecia de Daniel.

Antes da investida final do rei do Norte, o remanescente fiel que


guarda “os mandamentos de Deus” (Ap 12:17), sob o poder do
Espírito Santo, fará soar o alto clamor. A Babilônia será
desmascarada e o último apelo da graça alcançará os filhos de
Deus que ainda se acham em seu domínio estendido sobre todo o
globo, incluindo Oriente Médio e Ásia, os quais sairão dela para se
juntar ao remanescente fiel de Deus e preparar-se para ver Jesus
em glória e majestade. Entre esse imenso grupo a sair de
Babilônia (o conjunto ecumênico das religiões mundiais) pode se
esperar uma multidão de sinceros muçulmanos, filhos de Ismael,
Ló e Esaú.

Afinal, Deus tem uma consideração pelos demais filhos espirituais


de seu amigo Abraão, os quais são monoteístas, creem no juízo
final, têm normas de temperança e acreditam na criação segundo
o Gênesis. Sem dúvida, além das “comunidades cristãs”, há entre
eles aqueles que respeitam a vida criada por Deus, não praticam
o terrorismo e aguardam a manifestação do Messias. Dentre
esses, um grupo numeroso poderá atender ao chamado “sai dela,
povo meu” para se juntar ao povo da aliança eterna.

VANDERLEI DORNELES, pastor e jornalista, é doutor em


Ciências pela Escola de Comunicação e Artes (USP), onde
defendeu tese sobre os aspectos mitológicos da cultura norte-
americana. Autor dos livros O Último Império e Pelo Sangue do
Cordeiro, entre outros, atua como redator-chefe associado na CPB

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Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio


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2 anos atrás • 1 comentário 4 meses atrás • 1 comentário

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