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Israel e a prova profética

 
Parte II
 
        Israel é o tópico principal da profecia bíblica, mencionado mais de 2.900 vezes [na
Bíblia], quase o dobro do que o seu Messias é mencionado. Sem Israel, não haveria o
Messias nem salvação alguma para os judeus e para os gentios. A primeira menção da
vinda do Messias é encontrada na repreensão de Deus às partes envolvidas na queda do
homem, no Éden: a serpente, (uma identidade de Satanás, que vai de Gênesis até o
Apocalipse), Adão e Eva. A narrativa bíblica não é um mito, mas história. Em muitos
lugares, ao redor  do mundo, os arqueólogos continuam encontrando antigas
representações de três figuras juntas: uma mulher, uma serpente e uma árvore.
         Deus prediz um grande conflito entre a serpente e o Messias, o qual iria acontecer
de um modo jamais imaginado por Satanás. Um hino antigo descreve isto de um modo
lindo:
Na fraqueza e na derrota
Ele ganhou a coroa dos vencedores.
Esmagou sob os Seus pés o inimigo
de todos nós, ao ser esmagado.
Ele neutralizou o poder de Satanás.
Feito pecado, Ele anulou o pecado.
Levado ao túmulo, também o venceu,
destruindo a morte, ao morrer.
 
A declaração de Deus às três partes culpadas foi simples e direta. À serpente Ele
disse: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente;
esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
O fato de Deus não ter dito o mesmo a Adão deve indicar que o homem não
estaria envolvido. A partir daquele momento, Satanás ficaria aguardando o nascimento
virginal, a fim de matar o bebê. Observando atentamente  os eventos revelados, Satanás
ficou sabendo que o Messias seria um descendente de Abraão. Ismael (pai dos árabes) é
o primogênito de Abraão através de Agar, a escrava de Sara. Finalmente, a Abraão foi
dado um segundo filho pela esposa legítima, Sara. Ele é Isaque, “o filho da promessa”.
Parece ter sido este um nascimento miraculoso, porque durante 90 anos Sara havia sido
estéril, mesmo não sendo virgem. Satã observava e aguardava.
Tanto Ismael como Isaque nasceram “na terra de Canaã”, entre os cananeus, que
haviam ali morado durante séculos (Gênesis 11:31; 12:5-6; 13:7, etc.).
[Biblicamente] não existe um  lugar chamado “Palestina”, nem povo algum com
o nome de “palestino”. Nem os árabes teriam vivido na chamada “Palestina”, até que a
selvagem conquista islâmica do mundo tivesse  começado, no século 7. Eles não iriam
declarar descendência dos “palestinos originais” até os anos 1950. Qualquer pessoa que
usa tal afirmação como provindo da descendência de Abraão está sendo enganada pela
tradição. O pai de Ismael, Abraão,  era um caldeu (Gênesis 11:31; 15:7) e sua mãe,
Agar, uma egípcia. (Gênesis 16:1).
O presidente Obama continua a fazer pressão sobre Israel, unicamente a fim de
negociar com os “palestinos”. Ele pede que este povo, erroneamente assim chamado,
cesse a violência contra Israel. Ele deveria saber que isto é o mesmo que pedir
misericórdia a um furacão. Desde muito tempo antes de Arafat e do seu comparsa
Mahmoud Abbas, a Carta da OLP exige o aniquilamento de Israel, como sendo um
objetivo jurado de cada governo islâmico, em obediência a Maomé, conforme tem sido
reiterado centenas de vezes, através do mundo muçulmano.
Conforme lembrou recentemente Mortimer Zuckerman, em seu editorial de
09/06/09, no US News and World Report, os líderes mundiais exigem que Israel faça
“paz” com os “palestinos”, mas a violência destes é alimentada pela “incessante
descarga de ódio contra Israel, nas escolas, mesquitas e na mídia [N.T.: ou midiota,
como diz um autor nacional], especialmente na TV.  Este envenenamento da mente da
futura geração não é apenas uma coisa do Hamas e do Hesbollah, mas também das
escolas e da mídia controlada pelo Fatah, sob o conhecimento de Abbas.”
Apesar dos fatos, os líderes  políticos e religiosos persistem em evitar qualquer
menção ao Islã ou aos muçulmanos, quando se referem à sua violência. Isto é sempre
censurado contra os chamados “extremistas”. A verdade é que o próprio Maomé
começou essa trilha de morte e seus seguidores têm obedecido, conforme é apoiada no
Alcorão. A simples verdade histórica é desprezada pela ONU e por quase o mundo
inteiro, inclusive pelas igrejas e, infelizmente, pelo nosso próprio presidente.
Sendo sempre e sempre censurado pelo mundo, ao tentar se defender  dos
ataques suicidas dos homens bombas, os quais tem custado as vidas de centenas de
israelenses, inclusive de mulheres e crianças, uma alternativa de Israel foi construir uma
barreira que detivesse os atacantes de entrar em sua terra. A opinião mundial se
manifestou em forma de ódio. A Corte Mundial 14-1 determinou que a construção fosse
interrompida e tudo desmantelado, com uma compensação aos palestinos.  A
Assembléia da ONU aprovou a Resolução 150-6, em 20/07/2004, exigindo que Israel
respeitasse a determinação da Corte Mundial. Somente os USA, Israel, Austrália,
Micronésia,  as Ilhas Marshall e o Palau votaram contra a Resolução. Israel rejeitou a
opinião mundial e prosseguiu na construção.  Embora a barreira não tenha sido
completada, ela quase já impediu completamente a infiltração dos terroristas.
Depois disso, Israel devolveu Gaza, a qual, historicamente lhe pertencia.
Generosamente, Israel abandonou os celeiros que haviam alimentado Israel e muitas
partes da Europa com vegetais frescos e poderia ter feito o mesmo aos novos
“proprietários”. Em vez disso, esses “novos proprietários” derrubaram as estruturas,
enquanto a multidão carregava os estoques para o seu uso individual, perdendo, assim, a
potencial entrada das exportações que Israel recebia e também perderam a capacidade
de se alimentarem.
Regredindo na história até 135 d.C., os romanos destruíram 1.000 vilas judaicas,
mataram 500.000 judeus e escravizaram milhares. Furiosos por terem sido forçados a
trazer mais legiões para esmagar a rebelião dos judeus, os romanos renomearam a terra,
que havia sido conhecida como Israel. Eles a chamaram “Palestina”, conforme os
filisteus, antigos inimigos de Israel. E os que ali viviam passaram a se chamar
“palestinos”. Eles passaram a ser assim  chamados (junto com outros nomes
zombeteiros, à medida que eram caçados em um ou outro país do mundo). Somente nos
anos 1950 é que os árabes começaram a se autodenominar “palestinos”, a fim de
ganharem a simpatia mundial para os seus atos de terrorismo; e até mesmo a ONU tem
forçado Israel a limitar-se a uma faixa de terra cada vez mais exígua (Tudo isso foi
documentado em nosso texto “Dia do Julgamento”)  - [N.T.: traduzido por esta
mesma irmã].
Desde 1948, Israel tem se armado e lutado para se defender. O seu juramento de
“nunca mais” será cumprido, mas não antes que o mundo judeu sofra os piores horrores
de sua história. Atacado por todos os exércitos do mundo (Zacarias 12:3; 14:2; Joel 3:2;
Ezequiel 38:8-9, etc.), Israel vai clamar pelo seu Messias e Ele virá resgatá-lo.  Tudo
isto é declarado meridianamente pelos profetas antigos de Israel, no Tenach.
Muitos anos se passaram para  que o Senhor e as muitas circunstâncias me
abrissem os olhos para estas profecias. Estava tudo ali na Sua Palavra, mas eu não
entendia. Como estava cego!
Em 1966/67, minha esposa, eu e nossos quatro filhos estávamos no terceiro
andar de um castelo do século 17, na Suíça.  Naquele ano, eu deveria ocupar um longo
tempo ministrando aos estudantes universitários, mas Deus tinha outra coisaem mente.
De repente, uma extraordinária urgência de orar por Israel me veio, no final de 1966.
Até mesmo, quando dava graças nas horas de refeição, eu era compelido a orar
assim: “Senhor, eu Te peço para derrotar, confundir, desnortear e frustrar todos
aqueles que planejam a destruição de Israel. Transforma o desígnio deles em fracasso e
protege o Teu povo antigo de todos os seus maus intentos, em o Nome de Jesus.
Amém”.
Nesse tempo, eu não entendia esta oração; porém, minha ingenuidade foi depressa
afastada. Em Cairo, Egito, fui a uma agência de viagem e perguntei: “Como posso
chegar a Israel?”  O homem que me esperava, levou-me para um canto e sussurrou:
“Se o Senhor mencionar esta (odiada) palavra neste país, eles o matarão”. Fiquei
chocado. Eu conhecia bem a Bíblia, mas nunca havia percebido a significação do Salmo
83:1-4: “Ó DEUS, não estejas em silêncio; não te cales, nem te aquietes, ó Deus,
porque eis que teus inimigos fazem tumulto, e os que te odeiam levantaram a
cabeça. Tomaram astuto conselho contra o teu povo, e consultaram contra os teus
escondidos. Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem
haja mais memória do nome de Israel”.
            A destruição de Israel tem sido o determinado objetivo do Islã, desde que foi
fundado por Maomé.
         Os muçulmanos estão lutando contra Deus, o Qual Se autodenomina “Deus de
Israel” 203 vezes na Bíblia. Que absurdo seria se o “Israel de Deus” [Gálatas 6:16] fosse
destruído. Ele jamais poderia permiti-lo.
         Interagindo com as pessoas muito amistosas que nossa família encontrou no
microônibus WW, naquele ano de 1967, escutamos muitas vezes a expressão “guerra de
19 anos”. Que guerra era esta? Levamos algum tempo até que esta frase penetrasse em
nossa endurecida compreensão.  Desde a chamada cessação das hostilidades, em
1948,  até 1967, 19 anos haviam se passado. E mesmo quando professavam a paz,
inspirados pelo ditador egípcio Gamam Abdul Nasser, os 40 milhões de muçulmanos ao
redor de Israel vinham se armando, ininterruptamente, com o objetivo de conseguir sua
destruição.  Nasser havia jurado conduzir o mundo árabe a uma gloriosa vitória. A
humilhante derrota dos exércitos árabes [na Guerra do Seis Dias] acabou com a gabolice
de Nasser de que ele destruiria Israel. [N.T. - Eu estava passeando na Av. Kufrstendam,
em Berlim, quando estourou esta notícia e nunca esqueci esse momento de alegria para
os judeus, que se encontravam nos cafés da avenida]. Nasser jamais se refez do colapso
nervoso que o dominou, logo após essa humilhação.
         Em maio de 1948, a nação de Israel havia declarado sua independência e foi
imediatamente atacada pela combinada força de 40 milhões de árabes/muçulmanos que
a rodeavam. Esta pequena nação de 600.000 almas, com um exército de 60.000
soldados, hostilmente reunido, apressadamente treinado e pobremente equipado com
armas contrabandeadas da Tchecoslováquia (pois a França, a Inglaterra, a América e
outros países [politicamente corretos] jamais iriam vender-lhe armas), lutou pela sua
sobrevivência contra um inimigo que havia jurado o seu completo aniquilamento. “Eles
[os judeus] esmagaram os 600.000 soldados dos quatro exércitos árabes (com tanques
e aviões que Israel não possuía), com o reforço dos países árabes vizinhos, sem
mencionar a ajuda ativa dos britânicos...”. Esta citação num texto mais longo feita por
um general aposentado do exército israelense consta no meu artigo “Dia do
Julgamento”.
         Três vezes Deus chama Israel de “a menina dos Seus olhos”  e admoesta “Aquele
que tocar na menina dos seus olhos...” (Zacarias 2:8; Deuteronômio 32:10;
Lamentações 2:18).  As declarações que Obama tem feito constantemente em favor do
Islã não são apenas alarmantes para o bem dos Estados Unidos, como são uma bofetada
na face do Deus de Israel. Só posso admoestá-lo sobre o que Deus falou a Abraão,
referindo-Se aos seus descendentes, conforme Gênesis 12:3: “E abençoarei os que te
abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra”.
        E enquanto no hotel, em Tiro, Líbano,  naquela tarde de 03/06/1967, nossa família
orava pela direção de Deus, embora tivéssemos um visto para dirigir através da Síria
para o Jordão, regressando depois pela mesma rota, os jornais da manhã seguinte deram
claramente a reposta. Imediatamente, nos dirigimos para o Norte, através da Síria, pela
graça de Deus e mal havíamos alcançado a fronteira da Turquia, quando estourou a
guerra.
         Apesar das centenas de declarações muito claras feitas pelos próprios profetas
judeus e das promessas que Deus havia dado ao Seu povo, cerca de 30% dos israelenses
se declaram ateus. Deus quer abençoá-los e protegê-los, mas como é possível, se eles
continuam a rejeitá-Lo? O que vem a seguir é apenas um exemplo do que Deus tem dito
ao Seu povo, conforme o Salmo 81:11-16:
         “Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis. Portanto
eu os entreguei aos desejos dos seus corações, e andaram nos seus próprios
conselhos. Oh! se o meu povo me tivesse ouvido! se Israel andasse nos meus
caminhos! Em breve abateria os seus inimigos, e viraria a minha mão contra os
seus adversários. Os que odeiam ao SENHOR ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu
tempo seria eterno. E o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel
saído da rocha”.
            Israel está sob o julgamento divino por causa de sua rejeição; mas, ao mesmo
tempo, Deus não o tem abandonado. Contudo, Hebreus 10:31 e 12:29 nos admoesta:
         “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo... Porque o nosso Deus é um
fogo consumidor”.
         Entrementes, as nações do mundo continuam a  fazer parte do engodo islâmico,
quando forçam Israel a aceitar uma “falsa paz”. O que o Islã tem em mente não é o
mesmo que os ingênuos pacificadores mundiais pretendem. Chama-se “hudna” a “paz”
que Maomé fez com os habitantes de Meca, por dez anos. Muito antes, sob uma
pretensa desculpa, os muçulmanos atacaram e se apoderaram daquela cidade “santa”, o
que havia sido há muito tempo o objetivo do “hajj’ (há muito praticado, mesmo antes do
nascimento de Maomé pela maioria dos árabes). Sem dúvida, este costume antigo, junto
com outros, como a Festa do Ramadã, tem sido praticado pelos muçulmanos. Desse
modo, a história é pervertida para dar a impressão de que estas foram sempre as práticas
do Islamismo.
         O Ramadã, durante séculos, havia concordado em não guerrear as tribos árabes
durante os 30 dias de paz. Mas, exatamente, a tempo de atacar uma nova caravana que
passava, Maomé teve a “nova revelação” de que os muçulmanos poderiam fazer guerra
nesse tempo. O Ramadã se tornou, então, o tempo dos ataques mais letais dos xiitas
contra os sunitas (Por acaso isto demonstra que o Islã é uma religião de paz?).
         Estas profecias são por demais importantes para o fortalecimento de nossa fé, mas
o que acontece a nós, que desejamos trazer a paz para Israel?  Precisamos prover cada
pessoa com quem falamos (como eu sempre faço em toda parte, principalmente nas
viagens aéreas), antes de tudo, com a prova da existência de Deus. Como fazê-lo da
melhor maneira, a não ser usando a resposta de Zindendorf, dada ao Rei da Suécia,
conforme foi mencionada na Parte I deste artigo, usando as profecias bíblicas sobre
Israel?
         Podemos falar com as pessoas sobre Deus e Jesus Cristo, mas quando dizemos
“Deus”, o que queremos dizer? “Um poder maior”, de algum modo? Devemos ter a
certeza de que aqueles a quem desejamos apresentar o Deus de Israel  entendam Quem
Ele é, porque cremos Nele e porque achamos que a decisão mais inteligente que
poderíamos tomar seria a de acreditar também Nele.
 
TBC Julho, 2009 - “Israel and Prophetic Proof (Part II)” - Dave Hunt
Traduzido por Mary Schultze, em 05/07/2009.
www.cpr.org.br/Mary.htm

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