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DOZE PASSOS – 

DESPERTAR
Doze Passos – Bíblia de Estudo Despertar

PASSO 1 - Admitimos que éramos impotentes perante nossas dependências – que


tínhamos perdido o domínio sobre nossa vida.

SEGUNDA FEIRA: Situações de Perda – Gen. 16.1-15

Às vezes, somos impotentes por causa das situações da vida. Talvez estejamos numa
situação em que outras pessoas têm domínio sobre nós. Talvez percebamos que estamos
sendo postos em ciladas pelas exigências de outros e que não há meios de agradar a
todos. Estamos contra a parede: se agradarmos um decepcionaremos outro. Às vezes
quando, nos sentimos perplexos e frustrados com nossos relacionamentos, almejamos
boa dose de controle para escapar de nossos comportamentos adictivos.
Agar é um exemplo de impotência. Ela não usufruía de direitos. Enquanto moça, era
escrava de Sarai e Abrão. Quando eles estavam tristes pelo fato de Sarai ser estéril, Agar
foi entregue a Abrão para ser de substituta. Quando engravidou, como esperavam, Sarai
ficou tão invejosa, que bateu em Agar, e Agar foi embora. Absolutamente sozinha no
deserto, ela foi encontrada por um anjo, que lhe deu uma maravilhosa mensagem: “Volte
para a sua dona e seja obediente a ela em tudo.” E o anto do Senhor disse também: “Eu
farei com que o número dos seus descendentes seja grande; eles serão tantos, que
ninguém poderá contá-los. Você está grávida, e trá um filho, e porá nelo o nome de
Ismael, pois o Senhor Deus ouviu o seu grito de aflição.” (Gen. 16.9-11)
Quando somos apanhsdos em situações de perda, somos tentados a correr embora
através dos nossos atalhos adictivos/compulsivos. Em momentos como esses, Deus está
ali e ouve os nossos clamores. Necessitamos aprender a expressar nossa dor perante
Deus em vez de apenas tentar escapar dela. Deus ouve nossos fritos e está disposto a dar
esperança para o futuro.

TERÇA FEIRA: Auto-Engano Perigoso – Juízes 16.1-31

Quando nos recusamos admitir nossa impotência, somente enganamos a nós mesmos. As
mentiras que contamos pra nós e para outros são conhecidas: “Posso parar quando
quizer.” “Mantenho o controle: esta única vez não fará mal.” E, a todo momento, estamos
chegando mais próximos ao desastre.
Sansão foi um dos juízes de Israel. Enquanto criança, fora dedicado a Deus, e Deus lhe
havia dotado com força sobrenatural. Mas sansão teve toda uma vida de fraqueza: a
maneira como se relacionava com mulheres. Sansão foi especialmente cegado para os
perigos que enfrentava no seu relacionamento com Dalila. Seus inimigos a pagavam para
descobrir o segredo da força de Snasão. Três vezes ela implorou Sansão para contar seu
segredo. Cada vez ela estava pronta a entregar Sansão ao inimigo. Três vezes Sansão
mentiu para Dalila e pode escapar. Mas cada vez ele chegava mais próximo ao momento
de contar-lhe a verdade. Finalmente, Sansão revelou-lhe o segredo, foi capturado e
morreu como escravo nas mãos do inimigo.
O real problema de Sansão se encontra nas mentiras que contou sobre si. Por não admitir
sua impotência, permaneceu cego para o perigo óbvio ao qual seu orgulho e desejo por
mulheres estrangeiras o conduziam. Isso o levou, gradativamente, ao caminho da morte.
Nós precisamos ser cuidadosos para não cair em armadilha semelhante. Ao aprendermos
a reconhecer diariamente nossa impotência frente a nossas tendências
adictivas/compulsivas, ficaremos mais atentos a comportamentos que , possivelmente, nos
conduzirão à destruição.

QUARTA FEIRA: Um Começo Humilde – 2 Reis 5.1-15

Pode ser muito humilhante admitir nossa impotência, especialmente se somos usados a
fim de manter-nos sob controle. Podemos ser fortes em algumas áreas de nossa vida, mas
perder o contro sobre comportamentos adictivos/compulsivos. Se nos recusamos admitir
nossa impotência, podemos perder tudo. Essa parte impossível de ser manejada em
nossa vida pode infestar e destruir tudo mais.
As experiências do comandante do exército da Síria, chamado Naamã, ilustram a
veracidade do que foi dito acima. Ele era uma figura militar e política poderosa, homem
rico, de relevante posição e poder. Ele portava lepra, que ameaçava provocar a perda de
tudo quanto estimava. Leprosos eram marginalizados de usas famílias e da sociedade. No
fim das contas, sofriam morte lenta, dolorosa e desgraçada.
Naamã ouviu a respeito de um profeeta em Israel que poderia curá-lo. Encontrou o profeta,
e o profeta lhe disse que, para ser curado, devia mergulhar sete vezes no rio Jordão.
Naamã ficou distante, esperando que seu poder lhe proporcionasse cura instantânea e
fácil. No fim, entretanto, reconheceu seu impotência, seguiu as instruções e recuperou-se
completamtne.
Nossas “doenças”são tão ameaçadoras como a lepra do tempo de Naamã. Elas nos
separam lentamente de nossa família e encaminham à destruição tudo que nos é
importante. Nào há cura instantânea ou fácil. A única resposta consiste em admitir nossa
impot6encia, humilhar-nos e submeter-nos ao processo que poderá nos recuperar.

QUINTA FEIRA: Esperança em Meio ao Sofrimento – Jó 6.2-13

Há ocasiões em que nós ficamos tão confusos e tão dominados pela dor em nossa vida,
que chegamos a desejar a morte. Não importa o que fazemos, nós somos impotentes para
mudar as coisas para melhor. O peso do sofrimento e da treisteza parece pesado demais
para ser suportado. Não podemos entender por que nosso coração n+ao para e não
permite a morte nos liberar.
Jó sentia-se assim. Ele havia perdido tudo, mesmo tendo ele vivido uma vida correta. Seus
dez filhos estavam mortos. Ele havia perdido seus negócios, seus bens e sua saúde. E
tudo isso aconteceu numa questão de dias! Só lher restarm uma mulherde língua muito
afiada para instigá-lo contra Deus e três amigos que o acusavam cpmp responsável da
sua própria desgraça. Jó clamava: “Ah! Se a minha desgraça e os meus sofrimentos
fossem postos numa balança, com certeza pesariam mais do que a areia do mar… Ah! Se
Deus me desse o que estou pedindo! Ah! Se Deus respondesse à minha oração! Então ele
me tiraria a vida; ele me atacaria e acabaria comigo! Onde estão as minhas forças para
resistir? Por que viver, se não há esperança? Será que sou forte como a pedra? Será que
o meu corpo é de bronze? Não sou capaz de me ajudar a mim mesmo, e não há ninguém
que me socorra.” (Jó 6.2-3, 8-9, 11-13)
Jó não sabia que o fim de sua vida seria ainda muito melhor do que o seu começo.
“O Senhor abençoou a última parte da vida de Jó mais do que a primeira… E morreu bem
velho.” (Jó 42.12, 17) Mesmo quando somos pressionados e parece que a morte é certa ,
ainda há esperança de que a nossa vida muda. Devemos lembrar: a vida pode ser boa
novamente!

SEXTA FEIRA: Impotentes Como as Crianças – Marcos 10.13-16

Para muitos de nós que estamos em processo de recuperação, as lembranças da infância


estão cheias de medos porque nos sentíamos indefensos. Se fomos criados em uma
família fora de controle, na qual descuidavam de nós, avusavam ou nos expunham à
violência domésstica e a um comportamento disfuncional, o pensamento de impotência
pode ser aterrador. Talvez até tenhamso prometido nunca mais ser tão vulneráveis como
quando éramos crianças.
Jesus nos diz que, para entrar no Reino de Deus, devemos ser como crianças, e isso incui
ser impotentes. Ele disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o
Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele.”(Mc 10.15)
Em qualquer sociedade, as crianças são os membros mais dependentes. Não têm nenhum
poder natural para se autoproteger; não têm meior para garantir que a sua vida seja
segura, cômoda e satisfatória. As crianças pequenas são particularmente dependentes do
amor, dos cuidados e da proteção de outros nas susas necessidades mais básicas. Elas
precisam chorar, mesmo que nem saibam exatamente do que é que necessitam. Precisam
confiar sua vida a alguém que é mais poderoso que elas e têm a esperança de que serão
ouvidas e cuidadas com amor.
Se queremos curar a nossa vida, nós também temos de admitir que somos
verdadeiramente impotentes. Isso não significa que tenhamos de nos transformar outra
vez em vítimas. Reconhecer a nossa impotência é uma apreciação franca da nossa
situação na vida e um passo positivo para a recuperaçào.
SABADO: A Mudança No Tempo Certo – Atos 9.1-9

Há momentos iimportantes na vida que podem mudar o nosso destino. Com frequência,
são momentos em que nos sentimos confrontados com a nossa impotência diante dos
acontecimentos da nossa vida. Esses momentos podem nos destruir ou arrumar para
sempre a nossa vida numa direção melhor.

Saulo de Tarso (depois chamado Paulo; veja Atos 13.9), viveu um desses momentos.
Depois da ascensão de Jesus, Saulo assumiu a tarefa de deixar o mundo sem cristãos.
Enquanto ia no caminho para Damasco a fim de cumprir a sua missão, “de repente uma
luz que vinha do céu brilhou em volta dele. Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dia:
‘Saulo, Saulo, por que me persegue?… Eu sou Jesus, aquele que você persegue. Mas
levante-se, entre na cidade, e ali dirão a você o que deve fazer’. Saulo se levantou do chão
e abriu os olhos, mas sem poder ver nada. Então eles o pegaram pela mão e o levaram
para Damasco. Ele ficou três dias sem poder ver e durante esse dias não comeu nem
bebeu nada.” (Atos 9.3-6, 8-9)
De repente, Saulo foi confrontado com o fato de que a sua vida não era tão perfeita como
ele havia pensado. A autojustifica-ção tinha sido a sua marca registrada. No entanto, ao
abandonar as usas ilusões de poder, ele se transformou em um dos homens mais
poderosos que já existiu: o apóstolo Paulo. Quando somos confrontados com a verdade de
que a nossa vida não está sob o nosso controle, é hora de decidir. Podemos continuar
negando essa verdade enos apegando à autojustiça ou podemos encarar o fato de que
estivemos cegos diante de alguns assuntos importantes. Se estivermos dispostos a ser
quiados para a nossa recuperação e para uma maneira nova de viver, então
encontraremos o verdadeiro poder.

DOMINGO: O Paradoxo da Impotência – 2 Cor. 4.7-10

Talvez tenhamos medo de confessar que precisamos de forá e que a nossa vida já está
sem controle. Se reconhecessemos que somos impotente, por acaso não nos sentiríamos
tentados a nos render completamente na luta contra a nossa adicção? Parece que não há
sentido em confessar a nossa impotência e, mesmo assim, encontrar o poder para seguir
adiante. Trataremos desse paradoxo quando passarmos pelos Passos Dois e Tres.
A vida está repleta de paradoxos. O apóstolo Paulo nos diz: “Porém nós que temos esse
tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo
pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados.
Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados.” (2 Cor. 4.7-8)
Essa ilustração mostra um contraste entre um tesouro precioso e o singelo recipiente no
qual esse tesouro está guardado. O poder vivente derramado na nossa vida do alto é o
tesouro. O nosso corpo humano, com todos os seus defeitos e fraquezas, é o pode de
barro. Como seres humanos, comos imperfeitos.
Quando reconhecermos o paradoxo da impotência, poderemos sentir bastante alívio. Não
temos de ser fortes sempre ou fingir que somos perfeitos. Podemos viver uma vida de
verdade, com as suas lutas diárias, com um corpo humano assediado por fraquezas e,
ainda, encontra o poder do alto para seguir adiante sem estar angustiados nem
desesperados.

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