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A SEGUNDA APOSTILA

DE ADICTOS
A
ROMANCE
SUMÁRIO

1. O VÍCIO DE REJEIÇÃO PÁG. 3

2. OBSESSÃO ROMÂNTICA E A VISÃO WALT DISNEY PÁG. 5

3. ITENS DE FÁBRICA DE UM RELACIONAMENTO PÁG. 8

4. VOCÊ NÃO É FELIZ? A CULPA É DE SUAS ESCOLHAS! PÁG. 13

5. UM ESTUDO SOBRE A AUTOESTIMA PÁG.22

6. DEU CUPINS NO ARMÁRIO (SOBRE INVALIDAÇÕES NO PÁG.30

RELACIONAMENTO.

7. SORORIDADE, UMA QUESTÃO DE AUTOESTIMA PÁG. 33

8. OBSESSÃO, CELIBATO E AUTOESTIMA PÁG. 36

9. O QUE A SOCIEDADE ME CONTOU PÁG.38

(ETARISMO/ SOBRE PRECONCEITO CONTRA IDADE)

10. FELICIDADE É UM ESTADO DE ESCOLHAS. (ETARISMO) PÁG.40

11. QUEM É VOCÊ, PRA DIZER QUE JÁ MORRI? (ETARISMO) PÁG.42

12. SOS ARA- PERGUNTAS PARA SAIR DA CRISE PÁG.44

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O VÍCIO DA REJEIÇÃO

Para nós, adictos a romance, a rejeição funciona mesmo como uma droga. Sabemos que
todo vício é dividido em duas partes: angústia e prazer.

Exemplos:

1) álcool e drogas- O prazer é representado por todo o efeito de êxtase e liberalidade gerados no
adicto, e a angústia é representada por toda perda de equilíbrio, dignidade, saúde, família,
dinheiro, acidentes, etc

1) Oneomania ( vício em compras) - o prazer está em adquirir cada vez mais coisas, e a angústia
aparece no estrato bancário, dívidas, empréstimos, e na compulsão de comprar novamente.

Bem, todos nós conhecemos muito bem a terrível angústia causada pela rejeição, mas
poderemos ficar um tanto confusos com a informação de que ela também pode gerar prazer. No
entanto, a resposta é bem simples: todo sentimento de rejeição é algo muito antigo para o adicto.
A grande maioria de nós foi rejeitada ou abandonada, de alguma maneira, durante a infância. Isso
deu origem ao sentimento de rejeição, consolidado inúmeras vezes na adolescência. Nesta fase,
já estávamos mais que familiarizados com ele, mesmo que não nos recordemos muito bem.

O prazer do vício de rejeição está na obsessão pela vitória. Sim, é apenas isso e nada mais.
Não queremos perder o título de importância, não desejamos o segundo lugar, não aceitamos ser
preteridos por outro alguém, e nem queremos ficar no banco de reservas, a aplaudir outros
atacantes destacáveis. A verdade é que rótulos como "belíssimo, genial, fenomenal, ou
extremamente bem sucedido" nos geram o mesmo êxtase que qualquer outra droga.

Sim, mais uma vez, o ego nos pegou de jeito. Narcisos em potencial, jamais aceitaríamos
de bom grado ser rejeitados ou postos de lado. A dor de não conseguirmos conquistar o lugar de
destaque no coração dos que nos são importantes é verdadeiramente dilacerante. Durante anos,
acreditamos ter sido nossa baixa autoestima a grande vilã. Cegamente, repetimos que
precisávamos melhorar nosso sentimento de auto-valor, para que não mais precisássemos da
validação dos outros. Mas a mentira não durou para sempre. Egolatria! Esse era o nosso problema.
Não gostamos do que nos aconteceu na infância. Ninguém gosta de ser menosprezado, mas nem
todos desenvolvem tamanha aversão pela “falta de adoração”alheia como nós, adictos à rejeição.

Nossa adicção não representa escolhas erradas de parceiros por pura inocência.
Tampouco somos viciados em sofrimento ipsis litteris. Escolhemos pessoas para que possamos
remontar o cenário da infância e adolescência com um único objetivo: Vencer, vencer e vencer!
E acaso os mares se tornem serenos e a conquista seja certa, algo horrível torna-se eminente de
acontecer: tornamo-nos entediados e passamos a enxergar nossos parceiros como seres
desinteressantes!

Agora, precisaremos de uma nova busca, um novo amor, uma nova chance de rejeição!
Toda a farsa do sonho desesperado pela família feliz é apenas uma emboscada deste vício!
Quando doentes do vício de rejeição, não queremos família e muito menos amor, mas unicamente
a vitória! Nada e ninguém deverá nos dizer que somos substituíveis! Isso seria demais para nós.
Surtos de raiva e vingança, prantos e depressões tem sido a nossa reação à normalidade humana.
Como deuses, possuímos uma auto idolatria inconsciente, onde jamais haverá paz ao sabermos
que outro tenta reinar em nosso lugar.

Ser trocado por outro alguém é realmente algo doloroso para qualquer pessoa. Porem,
para os adictos à rejeição, isso significa o Start da Rejeição, que engatilha a obsessão pelo vencer,

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ou seja, precisaremos desesperadamente reconquistar os rejeitadores a qualquer custo.
Tentaremos fazer com que nos expliquem porque não fomos bons o suficiente. Tenderemos a
pesquisar sobre todas as qualidades da pessoa que os roubou de nós. Seriam elas mais bonitas,
bem sucedidas ou mais inteligentes? ”Espelho, espelho meu, você me disse que jamais haveria
alguém melhor que eu!”

Pessoas afinam-se espiritualmente mais com umas do que com outras. Identificam-se com
estilos musicais, política, momentos de vida, gostos pessoais, etc, e por isso, podem escolher
conviver com pessoas diferentes de nós. Mas essas explicações parecem não nos fazer cócegas!
Não nos importa sua possível conexão espiritual. Tudo o que entendemos durante o processo de
rejeição é que não somos bons o suficiente. Mas o suficiente para que? Para conquistarmos a
todos os seres viventes entre os céus e os mares!!

Isso nos faz lembrar de uma passagem bíblica apenas como exemplo. Por inúmeras vezes,
Moisés tentou explicar a Ramsés, o Faraó, que Deus estava ordenando que libertasse o povo
escravo. Mas Ramsés parecia não entender. Dizia ele: “Não há outro Deus! Deus sou eu!” Ramsés
representava o ego, em sua pior forma, pois não aceitava dividir seu poder. Moises, representava
a coragem, por entender a vontade de Deus para todos do Egito. Mas o que podemos aprender
com essa história? Tais pragas parecem traduzir-se em nossas vidas, num ciclo de escolhas
erradas, sofrimento, sentimentos de rejeição, obsessão impiedosa, humilhação, tentativas
incessantes de provar o nosso valor, síndrome da comparação compulsiva, e como resultado de
toda essa mazela espiritual, recebemos os velhos sentimentos de solidão e carência patológicos.
Sim, esse tem sido o nosso problema espiritual, e não outro.

A SOLUÇÃO

Nada é mais eficiente para a desintoxicação de um vício como os comportamentos de


abstinência, aos quais podermos apelidar de EVITES DO VÍCIO DA REJEIÇÃO. São eles:

1. Evite manter qualquer contato com quem o(a) ex-parceiro(a) que acabou de "te
rejeitar", bem como com possíveis conhecidos em comum, por 90 dias, 90 reuniões. Procure
não saber notícias, ver fotos, e foque na recuperação do vício de rejeição.

1. Evite pesquisar sobre a pessoa por quem fomos substituídos, seja no relacionamento
amoroso ou em qualquer área da vida.

2. Evite rejeitadores e abandonadores. Pessoas instáveis emocionalmente, principalmente


alguns familiares, podem ter o costume de alternar discursos de elogios e invalidações. Esta
dinâmica funciona como droga para nós, pois reacende o velho vício de vencer e de provar
nossa importância, por meio da necessidade de aprovação compulsiva.

3. Evite perguntar a quem te rejeitou o porquê de sua atitude. Sabemos que nossa doença
não nos deixará entender e que nos degradaremos ao máximo para tentar provar nosso valor.

4. Evite perseguições (comportamento doentio stalker) e atitudes de vingança no exato


momento em que se sentir rejeitado. Procure falar com um companheiro de ARA para
desarmar o surto. Nesse momento, podemos imaginar um orangotango querendo pular dentro
de um kitinet. Precisamos acalma-lo, para que não paremos em uma cadeia, hospital ou
cemitério. Isto é sério!

5. Evite se comparar física, financeira, profissional e intelectualmente com pessoas do


mesmo sexo. A comparação é a morte de nossa autoestima e fomenta a auto-rejeição, outro
lado da moeda do orgulho de vencer incondicionalmente.

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6. Evite se elogiar para os outros ou buscar de elogios. Ao contrário do que pensamos, para
termos uma elevada autoestima é preciso que reconheçamos nossas qualidades apenas para
nós mesmos. Dizermos aos outros o quanto somos inteligentes, bem sucedidos, bonitos ou
como viemos de famílias boas apenas fomenta nossa obsessão pelo podium emocional.

7. Evite criticar ou fazer fofocas. Esta é uma maneira de rebaixar as pessoas para mais uma
vez, sentir-se especial.

8. Evite a falta de autocuidado. Dormir e acordar cedo, se alimentar saudavelmente e fazer


atividade física moderadamente, são maneiras saudáveis de nos sentirmos bem e nos
afastarmos do desequilíbrio emocional. Muitos surtos de rejeição são agravados pelo hábito
de dormir tarde, pois isso desequilibra os nervos.

9. Evite colocar a culpa da rejeição em seu corpo, seu intelecto e em suas atitudes. Entenda
que A REJEIÇÃO É SEMPRE UM ATO DE PROTEÇÃO DIVINA para um ara em
recuperação! Jamais duvide disso, pois "nada acontece no mundo de Deus por acaso". ( Bill
W).

A OBSESSÃO ROMÂNTICA E A VISÃO WALT DISNEY

Era uma vez, um rei e uma rainha que muito se amavam. Um dia, como fruto deste amor,
um casal de gêmeos foi concebido. Jean e Lucinha eram seus nomes. Lindos e saudáveis, esses
dois bebês cresceram com todo amor e regalias deste mundo.

Mas um dia, uma bruxa má resolveu lançar um feitiço sobre eles. Viciou-os em uma
espécie de ópio, chamada Romance. Agora, já adolescentes, ficavam o tempo inteiro deitados
em suas respectivas camas, de olhos arregalados, olhando para o nada. Uma onda interminável
de romance os separava por completo do mundo real. Seus pais, percebendo o transe, ficaram
desesperados, e rapidamente, reuniram todos os magos do reino para descobrir a quebra do
feitiço.

Anos se passaram, e ninguém resolvia o tal mistério. Um dia, apareceu uma estranha
fada na cidade, interessada na recompensa oferecida a quem desvendasse o tal mistério.
Marcada uma audiência com o rei, ela assim o disse:

- Esse feitiço é muito simples de ser quebrado. Basta apenas que seja dita a verdade para
seus dois filhos. Eles ainda podem escuta-lo.

-Mas que verdade? Perguntou o rei.

- Ora, não existem duas verdades, apenas uma. E somente a verdade liberta!

- Eu não sei do que a senhora está falando, mas faça alguma coisa!!

Assim, a fada entrou num grande quarto, onde os dois irmãos estavam deitados,
sonhando acordados. Após proferir uma curta oração de 4 frases, ela começou a falar:

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- O feitiço lançado sobre vocês se chama Obsessão Romântica. Esta é uma poderosa droga que
os faz ter uma fixação doentia por outra pessoa, independente de terem se relacionado com ela
ou não. Esta pode ser desencadeada por:

1. obsessão sexual.

2. rejeição real ( falta de reciprocidade, término, etc) ou imaginária.

3. admiração exagerada e distorcida.

- Uma vez instalada a obsessão romântica, todos os seus pensamentos, sentimentos e


comportamentos serão influenciados por ela, ainda que vocês tenham total compreensão dos
prejuízos, devido a sua violenta toxidade.

- A única maneira que conheço para que esse feitiço seja quebrado é o total afastamento
da pessoa por quem estejam obcecados e isto inclui:

1. bloqueio de contato com a pessoa de sua obsessão.

2. afastamento de lugares e pessoas que possam trazer notícias dela.

3. evitar vinganças, ações judiciais ou qualquer outra forma de “justiça” que justifique “continuar
vivenciando essa história”.

4. evitar álcool e qualquer substância que altere o humor.

5. Reunião de 12 passos.

Quando ouviram essa última sugestão, os gêmeos pularam da cama. O rei e a rainha
puseram-se a chorar, aliviados. Os gêmeos se entreolharam assustados, pois nem se
reconheciam mais, após tantos anos em transe. Mas ainda assim, preocupados, perguntaram à
fada:

-O que são essas reuniões de 12 passos?

- São um lugar onde encontrarão pessoas iguais a vocês; irão escutar sobre essa doença,
e pela graça de um Poder Superior que se faz Presente ali, vocês serão completamente libertos.
Não há cura, mas vive-se como se curado estivesse, pois é na mensagem de outro obsessivo por
romance que encontrarão seu remédio.

Depois disso, resolveram fazer a segunda pergunta:

- Por que essa bruxa conseguiu nos enfeitiçar?

-A obsessão romântica apenas entrou em seus pensamentos, por ter encontrado ali, um
solo fértil que a pudesse alimentar: suas crenças sobre felicidade! Desde pequenos, sua ama de
leite deve tê-los feito adormecer com histórias como as de Walt Disney, onde homens têm a
obrigação de serem fortes, ricos e de salvar mocinhas de suas vidas árduas, sofridas e
palpérrimas. E estas, por sua vez, frágeis e dependentes, apenas encontram um final feliz, se

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estes homens aparecerem em suas vidas. Aqui vão algumas das frases de Walt Disney que
alimentaram uma violenta dependência romântica em seus corações, sem que vocês se dessem
conta:

FRASES DOS FILMES DE WALT DISNEY

1. O amor é colocar as necessidades de outras pessoas antes das suas. De Olaf (Frozen)
2. Eu prefiro morrer amanhã do que viver 100 anos sem te conhecer. John Smith
(Pocahontas)
3. Não enxergue o mundo como ele é, enxergue como ele poderia ser.(Cinderela)

4. Então é isso o amor! Isso que faz a vida parecer divina.


Cinderela (Cinderela)
5. Meu sonho nunca será completo sem você nele. Princesa Tiana (A Princesa e o Sapo)

6. Você vai me amar de uma só vez, da maneira como fez uma vez em um sonho meu.
Bela Adormecida (A Bela Adormecida)
7. Você conhece aquele lugar entre dormir e acordar, o lugar onde você ainda pode
lembrar de sonhar? É onde eu sempre te amarei. É onde eu estarei esperando. Peter
Pan (Peter Pan)
8. Eu olho para você e estou em casa! Dory (Procurando Nemo)

Parando para analisar essas lindas frases, podemos perceber quanta codependência
carregam. Colocar as necessidades do outro antes das nossas? Preferir morrer amanhã por sua
causa? Não enxergar o mundo como ele é? A vida parece divina ou é divina e eu é que não sei
sentir felicidade apenas por estar vivo? Estou em casa olhando para você ou para dentro de
mim??

Essa história narrada no texto sobre os dois irmãos poderá ter um final feliz, desde que
entendamos o perigo por trás de nossas crenças, impostas pela sociedade “Walt Disney.”

Branca de Neve acabou de cantar uma música com um príncipe aleatório que apareceu
em seu quintal e decidiu que ele era "sua cara metade". Sabemos que relacionamentos saudáveis
se baseiam na construção de confiança e respeito e que podem levar algum tempo para
acontecer.

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Cinderela encontrou o príncipe uma vez, dançou com ele e já decidiu se casar, mesmo
sem conhece-lo direito, até porque ele só a reencontra no final da história. Jamais poderemos
saber se um parceiro(a) é saudável ou confiável saindo com ele apenas uma vez.

Rapunzel joga suas tranças para um príncipe que a pediu em casamento após apaixonar-
se por seu canto, o que ela aceitou imediatamente, pois estava presa por uma bruxa má. Muitas
vezes, para fugir de um lar hostil, partimos dali com parceiros que mal conhecemos, e que pasme,
podem ser ainda mais abusivos.

Como vimos, muitos de nós fomos programados para acreditar que a felicidade apenas
existirá quando encontrarmos o grande amor de nossas vidas. E enquanto não o encontrarmos,
não conseguiremos ser minimamente felizes. No exato momento em que este texto é lido,
milhões de pessoas encontram-se em leitos terminais, com a sensação de que nada viveram, de
que jamais foram felizes, por não ter encontrado um amor duradouro. Outras caem em si, por
não terem conquistado mais da vida, pois passaram grande parte do tempo a fazer companhia
para um outro alguém, que sim, focou em suas conquistas pessoais.

Felicidade então para a maioria de nós não é ter saúde; não é ter sobriedade espiritual;
não é conhecer os mais fantásticos lugares do mundo; não é ajudar o próximo e sair da auto-
obsessão; não é ter dinheiro para fazer o que quiser; não é realizar propósitos de vida e
conquistar sabedoria e excelência em nossas profissões. Felicidade é apenas encontrar um
parceiro afetivo. Vários suicídios acontecem por este “desencontro”. Varias famílias são
destruídas em nome dessa obsessão.

Estamos em ARA para acordar desse transe. Estamos em ARA para não vivermos mais
enfeitiçados pela dependência emocional mascarada pela ideia de Felicidade. “A única
dependência saudável é a de Deus”, como dizia Bill W, co-fundador de AA. Para Bill, spiritus
contra spiritum sempre foi a única solução. ( experiência espiritual X falsa iluminação causada
pela droga (obsessão)).

OS ITENS DE FÁBRICA DE UM RELACIONAMENTO

Quando uma pessoa saudável se coloca a busca de um relacionamento precisa


considerar 3 requisitos básicos, que chamaremos nesse texto como "itens de fábrica",
na pessoa com a qual irá se relacionar. Isso porque, sem esses requisitos
fundamentais, sem os quais uma interação afetiva se constrói e sustenta, a
probabilidade de que mais cedo ou mais tarde o relacionamento terminará em algo
destrutivo para uma ou para ambas as partes será enorme.

Sugestão: Quando uma pessoa saudável se coloca em busca de um relacionamento,


precisa considerar 3 requisitos básicos no(a) parceiro(a) com quem pretende se
relacionar. Chamaremos estes requisitos de "itens de fábrica". Pois, sem estes itens
aumenta-se a probabilidade do relacionamento terminar, mais cedo ou mais tarde, em

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algo destrutivo para uma ou para ambas as partes, uma vez que uma interação afetiva
saudável é construída e sustentada com base em alguns requisitos fundamentais.

Tais requisitos são: 1 - Integridade, 2 - Gentileza e 3- Disponibilidade. Vamos começar


falando sobre a Integridade:

1. Integridade: São Definições de integridade:

wikipédia: "(...) Um ser humano íntegro não se vende por situações momentâneas,
infringindo as normas e leis, prejudicando alguém por um motivo fútil e incoerente. A
moral de uma pessoa não tem preço e é indiscutível(...)"

Dicio - dicionário on line: "Cujos comportamentos ou ações demonstram retidão;


honestidade."

Portanto, percebemos que em relacionamentos, não podemos negociar com a


mentira.

Vou detalhar este requisito de formas diferentes, para facilitar a compreensão :

• Num relacionamentos, não podemos negociar com a mentira;


• A mentira é algo ruim para um relacionamento;
• Não se relacione com pessoas que não são sinceras;
• Atente-se aos atos, não as palavras;
• Afaste-se de pessoas que desejam agradar a todos;
• Omissão, não é sinceridade;
• Não se identifica honestidade em 1 final de semana maravilhoso;
• Sentimentos de "parece que te conheço de outras vidas" demonstram serem

incapazes de verificar o nível de honestidade das pessoas;

• Integridade se verifica com o tempo;


• Vá com calma;
• As pessoas não mudam, só você pode mudar;
• Perdoe, mas não esqueça que pessoas que mentem não são sinceras;
• Pessoas desonestas, não são honestas;

Significados: "Íntegro significa honesto, ou seja, uma qualidade de quem

não se deixar ser corrompido e age com total honestidade. "

• O "mas" é uma justificativa, e, justificativas justificam;

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• Quando uma pessoa não é honesta, ela não possui um requisito básico;
• As pessoas desonestas podem vir a ser honestas, mas até lá elas não são

honestas;

• A classificação para "mentiras inocentes" chama-se: "mentira";


• Uma pessoa que mente, vai adoecer você com o tempo;

Passemos agora para o segundo requisito. A gentileza:

2. Gentileza - São definições de gentileza:

Segundo o site Significados: "(...) Gentileza é a qualidade do que gentil, do que é amável.
Gentileza é uma amabilidade, uma delicadeza praticada por algumas pessoas. A gentileza é
uma forma de atenção, de cuidados, que torna os

relacionamentos mais humanos, com menos rispidez.(...) "

Aqui cabe uma ressalva importantíssima: a gentileza da pessoa a qual buscamos um


relacionamento é super bem vinda conosco, mas não deve ser dirigida exclusivamente a nós.
Precisamos verificar se esta pessoa é gentil com todos a sua volta para que possamos
verdadeiramente identificar se esta é uma característica sua ou se ela está apenas utilizando
esta "artmanha" apenas na fase da conquista, pois, se a pessoa for gentil apenas conosco,
isso significa que muito provavelmente quando a fase da conquista acabar resquícios da

personalidade não tão gentis começarão a aparecer.

Por isso, é extremamente importante que prestemos a atenção a como essa pessoa reage
principalmente com relação as pessoas com as quais ela não ganharia nenhum benefício
imediato sendo gentil, como por exemplo: garçons, idosos, mendigos, prestadores de serviços
como uber e afins. Isso mostrará de forma geral a natureza da pessoa. Procure observar de
forma leve e despretenciosa, de preferência quando ela não estiver percebendo que está

sendo observada.

Algumas observações aqui são importantes:

• Não conseguimos observar se uma pessoa é gentil em um final de semana, precisamos de mais
tempo para avaliar;
• Se uma pessoa está de mau humor num final de semana, não significa que a pessoa não é
gentil;
• Pessoas que são gentis com você, podem não ser gentis com outras pessoas. Continue
observando;
• Você observa criteriosamente, porque está avaliando quem entra na sua vida;
• Gentileza não é o único requisito, não se deixe iludir;
• Educação não é gentileza;
• Alegria não é gentileza;
• Gentileza exclusiva não vale;

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• Se a pessoa explodiu com alguém, existem altas chances de que, em algum

momento, esse alguém seja você.

3. Disponibilidade: A disponibilidade significa que a pessoa com a qual você está prestes a se relacionar
tem um espaço aberto para que um relacionamento possa crescer e se desenvolver.
Nota importante: “Relacionar” vem do Latim RELATIO,que significa “restauração, ato de trazer de
volta”, de RELATUS, usado como particípio passado de REFFERRE, formado por RE-,“denovo”,mais
FERRE,“portar, levar”. O sentido de “estabelecer uma ligação entre pessoas” é do século XVIII. Assim
temos que, a palavra: “relacionamento” tem o significado original de estabelecer continuamente um ato
de ligação entre as pessoas. Portanto, é preciso que o outro com o qual você pretende estabelecer um
“relacionamento” consiga permanentemente - ir e vir – para você e com você a todo o momento, num
movimento contínuo, e, se possível com harmonia, pois esse é o sentido de toda a criação do amor.
Vamos lembrar que estamos nos relacionando para cultivar o amor. Esse é o foco. Por isso, para que a
pessoa venha e vá a todo momento, ela precisa estar disponível.

Assim, após esse breve contexto sobre a origem da palavra “relacionamento” podemos compreender
melhor o porque da disponibilidade ser tão importante. Dessa forma, para que a pessoa seja disponível,
é necessário que ela seja capaz financeiramente, fisicamente, emocionalmente, geograficamente,
socialmente e espiritualmente de estar com outra. Os requisitos devem ser cumulativos e não
alternativos. Não pode ter um e faltar o outro, ok?

Para fins didáticos, nesse tópico específico iremos explicar a disponibilidade pela exclusão, informando o
que NÃO são pessoas disponíveis, e, caso você ache alguém que consiga ser física, emocional, financeira,
geográfica, espiritual e socialmente disponível, então o requisito está preenchido. Só mais uma coisinha:
a pessoa não precisa viver para você, ela só precisa estar disponível para se relacionar com você, ok?
Existe uma diferença. Vamos lá então. Não são pessoas disponíveis para um relacionamento:

• Pessoas que moram muito longe de você e não podem te encontrar;


• Pessoas comprometidas em outro relacionamento;
• Pessoas que não querem um relacionamento;
• Pessoas que não querem se relacionar com você;
• Pessoas que não possuam condições emocionais para se relacionar;
• Pessoas que estão incapazes de se relacionar em função de alguma doença

incapacitante (toxicomania e alcoolismo ativos são considerados);

• Pessoas com doenças mentais incuráveis como sociopatia ou psicopatia;


• Pessoas com incompatibilidade espiritual;
• Pessoas que não desejam ou não podem se relacionar sexualmente;
• Pessoas que não possuem tempo para se relacionar;
• Pessoas que não colocam o relacionamento como prioridade;
• Pessoas que não colocam o relacionamento com você como prioridade;
• Pessoas que não estão presentes de alguma forma no relacionamento;

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São esses os 3 itens de fábrica básicos de qualquer relacionamento. Sem eles fica improvável que
qualquer relação possa fluir de forma saudável. Qualquer outro requisito que você queira colocar fica a
seu critério, porém, esses 3 não podem faltar de maneira nenhuma.

Imagina que você está querendo comprar um carro por exemplo. Imagina que chega numa
concessionária e diz ao vendedor:

Você: “Olá quero comprar um carro”


Vendedor: “Claro que tipo de carro você quer? “

E você responde: “Um carro com rodas, volante e motor” Não seria estranho?

Então, porque será que com relacionamentos muitas vezes abrimos mão desses itens de fábrica que
deveriam vir em qualquer pessoa que buscamos nos relacionar?

Se quando vamos comprar um carro já presumimos que o carro venha com volante, motor e rodas,
porque num relacionamento ainda negociamos com os requisitos da integridade, gentileza e
disponibilidade?

Se para nós é obvio que um carro jamais andaria em qualquer rua, estrada ou avenida sem rodas, motor
e volante, se sabemos que a finalidade essencial de um carro jamais seria atingida sem esses 3 requisitos
básicos, porque ainda questionamos o fato de podermos nos arriscar envolver em um relacionamento
sem antes ter plena certeza de que o outro ou nós mesmos estamos com os nossos próprios itens de
fábrica em dia?

Não faz sentido algum. Pois, do mesmo jeito que o carro jamais andaria, o relacionamento também não
teria como se desenvolver.

É claro que o resto dos requisitos pode ser esculpido da maneira que cada um quiser, assim como o carro
pode ser adquirido da forma que cada cliente quiser. Temos carros 4 portas, 2 portas, esportivo, família,
automático, semi-automático, zero kilômetro, semi-novo, veloz, básico, assim como temos
relacionamentos entre jovens, não tão jovens, relacionamentos abertos, tradicionais, homosexuais,
abertos, semi-abertos e por aí vai... Mas, independente do que iremos escolher, qualquer um deles
deverá ter os 3 itens de fábrica: Integridade, gentileza e dispobibilidade.

Então, você é responsável por suas escolhas:

Vai querer ser conhecido como o “Dono do Ferro Velho” ?


Ou vai escolher uma FERRARI ?
Ou, no mínimo, um carro inteiro e com todos os “itens de fábrica” ?

Pense bem, a escolha é sua !!!!

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VOCÊ NÃO É FELIZ? A CULPA É DE SUAS ESCOLHAS!

O pacote de sonhos de Dayana

Dayana tinha um sonho. Queria ser feliz. Felicidade para ela, era poder realizar um pacote
de sonhos. Ela sabia que a paz interna traduzia-se em aceitar o momento presente, com todas as
suas nuances e evitar expectativas. Porem, entendia haver uma grande diferença entre aceitação
e comodismo. Este último traduz-se em não lutar por aquilo que se quer. Como dizia ela mesma,
“ espiritualidade não é nada desejar, mas aceitar o resultado do próprio esforço.” Assim, estava
claro em sua mente, que ela precisava lutar por seus sonhos, e entregar o resultado a Deus. Não
se importava quando iria realiza-los ou se conseguiria materializa-los exatamente como eram,
mas estava decidida a batalhar até o fim de seus dias por seus ideais.

Eis aqui o pacote de sonhos de Dayana:

a) Casar-se com um bom homem.


b) Ter filhos.
c) Ter uma linda casa para viver com sua família.
d) Ter paz e felicidade em seu lar.
e) Ter paz financeira.
f) Ser um arquiteta renomada.

Sim, Dayana tinha clareza do que queria, e acreditava-se merecedora de tudo isso, pois
pensava que todo ser humano tem direito à prosperidade em todas as áreas da vida. Havia apenas
um problema: aos 50 anos, Dayana ainda não possuía nada disso!

Décadas se passaram e respostas não vieram. Seria falta de sorte? Carma ou destino?
Mau olhado ou praga? Deveria ela se contentar em nada ter, para tudo ser? “Não tenho tudo que
amo, mas amo tudo o que tenho!!” Que frase mais confortadora, ela pensava. Pena que seu
efeito aliviador não se perpetuava por mais de um dia. Todas as manhãs, quando abria os olhos,
encarava a dura realidade de não ter a vida que tanto sonhara. Era grata por sua saúde, por sua
casa e pelo pouco dinheiro que quase não pagava as contas. Era grata por sua linda cadelinha,
mas perguntava-se o que seria dela mesma, quando a pequena peluda partisse.. Dayana
precisava de mais. Isto não era insatisfação. Isto era uma real necessidade!

Certo dia, olhando mensagens em seu WhatsApp, ouviu falar de uma nova irmandade de
12 passos. Tinha um nome um tanto esquisito, chamava-se ARA. Perguntou a um amigo o que
significava esta sigla, quando levou uma suave pontada no coração. Disse ele:

- esta sigla quer dizer "Adictos a Romance”. Acho que é canalizada para pessoas que não sabem
escolher seus parceiros.
- Como assim? Ë para dependentes emocionais?
- Sei lá, Dayana, acho q eles dizem que essa tal de dependência emocional vem de uma certa
carência patológica. Eles não ficam muito bem sozinhos. Acabam escolhendo pessoas que
jamais conviveriam, se não estivessem doentes.
- Doentes de que? De baixa auto estima? Não se sentem merecedores de alguém melhor?

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- Dayana, pelo que entendi da literatura que li, acho que eles nem conseguem esperar por
alguém melhor.
- Mas por que isto, meu Deus?
- Parece que a grande maioria é viciada em companhia. Eles não vislumbram uma vida sem
alguém, assim como os alcoólatras não vivem sem o alcool.
- Me explica melhor, amigo. Isto está mexendo comigo!!
- Dayana, qual seu problema em entender isso? Cracudos não respiram sem o crack. E eles não
respiram sem outro alguém! Precisam de alguém para falar diariamente, para dar bom dia,
para dar boa noite, para escutar “eu te amo”, para ver tv, ir ao banheiro, sei lá! Estão na
mesma escravidão. E sinceramente, acho que você está me enchendo de perguntas, porque
está se identificando!
- Amigo, tenha paciência! Você não sabe que sofrimento é esse. Mas eu sei! Sou igual a eles.
Sou uma adicta a romance. Posso te contar sobre os 8 relacionamentos sexo- afetivos que
tive na vida?
- Venha comigo, minha amiga. Vou te levar para uma sala de ARA. Lá, sua história será um
grande remédio espiritual para todos nós. Desculpe-me pela impaciência. Estou a um mês
limpo de relacionamentos e a desintoxicação igualmente forte à que vivenciei pelas drogas.

As 8 escolhas de Dayana

Ao ingressar numa reunião de Adictos a Romance, Dayana desabafou sobre 8


experiências amorosas falidas que teve na vida. Em todas elas, havia um componente muito
destrutivo em comum: sua escolha.

1) O raivoso - foi no ano de 1990 que Dayana conheceu Rodolfo. Ele era um cara que parecia
ser muito bacana. Não bebia, não usava drogas, era fiel, trabalhador, e muito apaixonado e
carinhoso com ela. Porém, um dia ela chegou atrasada a um encontro, por 15 minutos, e ele
deu-lhe uma chamada de atenção nada convencional. Berrou com ela, perguntando como
ousava deixa-lo esperando. Disse-lhe que não era um palhaço e que da próxima vez, iria
embora e não atenderia mais o telefone.
a) Momento de sanidade: Dayana assustou-se, e pensou: "Nossa, mas que cara grosseiro e
destemperado! Não posso aceitar que falem assim comigo. Sua raiva é totalmente
desproporcional ao acontecido. Uma pessoa normal jamais teria reagido assim!
b) Vício de romance: repentinamente, Dayana pensou que não gostaria de ficar novamente
sozinha, e que ele tinha várias qualidades. Afinal de contas, não existe perfeição! Este era
só um defeito sobre o qual ela poderia tentar conversar e fazê-lo ver que estava agindo
erradamente. Dayana o aceitou o raivoso.
c) Resultado: após sucessivos surtos de raiva, socos na parede, xingamentos, seguidos de
profundos pedidos de perdão e juras de amor, por parte do rapaz, Dayana levou um soco
no rosto, fazendo-a perder parte da visão do olho direito.

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2) O traidor

“Nada como um novo amor, para curar um velho amor”!

Assim que terminou o namoro com Rodolfo, veio Beto! Este era um cara bacana!
Delicado, sedutor, romântico e engraçado, o rapaz exalava ares de quem veio para ficar. Dayana
respirava novamente. A vida virara um grande arco- íris. Nunca tivera um vida sexual tão picante,
e Beto a prometia muitos filhos. Um dia, ela o presenteou com um urso de pelúcia, e Beto deu
grandes gargalhadas, fazendo o urso dançar e falar, em tentativas ventríloquas! Dois anos depois,
Dayana foi à casa de uma amiga do casal, e ao entrar em seu quarto, teve uma forte queda de
pressão, ao ver o mesmo urso em sua estante. Beto também namorava com sua amiga.

a) Momento de sanidade: Dayana saiu correndo da casa da “amiga- ursa”e terminou


imediatamente o relacionamento com Beto, pois era inconcebível aceitar uma traição.
Como Dayana sempre dizia, “quem é homem de bem, não trai o amor que lhe quer.” ( trecho
da música Berimbau).
b) Vício de romance: Beto entrou em desespero ao perder Dayana. Parecia realmente muito
arrependido. Bloqueado em suas ligações, enviou flores e cartas mil, onde dizia haver
perdido 10 quilos por sofrer de amor. Dizia-se arrependido, e que não sabia como explicar
uma atitude tão insana. Medo do amor que sentia por Dayana, vício de auto sabotagem,
tentativas extremas de sedução por parte da amiga eram as explicações mais convincentes.
Com um mês de abstinência da “droga Beto”, Dayana começou a pensar: "ele está sofrendo
muito. Vi suas fotos. Está realmente magro e abatido. Será que não merece apenas uma
chance? Ele jura que nunca mais fará de novo. Repentinamente, Dayana pensou que não
gostaria de ficar novamente sozinha, e que ele tinha várias qualidades. Afinal de contas, não
existe perfeição! Este era só um defeito sobre o qual ela poderia tentar conversar e fazê-lo
ver que estava agindo erradamente. Dayana o aceitou o traidor.
c) Resultado: em menos de 6 meses, Dayana flagrou Beto na cama com outra mulher.

3) O indiferente ( indisponível) - “Um novo amor não apaga o antigo, mas traz a esperança
de amar de novo com a mesma intensidade!”

Assim que terminou o namoro com Beto, pintou Amado! Este era um cara que parecia
ser ainda mais lega! Tinha cheiro de “cara metade!” Amado era lindo! 1,80, olhos azuis, e rico!
Muito rico! Levava Dayana para o melhores lugares! Tinha um ótimo papo, afinal havia girado o
mundo e era extremamente culto e refinado. Como ela mesma dizia, “eita rapaz chique!”Toda
mulher nasceu para frequentar ótimos restaurantes e ganhar bons presentes! Inclusive eu!"

Porem, Amado tinha um problema: ele não era uma pessoa constante. Se saísse com
Dayana na sexta- feira, sumia no sábado. Aparecia no domingo, dizendo ter sido surpreendido
por amigos que o raptaram para um passeio inesperado em Angra! Certa vez, ela ficou o final de
semana inteiro esperando por uma mensagem dele, e muito triste e angustiada resolveu ir à
praia. Decidiu ficar em frente ao prédio que Amado morava, e quando olhou para sua cobertura,

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percebeu haver uma festa incrível, que bombava ainda as 7 da manhã. Dayana não havia sido
convidada.

a) Momento de sanidade: Dayana ligou para Amado, dizendo que jamais aceitaria um homem
que não a fizesse se sentir especial e única. Que jamais aceitaria alguém tão inconstante,
pois era merecedora de um homem que quisesse estar em sua companhia, tão quanto ela
quisesse estar com ele.
b) Vício de romance- Amado, imediatamente, desceu até a praia para buscá-la. Explicou que
recebeu uma festa surpresa de seus amigos e que pediram que ficasse apenas com eles,
naquela noite, e não, grudado em uma namorada. Muito confusa, Dayana pensou que talvez
estivesse exagerando, e que se continuasse exigente e neurótica dessa maneira, jamais teria
alguém em sua vida. Como ela mesma dizia: “a beleza do cavalo selvagem está em ser livre!”
Repentinamente, pensou que não gostaria de ficar novamente sozinha, e que ele tinha
várias qualidades. Afinal de contas, não existe perfeição! A posse era um defeito que ela
poderia tentar melhorar. Dayana o aceitou o indiferente.
c) Resultado- Amado passou a ligar cada vez menos para ela. Como ele mesmo disse na ultima
vez em que se falaram: “gosto de mulheres que se valorizam!”

4) O adicto- “Não há nada como viver um novo amor para que a vida ganhe um outro sabor!”

Com a auto estima destruída de vez, e pensando que depois de um traidor e um homem
que a desprezou, sem falar do parceiro raivoso, Dayana passou a acreditar que ninguém iria
conseguir ama-la. Perdera a esperança que sempre trouxe em seu coração. Resolveu frequentar
uma Igreja perto de sua casa, para reformular sua fé perdida em Deus. Certo dia, ao sair da missa,
percebeu uma movimentação numa das salas que a Igreja alugava.
Aproximou-se e percebeu que estava havendo uma reunião de Narcóticos Anônimos.
Deu uma olhadinha pela janela, que mesmo com uma cortina branca, dava para ver alguns
homens bonitos, "fortes e sensíveis emocionalmente”. Dayana decidiu entrar. Lá, contou sobre o
porre que nunca tomou e a droga que nunca injetou.

Enquanto mentia para estar entre eles, por sentir que ali haveria alguém que a aceitaria,
foi totalmente absorvida pelo olhar penetrante de Robinho. Moreno, bonito, tatuado, ele a
engolia com os olhos. Ela sentiu-se imediatamente especial, desejada, pois nunca alguém ficara
tão encantado com sua presença. Eles pareciam não escutar mais ninguém, mas quando chegou
a vez de Robinho dar sua partilha, ele contou sobre seu sofrido vício de cocaína, superado com a
ajuda de um Poder Superior. Sim, ele tinha fé em Deus e praticava um programa de honestidade.
Era isso, apenas isso! Ele não a trairia, não a abandonaria! Este era o homem ideal!

A paixão foi arrebatadora. Em pouco tempo, pareciam ser uma só alma. Porem, havia um
certo problema. Robinho parecia não deseja-la sexualmente, o suficiente. Mas com suas
cobranças, ele acabou confessando que ainda havia vícios a superar. Era adicto à pornografia. Ao
sair da casa de Dayana, após ter sexo com ela, ele ia para sua casa se masturbar, diariamente,
excitando-se com os corpos de outras pessoas, ainda que na televisão.

a) Momento de sanidade- Dayana desistiu de Robinho, e terminou o relacionamento,


explicando-lhe que já havia sofrido muito em sua vida amorosa, e que mal conseguia

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concentrar-se em seus sonhos. Disse também que estava falida economicamente, pois
perdeu vários empregos por não ter tido condições emocionais para mante-los, sempre que
levava um baque amoroso. Pornografia era algo que ela não conseguiria suportar. Isso a
levava a sentir ciúmes, pois sentia que ela não era a única a ser desejada por ele. Não se
sentia suficiente! Era desesperador saber que ele chegava ao orgasmo por pensar em outras
pessoas.
b) Vício de romance- Robinho deixou muito claro que não poderia mais viver sem ela. O seu
amor era imenso e tinha medo de recair nas drogas se ela o abandonasse. Propôs fazer uma
terapia, tomar remédios psiquiátricos, e ingressar na irmandade Dependentes de Amor e
Sexo. Repentinamente, ela pensou que não gostaria de ficar novamente sozinha, e que ele
tinha várias qualidades. Afinal de contas, não existe perfeição! A pornografia era um defeito
que ela poderia ajuda-lo a melhorar. Dayana o aceitou o adicto.
c) Resultado: Dayana desenvolveu um ciúmes patológico de Robinho, pois foi acometida de
uma paranóia de que ele sentia atração sexual por todas as suas amigas ou mulheres que
passavam na rua. Como se não bastasse o trauma da traição, ela aceitava agora o que muitas
mulheres saudáveis jamais aceitariam. Com tantas brigas por causa do ciúmes, Robinho
acabou recaindo nas drogas, e foi visto com diversos travestis. Esta era a sua preferência.

5) O casado- “o verdadeiro amor é abnegado!”

"Quando achamos que não há mais buraco para cavar, não é que ainda conseguimos
encontrar uma certa terrinha?”

Essa foi a frase de Dayana para o médico, quando internada numa clínica psiquiátrica pela
primeira vez. Deixemos que ela mesma continue a contar sua história:

- Quando soube que Robinho saia com travestis, fiquei enlouquecida, arrasada mesmo!
Mas pensando bem, agora não me sinto tão culpada por mais um fracasso amoroso, pois afinal,
ele gostava de algo que eu não poderia oferecer! Assim, continuei pronta para encontrar minha
cara metade. Foi então que conheci Brutus, numa noite de autógrafos de um famoso escritor.
Lembro-me bem. Era uma quinta-feira, meu de de sorte! Ele era um fofo, atencioso, odiava álcool
e drogas, meditava e malhava, jornalista e me disse que dava plantões durante todo o final de
semana. Que vida chata, pensei. Mas com o tempo, descobri que ele era casado. Fiquei uma fera.
Vou contar a exatamente como foi. Eis aqui o diálogo:

- Até tu, Brutus? Será possível que nenhum homem presta?


- Eu juro que eu presto. Acha que gosto de enganar minha esposa, ops, minha ex esposa?
- Ex esposa?

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- Nós só vivemos na mesma casa. Mas dormimos em quartos separados. É porque temos 3
filhos e não consigo ficar longe deles. Além disso, seria muita despesa pagar dois alugueis, já
que ela não pode trabalhar. Está muito doente.
- Mas o que ela tem?
- Depressão profunda. Quase nem levanta da cama.
- E ainda assim você a trai? Como consegue?
- Dayana, eu me apaixonei por você. Acha que é fácil eu viver com alguém assim? Eu também
tenho necessidade de ter uma companheira ativa, feliz, que me faça sentir vivo! E eu nunca
me senti tão vivo quanto me sinto com você! Eu realmente te amo!

a) Momento de sanidade- "eu não mereço me esconder e ajudar alguém a enganar uma outra
mulher! Não mereço não poder ligar quando quero para o meu namorado e ficar esperando
ele decidir quando pode me encontrar ou não! É verdadeiramente horrível passar todos os
meus finais de semana sozinha, alem de aniversário, natal e outras datas. Vou terminar!”
b) Adicção ao romance- ele cuida tão bem de mim quando estamos juntos! Não irei arranjar
outro que me ame tanto e me dê a segurança que ele me dá. Um dia eles se separam… Ele
me prometeu. Melhor eu continuar com ele, pois já estou ficando velha e afinal de contas,
não existe ninguém perfeito. Um homem fiel, que me ame, trabalhador, e solteiro é algo
impossível de se encontrar!
c) Resultado: Dayana deu de cara com Brutus passeando de mãos dadas com uma linda mulher
na praia. Achou que ele estava com outra amante, pois os dois não paravam de se beijar.
Quando aproximou-se para surpreende-lo, percebeu que eles usavam a mesma aliança.
Brutus fingiu que não a conhecia. Afinal, quem foi que disse que ele abandonaria sua
venerada primeira dama por alguém que se contentava com o segundo lugar?

6) O desempregado - “O importante é o amor, nunca o dinheiro!"

Dayana voltou a atacar! Após Brutus, pintou na área o Cabeça! Não é que a moça tinha
bom gosto para homens? Cabeça era um atleta. Jogava futevôlei. Fiel, bom caráter, amigo e
romântico, ele "fechou" com Dayana! Ia com ela a todos os lugares, estava sempre presente.
Topava qualquer programa, desde que… fosse barato!

Cabeça estava sempre duro, pois não trabalhava. Dizia que tinha muita dificuldade de
encontrar algo que ele tivesse prazer em fazer e que se sentia um prostituto espiritual, ao ir todo
dia para empregos apenas por dinheiro. Dayana concordava com isto, e como uma boa Adicta a
romance, começou a tentar ajuda-lo. Conseguiu um processo de coaching gratuito para ele, mas
não adiantou. Ele ainda não havia recebido uma "revelação dos céus" sobre seu propósito de
vida. Dayana também conseguiu-lhe um terapeuta gratuito, o que tornou-se um muro das
lamentações, pois ele descobriu ter uma criancinha interior muito ferida e por isso, não conseguia
se encontrar. Levou-o então, para o Candomblé, para consultar alguns guias. Depois levou-o para
um centro espírita, para ver se os espíritos iluminavam as suas respostas. Porem, até os santos e
as almas se cansaram. Ninguém fazia o Cabeça trabalhar. E assim, começaram as brigas e
cobranças. Um adicto ao romance, por não conseguir esperar por prazo indeterminado, um bom
relacionamento chegar, acaba aceitando pessoas cujo estilo de vida não o satisfaz. Depois, é

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claro, tenta modifica-las, para que se ajustem às suas necessidades. A isso podemos chamar de
controle, e à incapacidade de abandona-lo, chamamos de dependência emocional. Mas o que
todo adicto a romance tem mesmo em comum, é o pavor da solidão.

a) Momento de sanidade- Dayana começou a tentar se separar de Cabeça, pois seu prazo para
engravidar estava se esgotando, e sabia não haver futuro com o rapaz. Ele era tudo para ela,
menos um provedor.
b) Vício de romance- Com a adicção já avançada, ela já não possuía forças para abandoná-lo
de vez. Havia sido totalmente esvaziada de sua força de vontade pela doença. Esta parecia
ter voz própria e dizia mais ou menos assim: Dayana, você não vai querer ficar sozinha
novamente. Pense bem. Ele tem outras várias qualidades. Afinal de contas, não existe
perfeição! O desemprego crônico é um defeito que você pode ajuda-lo a melhorar.
c) Resultado- Dayana se casou com Cabeça e após 6 meses, não aguentou mias. Ele dormia de
madrugada assistindo tv, acordava ao meio dia, sempre triste e mau humorado, pois morto
era para a vida. Já nem jogava mais futevôlei. Dayana engravidou, mas abortou
espontaneamente, devido à idade avançada. Cabeça não teve dinheiro para ajuda-la a pagar
um tratamento para engravidar. Ela ficou sem filhos.

7) O sociopata - “um novo amor muda tudo, até o paladar da comida e o cheiro do vento! “

Se um novo amor é capaz de modificar o paladar de um alimento, talvez turve também a


nossa visão. Pelo menos foi isso aconteceu com Dayana. Desta vez, a coisa foi um pouco mais
séria. Ainda não deu tempo de contar, mas Dayana era órfã de pai alcoólatra, filha de uma mãe
que mais agia como filha, e meia irmã de uma mulher mais velha, concebida no primeiro
casamento do falecido.

Em outras palavras, ela vinha de uma família disfuncional, ou seja, que não funcionava
como base, como estrutura sólida para que se apoiasse emocionalmente. Porem, Dayana tinha
sonhos iguais aos das pessoas oriundas de famílias funcionais. Para alcança-los deveria traçar o
mesmo caminho, e não outro, concordam? Mas usava a desculpa da família desestruturada para
continuar doente espiritualmente.

O que estamos tentando dizer aqui, é que se duas pessoas querem frequentar uma
mesma faculdade, elas precisam ter a mesma frequência nas aulas, ou serão reprovadas. E os
professores não eximirão das faltas aqueles que morarem mais longe. Estes terão que sair mais
cedo de casa e voltar mais tarde. Terão que fazer esforço dobrado se quiserem se formar como
os que moram ao lado dela.

Assim funciona com os adictos e as pessoas saudáveis no romance. Se os adicto quiserem


vencer na vida, não poderão ceder à doença, e sim, trabalharem dobrado para vence-la, e
conquistarem seus sonhos. Já as pessoas saudáveis no romance, conseguirão não serem
atropeladas pela solidão patológica, e poderão focar diretamente nos sonhos. Mas com o
tratamento de Ara, baseado em princípios espirituais fortíssimos de honestidade, boa vontade e
mente aberta, sentimos dizer que talvez os ditos “normais"fiquem em desvantagem lá fora. Essa
é uma piada nossa, com um fundinho de verdade.

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Voltando a Dayana, ante de chegar a Ara, ela não conseguia largar a desculpa de que
“precisava de alguém para protege-la, pois não tinha família que prestasse. Foi quando conheceu
Gilberto. Agora prestem bem atenção em seus traços:

a) Inteligente
b) Sedutor e risonho
c) Envolvente
d) Educadíssimo
e) Desejava ser rico
f) Despertava ciúmes, pois olhava para mulheres mais jovens
g) Tinha passado sexual com homens ricos
h) Ciumento e possessivo
i) Obsessivo
j) Mania de grandeza
k) Desejo de ser importante, valorizado, de ter poder.
l) Estragava datas importantes, como aniversários, etc.
m) Olhar vazio, gélido.
n) Frio, parecia não ligar quando ela estava sofrendo. Chamava-a de pessoa extremamente
sensível.
o) Nunca se emocionava ou sentia culpa. Manipulador nato, a culpava por tudo que acontecia
de ruim no relacionamento.

Algumas de suas frases eram:

a) Não sei como nos encontramos naquele site de relacionamento. Eu havia posto a idade
máxima até 25 anos e você já tem 44. Foi destino, né?
b) Você precisa fazer um pouco mais ginástica. Seu corpo está muito flácido.
c) Você sempre fala besteiras na frente dos outros. Por que não segura a sua língua? Confesso
que as vezes me sinto envergonhado.
d) Você é tão abastada financeiramente! Poderia colocar aquele seu imóvel de menor valor no
meu nome, né, amor? Se algo acontecer a você, o que será de mim, no futuro? Eu tenho meu
trabalho, mas será que conseguirei juntar dinheiro para me aposentar bem e ter direito a um
bom plano de saúde? Quem ama, cuida! Se eu tivesse algo, já teria feito um testamento te
colocando como beneficiária.

Gilberto era um sociopata. Convenceu-a de vender o único imóvel que herdara de seu
pai, para investir numa corretora. Após algum tempo, ele fugiu com todo seu dinheiro, pois ela
tinha assinado uma procuração, dando-lhe amplos poderes para fazer as operações financeiras.

Desta vez, Dayana saiu totalmente devastada do relacionamento e foi pela segunda vez,
internada em uma clínica psiquiátrica.

8) O misógino- “Por que após varias tentativas de amar, ainda continuamos tentando?
Porque não há maior forma de crescer espiritualmente do que vivenciar o amor romântico!”

Foi dentro da clínica que a doença de Dayana empurrou-a para o fundo do poço, pela
última vez. Certo dia, viu uma ambulância deixar um homem chamado Sidney na clínica.
Enquanto a família chorava, por vê-lo numa camisa de forças, ele olhou para Dayana, e disse: "liga
não, ele são loucos." E riu. Ela ficou sem graça, mas deu uma boa risada às escondidas.

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Sidney era um depressivo. Já estava na terceira internação, por tentar se suicidar. Mas
quem disse que os depressivos são sempre tristes? Ele era um comediante nato. E naquele
ambiente horrível, ele a trazia luz, ao arrancar-lhe tantas gargalhadas. Conversavam por horas e
horas e apesar de não ser muito afeiçoado, ele a fazia muito bem, pois conseguia faze-la rir das
histórias desastrosas vividas por ambos. Eis aqui uma das piadas preferidas por Dayana:

“Ainda bem que eu não passei meu único imóvel para um psicopata como você, senão, de
que janela eu poderia tentar pular?

“mas você tentou mesmo enfiar o anel da mulher do seu amante no dedo e não coube?
Quem mandou comer tanta sobra?"

Dayana simplesmente, adorava toda aquela papagaiada!

Enfim, eles se apaixonaram. Sidney foi o melhor cara que apareceu na vida de Dayana.
Ou pelo menos, o menos pior, como dizia ele. Ele realmente tinha sentimentos puros por ela e a
tentava proteger de tanta dor que ele presenciam ali, fazendo-a ressignificar toda a sua
experiência de vida. Como poderia um depressivo ensinar-lhe sobre Deus? Mas era isso que
Sidney fazia.

Porem, Sidney, era portador da doença da misoginia, uma síndrome masculina, traduzida
em um ódio por mulheres. Geralmente, quando criança, o misógino tem problemas com a figura
materna, mas há casos em que a figura paterna faz o mesmo papel. No caso de Sidney, ele havia
perdido a mãe muito cedo, e seu pai logo se casou com uma madrasta, que não fora boa para
ele. Assim, seus sentimentos pelas mulheres que se relacionou eram verdadeiros, assim como
eram agora por Dayana, mas com o tempo, ele foi desenvolvendo uma intolerância, uma
impaciência, uma grosseria, um ódio, e enfim… uma violência contra Dayana.

Meses depois, ao sairem da clínica, Sidney começou a ficar cada vez mais violento:
gritava, xingava-a, acusava-a de olhar para homens na rua, vivia de mau humor, dava-lhe foras, e
sempre invertia as situações, para justificava tais atitudes. Ela era sempre a culpada de tudo.

As humilhações eram cada vez mais públicas, e suas frases eram bastante invalidadoras,
como:

a) Nossa, você se ofende com tudo! É muito neurótica!


b) Como sua cabeça é ruim.
c) Como você é louca!
d) Você é mesmo uma fracassada! Nunca vai ter sucesso na vida!
e) Você é tão linda! Pena que a cabeça é ruim!
f) Eu nunca tenho paz com você.
g) Você nunca vai encontrar alguém que te aguente como eu! Ninguém vai te querer. Pense
nisso, quando falar novamente em terminar nossa relação!

a) Momento de sanidade- Exausta de tanto sofrer e completamente sem foco para as coisas
importantes da vida, como o trabalho e realizações pessoais, Dayana sentia-se impotente
ao ver toda a sua energia ser sugada mais uma vez pelo relacionamento sexo afetivo. Foi
então, que decidiu dar um basta e terminar com Sidney.
b) Doença da adição - dias após o término, ela começou a sentir-se mal. Sindey não parava de
ligar e enviar mensagens de perdão. Prometia que nunca mais iria errar. Dayana voltou. No

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mesmo mês, ele deu um soco na parede, para não socar o rosto de Dayana. Ela terminou.
Dias depois, após mil pedidos de perdão, ela voltou. Na semana seguinte, ele a xingou. Ela
terminou. Ele implorou perdão. Ela voltou. Ela terminou, ele se humilhou novamente. Ela
voltou. Ele empurrou, ela terminou. Ele implorou. Ela voltou.
E assim, se passaram quase 4 anos. Dayana agora, não confiava mais em si
mesma. Terminava com Sidney, mas sabia que iria voltar. Ele era a droga mais poderosa que
Dayana havia tomado na vida. Ela simplesmente, não conseguia viver sem ele. Os dias em que
conseguia ficar sozinha eram invadidos por uma solidão gélida e escura. A carência parecia cortar
seus pulsos. Ela entrava e saia de aplicativos de relacionamento, numa tentativa de ficar mais um
dia longe dele.

Todos diziam que Dayana tinha tanta dificuldade de ficar sozinha por não ter auto estima.
Mas o que ninguém imaginava era o nível de adição ao romance que ela enfrentava. Sua doença
lenta, progressiva e fatal, havia progredido em muito. Dayana estava à beira da morte física, até
que um dia, sonhou com seu pai dizendo: “afaste-se deste homem enquanto há tempo!”

c) Resultado- Foi aÍ, que resolveu buscar ajuda. Quando ouviu falar da irmandade Adictos
a Romance, percebeu que seu real problema não era outro, senão o vício de amar. Lá, encontrou-
se com sua verdadeira família espiritual. Ao escutar os depoimentos, percebeu que seu remédio
estava na história dos seus iguais.

Alguém Maior fazia-se presente naquelas reuniões. Enquanto estivesse ali, não iria mais
padecer deste mal.

Agora desejo apresentar a você, que leu este texto sobre adição ao romance, a menina
Dayana. Dayana sou eu. Dayana é você. Essa é a história de todos nós, portadores da adicção ao
romance. Mas Adictos a Romance Anônimos é um cemitério que não aconteceu. Estamos vivos
e sóbrios, e contra às leis mortais desta doença, encontramos uma nova maneira de viver, com
abundância e plenitude. A solidão não nos assusta mais. Alguém Maior a transformou em
solitude! Ah, e se você quiser saber o final dessa história, Dayana acabou se casando por mais
duas vezes. A primeira foi com ela mesma. A segunda, com um cara verdadeiramente legal. Em
Ara, dizemos que ela aprendeu a ESCOLHER DE VERDADE!

UM ESTUDO SOBRE A AUTOESTIMA

A baixa autoestima tem sua origem em uma família disfuncional, em uma relação de
dependência doentia, em falhas pessoais, ou em um ou mais relacionamentos desastrosos. As
pessoas com baixa autoestima sofrem de padrões de comportamentos autodestrutivos,
pensamentos irracionais e dificuldade em desenvolver e manter relacionamentos saudáveis e
satisfatórios. São aquelas que perderam o foco de seu propósito e direção na vida. São
impotentes perante as conseqüências comportamentais de sua baixa autoestima.

A baixa autoestima está na raiz dos comportamentos que fazem nossa vida se tornar
improdutiva ou incontrolável. Desejamos com a literatura desenvolvida por C.A. sobre este
tema, reavermos o autocontrole para nos sentirmos mais produtivos e bem sucedidos.

Desenvolver baixa autoestima crônica leva tempo. É preciso uma série de eventos e
uma cadeia de comportamentos habituais para amortecer o sentido do valor pessoal. Levou-se

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muitos anos para que a nossa autoestima fosse trazida ao atual nível em que se encontra, e
agora, o processo de recuperação para aumentá-la também será lento, mas nos trará
resultados inimagináveis.. Desenvolvemos velhos hábitos difíceis de quebrar. Temos sonhos
fantasiosos sobre a maneira como as coisas deveriam ser, e por esta razão, o nosso primeiro
passo rumo à prosperidade, será identificar as causas, características e efeitos de nossa baixa
autoestima, que pode ter surgido da convivência em nossa casa, escola, trabalho e vida social.
Aqui, tentaremos também, identificar as crenças irracionais, sentimentos reprimidos e
relacionamentos doentios que contribuíram para sua regressão. O importante é conseguirmos
enxergar o seu impacto negativo, que resultou em nossa perda de controle, gerando
sentimentos e comportamentos improdutivos e derrotistas perante à vida. O que se segue é a
descrição do impacto negativo da baixa autoestima.

A Baixa autoestima tem suas raízes em uma série de circunstâncias da vida e


exporemos aqui,as principais causas:

1. Se viemos de uma família de origem, onde nossa mãe e / ou pai tiveram problemas com:
álcool, drogas, ciúmes patológico, doença mental, incapacidade de demonstrar carinho e
afeto, padrão de críticas destrutivas; rigidez de crenças religiosas; padrão workaholic, violência
física, então, com toda a probabilidade , isto afetou negativamente a nossa autoestima.

2. Se fomos física, emocional, verbal ou sexualmente abusados ou negligenciados por: um pai;


um irmão ou irmã; um “cuidador” adulto; seu cônjuge, amante, ou amigo, isto afetou
negativamente a nossa autoestima.

3. Se, em um relacionamento com um dos pais, um membro da família ou cônjuge,


trabalhamos duro para superar a irresponsabilidade da outra pessoa e não importa o que
fizemos, "nunca éramos bons o suficiente" para corrigir os problemas da outra pessoa, isto
afetou negativamente a nossa autoestima.

4. Se, por outro lado, fomos dependentes de outra pessoa para fazer as coisas certas para nós,
isto afetou negativamente a nossa autoestima.

5.Se já estivemos em um relacionamento em casa, na escola, no trabalho ou amoroso, que foi


desastroso e marcado por maus sentimentos, nossa autoestima foi afetada negativamente.

6. Se nós ou um familiar próximo, formos portadores de uma deficiência de desenvolvimento


ou doença crônica, nossa autoestima sofreu e poderá ter sido reduzida.

7. Se já experimentamos uma falha pessoal, como repetir um ano, abandonar a escola, perder
um emprego, falência ou divórcio, nossa auto-estima sofreu e pode ter sido reduzida.

Estas fontes ajudaram a distorcer nossas emoções e podem ter alterado o nosso autovalor
(valor que damos a nós mesmos). Talvez, nossos pensamentos tenham sido afetados por
crenças irracionais não fundamentadas na realidade, mas motivados pela falta de aceitação
em relação ao ocorrido, e pela necessidade de arranjarmos um responsável por tudo isso: nós
mesmos! Em algum momento, abrimos as portas para a culpa, medo, desconfiança,
insegurança e manipulação. Estes pensamentos nos levaram a acreditar que não importa o
que fizéssemos na vida, "nunca seríamos bons o suficiente." Também nos levaram a acreditar
que seríamos filhos do nada, a menos que realmente "fizéssemos alguma coisa realmente
muito importante." Estes pensamentos não nos permitiram nos amar incondicionalmente, por
sermos exatamente quem somos. O pensamento irracional nos levou a desenvolver auto-

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scripts negativos que mantêm nossa autoestima presa num calabouço, reduzida, e nos fazendo
sentir muito mal conosco.

Nossas emoções e sentimentos foram distorcidos pelas fontes de baixa autoestima, porque
não estávamos autorizados a expressar nossos sentimentos de uma maneira "normal" e
saudável. Esperávamos sempre "ficar bem" aos olhos do público e não expressar nada
negativo perante ele. Não fomos encorajados a ser expressivos o suficiente, caso tivéssemos
sentimentos felizes ou positivos. Muitos de nós aprendemos a tentar logo a manter a paz e
evitar o conflito, mantendo os sentimentos reprimidos e isto nos dificultou a habilidade

de identificar os verdadeiros sentimentos. Outros, só conseguem expressar os sentimentos de


forma exagerada ou explosiva.

Os sentimentos distorcidos, sejam eles reprimidos, negados, exagerados ou explosivos,


resultam em depressão, uma doença / sentimento comum experimentada por pessoas com
baixa autoestima.

Exemplos de comportamentos distorcidos: necessidade de aprovação, o medo da rejeição, a


prevenção de conflitos, a falta de assertividade, a fraca resolução de problemas, a
incapacidade de desenvolver a intimidade e o uso excessivo de poder e controle.

O resultado final de pensamentos, sentimentos e comportamentos distorcidos é a baixa


autoestima, que resulta no desenvolvimento de um padrão de comportamento pessoal, o qual
chamaremos aqui de “antigos traços de personalidade doentia”. Esses representam formas
compulsivas de agir aprendidas na família de origem, escola, trabalho, etc. Podemos ter
apenas um desses nove padrões ou uma mistura deles. São eles:

Boa aparência- Aparência de bom comportamento aos olhos do mundo; preocupação


excessiva com o olhar do outro.

Encenação – falsa aparência, máscaras.

Vitimização – sentimento de abandono exagerado.

Padrão de diversão - Aparência em forma de papel do comportamento divertido

Conturbação - Papel de comportamento problemático

Padrão agradador - Aparência ao mundo, no papel do comportamento facilitador

Resgate; Aparência ao mundo, no papel de resgate

Insensibilidade: Aparência ao mundo no papel de comportamento não sentimental.

Estes traços de personalidade doentia são a base para a nossa falsa personalidade.
Infelizmente, eles contribuem para a nossa autoestima reduzida. Na recuperação, o objetivo é
aprender um padrão comportamental positivo e saudável e eliminar os negativos e doentios.

Diretamente relacionadas a esses nove traços de personalidade que emanam de baixa


autoestima, estão as sete conseqüências comportamentais negativas a seguir:

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1) Perdas não resolvidas e questões de luto;

Comportamentos autodestrutivos; Problemas com controle;


Raiva não resolvida; Comunicações defeituosas;

Problemas de ajuste pessoal


Problemas de relacionamento interpessoal.

Cada uma dessas sete áreas problemáticas não só resulta de baixa auto- estima, mas também
contribui para piorá-la, e aumentar seus traços compulsivos e doentios de personalidade.

1.Perda não resolvida e questões de luto - ocorrem quando reprimimos ou negamos nossos
sentimentos. Por causa da baixa autoestima e da necessidade de "parecer bem" aos olhos dos
outros, podemos nunca ter passado pela resposta emocional adequada para enfrentar: a
morte de um ente querido, uma relação perdida, uma experiência de fracasso, a maneira
inadequada pela qual fomos tratados pelos outros, ou mesmo, questionar dúvidas pertinentes
à qualidade e o sucesso na vida. O vazio criado por nossa falta de aceitação em relação às
perdas, pode ter criado respostas emocionais que afetaram nossos pensamentos, sentimentos
e comportamentos resultando em mais baixa autoestima.

2. Comportamentos autodestrutivos - contribuem e são o resultado da baixa autoestima.


Muitos comportamentos autodestrutivos como o uso excessivo de álcool, drogas, comida,
jogos de azar ou sexo precisam de ajuda específica e direta para superar o vício. Esses
comportamentos podem causar um impacto devastador em nossa casa, no trabalho e na vida
social.

3. Problemas no controle e manipulação - este é um resultado direto da baixa autoestima.


Para tentar manter nossa sanidade, podemos ter tentado controlar as pessoas, eventos e
circunstâncias. Por outro lado, podemos ter nos tornado dependentes dos outros. Em ambos
os casos, esses comportamentos de controle eram doentios e afetaram negativamente nossa
autoestima. O caminho para a recuperação enfatiza o abandono destes padrões, através do
desenvolvimento do autocontrole sobre os nossos pensamentos, que controlarão nossos
sentimentos, que por sua vez, resultarão em comportamentos saudáveis. O auto- controle é o
antídoto para o controle dos outros e das situações. Assim, conseguiremos assumir a
responsabilidade pessoal e melhorar a nossa autoestima.

4. Raiva não resolvida - A raiva é uma emoção saudável, mas pode se tornar distorcida, como
resultado de baixa autoestima. Poderemos ter crenças que

bloqueiam a expressão de raiva, levando-nos a ficar deprimidos. Ou nossa raiva poderá ser tão
hostil e explosiva que poderá não apenas magoar, mas destroçar os outros. Podemos ter
negado tanto a raiva, que apenas o pensamento de ficar irritado já nos assuste. A raiva não
resolvida contribui para um sistema de crenças defeituoso, vida emocional inadequada e
comportamentos doentios, diminuindo em muito, a nossa autoestima. Livrar-se da raiva
doentia é uma maneira de se recuperar o equilíbrio emocional, ganhar energia e libertar-se
para amar e se divertir. Nosso tratamento começa com a aplicação séria dos evites da raiva,
que devem ser seguidos rigorosamente, pois meias medidas jamais irão nos adiantar. o que no
início poderá ser extremamente difícil e desconfortável, irá nos levar a um lugar de paz,
felicidade e luz, jamais imaginado por nós. Primeiramente, precisamos retirar as atitudes
raivosas, pois podemos sentir raiva, mas jamais atuar nela. Ao retirar o seu aspecto físico, ou
seja, seu comportamento, poderemos então tratar seus aspectos emocionais e espirituais.

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Evitaremos a primeira briga e a primeira humilhação. Evitaremos o primeiro grito ou alto tom
de voz. Serenemos nossas expressões faciais. Não entraremos em controvérsia e sempre,
sempre, tentaremos presentear os outros com a razão, se dela fizerem questão, pois para nós,
ela é a verdadeira antítese da felicidade. Estas sugestões nos valem mais do que pérolas, e
sentiremos uma enorme mudança em nossa qualidade de vida, se a levarmos a sério.

5. Comunicações defeituosas - surgem como resultado de termos recebido um modelo errado


de comunicação no passado. Nossa incapacidade de expressar os sentimentos abertamente
influenciou nossa baixa autoestima. A capacidade de ouvir os outros e refletir sobre seus
sentimentos também nos foi uma habilidade perdida. Estas comunicações defeituosas
resultaram em sentimentos de fracasso e autoestima reduzida. Para ganhar novas habilidades
na comunicação, precisamos de novos modelos de interação saudável. Precisaremos aprender
a concentrar nos sentimentos e não no conteúdo que está sendo dito por outra pessoa.

6. Problemas de ajuste pessoal - afetados pela baixa autoestima, não desenvolvemos a


autoconfiança para acreditar em nossas próprias habilidades e valor. Como resultado,
trabalhamos mais duro, durante todo esse tempo, para provar a nós mesmos que
conseguiríamos as coisas boas da vida, como paz, realização profissional, amorosa, familiar,
etc, mas o sentimento de fracasso, apesar de toda luta, sempre esteve, de alguma maneira, ao
nosso lado. Por causa de nossa baixa autoestima, sabotamos nossos próprios esforços para
sermos bem sucedidos na vida. A maioria de nós, possuía dificuldades em lidar com o estresse
e parecia sofrer de uma espécie de” burnout”, por não saber como relaxar ou se divertir. A
insegurança severa e falta de confiança no eu, inibiram nossa capacidade de assumir riscos.
Encontramo-nos caminhando em círculos, com autos-cripts negativos gerando autoaversão.
Mas em recuperação, entendemos a importância da auto -afirmação e mudança destes
antigos scripts

comportamentais, que não só levará a uma maior autoestima, mas também à capacidade de
aceitar a responsabilidade pessoal por um “eu saudável”.

7.Problemas de relacionamento - resultam de baixa autoestima. Estas relações improdutivas e


doentias contribuem para a diminuição da auto-estima. Baixa autoestima é muitas vezes a
causa, a raiz do fracasso da maioria dos relacionamentos. É preciso duas pessoas para se
arruinar um relacionamento, pois ambas as partes precisam ter uma autoestima saudável para
ele seja saudável. Se assim não for, a relação terá barreiras ao seu crescimento e
produtividade. As pessoas com baixa autoestima parecem procurar outras iguais, para
estabelecer suas relações pessoais, profissionais ou sociais. Esses relacionamentos começam
com uma base frágil, que muitas vezes, resulta em conseqüências desastrosas. Ao
trabalharmos no caminho de nos amar incondicionalmente, e construirmos confiança em
nossa capacidade de manter relacionamentos saudáveis, começaremos a atrair parceiros mais
saudáveis para nossa vida pessoal, profissional e social.

A alta autoestima:

Iremos apresentar agora, as características da auto- estima saudável, para que fique-nos muito
claro o que é o bem viver: As pessoas que possuem uma autoestima saudável sentem-se
sempre dignas:

de serem amadas e de amar os outros;

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de serem cuidadas e cuidar dos outros; De serem nutridas enutrir os outros;
de serem apoiadas e de apoiar os outros;

de serem ouvidas e ouvir os outros;


de serem reconhecidas e reconhecer os outros;
de serem encorajadas e encorajar os outros; de serem reforçadas como "boas"e de
reconhecer os outros como "bons".

Pessoas com autoestima saudável têm uma personalidade produtiva; Conseguem o sucesso
por um melhor desempenho de sua capacidade no trabalho e na sociedade. São capazes de
ser criativas, imaginativas solucionadoras de problemas, assumindo riscos. São otimistas em
sua abordagem à vida e à execução de seus objetivos pessoais.

Pessoas com autoestima saudável são líderes e habilidosas em lidar com as pessoas. Elas não
são nem muito independentes, nem muito

dependentes dos outros. Possuem a capacidade de dimensionar um relacionamento e ajustar-


se às demandas da interação.

11. k) Pessoas com autoestima elevada têm autoconceitos saudáveis e elevada


autoimagem. Sua percepção de si mesmas está em sincronia com a imagem que
projeta para os outros. Elas são capazes de afirmar claramente quem são, qual é o seu
potencial futuro, e para o que vieram na vida (propósito). São capazes de declarar o
que merecem receber em sua vida. Têm um senso de merecimento que lhes permite
colher coisas boas.
12. l) Pessoas com alta autoestima são capazes de aceitar a responsabilidade e as
consequências de suas ações. Não recorrem a colocar a culpa nos outros ou usá-lo
como bodes expiatórios para ações originaram um resultado negativo. Elas são
altruístas. Têm uma legítima preocupação com o bem-estar dos outros. Não são
egocêntricas ou egoístas em sua visão da vida. Não assumem a responsabilidade pelos
outros de forma excessiva. Elas ajudam os outros a aceitarem a responsabilidade por
suas próprias ações. Estão, no entanto, sempre prontas para ajudar qualquer pessoa
que necessite de ajuda ou orientação.
13. m) Pessoas com autoestima elevada têm habilidades de enfrentamentos saudáveis.
Elas são capazes de lidar com o estresse em suas vidas de forma produtiva. São
capazes de colocar os problemas, preocupações, questões e conflitos que surgem de
uma maneira a gerar boa perspectiva. São capazes de manter suas vidas em
perspectiva sem se tornar demasiadamente idealistas. Elas têm um bom senso de
humor e são capazes de manter um equilíbrio entre o trabalho e diversão em suas
vidas.
14. n) Pessoas com autoestima saudável costumam olhar para o futuro com emoção, um
senso de aventura e otimismo. Elas reconhecem seu potencial de sucesso e visualizam
seu sucesso no futuro. Possuem sonhos, aspirações e esperanças para o futuro.
Possuem um senso de equilíbrio no trabalho em direção a seus objetivos. Sabem de
onde vieram, onde estão agora e para onde irão.
15. o) A auto-estima das pessoas saudáveis é apoiada na família, no grupo de amigos, no
local de trabalho e na comunidade. Para sustentar a auto- estima saudável, as pessoas
precisam receber nutrição das outras pessoas em seu ambiente, incluindo:

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a) Apoio, amor e carinho incondicionais: perceber que outras pessoas os reconhecem como
merecedores de serem nutridos, reforçados, recompensados e ligados. O ambiente transmite
mensagens de carinho, pelo toque físico, atendendo às necessidades de sobrevivência de

alimentos, roupas e abrigo, e proporcionando um senso de estabilidade e ordem na vida.

2. b) Aceitação de quem eles são: elas sentem que outras pessoas conseguem vê-los
como indivíduos dignos e capazes, que têm um conjunto único de características de
personalidade, habilidades e competências tornando- os especiais. Aceitação ajuda as
pessoas a reconhecerem que as diferenças entre elas e as outras pessoas está ok. Isso
estimula o desenvolvimento de um senso de domínio pessoal e autonomia. Aceitação
permite que as pessoas venham a desenvolver relações com os outros, mas manter
limites saudáveis da individualidade dentro de si.
3. c) Boa comunicação: ser ouvido e respondido de forma saudável, para que a resolução
de problemas saudáveis seja possível. Recomenda-se a doação e recebimento de
feedback apropriados. Comunicar-se pela expressão de sentimentos é uma atitude
padrão para essas pessoas, permitindo que elas entrem em contato com suas
emoções de maneira produtiva.

Para o desenvolvimento da auto-estima saudável, deve haver:

1.Reconhecimento e aceitação das pessoas por quem elas são. Condicionar tal
reconhecimento e aceitação na condição de que elas primeiro devam se conformar a um
padrão prescrito de comportamento ou conduta é doentio. O reconhecimento e a aceitação
incondicionais dados sob a forma de apoio permitem que os indivíduos alcancem seu potencial
máximo.

2. Limites claramente definidos e aplicados conhecidos pelos indivíduos sem truques ocultos
ou manipulação. Os limites estabelecem a estrutura para a vida das pessoas, permitindo
padrões claros de comportamento apropriado e adequado. Os limites permitem que os
indivíduos reconheçam suas responsabilidades e tracem seu curso de comportamento de
forma racional.

3.Respeito para a ação individual dentro dos limites definidos do ambiente. Isso encoraja os
indivíduos a usar sua criatividade, engenhosidade e imaginação para serem produtivos dentro
da estrutura estabelecida. Restrições que suprimem a individualidade podem levar a um foco
estreito, e faz as pessoas ficando atrofiadas e deficientes no uso de suas habilidades pessoais,
habilidades e recursos.

4. Liberdade estabelecida dentro da estrutura. Isso permite que os indivíduos desenvolvam um


senso de autonomia pessoal. Se eles ficarem muito amarrados e inibidos, poderão ficar
ressentidos e, finalmente, rebeldes contra as estruturas impostas em seu ambiente. Ser dada a
liberdade de auto-expressão dentro das regras e normas estabelecidas permite aos indivíduos
explorar seu potencial ao

máximo; Assim, há uma maior possibilidade de obterem sucesso, e serem empreendedores


saudáveis.

A autoestima das pessoas saudáveis é uma das grandes metas da nossa recuperação. Alcançar
e sustentar a autoestima saudável e plena é um projeto para toda a vida, que implica em
vigilância, esforço e energia.

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Os quatro pilares da autoestima:

1.Senso e Pertencimento – Todo ser humano pertence a um ou mais grupos sociais, por suas
características intrínsecas de gregariedade e sociabilidade. Todos nós pertencemos a um
núcleo familiar, a uma escola, faculdade, círculos de amigos, trabalho, etc. mas a pergunta é: a
quais grupos deveríamos realmente pertencer? Muitas vezes, não nos sentimos fazendo parte
de um grupo, por exemplo, familiar e acabamos por nos envolver com pessoas que não nos
fazem bem. O senso de pertencimento é um dos pilares da autoestima, quando entendemos
quem somos, quais as nossas qualidade se valores, e passamos a procurar os nossos
semelhantes, para com eles, podermos nos sentirmos realmente em casa, em paz, e em
estado de contínua felicidade. Nada é mais satisfatório do que encontrarmos amigos que
tenham uma enorme afinidade espiritual conosco. Descobrirmos qual é o nosso sonho, nos
leva a conviver com nossos iguais, em um ambiente que nos complete o vazio da alma. Fazer
cursos, encontrar caminhos espirituais, podem muitas pessoas que pensam como nós. Para
elas, tudo o que dissermos terá imenso valor, e isto só pode contribuir para que nos sintamos
bem conosco.

2.Senso de Identidade – há um ditado que diz que “99% do nosso livre arbítrio depende das
pessoas que estão ao nosso redor”. Então, quem somos nós? Como nos definimos? Estamos
pertencendo aos grupos certos? O senso de identidade começa na filosofia. Ex: Raquel era
bailarina, acreditava no espiritismo, gostava pintar aquarela, era esposa e mãe de dois filhos e
vivia o veganismo, e amava antropologia. Mas quem era Raquel e a que grupos pertencia?
Para termos um senso de identidade correto, devemos saber quem somos em primeiro lugar.
Raquel era casada ou era vegana? Era mãe ou bailarina? Em primeiro lugar, Raquel era
espírita, pois sabia que sem esta conexão com o Divino, não faria bem, então nada seria. Sem
segundo lugar, era bailarina, pois sem o encontro espiritual com seu dom, não seria boa mãe,
e muito menos, uma boa esposa. Em terceiro lugar, ela era vegana, pois aquela era sua
filosofia de vida, parte importantíssima de sua identidade. Não importava onde fosse, ela não
comia leite, carne e seus derivados, pois não encontrava dilemas em relação a isto. Seguindo a
ordem, era mãe e esposa, amante de antropologia e fazia aulas de aquarela. Pertencia a
grupos de espiritismo, dava aulas de ballet e participava de um corpo de baile, trabalhando
com grandes amigos de longa data. Também era envolvida com movimentos veganos, e ali
também era querida e respeitada. Amava seus filhos e marido, e tinha bons momentos com os
grupos de pintura e antropologia. Com este exemplo, podemos nos inspirar em descobrimos
quem somos, fazendo uma lista de nosso senso de identidade, tentando descobrir quem
somos em primeiro lugar, para depois seguir uma ordem. Quando esta lista estiver pronta,
deveremos investigar se estamos pertencendo aos grupos certos. Só enfrenta dilemas, aquele
que ainda não se conhece.

3.Senso de merecimento – muitas vezes, abrigamos em nosso inconsciente, crenças de não-


merecimento, e acabamos por sabotar as bênçãos da vida. somos filhos de Deus e precisamos
acreditar que não viemos aqui só para sentir dor, mesmo que com um pensamento de que isto
nos traga crescimento espiritual. Temos direito de sermos felizes, se sentirmos alegrias, de
encontrarmos grandes amores, amizades, e de principalmente, ser bem sucedidos na vida. a
vida também é feita de diversões e regozijos.ex: Marcelo, ao fazer um inventário escrito das
várias áreas de sua vida, constatou que as áreas de relacionamento e profissional não estavam
prosperando. Foi então que percebeu, que possuía uma crença irracional de decisão negativa,
que poderia ser traduzida na seguinte expressão: “eu decidi que não mereço ser feliz no amor
e nem prosperar em minha profissão.” Foi ali que ele percebeu que seu consciente estava
apenas obedecendo uma ordem sua.Sugerimos então, que se faça uma lista de todas as áreas
da vida, colocando ao lado uma nota de prosperidade, de 0 a 10. Assim, poderemos identificar
as decisões negativas, e trazê-las de nosso inconsciente para o consciente, e então, poder

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trabalhá-las. O nosso propósito aqui, é sair da inércia. Precisamos emergir nos nossos sonhos e
propósitos.

4.Senso de eficácia- tendo identificado os 3 primeiros sensos, presumimos que você já saiba
um pouco mais sobre quem é, os grupos aos quais deva pertencer, conheça um pouco mais
sobre as regras que atrapalhavam seu desenvolvimento em uma ou mais áreas, e agora, possa
talvez, entender o que seja senso de eficácia. Este se traduz na certeza de ser capaz.
Precisamos agora, nos assegurar se de fato estamos fazendo todo o esforço possível para
alcançar nossos objetivos. Ex: Luana queria ser juíza. Passou a acordar o mias cedo possível,
fazia uma atividade física, e partia para uma biblioteca para estudar até a noite. Mesmo com
tantas pessoas lutando pelo mesmo objetivo, ela não desanimava. Seu senso de eficácia tinha
a ver com o fato de saber que ela estava em um bom lugar: não interessava se os outros
sabiam mais, ou se os concursos ofereciam poucas vagas. Ela estava no caminho certo, e isto
era o suficiente.

Com autoestima, chegamos a um lugar de luz, de onde nenhum ser humano será capaz de nos
retirar.

Afinal de contas, não há nada que nos complete mais do que nossa própria essência.

DEU CUPINS NO ÁRMÁRIO!


( sobre a invalidações nos relacionamentos)

Muitas vezes, em um relacionamento, torna-se difícil percebermos se estamos ou não, sendo


abusados. Muito se fala sobre abuso, mas o que isto significa realmente? Mil conceitos não
são melhores do que um simples exemplo e é isso que iremos fazer aqui. Dar exemplos reais
de abuso, para que possamos detecta-lo mais facilmente. Mas antes, precisamos avisar que
deu cupim no armário!

O cupim

Certa vez, Madame Tavares comprou um lindo armário de madeira para seu quarto da tão
sonhada casa própria, que havia acabado de quitar. Ainda na loja, ela perguntou ao vendedor
se a madeira era de lei. Ele disse que não, mas que era de muito boa qualidade e que ela não
precisava se preocupar com cupins. O armário tinha um porte luxuoso e divisórias
moderníssimas, mas passados 5 anos, um dia despencou.

Madame Tavares ficou apavorada. “como um armário pode despencar dessa maneira, se
jamais apresentou um problema? O que tinha acontecido de fato, foi que um primeiro cupim
se instalou ali logo no primeiro ano. Porem, um minúsculo ser vivo não poderia ser visto, e por
anos, proliferou-se e silenciosamente, deixando apenas uma leve poeirinha em uma prateleira
que ela mal podia ver. Anos depois, cabrum!! Ele desmoronou-se por inteiro. Mas o que isso
tem a ver com invalidações? Simplesmente, TUDO!

Quando pequenas frases negativas, “críticas construitivas” ditas continuamente, traições


seguidas de pedidos de perdões, acusações e manipulações são uma constante em nossa vida,
parece que somos capazes de nos defender, revidando ou não dando importância. Porem,
estamos redondamente enganados. Dia a dia, nossa autoestima e equilíbrio emocional vão se
deteriorando, e não percebemos. E quando menos esperamos, nosso ser desmorona-se por

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completo. Invalidações funcionam como um primeiro cupim, que se prolifera no invisível.
Vamos aos exemplos?

Tipos de invalidação:

1. Traição – quando nosso parceiro diz que fraquejou, que precisa de psicólogo e de
ajuda para parar de nos trair; ou quando nos culpa por termos negado sexo ou termos
sido desagradáveis nos últimos tempos; quando olha para outras mulheres na rua;
quando vicia-se em filmes pornográficos, etc, isto é invalidação! Um recado nos está
sendo dado: de que não somos o suficiente.
2. Criticas constantes ( construtivas ou destruitivas) – quando feitas constantemente,
vão se tornando cada vez mais pesadas. Uma intimidade de dizer tudo que se pensa é
criada, sem que nos demos conta, e nossa autoestima desmorona-se de tal maneira,
que passamos a acreditar que somos pessoas muito problemáticas, e quiçá, ruins. Mas
isto é invalidação! Um recado nos está sendo dado: Melhor ficarmos com o abusador
mesmo, pois nenhuma outra pessoa irá nos amar.
3. De sentimentos- toda vez que nosso parceiro invalida nossos sentimentos, dizendo
que estamos exagerando, que somos hipersensíveis, ou simplesmente, nos ignora ou
se irrita, passamos a acreditar que o que sentimos é bobagem ou “neurose”. Assim, o
medo, dor e tristeza passam a ser encarados como tolice por nós mesmos. Mas isso é
invalidação: um recado está sendo dado: nossa depressão está vindo de nossas
neuroses, e não do relacionamento abusivo e invalidador. Todo sentimento é real!
4. Conselhos aleatórios: este acontece quando não o pedimos, e mesmo assim, nos são
dados “para o nosso bem”. Muitos parceiros nos alertam sobre nosso físico, incluindo
seios, rosto, cabelo, e demais partes do corpo. Podem nos aconselhar a como cuidar
melhor de nossos filhos e nos alertar sobre como os colocamos em risco. Cuidado, isto
é invalidação. Um recado nos está sendo dado: de que não somos capazes e nem
somos o suficiente.
5. Intelectual-quandonossoparceiro,pormeiodefrasesclarasousutis, nos deixa clara a
nossa inferioridade intelectual. Ex: Como você não entendeu esse filme? Nossa, você
não sabe dirigir. Deixa que faço pra você! isso é invalidação. Um recado nos está
sendo dado: melhor ficar com essa pessoa pois ela irá me proteger, por ser tão mais
competente que eu.
6. Ofensas- quando nos atribuem palavras negativas, como “sua maluca, você está
louca, você tem um gênio terrível ou “eu não te traí,

você que é ciumenta demais!”, estamos sofrendo forte invalidação: pessoas manipuladoras e
abusivas jamais se questionam ou inventariam a sua parte, mas afirmam sempre que o
problema está conosco. Um recado está sendo dado: que somos loucos! Muitos de nós que já
fomos chamados de loucos, depois de algum tempo, descobrimos que tratava-se de intuição!

A seguir, vamos ler alguns exemplos de frases invalidadoras e abusivas:

1. Você está enlouquecendo!


2. Você étão difícil que ninguém vai te querer!
3. Ninguém vai querer uma mulher acima do peso.
4. Ninguém vai te querer com tantos filhos! Você vai ficar sozinha se se

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separar de mim.

5. Nosso relacionamento não é abusivo, porque eu nunca te bati.


6. Essas pessoas estão te influenciando ao dizer que sou abusivo(a).

Atitudes abusivas que não surgem por culpa nossa:

1. Gritos.
2. Socos na parede.
3. Palavrões e xingamentos.
4. Traições físicas ou por internet.
5. Mandar calar a boca.
6. Quebrar algo do nosso lado para assustar.

7. Maltratar nossos filhos, idosos ou animais.

Auto- responsabilidade afetiva e o “XGTA”

Em recuperação, devemos evitar pessoas difíceis para nós. Não interessa se esse parceiro foi
bom e calmo para outra pessoa. Se ele não esta sendo legal agora, isso não é nossa culpa.
Nada nos é mais importante e valoroso do que manter nossa paz.

A frase “o amor a tudo suporta” não engloba aceitar humilhações, traições e abuso
psicológico. Temos direito a alguém estável, onde possamos dormir tranquilos, sabendo que
estamos sendo respeitados, e que continuaremos a ser amados e priorizados.

Precisamos entender o que devemos ou não suportar. Xingamentos, Gritos, Traições, e


qualquer tio de Agressão, seja ela psicológica, verbal ou física, forma o que chamamos em ARA
de XGTA, e devem ser evitados a qualquer preço. Para nós, NÃO ESTÁ EM JOGO PERDOAR E
VOLTAR QUANDO O XGTA SE INICIA! Nós, Aras em recuperação, não toleramos

parceiros mulherengos, sem futuros, grosseiros, invalidadores, adictos na ativa ou aquele que
não queiram nada com a vida.

SORORIDADE, QUESTÃO DE AUTOESTIMA!

Sororidade é a união e a aliança entre mulheres, baseadas na empatia e no companheirismo,


em busca de alcançar objetivos em comum. A palavra soror, originária do latim, se refere a irmã.
Mas o que isso tem a ver com auto estima?

Há mais de um século, a mulher foi ensinada a rivalizar com a outra, com o objetivo de
se casar e procriar. A falsa ideia de ter que guerrear pelo macho alfa acabou por inserir a mulher
em um ciclo de autodestruição absurdo, onde passa por cima de seus valores, fere amizades,
angustia-se para conservar sua beleza a qualquer custo, para não ser vencida pelas outras.

Mas o novo termo Sororidade vem nos ensinar um caminho de paz, amor à próxima, fé
e autoestima. Não precisamos mais passar por cima de nossas iguais para nos relacionar. Um

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Poder Superior pode nos trazer o amor, assim que achar que estamos prontas. Não precisamos
mais ser amantes e assim, podermos nos libertar de vez da Síndrome da Compulsão pelo resto,
onde ficamos em segundo lugar, lutando na cama para roubar o macho da outra. Como fomos
doentes... até que ponto chegou nosso desespero para nos relacionar.

Aqui vão alguns exemplos:

Joselita foi concebida por uma relação pra lá de doentia: seus pais, viciados em drogas, eram
amantes. Ele era casado e sua mãe, lutava para que ele abandonasse a esposa para com ela
ficar. Joselita cresceu implorando para o pai assumir sua mãe e com elas morar. Mas isso nunca
aconteceu. Quando completou seus 18 anos, ele faleceu e ela iniciou uma compulsão de
conquistar homens casados. Ela também lutava para que eles se separassem, pois assim,
inconscientemente, resolveria sua infância. Nem precisamos dizer que chegou em ARA
devastada e com as mais antigas, aprendeu a amar sua próxima. Que alivio imenso, ela dizia!
Joselita entendeu seu padrão e percebeu que ao invés de rivais, possuía amigas, irmãs de alma,
que a acolhiam e jamais a julgavam.

Rosa ingressou em Ara com uma culpa que insistia em habitar seu coração: há 10 anos atrás,
roubou o marido de sua irmã. Quando flagrada na cama por ela, disse que havia se apaixonado
por seu marido e que não iria, em hipótese alguma, deixar de viver esse grande romance.
Resultado: sua amada irmã nunca mais voltou a falar com ela e o seu “novo marido”(ex da irmã),
a trocou pela prima 6 meses depois.

Betina sabia que a companheira Mariane de sua sala de Narcóticos Anônimos, estava iniciando
um romance com o companheiro Carson, mas o que ambas não sabiam é que o moço era pra lá
de compulsivo sexual, e usava de palavras românticas para conseguir sexo. Betina pensou que
seria fácil roubar Carson de Mari, pois era 10 anos mais nova que ela, e assim, iniciou sua guerra
pelo macho. O final da história? Betina recaiu e foi internada. Mariane ingressou em Ara. Carson
foi validado pelos companheiros. Quando Betina saiu da internação e voltou pra sala, foi
surpreendia com um abraço apertado de Mariane. Estupefata, perguntou: “por que este gesto
de amor, justo comigo?” Ao que Mari respondeu: eu não estou contra você, mas do seu lado.
Se você quiser, posso te levar numa sala de Adictos a romance, onde você vai aprender a me
amar, e consequentemente, a se amar. Betina deu-lhe um abraço ainda mais apertado, e aceitou
ir com sua companheira para a nova irmandade.

Dilma era melhor amiga de Vilma e namorada de Augusto. Um dia, deu para o namorado um
urso de pelúcia, mas infelizmente, semanas depois encontrou o tal peludo na casa da melhor
amiga. Augusto namorava as duas, sem que Dilma soubesse. Quando perguntou a melhor amiga
o porquê de tamanha traição, se elas se gostavam tanto, ouviu: por que você acha que tem que
se dar melhor em tudo? Dessa vez, ficou bem claro que isso não é uma verdade absoluta. Dilma,
mesmo em estado de choque, respondeu: nunca achei que eu fosse melhor em nada, mas acho
que você acabou de provar sua inferioridade. Nem precisamos falar que Augusto continuou a
tentar se reconciliar com sua namorada, enxotando a amante de perto. Mas Vilma se amava e
ele não obteve sucesso.

Tatiana era prostituta, porem, começou a ler sobre sororidade. Isto começou a incomoda-la,
pois vários de seus clientes eram casados. Certo dia, chegou ao fundo de poço. Bateu-lhe à porta
um líder religioso de sua igreja, querendo seus serviços. Ela não resistiu ao impulso de dizer o
que pensava e falou:

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-Com toda essa Bíblia decorada, você não aprendeu nada? -Minha filha, eu ainda sou um
pecador! (disse ele).

-Pois eu tambem sou uma pecadora e nesse exato momento, vou cometer um pecado enorme:
o da fofoca!

Tatiana saiu batendo porta e foi na loja da esposa do líder religioso pecador e contou-
lhe toda a verdade. Disse que possuía sororidade por ela, e que a partir de agora, iria sair apenas
com clientes solteiros. O que ela não esperava é que a esposa lhe oferecesse um bom emprego
de gerente, o que ela aceitou de imediato. Tati estava sendo invadida pelo amor próprio do
programa e animou-se com o novo cargo. Ao partilhar em Ara, brincou: “Eu adoro ganhar bem
e agora decidi lutar pela gerência de toda a cadeia de lojas da ex esposa do pregador. E todos
respondemos: Amém!

Liliana foi trocada por Valeska, pelo noivo Amado. A partir daí, uma guerra iniciou-se. Valeska,
que estava muito feliz por ter sido a escolhida, não conseguiu ficar muito tempo em paz. Liliana,
que era amiga da empregada de Amado, pediu-lhe pra colocar no cesto de roupas sujas do casal,
uma calcinha sexy, e como quem não queria nada, a empregada ainda perguntou para a nova
esposa se a lingerie a pertencia. Valeska começou a achar que Amado também a traía, e logo
em seguida, recebeu uma ligação no telefone fixo, de uma garota na faixa de uns 18 anos, que
perguntou se ele estava em casa. Quando Valeska perguntou quem era, a menina riu e desligou.
Mal sabia Valeska que se tratava de uma amiga da filha de Liliana passando trote, para que
Valeska ficasse louca. As brigas começaram e os “golpes” de Liliana continuaram. E assim foi.
Desesperada,Valeska se mandou, dando lugar novamente a Liliana, que teve o seu grande
“prêmio” de volta: o marido traidor.

Jesuína conheceu Raimundo. Com um mês de namoro, ele confessou- lhe ser casado. Mesmo
gostando dele, ela estava frequentando as reuniões de Ara, e estava aprendendo a interromper
um romance, quando percebesse que ele não era saudável. Eis aqui o diálogo do término: ---

-Quem ama não trai. Você não ama sua esposa. Mas eu a amo, disse Jesuína

- Como assim, você a ama, está louca?

-Não, estou cada vez mais lúcida. Eu não preciso conhece-la para amá- la e não desejo que ela
seja infeliz, enquanto eu me regozijo. Vou orar para que ela encontre um homem que preste.
Adeus, querido!

A grande substituição de crenças:

Frases como:

Somos o que pensamos e agora, iremos substituir crenças destrutivas por crenças de
sororidade:

1. Esse homem é meu”, devem ser substituídas por: “Eu entrego esse resultado a Deus e
não irei participar de rivalidade nenhuma. Se a outra mulher agir assim, é porque ainda
não conhece o caminho de luz que me foi apresentado.

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2. “Ela é horrorosa; não sei como está com ele.” X “Eu gostaria de estar com ele, mas se
optou por outra mulher, é porque não estava no meu destino e não iria me fazer feliz.
Confio em Deus e sei que Ele não deixa ninguém atrapalhar Seus planos para mim. O
melhor está por vir.
3. Ela é mais nova, não sou páreo pra ela. X “Não sou páreo na escolha de quem está
doente. Amo minha idade e não participo de escolhas fúteis, pois sou profunda e
espiritual. Confio plenamente em Deus. Se for Sua vontade, um grande amor vai surgir
e me amar exatamente como sou. Amo a minha idade e amo a minha fé, que a cada
dia, se torna ainda mais forte!”
4. “Homens com aliança no dedo são mais interessantes” X Eu não preciso ferir uma
mulher para provar meu valor, pois isso seria o cúmulo da baixa autoestima. Eu me
amo e amo minhas iguais. Não sofro mais de compulsão pelo resto. Sofro de compulsão
por amor próprio, pois sei que o Deus que habita em mim, habita o coração de outra
mulher, e não quero machuca-los.”
5. “Se eu não me cuidar e disputar, vou morrer sozinha!” X “Eu irei morrer sozinha
apenas se continuar a persistir nos mesmos erros, que só me fazem sentir falta de
merecimento, um dos pilares da boa autoestima. Para mim, uma vida feliz e saudável
inicia-se quando aprendo valores espirituais e pratico-os em minha vida.”
6. “Mulher é tudo vagabunda e homem não presta!” X “Sei que encontrei muita gente
doente em meu caminho, que muito me magoou. Mas só por hoje, não irei generalizar.
Há pessoas maravilhosas nesse mundo e graças a Deus, elas são a maioria. Eu tenho fé
no ser humano, em Deus e na vida. Sou feliz porque assim decidi ser! “
7. Se eu não lutar, não terei uma família Doriana. X “Se meus filhos nascerem do
desespero pelo acasalamento, irão crescer com os mesmos valores e não conseguirão
ser felizes. Não poderão fazer um mundo melhor. Se sonho com uma vida feliz, preciso
fazer minha parte para um mundo mais íntegro!”

Como vimos, a sororidade é mais que um termo feminista. É uma questão de autoestima,
pois aprendemos a nos preservar e amar nossas iguais. Ela é um lugar de calmaria, amor e
entrega da minha vontade e minha vida aos cuidados de Deus. Que eu possa só por hoje, ser um
exemplo de sororidade, pois assim, levarei essa mensagem para muitas mulheres, que
respirarão aliviadas, ao entenderem que não precisam mais disputar o amor. Este, agora, está
até transbordando por nós.

OBSESSÃO, CELIBATO E AUTOESTIMA

Sabemos que o vício de romance faz com que na busca incessante de amor, soframos
os horrores da impiedosa vontade própria, ou como preferir, obsessão. Não precisamos de
muito para nos obcecar por alguém. Uma pitadinha de charme, outra pitadinha de desejo
sexual, e uma boa dose de rejeição! Sim, como Robin Norwood diz no célebre livro Mulheres
que amam demais, a rejeição é o gatilho para a obsessão. E com essa tríade, a traiçoeira vontade
obcecada se faz completa . Nas palavras de Bill W, co -fundador de AA, no primeiro passo do
livro dos 12 passos, podemos entender mais facilmente a doença:

“É verdadeiramente terrível admitir, que com o copo na mão (leia-se romance


destrutivo atual), temos convertido nossas mentes numa tal obsessão pelo beber destrutivo
(leia-se vício de romance), que somente um Ato da Providência pode remove-la. Nenhuma outra
forma de falência é igual a essa. O álcool, transformado em voraz credor (leia-se vício de
romance), esvazia-nos de toda a autossuficiência e toda vontade de resistir às suas exigências.”

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Dessa passagem, tiramos duas grandes lições: nenhuma força humana conseguirá nos
libertar da obsessão por alguém. Quando começamos a nos sentir libertos pela frequência de
reuniões, devemos entender que o que nos liberta não são as outras pessoas ou nossa própria
força, mas Deus, como cada um O concebe, conversando conosco, através da fala dos
companheiros. Acreditamos que eles funcionam mais do que simples espelhos, mas como
mensageiros das palavra de Deus.

A segunda lição é que precisamos aceitar nossa falência total em relação a essa doença,
senão, como Bill mesmo dizia, “da felicidade verdadeira nada conheceremos”. Logo, a vontade
de sermos felizes é proporcional à dedicação que temos com nossa recuperação. Prestar serviço
é um ato de amor próprio. Frequentar assiduamente as reuniões é um ato de amor próprio.
Apadrinhar os novatos é um ato de amor próprio.

Mas o celibato muitas vezes, é encarado como um processo violento por muitos aras
que buscam a recuperação. Aparentemente, não é nada natural ficarmos sozinhos, sem receber
afeto. Por que não podemos simplesmente frequentar as reuniões, e irmos melhorando a cada
dia, sem ter que vivenciar esse estado de solidão forçada?

Bom, aqui vão algumas explicações sobre o nosso detox de relacionamentos.

Principais funções do celibato:

1. Desintoxicação- quando chegamos em Ara, a maioria de nós encontrava-se drogada de


relacionamentos. Nossa carência patológica e sentimento de solidão crônico nos impeliam a
suportar relacionamentos tóxicos e quando esses, milagrosamente acabavam, entravamos em
desespero, e começávamos a procurar incessantemente outro parceiro, fosse em bares, apps
ou mesmo, no jogo de sedução dentro das salas de irmandades. Assim, compreendemos após
muito tentar fazer da nossa maneira, que precisávamos nos desintoxicar dos relacionamentos,
assim como os alcóolicos se desintoxicavam das altas doses de álcool, evitando o primeiro gole,
após anos de luta. Ex: Rodolfo resolveu terminar com Maria. Ela implorou de joelhos, humilhou-
se, mas ele estava irredutível e no dia seguinte, juntou suas coisas e foi embora. Após horas
jogada no chão, anoiteceu. Maria resolveu se reerguer. Tomou um banho, se arrumou e foi para
um bar de música ao vivo. Naquela mesma noite, conheceu Cesar e o levou pra casa. O que não
sabia é que ele estava à procura de uma mulher para sustenta-lo. E conseguiu Maria!

2. Desconstrução do medo de viver sozinho – muitas vezes, achamos que não seremos capazes
de enfrentarmos os percalços da vida sozinhos. Mas todos esses medos não passam de uma
grande ilusão. Em ARA, os mais antigos costumam dizer a quem chega: “Fique calmo, pois os
seus maiores medos jamais acontecerão.”. Portanto, ir a uma emergência de hospital sozinho
ou precisar de dinheiro, muitas vezes, pode parecer o pior dos pesadelos. Mas pensando bem,
o mais importante não é termos um parceiro(a) que nos acompanhe ao hospital, mas ter alguém
que não nos cause doenças por causa de sua toxidade. Não queremos alguém para nos dar
dinheiro, mas queremos ter paz suficiente para trabalhar.

3. Foco em si- no celibato, aprendemos uma das melhores coisas que esse programa pode nos
oferecer: focar estritamente em nossas vidas. Muitos de nós, relatam que já no início do detox,
começaram a fazer uma bateria de exames, contrataram planos de saúde, entraram em
academia, dedicaram-se mais ao trabalho e juntaram dinheiro para viajar e muitos, conheceram
o mundo inteiro. Uns emagreceram, outros passaram em concursos, enfim: mudaram o status
de suas vidas para muito melhor!

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4. Construção de uma casa interior- esse é sem dúvidas, o ponto alto do celibato. Quando
extremamente dependentes de relacionamentos, parecíamos morar no coração dos outros,
como se não tivéssemos casa própria e precisássemos morar em um pequeno e apertado
quarto. Mas ao cortar esse cordão umbilical com outra existência, começamos a construir uma
casa dentro de nós. Ganhamos uma vida tão boa e independente, que se após o período de
celibato, conhecêssemos alguém que nos decepcionasse, sabíamos que tínhamos para onde
voltar. Não ficávamos frustrados em voltar para uma vida cheia de amigos, cursos, viagens,
autocuidado, espiritualidade, e todos os grupos de pessoas dos quais escolhemos participar.
Enfim, tínhamos uma casa própria espiritual, dada por Deus e intransferível.

5. Independência emocional- Aprendemos a parar de exigir amor e aprovação dos outros. Não
nos importávamos mais com seus desprezos, pois tudo que nos importava agora era fazer a
vontade de Deus, e não a nossa, e muito menos, a dos outros. Se alguém não quisesse se
relacionar conosco, que maravilha! Essa era a exata vontade de Deus. Se alguém não aprovasse
nossas ideias, nossas roupas, nossa idade, nossas escolhas, que maravilha! Continuaríamos
agindo da mesma forma, pois entendemos a importância de validar nossos gostos, sonhos e
ideais. Nenhuma forma de preconceito nos atingia mais.

6. Autoestima e valores espirituais- a autoestima de quem faz um celibato é muito fácil de ser
compreendida- basta pegar uma foto antiga e examinar bem o olhar. Éramos tristes,
desconfiados, inseguros, e tudo que acontecia contrário a nossa vontade era considerado uma
derrota pessoal, e sentíamo-nos cada vez mais feios e derrotados. Mas pudera.. Como sentir-se
bem quando tínhamos uma coleção de fracassos amorosos e tantas histórias de terror para
lembrar? Mas agora sentíamo- nos mais inteiros, e tínhamos desenvolvido princípios espirituais
de honestidade, boa vontade e mente aberta. Começamos lentamente, a confiar um pouco mais
em Deus, pois o celibato é como um alívio espiritual, onde alma, corpo e mente se acalmam. E
na calmaria encontramos nosso Poder Superior.

7. Independência sexual- quando dependentes de romance, muitos de nós buscávamos sexo


por acreditar que essa era uma necessidade física tão indispensável quando comer e beber.
Porem, se pararmos de nos alimentar, certamente morreremos, mas o mesmo não se dá, se
ficarmos um bom tempo sem sexo. Muito pelo contrário, estaremos salvando nosso corpo da
obrigação de caçar parceiros indiscriminadamente, pessoas essas, que poderiam nos trazer
doenças sérias, humilhações ou até colocar nossas vidas em risco durante o ato. Quantas
mulheres já foram agredidas por parceiros sexuais bêbados, durante o sexo? Então, o celibato
dá paz ao nosso corpo, porque dia a dia, ele vai se aquietando e perdendo a necessidade
“límbica”.

Quando e de que forma um celibato deve acabar?

Essa é uma importantíssima pergunta que vai definir nosso futuro em todas as áreas de nossa
vida. E nenhuma resposta é melhor, do que mostrar exemplos dos próprios membros de Ara.
(nomes modificados).

Zezé fez um celibato de um ano, mas depois de uns 6 meses, começou a relaxar na
frequência das reuniões de ARA. Assim que completou 11 meses, pensou: “Minha vida está
ótima, mas o que será que acontecerá agora? Seu padrinho de outra irmandade, que não
entendia muito sobre o assunto, resolveu dar-lhe um estranho conselho: “você precisa sair
desse detox, pois senão vai ficar louca e em anorexia amorosa para sempre!” Zezé se apavorou
e acabou entrando num site de relacionamentos para deixar “a porta aberta.” Não durou muito,
para obcecar-se novamente por um homem viciado em sexo. Mas como estava irmanada em

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Ara, antes que caísse nas garras do adicto, uma companheira logo a ajudou, dizendo: você não
vai ficar anoréxica. Nosso estado deve sempre permanecer na ausência de procura. Não é você
que sai do celibato. É Deus que te tirará de lá. Continue frequentando as reuniões e focando em
si, que quando Ele achar que você está pronta, colocará a pessoa certa na sua vida.

Ana também fez um celibato de um ano e jamais deixou de frequentar as reuniões de


ARA. Assim, quando completou um ano, deu o seguinte depoimento: estou muito feliz mesmo
com minha vida. Estou focada, trabalhando com maior dedicação e fazendo curso atrás de curso.
Ganho muito mais dinheiro agora, e estou fazendo minha reserva prudente para morar no lugar
dos meus sonhos. E assim que isto se realizar, viajarei o mundo inteiro. Não vejo a hora de ver
de perto as pirâmides do Egito, o muro de Israel, e conhecer cada pedacinho da Itália. Não vejo
espaço agora para ninguém. Tenho muitas coisas a galgar.

Romeu acabou fazendo um celibato ainda maior. Acostumou-se com sua própria
companhia e gamou em si mesmo. Ficou alguns anos sozinho e um dia conheceu uma mulher.
Ela não era saudável, pois era indisponível. Isso pode acontecer. Mas ele não queria mais
abandonar seu bem estar, pois conhecia agora o significado de paz. Então, terminou o namoro
e voltou para sua vida maravilhosa. Passado um tempo, conheceu outra mulher em seu trabalho
e essa valia realmente à pena. Com ela se casou, teve gêmeos, compraram um bom
apartamento e até a data em que foi escrito esse texto, sabemos que estão felizes por demais.

O QUE A SOCIEDADE ME CONTOU...

( texto sobre Etarismo, preconceito contra idade)

De uma coisa precisamos que ter certeza: nossa sociedade nos impõe milhões de regras
e padrões, que muitas vezes, podem ser extremamente tóxicos para nós. Um bom conceito de
saúde mental é a capacidade de analisarmos tudo que nos é dito e imposto, sem nos deixar
afetar. Se em um relacionamento amoroso, aprendemos em ARA que não devemos nos deixar
invalidar, pois senão acabamos acreditando em falsas verdades, por que muitos de nós ainda
não estamos fazendo isso com nossa sociedade? Se a palavra empatia quer dizer capacidade de
se identificar, então, nossa empatia com o outro, deve se interromper quando ele nos agride.
Mas será que percebemos toda a vez que a sociedade nos faz mal? Vamos então, examinar
cuidadosamente, a vida de Marina!

Marina tinha 16 anos, quando sua mãe resolveu conversar sobre sexo pela primeira vez.
Aqui estão alguns dos ensinamentos:

1. “Minha filha, você só deve ir para acama com um garoto, quando tiver certeza de que
ele a ama. Homens são mais livres e mais sexuais do que nós mulheres. Então, não há
problemas se seu irmão trouxer algumas vezes, meninas para seu quarto, pois ele
precisa fazer sexo. Mas você só deverá ir para a cama com alguém que te ame, senão
ficará difamada!”
2. “Mulheres não devem sair por aí se deitando com qualquer um apenas para fazer sexo.
Isso é coisa de vagabunda e nenhum homem irá querer namorar com uma mulher
depravada. Terminarão todas solteiras.”
3. “Evite falar palavrões. Eles ficam melhores na boca de homens, mas de mulheres não.
Ninguém namora uma mulher que fala palavrões.

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4. “Você deve sempre se vestir adequadamente, e se portar com muita feminilidade.
Nunca se sente em um lugar sem cruzar as pernas. Existem cursos de etiqueta para você
fazer, se quiser. Assim, agarrará um homem de família para se casar.”
5. “Se você terminar o relacionamento, toda vez que um homem tet rair, morrerá sozinha.
Eles são mais sexuais e muitas vezes, irão precisar ir pra rua. Mas eles sabem diferenciar
uma mulher para casar, de uma apenas pra sexo. O que os olhos não vêem, o coração
não sente, então aguente firme e foque nos filhos.”

Quando Marina fez 36 anos, voltou a morar com sua mãe, pois acabara de se separar pela
segunda vez. Após chorar por uma semana por ver a filha solteira novamente e sem filhos, a
mãe resolveu dar-lhe novos conselhos:

1. “Você já tem mais de 30 anos, e não pode sair com essas saias curtas pela rua. Deve
aprender a se vestir adequadamente a sua idade, que não é mais de uma jovem.”
2. “Seus cabelos devem ser cortados mais curtos, pois cabelos longos são apenas para
mulheres mais jovens.”
3. “Marina, não sei o que será do seu futuro, pois você não conquistou nada além desse
trabalhinho medíocre de publicidade. Não tem um marido, não teve filhos... Acha que
viajar o mundo vai adiantar alguma coisa pro seu futuro? Não terá filhos para cuidarem
de você na sua velhice, que já está chegando.”
4. “Que homem mais novo é esse que ligou pra cá, atrás de você? Socorro, você é muito
louca! Deve arranjar um homem de no mínimo 50 anos, que seja mais maduro.
Mulheres devem sempre arranjar homens mais velhos que as protejam. Coisa mais
nojenta uma mulher da sua idade sair com um home de 28 anos. Que tara mais
absurda!!”
5. “Homens podem e devem sair com mulheres mais novas, Marina! Eles podem ter filhos
com mais idade e é por isso que Deus permite que eles fiquem com mulheres de 20,
mesmo tendo 60. Sei que é triste largarem suas esposas na velhice, mas o que fazer se
elas não sabem se aguentar caladas, quando descobrem a traição? Mulher que não sabe
segurar seu home é triste!”
6. “Você acredita que sua tia fez uma tatuagem, colocou silicone e agora está saindo pro
samba? Ela acabou de completar 62 anos!! Mas que velha mais ridícula! Não está
aguentando envelhecer! Para que essa vaidade aos 60? Para ir pro céu mais em forma?”
7. “Eu achava bom você aceitar o convite do Seu Manuel. Ele está viúvo, e é dono de 2
padarias. A falecida dizia que ele era impotente, mas ele tem dinheiro e dá pra fazer
fertilização e engravidar. Mulher não fica rica sozinha e precisa de um provedor. Vamos
fazer um jantar aqui e dizer que você que cozinhou. Assim, você agarra o velho pelo
estômago!”

Aos 50, Marina ingressou em Adictos a Romance, completamente destruída por todas essas
“verdades” de sua mãe. Infeliz em todas as áreas da vida, ela começou a escutar sobre Etarismo,
o preconceito contra idade. Descobriu que todos os ensinamentos que recebeu não eram
baseados em

princípios espirituais de honestidade, mas em terríveis preconceitos. Honestidade é a verdade,


e a verdade liberta, jamais aprisiona. Mas todas suas crenças a levavam a um cárcere emocional
ainda maior.

Então, entendeu, que muitas vezes, nossos educadores, família e até mesmo, uma
sociedade inteira pode estar equivocada. Como saber disso? Simples: basta perguntarmos a nós
mesmos se estamos nos sentindo livres e felizes com tais dogmas.

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Em Ara, Marina conheceu a verdade. Entendeu que poderia caminhar por onde
andavam os doentes, sem adoecer. Compreendeu que ensinamentos agora, não seriam mais
dados por sua mãe, que mesmo não estando mais viva, continuava a falar em sua cabeça. Agora,
ela havia decidido aprender com seus companheiros de 12 passos, que como ela, possuíam um
Deus não julgador, Rico em perdoar, Pai de toda a Igualdade, e Grande no apoio à todas as
diversidades.

Desde então, ela passou a vestir-se da maneira que mais a valorizasse, e não com
roupões para respeitar “sua idade”. Clareou o cabelo, comprou brincos brilhosos e um baton
bem vermelho! Fez novas tatuagens e com uma bela dieta, viu emagrecer o corpo amatronado.
Olhou-se no espelho e se amou pela primeira vez. Matriculou-se em vários cursos que traduziam
sua paixão, e comprou uma motocicleta Harley-Davidson amarela! Nela levava na garupa, o
novo namorado de 40 anos, e como ela mesma dizia: “Ele é bem mais maduro do que mamãe!”
O sujeito tinha excelentes padrões: amoroso, gentil, fiel, trabalhador, e a desejava sexualmente
mais que nunca! Pessoas assim existem para aquelas que acreditam, e jamais se contentam com
menos!

Marina reaprendeu a viver. Marina aprendeu a escolher. Marina aprendeu a se ter.


Marina aprendeu a ser Marina!

FELICIDADE É UM ESTADO DE ESCOLHAS

Lúcia andava preocupada. Dia após dia, os mesmos pensamentos assaltavam-lhe a


mente, de maneira cada vez mais forte. Ela agora tinha 38 anos e havia começado a se dar conta
de que vivia numa sociedade que aposentava as mulheres bem mais cedo do que os homens,
inclusive amorosamente.

Uma cena, em especial, insistia em incomoda-la incessantemente: certa vez, quando


assistia uma reunião de 12 passos, ouviu uma mulher de 60 anos dizer que andava muito
transtornada com sua situação financeira, pois a vida toda, dependeu de seu amado e recém
falecido marido. Ela contou que quando se casaram, entraram em um acordo, mais do que
conhecido por todos nós: ele

trabalharia, e ela cuidaria da casa e dos filhos que teriam. E assim, foi feito. Confessou que
sentiu-se bem sucedida por toda a vida. Era muito bom mostrar para a sociedade que ela estava
cumprindo o seu papel e jamais sentiu necessidade de servir a qualquer outro propósito. A única
coisa que jamais planejou foi herdar uma enorme dívida federal do falecido, que agora
ameaçava penhorar sua única casa.

No campo amoroso, ela continuava a se preocupar: acreditava que não teria mais
chances no amor, e que agora estava aceitando a ideia de nunca mais ter um companheiro, por
um questão etária. Explicou ela, que leu sobre uma pesquisa que dizia o seguinte: homens tem
predilação por mulheres 20 ou 30 anos mais novas, porque instintivamente, tem mais chances
de procriar.

Logo após essa partilha, um senhor de 70 anos foi convidado a falar, e confessou que
estava em plena forma sexual, com sua namorada de 25 anos, e que apesar de casado, ele se
permitia viver esse tórrido romance, que só tinha um pequenino defeito: custava-lhe 15 mil por
mês.

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Como o Poder Superior sempre cuida muito bem de cada reunião de 12 passos, o
próximo companheiro a partilhar possuía 84 anos. Disse ele, que aos 40, após ser viúvo por duas
vezes, decidiu-se casar com uma moça de 20 anos de idade, pois esta lhe daria mais filhos, e
afinal de contas, quem a resistiria? Acontece porem, que ao completar 70 anos, ela ainda tinha
50, e estava a muito, de saco cheio daquela convivência pra lá de doentia. Ela o chamava de
velho resmungão e berrava quando ele fazia pipi fora do vaso, vez que ele já precisava de óculos
para ir ao banheiro. Irritava-se constantemente ao andar ao seu lado na rua, pois ele já dava
passos mais lentos. Enojava-se quando ele se engasgava com a comida à mesa, e acordava-o aos
berros por causa de seus estridentes roncos. Desde seus 60 anos não conseguia fazer mais sexo
com sua amada, vez que ela ainda estava nos 40, e flagrava-a quase que diariamente,
conversando com homens da mesma faixa etária pela internet.

Nesse instante, Lúcia foi invadida por grandes questionamentos. Quando chamada para
partilhar, ela indagou:

1. Como um Poder Superior amantíssimo e perfeito em sua Suprema Sabedoria, faria um


mundo em que toda mulher já nasceu destinada a sofrer os horrores do descarte, da
rejeição e da destruição da autoestima?
2. Como um homem pode colocar-se numa situação de tanta insegurança futura?
3. Como uma mulher pode sujeitar-se a ficar com um homem sem princípios espirituais, já
que consegue trair quem dorme inocente ao seu lado, para manter seu ego de
virilidade?

4. Atéondeessainvalidaçãodevidoàidadedamulherpodeafetaroutras áreas de suas vidas,


incluindo suas carreiras?
5. Será mesmo uma questão de ciência e preservação da espécie ou estamos a muito
vivendo em um mundo, onde a mulher se sente tão fraca, a ponto de sempre precisar
de um protetor, mesmo que este a desproteja, trazendo doenças venéreas e
emocionais?
6. Por que uma mulher ao envelhecer, precisa aceitar o recado do homem amado, de que
não é mais o suficiente?
7. Será que eu serei mais uma vítima dessa realidade doentia, ou princípios espirituais
podem me acordar?
8. Oquesãoprincípiosespirituaisecomodevoaplica-losnaminhavida?
9. Será que este companheiro que trai a sua mulher possui tais

princípios? Será ele realmente feliz sem eles?

10.Princípios da honestidade, mente aberta, humildade e boa vontade

devem ser uma prioridade em minhas escolhas amorosas e em minha

carreira?

10. O que dizer da frase: felicidade é um estado de escolha?

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QUEM É VOCÊ PRA DIZER QUE JÁ MORRI?

Dizem que a melhor forma de se “vingar” de um etarista é desejar-lhe vida longa!


Envelhecer não é uma dádiva concedida a todos, mas infelizmente, temos visto a sociedade
demonizar esse processo.

Essas foram as primeiras palavras arriscadas e rabiscadas por Jasmim em uma “meia”
folha de caderno velho. Logo depois, continuou: se você quer matar alguém, melhor que logo
lhe dê um tiro, mas não o invalide por meio de sua idade, pois o tiro mata o corpo, e a alma logo
se libera. Já o preconceito mata a alma e neste caso, o que resta, é apenas um corpo a vagar,
até que anos depois, pife de vez!

Jasmim estava furiosa. Aos 70 anos de idade, tinha enfim despertado de um feitiço
criado por uma terrível bruxa. Tal maldição a havia feito acreditar que depois dos 30 anos, ela
não poderia conquistar mais nada em sua vida. A bruxa havia lhe dito que nada mais daria certo
e que ela sempre estaria fadada a cair no ridículo, se acaso tentasse.

Assim, aos 30 anos, acreditou que nascera para fracassar, vez que já deveria ter
alcançado as metas mais exigidas pela sociedade: os papeis de esposa, mãe e profissional
comedida.

Aos 40, acreditou que não poderia mais começar uma nova profissão, pois seria ridículo
uma mulher “dessa idade” sentir-se cheia de sonhos, e o melhor a

fazer, seria continuar a trabalhar na velha loja de conserto de roupas, herdada de sua avó.

Aos 50, acreditou que seria melhor continuar com o marido que a anos não a desejava
mais, pois seria ridículo nesta idade, se apaixonar novamente e fazer sexo, já que não poderia
mais procriar.

Aos 60, acreditou que não valeria mais à pena viver, e por duas vezes, tentou o suicídio.

Mas aos 70, um verdadeiro príncipe a encontrou presa numa masmorra e a beijou,
despertando-a, subitamente. Chamava-se ele: Anti-Ageísmo. Um nome um tanto estranho para
um príncipe, mas nele havia.. realeza!! Imediatamente, surgiu um tórrido romance entre os dois.
Ela apaixonou-se por suas diferentes ideias e ficava horas e horas a escuta-lo. Eis aqui um pouco
do que ele a dizia:

1. 1) Se acaso se considerar “velha demais’ para iniciar um novo negócio ou mesmo, um


novo amor, isso é sinal de que o preconceito contra a idade ainda habita em você;
2. 2) Você não precisava ter tido pressa para viver tudo antes dos 30. A crença de que para
ser produtiva, precisa ter menos de 50, faz parte de uma imensa mentira!
3. 3) Fazer mais um aniversário não pode passar a ser preocupante e pensar em mentir
sobre sua idade, apenas reforça em seu coração, esse preconceito doentio.
4. 4) Juventude não é virtude.
5. 5) O esquecimento não está ligado ao envelhecimento. Isso é mentira!

Ele está muito mais ligado à depressão, stress ou distração do que à idade. Dizer que
está esquecida devido à idade, é uma forma de reforçar o etarismo dentro de si!

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6. 6) Devemosparardeatribuirnomestóxicosoufalardeformainfantilcom pessoas 60+.
Atribuir apelidos fofos às pessoas com idade diferente da nossa é preconceito. “Que
senhora fofinha!” “Esse velhinho é bem esperto!” Isso invalida a capacidade de agir das
pessoas, afinal de contas, ninguém quer ser tratado como um ursinho de pelúcia, mas
como adulto que é.
7. 7) Precisamos encontrar um equilíbrio onde possamos aceitar as mudanças de nosso
corpo em paz, sem vivenciar um processo de violência psicológica e
Ansiedade.

A história de Jasmim e o príncipe, demonstra a maldade que uma sociedade doente, ( no


texto atribuída como “bruxa”), vem submetendo às pessoas que ultrapassam uma idade taxada
como ideal.

Algumas frases que escutamos diariamente, podem destruir verdadeiramente nosso


equilíbrio emocional, sem que sequer percebamos, devido a sua sutileza. Eis aqui algumas delas:

“Não consigo acreditar que você tenha 50 anos, pois nem parece! “isso não é um verdadeiro
elogio. Isso reforça a ideia mentirosa de que ter 50 anos é quase que um pé dentro da cova.
Com o que uma mulher de apenas 50 anos deveria se parecer?

“Você atuava legal no teatro. A partir de agora, vai trabalhar com o quê?” Isso reforça a ideia
mentirosa de que há profissões com prazo de validade, ainda que não exijam esforço físico!

“Você é louco de querer se mudar de país com 60 anos? Vê se te contenta com sua
aposentadoria e descansa!” Entendemos que a ciência ainda não tenha estudado a fundo para
os explicar por que existem seres humanos que se sentem no direito de expressar livremente
toda a sua ignorância, mas se um 60+ estiver com saúde e disposição, qual seria mesmo o real
problema de se mudar de país?

Os homens também sofrem preconceito etário no trabalho, mas as mulheres parecem


ter sido mesmo feitas para nascer com data e hora para ser descartadas, social, intelectual, e
ainda mais sexualmente. A atriz Demi Moore, aos 57 anos, desfilou para a a marca de lingerie
da cantora Rihanna, e foi alvo de terríveis comentários na internet. A marca de Rihanna fala
sobre diversidades, de corpos de todos os formatos, mulheres diferentes, etc. Mas Demi Moore
foi quem realmente incomodou. Estar de lingerie significou para os etaristas que ela ainda faz
sexo mesmo fora da época de reprodução. Melhor seria se ela se mantivesse assexuada com tal
idade.

Etarismo é uma forma de violência psicológica absurdamente perigosa. Destrói a autoestima, a


esperança, a felicidade, a vontade de lutar, causa prejuízos financeiros e inseguranças amorosas
devastadoras. Faz com que as mulheres se tornem rivais entre si, e aceitem todas as formas de
misoginia. Nomeia homens de apenas 30 anos à categoria sênior. Considera a idade de 50 +
inativa para o trabalho. Rever nossos conceitos, vigiar nossas frases e comportamentos
preconceituosos e não aceitar pessoas etaristas a nossa volta, são em si, um grande começo
para formarmos uma sociedade diferente da que fomos criados.

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S.O.S - Recaídas - Perguntas de Emergência

1. Porque desejo procurar esta pessoa? Existe a probabilidade dela me rejeitar e


eu sofrer mais caso eu a procure?
2. Porque desbloquear esta pessoa? Se eu fizer isso existe a chance de eu entrar
num ciclo compulsivo de autohumilhação?
3. Porque perseguir esta pessoa? Existe chance de eu prejudicar a minha
dignidade ao ponte de ela jamais ser restaurada perante a mim mesma e a outra
pessoa?
4. Porque saber informações esta pessoa? Se eu fizer isso poderei entrar em
neurose compulsiva?
5. Porque desejo me conectar de qualquer forma com essa pessoa? Você
consegue acreditar que nesse momento nada de bom pode vir dessa conexão,
e, pode colocar tudo a perder nesse momento?
6. Porque desejo manter vínculos emocionais, energéticos, físicos, mentais,
espirituais ou de qualquer natureza com esta pessoa?

7. Você consegue confiar em nós e aceitar que, nesse momento se tentar stalkear a
pessoa objeto da sua obsessão sua mente vai te enganar e jamais te deixar enxergar
algo de bom ou a própria realidade naquilo que você vier a ver?

2. O sentimento que me leva a tomar a atitude de desbloquear, stalkear, acusar,


perguntar, entrar em contato, pensar compulsivamente, me inquietar de alguma forma
tem raízes fundadas mediata ou imediatamente em sentimentos de rejeição? Se sim,
seria este um sentimento elevado que traria ao relacionamento energias saudáveis para
se desenvolver amorosa e saudavelmente?

3. Eu tentei ligar antes para a minha madrinha/padtinho ou para algum companheiro da


minha lista de apoio ou do grupo de ARA para perguntar qual a opinião dele(a) sobre o
fato de eu ligar para a pessoa objeto da minha obsessão? Se sim, após a conversa,
terminei de responder todas as perguntas abaixo? Se sim, pode entrar em contato.

4. Eu sei como me dar carinho, amor e atenção?

5. Antes de procurar a pessoa como estava meu sentimento de plenitude e integridade


pessoal? Eu conseguirei manter esse sentimento de dignidade, plenitude ou integridade
após o contato com a pessoa?

6. Ao entrar em contato com a outra pessoa, estou delegando a ela responsabilidade de


suprir as minhas necessidades de carinho, amor e atenção ou é um contato genuíno de
dar amor?

7. Quando falo dos defeitos de caráter da pessoa estou tentando me sentir superior

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8. Quando fiz o contato com a pessoa eu tinha me cuidado antes?
9. Quando falo da pessoa eu faço em função do meu medo da rejeição ou

antipatia?

10. Quais são os reais motivos que me fazem cometer tais atos? Estou pensando nas
necessidades da outra pessoa ou estou agindo com base na minha adicção e
comportamentos compulsivos>

11. Eu entendo realmente as pessoas que estão envolvidas na situação?

a ela?

12. Eu posso afirmar que tenho certeza absoluta de conhecer todos os fatos reais que
envolvem a situação?

13. É realmente necessária alguma reação crítica da minha parte com relação a este
fato neste momento no estado que estou agora?

14. Tenho certeza de que não estou nem amedrontada nem irada para que possa entrar
em contato com a pessoa neste momento?

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TEXTOS ANEXADOS DESDE 2018

TEXTO ITENS DE FÁBRICA – ESCRITOS POR COMPANHEIRA SHEILA

DEMAIS TEXTOS- ESCRITOS POR CARLA VARONI

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