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Seminário de Formação

Prof. Luiz Gonzaga de Carvalho


Resumido e Fichado por Rafael Nobre
001 - Sobre o Perdão
002 - Int. à ideia de Religião 1
003 - Matrimônio 1
004 - Matrimônio 2
005 - Matrimônio 3
006 - Educação e Inteligência - Propósito do ICLS
007 - Int. à ideia de Religião 2
008 - Int. à ideia de Religião 3
009 - Matrimônio 4

001 – Sobre o Perdão


Justiça por definição é dar a cada um aquilo que se merece. A generosidade seria uma
virtude maior e mais elevada do que a Justiça, e é aqui que é introduzida a ideia do perdão. Ao
sermos ofendidos, a nossa chaga, a nossa angústia e a dor que sentimos nos separa do outro, e
uma vez que a sensação é só nossa, o ofensor não tem ideia do que estamos sentindo. Por
excelência, é da natureza homem o desejo intrínseco de partilhar o que se sente. Alegria ou
tristeza, é insuportável e sufocante a sensação de que ninguém esteja ciente do que estamos
vivendo.
Ao sermos ofendidos, esta partilha é manifestada através, por exemplo de um desabafo
ou de um desejo de vingança. Como se o fato do outro sofrer também diminuísse e afagasse o a
nossa própria mazela. A necessidade de reparo pelo nosso sofrimento transforma a vida humana
num palco, onde os nossos sentimentos precisam de espectadores e onde não há impunidade
para os ofensores. É óbvio que um mundo pautado desta forma é a própria visão do inferno.
O perdão verdadeiro é a abolição desta necessidade humana de reparo e de partilha do
sofrimento. A ofensa rasga um buraco negro no nosso coração que clama por uma sequência
infinita de retaliações. Desta forma, o perdão verdadeiro, não pode ser entendido senão como
um abandono total deste desejo de reparação. O perdão verdadeiro prescinde de que o ofensor
compreenda o erro, mude de vida ou seja punido.
O perdão significa desejar ao outro o mesmo alívio que procuramos. Significa isentar o outro da
responsabilidade de reparação, pedido de desculpas, mácula ou remorso. O perdão significa
desejar ao ofensor a mesma excelência de estado de espírito que desejamos pra nós mesmos.

002 – Introdução à ideia de Religião 1


Basicamente o intuito da aula é apresentar a ideia de que, da mesma maneira como nós
não precisamos inventar a roda novamente para o transporte, inventar a medicina quando
estivermos doentes, ou inventar o Direito para defendermo-nos, procurar a religião para
alimentarmos a nossa alma é um caminho seguro, que já foi trilhado pelas maiores mentes que
já viveram. Quando se trata de religião, o pensamento moderno possui uma aversão à qualquer
coisa que seja institucionalizada ou organizada. Existe um pensamento generalizado de “eu me
comunico com Deus à minha maneira”, no entanto, grande parte do que as pessoas chamam de
“Eu tenho a minha própria religião”, é uma espécie de deformação da religião institucionalizada
que elas desprezam.
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Resumido e Fichado por Rafael Nobre
003 – Matrimônio 1
Poligamia e Monogamia
● A tendência de uma espécie à poligamia está diretamente relacionada ao seu
dimorfismo sexual;
o Quanto maior a diferença entre o macho e a fêmea de uma mesma espécie,
maior será a tendência desta mesma espécie a que o macho entre em luta
corporal com outros machos e fique com várias fêmeas;
▪ Bons exemplos deste quadro são os gorilas;
o Em casos onde a diferença entre o macho e a fêmea é menor, como os lobos, o
macho mais forte, normalmente, não entra em contenda com os outros, mas
escolhe a fêmea para si, e os mais fracos, de maneira conseguinte.

Amadurecimento por Gênero, filhotes e a Puberdade


● Puberdade para o Homem como libertação;
o Uma das características que os humanos e os animais têm em comum, e que foi
amplamente estudada e desenvolvida pela Patrística foi a capacidade estimativa.
A capacidade estimativa é basicamente o antagonista do desejo concupiscente.
Se por um lado, aquilo que é concupiscível nos atrai para o que é apetecível aos
sentidos, a capacidade estimativa nos ajuda a comparar o risco relacionado ao
benefício de perseguimos este bem desejado pela carne.
o Durante a puberdade masculina, a aquisição de força é caracterizada por um
período de aumento da sua liberdade pelo fato de que o mundo passa a se tornar
menos perigoso diante do seu novo corpo forte e móvel. Um dia o menino
acorda e o mundo não lhe parece tão perigoso. Esta capacidade estimativa no
homem é desenvolvida sempre enquanto ele observa todos ao seu redor,
avaliando quais indivíduos, quando confrontados por ele, sucumbiriam à sua
força. É também dentro deste raciocínio, que para os filhotes, os responsáveis
são aliados tão importantes, uma vez que os pais seriam predadores em
potenciais que, por amar os filhos, tornam-se seus protetores;
o “A maior parte das coisas não oferece perigo nenhum pra mim”.
● Puberdade para a mulher como frustração;
o A mulher amadurece mais cedo, e instantaneamente percebe que os meninos da
sua mesma idade são mais imaturos que ela, isso faz com que ela seja levada à
procurar homens mais velhos, que no entanto, são muito maiores que ela. Desta
forma, a mulher se sente extremamente influenciada e subjugada pela opinião
de todos ao seu redor. O que o professor quer dizer é basicamente que: Quanto
mais inofensivo, fraco e incompetente você se sentir, mais confuso, inseguro, e
perdido você se sentirá, num dilema, tensão e dúvida constante entre seguir
aquilo que você realmente acredita e quer para si e perder a aprovação,
reconhecimento e “sustento” das pessoas ao seu redor. A mulher é naturalmente
mais propensa a sentir-se julgada e agir de acordo com o que as pessoas ao
redor vão aceitar, isto é uma tendência natural da sua menor estrutura física. A
avaliação “estimativa” para a mulher sempre dirá para ela que ela não deve
confrontar as outras pessoas para conseguir o que ela quer, especialmente os
machos.
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“Para os homens, a experiência da puberdade é libertadora, de harmonia entre a expectativa
mental sobre a vida e a força e disposição do corpo para enfrentar a vida. Para a mulher,
psicologicamente é diferente, ela pensa: “Eu quero, mas e se todos os outros estiverem contra
mim? Tente obter o que você quer de um jeito que você não desagradará os outros”.
● Qual valor a relação tem para cada um dos gêneros?
o A mulher acredita que a vida em casal facilita as coisas para ambos. Mas na
verdade, com o relacionamento, para que a vida fique mais fácil para a mulher,
ela precisar ficar consequentemente mais difícil para o homem;
▪ Isto acontece porque, estimativamente, o homem avalia a mulher como
inferior, mais fraca e frágil para ajudá-lo a resolver os problemas que
forem realmente desafiadores;
● A Vida de Solteiro e a Liberdade
o Por vida de regra, a figura da esposa se apresenta como um entrave em todas as
decisões que o homem precise fazer para resolver os problemas que ele precisa,
seja trabalhar menos ou mais, alterar seu estilo de vida para adequar-se à
dívidas ou a melhorias na saúde etc.
Desta forma, fica claro que a vida para o homem é quase menos assustadora e desafiadora do
que para a mulher, isto significa que o homem, naturalmente, pode se dar sempre ao luxo de
alternar quando bem entender nos seus planos de sucesso e carreira para “aproveitar a vida e
descansar”, querendo dizer o seguinte: de maneira geral, o homem tem dentro de si uma balança
clara que compara a força que ele precisa fazer para manter o estilo de vida que ele quer,
enquanto a mulher, naturalmente, pensa primeiro no estilo de vida que quer levar e o que o seu
marido precisará fazer para que esta vida seja mantida, ela já tem os planos a serem feitos com o
dinheiro a ser conseguido com o esforço do marido.
Partindo da perspectiva de facilitar, ajudar ou tornar a vida do homem mais “fácil” e menos
“problemática”, é preciso entender que as mulheres, a maior parte do tempo são inúteis
para os homens. E que os problemas seriam resolvidos mais facilmente sem as mulheres do
que com elas.
A mulher tem um desejo profundo de ser útil, de fazer a diferença. A mulher tem o desejo de se
fazer necessária. Por exemplo, a mulher pensa: Eu quero manter a casa limpa para o meu
marido, e aí ele chega em casa e só quer colocar os pés em cima da mesa, e aí ele deixa de
colocar o pé na mesa só porque ela limpou.
Se ele quisesse os cuidados da casa junto com a perturbação e a vigilância, ele teria ficado em
casa com a mãe. O preço dos cuidados femininos é a total perda de liberdade. “Aqui dentro eu
não posso acreditar que saí ganhando nessa troca”. Todos os dias da sua vida, você vai querer
se enganar e arrumar algum artifício mental para acreditar que você se tornou útil e
indispensável, você aplicará e fará muito esforço para se tornar útil, e você está jogando todo
esse esforço fora, são recursos vitais jogados no lixo, não garantirão a felicidade, continuidade
e estabilidade do relacionamento. Pare de tentar ajudar o seu marido, você é que quer que ele
te ajude. A vida fica muito mais fácil com um marido, fica muito mais fácil saber que se tudo
der errado, tem um cara mais forte que eu e que é legal comigo. A mulher passa a ter menos
medo de decidir.
Existem basicamente duas coisas que uma mulher quer:
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a) Saber que pode contar com o seu marido nos piores momentos. A mulher não se une a
um homem para compartilhar os melhores, e sim os piores momentos, para que nos
momentos mais difíceis, a mulher não tenha que enfrentar o mundo sozinha;
b) Diminuir as suas inseguranças e aumentar as suas possibilidades de escolha. A mulher
precisa do homem para que ela se sinta segura ao tomar decisões as quais ela tem medo,
se não conseguiria sozinha. “Antes de alguém me enfrentar, vai ter que enfrentar esse
bicho aqui”
O homem por natureza se sente apto a fazer qualquer coisa que quiser, independente do
julgamento de quem quer que seja, e até dele mesmo. A mulher naturalmente se sente julgada
por si mesma e pelos outros sempre diante da inclinação de fazer algo.
● Seguindo este mesmo raciocínio, a mulher não pode fazer isso para o homem. A própria
avaliação estimativa julgará a mulher incapaz de apoiar o marido nas dificuldades e
ajuda-lo nos piores momentos, este não é o papel da mulher, de ouvir desabafos
masculinos e ajuda-lo nos problemas. “O que você entende de enfrentar dificuldade? Se
algo me balança, te prostrará, se eu contar os meus problemas, você sofrerá mais do que
eu com ele.”
Diálogo na Relação
● A ferramenta do homem desabafar ou contar suas dúvidas e sofrimento para a esposa é
apenas um artifício para gerar na mente dela uma falsa noção de bilateralidade e
utilidade da sua parte, e fazer a mulher achar que, pelo fato do homem ser confidente,
existe então uma confiança e ele não a largará.
“Pedir que o marido conte os seus problemas é a pior coisa que pode ser feita para o seu
casamento”. O que fazer então? Não tenha ciúmes e motive o seu parceiro a conhecer um bom
círculo de amigos.
“Pare com a ilusão de que o homem se juntou a você para que a vida ficasse mais fácil, agora
ele tem que resolver os problemas dele e os seus, e ainda tem que resolver os problemas dele de
um jeito que não te desagrade”
O concupiscível masculino e a hipergamia feminina
Na própria base, o que a mulher quer do matrimônio diverge do que o homem quer do
matrimônio. A capacidade da estimativa da mulher diz: Associe-se a um homem bom e forte,
que se importa muito com você, e a do homem diz: não se associe com uma mulher, por outro
lado, a associação do homem é naturalmente oriunda do concupiscível. É por isto que a
associação feminina é geralmente através da capacidade estimativa, ou seja, mais voltada à
uma percepção de possibilidades futuras ou análise de benefícios, enquanto da parte do
homem, ele possui uma inclinação alimentada pelos sentidos, pelo que lhe é agradável agora,
enquanto a mulher, se sente inclinada a se dirigir ao homem, que, possuindo determinadas
características, pode lhe proteger e ampliar as suas liberdades e potências.”
De maneira geral, a mulher acredita quer é segurança e liberdade o que ela pode
oferecer ao homem é facilitar as dificuldades e minimizar os problemas masculinos, quando na
verdade, o homem sabe que, a mulher, não só não o ajudará, como a vida ficará mais difícil, e
apesar disso, mais gostosa e saborosa aos sentidos (gostoso, cheiroso, macio...).
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O arquétipo ideal de homem para a mulher, é aquele que resolve os seus problemas
mais difíceis, e o arquétipo ideal de mulher para o homem é aquela que torne a sua vida mais
saborosa, fugindo completamente de tornar-se uma mãe chata, insuportável, vigilante e mal-
humorada. A maior parte dos esforços que a mulher faz pelo homem são vistos com péssimos
olhos pelo homem e estão longe de ter algum valor significativo.
O que o homem quer da mulher não pode ser aquilo que ele dará em troca. O homem
quer da mulher tudo aquilo que é gostoso, um sorriso, um carinho, um abraço, e em troca, ele a
protegerá, resolverá seus problemas e lhe dará segurança nas suas decisões e na realização
dos seus sonhos.
Um matrimônio feliz é uma escolha consciente todos os dias. Nós não podemos mudar o que
instintivamente queremos, mas podemos, todos os dias, entregar exatamente aquilo que
sabemos que o outro quer.
Como hoje, eu posso fazer com que a mulher sinta que eu estou apto a resolver os problemas
dela? O que ela não quer fazer e eu farei no lugar dela? O que ela precisa resolver que eu
resolverei no lugar dela?
Para a mulher, o que ela fará para que o homem a ache linda, cheirosa, macia, bonita e
agradável? Como posso fazer com que a casa ofereça para o meu marido uma experiência para a
qual ele quer voltar? “Seja você um fator de prazer para o marido”.
Amor para a mulher é esforçar-se para ser carinhosa e agradável ao marido e amor para o
homem é ouvir com atenção e diligência os problemas da sua esposa, libertar a mulher de um
dever opressivo sem pedir nada em troca, propor-se a resolvê-los sem precisar de aplauso ou
reconhecimento.
Evitar o erro grave de interpretar o instinto do outro como frescura;
a. Necessidade do homem de sensações agradáveis e necessidade da mulher de
aliviar a sua opressão através da figura do homem;
b. Negar a satisfação deste instinto, ou seja, basicamente a mulher negar ao
homem a sensação prazerosa e o homem ser indiferente aos sofrimentos da
mulher;

004 – Matrimônio 02
Porque as informações trazidas na aula anterior são chocantes:
a. Saber que variáveis estruturais têm tamanha influência nas nossas relações e que pouco
podemos fazer a respeito destes instintos animais baixos, se não, termos consciências
deles e aliviá-los mutuamente;
b. Romantização e idealização da paixão que acaba atrapalhando uma das perspectivas que
precisa ser levada em consideração do relacionamento, que é a de que, nós também
somos bichinhos econômicos, negociando prazeres e sensações;
A paixão e o romance devem ser vistas como elementos complementares a estas leis que
foram mostradas, sem o apaziguamento da nossa parte animal, a paixão e o romance não
subsistirá;
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Este apaziguamento dos nossos animais interiores é a parte chata do relacionamento, o
feijão com arroz, os nutrientes necessários, e estando essa parte animal em paz, o casal está
com o terreno pronto para onde o amadurecimento e o amor verdadeiro pode surgir.
Todo animal ama a sua capacidade, é por isso que todas as crianças querem ser adultas, por
isso gostamos de esportes, “Até onde vai a capacidade humana?”, por isso procuramos
desafios, queremos levar as nossas capacidades ao limite;
A relação amorosa é uma lembrança que você nunca será independente. Quando somos
crianças, estamos completamente submissos a um adulto, em todos os sentidos, proteção,
alimentação e cuidados.
A vida adulta é caracterizada por aprender a satisfazer todas as minhas necessidades
básicas. Este sustento pode ser obtido através do trabalho, no entanto, cada gênero tem
dentro de si, uma necessidade que não pode ser satisfeita sem a presença do outro. Na
mulher, a necessidade instintiva de ter alguém a quem eu posso contar para me sentir menos
angustiada e no homem, a necessidade da obtenção do prazer que a companhia amorosa de
uma mulher traz.
Para uma criança e adolescente, a dependência de adultos para o seu sustento é humilhante,
no entanto, a partir do momento que, tendo atingido a vida adulto e o próprio sustento, o
indivíduo se dá conta que a sensação de humilhação agora acontece pelo fato de que ele
precisa de outra pessoa pra ser feliz.
A noção de uma sociedade civilizada vem da ideia de que cada um está garantindo as suas
próprias necessidades sem que haja uma dependência, ou melhor colocando, uma
dependência assimétrica, um parasitismo. Esta sensação de estar sendo usado
unilateralmente é extremamente danosa, trazendo uma sensação de ódio. É por isso que,
sempre que fizermos algo pelo nosso cônjuge, devemos sempre fazê-lo em silêncio, nunca
pedir aprovação ou gratidão, sempre no apagamento, sem cobrança.
O domicílio e a privacidade dão a noção para a sociedade de que ninguém sabe quem
depende de quem, e quando o casal se expõe para a sociedade, os dois juntos, não dependem
de ninguém. As necessidades do casal são a sua intimidade e não devem ser expostas para
ninguém, dentro de casa, exibimos ao outro a nossa dependência dele, e na rua, somos
totalmente independentes. Poder comportar-nos socialmente como se não tivéssemos essas
necessidades é causa de grande felicidade para nós, é por isso, que o matrimônio exige
muita humildade. A ruína do matrimônio é um ter que cobrar do outro a satisfação dos seus
desejos animais e a cobrança de cada um pelo que tem feito para suprir a necessidade alheia.
É por isso que os homens preferem fingir que não precisam das mulheres e vice versa.
Essas necessidades conjugais são as mais humilhantes, por que são as únicas que dependem
da contribuição de outra pessoa. Estaremos até ao fim da vida reféns dessa necessidade
mútua de satisfação, então, é imprescindível que no matrimônio, cada cônjuge possa
satisfazer ao outro com respeito, humildade e sem humilhação.
É justamente por isso que todas as sociedades exigem que o matrimônio deve ser um
compromisso público e perpétuo, para que nunca haja a ocasião onde um “jogará na cara do
outro tudo que tem feito”, o que é produto de uma relação construída ao longo de vários
anos. O casamento é uma promessa de que o cônjuge pode confiar no outro que ele não será
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humilhado pela necessidade que tem dele. Esta promessa precisa ser sempre explicitada e
renovada, desse compromisso de não humilhar.
O início de todo divórcio começa a partir do momento onde, cobrar do outro a
satisfação instintiva se torna doloroso demais pra ser cobrado, então indivíduo se fecha e
prefere dizer: “Eu não preciso de você”. Servir e ofertar amorosamente é indispensável pra
o desenvolvimento do relacionamento e da humildade de cada um.
A persistência mútua e conscientização da importância dessas atividades, a longo prazo,
tem como resultado uma felicidade incalculável e rara nos dias de hoje.
A mulher não deve ser útil e necessária e sim preciosa. Não uma ferramenta, mas sim
um diamante, uma jóia rara, uma flor. O homem não deve querer ser visto como valioso,
precioso, numa estátua, no entanto, isso só acontece num estado posterior. A princípio, o
homem deve se fazer necessário e indispensável para a sua mulher. O homem deve pensar
“Eu tenho que virar a cesta básica das necessidades psicológicas dela”, dúvidas, angústias,
problemas. Auxiliar #1. Para quem eu posso contar meus problemas? Para o homem, a
mulher deve ser a coisa que ele mais gosta de olhar, o sorriso que ele mais gosta de
contemplar, a voz que ele mais gosta de ouvir.
“Eu faço qualquer coisa por você, meu amor”. “Este é o cara com o qual eu posso
contar, ele alivia as obrigações que eu não queria fazer”. O papel do homem é
generosamente e humildemente, consistentemente comprometer-se a facilitar a vida da
mulher, fazer todas as coisas que ela precisa e que ela não quer fazer.
A ausência da compreensão antropológica do homem faz com que a maioria dos casais
não consiga perceber que, mesmo que a parte mais alta da alma (liberdade, linguagem
articulada, personalidade, consciência, do diálogo) de cada um deseje estar com o outro,
sem o apaziguamento, sem uma negociação com a parte animal de cada um. No domínio
humano eles estão tentando se beneficiar mutuamente, dentro deles têm animais que se
odeiam. É importante entender também que a parte humana e alta é flexível e suscetível ao
perdão e ao diálogo e ao entendimento mútuo, no entanto, a parte animal é aquela que é
mais “escrava” da memória e para conseguir perdoar, isso só acontece após determinado
tempo de apaziguamento e que a parte animal perceba que ela pode confiar de novo no seu
cônjuge atual, acalmar seu bicho e perceber que não será humilhante para ele precisar do
seu cônjuge.
Por mais que eles, como pessoas humanas, queiram fazer o bem um pelo outro, dentro
deles têm animais que se odeiam, porque foram feridos e humilhados demais um pelo outro.
Respeite as necessidades do seu parceiro. Quando o indivíduo não tem mais paciência,
quando não aceita mais se submeter ao outro para satisfazer as suas necessidades animais
é o fim do casamento.
Método (56:20)
1. Investigação;
a. Como descobrir quais são os principais problemas que a minha esposa quer
resolver? Quais os problemas que a minha esposa pensa que é urgente?
b. A mulher então, deve pensar : “Como eu posso me tornar uma fonte de
satisfação para o meu marido?”
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c. “Aprendam a exigir pouco uns dos outros e aprendam a oferecer aquilo que é
essencial, e quando o cônjuge falhar no que não é essencial, simplesmente
ignore”;
d. “Desrespeito À estrutura instintiva inelutável de cada um, que é dolorosamente
humilhante para cada um”
2. O desejo de ser colocado num altar que o homem tem e gostaria de que fosse satisfeito
pela sua esposa só vai ser satisfeito com o nascimento dos filhos, que olharão para o pai
como alguém infinitamente mais superior, mais forte e mais inteligente, já o desejo da
mulher de se fazer necessária também é satisfeito nos filhos. Ela, Preciosa nos olhos do
marido, necessária para os filhos. Ele, necessário nos olhos da esposa e um semi-deus
nos olhos dos filhos;
3.

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