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APOSTILA
DE
RAIVOSOS
ANÔNIMOS.
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1. TUDO SOBRE A RAIVA PÁG. 3
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TUDO SOBRE A RAIVA
A Síndrome do Imperador:
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era incrível! Para ser amada, deveria entregar a sua coroa nas mãos das
pessoas mais simples. Enfim, entendeu que a solidão é a única súdita de
um falso imperador.
Mito 3: “As birras e outras raivas infantis são expressões saudáveis de raiva
que impedem as neuroses.”
Realidade: As emoções estão sujeitas a leis de aprendizagem, como
qualquer outro comportamento". Os picos de raiva que aparecem aos dois
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e três anos de idade, começam a diminuir aos quatro anos, a menos que a
criança aprenda a controlar os outros através desse comportamento.
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2. Pessoas facilmente irritáveis e facilmente apaziguáveis – este
tipo de temperamento não é de longe o ideal, mas ainda é considerado
aceitável, pois apesar da irritabilidade, essas pessoas possuem a virtude
de perdoar as outras com facilidade. Pode ser considerável um
temperamento aceitável, caso a irritabilidade não cause desarmonia na
vida de seus familiares.
A raiva compulsiva
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Quais são os sinais de que a raiva se transformou em um vício?
1. autoestimulação
2. compulsão
3. obsessão
4. negação
5. síndrome de abstinência
6. comportamento imprevisível.
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conseguiam mais se conter, mesmo sabendo que teriam um preço
altíssimo a pagar.
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estrago feito. A sensação é de que fomos possuídos por algo, mas não há
outra pessoa que possa se responsabilizar por toda essa dor, que não nós
mesmos.
A verdade é que nossos pensamentos tornaram-se dominados pelo
vício e inconscientemente, procuramos oportunidades para satisfaze-lo. A
raiva, a vingança e agressividade assumiram a muito, o comando de nossas
vidas, e é duro admitir que nos tornamos infelizes, sozinhos e isolados da
sociedade em consequência de todos esses anos de destruição. É
insuportável a dor de perder aqueles que mais amamos devido a 5 minutos
de descontrole. A culpa parece ser a madeira que construirá o nosso próprio
caixão. Certa vez, um raivoso compulsivo comentou: "Eu costumava ter
problemas para dormir à noite, porque levava de duas a três horas me
imaginando respondendo à altura, a todos aqueles que um dia me irritaram
ou me fizeram mal. Muitas vezes, eu já não os via a mais de uma década! "
Os viciados em raiva encontram-se frequentemente preocupados
com ressentimentos e fantasias de vingança, sem conseguir visualizar a sua
parte nos desentendimentos. Esses pensamentos, muitas vezes, levantam-
se poderosamente, e não os permitem mudar de sintonia. Por mais que
tentem detê-los, predominam as idéias fixas de indignação e vingança.
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os hormônios adrenalina na fase da angústia, e serotonina, na obtenção
do perdão, configurando o mesmo processo do vício.
EXPLOSÃO DE RAIVA
1. PERDÃO
2. ARREPENDIMENTO
3. AUTO-HUMILHAÇÃO
Possíveis causas:
• trauma físico
• trauma emocional
• Ficar com tanta raiva a ponto de não conseguir lidar com isso.
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• Sentir-se controlado pela raiva, e não o contrário.
• Culpa angustiante.
• Depressão
• Abandono e solidão.
• Imensa vergonha
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• Pedidos intermináveis de perdão
• Personalidade explosiva.
• desagradável
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• está ficando louco
• explosivo
• infernal
• ultrajante
• violento
• assassino
• ofensivo
• ditatorial
• repugnante
• horrível
• furioso
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• Toleramos a dor por muito tempo.
• Matar ou morrer.
• Quem são vocês para falar comigo neste tom? Como ousam?
• Todos me ignoram.
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• Ninguém nunca me ouve a menos que eu grite.
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raiva, toda vez, que passa por situação parecida. Exemplo de pessoas
assim, são aquelas que costumam jogar na cara dos outros, tudo o que eles
já lhe fizeram de mau. Muitas vezes, é desencadeada por um erro
percebido, ou um aborrecimento pessoal, e é uma das formas mais
perigosas de raiva, levando a explosões físicas ou verbais. Aqueles que a
experimentam com frequência, devem aprender a identificar os sinais e
sintomas, e evitar reviver o passado, seja ele qual for. Boa solução é a
controlar a respiração , e retirar-se da situação. (evites da raiva).
5.Raiva Passiva - Pessoas que sentem a raiva passiva nem sequer percebem
que estão com raiva. Quando experimentamos a raiva passiva, nossas
emoções podem ser indicadas como sarcasmo, apatia ou mesquinharia.
Podemos ter comportamentos autodestrutivos, como ignorar a escola ou o
trabalho, nos afastarmos de amigos e da família, ou nos comportarmos mal
em situações profissionais ou sociais. Para que está de fora, parecerá que
estamos nos auto sabotando, embora não percebamos nossas ações e nem
sejamos capazes de explicá-las. A raiva passiva pode ser reprimida, sendo
difícil de reconhecer, portanto, é preciso trabalhar na identificação das
emoções por trás de nossas ações, trazendo o objeto de nossa raiva à luz,
para que possamos lidar com ele. Está habilmente escondida pelo
indivíduo, e é expressa em formas não óbvias. Em alguns casos, o indivíduo
pode até mesmo não se dar conta de que está expressando uma forma
reprimida de raiva. Isso pode torná-lo um dos tipos mais difíceis de raiva
para controlar ou mesmo identificar. Por exemplo, um empregado
insatisfeito, pode começar a trabalhar de forma menos produtiva como
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uma forma de "se vingar " de seu empregador, e poderá não perceber sua
atitude, até chegar ao ponto de ser confrontado.
7. Raiva Agressiva
9. Ira auto-infligida- Esta é a raiva que é dirigida para a própria pessoa, por
falhar em uma tarefa, por exemplo, ou por considerar-se, geralmente
"fraca" ou "incompetente" aos próprios olhos. Isso pode resultar em auto-
flagelação e manifestar-se mais sutilmente em um transtornos
alimentares, auto-depreciação, ou auto-sabotagem.
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10. Raiva Construtiva - distinta dos outros tipos de raiva, pode realmente
ser uma coisa positiva. A raiva construtiva descreve a motivação por uma
reforma positiva, uma ação ou protesto.
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amor e família. Poucos são, os que conseguem ter uma vida
longa e saudável, explodindo-se de raiva, liberando
quantidades enormes de hormônios de corticóide e adrenalina
no sangue. Não há coração e pressão que agüentem.
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realmente tínhamos um crônico problema com nossa ira, e que
nossos impulsos eram irresistíveis, quando éramos ofendidos
ou irritados. Anotar nossas emoções em um diário nos ajudou
a ver a doença da raiva nua e crua. Era ela que tinha sido a
nossa verdadeira inimiga durante todo esse tempo. Ela nos
impossibilitou de amar, de compreender, de respeitar, de
compartilhar! Precisávamos agora, conhecer nossa inimiga
invisível, tão bem quanto ela nos conhecia! Uma outra grande
tática foi pegarmos folha e papel, e perguntarmos às 5 pessoas
mais próximas a nós, quais eram os nossos maiores defeitos.
Deixando nosso ego de lado por algumas horas, escutamos, de
mente aberta e com boa vontade, tudo o que eles tinham a nos
dizer. Impressionante foi, que os 5, mesmo em momentos
separados, nos apontaram a mesma coisa: raiva,
ressentimento, orgulho, mágoa desproporcional e
irritabilidade. Outras vezes, nos confessaram que nos achavam
ciumentos e invejosos. Foi duro para nosso ego, e libertador
para nossa alma.
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7. Achávamos que nossa raiva impunha respeito aos outros.-
por anos nos enganamos, achando que nosso jeito furioso faria
as pessoas pensarem duas vezes antes de nos desrespeitarem,
e que se assim não agíssemos, eles jamais mudariam ou
corrigiriam seus defeitos. Ansiávamos por controlá-las, e não
percebemos que nossa raiva acabou por nos controlar.
Literalmente, o feitiço virou-se contra o feiticeiro.
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Para evitar entrar em um ataque de raiva, precisamos:
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• TENTE ENCONTRAR JUSTIFICATIVAS PARA A ATITUDE DOS
OUTROS - Começar a tentar formular desculpas para as pessoas
que o ofenderam será dificil. Contudo, se persistir, isto irá se
tornar cada vez mais fácil. Daremos alguns exemplos:
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• ANOTAR OS RESULTADOS DE SEUS ATAQUES DE RAIVA, e leia-
os pelo menos uma vez por semana.
3. HOJE, quando sentir que minha raiva está prestes a entrar em erupção,
irei silenciosamente deixar pra lá a situação. (Observe que a oração não
diz: "Irei refletir sobre este pensamento e processar meus sentimentos.")
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6. HOJE, darei um exemplo de como a pessoa que me criticou está certa
(Observe que a oração não diz:" Vou apontar apenas uma exceção à sua
observação. ")
9. HOJE, irei ouvir com simpatia o meu parceiro, quando ele me falar sobre
o seu dia. Isto significa que manterei contato visual e desligarei a televisão
... Não colocarei apenas no modo mudo.)
11. HOJE, evitarei culpar as pessoas próximas a mim por qualquer motivo,
especialmente se a culpa for deles. Em vez disso, direi palavras
confortadoras.
12. HOJE, evitarei tentar fazer com que as pessoas compreendam qual a
melhor atitude a ser tomada. (Poderemos descobrir que eles não desejam
entender o que julgamos ser o melhor a fazer.
13. HOJE, manterei o tom de minha voz baixa, e treinarei o hábito de falar
calmamente com as pessoas. Assim, expulsarei a ira e deixarei que o
atributo da humildade entre em meu coração.
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14. HOJE, desenvolverei o habito do elogio.
4.Ainda fico com raiva quando penso nas coisas ruins que as pessoas
fizeram comigo no passado?( Sim) (Não)
7.Às vezes, me sinto irado o suficiente para ter vontade de matar alguém,
mesmo que eu não o faça? (Sim)(Não)
9. Considero muito difícil perdoar alguém que me fez mal?( Sim)( Não)
10. Fico com raiva de mim mesmo quando perco o controle de minhas
emoções? Se ficar realmente chateado com alguma coisa, tenho uma
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tendência a me sentir doente depois? Freqüentemente me sinto fraco, com
dores de cabeça, dor de estômago ou diarréia? ( Sim)( Não)
10. Quando as coisas não saem do meu jeito, sinto muita raiva? ( Sim)( Não)
11. Sou capaz de ficar tão frustrado a ponto de não conseguir mudar de
pensamentos? ( Sim)( Não)
12. Fico com tanta raiva, às vezes, que não consigo me lembrar do que eu
disse ou fiz? ( Sim)( Não)
16. Algumas pessoas têm medo do meu mau humor? ( Sim)( Não)
( Sim)( Não)
20. Às vezes, fico acordado à noite pensando nas coisas que me aborrecem
durante o dia? ( Sim)( Não)
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23. Meu temperamento já causou muitos problemas, e preciso de ajuda
para mudá-lo? ( Sim)( Não)
24. Penso que seria muito mais feliz e que teria muito melhor qualidade de
vida, se não tivesse o problema da raiva?
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A CRÍTICA E RECLAMAÇÃO
"Reclamar é um negócio perigoso. Pode destruir seu relacionamento com Deus, com o
outro e até
Todos desejam se livrar daquele que enxerga problemas em tudo na vida. Mas o grato
é amado por todos. O primeiro acostuma-se a perder relacionamentos valiosos. O
segundo não sabe o que é viver sem receber amor.
❖ Criticar - apontar defeitos; dizer mal de; depreciar; censurar. ❖ Reclamar- opor-se
por meio de palavras; queixar-se.
Mas será que há um prazer em agir assim? Podemos dizer que ao iniciarmos uma
conversa com uma observação negativa, muitos de nós sabemos que isso nos dará uma
resposta muito mais prazerosa do que algo positivo daria". As queixas, muitas vezes,
têm uma certa função social, pois aproximam as pessoas, como nos casos de grupos
que se juntam em posições políticas, ou para uma mudança necessária no trabalho.
Por outro lado, reclamar nos permite aliviar a frustração e a raiva, de uma maneira
segura e socialmente aceitável. Concordamos que desabafar pode até ser saudável
para algumas pessoas, em vez de sufocarem seus sentimentos. Porém, para os
compulsivos em reclamar, tal atitude tornar-se muito habitual, a ponto de se tornar
um poderoso vício emocional, capaz de destruir toda uma qualidade de vida.
Exemplos:
"Eu não quero beber nem usar drogas, mas é muito difícil ficar limpo em um mundo
tão caótico e desonesto."
"Eu quero perder peso, mas não consigo fazer dieta com tantos problemas a minha
volta. A comida me acalma".
"Eu quero parar de fumar, mas estou sob muito estresse para parar no momento".
Muitas pessoas reclamam, por saber que sempre encontrarão alguém que concorde
com elas e as conforte. Porém, a reclamação pode vir a se tornar um hábito tão
arraigado, que ao longo do tempo, elas receberão retornos espirituais realmente
decrescentes em suas vidas. Existem certas coisas que estão além do nosso controle,
como o clima, o tráfego e as escolhas das outras pessoas. Nossa decisão de reclamar
até o fim de nossas vidas para tentar consertar o mundo, certamente não será das mais
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sábias. Se não acordarmos a tempo, iremos desperdiçar toda a nossa existência,
esperando por algo que nunca virá, pois jamais poderemos mudar as pessoas, a menos
que as demos o nosso exemplo, oferecendo-as a melhor versão de nós mesmos.
De onde viemos?
Sabemos que, onde há raiva, há dor nos bastidores da alma. Não podemos mais viver
de maneira inconsciente a ponto de culpar as ações e comportamentos dos outros, por
toda a nossa dor interna, pois esta parece vir de outro lugar bem diferente: de nossa
relação com Deus e conosco, e com nosso passado. E é nisso que precisamos trabalhar.
Se, em nossa infância, os outros nos chamaram a atenção através de queixa, então ela
pode ter se tornado um vício para nós.
Quando nos queixamos demais, é muito provável que nossos amigos e familiares já nos
tenham chamado a atenção sobre isso. Mas se ainda estivermos em dúvida se tal
comportamento é realmente um vício, aqui estão algumas pistas:
1. Aqueixaeficaztemporária
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Uma queixa eficaz temporária é dirigida a um evento, situação ou
serviço específico que não atende as nossas expectativas. Queixosos
insatisfeitos, fazemos uma reclamação ao responsável pelo evento ou serviço.
Um "queixoso eficaz" é aquele que possui uma certa razão, e se impõe com
maestria e assertividade no falar, a fim de criticar para conseguir ou corrigir
algo. Porém, depois de algum tempo, as pessoas começam a perceber que ele
vive a repetir o padrão crítico, e acabam não valorizando mais suas palavras, e
mais tarde, se afastando.
2. Aqueixa“aliviante”
O queixoso crônico parece possuir uma falsa gratidão pela vida, pois ela o foge
às mãos na primeira oportunidade de reclamar. Ainda que lhe reste algum nível de
consciência do prejuízo causado por suas ações, simplesmente não consegue se conter,
quando assaltado pela necessidade de criticar ou reclamar. Possui uma baixíssima
tolerância às dificuldades do cotidiano, e sente-se derrotado pela impossibilidade
emocional de conviver harmoniosamente com as outras pessoas. Novos empregos
sempre o assustam, pois em seu íntimo, sente que vai estragar tudo a qualquer
momento. Se a vida representa uma sucessão de acontecimentos inevitáveis, o
queixoso compulsivo não os aceita de bom grado, pois possui a falsa sensação de obter
algum respeito, controle e domínio sobre situações e pessoas.
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A auto- sabotagem
Ex: Andressa queria um aumento salarial. Encontrava-se ansiosa pois, achava que seu
chefe iria negar-lhe o pedido. Assim, acabou metendo os pés pelas mãos, pois agiu de
uma maneira muito infantil: Ao invés de detalhar as razões pelas quais ela merecia um
salário mais alto, argumentou da seguinte maneira ao seu chefe: "Todo mundo sabe
que você tem dinheiro. Assim, só não me dará aumento se não quiser.” Ela não
conseguiu o aumento, mas uma demissão imediata.
Ciclo vicioso- O queixoso crônico é envolto num ciclo vicioso e perpétuo de encontrar
falhas, aponta-las e sentir-se vazio, angustiado e negativo, sentindo-se cada vez mais
enfraquecido de enfrentar as situações com uma mente aberta. A capacidade de sentir
alegria vai tornando-se cada vez mais comprometida e reduzida e a depressão instala-
se em seu lugar.
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Perda de saúde- Nossa saúde mental, espiritual, emocional e física torna-se cada vez
mais prejudicadas, pois a reclamação nos impede de “adultecermos”, ou seja,
deixamos de tecer o adulto que há em nós, vez que focamo-nos no papel de vítimas.
Pergunte a si mesmo:
1. Qual é a primeira coisa que corre em minha mente quando acordo? Gratidão ou
preocupação? Imagino com frequência o que pode dar errado? Numa escala de
zero a 10, o quanto me queixo das pessoas em minha vida?
2. Reclamo sempre das mesmas coisas?
3. Sou uma pessoa mais julgadora do que pacificadora?
4. Minhas reclamações são sempre as mesmas? Será que constituem uma maneira
de obter empatia ou uma maneira indireta de pedir ajuda?
5. Prejudico meus relacionamentos com minhas queixas e reclamações?
6. Já fui chamado de fofoqueiro?
7. As pessoas me evitam?
8. Participo constantemente de brigas, discórdias e discussões?
9. Alguém já se afastou de mim devido a meu hábito de criticar os outros?
10. Já fui chamado de pessimista?
11. Sinto que reclamo da vida e critico os outros mais do que deveria, e mesmo
assim, não cheguei a lugar algum?
12. Sou viciado em me sentir ofendido, pois percebo que me magoo com facilidade?
13. Sou viciado em ficar chateado toda vez que alguém me diz algo difícil de
aceitar?
15. Vejo-me como uma vítima de todas as pessoas e situações horríveis que me
dificultam levar uma vida pacífica?
16. Em meu íntimo, sinto vontade de que o mundo inteiro se modifique para que
eu me sinta feliz?
17. Desejo que todos mudem para que eu me sinta bem comigo mesmo?
18. Desejo que o mundo inteiro pense, fale e aja exatamente como considero o
correto?
19. Sinto uma raiva moral em relação ao comportamento dos outros?
20. Eu realmente acredito que isso seja uma forma de pensar saudável?
Certa vez, nossa personagem Andressa foi a uma lanchonete e pediu água sem gás.
Ao ver a garçonete se aproximar com a garrafinha, notou que ela a abriu rapidamente.
Depois, serviu-a em um copo. Andressa olhou desconfiada e disse: “Hum, esta água
não está suficientemente gelada, e provavelmente deve ser da torneira, pois só isso
justifica o fato de você ter aberto a garrafinha tão rapidamente, enquanto ainda
caminhava em minha direção. Há também uma mancha na borda do copo, o que
significa que o vidro não foi limpo corretamente. Provavelmente acabarei contraindo
algum tipo de vírus nesta lanchonete e a culpa será sua.” Quando escutou poucas e
boas da garçonete, Andressa saiu do local chorando, a pensar:” Por que essas coisas
sempre acontecem comigo?!”
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estão apenas respondendo adequadamente às circunstâncias irritantes, agravantes ou
infelizes do cotidiano. Acreditam verdadeiramente que a má sorte justifica sua
insatisfação.
R: Validação- sente enorme prazer quando encontra alguém que valide seus
sentimentos e pontos de vista.
R: Conselhos- A maioria dos queixosos crônicos realmente vê a própria vida repleta de
dificuldades e desafios. Suas percepções deturpadas estão profundamente
incorporadas em suas personalidades. Portanto, embora desabafem constantemente
sobre seus problemas, não estão realmente procurando conselhos ou soluções. Mesmo
que um conselho realmente seja eficiente, os queixosos crônicos não gostam de ouvi-
lo: Qualquer coisa que tire algum reconhecimento de suas "dificuldades" será
experimentada como ameaçadora a sua identidade. Portanto, relutam ou ficam
chateados pelo fato da pessoa que os aconselhou, não ter entendido a profundidade
de sua questão.
1. Evite por um dia(24h), fazer qualquer crítica ou reclamação, por mais forte que
lhe pareça a sua necessidade. Prossiga assim por 40 dias, zerando a contagem
caso haja recaídas comportamentais. Dica: O segredo consiste em evitar a
primeira crítica ou reclamação. Conseguindo nos abster da primeira, não
faremos a segunda.
2. Liste o que está funcionando em sua vida. Pense em sua casa, família, amigos,
relacionamentos românticos, trabalho, lojas criativas, saúde, espiritualidade,
comunidade e sobriedade.
3. Evite conviver com pessoas críticas que não estejam em um real propósito de
se modificar. Cerque-se de pessoas positivas que não tenham o hábito da
reclamação, crítica ou fofoca. As atitudes são contagiosas, e pessoas críticas
irão fomentar a nossa vontade de atuar em nossos padrões destrutivos. Com
elas, nos sentiremos em casa para fazê-lo. Já as pessoas positivas não terão o
mesmo interesse em se alimentar destes defeitos de caráter. Poderemos
escolher entre ser felizes e levar uma vida leve e iluminada, ou nos conectar
com o que o Universo possa devolver de pior. Ele, é apenas um reflexo de nossas
ações. Pessoas viciadas em reclamação, críticas e fofocas, raramente são
felizes ou bem sucedidas. Enganam-se se contentando com muito menos do que
poderiam receber da vida.
4. Transforme uma queixa um elogio: quando nos flagrarmos iniciando ou
escutando de bom grado uma reclamação, devemos substituí-la por um elogio.
Não devemos ceder ao nosso vício, por termos um propósito a longo prazo de
felicidade e harmonia.
5. Interrompa a crítica ou reclamação alheia. Quando nos flagrarmos escutando
de bom grado uma reclamação ou crítica, deveremos interrompê-la, mudando
de assunto ou valorizando um outro ponto de vista, sem entrar em contradição.
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Não deveremos ficar preocupados em magoar quem está nos contando uma
possível fofoca (crítica sobre outrem) ou reclamação. Devemos colocar o nosso
propósito em primeiro lugar.
2. Se eu desabafar sobre este problema agora, isto resolverá para sempre minha
angústia, ou me dará mais vontade de desabafar sempre que me sentir oprimido?
3. O que posso fazer para tornar esta situação melhor, ou, obter uma perspectiva mais
profunda em torno disso?
Se lemos este texto até aqui, talvez seja porque estivemos sofrendo por nossas
atitudes de reclamar e criticar. Para promover uma verdadeira mudança em nossas
vidas, deveremos tomar uma decisão completa de desistir de reclamar.
INSIGHT: Se encontramos tempo para reclamar sobre alguma coisa, isto é sinal de que
também temos tempo para fazer algo sobre isso.
Aqui estão alguns dos motivos pelos quais as pessoas são viciadas em negatividade:
1. É o que é familiar:
Muitos de nós foram criados para ser um pouco negativos. À medida que crescemos,
passamos anos e anos nos queixando e focando no medo e no negativo.
2. Aceitação social:
Quando nos queixamos, muitas vezes recebemos mais aprovação e atenção social do
que com positividade, e isso é bom a curto prazo! Por esse motivo, ser negativo pode
ser gratificante, assim como qualquer droga ou substância viciante.
Quando nos queixamos e apontamos o dedo, evitamos tirar a "culpa" das circunstâncias
negativas de nossas próprias vidas e isso protege nosso ego. Ser negativo nos permite
sentir-nos vítimas de circunstâncias, em vez de sermos mestres de nosso próprio
destino, quando as coisas ruins nos acontecem.
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Agora, enquanto assumir a responsabilidade é realmente uma experiência
muito empolgante e libertadora, muitas pessoas não sabem nada sobre isso. Portanto,
alguém que desconhece o poder de assumir a responsabilidade, muitas vezes, usa
negatividade para evitar a dor percebida de ser culpado.
Como você pode ver, as pessoas que são viciadas em negatividade não são
necessariamente pessoas "ruins". Em vez disso, elas estão simplesmente presas em um
hábito que é consistentemente reforçado através da aprovação e atenção social e as
ajuda a evitar a dor de responsabilidade.
Quando escolhemos nos focar no positivo, a vida torna-se mais fácil e agradável,
e os benefícios a curto prazo da negatividade tornam-se muito menos atraentes.
Quando somos desmamados da negatividade, conseguimos enxergar claramente que as
recompensas da positividade são muito maiores! Perdemos literalmente, a atração
pelo caos.
Há um conto sobre uma moça que vivia a reclamar. Reclamava desde a hora em
que abria os olhos, até a hora em que os cerrava. Nada estava a seu gosto e vivia
deprimida e irritada, achando que o Dono do Mundo havia sido injusto ou relapso com
ela. Reclamava das pessoas à sua volta, de sua aparência física, de seus ingratos filhos,
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de seu emprego, e até mesmo da pobre condição financeira de seu marido, que tanto
a amava e se esforçava para agrada-la.
Certo manhã, ela estava arrumando a casa, deprimida por não ter dinheiro para
contratar uma faxineira, quando uma senhora bateu à porta. Irritada, ela perguntou o
que queria. A velhinha pediu comida, ao que ela respondeu: "Infelizmente, não tenho
quase nada a lhe dar, pois meu marido e eu ganhamos muito mal, o que faz minha vida
ser este inferno que é. Agora, dê-me licença, pois irei continuar esta faxina miserável,
pois mal posso pagar uma droga de uma faxineira para limpar esta casa velha." Assim,
ela deu um pão velho para a senhora, e fechou a porta. Em seguida, a campainha tocou
novamente. Ela mal podia acreditar que a velhinha insistia em incomoda-la.
- Não, eu quero ensinar-lhe a dar valor a sua vida. Durante este dia, tudo aquilo que
reclamar, irá perder.
Bateu a porta, e exclamou em voz alta: “que destino, meu Deus! Alem de ter
que limpar toda essa casa imunda, ainda tenho que aturar uma velha louca bater em
minha porta, blasfemando e pedindo comida?” Mal acabara de dizer tais palavras, e
escutou um grande barulho. A porta havia caído para trás, e sua casa ficou exposta às
pessoas que passavam na rua. Imediatamente, surgiram vários mendigos implorando
por pão. Assustada, deu toda a comida que havia na cozinha, enquanto ligava para um
marceneiro.
Ao livrar-se dos pedintes, exclamou: mas que maravilha, agora não tenho nada
para comer. Se ao menos eu tivesse um emprego decente, poderia comprar tudo de
novo. No mesmo instante, seu chefe ligou do escritório, dizendo que infelizmente,
teria que demiti-la, para diminuir os gastos da empresa. Assustada, ligou para o
marido, e ao contar-lhe da demissão, reclamou que não estaria passando por isso, se
ele não ganhasse tão pouco.
Neste momento, um ladrão ao ve-la distraída, deu-lhe um bote e levou sua bolsa.
Sem um tostão furado, a moça jogou-se inconsolável na calçada, e se pôs a chorar.
“por favor, senhor, salva meu marido que tanto amo! Minha vida está completamente
destruída e tudo o que mais quero é ela de volta!Não quero riquezas, nem outra vida,
e nem outra casa. Salva meu marido e permite que eu o consiga levar vivo para a nossa
casa, e com ele viver feliz outra vez. Meu Deus, como pude reclamar do castro de
bençãos que o Senhor um dia me concedeu?? Aos prantos, percebeu que uma mercedes
preta parou em sua frente. Quer ajuda, minha filha? Quando ela levantou a cabeça,
avistou uma senhora muito chique e distinta, mas de aparência familiar.
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• - Mas o que fazes neste carro de luxo com este motorista?
• - O carro é meu e ele é meu querido funcionário.
• - Não entendo bem o que esta acontecendo, mas não importa. Meu marido esta
morrendo em um hospital, e nem sei como chegarei la a tempo de me despedir.
• - Seu marido já esta em casa, e vou leva-la para lá. Sua mezinha e seus filhos
também a esperam, e disseram para se apressar, pois precisam jantar.
• - Não compreendo, meu marido esta morrendo e meus filhos foram morar com
minha mãe a tempos, por não me aguentarem.
• - Você parou de reclamar. Pediu a Deus que lhe desse mais uma chance para
valorizar a vida maravilhosa que tinha. E Ele a concedeu mais uma chance, e
como é bom, resolveu trazer sua mãezinha e seus filhos de volta. Agora vamos
que eles estão com fome e eu também. Convidaram-me para comer um belo
assado. A moça mal podia acreditar no que estava acontecendo. sentia-se a
pessoa mais feliz do mundo, como se tivesse ganho sozinha na mega-cena. Na
verdade, havia ganho sua vida de volta, o que valia muito mais do que qualquer
loteria. Confessou a sua mãe, mais tarde, que não entendera muito bem que
era a tal velhinha. Uma feiticeira? Um anjo? Não importa, disse a mãe. Deus
realmente escreve certo em linhas bem tortas!
Ah, sobre bruxas e feiticeiras, não acreditamos nelas. “Pelo que las ai,
las ai! “
Às vezes, ficamos tão magoados com alguém, que temos uma reação de raiva
ou afastamento, realmente desproporcionais ao que foi dito, feito ou não feito. Após
alguns dias, sentimos remorso por nossas reações ou ficamos sem entender porque
demos tanta importância àquele episódio. Vários são os casais que se desfazem por
causa de uma briga. Vários sócios desfazem seus negócios. Pais e filhos deixam de se
falar. Mas o que realmente acontece? O que é a briga? Existe algo que a anteceda? Será
a raiva e o descontentamento? Deveríamos então aprender a controlar nossos impulsos
raivosos e tudo estaria solucionado? Tal solução seria duradoura? Como controlá-los,
se um fortíssimo sentimento nos provocar novamente? Como poderá ser a raiva a
causadora de tantas perdas, se ainda há algo malévolo que a antecede e produz?
Pensamos que a mágoa quase sempre antecede a raiva. Ela é sua real mola propulsora.
Não adianta querermos curar o efeito, mas tratarmos a causa.
AFIRMAÇÃO: AS PESSOAS NÃO SE MAGOAM PELAS ADVERSIDADES EM SI, MAS PELOS SEUS
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Parece haver uma importante diferença entre as emoções que sejam negativas
na causa (raiva por ter sido assaltado) e saudáveis no efeito ( chamar a polícia), e as
emoções que sejam negativas na causa (raiva por ter sido assaltado) e negativas no
efeito (matar o ladrão). Chamaremos aqui a primeira opção de emoções saudáveis e a
segunda opção, de emoções tóxicas.
A mágoa, a nosso ver, pode ser considerada uma emoção tóxica, quando
agirmos de maneira destrutiva, ou uma emoção saudável, quando agirmos de maneira
equilibrada. Iremos nos focar agora, no estudo da mágoa tóxica, onde um conjunto de
pensamentos e sentimentos destrutivos impedem que tenhamos atitudes saudáveis.
Reunimos 5 principais componentes da mágoa tóxica, e iremos esmiuçá- los, um a um,
para uma maior compreensão.
Temos a tendência de nos sentir magoados com pessoas que , de alguma maneira,
sejam importantes para nós. Temos expectativas de que elas ajam (ou não ajam) de
certa maneira, mas o interessante é que nossa mágoa não surge exatamente devido
aos erros que elas cometem, mas pelas nossas expectativas não satisfeitas.
Ex: Eu esperava que meu novo namorado fosse ser sempre gentil e delicado comigo,
mas um dia ele ficou nervoso e me tratou de forma rude.
II. Inferências:
Ex: Eu esperava que meu namorado fosse sempre gentil comigo, mas ele me tratou de
forma rude, porque no fundo, já deve estar desgostando de mim.
a)Quando julgamos ser criticados injustamente: o que realmente nos magoa não é a
crítica em si, ainda que falsa ou verdadeira, mas a sensação de injustiça. Sentimos o
ataque sobre nossa pessoa, e não sobre nossos comportamentos, como se nossas almas
estivessem sendo julgadas de maneira negativa. Ficamos ainda mais magoados, quando
trata-se de uma (ou mais pessoas) próxima a nós, para a qual demos intimidade e que
portanto,nos conhece bem. Inferimos que ela aproveitou o fato de conhecer nossas
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fraquezas para nos atacar. Ex: Ana tinha problemas de auto estima em relação a sua
beleza física. Não se sentia bonita nos últimos tempos. Ficou extremamente magoada
com seu marido, quando ele a criticou dizendo que ela havia engordado. Ela ficou
magoada pelo fato de ele saber que ela não estava se sentindo bonita, e viu sua crítica
como um pretexto para fazê-la se sentir ainda pior.
b) Quando nos sentimos rejeitados: quando nos sentimos rejeitados, nossa mágoa vem
da idéia de uma rejeição desmerecida, ou seja, fomos corretos, amigos, fizemos nossa
parte, e ainda assim, houve uma traição a nossa lealdade. Ex: Felipe era namorado de
Amanda e ficou ao seu lado, quando ela estava estudando para concurso. Ela sofria,
não se cuidava, não podia viajar, reclamava que não tinha dinheiro para nada, e ele
inclusive a ajudou a pagar seus cursos e livros. Quando Amanda passou no concurso,
tiveram uma discussão, e cansada dos defeitos dele, decidiu se separar. Felipe ficou
extremamente magoado.
d) Quando nos sentimos traídos: esta é uma das principais inferências causadoras da
mágoa. Ex: Verônica contou a Sheila um segredo e a pediu sigilo completo. Sheila tinha
uma outra amiga, para quem resolveu contar o tal segredo. Verônica sentiu-se traída
e muito magoada com a Sheila, e nunca mais lhe dirigiu a palavra.
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4. 4) Crenças de depreciação. Ex: se ele me trair, é porque não presta e eu não
tenho valor algum como ser humano.
Muitos de nós, já ouvimos falar que a mágoa é filha do ego. Sem ego, sem mágoa.
Mas a verdade, é que cada um de nós o possui, em maior ou menor grau, e o
crescimento espiritual é justamente, o movimento de sairmos de nosso egocentrismo
e olharmos para o próximo, dando-lhe a mesma importância. Quanto menos ego, mais
liberdade do espírito. Verdade é, que duas pessoas podem escutar a mesma frase da
boca de outrem, e as reações serem contrárias. Uma poderá achar a frase engraçada
e a outra, se ofender.
A mágoa tóxica contém dois grandes tipos de ego: O ego ferido e a auto- piedade.
O primeiro acontece, quando ao enfrentarmos uma adversidade relacionada a alguém
que nos é importante, nos sentimos diminuídos ou prejudicados como pessoas.
Sentimos uma auto- depreciação, pois costumamos levar para o pessoal, a ação que
esta pessoa teria com qualquer outra, pelo simples fato de possuir esta exata forma
de agir. Já na auto- piedade, sentimo-nos vítimas, ficamos com pena de nós mesmos,
por termos sido tão injustiçados.
1. Ego ferido e as crenças irracionais: este tipo de mágoa é sustentado por duas
principais crenças irracionais: as crenças rígidas e as de depreciação. Não permitimos
em nosso íntimo, a possibilidade de sermos rejeitados, por exemplo. Não podemos ser
traídos. Há neste tipo de crença, uma auto- idolatria, como se fossemos intocáveis, e
jamais pudéssemos ser contrariados ou substituídos em nosso grau de importância. EX:
Eu o proíbo de me rejeitar! Esta é uma crença, acima de tudo, desconectada da
realidade. Tudo é passível de acontecer a qualquer um de nós, enquanto estivermos
vivos. Além de sofrermos desta rigidez, também nos auto- depreciamos ao nos sentir
magoados. Ex: “Você me rejeita porque não sou muito interessante como homem!”
2. A auto –piedade e as crenças irracionais: este tipo de ego engloba todos os tipos de
crenças irracionais. Vamos aos exemplos:
1. Crençasrígidas:Vocênuncapoderámetrair.
2. Crenças aterrorizantes: Você não poderia ter me traído. Pobre de mim, eu não
merecia algo tão terrível de você e da vida.
3. Baixa tolerância à frustração: Não estou conseguindo suportar o fato de ser
traído. Sinto vontade de morrer.
4. Depreciaçãodavida:Avidaéumaporcaria.Olhasóoqueaconteceucomigo!
5. Depreciação do outro: Você é uma pessoa podre por ter me traído. (isto
acontece quando a raiva destrutiva é uma característica da mágoa).
IV. Pensamentos criados pelas crenças irracionais: se as crenças irracionais são a causa,
os pensamentos criados por elas são o efeito, e logicamente, serão um produto
totalmente destrutivo. Interpretando inferências como provas reais, nossos
pensamentos subseqüentes tenderão a estar completamente fora da realidade.
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Algumas maneiras distorcidas de pensar, baseadas nas crenças irracionais:
V. Ações criadas pelas crenças irracionais: quando nossas crenças nos permitem sentir
mágoa, temos a tendência a nos comportar de uma maneira tão destrutiva, que
acabamos por aprofundar-nos ainda mais nesta emoção . Iremos agora, listar algumas
dessas ações, para facilitar nossa compreensão:
a) Culpar outras pessoas por nos sentirmos assim: nós apenas nos sentimos magoados,
quando nos permitimos interpretar as situações da pior forma, com o pior olhar.
Sabemos em nosso íntimo, que se fossemos realmente senhores de nosso equilíbrio
emocional , ninguém conseguiria nos atingir, mesmo que nos causassem qualquer
prejuízo. Se pensarmos por um lado espiritual, as pessoas são apenas fantoches dos
pequenos e grandes testes da vida. Buda estava a meditar, quando um homem veio e
bateu-lhe. Ele abriu os olhos, agradeceu ao homem, e o pediu para voltar mais vezes,
pois apesar do ocorrido, Buda sentiu-se feliz por não ter sentido raiva. Ele passou no
teste da raiva, e viu que seus estudos estavam funcionando. Isto nada tinha a ver com
o homem e sua agressividade. Ele representava apenas uma oportunidade para que
Buda examinasse se sua raiva continuava ou não ali. Assim, quando sentimos a mágoa
destrutiva, temos a tendência a culpar as pessoas pelo que estamos sentindo e não
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fazemos o trabalho espiritual de compreender que ninguém é capaz de nos criar
qualquer sentimento, mas apenas de despertar o que já estava ali.
c) Necessidade de poder: quando nos sentimos magoados, é provável que nos sintamos
também desvalorizados. Assim, cortamos relações com a pessoa que nos fez mal ( pelo
menos em nossa maneira de enxergar), e deixamos bem claro, através desta atitude,
que as pazes apenas serão feitas, se elas nos pedirem perdão. Em muitos casos, quando
a raiva doentia é uma característica da mágoa , ela terá que nos implorar por este
perdão. Muitos de nós, sentimos uma raiva e mágoa tão acentuados, que apenas
conseguiremos dar nosso perdão após dias de tentativas da outra parte. Muitas vezes,
os outros aceitam humilhar-se para conseguirem a reaproximação, o que nos gera um
falso sentimento de poder sobre eles. O grande problema envolto nesta atitude, é que
ela parece ser viciante. Começamos a exigir cada vez mais, que se humilhem em troca
de nosso perdão, e passamos a ter extrema dificuldade em conviver com as pessoas,e
desenvolver com elas uma intimidade saudável, pois a única relação que “funcionará”,
será a desequilibrada, onde de um lado esteja o dominador, e de outro, o dominado
codependente. Enquanto buscarmos por poder em nossas relações, jamais
conheceremos o significado da paz e felicidade.
A mágoa saudável
A mágoa saudável pode ser a grande alternativa para a mágoa tóxica. Não
pretendemos remover uma emoção humana de nossas vidas, pois isto seria outra
atitude desalinhada com a realidade. Porém, podemos entender como as pessoas
pensam e agem, quando sentem a mágoa saudável. De uma coisa temos certeza: suas
vidas possuem um outro padrão de qualidade!
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As pessoas que sentem a mágoa saudável, também se ofendem com as atitudes
de outras pessoas importantes para elas, e também fazem inferências, ou seja,
costumam ter palpites sobre tal acontecimento. O que difere a mágoa saudável da
tóxica, certamente é o sistema de crenças intrínseco a elas. Na mágoa saudável, as
crenças são racionais, flexíveis e realistas.
Aqui, no lugar das exigências rígidas e imposição de regras ( minha amiga nunca
poderá me rejeitar), há as crenças de preferência. Ex: eu não gostaria que minha amiga
me rejeitasse, mas não há uma lei do universo que a impeça disso, se ela quiser fazê-
lo.
1. Como pensam e agem as pessoas saudáveis, que possuem crenças racionais, quando
se sentem magoadas e injustiçadas:
• Ao invés de apenas pensarem em tudo que fizeram de bom para a pessoa que
as magoou, avaliam também o que esta pessoa lhe fez de bom, antes de causar
dor.
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proceder. Teriam agido desta maneira com qualquer outra pessoa com a qual tivesse
o mesmo grau de intimidade.
Tudo o que precisamos fazer para reduzir ou até nos libertar por
completo da mágoa tóxica, é praticar algumas restrições em nossos
comportamentos. Sim, iremos sentir a mágoa novamente, com toda a sua
potencia, mas não poderemos “atuar” nela! Sabemos, por exemplo, que se
começarmos a responder, querer discutir, não conseguiremos mais parar.
Outros, não poderão se afastar no momento em que são ofendidos, pois sabem
que terão grande tendência a sumir de vez. Precisamos evitar o impulso de
exigir que os outros implorem por nosso perdão. Não somos grandes
imperadores insultados por um reles súdito. Estamos sujeitos a passar por tudo
que qualquer pessoa comum passa, por um motivo muito simples: somos
comuns! E esta é nossa força que emana toda saúde física, mental e espiritual.
Feliz é aquele que se sente mais um na multidão, pois o atributo da humildade
consegue atingir seu coração, e então, todos perceberam que ele é um ser
especial. Enumeramos abaixo, algumas sugestões de restrições ( de nossos
impulsos), que nos ajudaram a alcançar a libertação do grande mal que faz a
mágoa tóxica. Sugerimos ainda que estes evites sejam praticados por um
período de 40 dias, para fins de desintoxicação destes comportamentos
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destrutivos. No início, pode ser difícil a sua prática, mas lembre-se: é possível
e fundamental!
Para encerrar, tente escrever uma lista de suas próprias crenças irracionais que
podem estar levando-lhe a episódios de mágoa tóxica. Ao lado de cada crença, escreva
porque elas estão erradas e como deveriam ser, para que você se torne mais saudável.
Exemplo:
Mariana ficou muito magoada com Júlia, pois havia contado um grande segredo
à amiga, que ao ficar bêbada numa festa, acabou fofocando para algumas pessoas.
Assim, pensou: Júlia jamais poderia ter espalhado meu segredo para alguém nesta
vida! Não interessa se ela estava caindo de bêbada. Ela deveria ter sido responsável.
Nunca mais falarei com ela, pois fofoca é traição e isto é intolerável para mim! Estou
em pânico, passando mal só de pensar que todos sabem que fiquei bêbada no carnaval
e beijei uma mulher. Sou heterossexual e nunca mais irei casar por causa disso!
Ninguém vai querer casar comigo, pois já estava difícil alguém se interessar por mim,
mesmo sem duvidar de minha sexualidade.
Se eu bebi e fiz algo que não faria sóbria, como poderei cobrar uma postura
diferente da minha amiga? Não é seu padrão fazer fofocas por ai. Não posso concluir
que ela é irresponsável por apenas um erro. Irei conversar com minha amiga ainda
hoje, para dizê-la o quanto fiquei chateada e pedir que tenha mais cuidado. Apesar de
eu ter beijado uma mulher, também decido não me levar tão a sério e não ser
preconceituosa, pois isto não é saudável para ninguém. Quem tiver que gostar de mim,
irá gostar de qualquer maneira, pois sou um ser humano imperfeito como todos os
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outros, mas possuo grandes qualidades e bons valores. Sei quem sou e quem for igual
a mim, me reconhecerá!
O VÍCIO DA FOFOCA
Deus encontra-se em todos os lugares: nos guetos, nos presídios, nos prostíbulos. Mas
nunca onde está a fofoca. Deixemos Deus entrar..
Por volta do ano 2000 antes de Cristo, um mercador grego, rico, queria dar um
banquete com comidas especiais. Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao
mercado comprar a melhor iguaria.
E para atender fielmente o pedido do seu senhor escolheu o melhor pedaço. O escravo
voltou com belo prato, coberto com um fino pano. O mercador removeu o pano e
assustou-se com o que viu.
- A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que você pede água, diz
“mamãe”, faz amizades, conhece pessoas, distribui seus bens, perdoa. Com a língua,
você conquista, reúne as pessoas, se comunica, diz “meu Deus”, ora, canta, conta
histórias, guarda a memória do passado, faz negócios, diz “eu te amo”.
“O que significa isso? Língua de novo? Pedi o melhor pedaço e me trouxeste língua.
Então lhe pedi o pior pedaço e me trouxeste língua novamente??”
“- Sim, língua”, disse o escravo, agora mais altivo. “E não pense que me enganei, meu
senhor. Pois é isso mesmo, a língua é ao mesmo tempo tudo que há de melhor; e tudo
o que há de pior no mundo. Pode causar os melhores bens na boca de uma pessoa boa,
e pode causar os maiores males na de uma pessoa má. É a língua que condena, separa,
provoca intrigas e ciúmes. É com ela que blasfemamos e mandamos os outros para o
inferno. A língua expulsa, isola, trai o irmão e xinga os pais. Declara guerra e pronuncia
sentenças de morte. Não há nada pior que a língua, não há nada melhor que a língua.”
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felizes, saudáveis e pacíficas. A língua pode proferir palavras de paz, fé e esperança,
acalentando os corações humanos. Pode fazer sorrir um bebê, e conquistar o amor do
mais feroz animal. Pode dar um beijo que transmita paixão, fazendo despertar o desejo
sexual, o grande multiplicador de vidas. Porém, se de um lado, é uma imensa geradora
de luz, pode ser igualmente, fonte de toda a discórdia e morte. Ela é o músculo através
do qual conseguimos expressar nossos sentimentos e emoções. O problema começa
quando o que sentimos está longe do que podemos considerar saúde mental. Emoções
tóxicas geram comportamentos tóxicos. Se as emoções doentias são a base dos
fracassados, a maledicência é um dos maiores portais para a derrota total. Como
poderemos atrair saúde, amor e prosperidade para nossas vidas, deixando escapar
palavras que só poderão nos conectar com as mais baixas energias espirituais? Se
houver alguma mensagem que um próspero possa dar a um maledicente, esta traduzir-
se-á em: “enquanto ficas ai sentado a falar mal de mim, dê-me licença, que estou
passando!!”
Este texto versa sobre o poder das palavras, e aqui iremos discutir e decidir
juntos, qual o destino que gostaríamos de dar para este poder. Por qual caminho
gostaríamos de andar? De luz, ou o da escuridão? O que queremos para nossas vidas?
Paz, bênçãos, saúde, felicidade e prosperidade, ou derrota, tristeza e caos? Podemos
de imediato afirmar, que através do mal uso das palavras, não conseguiremos avistar
nem de longe, uma vida plena. Da verdadeira felicidade, nada conheceremos, se
optarmos por gastar toda a energia que recebemos pelas manhãs em pequeninos
momentos de prazer, ao diminuir o nosso próximo. Aprenderemos aqui, como combater
tais impulsos e a canalizar tais energia para nossas próprias vidas, trocando o vazio e
a frustração pelo progresso espiritual, físico e mental.
A primeira pergunta que nos vem a mente, depois de termos feito uma fofoca,
é: será que sou uma pessoa má? Será que meu caráter é fraco? Por que fiz isso com
quem nunca me feriu? Por que contei o segredo do meu melhor amigo? Quem sou eu,
na realidade?
Neste estudo, iremos entender porque muitas vezes, fazemos fofocas, intrigas,
traímos quem nos confiou um segredo, falamos mal dos outros, que quase sempre não
estão ali para se defender.
O vício
Falar com os outros, e não dos outros, certamente, seria uma maneira de viver
mais leve, feliz e útil. Porém, falar dos outros e não com os outros denota vazio
espiritual, insatisfação e frustração com a própria vida, e uma enorme necessidade de
preencher este vazio através do curto prazer imediato, que somente as drogas podem
nos dar. Droga esta que nos retira da realidade de nossos fracassos, defeitos e
dificuldades, ao nos comprazer em destroçar a imagem alheia. O desejo de fofocar é
sempre exigente, pois de uma forma útil, nos obriga a repetir aquilo que um dia já nos
causou enorme prejuízo, pois ninguém confia num fofoqueiro. Este, além de perder
amigos, perde também a confiança que um dia lhe foi depositada. Mas, ao menor
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descuido, arrisca-se mais uma vez, em nome de grande prazer de se elevar ou de se
vingar, aliviando-se assim, da raiva.
Repete incansavelmente, tal atitude, enganando-se que desta vez, seu ouvinte
irá guardar seu segredo, mesmo sabendo que quem gosta de receber a fofoca, vibra
na mesma frequência espiritual, e tem as mesmas necessidades de passa-la a diante.
Repetir os mesmos erros, esperando resultados diferentes, já dizia Albert Einstein, é
sinônimo de insanidade. E não seria o vício sinônimo de insanidade? Por que o viciado
em drogas, que vê tanta destruição a sua volta, causada por sua doença, ainda o faz?
Seria ele dependente da destruição, ou apenas da droga? Obviamente, estamos falando
aqui da compulsão, alergia física e emocional que o impele a usar cada vez mais,
mesmo indo contra a tudo que sempre considerou saudável para sua vida. Porém, não
apenas as drogas químicas matam o homem, mas também, as drogas emocionais. A
fofoca gera prazer e sensação de plenitude, mesmo que a curto prazo, e a dopamina
liberada no cérebro do fofoqueiro, o faz repeti-la, até ver sua vida e a das pessoas que
convive arruinadas. A compulsão, ou seja, a obrigatoriedade de repetir as más
atitudes, mesmo contra a própria consciência, é a maior característica da
dependência.
Quando somos viciados em fofocas, até mesmo as mais inofensivas podem ser
um declive escorregadio. Por várias vezes, muitos de nós ao desligar o telefone, após
uma conversa que envolveu “disse-me –disses”, nos sentimos perdidos, vazios e
carregados negativamente, como se tivéssemos sido sugados em nossa energia e
tempo. Outros de nós, sentem-se deprimidos após um almoço com um amigo,
percebendo ter gasto todo o seu tempo em assuntos malévolos e inúteis – a sensação
é de ter perdido uma oportunidade de nos conectar de uma forma mais saudável e
construtiva com os outros. Há pior sensação do que passar mais de uma hora falando
mal de um amigo, e depois ter que abraça-lo no próximo encontro que a vida promover?
O que seria tudo isso, senão um vício em potencial?
A autora LÍGIA GUERRA, em seu livro “O Segredo dos Invejáveis”, faz uma
distinção entre três drogas comportamentais (emocionais): fofoca, maledicência e
calúnia.
O caluniador é aquele que inventa, cria mentiras, faz acusações falsas sobre alguém.”
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Ex: Maria, viciada em fofocas, e com a vida já prejudicada por sua baixa
espiritualidade, ligou para sua amiga Antonieta, e falou mal de Janete, outra amiga
em comum. Quase que com a boca cheia d’água, de tanto prazer, contou que Janete
traiu seu marido com um amigo de faculdade, e que o pobre coitado mal podia
desconfiar de sua baixeza. Desabafou estar muito decepcionada, mas que no fundo,
sempre intuiu que ela não valesse nada. Que sua beleza certamente, fora lhe dada
pelo adversário de Deus, pois ajudava a conquistar suas maldades. Antonieta, sentiu
imensa satisfação com tudo que ouviu, e ao desligar, contou ao seu marido Pedro, que
também se deliciou com a má notícia, ao exclamar: “bem feito pro marido de Janete,
aquele riquinho metido que se acha uma grande personalidade, só por ser presidente
de uma grande empresa. Não sei como conseguiu chegar até o topo, sendo desprovido
de qualquer inteligência”. A fofoca foi se espalhando, até chegar aos ouvidos do marido
de Janete. Porém, saudável que era, decidiu não acreditar em nada, pois conhecia o
caráter e amor de sua mulher, que na verdade, jamais pensou em traí-lo algum dia.
Maria tinha concluído a traição, por mal interpretar a conversa de Janete.
Maria era uma pessoa, que teve uma infância muito disfuncional. Seu pai,
apesar de uma pessoa boa e honesta, era muito violento quando ficava com raiva, o
que acontecia com frequência. Também era extremamente e controlador. Apesar de
tudo, queria o melhor para Maria, e a colocou num colégio de elite, sem perceber que
ela era uma das poucas pessoas de classe média, num ambiente de milionários. Sua
mãe era muito bondosa, e mais liberal e compreensiva, e se preocupava mais que o
pai em fazer a filha feliz. Porém, era submissa ao marido, o que invalidava seus
atributos admiráveis de mãe, no que diz respeito à autoridade como tal. Assim, Maria
cresceu sem ser ouvida em suas necessidades, pois seus sonhos eram anulados pelos
sonhos que seu pai tinha para ela. O que sentia, o que pensava não era importante e
muitas vezes, era invalidado. Queria ser atriz, mas se formou em odontologia. Mas foi
na época do colégio, que começou a se sentir diminuída por se sentir um peixe fora
d’água entre os milionários, e acabou juntando-se com meninas de sua classe média
que também possuíam o mesmo sentimento de inferioridade. Assim, no recreio, elas
sentavam-se juntas e degustavam não apenas de seus lanches, mas das fofocas e
críticas negativas que teciam contra as meninas ricas. As chamavam de metidas,
horrorosas, “sem sal”, e não deixavam escapar os meninos, os quais eram classificados
de afeminados ou brutamontes. Todos tinham defeitos, menos elas. E punham-se a rir,
sem saber que estavam em plena “lua de mel” com o vício maldito da fofoca,
verdadeiro homicídio por meio das palavras. Em pouco tempo, já começavam os
desentendimentos entre elas, pois já falavam “umas das outras para todas as outras”.
Certa vez, Maria espalhou o boato que uma das meninas ricas havia sido estuprada pelo
próprio pai, que por ser um tarado, também havia se insinuado para a fofoqueira, no
aniversário da filha. Quando chegou aos ouvidos da pobre rica menina, esta não
aguentou, e tentou tirar a própria vida, o que por pouco não aconteceu. Maria, apesar
de todo remorso, teve que enfrentar o desprezo de todos os alunos, que nunca mais a
cumprimentaram ou sequer convidaram para qualquer evento. As amigas fofoqueiras
também se afastaram, para não serem prejudicadas como ela. Acabou saindo do
colégio e perdendo o ano letivo, primeiro grande fracasso de sua vida.
Antonieta - dotada de pouca beleza, com formas matronas, era uma pessoa sedentária,
que cuidava da casa e dos filhos. Sonhara em ser advogada, mas seu marido não a
permitia, pois os filhos não poderiam ficar desprotegidos, enquanto ele trabalhava.
Poderia ter lutado pelo seu sonho, mas cedeu e acabou se acomodando em casa,
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levando uma vida sedentária. Comia um bolo por dia, e comprazia-se a falar mal dos
outros o dia inteiro no telefone, alternando esses momentos com programas inúteis de
televisão. Aceitava esses momentos curtos de prazer imediato e irreal, ao invés de
lutar pelo corpo que tanto invejava nas outras mulheres, que optavam por focar sua
energia no zelo com sua saúde, e na luta para alcançar seus sonhos. Antonieta havia
se tornado uma pessoa frustrada, cujo único propósito na vida era cuidar de filhos,
além de invejosa, pois não tinha ambição para correr atrás de seus ideais e
necessidade, e aceitava uma posição inferior, ao se comparar a menor com as outras
mulheres. Contentava-se com as migalhas da vida que só a fofoca e a frustração podem
dar, ao invés de virar o foco para si mesma e se declarar a pessoa mais importante de
sua vida.
Pedro, marido de Antonieta - Pedro, era oriundo de família codependente, onde a mãe
era alcoólatra, e o pai nunca assumira os 3 filhos, por ter outra família. Desde pequeno,
Pedro teve que tomar as responsabilidades da mãe para si, trocando de posição com
ela, onde ela era a filha e ele, o pai. Assim, virou um homem muito controlador,
raivoso, rancoroso e crítico por demais. Apenas o que pensava era o certo. Como um
Deus, pensava ser autossuficiente, e nunca pedia ajuda ou opinião de outro ser
humano. Isso fez com que não crescesse muito profissionalmente, pois além de sua
arrogância atrapalhá-lo na convivência com os outros, tinha a necessidade de criticar
a todos, e acabava usando da fofoca como forma de desabafo, quando se irritava com
o incompetente “da vez”. Isto fez com que fosse demitido de vários empregos, e para
sustentar sua família, trabalhava em um subemprego, que lhe dava um quinto do que
sua profissão formação poderia ter lhe dado, se não fosse sua incapacidade de se
relacionar e se humildar. Assim, não podia aguentar quando via pessoas que
considerava inferiores a ele, intelectualmente, avançarem na vida e se comprazia ao
vê-las prejudicadas de alguma forma.
As 3 vítimas da fofoca:
“A fofoca mata três pessoas: aquela que fala, aquela que escuta e o assunto da
fofoca.”
1. O alvo – pessoa sobre quem se fala mal, calunia ou difama. É aquele que nunca
está presente para se defender da maledicência, atitude covarde sempre feita
por trás.
2. O fofoqueiro- o alvo da fofoca pode ter sua reputação destruída, mas não é a
única a ser atingida de maneira negativa por ela. Atinge também, a reputação
de quem conta, pois todos menos ele, percebem que não fala mal porque a
situação assim exige, mas porque é um fofoqueiro, e ninguém deseja construir
qualquer relação, seja de amizade ou profissional, com um maledicente. Assim,
podemos dizer que o fofoqueiro se auto- pune, porque as mesmas aquelas
pessoas que o escutaram, irão abandoná-lo por medo de um dia se tornarem
seu alvo. Isto faz com que ele entre em isolamento, ou seja, uma solidão
crônica, transformando-se numa verdadeira Lepra Espiritual (Morte em Vida).
Desta forma, as armas que ele usa para aproximá-lo das pessoas, são as mesmas
que o separam. “Quando Pedro fala-nos sobre Paulo, aprendemos mais sobre
Pedro do que sobre Paulo.”
3. Aquele que escuta a fofoca- esta pessoa sempre perde a oportunidade de
investir seu tempo e energia espiritual em si, nunca satisfazendo-se com sua
própria importância. Permite que alguém preencha o espaço vazio do seu
coração com negatividade. A fofoca gera uma energia espiritual extremamente
nociva e maligna, não só para quem é alvo, mas, sobretudo para quem as
executa e dá vazão, pois lhe causa grande ressaca moral, atraso espiritual, e
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baixa auto- estima, por não se sentir merecedor dos bons presentes da vida.
Portanto, quem participa da agressão também é vítima.
A fofoca é o "vício feio" que nos rebaixa a um status de vampiros educados que
escandalizam vidas privadas para uma vil satisfação pessoal. Não queremos ser
lembrados por nossas inseguranças, fracassos e vazios. Ao nos envolver em fofocas,
não só desviamos nossas mentes da introspecção, como também criamos uma ilusão
de superioridade, que nos fará sentir melhores e mais seguros, pelo menos, por cinco
ou dez minutos. Em outras palavras, fazemos os outros descerem através de nossa
língua ferina, para conseguirmos subir. Mas uma pergunta não quer se calar: subir
aonde?
A fofoca é a vingança dos covardes. Uma coisa podemos afirmar: nem todo
raivoso é fofoqueiro, mas todo fofoqueiro é raivoso. Nada mais rápido, prático e
covarde do que nos vingarmos dos outros através da maledicência. Se formos feridos,
contaremos ao mundo; se fomos contrariados, criticaremos os que não aceitaram fazer
a nossa vontade. Se formos traídos, alertaremos até quem não conhecermos; e se acaso
sentirmos inveja, avacalharemos com a imagem de quem tanto nos incomoda. A raiva
é um veneno que tomamos para matar os outros, que certamente, irão em nosso
enterro, se aceitarmos continuar doentes, pois pessoas saudáveis emocionalmente,
certamente não agem assim.
As Consequências:
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ao fofoqueiro: agora rasgue esses travesseiros e solte suas penas daqui de cima. O
fofoqueiro obedeceu, e observou as penas voarem longe.
Esta lição é bem simples. Uma vez proferidas, as palavras não poderão ser
recuperadas, e talvez seja impossível sanar o mal que causaram.
1. Defesa: A fofoca pode atuar como um mecanismo de defesa para que não nos
sintamos tão incompletos. Como dissemos anteriormente, ela serve para 'provar' que
o outro ser humano em questão, é muito inferior a nós. Esse sentimento cria uma
amnésia temporária e parcial de nossas próprias deficiências e inseguranças. Em vez
de lidar com nossas próprias dificuldades e marasmos, criamos quadros ainda mais feios
dos outros, para que possamos nos sentir melhor. Ela é a narrativa do fracassado, que
precisa convencer a si mesmo de que está obtendo algum êxito na vida.
3. Fonte de assunto: A fofoca une seus viciados. Ela é uma fonte de conversa, e
portanto, de aproximação. Porém, a fofoca conseguirá aproximar apenas os iguais,
pois não atrai quem não é atacado por este mal. É importante lembrar também, que
qualquer vínculo construído sobre fofocas é susceptível de ser destruído pelas mesmas.
Interessante é pensar que aqueles que fofocam e ouvem fofocas não se vêem
como pessoas importantes, mas apenas conseguem perceber a importância alheia.
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fofoqueiro, este vício faz com que simplesmente não nos sintamos satisfeitos... quando
menos percebermos, estaremos novamente ansiosos para falar mal de um novo
alguém.
Fofoca ou ajuda?
Dito isso, muitos de nós poderemos entrar em uma certa confusão mental. Como
sabermos então, quando falar ou não de alguém? Até aqui ficou claro que quando
alguém tenta contar-nos alguma informação desnecessária, sem que esta traga
benefícios, deveremos nos recusar educadamente a ouvir. Uma boa saída é sempre
mudarmos de assunto ou irmos embora.
1. Escolha uma pessoa para ser seu confidente em assuntos que te incomode, mas nem
para ele fale mal dos outros. Quando tiver que contar algum problema, tente contar
também alguma qualidade da pessoa que lhe trás o incomodo.
2. Flagre-se. Aprenda a notar quando você está prestes a fazer uma observação
sarcástica, e pare de falar. Torne-se consciente do que sente depois de fofocas
3. Mude de assunto ou saia correndo- quando um amigo tentar contar uma fofoca,
tente puxar um novo assunto. Simplesmente, fale sobre outra coisa. Se ele insistir,
faça-lhe três perguntas:
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• O que me disser irá trazer algum benefício na minha vida ou na sua? Pois a
pessoa, sobre quem você deseja falar não está presente para se defender.
5. Não acredite em fofocas, a menos que você tenha provas claras – e o fato de
várias pessoas dizerem a mesma coisa não constitui prova concreta.
6. Tente não fofocar por um dia. Decida que durante um dia inteiro não irá
falar sobre outras pessoas. Então, observe o nível de dificuldade de fazer esta
abstenção. Quanto mais difícil for de fazer este “evite”, mais entranhado está
o vício. Interessante será observar quais sentimentos o levam a compartilhar
notícias sobre alguém ou repetir algo que ouviu. O seu desejo de fofoca vem
de um sentimento de vazio ou tédio? Ele vem de um desejo de intimidade com
a pessoa com quem você está falando? O que acontece dentro de você quando
nega este desejo? Se conseguir passar um dia sem falar de alguém, enfrentando
uma conversa inteira sem fazer qualquer crítica, relate em uma folha de papel
como se sentiu e o nível de dificuldade que teve
7. Usem bem o seu tempo. Nossa vida é curta, muito curta para ser
desperdiçada diante da televisão, nos jogos de computador e nos e-mails
desnecessários; muito curta para ser desperdiçada com fofocas ou invejando o
que é dos outros; muito fugaz para sentimentos como raiva ou indignação;
muito curta para perder tempo criticando nosso próximo. “Ensina-nos a contar
os nossos dias”, diz o Salmista, “para que tenhamos um coração de sabedoria”.
Um dia em que fazemos algo de bom a outrem não é um dia desperdiçado.
8. “Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem que você o permita”. A vida
nos oferecerá muitos motivos para nos aborrecermos. As pessoas podem ser
negligentes, cruéis, desatenciosas, ofensivas, arrogantes, duras, destrutivas,
insensíveis e rudes. Mas o problema é delas, não nosso. Nosso desafio é não
reagirmos a elas.
11. Não deixe que contem nada sobre você- haja o que houver, se alguém quiser
contar o que disseram sobre você, não escute. Lembre-se: o verdadeiro inimigo
não é quem faz a fofoca, mas quem nos tenta nos trazer o mal estar. Devemos
entender que a fofoca funciona como um telefone sem fio, pois nunca traz a
verdade nua e crua. Sempre há uma deturpação do que foi realmente dito. Para
nos ajudar a resistir, podemos imaginar como nossa vida continuará em paz, se
não soubermos desta fofoca e como nos intoxicaremos, se permitirmos que nos
perturbem com “disse-me disse” inúteis.
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12. Experimente ficar um dia de cada vez sem falar mal dos outros,
completando um ciclo de 90 dias, e não dê atenção ao que as pessoas comentam
de mal sobre os outros. Você perceberá a imensa limpeza interior que isto lhe
trará e não sentirá mais falta alguma dos mexericos, nem sentirá nada, caso
seja vítima deles.
Uma antiga lenda conta a história de um demônio, que tentava tirar o sossego
dos habitantes de uma cidade. Mas apesar de sempre tentar prejudica-los, nunca
conseguia. Foi quando um dia, conheceu uma lavadeira de má índole. Conversando, o
demônio desabafou sobre seus planos fracassados de levar a infelicidade ao local.
Imediatamente, a malévola lavadeira teve uma ideia e fez-lhe uma irresistível
proposta: ela o ajudaria a aniquilar a , a paz local, em troca de muito dinheiro, joias
e diamantes, o que ele logo aceitou. Começou então, a amarga mulher, a espalhar um
boato de que sua vizinha estava sendo traída pelo marido.
Contou a uma amiga, que fofocou para outra, que exclamou com o marido, que
desabafou com o colega de trabalho, que alertou a namorada, melhor amiga da
“suposta mulher traída”, a quem acabou repassando a informação para “melhor
protege-la.” No dia seguinte, a cidade inteira sabia da “noticia.” Inconformada, a
pobre mulher procurou a lavadeira, que confirmou o fato. Quando o marido chegou em
casa, sua mulher, irada que estava, tentou matá-lo com uma faca. Em legítima defesa,
ele acabou matando-a. Desesperado e sem saber o que estava acontecendo, foi
procurar a família dela, para avisar da tragédia. Porém, a família já estava sabendo
que ele a havia traído, e agora ainda mais irada e inconformada, acabou matando-o
impunimente.
Entre os anos de 1915 a 1917, houve uma guerra entre os turcos otomanos e os
armênios, por questões raciais. Foram assassinados 1 milhão e 500 mil armênios.
Conta-se que, em certa ocasião, um guerrilheiro turco invadiu uma casa humilde,
situada em uma aldeia habitada por armênios. Esta casa havia um casal e suas duas
filhas adolescentes. Ao adentrar na casa, o guerrilheiro matou os pais imediatamente,
arrastando a filha mais nova para o estupro coletivo de turcos, de forma pública. A
mais velha, foi levada à sua casa de prostituição que escravizada outras meninas
armênias. Durante dois anos, foi obrigada a servir homens como escrava sexual.
Um dia, esta moça conseguiu fugir, e foi para bem longe dali. Conseguiu
também estudar enfermagem, e muitos anos mais tarde, viajou para a Turquia, lá se
tornando uma enfermeira formidável em um hospital em Istambul. Passados mais
alguns anos, na ala de emergência do hospital, apareceu um paciente terminal, o qual
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ninguém se permitia aceitar tratá-lo. Ele havia contraído uma doença que fazia a
própria pele apodrecer e cair, lembrando o odor de carne morta.
Apesar de ser esta uma dificílima missão, o coração desta moça parecia ainda
maior, e não hesitou em oferecer seus serviços para socorrê-lo, aceitando cuidá-lo,
inclusive em um quarto escuro e afastado do hospital, longe de todos. Passou meses
dedicando-se a ele, dia e noite. Tempos depois, devido ao esforço da excelente
enfermeira, o paciente conseguiu sobreviver, e ao abandonar o hospital, foi agradecer
ao diretor. Este, disse-lhe que na verdade deveria agradecer a tal enfermeira, pois se
não fosse ela, certamente, ele teria morrido.
Essa história pode ser muito bonita e emocionante, mas a primeira pergunta
que nos vem à cabeça é: Como conseguir alcançar sequer um pouco do sentimento
desta moça? Muitos de nós temos a nítida sensação de estarmos a anos luz desta pureza
de espírito, como se ela fosse um ser mais elevado do que a grande das pessoas que
conhecemos, incluindo aquelas que vemos nos espelhos de nossas casas, todas as
manhãs. Outros de nós, a chamariam de tola, pois o certo seria matá-lo da pior forma
possível, como ele mesmo sugeriu. Seria utopia alcançar este nível de perdão? Ou esta
moça sabia algo que desconhecemos?
Tudo na vida pode ser aprendido, pois cada ação saudável carrega consigo uma
enorme mala de sabedoria espiritual. Sabemos por hora, que o perdão gera imensa
libertação de nossa alma, e que se o alcançássemos com mais facilidade, teríamos
outra qualidade de vida, longe das amarras do ódio, mágoa e ressentimento.
Bom, estamos aqui apenas para perguntar a esta moça, tudo o que ela realmente
conseguiu entender sobre “A Verdade sobre o Perdão”! “Agora vai e estuda!”
Agora iremos explicar porque esta definição, assim como outras, não têm sido
muito eficazes para muitos de nós. Temos uma idéia de que perdoar é relevar e até
esquecer o que o outro nos fez. A maioria das religiões diz que o esquecimento faz
parte do perdão. Mas como esta moça poderia remover de sua memória, uma história
violentíssima como essa? Algo aqui parece nos soar irreal. O perdão é um sentimento,
e esquecimento é um fenômeno fisiológico da memória, que grava todas as cenas de
nossas vidas, especialmente, as mais marcantes. Isto quer dizer que algumas memórias
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serão esquecidas, como ser ofendido levemente por um trocador de ônibus em 1980,
ao reclamarmos pelo troco dado a menor. Outra coisa, seria apagar da mente o
assassinato de uma família inteira, estupro e escravidão sexual.
Todas as pessoas esforçam- se, em algum nível, para sentirem-se bem. Assim,
quando sentimos que não fomos reconhecidos por algum motivo, quando somos
agredidos de alguma forma, ou, socialmente humilhados ou prejudicados, é comum
que nos sintamos desamparados. Esses sentimentos de desamparo podem resultar em
baixa auto-estima, tristeza, e até mesmo numa crise de identidade. Sob a pressão
dessas emoções, imperceptivelmente poderosas, podemos em nosso íntimo, encontrar
grande satisfação na vingança. A vingança pode ser feita através de palavras ofensivas,
ou atitudes que variam de calunias, fofocas a agressões físicas, podendo chegar à
prática de homicídio.
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possam evocar uma ativação muito forte do que as recompensas naturais , pois ambas
podem chegar a níveis extremos de dependência, de forma a destruir a vida de uma
pessoa.
Nossa sociedade parece ignorar por completo, os vícios psicológicos, que trazem
tantas doenças espirituais, psíquicas e físicas, onde as atitudes produzidas pelas
expectativas induzidas pela dopamina, passam modificar a personalidade, a
moralidade, o caráter e obviamente, a própria sanidade da pessoa. Quanto mais
poderosos forem os vícios, maior o auto-engano e negação, menos vontade livre.
Por que a vingança é tão prazerosa? Por que sentimos a necessidade de sair a cantar
nas ruas, depois da morte de um homem odiado? A resposta nos retorna ao cérebro, o
qual mostra ativação adicional em áreas relacionadas com a recompensa, como o
striatum ventral e o núcleo accumbens. Estes são elementos essenciais do caminho de
recompensa de dopamina, essa mesma estrada de nervos que também fica estimulada
pelo sexo, drogas e rock n 'roll. Aparentemente, somos projetados para obter prazer
de punir aqueles que merecem ser punidos. Sim, sentimos imensa satisfação de ver a
justiça ser aplicada, mesmo que o instrumento de punição seja olho por olho, dente
por dente.
Então, fica muito claro o impedimento entre querer e conseguir sentir o perdão.
Há entre esses dois verbos um empecilho: o vício de vingança. Enquanto não cortarmos
o elo entre nossas emoções e nossa droga, não conseguiremos abrir nossos corações
para o atributo do perdão, que por sua vez, nos trará os sentimentos de humildade,
paz e felicidade contínuos, e todo o bem estar que merecemos vivenciar.
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1. Evite o primeiro pensamento sobre justiça divina: Esperar pela justiça de Deus
só poderá nos fazer fomentar ainda mais nossos sentimentos vingativos.
2. Evite o estado de vítima: pergunte a si mesmo qual sua participação no
ocorrido. Se você tivesse agido de maneira mais amorosa ou assertiva, o
resultado teria sido o mesmo?
3. Evite a primeira fofoca vingativa. Evite contar a história com o objetivo de se
vingar.Adquira o hábito de contar o ocorrido, tentando entender o lado do
ofensor.
4. Evite o primeiro ato de vingança: se conseguirmos impedir o primeiro ato de
vingança, não conseguiremos dar o segundo passo rumo a destruição dos outros,
e é claro, da nossa.
5. Evite andar com amigos de seu ofensor, até a raiva e mágoa diminuírem:
quando somos ofendidos, o melhor que temos a fazer é retirar nosso time de
campo, pois estar no meio de pessoas que nos lembrem nossos ofensores, não
nos removerá a crise. Ninguém para de se afogar sem sair da correnteza. Outras
pessoas, outras histórias, outros cenários, certamente, nos facilitarão em
muito, virar a página e continuar nossa vida em crescimento espiritual, sempre
para cima e avante. Os ofensores, derrotados natos, que continuem a se afogar
se quiserem. Em nosso caminho, só temos espaço para Luz.
6. Evite se vangloriar de ter dito verdades, humilhado, dado uma ordem,
agredido, mesmo que em legítima defesa, pois tais atitudes elevam nosso
sentimento de superioridade, fazendo-nos sentir novamente, prazer em
vingança e justiça.
7. Evite o primeiro gasto de energia e tempo com raiva, rancor e vingança –
desconfie da oportunidade de sofrer, pois o sofrimento muitas vezes, também
se torna um ciclo vicioso. Pessoas comprometidas com a felicidade não se
permitem gastar energia ou tempo com sentimentos tóxicos.
8. Evite escutar conversas, histórias de vingança e justiça por 40 dias, um dia de
cada vez. Permita que seu cérebro descanse deste vicio. Só assim, poderemos
ter uma oportunidade na vida de saber o que é viver sem raiva e sentimentos
de vingança, por mais sério que possa ser o ataque alheio.
Muito provavelmente, Adriana apesar de ser uma pessoa festeira, tinha também a
intenção fazê- la sofrer, mesmo com o pretexto de não ser obrigada a convidar para
dentro de sua casa alguém que não gostava mais. Sim, existia o componente da
vingança. Adriana se comprazia no íntimo, de saber que Maria estava sendo excluída,
o que fez Maria desejar vingança, nem que fosse na qualidade de “justiça divina”.
Pensava consigo mesma: em algum momento, ela irá receber o troco da vida, e eu
saborearei cada segundo de seu sofrimento. Um dia, Adriana desmarcou uma festa,
por sentir fortes dores de cabeça, e teve que iniciar uma batalha de exames. Isto era
pouco para Maria. Ela queria que Adriana morresse, preferencialmente, de um tumor
no cérebro, sem considerar que havia uma família por trás que amava sua inimiga.
Nada a fazia parar de desejar que as dores de cabeça representassem uma doença
séria e fatal. Pensava até em fazer uma grande festa e enviar um convite para ela,
que infelizmente, talvez não pudesse ir. Para o desgosto de Maria, as dores da inimiga
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resolveram-se com um simples tratamento alimentar, o que foi comemorado com outra
enorme festa de réveillon, a qual Maria novamente, não foi convidada.
Após sua tentativa falida de se sentir vingada, seu ódio e desconforto triplicaram
em sua força, e começou a falar mal da inimiga, a cada oportunidade que encontrava.
Sim, vocês devem estar pensando que ela poderia apenas dar outra festa e não
convidar Adriana, mas algo em Maria tinha limites: ela realmente sabia que era uma
maldade atroz, rejeitar alguém assim. Ficava apenas a esperar a justiça divina, como
se Deus também não fosse um pai amoroso de sua inimiga.
I.Sentimentos de Maria:
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A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Sugerimos que haja uma
decisão interior e um compromisso de não se estender na dor.
6. Fomento ao ódio, mágoa e angustia- Quando enfrentamos o inimigo,
recordamos. Lembrar do ocorrido é um fenômeno biológico, porém, não
devemos ficar lamentamos o que não fizemos, o que não revidamos. Precisamos
considerar que o outro é doente, portador de um transtorno emocional. É
profundamente infeliz e compraz por tomar medidas para melhorar sua
situação deplorável, e ver os demais também infelizes.
A falta de perdão, que muitas vezes ocorre como resultado de termos sido
feridos, humilhados, irritados, ou ter sofrido perdas, pode vir a causar sérios danos
ainda maiores sobre o funcionamento do nosso corpo.
E embora a falta de perdão não seja a única causa de todos esses sintomas,
aumenta a nossa vulnerabilidade, inclusive, impedindo de nos recuperar de problemas
de saúde. Os efeitos também podem incluir depressão, baixa auto-estima, auto-
privação das boas oportunidades que a vida nos oferece, auto-punição através de
atividades ou relacionamentos que nos prejudiquem emocionalmente, vícios e assim
por diante. A falta de perdão apenas aumenta a amargura e o ressentimento. As
pessoas que se recusam a perdoar vivem machucadas, amarguradas e ressentidas,
rasgando dias bons que não voltarão mais. Não conseguem dormir, contraem úlceras
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no estômago. Vêem o lado negativo em cada situação, porque suas vidas estão
infestadas de sentimentos de ressentimento e raiva. As pessoas que não estão dispostas
a perdoar podem sentir que estão punindo a outra pessoa, mas são as únicas que estão
a sofrer. Parecem tomar um veneno para matar o outro. Anseiam por vingança, e
esperam a justiça divina por anos, sem se darem conta de que seus inimigos também
são filhos de Deus
OS BENEFÍCIOS DO PERDÃO:
2. coração saudável - O perdão é bom para o coração. Um estudo sugere que as pessoas
que se apegam a rancores tendem a ter taxas cardíacas mais altas, enquanto aqueles
que são mais empáticos e capazes de perdoar tendem a ter taxas cardíacas mais
baixas.
O PERDÃO E A ESPIRITUALIDADE
Certa tarde, um líder religioso caminhava com seus discípulos por uma floresta,
quando avistaram um homem dormindo na grama, certamente, descansando de uma
viagem, com seu cavalo ao lado. quando se deram conta, uma cobra se aproximou do
homem para atacá-lo, mas acabou sendo devorada por outra cobra, que sentindo-se
alimentada, foi ir embora dali, satisfeita.
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resolveu virar-se, quase caindo em um penhasco, mas novamente foi salvo por uma
pedra, na qual resolveu se abraçar, novamente, sem saber de nada.
O religioso não resistiu e foi acordá-lo, para saber o que ele fazia para em
menos de 10 minutos, ser tão protegido por dois grandes milagres. Ele acordou
assustado, e ao ver que se tratava de um homem bom, respondeu: não faço nada
demais, apenas não me deixo pegar no sono à noite, antes de perdoar todos aqueles
que me fizeram mal durante aquele dia.
Assim, o perdão não é e nunca foi para o outro. não se trata e nunca se tratou
do outro. É sobre nós. É sobre nossos sonhos, nossas realizações, nossos amores, nossas
relações, e principalmente, sobre nossa saúde física, que nada mais é do que o
resultado de nossa saúde espiritual aliada a emocional.
Nada como o tempo para amenizar a dor de nossas memórias, mas se quisermos
ter vidas saudáveis, física, mental e espiritualmente, precisamos chegar ao ponto de
tomarmos horror ao fato de nos permitirmos, , cair novamente nas garras do
ressentimento, mágoa e desejos de retaliação. São estes os nossos verdadeiros
inimigos. Devemos correr deles, como o” Inimigo foge da Cruz”, pois parecem nos
obrigar a tomar um veneno forte, letal e cruel, que nos destrói de maneira traiçoeira.
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Perdoar, portanto, é não atuar nos sentimentos de vingança, tolerar e aceitar
o que já foi feito. Evidentemente, podemos sempre clamar por justiça legal, e para
isso existem os tribunais, mas intimamente, precisamos deixar o passado ir para seu
lugar, e mesmo nos recordando do acontecido, tomar a decisão de seguirmos sempre
em frente, visualizando as mãos de Deus a nos guiar. Confiança no Divino, que sabe de
todas as coisas entre passado, presente e futuro, é a estrada em que devemos sempre
caminhar. Novamente, devemos lembrar que nosso trabalho aqui não tem cunho
religioso, mas espiritual, e acreditamos que para perdoar alguém, não é preciso
acreditar m Deus. Mas confessemos: com Deus tudo fica muito mais fácil!
Agora estamos vendo ao longe, uma árvore de flores todas amarelas, lindas, e
tentamos focar nelas o máximo que pudermos, mas o trem está tão rápido, que ela
passa rapidamente, sem que vejamos os seus detalhes. Mas o que seria a falta de
liberação de perdão? Seria parar o trem e ficar uma vida inteira apenas olhando uma
árvore. O trem não anda. As árvores antigas não passam mais, e outras novas não
chegam. Qual seria a graça? Qual o resultado prático de ficarmos estáticos em um
pensamento, em uma pessoa, em um ressentimento, questionando por que nos fizeram
isto, e quando será que conseguiremos nos vingar, e vê-los sofrerem como sofremos?
Acontece que mesmo que decidamos parar o nosso trem, para não viver mais
nada, a vida está passando da mesma maneira, e para nós, muito mais rápido do que
para os outros, que decidira, envelhecer proporcionalmente às suas conquistas e
realizações. É como se algumas pessoas conseguissem passar a vida colhendo frutos ,
enquanto nós, decidimos nos sentar no meio da colheita a observá-los. A vida e suas
bênçãos era para todos, mas nós, que decidimos não perdoar, não esquecer, abrimos
mão de nossos lugares, de nosso direito à felicidade, prosperidade, amor, glória, saúde
e plenitude. Uns acordaram felizes, mas nós, infelizes.
Uns se alimentaram de comidas saudáveis em seu café da manha, mas nós nem
lembramos do que comemos, se é que conseguimos comer. Uns foram rezar e meditar,
para começar seu dia, as vezes em suas varandas floridas com incensos, as vezes La no
meio da natureza. Mas nós não conseguimos sequer nos levantar de nossas camas.
Depois, eles foram fazer exercícios físicos para cuidar de seu bem estar, seja correndo
no parque ou na praia, fazendo uma dança ou yoga. Nós, fomos ao médico fazer mais
exames, para ver se nossas dores físicas diminuíam.
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Nós, simplesmente não tínhamos mais ninguém. Se havia alguém em casa,
certamente estaria intoxicado com nossa presença, pensando minimamente, se não
haveria uma possibilidade de fazer um desligamento emocional, quando não físico, de
nossas vidas.
Entendendo o agressor:
1) Para muitos de nós, livre arbítrio não significa fazer o que bem quiser, mas escolher
entre um caminho de luz ou de escuridão. Porém, esta escolha não é dada a muitas
pessoas, pois nascem com uma enfermidade psíquica e espiritual tão séria, que torna-
se muito difícil a sua cura, ou até seu tratamento.
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Sempre tentam prejudicar, humilhar e maltratar as outras pessoas. Há um desejo por
destruição Quando a vítima do perverso é submetida e humilhada, este experimenta
sensações de triunfo, dominação e superioridade. Necessita, definitivamente, sentir-
se vingador, e não vítima.
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b) Egoísta patológico - O portador desta doença, que já não é mais considerada um
defeito de caráter, opta por cuidar de si mesmo, ainda que para isto, custe a vida de
um ente querido. É o caso de pessoas que se casam por dinheiro, matam os pais pela
herança, corruptos que dormem em paz, em camas luxuosas de seus grandes iates,
mesmo sabendo que atyé a fronha de travesseiro foi comprada pelo desvio de dinheiro
público para hospitais, remédios, e educação. Costumam andar pela vida cortando
caminhos através do sofrimento alheio, por abuso, manipulação, traições, etc.
Parecem ter uma inteligência dirigida ao mal, por serem incapazes de alcançar a
vitória pelo esforço e lealdade. Geralmente, sentem horror a tais expressões, as
considerando lições de moral entediantes. Dispensam e trocam pessoas com a mesma
facilidade de trocar de roupa. Muitos são considerados sociopatas e psicopatas, e o
narcisismo está presente em cada aspecto de suas vidas.
Entendendo o ofendido:
Não é nossa intenção minimizar a seriedade da ofensa, mas deixarmos claro que apenas
nos ofenderemos em qualquer circunstancia, se assim permitirmos. Quanto maior a
falta de percepção de que a ofensa nunca é pessoal, por fazer parte do hall de atitudes
pertencentes ao modo de vida do ofensor, maior será a propensão em se sentir
ofendido, e obter desejos de justiça, vingança, ou retaliação. Se pegarmos um
exemplo drástico, um traficante mata um filho pelo único motivo de ser traficante.
Não é nada pessoal. O marido ciumento agride a mulher por ser propenso a violência
e a ciúmes, quem sabe a nível patológico. É evidente que existem casos sérios de
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provocacã
̧ o que podem nos fazer perder a cabeça, mas precisamos desenvolver a
conscientização que o sentimento de ofensa é opcional, e que a concessão o perdão
sempre estará prejudicada enquanto houver sentimentos de vingança.
Os Tipos de pessoa que tem mais propensão a se ofender são os que mais procuram
vingança
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ALGUÉM NOS MACHUCOU DE VERDADE. E AGORA? Como perdoar o imperdoável?
“A base: a mente do ser humano deve dominar seu coração. Nossas emoções funcionam
de acordo com as idéias que o cérebro envia. Se não alimentarmos as emoções
negativas, iremos perceber que é possível a mudança. Poderemos dissipar a raiva,
como a luz dissipa a escuridão. A luz apenas existe. Basta acender o fósforo. Então
nosso cérebro precisa ter pensamentos positivos. Eles precisam apenas existir.” (rabino
Dudu Levinzon)
como já dissemos, tem curto prazo de validade, ou seja, faz parte do hall de
prazeres imediatos, curto circuitos que levam ao vazio espiritual e emocional.
Nosso passado não precisa ser perfeito. Ele é repleto de dores e amores,
momentos felizes e infelizes. Tomamos então a liberdade de incluir no passado
a nova ofensa, e caminharmos sem olhar para traz. Remoer a ofensa apenas faz
com que ela vire um novo trauma a carregar, arriscando estragar nosso futuro.
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porque ele tem qualidades, e provavelmente, já nos fez algo de bom.
Tentaremos exaltar sua parte boa, afinal, ninguém é inteiramente mal ou bom.
Apenas estamos bem longe da perfeição, e desta vez, fora ele quem errou.
6. Não julgue uma pessoa até que esteja realmente em seu lugar. Às vezes, somos
influenciados por milhões de coisas. Na hora da agressão, o agressor
normalmente é o prejudicado, pois sua maneira de agir expressa uma fraqueza
e inferioridade emocional , psíquica, e espiritual, em nível avançado. Pessoas
que possuem o padrão de humilhar as outras, por exemplo, tem geralmente,
sérios problemas psicológicos. Traumas de infância, famílias disfuncionais e
agressivas, influenciam cada pensamento, cada atitude de uma pessoa.
Precisamos evitar deixar de observar apenas o evento específico, e tentar
enxergar todo o contexto.
7. Quando conseguimos perdoar o próximo, Deus modifica qualquer decreto
negativo futuro! É muito difícil perdoar, porque é difícil superar o coração
ferido. Mas há uma máxima que diz: “se você conseguir mudar sua natureza
intrínseca , algo que estava escrito de determinada maneira, será modificado.
Quem somos nós para não conceder perdão ao outro e deixá-lo, muitas vezes,
angustiado? Se conseguirmos dar um passo em direção ao amadurecimento
espiritual, o que sabemos ser extremamente difícil, por termos hábitos e
emoções profundamente enraizados, conseguiremos também mudar a resposta
do Universo para nossas vidas.
Ex: um casal não conseguia engravidar. Tentou de tudo, e nada. Um dia estava
cantando na sinagoga, e as pessoas começaram a zombar dele. Ele pensou em
sair e desistir daquele emprego, mas se lembrou do ensinamento, e falou com
deus: deus, está todo mundo aqui perdoado, mas por favor me manda um
filho!se eu conseguir minhas emoções, Deus conseguirá transformará qualquer
coisa em minha vida.
José sentiu a dor imensa da traição de seus irmãos, e uma enorme tristeza por ter
sido afastado de seu pai. Porém, ao invés de optar pelo sentimento destrutivo da
auto piedade, pensou: Oras, já que agora sou um escravo, vou tentar ser o melhor
que puder.dedicou-se a Potifar, , que acabou por torná-lo , chefe de todos os
escravos. Bonito que era , acabou despertando os olhares da esposa de Potifar, que
tentou seduzi-lo, sendo surpreendida com sua recusa, pois José era íntegro,
honesto e fiel ao seu dono.
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parceiros de cela. Acabou sendo um interpretador de sonhos de todos que viviam
e trabalhavam ali.
Um dia, Faraó teve um sonho profético em que 7 vacas magras engoliam 7 vacas
gordas, e procurou por alguém que desvendasse o significado. Contaram-lhe que
havia um preso que era muito bom em desvendar sonhos complicados como
aquele.o Faraó mandou chamá- lo imediatamente. Jóse explicou-lhe que as sete
vacas magras seriam 7 anos de seca e comida escassa, mas que o Faraó teria a
chance de colher e armazenar muita comida nos próximos 7 anos que se seguiriam,
os quais representavam as sete vacas gordas. Assim aconteceu exatamente, e José
salvou o Egito inteiro e e a todos que vinham buscar comida ali. Acabou por tornar-
se o braço direito do Faraó, o primeiro ministro. Se o Faraó era o homem mais
importante do mundo, José acabara de se tornar o segundo. Um dia , José
reconheceu seus irmãos, que foram ao Egito buscar alimentos. Mandou chamá-los,
e quando se apresentou para eles, ficaram apavorados, pois acharam que ele fosse
se vingar de tamanha atrocidade, ao que ele respondeu: “Não foram vocês que me
jogaram na terra do Egito, mas Deus.
Ele sabia que iria haver fome na terra de Israel, e me fez virar o primeiro
ministro do Egito, para poder alimentar o nosso povo. Eu os perdôo, pois foram
apenas um canal para que eu cumprisse meu destino. Agora vão pra casa e tragam
meu pai, que pensa que estou morto. Tragam nossos familiares, para vivermos em
paz.” José teve sucesso na vida, pois conseguiu enxergar algo muito simples,
chamado Providencia Divina.
Tudo que acontece na em nossa vida, é porque Deus queria que acontecesse.
Mesmo quando o outro erra, tudo é apenas parte de um projeto maior, onde ele
não passa de uma marionete. A verdade é que só há uma realidade. Não existe
acaso, pois pensar assim, só poderá trazer doenças espirituais como vicio de
tristeza e depressão. Se nosso destino fosse outro, não seriamos quem somos. A
única realidade existente é que vivemos. Dispomos sempre de duas formas de
escolher como olhar para o que nos acontece: Pessimista e otimista.
O pessimista leva uma vida de martírio por opção própria, porque sabe que no
fundo, precisa de sabedoria espiritual proporcional ao seu nível de pessimismo. O
pessimista faz pacto com a derrota. Já José foi otimista. Pensava ele: Se a
realidade é esta, já está aceita e farei o melhor para me adaptar. Obviamente, se
formos vítimas de um crime, teremos que correr atrás do julgamento, mas
precisamos deixá-lo ir.
9.Fazer as pazes ajuda a perdoar. Ao tentarmos fazer as pazes, parece que toda a
confusão causada por anos, esvai-se em um só minuto. Sentimos imediatamente, o
quanto sofremos e amargamos à toa. Não precisamos conviver novamente com quem
nos fez mal, mas fazer as pazes é uma ótima técnica para conceder o perdão mais
facilmente.
A CARGA REMOVIDA
O perdão é o antídoto de Deus para a raiva. Mas o que isto quer nos dizer? Todas
as pessoas que, de uma maneira ou de outra, vivenciam o perdão, relatam ter removido
um peso imenso das costas. Anos de brigas, esbarrando-se nas ruas sem se
cumprimentar, evitando lugares e pessoas para não saber e não ouvir falar, repetições
de filmes mentais atordoantes, orgulhos inimagináveis, chegam ao fim. Como teria
sido mais fácil perdoar antes, elas dizem. Quanta energia gasta. Sim , é indescritível
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o alívio gerado pelo perdão. Lembraremos sempre do exemplo de Nelson Mandela, que
após ter ficado 30 anos preso, dentre eles, 12 em uma solitária, quando liberto, virou
o presidente de seu país, e em sua posse, convidou os seus dois carcereiros para
sentarem-se ao seu lado. Ora, mas o mundo inteiro gostaria de ter tido aquele
privilégio e então por que justo os dois carcereiros? Ele tinha uma proposta de amor
consigo mesmo e com seu país. Não tinha tempo a perder com sentimentos ruins, ainda
que tivesse agora, todo o poder para se vingar. Mas ele entendeu que tudo o que passou
foi importante para se tornar Nelson Mandela.
ORAÇÃO E MEDITAÇÃO
Faça uma lista das pessoas se já se imagina perdoando. Faça uma oração sobre
o perdão ao acordar, até que um dia acorde sem um pingo de dor em relação a cada
uma delas.
Agora, faça uma segunda lista de pessoas que você jamais perdoaria. Faça uma
oração sobre o perdão ao acordar, e outra oração antes de dormir. Assuma um
compromisso com você, depois que encerrar esta leitura: nunca mais durma sem
perdoar alguém, e entregue o resultado do seu esforço para Deus. Esta parte já não é
mais problema seu! Um dia quem sabe, não mais precisará perdoar ninguém, por não
mais conseguir enxergar nada como ofensa!
...E a moça armênia sorriu e disse: É claro que eu o perdoaria. Fui agraciada
pela vida, com a imensa vontade de resgatar quem ele maltrata, de limpar quem ele
suja, de levantar quem ele derruba. A música que eu escuto não é a mesma que a dele,
pois sua alma atormentada apenas se alinha com os sons do horror. O vale que avisto,
não tem as mesmas cores que o dele, pois ele só percebe a escuridão. Não é sua culpa,
parece já ter nascido assim. Compadeço-me de seu espírito, por ainda precisar de
tanta ajuda. Por mais que eu me esforce, jamais conseguiria entender o que ele sente.
E por mais que ele se esforce, jamais entenderia o que sou capaz de sentir. Sei que
não compreendeu o meu perdão. Sei que não compreendeu a minha dedicação. E
também sei que jamais entenderia que eu faria tudo de novo! Como posso sentir raiva
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de alguém tão triste? Perdoem-me se pareço arrogante, mas é este estado de perdão
que me faz sentir tão bem.
O segundo passo nos diz que “ Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós
mesmos poderia ser capaz de nos devolver à sanidade:
1a observação: a expressão "Viemos acreditar" significa que essa foi a nossa melhor
conclusão: acabamos percebendo que não "nós mesmos", mas Um Poder Superior é
quem nos devolveria ao mundo da saúde mental.
"primeiro eu, segundo eu, terceiro eu", pode parecer correto e até engraçado,
mas não está. Esta expressão quer dizer: "Primeiro minha recuperação,
segundo a minha recuperação, etc." Muitas vezes, teremos que colocar os
outros em primeiro lugar. ex: conceito de sororidade: amor à próxima. Maneira
incorreta de pensar: “ Serei amante de um homem casado pois minha felicidade
vem em primeiro lugar." Maneira espiritual de pensar: Antes de fazer prevalecer
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a nossa vontade de ser feliz, precisamos entender que já existe uma esposa,
uma família, e a verdadeira humildade está em abrirmos mão de um desejo
quando ele prejudica os outros, a natureza e o Universo, como um todo.
O que é o ego?
2. É a voz que habita em nós, que não é a de nossa consciência, pois suas soluções
nunca trazem o melhor.
4. O ego faz com que nossa vontade se torne destrutiva. Esta passa a enxergar apenas
a pequena figura, e nunca o todo. Ex: quero este homem para mim de qualquer jeito,
Vou esperá-lo ainda que ele se case com outra. A Igreja disse que jamais deveríamos
nos separar, então mesmo sabendo que ele não me ama mais e já está com outra
pessoa, irei esperá-lo eternamente, pois esta é a vontade de Deus. Ele me bate, mas
estou tentando faze-lo entender que isto é abuso. Sinto que ele vai parar.
5. O ego nos faz não querer mudar, não quer crescer, e por isso, não aceita criticas,
não aceita ser ensinado, não aceita repartir, e por isso sente-se sempre ofendido e
melindrado com os outros.
Não nos permite adultere, ou seja, tecer o adulto que há em nós.
6. É algo que nos separa de Deus e de todas as bençãos que Ele deseja nos enviar. A
primeira coisa que ele nos retira é a saúde emocional. A segunda, as bençãos que
teríamos, se a tivéssemos. Assim, acostumamo-nos cada vez mais com o caos, e
consideramos a tristeza como um estio de vida. A terceira coisa que nos causa é a
perda da saúde física. A quarta, a morte.
As extensões do ego:
1. Raiva- Precisamos nos perguntar de onde está vindo a ânsia de falar: do ego ou da
alma; da raiva ou do amor. Em um momento de explosão, uma pessoa pode perder de
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uma vez, anos e anos de educação espiritual. Se o que falarmos para alguém vier da
raiva, do Ego, virá de um lugar de destruição, e não ajudará ninguém. Esta ajuda seria
eficaz se nossas palavras viessem de um lugar de amor. Sentimentos como “eu não
aguento mais”vêm do egoísmo, ou seja, do desejo de receber apenas para si mesmo.
assim, fica a dica: quando estivermos com raiva, deveremos evitar a todo custo,
externarmos nossos pensamentos.
Se pensamos que externar o que sentimos de qualquer maneira irá nos aliviar,
precisamos saber que tal alívio tem curta duração, e será seguido de uma angustia
ainda maior, pois virá acrescido de culpa e arrependimento. Assim como qualquer
droga, a raiva nos gera o prazer imediato, ao nos dar um alívio tão curto, e em poucos
instantes, precisaremos brigar novamente, gerando um falatório violento e compulsivo,
até que destrua as nossas melhor relações.
A reclamação também é uma forma de expressar a raiva, pois que o faz deixa
clara a sua insatisfação com alguns aspectos da vida, ou mesmo, com toda ela. A
pessoa que vive a se queixar concentra-se na falta, e não na gratidão, e o que não vem
do amor, como sabemos, do ego vem.
2. Orgulho
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amor ao próximo, mas dores de amor por si mesmo, pois não consegue entender
porque fora abandonado, apesar de possuir inúmeras qualidades. Pensa ele, que
jamais conseguirá superar tamanha paixão, sem saber que tal intensidade sempre foi
correspondida por ele mesmo...a si próprio!
Pode alguém se doar e ter um ego enorme? Ex: Uma madrinha de 12 passos
pode ter um ego enorme? Sim, se ela esperar qualquer coisa em troca, como elogios,
agradecimentos, em público, inclusive, devoção, méritos, se sentir mais importante
dentro o grupo, como se fosse pessoa sábia, por ser a companheira antiga,
considerando-se uma velha mentora a ser respeitada, etc.
PIADA: Uma afilhada disse a sua madrinha que estava cansada de sempre orar para
Deus, pois Ele nunca ouvia suas preces. A madrinha pois-se a rir e disse: "Ele já
respondeu a tempos. Disse NÃO!"
d) Melindre- Sentir-se ofendido o tempo todo e cismar com tudo. Aqui, o orgulhoso em
sua versão mais dantesca, ofende-se inclusive nas discordâncias, isto é, mal suporta
que alguém discorde de suas opiniões. Tudo carrega para si e ou considera contra si.
Seu ego está tão inflamado, que interpreta as contrariedades como cenas propositais,
direcionadas a sua pessoa. Centrado em si mesmo e conferindo- se a maior das
importâncias, vive a cortar pessoas de sua vida para que não mais o façam mal, ainda
que mal percebam a sua existência.
A personalidade melindrada- com tudo se ofende e tudo pera para si. Considera-se
delicada e sensível, mas seu ego tomou tamanha proporção, que mal consegue
perceber porque tem problemas com as companheiras e também, em seus
relacionamentos, pois costuma-e ofender com o que a maioria das pessoas não se
ofenderia. Este tipo de ego que se revela na forma do orgulho, é o contrário do conceito
de humildade. Dr Bob dizia que humildade é nunca se ofender com algo que alguém
diz ou faz contra mim, mas entender que nada dito ou feito contra mim. As pessoas
fazem porque fazem, não porque sou especial.
e) O dono da razão- Este tipo de orgulho traduz-se no ego da sabedoria ilusória. Aqui,
mais se fala do que escuta. Mais se ensina do que se aprende. Mais palestra-se do que
humilda-se. O falador compulsivo, mal consegue conter seus impulsos de ensinar. Sem
aceitar qualquer opinião diversa a sua, costuma aumentar o tom de sua voz com o fito
de combater as contrariedades. Esconde seu orgulho na forma de simpatia e julga ter
mais conhecimento do que todos ao seu redor, justificativa em que realmente acredita,
para interromper a fala alheia, e interpor a sua.
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f) Aquele que recusa-se a pedir ou aceitar ajuda- o ato de pedirmos ajuda denota um
mínimo de humildade, pois sem isso, impossível se torna a caminhada espiritual.
Devemos compreender a importância do todo, onde o elo que une a individualidade é
a ajuda ao próximo. Mas que espécie de saúde espiritual teremos se só ajudarmos e
nunca aceitarmos ajuda? Ou mesmo, nunca ajudarmos e nunca pedirmos ajuda? Qual
a troca entre humanos que haverá aqui? Assim, um ego muito destrutivo em forma de
orgulho, é mesmo o de não pedirmos e não aceitarmos ajuda. Sozinhos, não
conseguiremos caminhar até longe.
Há muitos outros tipos de ego ligados ao orgulho. Beleza, caridade, riqueza, poder,
inteligência e humildade podem ser grandes máscaras, e o que irá revelar a veracidade
de cada estado desses, é a intenção escondida de detrás.
3.Julgamento:(fofoca,crítica)
Há quem diga que pessoas espiritualizadas nunca julgam, porém há momentos em u
precisamos julgar. Decisões vêm de julgamentos. Precisamos julgar se os amigos de
nossos filhos são pessoas adequadas para a sua convivência, precisamos julgar quem
colocamos em nossas vidas, precisamos escolher um funcionário, muitas vezes,
fazendo uma seleção entre vários trabalhadores.
4. Controle
Ex: Uma empresa possui dois setores: o de marketing, que visa gastar, e o financeiro,
que visa economizar. Eles não estão errados em exercer suas funções, apesar de
opostas. Aprendem sim, a conviver, harmoniosamente. Cabe ao diretor, manter um
equilíbrio da empresa.
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fecharemos todas as feridas infantis. Piada: Quando saberei que estarei diante da
minha verdadeira alma gêmea? Quando ela for completamente diferente de meus pais.
O primeiro passo para vencer o ego é aceitar que tenho um EU limitado, e que
posso estar enganada, ou seja, posso ter informações ou uma interpretação errada
desta pessoa. A Luz do Poder Superior sempre está disponível, mas meu ego me
convence de que só com esta pessoa haverá luz e amor, e que não devo abandona-la,
pois não chegará um próximo amor.
O ego é a maior barreira para se conectar com a luz, a calma, paz, serenidade,
que só o Poder Superior pode nos dar.
O ego me faz acreditar que não há justiça no mundo, mas se invejo é apenas
porque no fundo sei que o Universo poderá me dar. Ele tenta me dizer que posso ter
tudo aquilo, mas que terei que trabalhar ainda mais para consegui-lo. Se ainda não
tenho, é porque não fiz o trabalho espiritual e nem o esforço material suficiente para
tal.
6. Sentimento de rejeição- o ego pode nos fazer acreditar que estamos sendo
rejeitados ou descartados por alguém, mas se mantivermos nossa conexão espiritual
alta, perceberemos que nossas bençãos não vem das pessoas, mas sim de um lugar
maior. Não precisamos do amor de quem não tem para dar, pois já nos sentimos
amados por Deus, e/ou ou por nós mesmos. Se soubermos quem somos, e valorizamos
todos os nossos valores espirituais, como honestidade, lealdade, retidão, compaixão,
amor, etc, não sentiremos o nosso auto-valor diminuir, a cada despedida humana.
Choraremos pelos que nos abandonaram contra a sua vontade, pela morte ou outro
motivo qualquer, mas nunca por quem o fez por livre e espontânea vontade. A essas
pessoas desejamos sorte e felicidade, e compreenderemos que não vieram para ficar.
Precisavam mesmo ir. Era o destino. Nada havia de pessoal. Iremos valorizar quem nos
valoriza, pois os opostos nunca se atraem, apenas os semelhantes. E estes é que irão
amar os nossos valores, e fazer questão de permanecer ao nosso lado, para
compartilhar do que temos de melhor para oferecer. Assim pensa o amor. O resto, é
apenas o ego tentando nos definhar novamente.
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Para toda e qualquer ação que consideramos ser feita contra nós, deveremos sempre
nos perguntar qual a nossa parte na desavença. O ato de se vitimar funciona como um
mecanismo de fuga das críticas, pois pensa a vítima nunca fazer nada de errado para
merecer a injustiça. No íntimo, o que deseja é afeto, carinho e compreensão de seu
estado atual de sofrimento, ainda que nada faça para modificar sua situação. Há um
sentimento de impotência em relação à determinada pessoa ou situação, e uma mágoa
expressa em revolta, por alguém que não nos protegeu ou nos livrou do sofrimento,
ainda que este alguém seja Deus.
A mágoa doentia e duradoura vem do ego. Ele é quem se ofende e nunca, nossa alma.
Assim, quando dominados por ele, temos a tendência de nos ressentir facilmente com
os outros, e nos sentir vítimas de suas más ações. Acabamos por criticá-las e afastá-
las, por acreditar erroneamente que possuímos razão, mesmo sem enxergar
claramente os nossos erros que contribuíram para a desavença. Quem vive no ego,
vive cego!
O amor romântico e familiar, é um dos tipos de amor que existe. Encontramos além
deles, o amor fraternal e o incondicional. Este último, sem dúvida, é o mais intenso,
pois sequer precisamos conhecer as pessoas para amá-las. Quando uma criança ama
animais, ela pode até amar mais o seu pet de estimação, mas ela afirma amar todos os
gatinhos, cachorros, passarinhos e até mesmo, os animais selvagens que vê no Jardim
zoológico. Uma mulher, que afirma amar acima de tudo as crianças, ama mais do que
todas os seus filhos, mas também sente enorme afeição por todas as crianças que
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encontra na pracinha, onde leva todos os dias, os seus pequenos para brincar. Assim,
podemos agir com os seres humanos.
Ao invés de escutarmos a voz torturante do ego, em forma de carência a nos pedir para
lutarmos contra a solidão ilusória, poderemos nos oferecer para servir a outros seres
humanos, em trabalhos voluntários. Amor forte é aquele sentido e retribuído pelos que
cuidam de crianças órfãs, ou que contam historias para idosos em asilos. Quem se
dispõe a passar um dia lendo ou lecionando para cegos? Mas essas pessoas que
aprendem a se doar, recebem muito mais do que qualquer prisioneiro do ego pode
imaginar.
No dia seguinte, Áurea mal conseguia conter sua felicidade. Havia encontrado o amor,
e torcia mais do que nunca para a relação vingar, julgando assim, nunca mais ser
obrigada a se deparar com aquela solidão avassaladora. Se ele a amasse de verdade,
não se importaria com sua condição e adotaria uma criança para formarem uma linda
família.
Porém, as coisas não andaram nos trilhos previstos pela moça. Em pouco tempo, seu
vizinho telefonava apenas quando queria, e as vezes em que combinavam de sair,
sempre alegava estar sem dinheiro, o que ela acabava relevando, e pagando
restaurantes, lanches, cinemas, etc. Ainda assim, o rapaz não demonstrava interesse
em se comprometer. Mas a carência exacerbada pelo ego de Áurea, que insistia em
convencê-la em lutar contra a solidão, a fez cegar para todas as claras pistas de que o
vizinho não correspondia aos seus sentimentos.
Ele sumia e só aparecia quando queria. Assim, ela começou a sentir-se cada vez mais
rejeitada. Mas a rejeição, para os prisioneiros do ego, é o gatilho que inicia a obsessão.
Em pouquíssimo tempo, e moça não conseguia mais concentrar-se no trabalho e nem
falar de outro assunto. Suas amigas ouviam impacientemente, suas lamentações ou
felicidades eufóricas, quando ele resolvia aparecer. Nos finais de semana, ainda mais
obcecada por ele, descia as escadas até a garagem, mais de 20 vezes por dia, para
ver se o carro dele estava ali, ou se havia saído, talvez, com outra mulher.
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sábados, recebia os beijos e abraços apertados dos pequenos, que cada vez,
mostravam-se ainda mais apaixonados por elas. Em uma onda fortíssima de amor,
deixava-se contagiar pela aquela luz enviada por sua própria capacidade de se doar.
Lá, fez verdadeiras amizades com as outras voluntárias, pois havia uma conexão entre
elas, já que possuíam o mesmo amor e respeito ao próximo. Chamava os mendigos
pelo nome, pois fez questão de decorar cada um, para que se sentissem amados. Eles
era loucos por ela, e com sua ajuda, muitos entraram em programas contra alcoolismo
e de ressocialização.
Seu peito fora invadido pelo amor altruísta e incondicional. Não havia mais espaço para
se dedicar aos que não queriam seu verdadeiro bem estar. Havia encontrado a
verdadeira reciprocidade e jamais sentia-se sozinha. Passou então a dar palestra aos
solteiros do centro, para que se dedicassem mais aos outros, pois isto os faria
aumentar seu amor próprio. Explicou a importância de se sentir inteiro, antes de
procurar um relacionamento.
O ciúmes patológico é o resultado da deturpação do amor causada pelo ego, que entra
em ação para nos convencer de que as pessoas não possuem direito à individualidade,
pois ao aceitarem se relacionar conosco, virarão objetos de nossa posse. Também
expressa-se o ego em forma de medo de nos sentirmos inferior a qualquer pessoa, que
consideremos razoavelmente apresentável. Mas a grande questão do ciumento é o ego
de não ser passado para traz, fazendo-o entrar em pânico com a possibilidade de ser
feito de palhaço. Consterna-se obsessivamente, em tempo quase que integral, com o
fato de ser ridicularizado e diminuído em sua importância. Frases como “o que os
outros irão pensar”ou “eles estão tendo um caso enquanto sofro, e devem rir de mim
pelas costas”, são típicas do ciumento.
Obviamente, como o próprio nome diz, trata-se de uma patologia, e deve ser tratada
principalmente, em grupos de mútuo ajuda especializados no tema, como Ciumentos
Anônimos, por tratar-se de uma doença de adicção (vício).
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Também nos é familiar o medo da pobreza. Para aplacá-lo, muitas pessoas
esquecem de que o importante na vida é ser e não, ter, e com medo deturpado do
futuro, concentram-se em juntar quantias capazes de protege-las do futuro, que trará
a velhice e a doença, esquecendo-se da importância de realizar seus sonhos. Mas isto
não seria deixar de viver, com medo de morrer? O que deixarão pelo mundo todos
aqueles que pensam assim? Ah, sim, a sua herança...
A Agradadora - Esta pessoa precisa ser amada por todos, ainda que passe por cima
de seus valores.Tenta ser legal e agradar a todos, e corrompe seus princípios para isso.
É viciada em aprovação, isto é, sua droga é a aprovação externa.
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8.ORGULHO- MELINDRE, COMPLEXO DE SUPERIORIDADE, SENTIR-SE SEMPRE DESRESPEITADO
E OFENDIDO. CORTAR RELAÇÕES FACILMENTE.
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