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Como Curar o Mundo

(dia-a-dia, todos os dias)

por: Nuno Michaels

... se me perguntasses como podes curar o Mundo à tua volta, no teu dia-a-dia, expandindo a
tua consciência e servindo teus irmãos de jornada ao mesmo tempo, Coração,

se mo perguntasses realmente, como se estivesses pronto a receber uma resposta,

oferecer-te-ia a minha. A minha resposta e o meu método.

Fazes assim:

Vais na rua.

E à tua volta, está tudo cheio de negatividade.

Vais na rua.

E à tua volta, está tudo cheio de dúvidas.

Vais na rua, e à tua volta, está tudo borrado de medo.

Vais na rua, e à tua volta, está tudo irado e cheio de ressentimento. Arrependimento.
Entupidos. Amordaçados. E por estes dias (não resisti a actualizar): de máscara.

E nos outros também.

Vais na rua, e à tua volta, está tudo cheio de vergonha de Ser Quem É. Melhor ainda: de Ser O
Que É.

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E de dizer o que tem a dizer.

De dar o que tem a dar, realmente.

De expressar o que lhe vai na Alma e no âmago.

Vais na rua, e à tua volta, está tudo cheio de maquinações na cabeça, daquelas a que ainda
não deu resposta (se calhar nem se permitiu ainda ouvir-se a fazer as perguntas!) e com que
ainda não teve coragem para lidar.

Vais na rua, e à tua volta existe dor, sofrimento, raiva, vergonha, dúvida, ansiedade - todas
estas coisas que eu não sei se tu atendes quando sais de casa.

E se em vez de saires à rua envolvido com o teu próprio drama pessoal (“tenho que comer”,
“tenho que trabalhar”, “tenho que ganhar dinheiro”, “e se não tenho dinheiro para a renda?”,
“e se me assaltam?”, “tenho que engatar alguém porque estou sozinho”, “o que é que vou
fazer na sexta-feira à noite?”, “e agora a crise?”, etc.)

Então,

Se em vez de ires para a rua envolvido com tuas próprias maquinações mentais
(eu estou a dar-te a fórmula: não é simpática de ouvir, mas é muito mais antipático levar com
as consequências da nossa própria inconsciência – e por esta altura já deves sabê-lo bem

- e recorda que te dou esta fórmula apenas no caso de te teres perguntado sobre isso, de mo
teres perguntado sobre isso, no caso de estares receptivo – eu não estou a tentar convencer-
te, estou simplesmente a responder a um pedido, uma escolha, uma pergunta – oferecendo-te
uma fórmula que possas usar no teu dia-a-dia)

Vais na rua, e à tua volta – se fores capaz de tirar os olhos do teu próprio umbigo e olhares à
tua volta,

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em vez de te focares naquilo que passa à tua volta e que te faz sentir mal, triste, com pena,
com pena, com instinto de mártir, com instinto de vítima, com instinto de salvador(a), ou
qualquer outro fascínio emocional – cada um tem os seus próprios –

se em vez de ires focado, Grande Espírito, no que anda às voltas na tua cabeça, embrulhado
com o teu estômago,

e em vez disso fores atento e aberto, sensível ao que se passa à tua volta,

vais reconhecer a quantidade de dor que existe onde existe um humano.

À tua volta, o que existe – infelizmente – e por enquanto –, é dor. É medo, é raiva, é
ressentimento, é ansiedade, é vergonha, é incerteza, é dúvida...

No fundo, à tua volta, o que existe é o resultado de uma emanação colectiva que resulta do
conjunto das escolhas individuais daqueles que escolheram ainda não acordar para a Vida.

Não porque não possam; mas porque ainda não o decidiram.

E embora estejamos em momentos de de_cisão,

tu reconheces, aceitas e respeitas a escolha individual de cada Um.

Porque esse é o primeiro acto de Amor que tu podes fazer quando sais de casa: é reconhecer a
Escolha, o Poder, o direito de cada Um a viver mergulhado na sopa que cozinhou para si
próprio.

Esse é o primeiro acto de Amor quando sais de casa – assumindo que existe diferença entre a
rua e a tua casa. Porque senão, nem sequer precisas de sair de casa. Olhas para dentro, e a
mesma coisa que vês lá fora, também podes ver aí dentro.

Na medida em que não te tenhas curado.

Então sais à rua.

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Sais de Casa ou do teu quintal, que é como quem diz, do teu drama pessoal, e vais de olhos
abertos, todos os três: o esquerdo, o direito, e o da fronte, que é o da intuição:

e o da fronte só se abre quando tu não julgas é bom? Ou mau? É bom? Ou mau?

É!

É o que é!

Podes aceitá-lo? Ou não?

Se não podes, não te metas nisto.

Se podes, vai a jogo.

É a tua escolha – e é o teu reconhecimento, é o teu respeito pelos teus próprios limites.

Então tu sais de casa e não estás envolvido permanentemente com o teu fascínio contigo
próprio.

Porque este fascínio com os teus próprios dramas serve apenas para teres uma noção de
identidade – enquanto não Sabes que És.

Quando Sabes que És, escusas de continuar a ter dramas para te devolverem um senso de
identidade pessoal. Não precisas, para teres a sensação de estares viv@, de grandes alegrias e
grandes tristezas, não precisas de viver num carrossel.

No drama criado pela tua própria mente, pela tua própria dor, pela tua própria recusa
obstinada em atenderes-te e cuidares de Ti própri@.

Então tu sais de casa.

E não estás afundado nem mergulhado no teu próprio drama pessoal – sais de casa com os
três olhos abertos ao que se passa à tua volta.

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E à tua volta, reconheces muitas coisas que discriminas (não julgas: reconheces) como medo,
violência, desejo, cegueira, prepotência – o que lhe queiras chamar.

E que são, no fundo, as disfunções todas dos 12 Dons do Espírito que os 12 Signos simbolizam:

Carneiro: Coragem, ou medo. Reconhecer o medo e avançar apesar dele, ter a ousadia de se
afirmar e cumprir apesar de todos os motivos possíveis para não o fazer.

Touro: Segurança, ou insegurança. Ser um pilar de força e estabilidade; ou encontrar a ilusão


de “segurança” no apego, na posse, e necessidade de tornar tudo o que é impermanente,
permanente. Boa sorte com a pretensão.

Gémeos: Conhecimento, ou ignorância. Viver com a Mente de Principiante, aprendendo muito


mais a ouvir do que a falar, estar aberto à surpresa e à descoberta, e ser capaz de manter em
mente várias ideias, mesmo que contraditórias, em simultâneo.

Caranguejo: Viver dentro de Si Mesmo com o Coração Aberto (para dentro e para fora,
naturalmente); ou ser um desalojado – ter uma Casa construída por, e para, Si mesmo: ou isso,
ou ser um órfão.

Leão: ser Autêntico, ou viver preso da necessidade de impressionar os outros: Orgulho de


Quem Se É, ou vergonha e um falso self.

Virgem: diligência para se aperfeiçoar permanentemente, com humildade Amor e Inteligência;


ou criticismo, exigência e insatisfação permanentes.

Balança: Relação Vertical consigo próprio, reconhecendo nos seus relacionamentos a


expressão desta “primeira Relação”, ou então, a dependência das relações exteriores que faz
trair a fidelidade a si próprio e fazer concessões não-autênticas.

Escorpião: Poder que nasce do auto-controlo e do exercício da Vontade Pessoal para a auto-
transformação; ou isso, a ou manipulação do exterior por todas as vias intensas e
manipuladoras possíveis.

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Sagitário: Reconhecimento da Verdade, ou dogmatismo – se reconheces a Verdade, não
precisas apegar-te a nenhuma forma concreta de a apresentar. A Vida é tão grande com tanto
por explorar; o que interessa é manteres-te sempre a caminho do Horizonte.

Capricórnio: Sucesso que nasce da Responsabilidade Pessoal e integral por toda a construção
da própria Vida, ou então: fracasso e impotência, sujeição, senso distorcido de ambição e de
culpabilidade por “deveres” não “cumpridos”.

Aquário: Audácia de ser Livre, ou a necessidade de ser diferente

Peixes: Redenção dos outros por Amor, ou complexo de vítima/salvador quando não estás
alinhado com a Consciência Amorosa e Impessoal de Deus – e disponível para “recolher” as
dores do Mundo e pô-las a circular de volta a Casa.

Então tu olhas à tua volta, e vês as disfunções do Zodíaco em manifestação permanente.

Em manifestação permanente, pois!, porque: o que é que existe à tua volta?

Energia. A ser expressa de formas mais ou menos conscientes.

Porque cada Signo tem um fardo para carregar.

Sabias?

O fardo de Carneiro é ver a cobardia dos outros.

O fardo de Touro é ver a maneira como os outros complicam a vida.

O fardo de Gémeos é ver a rigidez mental dos outros.

O fardo de Caranguejo é ver a falta de Cuidado de Si-Mesmo nos outros.

O fardo de Leão é ver a falta de Autenticidade nos outros.

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O fardo de Virgem é ver a falta de Humildade nos outros.

O fardo de Balança é ver o individualismo dos outros.

O fardo de Escorpião é ver a maneira como as pessoas se recusam em ir directas ao assunto e


resolvê-lo de vez, enfrentando as trevas, as sombras, e os aspectos mais desconfortáveis das
suas (das nossas) vidas e psiques.

O fardo de Sagitário é ver a estreiteza de horizontes (os mundos pequeninos) dentro dos quais
os outros querem, ou acreditam que podem viver.

O fardo de Capricórnio é ver a irresponsabilidade com que os outros fazem a cama onde se
deitam - e depois se queixam.

O fardo de Aquário é ver a obediência às normas e às regras - quando não há nenhuma Luz
nessas normas e regras, que é como quem diz: Liberdade.

E o fardo de Peixes é ver o bruto egoísmo, e o fechamento dos outros ao Universo.

Isto é o fardo de cada Signo - quando estamos conscientes do nosso Dom. Quando somos
expressão consciente do Dom de cada uma das nossas energias.

E à medida que vais integrando e descobrindo o teu próprio Dom, vais poder reconhecer
igualmente o fardo que tens.

E à medida que integras o teu Dom, à medida que te tornas consciente, sabes o que acontece?

Começas a reconhecer os jogos viciados à tua volta.

E depois, se tiveres um bocadinho de Amor no Coração, fazes-te disponível para ajudar a curar
tudo isso.

Então,

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Tu vais pela rua

E vais a ver a manifestação permanente das disfunções dos 12 Signos.

E às vezes encontras a expressão de um dos Dons – alguém a expressar o seu próprio Dom: e
ficas apaixonado. Não é?

Que pessoa! Que Coragem, que Autenticidade, que Poder, que Conhecimento, que Boa Onda,
que Boa Vibra(ção): que Boa Pessoa.

E Amas, quando encontras uma destas pessoas.

Talvez porque essa pessoa te tenha recordado de como é possível ser Humano: e Amar(-se).

Mas sabes o que encontraste?

Um verdadeiro Ser Humano!

Então tu vais pela rua, pelo Chiado ou por qualquer outro lugar deste planeta, que por onde
quer que passes, está cheio da humanidade actual.

E a humanidade actual, na sua maioria, reverbera baixinho. E vibra baixinho. Reverbera com as
vibrações inferiores das suas próprias energias. Basta veres as notícias. Basta veres o que
acontece no mundo.

A maioria das pessoas não é consciente. A maioria – é triste, constatá-lo, mas isto não é um
julgamento (bom, que isso é triste, é julgamento; mas que a maioria das pessoas não é
consciente não é um julgamento -é simplesmente uma constatação): a maioria das pessoas
não é muito evoluída.

Este não é ainda um mundo de gente amorosa. Por enquanto. Não é um mundo de gente
responsável, por enquanto.

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Lá chegaremos.

Dá-lhe tempo:

não estamos cá para outra coisa.

É o nosso Destino – o nosso “telos”, a nossa “finalidade” – é versus Uno; UniVersus.

Mas

De várias maneiras, e até Ver(mos): é um mundo que está entregue.

Não é entregue ao broche, nem a Deus:

É o mundo inteiro, entregue, à Escolha de cada Um.

E o mundo de cada Um entregue ao seu próprio Poder de Escolher, Decidir, e fazer-se (gente!).

Então tu vais pela rua,

e não vais mergulhado subjectivamente no teu próprio dramazito pessoal,

e vais com os olhos abertos – todos os três: os dois físicos, para veres por onde vais e para não
ires contra as pessoas; e com o outro, que permite ver o que se passa à volta, e reconhecer o
que se passa à volta,

e saíste de casa – andas a ver a dor à tua volta –

E à medida que vais caminhando, vais inspirando a dor dos outros, trazes essa dor, negritude,
peso, aperto – como quer que ela se te apresente momento-a-momento

(porque a Vida, sabias?, é momento-a-momento)

e vais expirando Amor para eles.

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Amor para Todos.

Porque respirar não é só uma função biológica:

respirar é fazer Amor com a Vida.

Então através da Respiração tu andas a curar o Mundo da sua inconsciência.

Mas ninguém precisa de saber.

Então, para responder à pergunta que poderias ter feito

... se perguntasses como podes expandir a tua consciência, transformando o mundo a partir da
tua própria consciência, e se mo perguntasses também, e se ainda escolhesses – em cima disto
– estar receptivo a uma resposta possível,

Esta seria a minha resposta.

A minha resposta, e o meu método.

Aqui fica.

À tua escolha *

A minha resposta, o meu método, e um brinde.

Um Brinde.

À tua Escolha.

nUNO MICHAELS

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