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O que são esses sabotadores? Bem, são pequenos vícios que você não se apercebe que
faz, mas que destroem carreiras, relacionamentos, negócios, a felicidade, o bem-estar,
impedem no fundo que seja bem sucedido naquilo a que se propõe. Pretendo esclarecê-
lo acerca das características existentes nessas pessoas e suas atitudes sabotadoras. Se
você se identificar com alguma dessas atitudes, não desespere, é sempre tempo de
mudar.
São pessoas que estão recorrentemente preocupadas, agitadas e atarefadas, o que fazem
é sempre de extrema importância. Elas são como aquele jogador de futebol que corre
sem objetivo pelo campo, sem pensar que, se tivesse uma noção clara do que fazer,
poderia esforçar-se menos e obter melhores resultados.
São pessoas que não completam o curso de inglês ou de música, o relatório que
precisam preparar, a petição que tinha um prazo determinado, o projeto financeiro que
deveriam entregar até ao final da semana, etc. Também pertencem a esse grupo os
executivos que implementam com grande pompa e circunstância novos programas na
empresa e não dão continuidade a eles. Iniciam tantas atividades ao mesmo tempo,
todas com a mesma prioridade, que não têm fôlego para completar nenhuma delas.
NÃO PLANEJAM
Começam tudo por impulso, porque ficam fascinados à primeira vista, sem analisar as
consequências. Quando surgem as dificuldades, correm em busca de soluções mágicas,
o que só traz novos problemas.
Citação: “Algumas pessoas tem uma certa habilidade em escolher precisamente aquilo
que é pior para elas.” J.K. Rowling
NÃO TÊM NOÇÃO DE RITMO
Tendem a dedicar-se muito no inicio, com muita energia, e por vezes um pouco fora
da realidade, mas aos poucos vão desanimando para mais tarde desistirem. São como
aquelas pessoas que, ao começar um curso de piano, estudam 6 horas por dia, fazem
aulas extras e compram todos os discos. Mas aos poucos vão perdendo o ímpeto até que,
após alguns meses, chegam ao ponto de esquecer que têm um piano.
VIVEM NO “QUASE”
Quase me formei, quase me casei, quase tive filhos. O “quase” mantém a ilusão de
sucesso dessas pessoas, pelo fato de terem chegado perto do topo da montanha. Na
verdade, elas procuram não se comprometer. Usam muito a palavra “talvez” e a
expressão “pode ser”. Correm sempre “atrás” do futuro: gostaria, faria, levaria. Note
que a percepção interior e o comprometimento de alguém que diz “vou a sua casa hoje
às 9 horas” é muito diferente de uma pessoa que diz simplesmente “talvez eu apareça
em sua casa”.
NÃO LIGAM AOS DETALHES DIFERENCIADORES
O assistente vai à reunião de decisão sem o relatório. O Carpinteiro vai à casa do cliente
tirar as medidas para a construção da mobília e não leva o instrumento de medida. Sai
com a pessoa que pretende conquistar , sem cuidar da sua imagem e sem tomar banho.
São os detalhes que fazem a diferença entre uma vitória e uma derrota.
Como mudam de ideia com frequência, qualquer contratempo é motivo suficiente para
não cumprir os acordos previamente estabelecidos. Como alguém que combina ir a um
aniverário de um amigo e se comprometeu com a namorada a comprar a prenda, mas
descobre que está sem dinheiro e decide não gastar mais. Ele muda de ideia e não avisa
a namorada. Simplesmente não compra a prenda e deixa a namorada ir à festa de
aniversário do amigo, esta fica esperando e ele não aparece. Estabelece-se um
padrão sabotador de si mesmo, perde-se a responsabilidade e a credebilidade.
Talvez neste momento você esteja consciente de que têm alguns desses hábitos que
sabotam o seu sucesso (na verdade, todos nós em algumas áreas da nossa vida
cometemos alguns destes comportamentos inadequados). A consciencialização é o
primeiro passo para a mudança. A partir de agora observe esse hábito cada vez que ele
surgir, analise as consequências negativas para a sua vida e comece a desenvolver novos
hábitos.
Por exemplo, se você está criando uma maneira saudável de se alimentar, não vá a um
rodízio de carnes. Sempre que o empregado de mesa passar oferecendo alguma coisa
você vai ser obrigado a tomar uma decisão difícil e que o coloca no caminho do
insucesso, com a agravante de lhe tirar o prazer de estar no restaurante. Ou então decide
sucumbir à tentação da comida em excesso, tendo prazer imediato, mas culpabilizando-
se o resto do dia. Reforça assim a noção que tem de si mesmo, como alguém que não
cumpre o que promete. Simplifique a sua vida. O sucesso virá de forma natural.
Citação: “O homem que não sabe dominar os seus instintos, é sempre escravo daqueles
que se propõem satisfazê-los.” Gustave Le Bon
Um milhão de perguntas e frases vão drenando a sua energia, deixando a sua mente
cansada, retirando capacidade para tomar decisões alinhadas com o seu desejo.
Mas com tanta pressão, como vou conseguir fazer tudo de forma
assertiva?
Como resolver?
Deve esforçar-se para perceber que tipo de conflitos internos possui, e prejudicam a
obtenção dos resultados pretendidos. Foque-se nas acções que lhe permitem atingir a
meta. Não se trata de estabelecer um sistema rígido, em que completar o que começou
seja uma obrigação, sem permissão para crise ou sem flexibilidade para mudanças, mas
sim de aprender a decidir e a realizar o que é importante na vida, sem adiar nem
procurar justificações antecipadas. Quebre o padrão de percepção de incapacidade e
comece a levar-se a sério. Acredite em si, leve as coisas até ao fim, mesmo que julgue
ir fracassar. Aceite a possibilidade de fracassar/falhar, mas assuma esse risco. A
aceitação dessa possibilidade, permite-lhe ganhar experiência e testar as suas
capacidades e limites. Para aprofundar este assunto leia: O fracasso é uma opção, mas o
medo não.
Quando uma pessoa não alcança um objetivo, não foi apenas uma meta que deixou de
ser cumprida. Houve também um esforço para cumprir aquilo que planejou, que traçou
para si, permitiu estabelecer uma relação consigo mesmo, apoiou-se na sua auto-
imagem, reforçou caminhos e testou outros, uns que se verificaram satisfatórios, outros
nem por isso. Se não testar a sua confiança, se não andar de braço dado com a crença
que tem em si, essa desconfiança e desacreditação vai minando, aos poucos, os seus
desejos e sonhos. As metas que estabelece a partir daí serão cada vez menores, sem
desafios, levando à desmotivação e à sabotagem de si mesmo.
Olhe-se de frente, aceite-se com as suas virtude e defeitos, faça uma auto-análise e
perceba o que necessita melhorar. O que é que se propõe a mudar, sem desculpas, sem
“mas”, sem “se isto…”, “se aquilo?”
Quais são os sabotadores dos seus objectivos? Que hábitos tem que gostaria de mudar?
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