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SUMARIO

● Quem são as duas testemunhas no livro de


Apocalipse?
● O que são Gogue e Magogue?
● A profecia bíblica prevê que haverá uma
Terceira Guerra Mundial antes do fim dos
tempos?
● Quem ou o que é a meretriz da
Babilônia/mistério da Babilônia?
● O que são os três ais de Apocalipse?
● Qual é o significado de absinto em Apocalipse?
● Quem ou o que é Abadom/Apoliom?
● Por que Elias deve voltar antes do fim dos
tempos (Malaquias 4:5-6)?
● Haverá um templo do fim dos tempos em
Jerusalém?

1
Quem são as duas testemunhas no
livro de Apocalipse?

Há três pontos de vista principais sobre a identidade


das duas testemunhas em Apocalipse 11:3-12: 1)
Moisés e Elias, 2) Enoque e Elias, e 3) dois crentes
desconhecidos a quem Deus chama para serem Suas
testemunhas nos tempos finais.

Moisés e Elias são vistos como possibilidades devido


ao poder das testemunhas de transformar a água em
sangue (Apocalipse 11:6), pelo qual Moisés é
conhecido (Êxodo capítulo 7). As duas testemunhas
também têm o poder de destruir pessoas com fogo
do céu (Apocalipse 11:5), pelo qual Elias é conhecido
(2 Reis capítulo 1). Também dando força a essa visão
é o fato de que Moisés e Elias apareceram com
Jesus na transfiguração (Mateus 17:3-4). Além disso,
a tradição judaica espera que Moisés e Elias
retornem no futuro. Malaquias 4:5 prevê a vinda de
Elias, e alguns judeus acreditam que a promessa de
Deus de levantar um profeta como Moisés
(Deuteronômio 18:15, 18) também precise do retorno
de Moisés.

2
Enoque e Elias são vistos como possíveis identidades
das duas testemunhas porque são os dois indivíduos
na história que nunca experimentaram a morte
(Gênesis 5:24; 2 Reis 2:11). O fato de que nem
Enoque e nem Elias morreram parece capacitá-los
para a morte e ressurreição das duas testemunhas
(Apocalipse 11:7-12). Os defensores deste ponto de
vista alegam que Hebreus 9:27 (todos os homens
morrem uma vez) desqualifica Moisés de ser uma
das duas testemunhas, já que Moisés já morreu uma
vez (Deuteronômio 34:5). Entretanto, existem vários
outros na Bíblia que morreram duas vezes - por
exemplo, Lázaro, Dorcas e a filha de Jairo - então não
há realmente nenhuma razão para que Moisés seja
eliminado com base nisso.

A terceira visão sustenta essencialmente que


Apocalipse capítulo 11 não atribui nenhum nome
famoso às duas testemunhas. Se as testemunhas
fossem Moisés e Elias, ou Enoque e Elias, por que a
Escritura ficaria em silêncio sobre suas identidades?
Deus é perfeitamente capaz de tomar dois crentes
"comuns" e capacitá-los a realizar os mesmos sinais
e maravilhas como Moisés e Elias. Não há nada em
Apocalipse 11 que exija que assumamos uma
identidade "famosa" para as duas testemunhas.
3
Qual ponto de vista é o correto? Não sabemos ao
certo. A possível fraqueza da primeira visão é que
Moisés já morreu uma vez e, portanto, não poderia
ser uma das duas testemunhas (uma vez que sua
morte seria uma contradição de Hebreus 9:27). No
entanto, os defensores deste ponto de vista
argumentam que todas as pessoas que foram
milagrosamente ressuscitadas na Bíblia (por
exemplo, Lázaro) mais tarde morreram novamente.
Hebreus 9:27 pode ser visto, então, como uma "regra
geral" e não um princípio universal. Quanto às
previsões da Bíblia sobre a vinda de Elias e do profeta
como Moisés, o Novo Testamento deixa claro que
essas profecias foram cumpridas por João Batista e
pelo próprio Jesus, respectivamente.

Não há fraquezas claras para a segunda visão de


Enoque e Elias, pois resolve o problema de "morrer
uma vez". Faz sentido que Deus possa ter levado
Enoque e Elias ao céu sem morrerem a fim de
"salvá-los" para um propósito especial mais tarde.
Também não há pontos fracos claros para a terceira
possibilidade.

4
Todas as três visões são interpretações plausíveis,
mas não podemos ter absoluta certeza sobre
nenhuma delas, uma vez que a Bíblia não revela as
identidades das testemunhas. Os cristãos, portanto,
não devem ser dogmáticos sobre esta questão.

5
O que são Gogue e Magogue?

Historicamente falando, Magogue era um neto de


Noé (Gênesis 10:2). Os descendentes de Magogue se
estabeleceram no extremo norte de Israel,
provavelmente na Europa e no norte da Ásia (Ezequiel
38:15). Magogue eventualmente se tornou o nome da
terra onde os seus descendentes se estabeleceram.
O povo de Magogue é descrito como guerreiros
habilidosos (Ezequiel 38:15; 39:3-9). Gogue é o nome
de um futuro líder em Magogue que irá liderar um
exército para atacar Israel. O Senhor prediz a
condenação de Gogue: "Filho do homem, volve o
rosto contra Gogue, da terra de Magogue…profetiza
contra ele" (Ezequiel 38:2).

Gogue e Magogue são mencionados em Ezequiel


38-39 e em Apocalipse 20:7-8. Embora essas duas
passagens mencionem os mesmos nomes, um
estudo detalhado das Escrituras demonstra que elas
não se referem às mesmas pessoas e eventos. Na
profecia de Ezequiel, Gogue será o líder de um grande
exército que ataca a terra de Israel. Gogue é descrito
como "da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de
Meseque e Tubal" (Ezequiel 38:2). A batalha descrita
6
por Ezequiel que envolve Gogue e Magogue ocorre no
período da tribulação, provavelmente nos primeiros
três anos e meio. A evidência mais forte para este
ponto de vista é que o ataque virá quando Israel
estiver em paz (Ezequiel 38:8, 11) – quando a nação
tiver diminuído suas defesas. Israel definitivamente
não está em paz agora, e é inconcebível que a nação
baixaria suas defesas, salvo algum evento
extremamente importante. Quando a aliança de Israel
com o Anticristo estiver em vigor no início da 70ª
semana de Daniel (a tribulação de sete anos - Daniel
9:27a), Israel estará em paz. Possivelmente a batalha
ocorrerá pouco antes da metade do período de sete
anos. De acordo com Ezequiel, o próprio Deus
derrotará Gogue nos montes de Israel. A matança
será tão grande que levará sete meses para enterrar
todos os mortos (Ezequiel 39:11-12).

Gogue e Magogue são mencionados novamente em


Apocalipse 20:7-8. Esta é uma batalha diferente, mas
a repetição dos nomes Gogue e Magogue mostra que
a história se repetirá. A mesma rebelião contra Deus
descrita em Ezequiel 38-39 será vista novamente.

O livro de Apocalipse alude à profecia de Ezequiel


sobre Magogue para descrever um ataque final dos
7
últimos tempos contra a nação de Israel (Apocalipse
20:8-9). O resultado dessa batalha é que todos os
inimigos de Deus são destruídos, e Satanás
encontrará seu lugar final no lago de fogo
(Apocalipse 20:10).

Abaixo estão algumas das razões mais óbvias por


que Ezequiel 38-39 e Apocalipse 20:7-8 referem-se a
pessoas e batalhas diferentes:

1. Na batalha de Ezequiel 38-39, os exércitos vêm


principalmente do norte e envolvem apenas algumas
nações da terra (Ezequiel 38:6, 15; 39:2). A batalha
em Apocalipse 20:7-9 envolverá todas as nações, de
modo que os exércitos virão de todas as direções,
não apenas do norte.

2. Não há menção de Satanás no contexto de


Ezequiel 38-39. Em Apocalipse 20:7, o contexto
claramente coloca a batalha acontecendo no final do
milênio, e apresenta Satanás como o principal
instigador.

3. Ezequiel 39:11-12 afirma que os mortos serão


sepultados por sete meses. Não haveria necessidade
de enterrar os mortos se a batalha em Ezequiel 38-39
8
fosse a mesma descrita em Apocalipse 20:8-9, pois
imediatamente após Apocalipse 20:8-9 é o grande
julgamento do trono branco (20:11- 15), e então o céu
ou a terra atuais são destruídos e substituídos por
um novo céu e terra (Apocalipse 21:1). Obviamente,
haverá necessidade de enterrar os mortos se a
batalha ocorrer na primeira parte da tribulação, pois a
terra de Israel será ocupada por mais 1.000 anos, o
comprimento do reino milenar (Apocalipse 20:4-6).

4. A batalha em Ezequiel 38-39 é usada por Deus para


trazer Israel de volta para Ele (Ezequiel 39:21-29). Em
Apocalipse 20, Israel tem sido fiel a Deus por mil
anos (o reino milenar). Os rebeldes em Apocalipse
20:7-10 são destruídos sem mais oportunidades de
arrependimento.

9
A profecia bíblica prevê que haverá
uma Terceira Guerra Mundial antes
do fim dos tempos?

Não há dúvida de que uma guerra mundial será uma


parte do futuro. Ezequiel previu a batalha de Gogue e
Magogue, a qual ocorrerá logo antes da tribulação ou
em algum lugar perto do meio (Ezequiel 38-39).
Cristo claramente ensinou que haveria guerra antes
de Sua segunda vinda (Mateus 24:4-31). Alguns
afirmam que Jesus esteja falando em geral da era da
igreja nos versículos 4-14 e do período da tribulação
(começando em seu ponto médio) nos versículos
15-31. Outros acreditam que Cristo esteja falando
apenas do período da tribulação de sete anos nessa
passagem. Embora os versículos 4-14 aparentem
estar dando descrições gerais, eles se igualam à
descrição dada mais cedo em Apocalipse 6:1-8, que
registra detalhes sobre o início da tribulação. Mateus
24:6-7 diz que haverá "guerras e rumores de guerras…
Porquanto se levantará nação contra nação, reino
contra reino".

10
O futuro terá pelo menos mais uma guerra mundial.
No entanto, não há nada nas Escrituras que diga que
haverá apenas um certo número de guerras mundiais.
As Guerras Mundiais I e II não são explicitamente
mencionadas nas Escrituras, nem uma possível
Terceira Guerra Mundial. Apenas a última guerra é
mencionada em detalhe, o que permite que outras
aconteçam antes disso.

Começando em Apocalipse 6, o apóstolo João


registrou o que viu sobre o futuro. A guerra é
encontrada neste capítulo e continua a ser uma parte
dos eventos que se desenrolam até a segunda vinda
de Cristo no capítulo 19 (Apocalipse 6:2, 4; 11:7; 12:7;
13:4, 7; 16:14; 17:14; 19:11, 19).

Apocalipse 19:11 diz: "... O seu cavaleiro (Cristo) se


chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça."
Apocalipse 19:19 diz que João viu "a besta e os reis
da terra, com os seus exércitos, congregados para
pelejarem contra aquele que estava montado no
cavalo (Cristo) e contra o seu exército." Isto
claramente descreve uma guerra mundial. O vencedor
é Cristo, que apanha a besta/Anticristo e o falso
profeta e os lança no lago de fogo, também
destruindo em seguida os exércitos que os seguiram
11
(Apocalipse 19:20-21). Não há dúvida do resultado - a
justiça prevalecerá quando Cristo, o Rei dos reis e
Senhor dos senhores, derrotar todos os que se
opõem a Ele.

Após o reinado de 1.000 anos de Cristo, haverá uma


outra revolta que pode ter o alcance de uma guerra
mundial. Antes do reinado milenar, Satanás será
preso e, depois do milênio, será libertado. Ele
imediatamente liderará uma rebelião entre os povos
da terra. Cristo derrubará esta revolta e julgará
permanentemente a Satanás, lançando-o no lago de
fogo, assim como fez com a besta/Anticristo e o
falso profeta (Apocalipse 20:7-10).

12
O que é a batalha do Armagedom?

A palavra “Armagedom” vem da palavra grega


“Har-Magedone”, que significa Monte Megiddo. Essa
palavra passou a ser sinônimo à batalha futura na
qual Deus vai intervir e destruir os exércitos do
anticristo como predito em profecia bíblica
(Apocalipse 16:16; 20:1-3, 7-10). Milhões de pessoas
vão fazer parte da batalha do Armagedom, pois todas
as nações unirão suas forças para lutar contra Cristo.

O local exato do vale do Armagedom não é claro


porque não existe nenhuma montanha chamada
Megiddo. No entanto, já que “Har” também pode
significar monte, o lugar mais provável é a área
campestre e cheia de montes ao redor da planície de
Megiddo, umas sessenta milhas ao norte de
Jerusalém. Essa região tem sido o local onde mais de
duzentas batalhas aconteceram. A planície de
Megiddo e a Planície de Esdraelon vão ser o lugar
principal para a batalha de Armagedom, que vai
enfurecer toda a região de Israel até a cidade Edomita
de Bosra (Isaías 63:1). O vale do Armagedom era
famoso por duas grande vitórias na história de Israel:
(1) A vitória de Baraque contra os cananitas (Juízes
13
4:15), e (2) a vitória de Gideão contra os Midianitas
(Juízes capítulo 7). Armagedom também foi o lugar
de duas grandes tragédias: (1) a morte de Saulo e
seus filhos (1 Samuel 31:8), e (2) a morte do rei
Josias (2 Reis 23:29-30; 2 Crônicas 35:22).

Por causa dessa história, o vale do Armagedom se


tornou um símbolo do conflito final entre Deus e as
forças do mal. A palavra “Armagedom” ocorre apenas
em Apocalipse 16:16: “Então, os ajuntaram no lugar
que em hebraico se chama Armagedom”. Essa
passagem fala dos reis que são fiéis ao anticristo e
se reunem para um ataque final em Israel. Durante o
Armagedom, Deus vai “dar-lhe o cálice do vinho do
furor da sua ira” (Apocalipse 16:19), e o anticristo e
seus seguidores vão ser destruídos e derrotados.
Armagedom se tornou um termo geral que se refere
ao fim do mundo, não exclusivamente à batalha que
acontece na Planície de Megiddo.

14
Quem ou o que é a meretriz da
Babilônia/mistério da Babilônia?

Parte da visão de João em Apocalipse inclui uma


descrição simbólica de uma entidade conhecida
como o "Mistério da Babilônia" ou "A Meretriz da
Babilônia". Apocalipse 17:1-2 descreve a visão: "Veio
um dos sete anjos que têm as sete taças e falou
comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da
grande meretriz que se acha sentada sobre muitas
águas, com quem se prostituíram os reis da terra; e,
com o vinho de sua devassidão, foi que se
embebedaram os que habitam na terra." Apocalipse
17:5 dá o seu nome: "Na sua fronte, achava-se escrito
um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A
MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA
TERRA."

De acordo com Apocalipse 17:3, a meretriz na visão


está montada numa besta escarlate com sete
cabeças e dez chifres e "repleta de nomes de
blasfêmia". A besta neste versículo é a mesma que
em Apocalipse 13:1 - a descrição é exatamente a
mesma - uma besta simbólica do Anticristo, o
homem da iniquidade (2 Tessalonicenses 2:3-4 e
15
Daniel 9:27). Assim, a meretriz da Babilônia, quem ou
o que quer que seja, está intimamente ligada ao
Anticristo do fim dos tempos.

O fato de que a meretriz da Babilônia é mencionada


como um "mistério" significa que não podemos estar
completamente certos quanto a sua identidade.
Entretanto, a passagem nos dá algumas pistas.
Apocalipse 17:9 diz: "Aqui está o sentido, que tem
sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos
quais a mulher está sentada." Alguns comentaristas
ligam esta passagem à Igreja Católica Romana
porque nos tempos antigos a cidade de Roma era
conhecida como "a cidade em sete colinas". No
entanto, o versículo 10 segue a explicar que as sete
colinas representam sete reis ou reinos, cinco dos
quais caíram, um atual e outro que está por vir.
Portanto, a "meretriz da Babilônia" não pode se referir
exclusivamente a Roma. Pelo contrário, ela está
conectada com sete diferentes impérios mundiais
(um dos quais é ainda futuro).

Apocalipse 17:15 liga a meretriz a "povos, multidões,


nações e línguas". Ela terá grande influência mundial.
Também exercerá por um tempo o domínio sobre o
mundo, pois é "a grande cidade que domina sobre os
16
reis da terra" (Apocalipse 17:18). No entanto, em
algum momento os reis que governam sob o
Anticristo irão se voltar contra ela em ódio e destruí-la
(Apocalipse 17:16).

Pode o mistério da meretriz da Babilônia ser


resolvido? Sim, pelo menos em parte. A meretriz da
Babilônia é um sistema mundial maligno, controlado
pelo Anticristo, durante a tribulação. Os reis da terra
cometem "adultério" com ela, e os habitantes da terra
são "intoxicados" por seus adultérios. Muitas vezes, o
adultério é usado nas Escrituras como metáfora da
idolatria e da infidelidade espiritual (por exemplo,
Êxodo 34:16; Ezequiel 6:9). Parece que a meretriz da
Babilônia é o ponto culminante de todos os falsos
sistemas religiosos ao longo da história. O fato de
que ela está "embriagada com o sangue dos santos"
(Apocalipse 17:6) mostra o seu ódio da religião
verdadeira e piedosa, e seu fim macabro mostra o
ódio de Deus à religião falsa e ímpia (versículos
16-17).

17
O que são os três ais de Apocalipse?

Ai significa “tristeza, angústia, aflição”; os três ais de


Apocalipse são o julgamento final que Deus
pronuncia sobre os habitantes malignos da terra a
fim de estimulá-los ao arrependimento (Apocalipse
9:20). Os três ais são, de fato, uma época de grande
angústia e aflição para aqueles que juraram
fidelidade ao Anticristo durante o fim dos tempos.

O número 7 é bastante significativo no livro de


Apocalipse, e os três ais virão no final do período de
tribulação de sete anos, pouco antes da segunda
vinda de Cristo. Os julgamentos de Deus durante a
tribulação são descritos como sete selos, abertos um
de cada vez. O sétimo selo revela os sete
julgamentos da trombeta. A quinta, sexta e sétima
trombetas são chamadas de três ais (Apocalipse
8:13).

O primeiro ai é revelado após o julgamento da quinta


trombeta. Este ai envolve algo como gafanhotos que
têm a habilidade de picar como um escorpião
(Apocalipse 9:3). Geralmente, estes não são aceitos
como gafanhotos literais por causa de sua descrição
18
e porque vêm do Abismo e têm um senhor
demoníaco (Apocalipse 9:3, 7-8, 11). Essas criaturas
podem prejudicar apenas as pessoas que não têm
“na fronte o selo de Deus” (Apocalipse 9:4). Aqueles
que possuem o selo de Deus são os 144.000
(Apocalipse 7:3-4) ou, possivelmente, todos os
crentes durante aquele tempo (Efésios 4:30). Esses
gafanhotos demoníacos têm permissão de
atormentar os descrentes por cinco meses
(Apocalipse 9:5) com picadas dolorosas. Embora as
vítimas desejem a morte (Apocalipse 9:6), elas não
terão essa liberdade.

O segundo ai é revelado após o julgamento da sexta


trombeta. Esse ai começa quando uma voz ordena:
“Solta os quatro anjos que se acham presos junto do
grande rio Eufrates” (Apocalipse 9:14). Esses quatro
anjos são demônios que foram expulsos do céu junto
com Satanás. Deus está agora mesmo mantendo-os
presos até o tempo determinado (Apocalipse 9:15; cf.
Judas 1:6; 2 Pedro 2:4). Esses anjos e seus exércitos,
totalizando duzentos milhões, são libertados para
matar um terço da humanidade (Apocalipse 9:15-16).

Depois que o segundo ai passa (Apocalipse 11:14),


surge uma divisão clara no livro com o anúncio do
19
céu: “O reino do mundo passou a ser de nosso
Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos
dos séculos” (Apocalipse 11:15). Em outras palavras,
este estágio final de julgamento será o fim e a justiça
será restaurada na Terra.

O terceiro ai é revelado após o julgamento da sétima


trombeta. Este ai é paralelo à trombeta que soa em
Joel 2 e sinaliza a consumação do plano de Deus
para o mundo inteiro. Este terceiro ai marca o fim do
julgamento de Deus sobre o pecado. Ele ocupa o livro
do Apocalipse até o capítulo 19, quando o Reino de
Cristo é estabelecido na terra. Incorporadas neste
terceiro e último ai estão as sete "taças" da ira de
Deus, descritas em Apocalipse 16:1-21. Esta série de
julgamentos é o maior horror que os cidadãos da
Terra já viram. Jesus disse: “E se aqueles dias não
fossem abreviados, ninguém se salvaria” (Mateus
24:22).

20
Qual é o significado de absinto em
Apocalipse?

"Absinto" é o nome de uma estrela em Apocalipse


8:10-11: “O terceiro anjo tocou a trombeta, e uma
grande estrela, queimando como uma tocha, caiu do
céu sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes das
águas. O nome da estrela é Absinto. E a terça parte
das águas se transformou em absinto, e muitas
pessoas morreram por causa dessas águas, porque
se tornaram amargas.” Este é o terceiro dos
“julgamentos das trombetas” descritos em
Apocalipse. As sete trombetas são os julgamentos
do sétimo selo (Apocalipse 8:1-5). A primeira
trombeta causa granizo e fogo que destroem grande
parte das plantas no mundo (Apocalipse 8:7). A
segunda trombeta traz o que parece ser um meteoro,
cometa ou outro corpo celestial que atinge os
oceanos e causa a morte de um terço da vida
marinha do mundo (Apocalipse 8:8-9). A terceira
trombeta é semelhante à segunda, exceto que afeta
os lagos e rios do mundo em vez dos oceanos
(Apocalipse 8:10-11). Isso fará com que um terço de
toda a água doce da Terra se torne amarga e muitas
pessoas morrerão por beber.
21
A palavra “absinto” é mencionada apenas aqui no
Novo Testamento, mas aparece oito vezes no Antigo
Testamento, cada vez associada a amargura, veneno
e morte. A passagem do Apocalipse pode não estar
dizendo que a estrela caindo na Terra será na verdade
chamada de Absinto pelos seus habitantes. Em vez
disso, o absinto era uma erva amarga bem conhecida
nos tempos bíblicos, portanto, ao nomear a estrela
Absinto, somos informados de que seu efeito será
amargar as águas da Terra, tanto que a água é
intragável. Não será simplesmente uma questão de
gosto amargo na água; será literalmente venenosa.
Se a água potável não estiver disponível para um
terço da população mundial, é fácil ver como o caos e
o terror resultarão. Os seres humanos só podem
sobreviver alguns dias sem água, e os habitantes das
áreas afetadas estarão tão desesperados a ponto de
realmente beber a água envenenada, causando a
morte de milhares, senão milhões de pessoas.

Esta é uma profecia que ainda está por vir nos


últimos sete anos desta era, também conhecida
como a 70ª semana de Daniel. Este é apenas um dos
desastres naturais nas sete trombetas que darão
entrada à ascensão do Anticristo ao poder mundial
22
muito rapidamente (veja Apocalipse, capítulo 13).
Visto que um terço do mundo é destruído por esses
julgamentos da trombeta, este é apenas um
julgamento parcial de Deus. Sua ira total ainda está
para ser desencadeada.

23
Quem ou o que é Abadom/Apoliom?

O nome Abadom ou Apoliom aparece em Apocalipse


9:11: "e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do
abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em
grego, Apoliom." Em hebraico, Abadom significa
"lugar de destruição". O título grego "Apoliom"
literalmente significa "O Destruidor".

Em Apocalipse 8-9, João descreve um período


durante os tempos finais quando os anjos tocarão
sete trombetas, sinalizando a vinda de sete
julgamentos diferentes sobre as pessoas da terra.
Quando o quinto anjo tocar a sua trombeta, o Abismo
(uma grande fornalha) se abrirá, e uma horda de
"gafanhotos" demoníacos se levantará dela
(Apocalipse 9:1-3). Essas criaturas terão o poder de
torturar qualquer pessoa que não tenha o selo de
Deus (versículo 4). A dor que infligirão será tão
intensa que os sofredores desejarão morrer, mas a
morte lhes será negada (versículo 6).
Abadom/Apoliom é o governante do Abismo e o rei
desses gafanhotos demoníacos.

24
Abadom/Apoliom é usado frequentemente como um
outro nome para Satanás. No entanto, a Escritura
parece distinguir Satanás de Apoliom. Encontramos
Satanás mais tarde no Apocalipse, quando é
aprisionado no Abismo por 1.000 anos (Apocalipse
20:1-3). Ele é então liberado para causar estragos na
terra (versículos 7-8) e finalmente recebe a sua
punição final e eterna (versículo 10).
Abadom/Apoliom é provavelmente um dos
subordinados de Satanás, um demônio destruidor e
um dos "governantes", "autoridades" e "poderes"
mencionados em Efésios 5:12.

A clássica alegoria de John Bunyan, O Peregrino,


inclui uma cena memorável em que Cristão enfrenta
um monstro demoníaco chamado Apoliom. Fiel ao
seu nome, Apoliom quase destrói Cristão. O
peregrino em sua armadura resiste ao ataque e
empunha sua espada para repelir o demônio. O
"Apoliom" de Bunyan é uma representação simbólica
do nosso inimigo espiritual, mas a inspiração para o
personagem é literal. O Abadom/Apoliom do
Apocalipse é um ser real que um dia infligirá dor
sobre as pessoas durante o julgamento de Deus.

25
Por que Elias deve voltar antes do
fim dos tempos (Malaquias 4:5-6)?

Malaquias 4:5-6 oferece uma profecia intrigante: "Eis


que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o
grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o
coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a
seus pais, para que eu não venha e fira a terra com
maldição." Até hoje, os sêderes judeus incluem uma
cadeira vazia na mesa na expectativa de que Elias
volte para anunciar o Messias em cumprimento da
palavra de Malaquias.

De acordo com Malaquias 4:6, a razão para o retorno


de Elias será "converter corações" de pais e filhos uns
para os outros. Em outras palavras, o objetivo será a
reconciliação. No Novo Testamento, Jesus revela que
João Batista foi o cumprimento da profecia de
Malaquias: "Porque todos os Profetas e a Lei
profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele
mesmo é Elias, que estava para vir" (Mateus
11:13-14). Este cumprimento também é mencionado
em Marcos 1:2-4 e Lucas 1:17; 7:27.

26
Especificamente relacionado com Malaquias 4:5-6 é
Mateus 17:10-13: "Mas os discípulos o interrogaram:
Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que
Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De
fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu,
porém, vos declaro que Elias já veio, e não o
reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto
quiseram. Assim também o Filho do Homem há de
padecer nas mãos deles. Então, os discípulos
entenderam que lhes falara a respeito de João
Batista."

Os "escribas" eram os mestres religiosos judeus, na


sua maioria fariseus e saduceus, que faziam
comentários sobre as Escrituras judaicas. Pedro,
Tiago e João estavam familiarizados com seus
ensinamentos e perguntaram a Jesus sobre Elias
depois de terem visto Jesus com Moisés e Elias na
transfiguração (Mateus 17:1-8). Jesus declarou
claramente que Elias já tinha vindo, mas,
tragicamente, não foi reconhecido e tinha sido morto.
Jesus então previu que Ele também morreria nas
mãos de Seus inimigos (17:12).

Uma breve olhada no ministério de João Batista


revela muitas maneiras notáveis em que Ele era
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"Elias". Primeiro, Deus previu a obra de João como
sendo semelhante à de Elias (Lucas 1:17). Segundo,
ele se vestia como Elias (2 Reis 1:8 e Mateus 3:4).
Terceiro, como Elias, João Batista pregou no deserto
(Mateus 3:1). Quarto, ambos os homens pregaram
uma mensagem de arrependimento. Em quinto lugar,
os dois homens resistiram a reis e tiveram inimigos
de alto perfil (1 Reis 18:16-17 e Mateus 14:3).

Alguns argumentam que João Batista não era o Elias


por vir porque o próprio João afirmou não ser Elias.
"Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias?
Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não."
(João 1:21). Há duas explicações para esta aparente
contradição. Primeiro, porque Elias nunca havia
morrido (2 Reis 2:11), muitos rabinos do primeiro
século ensinavam que Elias ainda estava vivo e
reapareceria antes da chegada do Messias. Quando
João negou ser Elias, ele poderia estar contrariando a
ideia de que ele era o verdadeiro Elias que tinha sido
transportado para o céu em uma carruagem de fogo.

Em segundo lugar, as palavras de João poderiam


indicar uma diferença entre a visão de João sobre si
mesmo e a visão de Jesus sobre ele. João pode não
ter se visto como o cumprimento de Malaquias 4:5-6.
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No entanto, Jesus o fez. Sendo assim, não há
contradição - era simplesmente um profeta humilde
dando uma opinião honesta de si mesmo. João
rejeitou a honra (João 3:30), mas Jesus deu-lhe o
crédito de ser o cumprimento da profecia de
Malaquias a respeito do retorno de Elias.

Como o Elias metafórico, João chamou as pessoas


ao arrependimento e à vida de obediência,
preparando o povo de sua geração para a vinda de
Jesus Cristo, Aquele que tinha vindo "buscar e salvar
o perdido" (Lucas 19:10) e para estabelecer o
ministério da reconciliação (2 Coríntios 5:18).

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Haverá um templo do fim dos
tempos em Jerusalém?

A Bíblia menciona que alguns eventos do fim dos


tempos ocorrerão em um templo em Jerusalém
(Daniel 9:27 e Mateus 24:15). Segundo
Tessalonicenses 2:4, falando do Anticristo, nos diz: "o
qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama
Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no
santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o
próprio Deus." Antes que alguns eventos dos últimos
tempos ocorram, um templo deve estar presente em
Jerusalém. Este será o terceiro templo - o primeiro
era de Salomão e o segundo era de Zorobabel, mais
tarde expandido por Herodes.

Há ainda o "pequeno" problema da Cúpula da Rocha


islâmica estando no local onde é para ser o templo
judaico. Os muçulmanos acreditam que este é o lugar
a partir do qual Maomé ascendeu ao céu, tornando-o
o mais sagrado dos santuários muçulmanos. Dado o
clima político de hoje, é impensável que os judeus
assumiriam este lugar e construiriam um templo ali.
No entanto, antes ou durante a tribulação, o templo

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será construído, provavelmente como resultado da
aliança do anticristo com Israel (Daniel 9:24-27).

A construção do templo judaico será uma indicação


segura de que as profecias do fim dos tempos estão
sendo cumpridas. Será o templo da era da tribulação
que o Anticristo vai profanar com sua "abominação
que causa a desolação", mencionada por Cristo em
Marcos 13:14. O arrebatamento pode ocorrer a
qualquer momento - a reconstrução do templo não
precisa acontecer primeiro - então é importante estar
pronto.

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