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Estudo escatologia Bíblica

I – A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

II- O ARREBATAMENTO DA IGREJA

III- A TRIBULAÇÃO

IV- O MILÊNIO

V- OS JUÍZOS FUTUROS

VI- AS RESSURREIÇÕES

Etimologia do Termo:
Escatologia (grego. Eschatos, “último”, “derradeiro”, “final”, “extremo”; + logia
“coleta”, “estudo”, “tratado”)

O homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande
número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade.
São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda
vinda de Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.

“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai”.
(Mateus 24:36).

Definição Teológica: A Doutrina das Últimas Coisas, por conseguintes, são as


verdades da Bíblia Sagrada referente aos derradeiros dias da história humana.
Em Teologia Sistemática, recebe ela o nome de Escatologia que, em grego,
significa, literalmente, estudo das “Últimas Coisas”. É o estudo dos
acontecimentos que hão de ocorrer conforme a soberana vontade de Deus (Ef
3.11).

Na Palavra de Deus. A recomendação é: “não ir além do que está escrito [na


Bíblia] (Dt 29.29; 1 Co 4.6). Deixemos as especulações, pois algumas verdades
estão reveladas, e outras permanecem como um mistério para nós, sobre elas
Jesus nos advertiu: “não vos pertence saber” (At 1.7)

I – A SEGUNDA VINDA DE CRISTO


Para uma interpretação desse ponto, alguns fatos e símbolos são destacados
para analisarmos: “guerras, fomes, pestilências e terremotos”, as quais Jesus
declarou que seria “o princípio das dores” na desolação de Jerusalém (Mt.
24:6-7; Lc. 21:10-11,20). A profecia de Jesus em (Mt. 23:35-37), (II cr 24.20-22)
tinha como objetivo vingar o sangue dos inocentes assassinados injustamente
e causar uma “grande tribulação”, como nunca antes tinha ocorrido (Mt. 24:21).
“todas estas coisas haveriam de vir sobre esta geração” (Mt. 23:33, 36). Os
escritos de Josefo mostram de forma abundante quão terrivelmente se
cumpriram todas estas coisas na guerra sangrenta de Roma contra Jerusalém.

A segunda vinda de Cristo- o Próprio Jesus fala-nos sobre o seu retorno para
buscar os seus. (Jo 14. 1-3), (II Ts 2.1-4)

Mt 24. 1-44

Guerras, fome, peste, apostasia são alguns dos muitos acontecimentos que
antecedem a segunda vinda de Cristo. É importante lembrar que parte da
profecia de Mt 24 era para destruição do templo ocorrido no ano 70 d.C. e parte
está se referindo aos eventos que precedem a volta do Senhor.

o Para a segunda vida do Senhor, ele nos fez uma promessa: (Jo 14.1-3)

E aos seus ouvintes (alguns fariseus, escribas etc...) também. (ele


prometeu que Jerusalém haveria de ser punida pelos martírios ocorridos
dentro dos seus muros (Mt 23. 31-36)

o Sinais cumpridos na história: No primeiro século houve a destruição do


templo pelo general Tito no ano 70. Mt 24.2 / Jesus ainda advertiu para
orassem para não acontecer no período do inverno. (cuidado por conta
das baixas temperaturas, e pela inexistência de recursos da época,
esses conselhos foram de grande valia) V.20. (v.15-22)

“Conta-se que aproximadamente 3 000 judeus conseguiram fugir


correndo e chegaram a fortaleza de Massa no mar morto”.
o Sinais no tempo: “Haverá” muitas mudanças na natureza “o sol
escurecerá, e a lua não dará sua luz...” “...perplexidade pelo bramido do
mar...” (Lc 21.25-28 / Mt 24.29)

Apocalipse 6:12 diz: “E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande


terremoto; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua toda
tornou-se como sangue”. Joel 2:30–31 diz: “E mostrarei prodígios no
céu e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se
converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e
terrível dia de Jeová”. Nos últimos anos, houve vários momentos em que a
lua ficou vermelha feito sangue. Por exemplo, houve uma série de quatro
“luas de sangue” num período de dois anos, em 2014 e 2015, e, em 31 de
janeiro de 2018, houve uma “superlua azul de sangue”, que ocorre apenas
uma vez a cada 150 anos. Depois surgiu uma “superlua de sangue de lobo”
em janeiro de 2019. A profecia de o sol tornar-se negro também já ocorreu
e, de fato, houve diversos eclipses solares totais, como o eclipse em
Singapura em 26 de dezembro de 2019 e no Chile em 2 de julho do mesmo
ano. O cumprimento dessa profecia é evidente nesses fenômenos.

o Sinais nas sociedades mundiais: V6. Guerras, rumores de guerras, v7.


Nação contra nação, fome, pestes...

As pessoas estarão mudadas também, trair-se-ão uns aos outros,


aborrecerão uns aos outros / Jesus prevê também perseguição para os
seus seguidores, que haveria de ser odiados, entregues “as
autoridades”, presos e mortos. Tudo isso aos seguidores fieis a Jesus.
V9.

o Sinais de oposição a Deus: Surgirão muitos falsos profetas a


enganar...V11 (Tantos projetos de modificação das escrituras,
perseguição aos seus servos, insurreição contra a obra de Deus criada,
o homem)

✓ Muitos falsos profetas- (Observando sobre esse personagem “falsos


profetas” nota se: Que é alguém que fala em nome de Deus, más não
pertence a ele; É alguém que busca tirar proveito dos fiéis; É alguém
que fala(profetiza) o que não se cumpre; Sua teologia é antibíblica e
busca desviar os crentes.) Ez 34. 1-12

✓ A abominação da desolação- Dn 9.27 / Mt 24.15

[Jesus falou de uma futura “abominação da desolação” no Sermão do Monte,


ao fazer referência a um evento futuro mencionado em Daniel 9:27. Em Mateus
24:15–16, Jesus diz: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que
falou o profeta Daniel, no lugar santo... então, os que estiverem na Judeia fujam
para os montes”.

Jesus fez referência a Daniel em Suas palavras no Sermão do Monte. O profeta


Daniel mencionou a abominação da desolação em três lugares:
“Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o
assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”
(Daniel 9:27).

“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão


o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora” (Daniel 11:31).

“Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação


desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias” (Daniel 12:11).

As profecias de Daniel sobre a abominação da desolação pareciam ter pelo


menos um cumprimento parcial em 167 a.C., quando um governante grego
chamado Antíoco IV profanou o templo em Jerusalém. Antíoco chamou a si
mesmo de “Epifanias” (“ilustre” ou “Deus manifesto”). Ele ergueu um altar para
Zeus sobre o altar do holocausto e sacrificou um porco nesse altar. Antíoco foi
ainda mais longe em suas atrocidades, massacrando um grande número de
judeus e vendendo outros como escravos. E ele emitiu decretos proibindo a
circuncisão e exigindo que os judeus sacrificassem aos deuses pagãos e
comessem carne de porco.
O que Antíoco fez certamente se qualifica como uma abominação, mas não foi
um cumprimento completo da profecia de Daniel. Antíoco Epifanias não entrou
em aliança com Israel por sete anos, por exemplo. E em Mateus 24, Jesus,
falando cerca de 200 anos depois das más ações de Antíoco, falou da profecia
de Daniel como tendo um cumprimento ainda futuro. Adotamos a visão
futurista, que vê a abominação da profecia da desolação como ainda futura. A
nosso ver, Jesus estava se referindo ao Anticristo que, no fim dos tempos,
estabelecerá uma aliança com Israel por sete anos e depois a quebrará fazendo
algo semelhante ao que Antíoco Epifânio fez no templo. O objeto sacrílego que
Jesus chamou de “a abominação da desolação” pode ser a “imagem da besta”
que o braço direito do Anticristo, o falso profeta, ordenará que seja erguido e
adorado (Apocalipse 13:14). Claro, para Mateus 24:15 ser ainda futuro, o templo
em Jerusalém terá que ser reconstruído antes que a tribulação comece.]

o profanarão o santuário, tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a


abominação desoladora: para muitos estudiosos para isso acontecer
conforme Jesus falou, faz-se necessário a reconstrução do templo e o
retorno dos serviços sacerdotais. O que implica em encontrar um
descendente sacerdotal legitimo e enfrentar questões como: oposição
dos inimigos; autorização para construir; e a permissão do próprio Deus.

A manifestação do Anticristo- A sedução desse será terrível, devido a


operação de sinais e maravilhas. Nossa geração tem sido extremamente
levada pelo que vê, sem examinar o que esta por detrás. E a
especialidade do anticristo é enganar. “Se possível enganaria até os
escolhidos...”

Depois destas coisas o Senhor virá...


Escolas de interpretação da escatologia bíblica:

Pontos fundamentais e inquestionáveis entre todos:

▪ Cristo voltará

▪ Haverá ressureição dos mortos

▪ Haverá um juízo final

▪ O anticristo será destruído

▪ Haverá vida eterna / condenação eterna

▪ Satanás será lançado no inferno com seus anjos

▪ Nós teremos o novo céu e nova terra onde habita a justiça

Quanto a segunda vinda de Cristo:

Pré Tribulacionista –

Meso Tribulacionista -

Pós Tribulacionista -

Quanto ao milênio:

Pré Milenista – Essa linha de interpretação predominava desde o surgimento


da igreja no 1º século até o século IV. Sendo o pré-milenismo histórico. A partir
daí, ficou impopular e com o surgimento do Dispensacionalismo no século XIX
ressurgiu com mudanças na sua forma de interpretar e até nomenclatura;
sendo pré-milenarismo progressivo ou pré-milenismo dispensacionalista.

Essa escola defende que a segunda vinda de Jesus Cristo à terra, ocorrerá
antes do estabelecimento do reinado de mil anos de Jesus Cristo em
Jerusalém descrito em Apocalipse 20: 1-7. Este reinado é conhecido como o
milênio.
➢ Interpreta o milênio de forma literal, assim como o livro de apocalipse.

➢ Afirma que a segunda vinda de Cristo se dará em duas etapas (um


arrebatamento secreto e uma vinda visível)

➢ Associa que Mt 24.37 e a destruição de Sodoma e Gomorra com a vinda


do Senhor. Assim dizem que Cristo retirará sua noiva da aflição da
grande tribulação.

➢ Associação com o casamento judaico: em que o noivo firma


compromisso com a noiva e após um tempo ele retorna para o
casamento. Um amigo do noivo vai adiante anunciando; ai vem o noivo!
Ai vem o noivo! E o noivo não chega até onde está a noiva, e ela se
atavia e vai ao encontro do noivo para as bodas de 7 dias. Eles
associam aos sete anos de tribulação.

Seu calcanhar de Aquiles se dá pelo fato não há texto bíblico respaldando duas
vindas de Cristo, uma secreta e uma aparente, e diante das outras escolas que
creem na escrita literal do apocalipse, existe dois fatos que necessitam
acontecer para dai vim o arrebatamento, a apostasia e a manifestação do
homem da iniquidade.

Apocalipse 6.9,10 relata sobre justos que foram mortos na grande tribulação.
Ap 13.7 relata que foi concedido poder a besta para guerrear contra os santos
e vence-los.

Um dos principais nomes dentre os defensores dessa interpretação foi, Jhon N.


Darby, C. I. Scofield da bíblia de estudos scofield.

Pós Milenista – O Pós-milenismo começou a ser notado com Orígenes (um


dos maiores teólogos e escritores do começo do cristianismo. Com ele iniciou-
se o posterior constante diálogo entre a filosofia e a fé cristã e uma tentativa de
fusão das duas. 185-254 d.C.). ela foi fortalecida a partir dos reformadores no
século XVI. Ela se define como o sistema escatológico decorrente da Escritura
que espera a proclamação abençoada do evangelho através do Espírito de
Cristo, para ganhar a grande maioria dos seres humanos para a salvação, na
atual era. O crescente sucesso do evangelho irá gradualmente produzir uma
vez na história antes do retorno de Cristo uma situação em que a fé, a justiça, a
paz e a prosperidade irão prevalecer nos assuntos dos povos e das nações.
Após uma extensa era de tais condições, o Senhor voltará visível,
corporalmente, e, em grande glória, terminando a história com a ressurreição
geral e com o grande julgamento de toda a humanidade.

➢ Não é literalista com relação quanto ao tempo do milênio.

➢ Diferenciando-se do pré, afirma que a tribulação, não é a ira de Deus.

➢ Acredita que Cristo virá apenas após a manifestação do homem da


iniquidade e da tribulação.

Obs: essa escola teve um enfraquecimento no período da primeira e segunda


guerra pois sua teoria de um mundo de paz foi fortemente abalada com
tamanha destruição.

Seu calcanhar de Aquiles se dá no sentido de que: acredita em um tempo de


paz e prosperidade promovido pela pregação do evangelho, e de repente terá
que admitir a manifestação do anticristo e uma luta contra os santos, para
assim se cumprir a vinda de Cristo.

Amilenista - Nos primeiros séculos da história da igreja cristã, a maioria dos


teólogos e pastores acreditavam que Cristo, após sua ascensão, reinava
supremo no trono celeste, tendo toda a autoridade no céu e na terra. Isso,
porém, não impedia que cressem no ensino bíblico de que esse reino invisível,
um dia invadiria a história e se tornaria concreto e palpável, com Cristo
pessoalmente governando o mundo a partir da uma Jerusalém restaurada.

➢ Faz interpretação do milênio e de boa parte do livro de apocalipse (não


se sucede cronologicamente) de forma figurada. (os mil anos quer se
referir a um longo período de tempo)

➢ Explica a prisão de satanás como sendo uma limitação que Cristo


colocou nele para que não impedisse a propagação do evangelho nem a
libertação do pecador, conforme Mt 12.29
➢ Conforme Jo 18.36 não concebe um reinado físico no período do
milênio.

➢ Afirma que os que morrem em Cristo passam a reinar com ele, que
passou a reinar após sua ascensão ao céu.

Seu “calcanhar de Aquiles” se dá no sentido de alegorizar o milênio e o


apocalipse. O seu próprio nome é expressão da incompreensão dos que
discordam dela. Os teólogos dessa escola não concordam com essa definição,
visto que eles creem no milênio, só que espiritual.

Exemplo: Zc 14.9,16 Num trecho bíblico como o esse, por exemplo, cada
palavra da profecia recebe um sentido novo, diferente do literal, a fim de que a
descrição se encaixe na realidade da igreja atual.

Dispensacionalismo - É a mais nova escola teológica, que se originou na


Inglaterra em meados do século XIX, essa escola divide a história bíblica em 7
dispensações, sendo um acordo (aliança) de Deus com o homem. Seguido de
um juízo por não cumprirem o que estava proposto nas alianças.

➢ Dispensação da inocência (da criação até expulsão)

➢ Dispensação Da consciência (De Adão até o diluvio)

➢ Dispensação Governo humano (De Noé até babel)

➢ Dispensação da promessa (De Abrão ate o cativeiro do Egito)

➢ Dispensação Da lei (Da saída do Egito até Cristo)

➢ Dispensação Da graça (Da crucificação até a grande tribulação)

➢ Dispensação Do milênio (Da tribulação até o novo céu e a nova terra)

Seu calcanhar de Aquiles é simplesmente que essa teologia é infundada


biblicamente. Essa ideia ficou famosa com o filme deixados para trás).
Arrebatamento secreto (A bíblia não menciona em arrebatamento secreto) e
tão pouco em duas etapas, com repescagem. Sendo que os que aqui ficarem
passará pela tribulação. Essa teoria se assemelha com o purgatório da igreja
católica. “Um tempo no sofrimento para purificar os pecados das almas”

Em toda a história os pactos estabelecidos entre Deus e o homem são


basicamente dois: o pacto das obras com Adão, a lei os sacrifícios e o pacto da
graça, inaugurado por Cristo até a eternidade.

II - O ARREBATAMENTO DA IGREJA

Quando a Bíblia diz que o arrebatamento da Igreja será repentino, ela está se
referindo ao fato de que a volta de Jesus será como um relâmpago que sai do
oriente e se mostra até ao ocidente (Mateus 24:27). É por isso que o apóstolo
Pedro escreve que o dia da volta do Senhor virá como ladrão (2 Pedro 3:10).

A Bíblia também diz que o arrebatamento da Igreja será um evento visível e


glorioso, e o nosso “Senhor virá com poder e grande glória” nas
nuvens (Mateus 24:30; 26:64; Marcos 13:26; Lucas 21:27; Atos 1:11; Hebreus
9:28; Apocalipse 1:7). O apóstolo Paulo escreve dizendo que o momento do
arrebatamento da Igreja será tão estrondoso e grandioso, que “dada a ordem,
com voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus”, o próprio Senhor Jesus
Cristo descerá do céu (1 Tessalonicenses 4:15-18).

O Senhor virá! De forma repentina; com poder e grande gloria e o sucederá


conforme nos diz sua santa palavra. I Ts 5. 1-11

Precedentes: “tempo de paz e segurança”

Alarido de trombeta: E os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, para


o encontro com o Senhor nos ares. I Ts 4. 16,17

A transformação dos corpos: I Co 15. 50-53 / Fp 3.21

A santa Esperança da redenção em Cristo – II Pe 3. 1-10


III- A TRIBULAÇÃO

A tribulação compreende em um período de sete anos de intensa dificuldade


na terra. Perseguição aos que confessam o nome de Cristo, pois será um
tempo de domínio do chamado homem da iniquidade, o abominável da
desolação, o anticristo.

Mt 24.15-21

Também conhecida como a 70ª semana de Daniel Dn 9.20-27 que o próprio


Senhor Jesus mencionou no seu sermão escatológico. Mt 24.15

Porém há interpretações diversas sobre esse período:

Pré-Tribulacionismo

O Pré-Tribulacionismo interpreta a tribulação como sendo o juízo de Deus


sobre os ímpios baseando-se em Ap. 6 com a (abertura dos selos), (embora
Israel esteja aqui). como existe um plano especial para Israel, a Igreja será
tirada da terra antes da grande tribulação, que será um período onde a ira de
Deus será derramada sobre os ímpios que ficaram na terra, e também um
momento especifico no tratamento de Deus com Israel.

Meso-Tribulacionismo

O Meso-Tribulacionismo defende que a Igreja será arrebatada no meio da


grande tribulação. Sendo a tribulação um período de sete anos, então haverá
três anos e meio de paz e três anos e meio de muita dificuldade. Esse sistema
tem muita similaridade com o Pré-Tribulacionismo, porém se difere na ideia de
que o arrebatamento ocorrerá quando os três anos e meio de paz terminarem.
Existem meso-tribulacionistas que defendem que a grande tribulação não terá
necessariamente sete anos de duração.

A principal defesa do Meso-Tribulacionismo é uma cronologia dada em 2


Tessalonicenses 2:1-3, onde o Anticristo parece ser revelado antes do
arrebatamento da Igreja, além de uma combinação entre a trombeta de 1
Coríntios 15:52 com a trombeta de Apocalipse 11:15.

Pós-Tribulacionismo
O Pós-Tribulacionismo defende que o arrebatamento e a segunda vinda de
Cristo tratam-se de um único evento, e que ocorrerá após o período de grande
tribulação. Nessa interpretação, a Igreja passará pela grande tribulação, que
não precisa ser necessariamente um período de sete anos. Dentro do Pós-
Tribulacionismo existem Amilenistas, Pós-Milenistas e Pré-Milenistas que
defendem tal posição.

Os principais argumentos pós-tribulacionistas se baseiam em:

Jesus em Seu Sermão Escatológico nos Evangelhos de Mateus (24), Marcos


(13) e Lucas (21), deixou claro que só voltaria após o período de grande
tribulação.

Em 2 Tessalonicenses 2:3, o apóstolo Paulo afirma que antes de Cristo voltar


o Anticristo se manifestará.

2 Pedro 3, o apóstolo Pedro também descreve a vinda de Cristo como um


evento único.

No livro do Apocalipse em nenhum momento é mencionado duas fases da volta


de Jesus, e quando a segunda vinda é descrita, ela ocorre após o período de
tribulação.

Resumo sobre a grande tribulação:

O período da grande tribulação detalhado pelo apocalipse é detalhado da


seguinte forma:

✓ Os selos Ap 6

✓ As trombetas Ap 8-9

✓ Ascenção e domínio do anticristo 2 Ts 2; Ap 13

✓ Perseguição velada contra os cristãos Mt 24. 9,22


IV- O MILÊNIO

O milênio conhecido como o período de mil anos descrito no apocalipse em


que Cristo reinará, cumprindo assim ao que ele mesmo mencionou no
evangelho Mt 6.10. Um tempo de paz onde haverá justiça, prosperidade e
gloria (Is 11. 2-5).

Dentro desse mesmo tempo satanás estará preso como descrito em Ap 20.1-3
para depois ser solto e organizar a rebelião do armagedon.

Esta interpretação sofre algumas variações de uma escola para outra:

Pré - milenismo interpreta o milênio de forma literal e exatamente como


descreve o apocalipse.

Pós – milenismo – interpreta o milênio de forma simbólica e além disso, o


milênio (o tempo de paz e prosperidade será alcançado pela pregação do
evangelho e a cristianização do mundo.

Amilenismo – interpreta o milênio como sendo figurado (mil anos significa um


período longo de tempo) e que Cristo após sua ressureição já se encontra no
céu, reinando em gloria.

A prisão de satanás já está em andamento. E o que diz respeito a sua prisão, a


interpretação dessa escola é que é espiritual como o milênio, e que Cristo após
sua ressureição lhe impôs limite para não impedir a libertação das almas. Mt
12.29.

Para tratarmos dessa matéria, precisamos perceber que a chave está na forma
como se interpreta alguns textos bíblicos, especialmente do livro do apocalipse,
se literal ou não. Por exemplo, a pessoa de Cristo em Ap 5.6. Não há como
olhar para o apocalipse exclusivamente sob duas óticas: da literalidade e da
cronologia ...

Interpretar o milênio de forma literal e terreno enfrenta algumas dificuldades,


como: não há menção desse tema nem nos evangelhos, nem nas cartas
paulinas, nem nas epistolas gerais. Apenas no apocalipse que é altamente
simbólico (como separar o que símbolo do que não é neste livro?)
De contra partida nos evangelhos o próprio Cristo professa que o seu reino não
é deste mundo. Jo 18.36-38

Reafirma a distinção entre Judeu e gentil Cl 3.11 / Ef 2.11-22

O ensino do milênio terreno teria que haver duas ressureições. Quando que as
escrituras mencionam apenas um Jo 5. 22,29 / Jo 11.24

V- O JUÍZO FUTURO

Lc 21.34-36

O juízo final é o evento marcante, que acontecerá após o arrebatamento da


igreja e iniciará a eternidade. Toda essa temática é amplamente referenciada
em toda a bíblia e particular detalhamento no apocalipse. É importante frisar
que todas as pessoas serão julgadas, inclusive nós cristãos, porém não para
condenação ou absorção, más para provar que tipo de obra fizemos aqui, se
de palha, de madeira ou de pedras preciosas.

(I Co 3.11-15 O julgamento das obras dos crentes).

Também acontecerá na sua vinda do Senhor, o julgamento das nações. Todos


terão de se apresentar ante o tribunal de Cristo. II Co 5.10 / Mt 25.31-46

E até mesmo os anjos caídos serão julgados Jd 6 / I Co 6.3 Ap 20.11-15

Como de costume iremos conhecer a visão das escolas de interpretação


escatológica, porém de maneira geral, todas elas concordam que todas as
pessoas serão julgadas, embora discordem do momento em que acontecerá tal
julgamento, e da quantidade de julgamentos que ocorrerão, conforme veremos
a seguir:

Amilenismo e Pós-Milenismo: defendem que haverá um único julgamento


geral de todas as pessoas, isto é, o juízo final, e ocorrerá imediatamente após
a segunda vinda de Cristo.

Pré-Milenismo Histórico: geralmente seus defensores entendem que haverá


dois julgamentos, sendo o primeiro na segunda vinda de Cristo, e o segundo,
no caso o juízo final, após a última revolta de Satanás que ocorrerá ao fim do
reino milenar e literal de Cristo na terra, o milênio.

Pré-Milenismo Dispensacionalista: esta posição é a mais complicada, pois


mesmo entre seus defensores há muitas opiniões divergentes. Alguns
dispensacionalistas ensinam a existência de até sete julgamentos, mas maioria
deles entende que haverá três julgamentos diferentes, sendo eles:

Julgamento por ocasião do arrebatamento da Igreja: ocorrerá na primeira fase


da segunda vinda de Cristo, ou seja, o arrebatamento secreto da Igreja, e será
o julgamento das obras do salvos, também denominado como “Tribunal de
Cristo “, onde os santos serão galardoados.

Julgamento de judeus e gentios no final da grande tribulação: ocorrerá na


segunda fase da segunda vinda de Cristo, sete anos após a primeira fase, isto
é, ao término da grande tribulação, e servirá como base para determinar
questões acerca do milênio. Esse julgamento também é chamado de
“Julgamento das Nações “.

Julgamento geral dos ímpios após o milênio: esse será o juízo final, o
julgamento do grande trono branco. Ele ocorrerá após a última revolta de
Satanás que se dará ao fim do milênio. Muitos dispensacionalistas entendem
que nesse julgamento, além dos anjos caídos, apenas os ímpios serão
julgados, ou seja, será um julgamento exclusivo para condenação. Já para
outros, também serão julgados os santos que morrerão durante o milênio.

Conclusão

O juízo final significa, sobretudo, que a História não é conduzida pelo acaso.
Nada do que acontece escapa do conhecimento de Deus, pois Ele é soberano,
e é Ele quem governa a História.
O dia do juízo final mostrará o grande triunfo de Deus e de Sua obra redentora,
ou seja, a conquista final e decisiva sobre todo mal, e a revelação máxima da
vitória de Cristo, o Cordeiro que foi morto. O juízo final revelará e provará ao
mundo que a vontade de Deus será executada perfeitamente, e que nenhum
de Seus planos poderá ser frustrado.
Apesar das divergências, todas as correntes escatológicas concordam
que após o juízo final se dará início ao estado eterno, com os ímpios
condenados eternamente ao lago de fogo, e os santos reinando com Deus
no novo céu e nova terra. E cada um de nós que já somos salvos mediante o
sacrifício de Cristo, devemos nos aplicarmos nos serviços, no amor e
obediência a palavra de Deus.

VI- A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

Lc 14.14

A ressurreição dos mortos é uma doutrina ensinada claramente na Bíblia


relacionada ao estágio final da obra da redenção. Na verdade, a doutrina da
ressurreição expressa a grande base da esperança futura do crente.

De fato, quando analisamos o Antigo Testamento nesse sentido, podemos


realmente encontrar muitas referências à doutrina da ressurreição dos mortos.
O profeta Isaías, por exemplo, fala de forma direta sobre a ressurreição ao
afirmar que a terra dará à luz os seus mortos (Isaías 26:19). No livro do profeta
Daniel encontramos uma das passagens mais claras sobre a ressurreição dos
mortos (Daniel 12:2).
Mas apesar das várias referências bíblicas sobre a ressurreição no Antigo
Testamento, é no Novo Testamento que essa doutrina é desenvolvida de forma
mais elaborada. O próprio Senhor Jesus Cristo não deixou dúvida quanto à
realidade da ressurreição dos mortos (João 5:25-29; cf. João 6:39-54).

Jo 11.24 Marta professa que todos serão ressurretos no último dia

É verdade que a maioria das passagens bíblicas sobre a doutrina da


ressurreição dos mortos se concentra na ressurreição dos salvos. Nesse
sentido, a ressurreição sempre é apresentada como uma grande recompensa,
a consumação da esperança do crente, o recebimento de sua herança e a
plenitude da obra da redenção (Isaías 26:9; Lucas 14:14; Filipenses 3:11; etc.).

Mas a Bíblia também indica que haverá a ressurreição dos incrédulos. Porém,
no caso deles, a ressurreição será para que eles possam receber o prêmio da
injustiça, ou seja, a recompensa por seus pecados. É por isso que o profeta
Daniel escreve que ao mesmo tempo em que uns ressuscitarão para a vida
eterna, outros ressuscitarão para a vergonha e horror eterno (Daniel 12:2). (Jo
5.28,29 serão ressurretos todos de uma só vez)

A importância da doutrina da ressurreição dos mortos

A doutrina da ressurreição dos mortos frequentemente aparece na Bíblia junto


da doutrina acerca da segunda vinda de Cristo. A ideia é que a ressurreição
ocorrerá justamente na ocasião da volta de Cristo, e consistirá num de seus
propósitos principais (1 Coríntios 15:51,52; 1 Tessalonicenses 4:13-16).

Mas adeptos da teologia liberal têm se esforçado para negar a doutrina da


ressurreição. Basicamente eles afirmam que a ressurreição dos mortos
indicada na Bíblia deve ser entendida apenas como uma figura de linguagem, e
que a vida futura dos crentes será num tipo de existência desencarnada por
toda a eternidade. Em outras palavras, essas pessoas não creem nem na
segunda vinda corporal de Cristo, e nem na ressurreição corporal dos mortos.

Ainda no tempo apostólico já havia pessoa que tentavam perverter a doutrina


da ressurreição (2 Timóteo 2:18). No entanto, a Bíblia não deixa qualquer
dúvida de que a ressurreição dos mortos será um evento futuro e de caráter
corporal.

A Bíblia também estabelece uma ligação muito estreita entre a ressurreição


dos mortos e a ressurreição de Jesus Cristo. Nesse sentido, o texto bíblico diz
que o mesmo poder que ressuscitou Jesus dos mortos também ressuscitará os
crentes (1 Coríntios 6:12-20).

Essa ligação é realmente tão grande, que o apóstolo Paulo diz que se alguém
ensina que não haverá a ressurreição dos mortos, então Cristo também não
ressuscitou, o Evangelho é falso, nossa fé é vã, e somos os mais miseráveis de
todos os homens (1 Coríntios 15:12-18). Por isso a doutrina da ressurreição
dos mortos está entre os pilares da Fé Cristã. Definitivamente uma pessoa que
nega a doutrina da ressurreição dos mortos não pode ser considerada cristã.
A ressurreição dos mortos será uma obra maravilhosa

Em primeiro lugar, a ressurreição dos mortos será uma obra operada pelo
Deus Triúno. A Bíblia diz que Deus, o Pai, ressuscitará os crentes por meio do
Espírito, e que a ressurreição de Cristo é a garantia que fundamenta a
esperança e a confiança dos salvos de que realmente haverá a ressurreição
(Romanos 8:11; 1 Tessalonicenses 4:14). Inclusive, a certeza da ressurreição
dos mortos é algo inviolável, pois o próprio Cristo é o Primogênito dos mortos
(Colossenses 1:18; Apocalipse 1:5).

Em segundo lugar, a ressurreição será o momento em que os corpos dos


redimidos ficarão livres de todos os efeitos do pecado. Já agora os corpos dos
crentes são o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:12-20); mas será por
ocasião da ressurreição que seus corpos alcançarão a plenitude do potencial
dessa habitação.

Em terceiro lugar, uma vez que os efeitos do pecado serão removidos na


ocasião da ressurreição, os corpos dos crentes serão transformados para
serem semelhantes ao corpo do Cristo ressurreto (1 Coríntios 15:49). Nesse
dia os corpos humilhados serão transformados em corpos glorificados
(Filipenses 3:21).

Em terceiro lugar, se nossos corpos, depois da ressurreição, serão


semelhantes ao de Cristo, podemos ter a plena certeza de que a ressurreição
dos mortos realmente será corporal. Quando Jesus Cristo apareceu aos seus
discípulos depois de ressuscitar, eles até ficaram perturbados pensando que
estavam contemplando um espírito. Mas Jesus os tranquilizou mostrando que
seu corpo era real e podia ser tocado (Lucas 24:38,39).

Isso indica que num certo sentido haverá uma continuidade entre nossos
corpos atuais e nossos corpos ressurretos. Ainda seremos humanos e
poderemos ser reconhecidos por quem somos. Mas em outro sentido haverá
também uma ruptura completa entre nossos corpos atuais e nossos corpos
ressurretos. Isso porque o corpo corruptível, humilhado, fraco e mortal,
ressuscitará incorruptível, glorioso, vigoroso e imortal (1 Coríntios 15:42-55).
Por tudo isso a doutrina da ressurreição dos mortos é tão maravilhosa e
essencial à Fé Cristã. Ela é a prova final de que Cristo derrotou a morte para
sempre, e por isso podemos ter esperança.

Apêndice:

Resumo do apocalipse:
O Milênio e o simbolismo do Apocalipse

Para compreendermos essa passagem, precisamos ter em mente que o uso de


simbolismos no livro do Apocalipse é predominante. Nessa passagem do
capítulo 20 não é diferente. Um exemplo claro disso é a aplicação da palavra
“corrente” com a qual Satanás foi preso. Ora, creio que ninguém espera que
Satanás seja preso literalmente com correntes, certo?

Se a descrição da prisão não deve ser entendida literalmente com correntes,


chaves e poços, por que o número exato de mil anos precisa ser? Sabemos
que os números no Apocalipse possuem uma importância simbólica muito
grande, então por qual motivo precisamos entender justamente o número 1000
como literal?

Caso alguém ainda tenha alguma dúvida sobre o emprego de linguagem


simbólica no Apocalipse, basta responder algumas perguntas bem simples:
Alguém acredita que Jesus tenha a aparência literal de um Cordeiro com sete
chifres e sete olhos conforme descrito em Apocalipse 5:6?

Será que literalmente uma mulher grávida, vestida de sol, com a lua debaixo
dos pés e uma coroa de doze estrelas, foi perseguida por um dragão (Ap 12)?

Será que surgirá um monstro com dez chifres e sete cabeças saindo do mar
(Ap 13)?

Será que o sangue dos ímpios escorrerá por 296 km (Ap 14:20)?

O número 1000 é utilizado no Apocalipse como símbolo de completude, e não


deve ser entendido literalmente. Para saber mais sobre isso, leia o texto “Como
estudar o livro do Apocalipse? “.

Pré e pós milenismo


PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O JUIZO:

Quantos juízos finais ocorrerão?

Particularmente entendo que a Bíblia sempre se refere ao juízo final como um


único evento diretamente ligado a vinda de Cristo e a ressurreição geral dos
mortos, e essa ideia encontramos por toda a escritura (Dn 12:2; Mt 7:22; 11:22;
12:41,42; 25:31-46; Jo 5:28,29; At 17:31; 24:14,15; Rm 2:5; 2Ts 1:7-10; 2Tm
1:12; 4:1,8; 2Pe 3:7; Jd 14; Ap 20:11-14).

Qualquer tentativa de se estipular dois, três ou mais julgamentos não encontra


fundamentação bíblica. Geralmente tais argumentos são construídos valendo-
se de versículos isolados ou pré-conceitos.

Quando ocorrerá o juízo final?

Vale lembrar que num certo sentido as pessoas são julgadas já no presente,
isto é, de acordo com a resposta delas com relação a Cristo ainda em vida.
Isto foi o que Jesus ensinou a Nicodemos no Evangelho de João, ao
dizer que “quem crê nele não é condenado, mas quem não crê já está
condenado”. No original, o termo traduzido como “condenado” também significa
“julgado”. Logo, quem não crê no nome do unigênito Filho de Deus já está
julgado.

Isto implica na ideia de que o juízo de Deus já recai no presente sobre os


incrédulos, porém isto não anula a verdade de que a Bíblia aponta para
um julgamento futuro e final, que ocorrerá na consumação da História.

Sobre esse julgamento futuro, a Bíblia nos ensina que ele acontecerá no final
da presente era, “no último dia” (Jo 12:48), precedendo imediatamente o
estabelecimento do estado eterno.

Qual será a duração do juízo final?

Esta pergunta é impossível de ser respondida sob os padrões de medida de


tempo que conhecemos. A Bíblia se refere ao momento do juízo final como “o
dia do juízo” (Mt 11:22), “aquele dia” (Mt 7:22; 2Ts 1:10; 2Tm 1:12) e “o dia da
ira” (Rm 2:5).

Apesar de a Bíblia deixar claro que se trata de um único dia de juízo, nós não
sabemos como o tempo funcionará nesse momento. Em outras palavras, não
devemos entender o dia do julgamento final como um dia necessariamente de
24 horas, além do que, a Bíblia também usa a palavra “dia” para se referir a
períodos mais longos.

Onde ocorrerá o juízo final?

A Bíblia esclarece que o juízo final ocorrerá diante de um grande trono


branco (Ap 20:11). No entanto, não se sabe onde estará este trono branco.
Alguns estudiosos sugerem que estará na terra, enquanto outros defendem
que estará no céu (ou nos ares). Os que preferem a terra, argumentam que
seria mais lógico que o juízo final fosse aqui considerando a ressurreição dos
mortos.

Já os que argumentam em favor das alturas, consideram que no livro do


Apocalipse o trono de Deus sempre está no céu, não na terra, além de que
dificilmente haveria lugar na terra para comportar todas as pessoas que já
viveram deste que o mundo foi criado, de modo que se apresentem todas
juntas diante do trono do juízo final.

Outros fazem um “combinado” das duas possibilidades, ou seja, defendem que


os mortos ressuscitados estarão na terra e o trono branco estará nos ares,
pairando sobre eles.

Particularmente, prefiro a sugestão de que o juízo final ocorrerá nas alturas,


isto por considerar o momento de colapso e renovação em que o mundo a qual
conhecemos estará submetido. Seja como for, o importante é que o julgamento
final ocorrerá, embora a Bíblia não determine claramente o local em que se
dará.

Quem será o juiz no juízo final?

Em algumas passagens bíblicas, o juízo é atribuído ao Pai (1Pe 1:17; Rm


14:10; cf. Mt 18:35; 2Ts 1:5; Hb 11:6; Tg 4:12; 1Pe 2:23). Entretanto, de forma
geral o Novo Testamento aponta que Cristo será o Juiz.

No Evangelho de João, lemos que “o Pai ninguém julga, mas ao Filho confiou
todo o julgamento” (Jo 5:22). O apóstolo Paulo no livro de Atos dos Apóstolos,
disse aos atenienses que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o
mundo com justiça por meio de um varão que destinou e acreditou diante de
todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:31; cf. 2Co 5:10).

É importante entender que não há qualquer contradição acerca deste assunto.


Basta nos atentarmos para a verdade bíblica de que nas obras divinas da
criação, providência, redenção e finalmente no juízo, as três Pessoas da
Trindade cooperam.

Quem participará do julgamento final?

A Bíblia claramente afirma que os anjos estarão associados a Cristo no juízo


final (Mt 13:41,42; 24:31; 2Ts 1:7,8; Ap 14:17-20). O papel desempenhado por
eles será o de reunir os ímpios para o juízo diante do trono e os lançar no lago
de fogo.

Outras passagens bíblicas também afirmam que os santos, em seu estado


glorificado, também participarão ativamente do julgamento (Sl 149:5-9; 1Co
6:2,3). A Bíblia não é muito clara sobre como será essa participação, porém é
muito provável que seja no sentido de louvar e reconhecer a integridade dos
juízos de Cristo (Ap 15:3,4).

Referência
Bíblia de estudo apologética (comentário bíblico)
www.estiloadoracao.com/juizo-final
Reverendo Augusto Nicodemus
Reverendo Hernandes dias Lopes
Teólogo Luis Saião
Pr Lamartine
Rodrigo Silva
Pr Abrão

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