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Desde o surgimento da guerra entre a Rússia e a

Ucrânia, foram avolumando-se tensões na Europa Ocidental e


Oriental. Em função disso, corre-se o temor de uma Terceira
Guerra Mundial e sobre o que se fala muito nas mídias sociais
especialmente.

Todavia, quando leio e estudo sobre questões


escatológicas, a minha perspectiva deste evento temeroso é
diferente. Portanto, eu penso que não acontecerá a Terceira
Guerra Mundial no modo clássico.

No meio de incontáveis bombas existentes nos dias


atuais mil vezes mais potentes do que as de Nagasaki e
Hiroshima, — é dito que a de Nagasaki era mais poderosa que
a Hiroshima —, bastariam duas ou três explodirem e não
sobraria nenhum para contar a história tamanhas a
potencialidade destrutiva das mesmas.
Assim, biblicamente falando, esta teoria não fecha com o
modo como Deus procederá no período do Seu Julgamento
dos ímpios na Grande Tribulação de Sete Anos após o
Arrebatamento dos crentes e na Segunda Vinda de Jesus no
final desses sete anos onde será a derrocada final do
Anticristo e seus inúmeros exércitos marchando contra
Jerusalém!

Na esteira do que abordei no artigo anterior "Reedição


de Sodoma e Gomorra”, penso que esse artigo que, na
verdade, é um livreto do Norbert Lieth, longo, mas que
amplia a questão, comprovará o que tenho dito a partir dessa
formidável apresentação bem didática e compreensível da
relação entre os dias de Noé e Ló e a atualidade em que
vivemos presentemente.

Eu ouso dizer que mais simples do que exposto por Lieth


para entender essa relação dos tempos diluvianos e com o
presente e o futuro próximo, não sei o que explicar mais
simples!

Portanto, faça um “esforço sobrenatural” e leia com


paciência e tempo sobre um assunto que a grande maioria
das pessoas já sabem especialmente pelos filmes, o Dilúvio! E
repassem o máximo que puderem. Segue abaixo:
Antes do Último Dilúvio
● Norbert Lieth

Sabemos que não haverá mais um Dilúvio para submergir


toda a terra (Gn 8:21-22; Gn 9:11,15). Isso, porém, não significa
que não virá um juízo global no futuro.

Haverá, sim, um outro “dilúvio”, [não com água], mas um


terrível apocalipse de alcance mundial.

No Novo Testamento encontramos referências ao tempo de


Noé: Mt 24:37-39, Lc 3:36 e 17:26-27, Hb 11:7, 1 Pe 3:20, 2 Pe
2:15 e 3:5-7. Além dessas, existem menções extra-bíblicas desse
acontecimento:

● “O Dilúvio mundial dos tempos de Noé encontra paralelos em


mais de 40 culturas, que não dispunham da Bíblia” [1].
A “P.M. Perspective” (uma revista científica alemã) escreveu
recentemente acerca da possibilidade de um Dilúvio histórico:

● “De fato: em um processo judicial baseado em indícios,


possivelmente as provas seriam suficientes [para confirmar o
relato bíblico]” [2].

Chama a atenção:

1. O mundo do tempo de Noé não sucumbiu por causa da


poluição ambiental ou pelo aquecimento global, mas devido à
maldade da humanidade, que havia renunciado a Deus.

Os tempos finais também serão caracterizados pela


rejeição a Deus por parte da maioria das pessoas.

2. As declarações sobre o fim dos tempos conectam


diretamente o tempo de Noé (Dilúvio) com o tempo de Ló
(Sodoma e Gomorra) (Lc 17:26-29; 2 Pe 2:4-9; comp. Jd 6-7). Não
devemos perder de vista essa conexão.

3. Os dois eventos (Dilúvio e juízo de fogo) foram


transcritos para a posteridade explicitamente como exemplos de
alerta. Pedro enfatiza esse aspecto (2 Pe 2:6) e Judas também
o faz (Jd 6-7).

Isso significa que, nos tempos finais, teremos uma situação


semelhante à daquela época. Os últimos tempos serão
dominados por poderes espirituais como foram os tempos de
Noé e Ló:
● “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda
do Filho do Homem” (Mt 24:37).

4. Penso que tanto Noé como Ló não apontavam


acusadoramente para sua geração nem sentiam satisfação ou
desejo de vingança, mas comunicaram de forma convicta e
amorosa a mensagem de Deus às pessoas ao seu redor, falando
do juízo que se aproximava:

— Noé, seu nome significa “pregador da justiça” (2 Pe


2:5) e não “pregador da vingança”.

— Ló sentia-se “afligido pelo procedimento libertino


daqueles insubordinados”.

Ele atormentava a sua alma justa. Implorava que seus


contemporâneos se voltassem para Deus (2 Pe 2:7-8; Gn 19:14).
Tanto Noé como Ló não apontavam acusadoramente para
sua geração nem sentiam satisfação ou desejo de vingança,
mas comunicaram de forma convicta e amorosa a mensagem
de Deus às pessoas ao seu redor, falando do juízo que se
aproximava

A Igreja de Jesus não se compraz com a impiedade, mas


também não reage com dureza, com desamor ou ameaças, que
têm sua origem em uma religiosidade impiedosa e legalista.

[Eu concordo plenamente com o que Norbert disse, o que


não significa que não possamos ter reações de indignação contra
o mal. Jesus, por exemplo, chamou Herodes de "raposa" [“Ide
dizer a essa raposa…” ({Lc 13:31-35}], conceituação bem
pejorativa de alguém na época.

No Templo, Jesus pegou o “relho” e expulsou um mal que


se praticava no Templo com vendas ilegais de animais para
sacrifícios {“Tendo feito um chicote de cordas, expulsou todos …”
(Jo 2:15}. O próprio João Batista chamou os fariseus de “raça
de víboras” {Mt 12:34} / PN].

A Igreja sofre, se atormenta, derrama lágrimas. Ela


suporta dores e sente muito quando vê o mal acontecendo, e
então suplica e intercede pela salvação dos perdidos – como
fazia Ló (Gn 19.7-14).

5. O fato de o mundo de antes de Noé ser chamado de “o


mundo daquele tempo” (2 Pe 3:5-7) significa que hoje nos
encaminhamos para uma segunda terra e um segundo céu.
Hoje nossa terra tem características diferentes das que
tinha antes do Dilúvio. Existe a terra de antes do Dilúvio (a
primeira), a terra de depois do Dilúvio (a segunda, atual), e
futuramente haverá um novo céu e uma nova terra (os
terceiros).

Conforme 2 Co 12:2-4, o apóstolo Paulo foi arrebatado até


o terceiro céu, ao paraíso. Por isso, falamos sempre, de forma
automática, de três esferas celestiais:

(1) o céu das nuvens;


(2) o Universo, e
(3) o céu onde Deus habita.

Mas isso é obrigatoriamente assim? Talvez, ao referir-se ao


terceiro céu, ao paraíso, Paulo estava simplesmente falando do
terceiro céu na seqüência:

(1) pré-diluviano,
(2) pós-diluviano, e
(3) futuro (o novo céu que nos espera).

O juízo por meio da água no princípio da história da


humanidade é uma imagem do juízo futuro por meio do fogo
no final da história da humanidade (2 Pe 3:5-7).

O exemplo de Noé no começo dos tempos


O mal passa a ser encarado como perfeitamente bom
e normal:

● “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes


nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos
homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que,
entre todas, mais lhes agradaram.

Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre


no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e
vinte anos.

Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também


depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos
homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes,
varões de renome, na antigüidade” (Gn 6.1-4).

Aqui, os filhos de Deus, não são homens, mas anjos (veja


Jó 1:6; Sl 29:1; Sl 89:7). Os homens (v.1) tiveram filhas —
portanto, filhas humanas — e a elas vieram os “filhos de Deus”
(v. 2). A diferença entre “filhos de Deus” e “filhas dos homens” é
ressaltada claramente.

Se a expressão “filhos de Deus” se referisse a homens,


teria de estar escrito “filhos dos homens”, assim como o texto
fala das “filhas dos homens”.

Pessoas são chamadas de filhos dos homens (Sl 62:9). Por


exemplo, Ezequiel e Daniel são chamados de "filhos do
homem” (Ez 2:1; Dn 8:17).

O Senhor Jesus Cristo foi ambos: Filho de Deus, título que


acentua Sua divindade, e Filho do Homem, que atesta sua
vinda como homem através de Maria (Mt 8.20,29).

Judas também deixa evidente que a designação “filhos


de Deus” não diz respeito a pessoas, mas a anjos caídos:

● “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas


abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob
trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd
6; comp. 2 Pe 2.4-5; Jó 1.6; 1 Rs 22.19-23).

Em Gênesis 6:4 está escrito:

● “…naquele tempo havia gigantes (“nephilim”) na terra


… estes foram valentes, varões de renome, na antigüidade".

A palavra hebraica “nephilim”, traduzida por “gigantes”


tem um significado bastante interessante: quer dizer gigantes,
heróis, celebridades.
Isso indica pessoas que têm influência, e a palavra deriva
de uma raiz que significa “cair”. São os “caídos” que levam
outros a cair; dominadores, controlados por demônios, que
caem e levam outros consigo.

Observemos nosso mundo: grandes personalidades


enganadas, celebridades seduzidas, no meio financeiro, nos
negócios, na indústria do entretenimento e na política levam
nossa sociedade à queda.

E aos olhos de muitos desses “gigantes” os cristãos fiéis à


Bíblia parecem representar um perigo maior que organizações
criminosas.

A época de Noé era um tempo extraordinariamente


marcado por domínio demoníaco. E no tempo de Noé também
havia oposição veemente contra a ação do Espírito Santo.

Tudo era tolerado, tudo era permitido, as mentes eram


liberais e abertas para tudo, menos para o que vinha do Espírito
Santo, que era rejeitado.
Coisas que há poucas décadas ainda eram tabu ou
rejeitadas por serem perversas estão onipresentes na cena
cotidiana e completamente integradas na vida da sociedade.

Elas já se tornaram tão comuns que aqueles que se


manifestam contrários são condenados e considerados
anormais.

● “Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para


sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão
cento e vinte anos” (Gn 6:3).

A era anterior ao Dilúvio foi caracterizada por uma


marcante ação do Espírito Santo e menos por ordenanças da
Lei. Foi uma era de extraordinária graça, da qual as pessoas
abusaram impiedosamente.
Elas resistiam ao Espírito Santo de Jesus, que já pregava
àquele mundo através da pessoa e das palavras de Noé (1 Pe
3:18-20).

E agora, em Gn 6:3, Deus está dizendo que, depois de 120


anos, a graça iria ser suspensa, retirando-se e dando lugar ao
juízo. Um cenário semelhante se repetirá logo antes do “dilúvio
apocalíptico”.

O Espírito Santo, que hoje ainda atua através da graça,


conforme 2 Ts 2:6-7 será retirado juntamente com a Igreja de
Jesus antes do juízo, para que este se abata sobre a
humanidade.

Isso indica que esta era que antecede esse “dilúvio


apocalíptico” se encerrará da mesma forma que a era anterior
ao Dilúvio no passado.

Arnold Fruchtenbaum explica:

— “Os dias de Noé são um tempo comparável aos dias que


antecederão o Arrebatamento” [3].

A geração de Noé chegou a um ponto em que o mal e tudo


o que era injusto e pecaminoso dominava o dia-a-dia como
estilo de vida normal.

Os valores haviam sido invertidos. O mal foi elevado à


posição de bem, de útil, enquanto o bem, que o Espírito Santo
queria produzir, passou a ser declarado como mal e era
rejeitado:
● “Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo
ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn
6.12; comp. v.5).

Diariamente observamos que nosso tempo é dominado


por forças demoníacas (nos filmes, na religião, através da
Nova Era, do esoterismo, da Teoria da Evolução, pelo
surgimento de novos deuses…), e percebemos que o povo se
volta contra a Palavra de Deus e se opõe à ação do Espírito
Santo.

O mal passa a ser encarado como perfeitamente bom e


normal. Coisas que há poucas décadas ainda eram tabu ou
rejeitadas por serem perversas estão onipresentes na cena
cotidiana e completamente integradas na vida da sociedade.

Elas já se tornaram tão comuns que aqueles que se


manifestam contrários são condenados e considerados
anormais [“cancelados”].

Ao analisarmos o tempo de Noé, fica evidente que o


pecado se avoluma até a corrupção total (Gn 6:5,12) e que
existe um amadurecimento para juízo, quando a medida da
iniqüidade estará cheia (Gn 15:16; 13:13; 18:20; Jd 7).

Esse é o caso quando a lei de Deus não apenas é quebrada (no


sentido de não ser obedecida), mas rompida completamente
(rejeitada radicalmente e declarada nula).
Pregações bíblicas e citações bíblicas são rejeitadas como
absurdas, ridicularizadas e sujeitas a zombaria.

As leis estão sendo distorcidas a ponto de se tornar cada


vez mais fácil acusar o cristianismo decidido. Os exemplos a
seguir são sintomáticos dessa tendência:

— Na Igreja Luterana dos EUA decidiu-se no ano passado


que o ministério pastoral poderá ser exercido por pessoas
que vivem em relações homossexuais.

Essa regulamentação deverá entrar em vigor em 2010 [já


entrou]. Uma pastora declarou a respeito: “Creio que fomos
além do que Deus permite”.

A ironia foi que uma tempestade derrubou a cruz da torre da


igreja luterana central onde estava sendo tomada essa
decisão [4].
— Na Holanda existe uma banda chamada “Devil’s
Blood” (“Sangue do Diabo”). Em seus shows, os
integrantes derramam 20 litros de sangue de porco no
palco. Um deles declarou:

● “O sangue de animais é, para nós, a possibilidade de


levar a morte até o palco e para nos tornarmos menos
humanos. Um caminho para fazer desaparecer nossa
própria identidade e nossa personalidade, para sermos
espíritos…” [5].

— Um grupo esotérico alemão chamado “Obreiros da


Luz” é extremamente ocultista e busca o contato com o
além para liberar energias ocultas.

Os “obreiros” esperam “uma luz nova e consciente que


adentrará esta existência pela primeira vez”. Essa luz traria
paz e cura para o mundo e conduziria a humanidade “à
mudança global, impulsionando-a no caminho de volta
para a Unidade”.

Um dissidente que abandonou essa seita, advertiu


seriamente em seu site na internet a respeito do grupo: os
auto-intitulados “obreiros da luz” são médiuns de
“pretensos anjos, entes de luz ou irmãos de luz
extraterrenos".

Eles representam a porta de entrada ideal para forças


ocultas [6].

Enquanto isso, pregações bíblicas e citações bíblicas são


rejeitadas como absurdas, ridicularizadas e sujeitas a zombaria.
As leis estão sendo distorcidas a ponto de se tornar cada vez
mais fácil acusar o cristianismo decidido.

Hoje chegamos ao ponto de quase precisarmos nos


envergonhar ao apenas mencionarmos que Deus vai julgar os
impuros e adúlteros (Hb 13.4).

Quando proclamamos essas verdades atualmente,


tornamo-nos ridículos aos olhos do mundo. Isso não cabe mais
na nossa sociedade, pois é “antiquado”. Mas é justamente nisso
que reconhecemos o quanto nosso tempo é igual ao tempo de
Noé!

O exemplo de Noé no meio dos tempos

Aproximadamente 2.500 anos depois do Dilúvio veio o


Salvador, a arca da salvação eterna. Aquele em cujo Espírito
Noé agira (1 Pe 3:18-20) veio em carne e sangue.

Mesmo estando o amor de Deus presente no mundo


através da Pessoa de Jesus — a graça, o perdão, a misericórdia
e justiça plenas —, o próprio Jesus já teve de anunciar o juízo do
fim dos tempos.

Ele usou o tempo de Noé e de Ló como exemplos do tempo


antes de Sua volta:

● “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do
Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em
casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o
dilúvio e destruiu a todos.
O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam,
compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia
em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e
destruiu a todos.

Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar”


(Lc 17:26-30).

Algumas coisas chamam nossa atenção nessas palavras de


Jesus:

1. A conexão estreita entre a história de Noé e a história de


Ló. Portanto, os tempos finais são muito semelhantes tanto ao
tempo de Noé como ao tempo de Ló.

2. A despreocupação das pessoas daquela época com as


coisas espirituais:

● “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã; soberba,


fartura de pão e próspera tranqüilidade…” (Ez 16\;49).

A vida social girava unicamente em torno das coisas da


vida terrena. O centro era o bem-estar e o conforto de cada um.
Em palavras de hoje, diríamos que as preocupações são o clima,
a alimentação, vitaminas, saúde, dicas para viver bem,
conselhos sobre finanças, etc.

A preocupação daquela época eram as coisas seculares,


não as celestiais; as temporais, não as eternas; as mundanas,
não as espirituais.
A saúde tem se tornado uma poderosa religião contemporânea para muitos.

A saúde, por exemplo, tem se tornado uma poderosa


religião contemporânea:

— “O anseio por saúde [obsessivo], tem adquirido cada vez


mais os traços de uma religião, [de um fanatismo
religioso]. Essa é a opinião do médico e teólogo Manfred
Lütz (de Colônia, na Alemanha).

(…) Muitos ‘correm pelas florestas e comem grãos para


acabar morrendo saudáveis' ", afirmou Lütz durante uma
palestra. Onde havia catedrais, erguem-se agora
academias de ginástica.

A religião da saúde seria a mais poderosa de todos os


tempos e apresentaria marcas de totalitarismo.

Lütz disse:

‘Enquanto se pode fazer qualquer brincadeira acerca de Jesus,


não se pode fazê-lo quando o assunto é saúde’.
Além disso, ela seria mais cara do que todas as outras
religiões. (…)

A mania da vida saudável já teria alcançado grande parte das


igrejas, disse o autor de diversos best-sellers (…)

‘Enquanto no passado se jejuava para se privar do alimento,


hoje se jejua para se chegar bem tarde, e bem saudável, ao
céu’.

A saúde seria um grande bem para os cristãos, mas ‘não o


bem supremo’, segundo Lütz.

Ao invés de viver prevenindo doenças, os cristãos deveriam


gozar cada novo dia como um presente divino” [7].

Como são modernas as palavras de Jesus! Abri o jornal e


selecionei alguns títulos da programação da TV. Essa lista
demonstra o quanto são atuais as palavras de Jesus acerca dos
tempos finais.

Hoje estamos vivendo exatamente dentro daquilo que foi


dito acerca dos tempos de Noé e de Ló. E ainda existe quem
tenha a coragem de dizer que a Bíblia está ultrapassada! Fiquei
impressionado com a quantidade de programas sobre preparo
de receitas, alimentação saudável e saúde.

A passagem bíblica que diz que as pessoas da época de


Noé e Ló “compravam, vendiam, plantavam e edificavam” tem
seu pleno cumprimento nos nossos dias — o que comprovei
lendo os títulos dos programas oferecidos na área de finanças e
comércio.
Outra característica dos tempos passados que se repete
hoje é a de que “casavam e davam-se em casamento”. Programas
de namoro, casamentos, descasamentos, novos relacionamentos
— a vida privada ocupa o centro das atenções.

Mas isso não é tudo. A declaração de Jesus “casavam e


davam-se em casamento, até ao dia em que…”, dá o que pensar!
Buscar um parceiro pela internet ou através de agências de
casamento virou moda.

— “Por razões que não cabem aqui, parece que hoje ninguém
mais conhece alguém na rotina da vida diária. Por isso,
florescem as agências de namoro, de preferência protegidas
pela anonimidade da internet” [8].

A maior parte do que acabamos de listar não é pecado.


Mas quando Deus é excluído e quando a salvação em Jesus é
rejeitada, quando o homem é movido apenas pelo que é
temporal, então tudo isso passa a ser um sinal dos tempos finais.

“Deixe-nos em paz” foi a reação do povo daquela época,


e é o que se ouve também hoje:

— “Deixem-me em paz com esse assunto de


apocalipse”,

— “Vocês são muito catastrofistas!”, “Vocês só querem


atrapalhar a minha vida”,

— “Vocês são fanáticos religiosos”


— “Vocês são tão negativos, os desmancha-prazeres da
sociedade”.

● Mas por que a taxa de suicídios e as tragédias aumentam


tanto?

● Por que as clínicas psiquiátricas estão lotadas?

● Por que nunca houve tanta necessidade de remédios


controlados como nos últimos anos?

● Por que a insatisfação, o medo e a insegurança pairam sobre


nossa sociedade como uma névoa escura, uma vez que tudo
seria tão bom sem Jesus?

3. Nas épocas de Noé e Ló vemos que não era a multidão


que estava com a razão. A maioria de então estava errada, e a
minoria (Noé e Ló) é que estava certa.

No final, Deus terá razão, Sua Palavra será decisiva — não


a opinião da maioria, que diz:

— “Mas todo mundo faz isso! Isso deve ser correto, já que
todos o fazem! É o que a mídia diz…”.

Você sabe qual foi a última afirmação do Senhor Jesus antes de


começar a falar do tempo de Noé?

● “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não


passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe,
nem os anjos dos céus; nem o Filho, senão o Pai.
Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do
Filho do Homem” (Mt 24:35-37).

A Palavra de Deus é garantida e irrevogável. Mesmo que


ninguém saiba o dia ou a hora, temos um ponto de referência na
semelhança entre a nossa época e o tempo de Noé.

O exemplo de Noé para os tempos finais

Encontramo-nos diante do último dilúvio de juízos


apocalípticos. O fogo do juízo divino virá.

Ajudamos a construir a “arca” da Igreja? Alertamos para o


que está por vir? Nosso tempo está diante de um novo dilúvio,
não de água mas o dilúvio do Apocalipse, dos juízos dos
selos, das trombetas e dos flagelos [Grande Tribulação de Sete
Anos: Anticristo reinando]
Então os céus e a terra serão novamente abalados (comp.
Ap 16:20-21). E após esses juízos catastróficos, haverá um novo
céu e uma nova terra, nos quais habita justiça (2 Pe 3:13; Ap 21).

O tempo de Noé e Ló mostra-nos que o Arrebatamento está


próximo. Noé é chamado por Pedro de “pregador da justiça”,
enquanto Ló é chamado apenas de “justo” (2 Pe 5:7). Essa
diferença tem algum significado à luz da profecia?

Noé, o pregador da justiça, teve de passar pelo juízo, mas


foi protegido em meio a ele. Essa é uma ilustração de Israel. Foi
Israel quem proclamou a justiça em Jesus a nós (Rm 9:4-5).

Ló é chamado de “o justo”. Ele foi poupado do juízo, salvo


antes da destruição. Representa figuradamente a Igreja.
Tornamo-nos justos pela proclamação da justiça por Israel
(simbolizado por Noé).

Como Ló, porém, a Igreja vive no meio de um mundo cheio


de injustiça, mas ela crê e será salva antes do juízo [Grande
Tribulação] (2 Pe 2:7-9). Assim como Deus salvou o justo Ló,
também pode livrar da provação todos os que O temem.

Ló foi salvo sendo tirado do lugar da tentação e da


provação ao ser literalmente arrancado de Sodoma (Gn
19:16-17,22).

Da mesma forma, a Igreja será salva do lugar da tentação,


salva deste mundo, ao ser arrebatada antes do dilúvio
apocalíptico.
Pois, se apenas os injustos serão preservados para o dia do
juízo, então obrigatoriamente os justos serão livrados de passar
por esse dia (1 Ts 5:1-10).

Encontramo-nos diante do último dilúvio de juízos apocalípticos. O


fogo do juízo divino virá!

— Somos como Noé, pregadores da justiça?

— Somos tementes a Deus como ele?

— Somos obedientes como ele era?

— Fazemos tudo o que podemos para transmitir à


nossa geração a justiça que tem valor diante de Deus?

— Ajudamos a construir a “arca” da Igreja?

— Alertamos para o que está por vir?

Notas:

1. Das 1. Buch Mose (O Livro de Gênesis), Arnold Fruchtenbaum, CMD, p. 209


2. P.M.Perspektive, 4/2009, p. 25.
3. O Livro de Gênesis, p. 141.
4. Idea-Spektrum, 36/2009.
5. Topic, 10/2009.
6. Topic, 9/2009.
7. Topic, 9/2009, p.6.

Fonte:

● www.chamada.com. Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, julho de


2010.

Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos
mundiais e muito mais.
● https://discernimentocristao.wordpress.com/2012/07/13/antes-do-ultimo-diluvio/

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