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Duas coisas que nunca fiz e não faço: Superestimar Satanás

ou subestimá-lo! Certa feita, certos cristãos, num caso no


passado, no afã de impedir o ataque do diabo à sua cidade,
decidiram contratar um helicóptero com barril de óleo para “ungir”
os quatro cantos dela, esparramando do alto o referido óleo! Pura
desinformação bíblica. É Jesus quem guarda e defende os Seus
onde quer que morem e vivam.

De outra feita, subestimá-lo é dizer que o inferno não existe


o qual é seu “bunker”, a partir do qual organiza com seus
demônios, seus esquemas de destruição da humanidade que, sob
a minha ótica, é uma tentativa de provar para Deus que Ele falhou
em sua Criação. Não é possível negar sua existência. Ele é real e
está em ação, agora..

No Brasil, ele tem uma sucursal em Brasília, a Sociedade Tirânica


Farsante. Num artigo que você vai ler abaixo sobre o “Trono De
Satanás”,vai entender o porquê eu dizer isto!
Mas antes de chegarmos lá, vou colocar aqui uma citação de
um escritor, Daniel Marcondes, site Cultura de Fato, a respeito de
Satanás:

⇨ A grande insurreição [rebelião] de Lúcifer não é


propriamente contra Deus “per se” [em si mesmo] — ele sabe
que isto não é exatamente possível —, mas contra a ordem e
a hierarquia determinadas por Ele.

O que Lúcifer não pode aceitar é o fato de não ser ele


próprio o topo dessa hierarquia. Não podendo alterá-la no
menor detalhe sequer, decide não por conformar-se a ela,
não por adequar-se à realidade, mas por comprometer-se
definitivamente com sua frustração raivosa:

“Better to reign in Hell than serve in Heaven” [“É melhor reinar


no Inferno do que servir no Céu”].

Ele sabe que essa hierarquia não pode ser de fato abalada,
mas que é possível fazer parecer que o foi. Não por acaso,
sua tentação primordial envolve justamente a falsa promessa
de concretização do mesmo desejo irrealizável que tanto lhe
perturba:

“E sereis como deuses”, diz a Eva. O pecado original é, em


última análise, o pecado do desejo de subversão da ordem
do real” (1).

Vamos, então, a um formidável artigo elucidativo sobre essa


questão de como e de quê forma Satanás tem agido no mundo e,
de forma patente, no Brasil na atualidade também.

Quem ler, leu. quem não ler, não leu! Quem ler, terá base
sólida para contextualizar os dias de hoje. Quem não ler, sempre
vai crer em narrativas, obras satânicas, utilizadas pelos comunistas!
A BESTA RECEBE O TRONO DE SATANÁS

⏩ O que a Bíblia fala sobre o Trono de Satanás?


. 08/03/2024

Unsplash/Aaron Burden

O objetivo não é descobrir o que os comentaristas ou os


curiosos dizem acerca disso, mas expor apenas o que está escrito
na Bíblia acerca do trono de Satanás.

⏩ Por que Jesus enviou cartas para as 7 Igrejas da


Ásia?

Durante todo o livro do Apocalipse podemos constatar


várias ordens para que ele seja escrito. Nesse verso, Jesus disse
para João escrever a visão e enviar cartas para cada uma das
sete igrejas que estão na Ásia:
● “Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas:
Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e
Laodiceia” (Ap 1:11).

Sabemos que naquele tempo havia muitas igrejas


importantes em outras regiões como em Tessalônica,
Corinto, Filipos, Roma, até mesmo em Jerusalém.

Certamente todas as igrejas receberam, de alguma forma, a


mensagem atemporal [parte de qualquer época ou tempo],
pois se trata do que “o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:7; 2:11;
2:17; 2:29; 3:6; 3:13; 3:22).

Então, por que Ele envia essas cartas diretamente para as


Igrejas da Ásia? Essas igrejas estavam em um território
estratégico, que ficava entre Jerusalém e Roma.

Elas tinham grande influência na Ásia menor, uma região


que compreende a parte noroeste do Oriente Médio, mais
especificamente onde hoje está a Turquia.

Isso nos ajudará a compreender o motivo de Cristo enviar


essas cartas escatológicas para as igrejas daquela região. O
objetivo era tanto animá-las para suportar as perseguições,
quanto corrigir detalhes importantes.

Cada igreja apresenta características distintas e


específicas, justificando a necessidade de trabalhar os
problemas e as qualidades individualmente.

⏩ O trono de Satanás
Na carta à igreja de Pérgamo, Jesus Cristo faz uma
referência surpreendente:

● “Conheço o lugar onde você mora, que é o lugar onde está o


trono de Satanás. Sei que você conserva o meu nome e não
negou a fé que tem em mim, mesmo nos dias de Antipas,
minha testemunha, meu fiel, que foi morto na cidade de
vocês, aí onde Satanás habita” (Ap 2:13).

Embora esteja invisível na maior parte do tempo, a Palavra


de Deus demonstra que o mundo espiritual é ativo e real. Isso
significa que tudo o que ocorre no mundo espiritual influencia
diretamente na sociedade, em seus indivíduos e grupos sociais.

É verdade que Pérgamo era conhecida por ser um centro


de paganismo, com templos dedicados a deuses como Zeus e
Dionísio, mas Jesus não cita nada disso em sua carta.

A cidade de Éfeso, por exemplo, também abrigava o


templo à deusa Diana — conhecida como Ártemis — e
idolatravam uma imagem que supostamente teria caído do céu
(At 19:24-35), mas, nem por isso, foi dito que Satanás habitava
ali, ou que seu trono estava naquela cidade.

O culto a esses deuses envolvia práticas imorais e idolatria,


consideradas abomináveis por Deus. Essas práticas estavam
invadindo a Igreja, o que os levaria à apostasia, através da
“doutrina de Balaão” e dos nicolaítas (Ap 2:14,15).

No entanto, o Senhor estava dando tempo para se


arrepender (Ap 2:16). Ao que parece, Pérgamo tornou-se um
local de forte perseguição aos cristãos e Antipas, um fiel
seguidor de Jesus, foi martirizado na cidade (Ap 2:13).

Até hoje o Oriente Médio é uma região onde o cristianismo


sofre forte oposição.

É muito importante observar que Jesus se apresentou como


aquele tem “a espada afiada de dois gumes” (Ap 2:12) que saía
da sua boca (Ap 1:16), pois havia em Pérgamo pessoas fiéis,
mas também os idólatras e imorais, aos quais, Jesus
promete vir — uma referência à sua vinda [Segunda Vinda]
— e lutar contra eles com a espada de sua boca.

Isso mostra a conexão dessa mensagem e o tempo do fim,


evidenciando a relação desses infiéis com os seguidores da
besta, que serão mortos com essa espada (Ap 19:15,21).

⏩ A realidade de um trono
É nítido que todo reino precisa de um rei, do mesmo modo,
todo rei precisa ter um trono.

Por isso a Bíblia revela que Deus é Rei (Sl 47:7), e que
seu trono está nos céus (Sl 11:4; 103:19; Hb 8:1), que Ele usa
para governar todos em seu reino (Hb 12:2; Ap 4:1-5; Ap
22:1-3).

Sabemos que o inimigo tenta ser semelhante a Deus em


tudo (Is 14:12-13). Jesus disse que Satanás tem um reino (Mt
12:26), e o apóstolo Paulo explica que esse reino possui uma
hierarquia bem organizada, composta de principados e
potestades (Cl 2:15) que atuam nas regiões celestes (Ef 6:12),
dominada por líderes que são príncipes poderosos, que se opõem
à obra de Deus (cf. Dn 10:13,21; 12:1).

Deus é onisciente, onipotente e onipresente, mas o diabo e


seus anjos (Mt 25:41; Ap 12:9) não são assim, pois embora
possuam grande poder e habilidade, estão limitados tanto no
conhecimento das coisas, quanto em relação ao tempo e ao
espaço.

Isso significa que Satanás não sabe todas as coisas em


tempo real, e precisa ir pessoalmente conferir algo (Jd 1:9) ou
receber informações por meio de seus súditos, além de não poder
estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

Logo, ele precisa “rodear a terra” (Jó 1:7; 2:2), se


deslocando de um ponto a outro.

Dessa forma, o diabo tem necessariamente de


possuir um trono (Ap 2:13), que funciona como uma sede
administrativa do império das trevas (Cl 1:13), onde
reúne, orienta e envia seus anjos ou demônios (Lc
11:18) para realizarem tarefas em algum local específico
(Mc 5:10) ou administrarem regiões inteiras, como nos
exemplos do “príncipe do reino da Pérsia” (Dn 10:13) e “o
príncipe da Grécia” (Dn 10:20).

⏩ O reino da Besta
Até a vinda de Cristo, Satanás é “o príncipe da potestade
do ar” e o “espírito que agora atua” (Ef 2:2) na vida dos
desobedientes, e assim o mundo jaz no Maligno (1 João
5:19).
O diabo exerce seu poder sobre os reinos
do mundo e, assim como Deus, Satanás exige adoração
para autorizar alguém a exercer autoridade em seu nome e a
proposta do diabo que Jesus rejeitou (Mt 4:8,9; Lc 4:5-6),
o Anticristo aceitará.

Agora imagine todo esse poder político e espiritual


disponível nas mãos do Anticristo, o qual é chamado “iníquo” ou
“o homem do pecado” (2Ts 2:3,8,9).

Como representante oficial de Satanás, o Anticristo


terá todo o domínio na política, religião e em todas as
camadas da sociedade, inclusive na mídia.

Dessa forma, a Besta regulamentará todas as


informações publicadas em toda a mídia, aplicando severa
censura, a fim de jogar a verdade por terra (Dn 8:12).

Como o Anticristo, se considerará um deus, anulará todas


as formas de culto que ele não seja o alvo (Dn
11:36-39; 2Ts 2:4), representado na imagem da Besta, ao
tornar o satanismo a única religião de seu reino (Ap 13:14-18).

⏩ O epicentro do reino da Besta


Um dos temas cruciais do Apocalipse é sobre o reino do
Anticristo, que poderá exercer domínio sobre o mundo inteiro
(Ap 13:7-8), porém, certamente o Oriente Médio será o
epicentro de seu governo.

Há várias profecias no Antigo Testamento que comprovam


que o Anticristo governará a partir dessa região. No livro
de Daniel, o Anticristo é chamado de “rei do norte”, uma
referência à região que fica ao norte de Israel (Dn
11:28,40-45).

A Besta é descrita com as características que apontam para


o território comum entre os antigos reinos da Babilônia,
Medo-Pérsia, Grécia e Roma (Dn 2; Dn 7; Dn 8; Ap
13:2).

⏩ Esse trono é dado à Besta


Para sermos justos e coerentes na interpretação do
Apocalipse, em primeiro lugar, precisamos priorizar o contexto
dentro do livro.

E no próprio Apocalipse é dito a uma dessas igrejas — a de


Pérgamo — que ela estava localizada justamente na região
onde o Satanás habita, por ser ali que se encontra o seu trono
(Ap 2:12,13).

Mais adiante é dito que o “dragão” — que é Satanás (Ap


20:2) — deu o seu trono para a Besta (Ap 13:2).

É evidente que não podemos ignorar que o trono de Satanás


que será entregue à Besta será o mesmo mencionado
anteriormente, situado naquela região do Oriente Médio.

João viu que “o dragão deu à besta o seu poder, o seu trono
e grande autoridade” (Ap 13:2), indicando assim que todo
tipo de poder e autoridade exercida por Satanás
neste mundo será literalmente operado através do
filho da perdição (2 Ts 2:3), pois “o aparecimento do iníquo
é segundo a ação de Satanás” (2 Ts 2:9).
É interessante notar que Jesus enviou cartas para
as 7 igrejas estrategicamente próximas do trono
de Satanás, ter noção disso pode ajudar um pouco a explicar o
motivo delas terem recebido atenção especial nas cartas do
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

— Felipe Morais

Servo temente ao Senhor, e atua como pastor na Igreja Batista do


Reino. Pós-graduado em Teologia, é um biblicista apaixonado pelas
Escrituras. Comentarista, escritor e cronologista bíblico, atua como
professor no YouTube pelos canais Curso Bíblico Online e Devocional
Bíblico Online.

Leia o artigo anterior: Patmos: A ilha do exílio e da revelação

● https://www.guiame.com.br/colunistas/felipe-morais/besta-recebe-o-trono-de-
satanas.html

(O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e


não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame).

(1) Daniel Marcondes (culturadefato.com.br)

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