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Prof.ª Ms.

Alexandra da Costa Souza Martins


Curso: Pedagogia
Disciplina: História da Educação
Data: 09/09/2020
Alunas: Edlayne da Silva neto – 202016020
Elis Regina Fernandes dos Santos – 202014160
Alhandra Gonçalves Rodrigues – 202013965
Vitória Tárcyla O. A. Vieira - 202015747

Estudo Dirigido:
LEJEUNE, Philippe. Diários de garotas francesas no século XIX: constituição e
transgressões de um gênero literário. In: Cadernos Pagu, (8/9), 1997: pp.99-1l4.
Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/ index.php/cadpagu/article/view/1879/2000>.
Acesso em 28 Jul. 2018. (com adaptações)
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QUESTÃO 1 – “Um diário só era usado como método pedagógico quando a garota era
educada em casa. Em internatos, já que não podiam ser monitorados, os diários eram
geralmente proibidos. Mesmo quando escritos secretamente, os diários eram quase
tão auto censurados quanto recomendados.”

POR OUTRO LADO... O uso desse instrumento era recomendado para os períodos de
férias. Tendo em vista o contexto apresentado, qual seria o objetivo de permitir
temporariamente o uso de um objeto proibido nos internatos?
R: O objetivo era a fiscalização das garotas, algo a ser usado para disciplina-las,
como um método educativo, para meninas que eram educadas em casa; por meio
do diário era possível supervisionar e corrigir os erros ortográficos, assim como
também as garotas examinavam a própria consciência por meio do que era escrito
por elas mesmas.

QUESTÃO 2 – O texto relata que “a educação de uma jovem era um processo de duas
fases”. Quais seriam essas fases? Comentes sobre elas.
R: Em meio as duas fases haviam o evento central e obrigatório, no qual as garotas
eram preparadas para a primeira comunhão; muito aguardada e celebrada.
Atualmente, em famílias mais conservadoras e religiosas, a primeira comunhão
ainda é um evento importantíssimo.
E a segunda fase, que surgia em torno do casamento, um evento posterior e
potencial, de muitas escolhas e riscos. As meninas tinham seus casamentos
arranjados, o que as deixavam receosas; no entanto, em meio a histórias assim,
ainda nasciam romances verdadeiros.

QUESTÃO 3 – Por que a maior parte das jovens hesitavam em relação ao casamento?
Porque ao completarem 18 anos, alcançavam a idade de se casar, e isso
“apresentava o desconhecido, tanto pela total ignorância sexual nas quais as
meninas eram mantidas, quanto pelo sistema de casamento arranjado que lhes
deixava pouca escolha quanto a decisão do parceiro.” Se até os 25 anos, não
houvesse nenhum casamento, a jovem ganhava o título de solteirona, uma
catherinette.

QUESTÃO 4 – Leia: “O diário não é apenas o espaço onde essa rejeição foi expressa,
mas tomou-se o símbolo de uma quarta solução. Isto é sem dúvida o que as
professoras e os educadores católicos temiam: a inversão da função da escrita,
quando um método de adaptação torna-se um instrumento de emancipação, senão de
contestação.”

Comente esse trecho, destacando o que seria a “quarta solução”:

Escrever no diário, tornou-se um símbolo de contestação e revolta; seria uma forma


que as garotas encontravam para expressar suas insatisfações em relação as três
soluções (casar-se, fazer votos religiosos, ou permanecer solteiras), seus
questionamentos quanto as coisas que lhe eram impostas. Por isso, os educadores
e professores temiam, pois tinham medo que se tornassem revolucionarias e
subversivas.

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