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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Ciências Sociais


Faculdade de Ciências Econômicas

GUILHERME DE ALBUQUERQUE SILVEIRA

JAIRO FERREIRA E SILVA NETO

MARIANA SOUZA MONTEIRO

MICHELLE GRAFINO DE ARAUJO

THIAGO TELES CUZATE BORGES

PRIMEIRA PROVA DE ECONOMIA POLÍTICA

UERJ/FCE

2021

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1) A teoria da mais-valia de Marx é a base tanto para sua teoria da
acumulação do capital, quanto para sua a tese da nêmese do
capitalismo: a tese da “tendência à queda na taxa de lucro por efeito
da elevação da composição orgânica do capital”.
a) Descreva a teoria da mais valia e mostre a mesma conecta esses
dois processos, acima referidos, na análise proposta por Marx.
b) É possível criticar a formulação proposta por Marx? Como?
c) Mostre como a análise do funcionamento do capitalismo presente
no “Capital” é uma aplicação do materialismo histórico ao modo de
produção capitalista.

Na teoria marxista, existem duas maneiras de extrair a mais valia. Uma


forma é a mais valia absoluta, onde o proletariado exerce o trabalho em
determinado tempo que, se calculado em valor monetário, resultaria em uma
desproporção entre trabalho e salário. Isto é, devido ao aumento da jornada de
trabalho, os lucros aumentam. A mais valia relativa é sobre a adesão do
avanço tecnológico, ao aumentar o número de máquinas na fábrica, aumentam
a produção e os lucros, porém os salários permanecem os mesmos. Portanto,
a mais valia é a origem do lucro e essencial para a acumulação de capital.
Na suposição de Marx, a mais valia do capital (c) gerado no processo de
produção é expresso como excedente em que o valor do produto sobre a soma
do valor de seus fatores de produção. O capital é formado por capital constante
(c), que são os meios de produção, e o valor da força de trabalho, chamado de
capital variável (v), ou seja, C = c + v. Por fim, o valor de mercadoria valor = c +
v + m, onde m corresponde a mais valia. A taxa de mais valia é determinada

por , a composição (orgânica) do capital é definida por , e a taxa de lucro

(r) r = m/c + v. Por exemplo, jornada de trabalho 8h, capital constante de


$1000 por dia, capital variável de $100 por dia, e trabalho excedente de $100
por dia. Logo, a taxa de mais valia é de 100%. Assim, m = 100,
consequentemente, v = 1200, m/c + v = 200/1000 = 20%. Porém,
para determinar m é preciso da taxa de mais valia, ou valor de mercadoria, mas
m é um elemento de ambos, portanto, é um raciocínio circular. Então, o
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estabelecimento de teorias exclusivas de preço, lucro, distribuição de renda e
acumulação de capital com base na teoria do valor-trabalho não pode ser
sustentado.
A hipótese de Marx também se refere à queda da taxa de lucro. Ao
dividir r por v teremos r = (m/v) / (c/v) + 1. Para ele m/v e c/v crescem por efeito
do avanço técnico e de maior acumulação e que máquina mais eficaz tem
maior custo, então para o aumento de mais valia se faz à custo do aumento de
composição orgânica do capital. Logo, a suposição de Marx é que se
aumentam ambos, a taxa de lucro diminui. Entretanto, Tugan Baranovsky
explica que a tese de Marx dispensa a ação do aumento da eficiência do
trabalho sobre o valor das mercadorias de trabalho. Onde, máquinas mais
caras, têm um maior investimento, porém mais eficientes, consequentemente
gera maior produtividade, menos custos por unidade criada, ou seja,
rendimentos crescentes, produção e escala.
Encontra-se a aplicação do materialismo histórico, onde Karl Marx
mostra sua visão referente ao que vem a ser o capital, no texto, a medida em
que o processo de produção se deriva de matérias primas, máquinas,
ferramentas e outros, se configura a objetivação do trabalho e do produto final,
o capital é, em parte, trabalho acumulado. Contudo, este acumulo de trabalho,
as matérias primas, maquinário e outros, são escopo de uma mudança, onde o
agente é o operário em exercício, usando de sua força de trabalho e tempo,
agregando valor ao processo de produção. Correlacionando o trabalho
acumulado ao trabalho vivo, vemos que, ambos são uma relação social que,
não somente por coabitar os operários do trabalho vivo e o trabalho acumulado
(através das técnicas de repartição nas linhas de montagem), mas também por
instituir relações entre os trabalhadores.
Desta maneira, o trabalho acumulado e o trabalho vivo, a força de
trabalho do operário manufatureiro, apoderado pelo sistema capitalista em
forma de trabalho não pago (mais-valia) são o capital. Trabalho e capital, são o
núcleo da coesão dialética que é a relação social capitalista, formada pelos
detentores do meio de produção e aqueles que recebem salário por sua força
de trabalho.

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Em resumo, o marxismo emprega o método materialista histórico para
realizar uma análise crítica da origem e da expansão da burguesia, vale
ressaltar que, o capitalismo industrial, uma vez que, sendo analisado na ótica
do seu funcionamento, por meios de técnicas de produção, vistas como
destrutivas e revolucionárias, em relação à modificação de uma sociedade
feudal, no entanto, fomentadoras do anarquismo da produção, das crises e da
alienação do proletariado. Marx e Engels aprofundaram-se sobre as premissas
para a superação deste modo de produção capitalista e esboçam
características de uma nova sociedade que o excederia.

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2) A “economia política” de Max Weber tem no conceito de
“racionalização” o seu eixo conceitual fundamental. Mostre como
Weber o utiliza para analisar tanto a esfera econômica, quanto a esfera
política, no capitalismo moderno. Conclua mostrando como o autor
chega à sua proposição sobre a “Jaula de ferro da modernidade”, e
explique seu significado.

Na segunda metade do século XIX, período que também ocorria a


segunda fase da Revolução Industrial, existia uma tendência a certa alienação
da força de trabalho, bem como um processo forte de racionalização,
entretanto, na visão de Weber, essa tal alienação tinha um caráter negativo no
ponto de vista social.
Em seu ensaio “Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, Weber
mostra que este processo de racionalização já existia em civilizações da Índia,
China e Babilônia, porém, sem este caráter da fundamentação matemática e o
método experimental. Nessa nova onda de racionalização, toda ação individual
ocidental moderna tendeu a ser baseada em cálculos e não mais em crenças,
as pessoas começaram a ter uma visão de mundo focando o custo X benefício,
depositando todos os seus créditos na ideia científica, o que acarretou na
transformação do homem em uma espécie de máquina.
A ampliação da racionalização é encontrada através da calculabilidade
precisa dos seus fatores técnicos, expressa na emergência de três realidades:
a separação do Domus (economia doméstica) X Empresa; trabalho livre, que
sujeitava os indivíduos a venda de sua força de trabalho; e a contabilidade
racional, sendo essa a perfeita adequação dos meios aos fins, visando sempre
a maximização de seus resultados.
Os sujeitos, cada vez que se racionalizam mais, projetam suas ações
futuras configurando seu presente, com base em uma ação de ganho,
deixando de lado suas crenças, sociabilidades que não estejam baseadas em
uma ética, em uma perspectiva de ganho/vantagem.
No trecho “O processo de racionalização é paulatinamente englobante
de todas as esferas culturas”, Weber demonstra que o processo de
racionalização passa pelo cotidiano, economia, política, ciência e estética, ou

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seja, tudo passa a ser racionalizado, tudo irá perder seu caráter inovador
criativo independentemente de uma pragmática e tudo passará a ser feito com
relação a fins tentando atingir ganhos, sejam eles ganhos morais, econômicos
ou até mesmo de poder.
Visto isso, diante dessas atitudes racionais, uma de suas principais
consequências seria o desencantamento de mundo, que segue essa linha de
raciocínio Weberiana, em que se perde uma visão de mundo mais subjetiva,
menos compromissada com uma ética de futuro necessário, e nesse
capitalismo que enseja os seres humanos a se desencantarem com o mundo.
Enquanto os outros clássicos de Marx, que visavam o otimismo em relação ao
futuro, que inclinava a uma revolução, para Weber seria diferente: quando mais
nos tornamos racionais capitalistas, mais seremos desencantados e miseráveis
na relação entre seres humanos e o mundo que nos cerca (natureza, cosmos,
religiões), sujeitando a todos a um controle racional do tempo, espaço, corpo,
educação e etc.
Pretenderia o homem a uma “gaiola de ferro”, com a ideia de que,
construída por ele mesmo, o próprio indivíduo se coloca fechado nela, em que
a afetividade perderia completamente seu espaço nesse mundo, com base em
valores que tenderiam a ser subjugados àquelas ações racionais.
O processo de racionalização para Weber não seria um sinônimo de
progresso moral, e nele via a capacidade do Capital de se espalhar pelo
mundo, com a ideia utópica da racionalização sendo sinônimo de progresso
moral.

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3) No ensaio “O Fim do Laissez-Faire (1926), Keynes escreve: "Muitos
dos maiores males econômicos de nosso tempo são frutos do risco,
da incerteza e da ignorância... Creio que a cura desses males deve ser
procurada no controle deliberado da moeda e do crédito por uma
instituição central.” (Keynes, 1926, p. 124) Na Teoria Geral do
Emprego, dos Juros e da Moeda, publicado em 1936, conclui: “Os
defeitos flagrantes da sociedade econômica em que vivemos são a sua
incapacidade para proporcionar o pleno emprego e a sua arbitrária e
não equitativa repartição da riqueza e dos rendimentos.” (Keynes,
1936, p.253) Explique como a teoria proposta pelo autor em 1936
conecta suas conjecturas de 1926 com as conclusões à que chega,
dez anos depois.

Keynes busca um esclarecimento, as quais circundam a depressão


econômica passada, voltados ao “risco, a incerteza e a ignorância” e chega à
conclusão, em suas próprias palavras, de que dados problemas teriam uma
solução em um controle da economia por uma instituição central. Sua crítica ao
modelo clássico tem como alvo a crença ingênua da existência de uma
economia de alocação perfeita, onde ele ataca a utilidade do modelo clássico
apenas em um cenário onde há o pleno emprego, logo, não se aplicando ao
cenário de desemprego involuntário. Sendo assim Keynes levantaria a ideia da
inefetividade desse modelo clássico, dizendo que a economia de seu tempo
necessitava de uma reforma em sua maneira de pensar sobre a própria
economia.
Sua solução entregue seria espantosa aos olhos liberais, justamente por
defender um estado como agente ativo contra o desemprego e contra a
recessão. Já é de se imaginar, até mesmo por ser bem conhecido dado ponto,
o quanto suas ideias foram criticadas pelos economistas da época, mas não é
de tamanho espanto que suas ideias tenham mudado o rumo da
macroeconomia, até mesmo ao ponto de ter inspirado os quais dizem ser
contra as suas ideias. Voltando a 1926, Keynes com sua ideia central de que o
emprego é regido pela demanda agregada, contradizendo o modelo clássico
que afirmava ser controlado pelo preço do trabalho, afirmando que o estado de

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pleno emprego não seria nada mais que uma estimativa que se afastava do
real resultado, causada pela incerteza que acabaria afetando a demanda
efetiva, gerando um estado de subemprego.
Em 1929 Keynes romperia com o pensamento clássico e neoclássico,
em meio a um cenário de pós-primeira guerra e que viria um pouco antes de
uma das maiores crises econômicas da história. Atacando abertamente a teoria
de Adam Smith, Keynes discute sobre a existência de uma “mão invisível”. Ao
fazer isso, Keynes teria de percorrer um longo caminho para justificar de onde
então viria o montante de investimento, afirmando que o responsável pelo
equilíbrio de mercado seria então a eficiência marginal do capital, não o volume
de poupança.
Suas colocações, as quais chegaram a tal conjectura, tiveram sua
conclusão em 1936, onde ele voltaria a levantar a dependência da economia
para uma instituição central para que a saúde econômica fosse mantida, a qual
controlaria a alocação de recursos e coordenaria ações coletivas, as quais
gerariam um efeito de redução da incerteza. Além disso, para diminuir o
desemprego causado pela crise, seria papel dessa mesma instituição gerar
novas despesas do governo em momentos de demanda efetiva insatisfatório,
que assim causaria um crescimento na economia e criaria um controle no
desemprego.
Por conta disso, há uma forte critica a intervenção do estado por meio do
endividamento público, ressaltada por Keynes, onde essa mesma ação acaba
gerando alta nos preços e com isso a diminuição de poder aquisitivo. Entre
erros e acertos, Keynes ainda assim serviu como um agente ativo na evolução
econômica ao mostrar os “pontos cegos” da teoria clássica e neoclássica,
servindo até hoje como ponto de discussão sobre a velha e a nova economia.

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4) A abordagem do Public Choice foi a base das políticas – e reformas
institucionais -adotadas para gerenciar a crise na zona do euro (2009-
12). Essas mesmas recomendações foram o eixo central das políticas
econômicas proposta tanto por Joaquim Levy no governo Dilma,
quanto por Henrique Meirelles e Eduardo Guardia, no governo Temer.
As mesmas permanecem centrais sob Paulo Guedes no governo
Bolsonaro.
a) Faça um resumo do papel atribuído ao Estado e das
recomendações de política pública na abordagem do Public Choice,
e
b) Responda, resumidamente, com base na reflexão anterior: Como
você analisa a adequação dessas políticas à situação vivida pela
economia brasileira nos últimos cinco anos?

Mitchell e Simmons em seu livro Beyond Politics, lançando em 1994,


dizem que “O governo não é o manipulador eficiente de políticas
macroeconômicas, que foi imaginado por Keynes e seus seguidores...a maior
parte que geralmente é vista como falha de mercado, é na verdade causado
por políticas governamentais”. Essa frase é um bom ponto de partida para
entendermos a abordagem crítica do Public Choice sobre o Estado e sobre
suas políticas públicas.
Para o Public Choice, o Estado é uma parte do problema, pois permite a
presença de governos e dos setores públicos em áreas do setor privado ou de
políticas públicas, sendo que essa presença seria na verdade inconstitucional.
Como consequência desse excesso de poder por parte do governo, passamos
a ter o envolvimento de burocratas ineficientes, o que leva a existência de
corrupção e uma restrição sobre projetos que possam gerar mudanças
positivas no cotidiano da população.
Além disso, um Estado com excesso de poder afeta negativamente a
proteção e o bem estar dos consumidores, pois o excesso de regulação
impossibilita o empreendedorismo, e atrapalha a dinâmica competitiva, fazendo
com que o setor privado passe a ter demanda seletiva e prejudicando o
progresso material das empresas. Esses fatores permitiriam que políticos

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ficassem em uma posição favorável, com isso podendo pedir votos em troca de
favores políticos, ou ainda estabelecer empreendimento políticos.
O Public Choice não possui uma solução para os problemas que
apresenta, eles apenas propõem uma redução do Estado, com o objetivo de
deixar o mercado operar sozinho e possuindo uma autorregulação, porém nada
disso é demonstrado. Para eles, além da redução de poder do Estado, seriam
necessárias outras ações, como uma Reforma Constitucional, limitando ações
do governo e que permita aumentar o empreendedorismo, possibilitando uma
maior liberdade de escolha; redução e controle da burocracia, diminuindo as
regulações e atrapalhando o auto interesse dos burocratas.
Esse Estado neoliberal, permitiria que os mercados funcionassem sem
que fossem afetados pelas falhas de governo. O governo com viés neoliberal
iria passar a fazer políticas públicas voltadas mais para a parte econômica,
como políticas de estabilidade monetária; de equilíbrio fiscal, para impedir o
surgimento de déficits orçamentários; uma maior abertura econômica e
financeira, ocasionando o aumento das importações, além de aumentar os
investimentos diretos e indiretos na economia; e uma maior flexibilização do
mercado de trabalho, permitindo que o trabalhador negocie seus direitos
diretamente com o empregador, o tornando mais produtivo. Já um governo com
excesso de poder tende a focar em políticas sociais.
Desde que Michel Temer assumiu a presidência no lugar de Dilma
Rousseff, até os quase dois anos e meios do governo Bolsonaro, o Brasil
passou a adotar cada vez mais medidas políticas abordadas pelo Public
Choice, porém, vemos cada vez mais que essas políticas não estão surtindo
efeito na economia brasileira.
O problema se dá ao fato de que as políticas para diminuir o poder do
Estado, não caminha junto com as políticas públicas voltadas para o setor
econômico. Passamos a ter uma pequena flexibilização no mercado de
trabalho, porém, isso levou a uma diminuição do salário do povo brasileiro,
enquanto o preço de bens e serviços continuam aumentando, há uma tentativa
de abertura econômica e financeiras, porém, o Estado que se dizia livre de
corrupção, continua sendo corrupto, fazendo com que novas empresas e
investidores não se instalem no Brasil, e que os antigos se retirem daqui. Com

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o passar do tempo percebemos que as medidas abordadas pelo Public Choice
continuam favorecendo os burocratas, mesmo que em menor quantidade, e
que pioraram a situação do povo, pois o setor privado que seria o responsável
por providenciar algumas políticas sociais para a população, acabam não
investindo em melhorias e continuam deixando a população mais carente de
lado.

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BIBLIOGRAFIA

 André Lara Resende. “Obsessão em atar as mãos do Estado paralisa o


Brasil há três década”;
 Anderson Nunes de Carvalho Vieira “O fim do “laissez-faire”: Uma
releitura do artigo de Keynes pela perspectiva político-econômica sobre
a Economia Liberal”;
 Anotações feitas na aula e Slides;
 Dias, 2009. “James Buchanan e a Política na Teoria da Escolha
Publica”.
 Fernanda Graziela Cardoso, Gilberto Tadeu Lima “A concepção de
Keynes do sistema econômico como um todo orgânico complexo”;
 Marx, Karl. “O Capital” (Volume I);
 Marx, Karl. “Trabalho Assalariado e Capital”;
 Keynes, J.M “O fim do “Laissez-faire”;
 Keynes, J.M. “Teoria geral do emprego, do juro e da moeda”;
 Luiz Gonzaga Belluzzo “O tempo de Keynes nos tempos do
Capitalismo”;
 Weber, Max. “Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”;
 Wikipedia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Teoria_Geral_do_Emprego,_do_Juro_e_d
a_Moeda.

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GRUPO
Nome e matrícula:
GUILHERME DE ALBUQUERQUE SILVEIRA
201710015711

Nome e matrícula:
JAIRO FERREIRA E SILVA NETO
201820317111

Nome e matrícula:
MARIANA SOUZA MONTEIRO
201810013511

Nome e matrícula:
MICHELLE GRAFINO DE ARAUJO
201520505111

Nome e matrícula:
THIAGO TELES CUZATE BORGES
201710015411

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