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UERJ/FCE
2021
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1) A teoria da mais-valia de Marx é a base tanto para sua teoria da
acumulação do capital, quanto para sua a tese da nêmese do
capitalismo: a tese da “tendência à queda na taxa de lucro por efeito
da elevação da composição orgânica do capital”.
a) Descreva a teoria da mais valia e mostre a mesma conecta esses
dois processos, acima referidos, na análise proposta por Marx.
b) É possível criticar a formulação proposta por Marx? Como?
c) Mostre como a análise do funcionamento do capitalismo presente
no “Capital” é uma aplicação do materialismo histórico ao modo de
produção capitalista.
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Em resumo, o marxismo emprega o método materialista histórico para
realizar uma análise crítica da origem e da expansão da burguesia, vale
ressaltar que, o capitalismo industrial, uma vez que, sendo analisado na ótica
do seu funcionamento, por meios de técnicas de produção, vistas como
destrutivas e revolucionárias, em relação à modificação de uma sociedade
feudal, no entanto, fomentadoras do anarquismo da produção, das crises e da
alienação do proletariado. Marx e Engels aprofundaram-se sobre as premissas
para a superação deste modo de produção capitalista e esboçam
características de uma nova sociedade que o excederia.
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2) A “economia política” de Max Weber tem no conceito de
“racionalização” o seu eixo conceitual fundamental. Mostre como
Weber o utiliza para analisar tanto a esfera econômica, quanto a esfera
política, no capitalismo moderno. Conclua mostrando como o autor
chega à sua proposição sobre a “Jaula de ferro da modernidade”, e
explique seu significado.
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seja, tudo passa a ser racionalizado, tudo irá perder seu caráter inovador
criativo independentemente de uma pragmática e tudo passará a ser feito com
relação a fins tentando atingir ganhos, sejam eles ganhos morais, econômicos
ou até mesmo de poder.
Visto isso, diante dessas atitudes racionais, uma de suas principais
consequências seria o desencantamento de mundo, que segue essa linha de
raciocínio Weberiana, em que se perde uma visão de mundo mais subjetiva,
menos compromissada com uma ética de futuro necessário, e nesse
capitalismo que enseja os seres humanos a se desencantarem com o mundo.
Enquanto os outros clássicos de Marx, que visavam o otimismo em relação ao
futuro, que inclinava a uma revolução, para Weber seria diferente: quando mais
nos tornamos racionais capitalistas, mais seremos desencantados e miseráveis
na relação entre seres humanos e o mundo que nos cerca (natureza, cosmos,
religiões), sujeitando a todos a um controle racional do tempo, espaço, corpo,
educação e etc.
Pretenderia o homem a uma “gaiola de ferro”, com a ideia de que,
construída por ele mesmo, o próprio indivíduo se coloca fechado nela, em que
a afetividade perderia completamente seu espaço nesse mundo, com base em
valores que tenderiam a ser subjugados àquelas ações racionais.
O processo de racionalização para Weber não seria um sinônimo de
progresso moral, e nele via a capacidade do Capital de se espalhar pelo
mundo, com a ideia utópica da racionalização sendo sinônimo de progresso
moral.
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3) No ensaio “O Fim do Laissez-Faire (1926), Keynes escreve: "Muitos
dos maiores males econômicos de nosso tempo são frutos do risco,
da incerteza e da ignorância... Creio que a cura desses males deve ser
procurada no controle deliberado da moeda e do crédito por uma
instituição central.” (Keynes, 1926, p. 124) Na Teoria Geral do
Emprego, dos Juros e da Moeda, publicado em 1936, conclui: “Os
defeitos flagrantes da sociedade econômica em que vivemos são a sua
incapacidade para proporcionar o pleno emprego e a sua arbitrária e
não equitativa repartição da riqueza e dos rendimentos.” (Keynes,
1936, p.253) Explique como a teoria proposta pelo autor em 1936
conecta suas conjecturas de 1926 com as conclusões à que chega,
dez anos depois.
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pleno emprego não seria nada mais que uma estimativa que se afastava do
real resultado, causada pela incerteza que acabaria afetando a demanda
efetiva, gerando um estado de subemprego.
Em 1929 Keynes romperia com o pensamento clássico e neoclássico,
em meio a um cenário de pós-primeira guerra e que viria um pouco antes de
uma das maiores crises econômicas da história. Atacando abertamente a teoria
de Adam Smith, Keynes discute sobre a existência de uma “mão invisível”. Ao
fazer isso, Keynes teria de percorrer um longo caminho para justificar de onde
então viria o montante de investimento, afirmando que o responsável pelo
equilíbrio de mercado seria então a eficiência marginal do capital, não o volume
de poupança.
Suas colocações, as quais chegaram a tal conjectura, tiveram sua
conclusão em 1936, onde ele voltaria a levantar a dependência da economia
para uma instituição central para que a saúde econômica fosse mantida, a qual
controlaria a alocação de recursos e coordenaria ações coletivas, as quais
gerariam um efeito de redução da incerteza. Além disso, para diminuir o
desemprego causado pela crise, seria papel dessa mesma instituição gerar
novas despesas do governo em momentos de demanda efetiva insatisfatório,
que assim causaria um crescimento na economia e criaria um controle no
desemprego.
Por conta disso, há uma forte critica a intervenção do estado por meio do
endividamento público, ressaltada por Keynes, onde essa mesma ação acaba
gerando alta nos preços e com isso a diminuição de poder aquisitivo. Entre
erros e acertos, Keynes ainda assim serviu como um agente ativo na evolução
econômica ao mostrar os “pontos cegos” da teoria clássica e neoclássica,
servindo até hoje como ponto de discussão sobre a velha e a nova economia.
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4) A abordagem do Public Choice foi a base das políticas – e reformas
institucionais -adotadas para gerenciar a crise na zona do euro (2009-
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econômicas proposta tanto por Joaquim Levy no governo Dilma,
quanto por Henrique Meirelles e Eduardo Guardia, no governo Temer.
As mesmas permanecem centrais sob Paulo Guedes no governo
Bolsonaro.
a) Faça um resumo do papel atribuído ao Estado e das
recomendações de política pública na abordagem do Public Choice,
e
b) Responda, resumidamente, com base na reflexão anterior: Como
você analisa a adequação dessas políticas à situação vivida pela
economia brasileira nos últimos cinco anos?
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ficassem em uma posição favorável, com isso podendo pedir votos em troca de
favores políticos, ou ainda estabelecer empreendimento políticos.
O Public Choice não possui uma solução para os problemas que
apresenta, eles apenas propõem uma redução do Estado, com o objetivo de
deixar o mercado operar sozinho e possuindo uma autorregulação, porém nada
disso é demonstrado. Para eles, além da redução de poder do Estado, seriam
necessárias outras ações, como uma Reforma Constitucional, limitando ações
do governo e que permita aumentar o empreendedorismo, possibilitando uma
maior liberdade de escolha; redução e controle da burocracia, diminuindo as
regulações e atrapalhando o auto interesse dos burocratas.
Esse Estado neoliberal, permitiria que os mercados funcionassem sem
que fossem afetados pelas falhas de governo. O governo com viés neoliberal
iria passar a fazer políticas públicas voltadas mais para a parte econômica,
como políticas de estabilidade monetária; de equilíbrio fiscal, para impedir o
surgimento de déficits orçamentários; uma maior abertura econômica e
financeira, ocasionando o aumento das importações, além de aumentar os
investimentos diretos e indiretos na economia; e uma maior flexibilização do
mercado de trabalho, permitindo que o trabalhador negocie seus direitos
diretamente com o empregador, o tornando mais produtivo. Já um governo com
excesso de poder tende a focar em políticas sociais.
Desde que Michel Temer assumiu a presidência no lugar de Dilma
Rousseff, até os quase dois anos e meios do governo Bolsonaro, o Brasil
passou a adotar cada vez mais medidas políticas abordadas pelo Public
Choice, porém, vemos cada vez mais que essas políticas não estão surtindo
efeito na economia brasileira.
O problema se dá ao fato de que as políticas para diminuir o poder do
Estado, não caminha junto com as políticas públicas voltadas para o setor
econômico. Passamos a ter uma pequena flexibilização no mercado de
trabalho, porém, isso levou a uma diminuição do salário do povo brasileiro,
enquanto o preço de bens e serviços continuam aumentando, há uma tentativa
de abertura econômica e financeiras, porém, o Estado que se dizia livre de
corrupção, continua sendo corrupto, fazendo com que novas empresas e
investidores não se instalem no Brasil, e que os antigos se retirem daqui. Com
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o passar do tempo percebemos que as medidas abordadas pelo Public Choice
continuam favorecendo os burocratas, mesmo que em menor quantidade, e
que pioraram a situação do povo, pois o setor privado que seria o responsável
por providenciar algumas políticas sociais para a população, acabam não
investindo em melhorias e continuam deixando a população mais carente de
lado.
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BIBLIOGRAFIA
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GRUPO
Nome e matrícula:
GUILHERME DE ALBUQUERQUE SILVEIRA
201710015711
Nome e matrícula:
JAIRO FERREIRA E SILVA NETO
201820317111
Nome e matrícula:
MARIANA SOUZA MONTEIRO
201810013511
Nome e matrícula:
MICHELLE GRAFINO DE ARAUJO
201520505111
Nome e matrícula:
THIAGO TELES CUZATE BORGES
201710015411
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