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SINAIS VITAIS

AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA
conteúdo para prova teórica

São cinco sinais cardiais que refletem a função dos órgãos internos, medições
realizadas durante a avaliação.

1. TEMPERATURA
2. PRESSÃO ARTERIAL
3. FREQUÊNCIA CARDÍACA
4. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
5. DOR

 Quando deve ser realizado: na avaliação fisioterapêutica após a avaliação


postural

 Por que é importante avaliar

Progressão: (principalmente em cardio), parâmetro importante a respeito do


condicionamento cardiovascular, tem que controlar esses parâmetros para
chegar a condição perto da normalidade (cardiopata, pneumopata).

Prognóstico: ex. tem casos que pacientes são hipertensos resistentes,


começamos a entender melhor se o paciente vai conseguir controlar melhor ou
não essas variáveis vitais. Está relacionada a condição dele, é preciso
conhecer os aspectos antes de criar qualquer diagnostico.

Eficácia do tratamento: principalmente em cardio-respitatória, para verificar se


o paciente está respondendo bem ao tratamento.

Gravidade da condição do paciente: para verificar o quadro em que o paciente


se encontra.

 Devem ser avaliados: repouso, durante a atividade física e após


(recuperação). Não adianta o paciente simplesmente chegar e realizar a
medida, precisamos conhecê-la.
- Realizar durante o repouso (porque ele está basal).

- Durante a atividade física (vigorosa, intensidade máxima) espera-se que haja


o aumento de alguns desses parâmetros.

- Na recuperação ele deve atingir novamente ou chegar próximo do padrão


basal, o que pode demorar mais ou menos tempo, mas é relativamente rápido.

 Valores normativos: existem valores normativos, ou seja, para cada faixa


etária existem valores considerados “normais” para essas medições.

O que levar em consideração? Alguns fatores podem alterar esses valores


normativos, então devem ser levados em consideração.

- Hábitos de vida (consumo de cafeína, tabagismo, etilista, estresse,


obesidade, nível de atividade física)

- Características pessoais idade, gênero e estado hormonal

- Estado de saúde geral

- Dor
TEMPERATURA

 Equilíbrio entre o calor produzido ou adquirido pelo corpo e a quantidade de


calor que se perde para o meio. Um estado de homeostasia é manter a
temperatura constante.

 Para manter a temperatura interna constante, existem termorreceptores,


centro de regulação e órgãos efetores atuando no corpo.

 A temperatura do ar ambiente entra em contato com os


termorreceptores presentes nos órgãos abdominais e na pele, é gerada
uma resposta enviada ao hipotálamo (um centro regulador da
temeperatura). Então, são geradas uma série de respostas efetoras que
vão culminar na temperatura corporal expressa em normal, hipotérmica
(quando está abaixo) e hipertérmica (quando está acima).

Temperatura normal: 35 a 37,5º C


Estado febril: a partir de 37,5º C
Febre: acima de 39º C
Morte celular: começa a partir de 40º C
Redução da função celular: 34ºC
Perda da função celular: 29º C
O que ocorre quando a temperatura ambiental aumenta ou quando a
pessoa realiza exercícios físicos

 Instrumento para medir temperatura corporal: termômetro de mercúrio,


digital, infravermelho. É medida a troca de calor com o meio

 Local onde é realizada a medição: região axilar, boca ou anal. Infravermelho


mede no ouvido.
Boca: colocar termostato na região
 Termostato deve estar em contato com a pele
sublingual (abaixo da língua)
 Tempo: geralmente de 3 a 5 min
 Quando começa a aumentar a temperatura, existem algumas respostas para
voltar a temperatura ideal

 O QUE OCORRE EM TEMPERATURA ALTA:

- Ocorre vasodilatação para abaixar temperatura alta  para dissipar calor

- Não há piloereção, ou seja, os pelos não ficam eriçados

- Metabolismo é reduzido

- Atividade muscular voluntária

- Mediante atividade física: ocorre suor, tremor

 O QUE OCORRE EM TEMPERATURA BAIXA:

- Vasoconstrição  para manter calor

- Piloereção  pelos ficam arrepiados para formar barreira e segurar calor

- Metabolismo mais acelerado  a fim de produzir calor

- Tremor para produzir calor

- Mediante atividade física: vai ocorrer sudorese, vasodilatação e a


temperatura aumenta, mas não muito
PRESSÃO ARTERIAL

Consiste na força com que o sangue é bombeado  força exercida na parede


dos vasos

- Medida em mmHg porque foi medida em uma coluna de mercúrio

- Direção do fluxo sanguíneo: o fluxo sai dos vasos mais calibrosos para menos
calibrosos (mais longe do fluxo inicial)  sai de onde a pressão é aumentada
para onde é mais reduzida  das artérias de maior calibre para as menores e
veias

 Circulação sanguínea: veia cava  átrio direito  ventrículo direito 


artéria pulmonar  pulmão  veia pulmonar  átrio esquerdo 
ventrículo esquerdo  artéria aorta  corpo

- Coração é uma bomba intermitente, porque contrai e relaxa

- Pressão sistólica  contração ventricular, pressão mais elevada

- Pressão diastólica  relaxamento ventricular, pressão mais baixa

- Pressão de pulso  diferença entre sistólica e diastólica (S-D), mas não é


muito legal, nunca deve ser apresentada sozinha, não dá uma ideia real de
como o paciente está realmente

PA=output c ardíaco X R

OUTPUT CARDÍACO: força de contração

R: resistência que o vaso oferece

 O QUE INFLUENCIA A PA:

- Volume de sangue circulante (ex. em casos de hemorragia a PA é menor,


porque não tem mais tanto sangue circulando)

- Alteração de fluido reduz PA (diarreia, desidratação)


- Diâmetro e elasticidade dos vasos (resistência)

- Quantidade de sangue ejetada (output cardíaco)  tudo que muda volume e


capacidade muda PA

- Idade (com envelhecimento vai perdendo condição do vaso, força da


musculatura cardíaca e consequentemente vai modificando a PA)

 ONDE OCORRE REGULAÇÃO DA PA:

- Barorreceptores na ponte. Receptores nas artérias, átrios e nó sinoatrial,


captam qual é a pressão que está vindo desse fluxo sanguíneo que foi
conseguido na contração do ventrículo. São sensíveis para uma faixa de
mmHg. Quando percebe o estimulo, a informação é mandada para a ponte,
que manda a resposta para os órgãos efetores (musculo cardíaco) para que ele
controle a PA.
 VALORES NORMATIVOS

 Como aferir

- Estetoscópio + esfigmomanometro

 Fatores de risco (para aumentar a PA)

- Alta ingestão de sódio

- Obesidade

-Sedentarismo

- Estilo de vida desregrado

- Idade (alterações causadas pelo envelhecimento)

- Gênero

* Até 55 anos maior risco em homens, depois de 75 anos maior risco em


mulher

- Histórico familiar (genética)

- Uso de medicamentos (esteroides, anti depressivos, para inibição de apetite,


etc)
FREQUENCIA CARDIACA

 Corresponde ao número de batimentos cardíacos por minuto  a unidade é


medida em bpm

- Normativo: 60 a 90 bpm

- Bradicardia: inferior a 60 bpm

- Taquicardia: acima de 100 bpm

- Palpitação: sensação rápida e irregular da FC (palpação pode não estar


alterada, nem sempre está relacionada a taquicardia)

 O QUE PODE INFLUENCIAR

- Idade: a tendência é que reduza ao longo da vida

- Gênero (homem possui FC ligeiramente inferior)  em relação a homens e


mulheres: existe uma diferença, mas é importante realizar estudos com
diferentes idades também, e não pensando apenas no gênero.

- Estado emocional e estresse (ansiedade, síndromes afetam FC)  SN


Simpatico aumenta FC

- Estatura e IMC (altos e magros possuem FC inferior)  mais relacionado a


massa do que estatura, em si
- Nível de atividade física  FC aumenta para aumentar aporte aos músculos;
musculatura ativa reduz a FC, porque melhora a eficiência do coração

 FC máxima  maior numero de batimentos que pessoa pode atingir,


indicado para determinar intensidade de treinos
- COMO CALCULAR FC MÁXIMA? Testes (padrão ouro) ou formulas

Mas não pode generalizar


populações (atleta é diferente,
por exemplo). Existem outras
formulas também

Não usar para atleta, nem criança, nem cardiopata.

 FC de Recuperação  FC máxima – FC repouso (a diferença entre o


máximo que atingiu pelo basal inicial).

- Repouso  60 a 80 (basal);

 Como aferir a frequência cardíaca

- Posicionar o dedo indicador e o do meio em cima do pulso para senti-lo e


contar quantas pulsações ocorrem em um 1min *NUNCA UTILIZAR POLEGAR

- AFERIR SEMPRE DURANTE 60 SEGUNDOS

- Aferir o ritmo, ou seja, contabilizar e analisar o padrão de pulsações, bem


como o intervalo entre elas

- O ritmo pode ser regular ou irregular (arritmia):

* Regular: quando existe um padrão entre as pulsações, mesmo intervalo de


tempo entre uma e outra

* Arritmia: ritmo irregular em que os pulsos não são uniformemente iguais ao


longo do tempo.
RADIAL (punho)
CAROTÍDEO (pescoço)
LOCAIS DE PULSO
FEMURAL (virilha)
BRAQUIAL (fossa cubital do cotovelo)
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

 Deve ser contada através do número de inspirações ou do número de


expirações

 Corresponde ao padrão respiratório do paciente, quantas vezes ele inspira


ou expira em 1 minuto. Nunca deve contar os dois, deve escolher apenas um
dos dois momentos.

 O paciente não pode perceber que você está contando, se não ele vai
modificar o padrão respiratório, e isso deve ser algo natural

A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura

do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se,


promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em

relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões. A expiração, que promove a saída de ar
dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais.

O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com
consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.
 Como se dá a regulação:

 Fatores que influenciam

- Controle voluntário

- Apneia do sono

- Idade

As pessoas têm padrão respiratório


muito diferente, então esses são valores
que vão te nortear, tem que ficar atento
aos fatores que influenciem mudança
desse padrão

- Atividade física: se você pratica uma atividade física sua frequência


respiratória tende a aumentar durante e no momento logo após, até a fase de
recuperação
- Posição: paciente deitado é mais difícil para observar a expansão da caixa
torácica

- Ambiente: as condições do ambiente vão influenciar

- Emoção e estresse: (porque estimula o SNP simpático)

 Procedimento

- Usar o relógio para controlar o tempo

- Deve contar quantas inspirações ou expirações ocorrem em 60 segundos

- Não deixar que o paciente perceba

- Posicionar o paciente deitado ou em decúbito dorsal

OXIMETRIA

 Não é um sinal vital, corresponde medição da quantidade de oxigênio


presente no sangue (saturação)

- Utiliza o oximetro para medir (basta posicioná-lo no dedo do paciente)

TAXAS NORMAIS: de 95% a 100%

DOR

 A dor pode ser “medida” por escalas de dor, que o próprio paciente indica
em qual nível de dor se encontra, é preciso quantificar e qualificar a dor

- Depende do que o paciente já vivenciou

- Cada tipo de dor possui características específicas do acometimento

 Dor óssea: intensa, intolerável (pode não ser sentida no momento)


 Dor vascular: esquenta, lateja, pedrada
 Dor nervosa: molhar, formigar, pinçar, dor que anda
 Dor muscular: indistinta, câimbra, etc

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