Você está na página 1de 1

Guião para Apresentação Direito Comparado

O tema que escolhi apresentar refere-se ao direito à proteção do trabalhador


frente ao despedimento injustificado, na realidade do ordenamento jurídico
italiano, para termos assim uma perspetiva de diferente a compararmos com o
nosso ordenamento jurídico.

Em Portugal a matéria da ilicitude do despedimento encontra-se regulada nos


artigos 381º e seguintes do Código do Trabalho, onde podemos encontrar os
fundamentos de ilicitude para as várias modalidades de despedimento que
existem no nosso país.
Nesta ótica de comparação, releva em concreto a norma que consta do artigo
389º CT, nomeadamente o nº1, do qual decorrem 2 consequências para o
empregador em caso de despedimento ilícito: indemnização pelos danos
causados, sejam eles patrimoniais ou não patrimoniais, e ainda a reintegração
do trabalhador no mesmo estabelecimento da empresa.
Podemos então concluir quanto ao ordenamento jurídico português que a regra
é a da reintegração do trabalhador, não obstante as exceções previstas: do
trabalhador não pretender essa reintegração (artigo 391º) ou quando é pedida
pelo empregador (artigo 392º).

Em Itália, a matéria laboral encontra-se no Statuto dei Lavoratori, Lei 300 de 20


de Maio de 1970, sendo que esta temática se enquadra no Titolo II, artigo 18º,
que regula a matéria do despedimento ilícito, injusto e discriminatório.

No texto original deste artigo, que vigorou até 2015 data em que entrou em
vigor no ordenamento jurídico italiano o Jobs Act, estava consagrada uma
tutela real, punindo estes tipos de despedimento com a reintegração do
trabalhador ou o pagamento indemnizatório em substituição da reintegração.

Você também pode gostar