Descrever os passos do processo Psicodiagnóstico.
Quando falamos do processo de psicodiagnóstico temos que ter em
mente a cientificidade do mesmo e, portanto, perceber seus andamentos: as primeiras perguntas específicas, que virarão hipóteses que darão corpo ao processo e aos próximos passos. Em primeiro momento, comumente, iniciamos com um encaminhamento. Quando há esse direcionamento ao psicólogo, temos uma pressuposição de uma possível explicação/causa psicológica. Exemplo: “Acredito que a tosse constante do meu paciente, não tem causas propriamente fisiológicas, mas sim uma questão psicológica.” Entretanto, com esse encaminhamento, o psicólogo precisará de mais informações para sanar questões iniciais e formular suas hipóteses, portanto temos o nosso primeiro passo, seu planejamento, suas formulações de possíveis hipóteses. Na sequência, quando as questões iniciais já forem sanadas, o psicólogo parte para o tipo de exame adequado em tal situação, visando a melhor conclusão. Portanto, quando for possível ter a previsão, busca-se formalizar com o paciente ou seus responsáveis todos os termos, papéis, direitos e deveres mútuos. Neste mesmo passo, o psicólogo compromete-se a realizar um exame, em um número x de sessões, com previsão de duração e deixa claro quem terá acesso aos dados do exame. O paciente, compromete-se a comparecer nas horas e datas acordadas e na colaboração de todo processo. Quando ambas as partes acordarem, temos o contrato de trabalho do segundo passo. Quando falamos do terceiro passo, temos em mente a execução do plano de avaliação. Este plano, busca identificar recursos relacionados entre as perguntas iniciais e suas possíveis respostas. Logo, a primeira entrevista do paciente com o psicólogo já é estruturada com foco de resoluções de questões para diagnósticos. Neste passo, temos a bateria de testes, onde temos de dois e cinco ou mais instrumentos para fornecer “provas” que permitam confirmar ou infirmar hipóteses, fortalecendo o processo científico que é o psicodiagnóstico. Portanto, o quarto passo é voltado para síntese dos dados e checagem das hipóteses. Temos os levantamentos, as análises e interpretações dos dados coletados do terceiro passo para um diagnóstico e/ou prognóstico. Neste passo, busca-se utilizar como forma de classificações oficiais o DSM- 5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Por fim, chegamos no quinto passo, onde temos a devolução dos dados avaliados. Para a comunicação do resultado, é necessário uma seleção, integração e organização dos dados, em busca da inferência sobre o caso, tendo como pontos de referências as perguntas iniciais e os objetivos do exame. Portanto, podemos ver que a arquitetação dos passos é fundamental e indispensável, todos os passos são importantes e dependentes dos outros, igualmente relevantes para cientificidade e obtenção do processo.