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Paulo Assis
Alguns equipamentos autômatos como pianolas e caixas de música aparecem na história, mas
sem substituir de fato o musicista como elemento central – um profissional contratado para
animar um jantar na corte ou uma dona de casa com seu canto solitário. A maneira com a qual
a humanidade convive com a música começa a mudar a partir da criação do rádio e do disco,
que possibilitam a distribuição e a audição de sons pré-gravados.
I – O Som Analógico
Logo, canções também se fazem presentes nessa mídia, não sem grandes dificuldades
técnicas. O cone acústico era pouco sensível e capaz de captar apenas os sons mais altos. Para
equilibrar o volume dos diferentes instrumentos era necessário, durante a gravação, distanciá-
los em função de sua potência sonora. Para alterar em tempo real a importância dos
instrumentos ao longo do registro, os músicos chegavam a ser colocados em plataformas
móveis, sendo arrastados enquanto tocavam – na hora do solo de trompete, o cantor sai da
frente e dá lugar ao sopro, em uma complicada coreografia. A gravação em cera era definitiva
e sem correções possíveis (Byrne 2012: 81).
Entre as tecnologias desenvolvidas pelos alemães durante a segunda guerra mundial está a
gravação de áudio em fita magnética. Embora nos Estados Unidos já houvesse experimentos
nesse sentido, os nazistas haviam desenvolvido equipamentos tão bons que deixavam em
dúvida se as transmissões de rádio eram realmente gravações ou orquestras tocando ao vivo
(Moormann 2003). Ao final da guerra, a tecnologia foi estudada pelos americanos e
comercializada, sendo o primeiro gravador de rolo de fita magnética lançado em 1948. As
emissoras de rádio logo começam a utilizar esse equipamento, ampliando suas possibilidades
de transmissão; não era mais necessária a presença constante de músicos ao vivo, e surgia o
estúdio de gravação.
Ainda em 1948 é lançado o disco de vinil. Imediatamente ele é adotado pelo mercado como a
mídia de reprodução caseira para as gravações de estúdio. Existiram inúmeras variações do
disco de vinil, entre tamanhos e velocidades, que foram se alternando conforme a tecnologia –
e os interesses comerciais – evoluíam. Os primeiros discos eram ainda na versão de sete
polegadas e deveriam ser tocados em 78 rotações por minuto, o que fornecia menos de quatro
minutos por lado, induzindo a venda no formato de singles compactos, com uma música de
cada lado e dentro dessa margem de duração (Byrne 2012: 92). Além disso, os sulcos do vinil
impunham algumas restrições sérias de volume das frequências mais graves, pois elas
causavam saltos da agulha caso estivessem muito fortes. O formato e o som de música pop e
rock que conhecemos foram fortemente influenciados por essas limitações.
As pessoas logo se habituam à ideia de adquirir e ouvir músicas em discos, e passam a comprar
vorazmente esse novo produto. O processo de gravação e distribuição, porém, fica na mão de
um novo tipo de empresa que, estruturando a indústria musical, controlou o ciclo de fabrico e
consumo durante a segunda metade do século XX – as gravadoras.
Em 1957, o guitarrista norte americano Les Paul modificou um gravador magnético para criar
os primeiros registros com múltiplas camadas, tornando possível somar novos instrumentos a
um mesmo rolo de fita, tocando um de cada vez. Como havia apenas uma pista de gravação,
um erro em uma gravação estragava o trabalho anterior e obrigava o reinício de todo o
processo (Moormann 2003).
O aprimoramento dessa tecnologia é o gravador multipista. Nele, áreas diferentes da fita
magnética são dedicadas a pistas independentes, podendo ser gravadas ou apagadas sem
alteração das outras. Hoje, pelo computador, um estúdio consegue gravar centenas de pistas
independentes, mas essa evolução foi bem lenta. Todos os discos do início da carreira dos
Beatles até Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, de 1967, foram gravados utilizando apenas
quatro pistas em uma fita magnética (Lewisohn 1988: 146). Quando era necessário inserir mais
instrumentos, duas ou três pistas eram unidas em uma, liberando mais espaço porém
impedindo futuras alterações entre as gravações anteriores. Na década seguinte o padrão
avançou para oito, dezesseis e até vinte e quatro pistas.
Outro equipamento essencial é a mesa de som, responsável por organizar as pistas de áudio
na sessão de gravação. As mesas cresceram juntamente com a quantidade de pistas
disponíveis nos gravadores. Existem modelos com centenas de canais com uma dezena de
botões de controle para cada um, em um equipamento intimidador para leigos, que pode ter
mais de três metros de comprimento. A cada canal da mesa é atribuída uma pista da fita
magnética, com controles independentes. É possível, assim, a manipulação do som de cada
canal antes e após a captação, permitindo a regulagem de volume e ajustes de processos de
áudio como equalização, reverberação ou compressão. Essa manipulação é parte da mixagem.
Na mixagem são feitos esses ajustes em cada canal, para que os instrumentos gravados
separadamente soem coesos quando tocados juntos. Os sons são mesclados normalmente
para o estéreo, com dois canais – um esquerdo e um direito. Ele é o formato habitual em CDs,
discos de vinil e arquivos digitais de música.
Desde o início, as gravadoras criaram um sistema bastante fechado para seu negócio.
Compositores eram pagos para escrever novas peças musicais. Essas criações eram registradas
em um estúdio próprio, por um artista contratado por ela, e que, popularizado graças ao rádio,
tinha suas vendas catapultadas e gerava lucros enormes para seu empregador. Frank Sinatra
foi o primeiro a possuir algum controle sobre sua carreira, conseguindo impor suas vontades
nas gravações e não sendo apenas um funcionário muito famoso (Gibney 2015). Nas décadas
seguintes, começa a surgir a figura do cantor-compositor e das bandas de rock com material
próprio.
Porém, o processo todo era realmente muito custoso e de risco. Além da gravação em si, havia
a necessidade de gastos com divulgação, fabricação de discos, distribuição e absorção das
perdas em projetos não bem-sucedidos. O sucesso estrondoso de alguns artistas acabava
gerando capital para investimento em outros projetos, permitindo o desenvolvimento de
novos talentos. Muitos grandes grupos dos anos 1970, como Queen ou Yes, tiveram anos de
carreira financiada por uma gravadora ou um produtor até conseguirem alcançar o sucesso e
se tornarem lucrativos. Os artistas independentes sempre existiram, mas seu circuito de
influência sempre foi naturalmente menor. Para conseguir que sua música cruzasse o planeta e
influenciasse outras culturas, era praticamente necessário participar desse circuito fechado de
contrato, gravação, divulgação e vendas massivas. Ao menos até que a tecnologia permitisse
que as bandas dispensassem esse esquema todo, já na era punk, com a utilização de
gravadores de fita cassete e muito poucos recursos de estúdio.
A música erudita também foi utilizada como ferramenta de imposição cultural. Peças
europeias de compositores de séculos anteriores são resgatadas e difundidas, solidificando
todo um vocabulário coletivo de obras clássicas – o que se considera musicalmente importante
foi popularizado essencialmente com o rádio, o disco, o cinema e a televisão, e não em sua
época de criação.
Uma partitura musical era, até surgir o disco, uma informação a ser transmutada pelo músico
com sua interpretação. Ela passa a ser acompanhada da memória das gravações mais famosas,
se impondo nas performances posteriores. As leituras de Glenn Gould para Bach, por exemplo,
exercem forte influência para os pianistas que executam esse repertório. O registro do áudio
acaba sendo tão importante para a memória coletiva dessas obras quanto a própria
composição. A sonoridade de alguns instrumentos também mudou: o vibrato, técnica que
consiste em tremer o dedo nas cordas para obter uma variação suave na frequência tocada,
era considerada apenas um truque brega para disfarçar inconsistências nas notas alcançadas.
Temendo o registro eterno de seus erros, os músicos passaram a realizar mais e mais vibratos,
e hoje é impensável a interpretação da música erudita sem esse recurso, nos parecendo um
som chapado, sem vida (Katz 2005: 85).
O mundo capitalista está consumindo uma mescla de sucessos globais e locais desde os anos
1950. No final dos anos 1970, porém, uma queda na venda de discos de vinil faz a indústria se
preocupar e se reinventar. Um dos principais fatores que salvou as gravadoras nesse momento
foi uma outra inovação tecnológica.
Pouco antes do lançamento do CD, a gravação e a manipulação do áudio também ainda eram
essencialmente analógicas: rolos de fita magnética, válvulas e transistores. Desde o final dos
anos 1970, porém, equipamentos digitais vão cada vez mais ganhando espaço nos estúdios:
processadores, mesas e gravadores começam a ser convertidos para a nova tecnologia.
Os efeitos digitais surgem juntamente com os primeiros sintetizadores do mesmo tipo. São
unidades de samplers, compressores, delays, que passam a ser usados nos estúdios como
novidades tecnológicas. Salas utilizadas apenas para produzir reverberação em gravações
podem ser trocadas por um pequeno dispositivo que simula essa sonoridade. No lugar de
frágeis válvulas e circuitos para alterar a equalização de um canal, utiliza-se um chip
programado para tal função. Com o avanço desses aparelhos, os estúdios vão, lentamente, se
homogeneizando e perdendo sua capacidade de se diferenciar pelos equipamentos que
possuem.
As tecnologias de suporte no estúdio foram adaptadas. A mesa de som, peça central de uma
configuração analógica, era um item extremamente caro e complexo, onde todos os canais
passavam e eram manipulados por botões e controles, gerenciando eletricamente os sons
provenientes de ou direcionados para a fita magnética. No estúdio digital o computador é a
principal ferramenta, e a mesa se transforma em apenas um controlador, onde os botões
apenas enviam instruções para ele. Ela pode reduzir de tamanho e até ser considerada
obsoleta, sendo substituída por um mouse e atalhos de teclado.
O que era equipamento quase inacessível vai se tornando viável para músicos, inclusive
amadores. As mesas de som, os rolos de fita magnética e os efeitos foram parar dentro do
computador. Os microfones foram barateados. Hoje o grande estúdio se tornou dispensável
em várias situações, e é possível gravar músicas inteiras apenas com um notebook.
Além disso, a manipulação de áudio digital é extremamente simples. Para se juntar duas
gravações em fita magnética, era necessário encontrar os trechos da fita que se desejava unir
e, fisicamente, cortar e colar os pedaços. Em um programa de computador, basta clicar e
arrastar o áudio digital e eles se unem sem a destruição de um original. Além disso, não há
degradação física do material gravado, o que ocorre a cada vez que se utiliza uma fita
magnética ou um disco de vinil. Inversões, sincronizações, tudo se faz de maneira
extremamente mais rápida do que com os métodos antigos.
A mesma nostalgia que tem feito os consumidores voltarem a comprar discos de vinil em
pleno século XXI também cria situações onde equipamentos construídos antes da segunda
guerra mundial tenham uma sobrevida dentro dos estúdios mais tradicionais. E há
controvérsia, ainda, a respeito das limitações de cada tipo de tecnologia. Assim, grande parte
das gravações em estúdios, hoje, é feita digitalmente, mesmo que utilizando equipamento
analógico em alguma fase do processo (Grohl 2013). Apenas algumas experimentações
artísticas conseguem levar a cabo um projeto analógico do começo ao fim. Outros mais
ousados testam inclusive cilindros de cera em plena era digital (Negovan 2011).
IV – O Som Virtual
O mp3 é um algoritmo que muda drasticamente o tamanho dos arquivos de áudio, reduzindo -
os para até 8% do original. Muita dessa diminuição é resultado apenas da forma inteligente de
descrever o conteúdo do arquivo, mas dependendo da parametragem utilizada ele gera
arquivos com muita perda de qualidade de áudio. Em 1995, quando esse formato começou a
circular, essa perda era, entretanto, muito menos importante para os ouvintes do que a
capacidade de trocar músicas online (Witt 2015: 16).
Poucos anos depois de surgir, a internet se transformou no pesadelo das gravadoras e artistas
que associaram as quedas de venda dos CDs com o começo da pirataria digital, não totalmente
sem razão. De qualquer maneira, o poder das gravadoras começava a declinar por outros
motivos.
Além da pirataria, a internet permitia, pela primeira vez, que informações pudessem ser
trocadas entre consumidores de diferentes partes do mundo, sem um intermediário filtrando
esse conteúdo. Um músico polonês pode mostrar seu trabalho diretamente para um ouvinte
no interior da Bolívia. E, em uma inédita via de duas mãos, o consumidor pode falar com seu
artista sem se deslocar até ele. Com a evolução de sites, blogs e páginas em redes sociais, o
contato entre o músico e o seu mercado consumidor se viu completamente alterado.
Os canais de distribuição de sua obra também. Para o álbum de nosso hipotético polonês
chegar a seu fã na Bolívia, antes se fazia necessário reproduzir fisicamente o disco em algum
lugar do mundo, transportá-lo até o país de destino e colocá-lo à venda em uma loja. Além
disso, o consumidor teria que ser informado, por rádio ou por cartazes, que aquele disco
poderia interessá-lo e que estava disponível para compra em sua cidade. Finalmente, nosso
boliviano poderia ouvir o disco, adquirindo-o e bancando os custos desse processo todo.
Tudo isso se torna obsoleto quando o artista pode avisar seu público diretamente por e -mail
que um novo conjunto de canções está disponível online. Mas demorou mais de uma década e
muitos processos legais para a indústria começar a se reinventar e passar a comercializar, além
da obsoleta mídia física, os arquivos eletrônicos por download e, mais recentemente, o acesso
por assinatura a inúmeras músicas via streaming.
V – O Som Atual
Importante perceber, porém, que essa liberdade é limitada pelo conteúdo do equipamento
utilizado. Da mesma maneira que um piano só consegue tocar a escala ocidental de doze notas
por oitava, um baterista virtual apenas pode executar o que foi pré-programado, ficando
dentro dos limites de quem o criou. Ferramentas analógicas permitem uma customização,
mesmo que limitada – é possível utilizar um piano como instrumento percussivo ou convertê -
lo em uma unidade de reverberação microfonando suas cordas soltas, por exemplo. Porém é
bem mais complexo alterar um software para executar algo não previsto inicialmente. Um
programa que sugere harmonias a partir de melodias do usuário não consegue sair dos
padrões de fábrica.
As tecnologias novas também podem ser fontes importantes de inovação artística, além de
funcionar apenas como suporte. Ainda na década de 1970, o músico e produtor Brian Eno
enxergou um uso inusitado para o gravador de rolo de fita magnética, utilizando-o como
instrumento musical em experimentos sonoros pioneiros, desenvolvendo as chamadas
músicas ambiente e generativa – onde a interação de um músico ou uma gravação com um
algoritmo analógico construído com o gravador gerava consequências sonoras indiretas,
inusitadas mesmo que teoricamente previsíveis (Scoates 2013: 110).
Novas interfaces também criaram outras possibilidades de interação: tablets como o iPad
permitem uma série de aplicativos diferentes voltados à criação facilitada de música, de uma
maneira totalmente inédita e independente da lógica original dos estúdios. Apresentados
quase como entretenimento, eles conseguem sugerir acordes, acompanhar musicalmente o
usuário e criar composições inteiras com alguns poucos toques na tela, além de utilizar de
câmeras e giroscópios como geradores de sons. Mais de três décadas depois de fazer um
gravador distorcer a execução de um quarteto de cordas, Brian Eno lançou uma série de
aplicativos de iPhone e iPad que geram harmonias, melodias e ritmos a partir do toque na tela
do usuário e dos movimentos do aparelho.
VI – O Som do Futuro
A crise criativa das artes tem grandes laços com a aversão ao risco em tempos de crise
financeira. O cinema atual nos presenteia com inúmeras produções independentes,
inovadoras e de baixo custo que dividem espaço com blockbusters projetados para dar lucro e
suas calculadas apostas em soluções já aceitas pelo público. Com a música a situação é
bastante parecida. As gravadoras investem nos artistas consagrados ou nos novos que já se
encaixem em seu modelo de sucesso atual. As experimentações acabam acontecendo em
iniciativas de menor porte. Se elas fazem sucesso, acabam sendo absorvidas.
As tendências atuais do mercado podem ilustrar um pouco essa situação. Grandes nomes de
décadas passadas fazem turnês mundiais e lançam discos com alarde apenas pontual. Nomes
populares do rap, hip hop e música eletrônica têm suas carreiras mantidas por lançamentos e
presença contínua na mídia. Enquanto isso, artistas independentes de todos os estilos lançam
seus materiais com o marketing possível, financiados por iniciativas privadas ou captação
coletiva de recursos – mesmo a mais humilde obra musical consegue facilmente estar
disponível em ferramentas como a Apple Music Store ou o Spotify. Assim, o público de toda
essa produção é potencialmente global, influenciando também o trabalho dos artistas. Talvez a
categoria “World Music” esteja pouco abrangente, e toda música feita atualmente seja de
alguma forma World Music!
A ausência de mídia física também permite às obras terem qualquer tamanho. Vários novos
artistas têm lançado material em conjuntos chamados de EP – talvez muitos deles nem
percebam que a sigla vem de Extended Play, o formato de disco de vinil maior que o single,
comportando cinco ou seis músicas. Também é possível desconsiderar a quantidade de áudio
que um CD comporta e lançar um álbum virtual com quatro horas contendo apenas duas
músicas: não existem mais limites impostos pelas mídias físicas. Hoje, as imposições de
formato são heranças culturais, sem mais restrições técnicas.
O acesso à informação pela Internet cria a possibilidade de uma troca imensa de informação
entre localidades diferentes, permitindo um intercâmbio cultural jamais visto na história. Um
jovem pode carregar em seu bolso hoje mais músicas do que seus pais possuíam em casa
quando tinham a mesma idade. Mas a mesma ferramenta que permite um acesso ilimitado
também abre o canal para uma ferramenta de divulgação maciça. As grandes gravadoras estão
brigando ainda com forças menores, e o resultado é que as influências musicais nos grandes
centros urbanos estão semelhantes em todo o planeta. O potencial de pesquisa e acesso é
enorme, mas a convergência para poucos produtos também. O que poderia ser a audição
contínua de infinitos artistas diferentes se transforma, muitas vezes, na audição infinita de
poucos artistas parecidos.
A tecnologia que barateia a criação e a gravação da música ganha ainda mais importância com
essa perspectiva de independência necessária para que a inovação tenha espaço.
Naturalmente, mesmo que ainda seja caro desenvolver programas complexos como os
utilizados para fazer música, como o custo de reprodução é extremamente baixo, eles acabam
muito mais acessíveis do que antigos equipamentos cheios de painéis, botões,
transformadores e válvulas. Novamente temos alguma convergência, e os melhores softwares
acabam nas mãos da maioria dos criadores de conteúdo musical.
As tecnologias atuais são extremamente bem-vindas para abrir caminho a novas possíveis
influências, permitir a divulgação dos trabalhos e auxiliar a produção musical, fornecendo
suporte na composição, gravação e mixagem. É preciso atentar, porém, para que as facilidades
disponíveis hoje em dia não se transformem em limitações coletivas, reduzindo os horizontes
da criatividade e consequentemente da diversidade musical.
Referências
Cummings, A.S. (2013) Democracy of Sound: Music Piracy and the Remaking of American
Copyright in the Twentieth Century, New York: Oxford University Press.
Gibney, A., diretor (2015) Sinatra: All or Nothing at All. Jigsaw Productions. TV.
Grohl, D., diretor e produtor (2013) Sound City. Roswell Films, 2013. Blu-Ray.
Hanks, C., director (2015) All Things Must Pass: The Rise and Fall of Tower Records. Produção
de Sean Stuart. Company Name. Blu-Ray.
Heylin, C. (2012) Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band – Um Ano na Vida dos Beatles e Seus
Amigos, São Paulo: Conrad.
Katz, M. (2005) Capturing Sound: How Technology Has Changed Music, Berkeley: University of
California Press.
Lewisohn, M. (1988) The Beatles Recording Sessions – The Official Abbey Road Studio Session
Notes 1962-1970, New York: Harmony Books.
Mason, M. (2008) The Pirate’s Dilemma: How Youth Culture is Reinventing Capitalism, New
York: Free Press.
Moormann, M., diretor e produtor (2003) Tom Dowd and the Language of Music. Language of
Music Films. DVD.
Rumsey, F. & McCormick, T. (2009) Sound and Recording: An Introduction, London: Focal Press.