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Aula 03

Noções de Direito Constitucional p/ Perito Criminal - PCDF (Com videoaulas)

Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale

04311532997 - Eduardo Tanabe


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AULA 03 – DIREITO CONSTITUCIONAL


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Sumário
Direitos Sociais0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀01!
1- Introdução:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀01!
2- Os direitos sociais (art. 6º):0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀02!
3- Os direitos sociais individuais dos trabalhadores (art. 7º):0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀033!
4- Os direitos sociais coletivos dos trabalhadores:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀045!
Nacionalidade0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀011!
1- Introdução:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀011!
2- Atribuição de Nacionalidade pelo direito brasileiro:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀012!
3- Portugueses Residentes no Brasil:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀024!
4- Condição Jurídica do Nacionalizado:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀021!
5- Perda da Nacionalidade:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀026!
6- Língua e Símbolos Oficiais:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀025!
Questões Comentadas0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀027!
Lista de Questões0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀073!
Gabarito0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀087!
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Olá, amigos do Estratégia Concursos, tudo bem?

Na aula de hoje, daremos continuidade ao estudo dos direitos


fundamentais. Falaremos sobre os direitos sociais e os direitos de
nacionalidade.

Um grande abraço,

Nádia e Ricardo 04311532997

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Direitos Sociais

1- Introdução:

Ao estudarmos os direitos de 1ª geração, percebemos que estes buscam


restringir a ação do Estado sobre os indivíduos, limitando o poder estatal.
São, por isso, direitos que têm como valor-fonte a liberdade, impondo ao
Estado uma obrigação de não-fazer, de não intervir na órbita privada.
Em razão disso, a doutrina os denomina liberdades negativas.

A natureza jurídica dos direitos sociais é diversa. Trata-se de direitos


fundamentais de 2ª geração, que impõem ao Estado uma “obrigação de
fazer”, uma obrigação de ofertar prestações positivas em favor dos
indivíduos, visando concretizar a igualdade material. São, portanto,
direitos que têm como valor-fonte a igualdade; eles buscam possibilitar
melhores condições de vida aos indivíduos e, assim, realizar a justiça
social.

Pode-se dizer que os direitos sociais são prestações positivas (ações)


realizadas pelo Estado para melhorar a qualidade de vida dos
hipossuficientes, ou seja, dos mais necessitados. Em razão disso, o
Estado deve garantir que todos tenham acesso à educação, saúde,
alimentação, trabalho, dentre outros. Segundo Alexandre de Moraes, os
direitos sociais constituem normas de ordem pública, com a
característica de imperativas.

A origem dos direitos sociais remonta à crise do Estado liberal,


ocasionada pelo forte avanço da industrialização. Nas fábricas, os
trabalhadores viviam em condições precárias. Movimentos reivindicatórios
passaram, então, a exigir uma postura mais ativa do Estado, que não
devia limitar-se a não intervir, mas também atuar positivamente,
garantindo condições mínimas aos trabalhadores.

Os direitos sociais aparecem, portanto, em um contexto histórico marcado


por reivindicações trabalhistas e pelo surgimento de doutrinas
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socialistas. Constatava-se que a mera consagração da igualdade formal


não era suficiente para realizar a igualdade material. Como grande marco
dos direitos sociais, citamos a Constituição de Weimar de 1919
(Constituição do Império Alemão).

Na Constituição Federal de 1988, os direitos sociais estão relacionados nos


art. 6º - art. 11. Há, também, outros dispositivos do texto constitucional
que versam sobre os direitos sociais. É o caso, por exemplo, do art. 194
(que trata da seguridade social), art. 196 (direito à saúde) e art. 205
(direito à educação)

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2- Os direitos sociais (art. 6º):


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Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o


trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.

No texto original da Constituição Federal, não se fazia menção à


alimentação, à moradia e ao transporte, cuja inserção na Carta Magna
foi obra do Poder Constituinte Derivado. A moradia foi inserida pela EC nº
26/2000; a alimentação, pela EC nº 64/2010; e o transporte, pela EC nº
90/2015. Tenham uma especial atenção quanto a esses três direitos
sociais! As bancas examinadoras adoram cobrá-los, especialmente pelo
fato de eles não fazerem parte do texto original da CF/88.

Segundo o art. 6º, a Constituição consagra como direitos sociais a


educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados. O STF entende que trata-se de
rol exemplificativo1, pois há outros direitos sociais espalhados pelo
texto constitucional. Destaque-se que os direitos sociais do art. 6º são,
todos eles, normas de eficácia limitada e aplicabilidade mediata,
dependendo, para sua concretização, da atuação estatal, seja através da
edição de leis regulamentadoras, seja através da oferta de prestações
positivas em favor dos indivíduos.

Uma das discussões mais relevantes sobre os direitos sociais diz respeito,
justamente, à sua concretização. Não basta que esses direitos estejam
previstos na Constituição; eles precisam, mais do que isso, ser
efetivados, colocados em prática. Há necessidade, portanto, da firme
atuação estatal por meio de políticas públicas voltadas para a
concretização dos direitos sociais.
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Para estudarmos a problemática da concretização (efetivação) dos direitos


sociais, é necessário conhecermos três importantes princípios: i) o
princípio da “reserva do possível”; ii) o princípio do “mínimo existencial”
e; iii) o princípio da vedação do retrocesso. É o que faremos a seguir.

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1
STF, ADI nº 639, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 02.06.2005.

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2.1- Os direitos sociais e a “reserva do possível”:

A efetivação dos direitos sociais depende da execução de políticas públicas


nas mais diversas áreas, como, por exemplo, em educação e saúde.
Assim, é preciso ter em mente que a concretização dos direitos sociais
depende, em larga escala, de gastos estatais.

A teoria da reserva do possível consiste na ideia de que cabe ao Estado


efetivar os direitos sociais, mas apenas “na medida do financeiramente
possível”. A teoria da reserva do possível serve, portanto, para
determinar os limites em que o Estado deixa de ser obrigado a dar
efetividade aos direitos sociais.

Não é lícito ao Poder Público, todavia, simplesmente alegar que não possui
recursos orçamentários; é fundamental que o Poder Público demonstre
objetivamente a inexistência de recursos públicos e a falta de previsão
orçamentária da respectiva despesa. Segundo a teoria da reserva do
possível, a efetivação dos direitos sociais encontra, portanto, dois limites:
a suficiência de recursos públicos e a previsão orçamentária da
respectiva despesa.

A formulação e execução de políticas públicas são tarefas que competem,


primariamente, ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo. No entanto,
segundo o STF, é possível que o Poder Judiciário determine, em
bases excepcionais, a implementação, pelos órgãos inadimplentes, de
ações destinadas à concretização dos direitos sociais. Pode-se dizer,
portanto, que o controle judicial das políticas públicas pode ser realizado a
fim de suprir a omissão dos órgãos estatais competentes, bem como para
evitar a abusividade governamental. Assim, o Poder Judiciário poderá
determinar, por exemplo, que o Estado conceda tratamento de câncer a
um indivíduo. Vejamos trecho de julgado do STF:

“Embora resida, primariamente, nos Poderes Legislativo e


Executivo, a prerrogativa de formular e executar políticas públicas,
revela-se possível, no entanto, ao Poder Judiciário, determinar,
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ainda que em bases excepcionais, especialmente nas hipóteses de


políticas públicas definidas pela própria Constituição, sejam estas
implementadas pelos órgãos estatais inadimplentes, cuja omissão
– por importar em descumprimento dos encargos político-jurídicos
que sobre eles incidem em caráter mandatório – mostra-se apta a
comprometer a eficácia e a integridade de direitos sociais e
culturais impregnados de estatura constitucional.”2

A atuação do Poder Judiciário na concretização dos direitos sociais não é


ilimitada; ao contrário, encontra limites na cláusula da reserva do
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2
STF, RE 436.996 – AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 22.11.2005.

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possível. Assim, a cláusula da reserva do possível afasta a aptidão do


Poder Judiciário para intervir na efetivação de direitos sociais. No entanto,
para que esse limite à ação do Judiciário seja válido, é necessário que se
comprove objetivamente a ausência de recursos orçamentários
suficientes para a implementação da ação estatal. Nesse sentido,
entende a Corte que:

“(...) a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais -


além de caracterizar-se pela gradualidade de seu processo de
concretização - depende, em grande medida, de um
inescapável vínculo financeiro subordinado às possibilidades
orçamentárias do Estado, de tal modo que, comprovada,
objetivamente, a incapacidade econômico-financeira da pessoa
estatal, desta não se poderá razoavelmente exigir,
considerada a limitação material referida, a imediata
efetivação do comando fundado no texto da Carta Política. Não
se mostrará lícito, no entanto, ao Poder Público, em tal
hipótese - mediante indevida manipulação de sua atividade
financeira e/ou político-administrativa - criar obstáculo
artificial que revele o ilegítimo, arbitrário e censurável
propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar o
estabelecimento e a preservação, em favor da pessoa e dos
cidadãos, de condições materiais mínimas de existência.3”

Por fim, vale destacar que os direitos sociais, por estarem sujeitos à
reserva do possível, possuem uma carga de eficácia menor do que os
direitos de primeira geração. Isso porque os direitos sociais somente
podem ser concretizados com a execução eficiente de políticas públicas;
por outro lado, a concretização dos direitos de defesa (direitos de 1ª
geração) depende, essencialmente, de “obrigações de não fazer” do
Estado.

2.2- Os direitos sociais e o mínimo existencial:


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Os direitos sociais, na condição de direitos fundamentais, são


indispensáveis para a realização da dignidade da pessoa humana. O
Estado, na sua tarefa de concretização desses direitos, deve garantir o
mínimo existencial. Considera-se mínimo existencial o grupo de
prestações essenciais que se deve fornecer ao ser humano para que ele
tenha uma existência digna.

O princípio do mínimo existencial é compatível e deve conviver com a


cláusula da reserva do possível. O Estado, na busca da promoção do
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3
ADPF 45 MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 29.04.2004, DJ 04.05.2004. !

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bem-estar do homem, deve proteger os direitos individuais e, além disso,


garantir condições materiais mínimas de existência aos indivíduos. Assim,
os gastos públicos devem ser voltados, prioritariamente, a garantir o
mínimo existencial; uma vez garantido o mínimo existencial, o Estado
poderá discutir em que outros projetos investir.

Segundo o STF, o mínimo existencial é uma limitação à cláusula da


reserva do possível.4 Isso porque a reserva do possível só poderá ser
alegada pelo Poder Público como argumento para a não concretização de
direitos sociais uma vez que tenha sido assegurado o mínimo existencial
pelo Estado. Em outras palavras, a reserva do possível somente é
invocável após a garantia, pelo Estado, do mínimo existencial. A
garantia do mínimo existencial é uma obrigação inafastável do Estado,
não sujeita à reserva do possível.

A visão que apresentamos a respeito da concretização dos


direitos sociais busca compatibilizar a “reserva do
possível” com o “mínimo existencial”. É essa a visão
adotada pelo STF.

Porém, há visões mais radicais: uma delas, tende a


conferir prevalência à reserva do possível; outra, defende
a primazia do mínimo existencial.

A primeira visão (de caráter liberal) entende que não


caberia ao Poder Judiciário, sob pena de violação à
separação dos poderes, intervir na execução de políticas
públicas. Nesse sentido, há que se observar
integralmente a “reserva do possível”.

A segunda visão (mais intervencionista) não considera a


“reserva do possível” como um limitador para a
concretização dos direitos sociais. Sob essa ótica, os
direitos sociais não poderiam ser considerados normas de
caráter meramente programático.
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Essa linha de pensamento defende ferrenhamente a


judicialização das políticas públicas, com vistas a
promover a máxima efetivação dos direitos sociais.
Chega-se até mesmo a argumentar que os direitos
sociais, enquanto direitos fundamentais, teriam aplicação
imediata, conforme o art. 5º, § 1º, CF/88.

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4
STF, RE 639.637. AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 15.09.2011

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O Poder Judiciário, com vistas à concretização dos direitos sociais e à


garantia do mínimo existencial, tem adotado inúmeras decisões
relacionadas ao direito à saúde. Nesse sentido, destacamos o seguinte:

a) Segundo o STF, o direito à saúde (art. 196) é um direito


público subjetivo, assegurado à generalidade das pessoas, que
conduz o indivíduo e o Estado a uma relação jurídica
obrigacional.

Apesar de o art. 196, CF/88, ser uma norma programática, ele


impõe aos entes federativos um dever de atuação positiva. Assim,
para que se garanta a força normativa da Constituição, o Poder
Público deve atuar na concretização do direito à saúde. Com base
nesse entendimento, são várias as decisões do Poder Judiciário
determinando que a Administração Pública forneça
medicamentos e tratamento médico a indivíduos portadores de
doença.

b) O STF decidiu que a Administração Pública pode ser


obrigada, por decisão do Poder Judiciário, a manter estoque
mínimo de medicamento utilizado no combate a doença grave.5 A
manutenção de estoque mínimo do medicamento é importante para
que se possa garantir a continuidade dos tratamentos, evitando
prejuízos aos pacientes.

c) O STJ considera que o juiz pode determinar o bloqueio e o


sequestro de verbas públicas como forma de garantir o
fornecimento de medicamentos pelo Poder Público.6 Assim, caso a
Administração Pública se negue a cumprir decisão judicial que
determinou o fornecimento de medicamentos, o juiz poderá
determinar o bloqueio e o sequestro de verbas públicas.

O bloqueio e sequestro de verbas públicas deve ser encarado,


todavia, como uma medida de caráter excepcional, aplicável
somente quando ficar configurado que o Estado não está cumprindo
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sua obrigação de fornecer os medicamentos e de que essa demora


está trazendo riscos à saúde e à vida do doente.

É notório que a atuação do Poder Judiciário na implementação de


políticas públicas com vistas a concretizar direitos fundamentais tem se
intensificado nos últimos anos. Essa atuação tem ocorrido até mesmo em
matéria de política penitenciária e de segurança pública.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

!RE 429.903/RJ. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 25.06.2014
+
!REsp 1.069.810/RS. Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho. 23.10.2013.

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Conforme decidiu o STF, o Poder Judiciário pode determinar à


Administração Pública que execute obras emergenciais em
estabelecimentos prisionais (presídios) a fim de proteger os direitos
fundamentais dos detentos, assegurando-lhes o respeito à sua integridade
física e moral. Não se pode invocar, para contestar tal decisão, o princípio
da separação de poderes ou mesmo a cláusula da reserva do possível. 7

2.3- A vedação ao retrocesso:

O princípio da vedação ao retrocesso busca evitar que as conquistas


sociais já alcançadas pelo cidadão sejam desconstituídas. Segundo
Canotilho, baseado no princípio do não retrocesso social, os direitos
sociais, uma vez tendo sido previstos, passam a constituir tanto uma
garantia institucional quanto um direito subjetivo. Isso limita o
legislador e exige a realização de uma política condizente com esses
direitos, sendo inconstitucionais quaisquer medidas estatais que, sem a
criação de outros esquemas alternativos ou compensatórios, anulem,
revoguem ou aniquilem o seu núcleo essencial.

O STF considera que a “cláusula que veda o retrocesso em matéria de


direitos a prestações positivas do Estado (como o direito à educação, o
direito à saúde ou o direito à segurança pública, v.g.) traduz, no processo
de efetivação desses direitos fundamentais individuais ou coletivos,
obstáculo a que os níveis de concretização de tais prerrogativas, uma vez
atingidos, venham a ser ulteriormente reduzidos ou suprimidos pelo
Estado”. 8

(FUB – 2015) Os direitos sociais impõem deveres ao


Estado que assegurem ao cidadão condições mínimas
para uma vida digna, independentemente da existência
de recursos públicos para custeio; assim, autoriza-se a
livre invasão da atividade administrativa pelo Poder
Judiciário para efetivação daqueles direitos, fenômeno
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conhecido como judicialização de políticas públicas.

Comentários:

A existência de recursos públicos deve ser levada em


consideração na efetivação dos direitos sociais, apesar de
o Estado ter a obrigação de assegurar ao cidadão condições
mínimas para uma vida digna. Questão errada.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
,
!RE 592.581/RS. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 13.08.2015.
&
!STF, RE 436.996 – AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 22.11.2005.

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(PGE / PR – 2015) No que toca à realização dos direitos


sociais constitucionalmente garantidos, há que se atentar
para a vedação do retrocesso social, que se coloca apenas
às políticas públicas executivas, posto que não se pode
ferir a liberdade do legislador.

Comentários:

A vedação ao retrocesso social é um princípio que deve ser


observado pelo legislador (e não apenas pelas políticas
públicas executivas). Questão errada.

(PGE / PR – 2015) A teoria de efetivação dos direitos


sociais na dependência de recursos econômicos (“reserva
do possível”) é a adaptação de entendimento fixado pela
jurisprudência constitucional alemã e integralmente aceita
pelo Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Não se pode dizer que a “reserva do possível” é


integralmente aceita pelo STF. Isso porque, na visão da
Corte, há que se observar, também, o “mínimo existencial”.
Questão errada.

(MPE / BA – 2015) A implementação das prestações


materiais e jurídicas exigíveis para a redução das
desigualdades no plano fático, por dependerem em
grande medida da disponibilidade orçamentária do
Estado, faz com que estes direitos tenham o seu campo
de efetividade mais dificultado que os direitos de primeira
geração.

Comentários:
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De fato, a concretização (efetivação) dos direitos sociais é


mais complexa do que a dos direitos de liberdade (de
primeira geração). Isso porque a efetivação dos direitos
sociais depende da execução de políticas públicas, as quais,
para serem realizadas, exigem recursos econômicos.
Questão correta.

(DPE / PE – 2015) De acordo com o entendimento do


STF, é inadmissível que o Poder Judiciário disponha sobre
políticas públicas de segurança, mesmo em caso de
persistente omissão do Estado, haja vista a indevida
ingerência em questão, que envolve a discricionariedade

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do Poder Executivo.

Comentários:

A segurança é um direito social que deve ser garantido


mediante políticas públicas do Estado. Porém, havendo
persistente omissão do Estado, poderá, sim, o Poder
Judiciário intervir. Questão errada.

3- Os direitos sociais individuais dos trabalhadores (art. 7º):

No art. 7º da Constituição, são enumerados os direitos sociais individuais


dos trabalhadores. Leia-o atentamente, pois ele costuma ser cobrado em
sua literalidade.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social:

Note que a Constituição, no caput do art. 7º, equipara os direitos do


trabalhador rural aos do trabalhador urbano.

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem


justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos;

Esse dispositivo é típica norma de eficácia limitada, exigindo lei


complementar que proteja a relação de emprego contra despedida
arbitrária ou sem justa causa. Trata-se do direito à segurança no
emprego.

Segundo o art. 10, do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais


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Transitórias), até a promulgação da mencionada lei complementar, a


indenização contra a despedida arbitrária ou sem justa causa ficará
restrita a 40% sobre os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), realizados em favor do empregado.

Cabe destacar que a proteção conferida pela Constituição somente alcança


a despedida arbitrária ou sem justa causa. Não haverá indenização,
portanto, diante da despedida por justa causa.

A CF/88 extinguiu a antiga “estabilidade decenal”, que, apesar de


estar prevista na CLT, não foi recepcionada pela nova ordem
constitucional. Pela regra da estabilidade decenal, o empregado que

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tivesse mais de 10 anos de empresa não poderia ser demitido, salvo em


caso de falta grave ou circunstância de força maior.

Hoje, nem mesmo a despedida arbitrária ou sem custa causa são


proibidas. Elas poderão ocorrer, cabendo, todavia, indenização. Destaque-
se que o art. 10, do ADCT, estabelece 2 (dois) casos de vedação
absoluta à dispensa arbitrária ou sem justa causa:

a) Do empregado eleito para cargo de direção de comissões


internas de prevenção de acidentes (CIPA), desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato;

b) Da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até


cinco meses após o parto.

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

Note que o seguro-desemprego só é devido no caso de desemprego


involuntário. As bancas examinadoras adoram confundir os candidatos,
falando em desemprego “voluntário”, o que estará errado.

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

O FGTS (Fundo de Garantia) é recolhido pelo empregador à alíquota de


8% sobre a remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada
trabalhador. Destaque-se que o FGTS não é direito dos servidores
públicos estatutários.

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de


atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
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preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer


fim;

O salário mínimo deve ser fixado em lei formal: verifica-se, aqui,


hipótese de reserva legal. Em torno desse tema, houve relevante
controvérsia apreciada pelo STF. A Lei nº 12.382/2011 estabeleceu que o
valor do salário mínimo seria de R$ 545,00, mas que decreto presidencial
seria responsável pelos reajustes e aumentos salariais segundo
determinados índices.

Segundo o STF, a Lei nº 12.382/2011 é constitucional, não havendo óbice


a que um decreto presidencial estabeleça os reajustes, cuja fórmula e

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índices estão previstos na própria lei. O decreto presidencial não estaria,


assim, fixando o valor do salário mínimo; ele seria um mero ato
declaratório do valor reajustado segundo a política de valorização
prevista na lei. 9

O salário mínimo é único para todo o território nacional, o que impede


a existência de salários mínimos regionais. Destaque-se que existem os
chamados “pisos salariais”, que não se confundem com salário mínimo, e
são resultantes de negociações coletivas de trabalho.

O salário mínimo não pode sofrer vinculação, ou seja, servir como


indexador, para qualquer fim. É relevante destacar que esse impedimento
à vinculação do salário mínimo tem como objetivo evitar que aumentos do
seu valor se propaguem para toda a economia, prejudicando o poder
aquisitivo.

Para fecharmos esse tópico, é importante que você saiba que o STF
permite que os conscritos recebam remuneração inferior ao salário-
mínimo. Veja o que dispõe a Súmula Vinculante no 06, que poderá ser
cobrada em sua prova:

Súmula Vinculante nº 06: “Não viola a Constituição o


estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo
para as praças prestadoras de serviço militar inicial”.

A justificativa para essa exceção é que a Constituição Federal não


estendeu aos militares a garantia de remuneração não inferior ao
salário mínimo, como o fez para outras categorias de trabalhadores. O
regime a que submetem os militares não se confunde com aquele
aplicável aos servidores civis, visto que têm direitos, garantias,
prerrogativas e impedimentos próprios. Isso porque os cidadãos que
prestam serviço militar obrigatório exercem um múnus público relacionado
com a defesa da soberania da pátria. Por isso mesmo, a obrigação do
Estado quanto aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condições
materiais para a adequada prestação do serviço militar obrigatório nas
Forças Armadas.
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V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

O piso salarial é estabelecido por categoria de trabalhadores e fixado


mediante negociação coletiva de trabalho. Na fixação do piso salarial,
deve-se levar em consideração a extensão e a complexidade do trabalho.

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo


coletivo;

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9
STF, ADI 4568/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia. 03.11.2011.

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A irredutibilidade do salário guarda estreita relação com o princípio da


vedação ao retrocesso. Assim, em regra, o salário não poderá ser
reduzido. A redução salarial é hipótese excepcional, que somente
ocorrerá mediante negociação coletiva de trabalho (convenção
coletiva ou acordo coletivo).

Destaque-se que convenção coletiva e acordo coletivo são espécies do


gênero “negociação coletiva de trabalho”. Convenção coletiva de
trabalho é uma negociação entre o sindicato dos trabalhadores e o
sindicato patronal. Já o acordo coletivo de trabalho, é uma negociação
entre o sindicato dos trabalhadores e uma empresa ou grupo de
empresas.

A negociação coletiva de trabalho pode, portanto, flexibilizar a


irredutibilidade salarial. Essa flexibilidade se deve ao fato de que, muitas
vezes, é mais benéfico para uma categoria aceitar uma redução salarial
(numa crise econômica, por exemplo), que arcar com um grande aumento
do desemprego.

(TRT 2a Região – 2015) A irredutibilidade salarial não é


absoluta, sendo lícita mediante previsão em convenção ou
acordo coletivo.

Comentários:

É possível a redução salarial através de convenção ou acordo


coletivo. Portanto, a irredutibilidade salarial não é absoluta.
Questão correta.

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que


percebem remuneração variável;

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Há alguns trabalhadores que possuem remuneração variável. Como


exemplo, citamos um funcionário de uma loja que recebe por comissão de
suas vendas. Em meses com alto volume de vendas, ele recebe muito
bem; porém, em um mês de vendas fracas, ele terá uma remuneração
bastante reduzida. A Constituição garante, entretanto, que esse
trabalhador nunca receberá uma remuneração inferior ao salário
mínimo.

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no


valor da aposentadoria;

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O décimo terceiro salário é o que se conhece por gratificação natalina.

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Esse dispositivo garante aos trabalhadores a percepção de adicional


noturno. Destaque-se que o valor do adicional noturno não é definido
pela Constituição Federal, mas sim pela legislação infraconstitucional.
Atualmente, o adicional noturno é de 20% para o trabalho em ambiente
urbano e 25% em ambiente rural.

É importante que você saiba que a previsão de remuneração do trabalho


noturno superior à do diurno é devida inclusive para os empregados que
trabalham em regime de revezamento. É o que dispõe a Súmula 213
do STF, segundo a qual:

“É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o


empregado ao regime de revezamento.”

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção


dolosa;

A maior parte da população brasileira não possui poupança, dependendo


do salário para sobreviver. O salário é, portanto, uma verba de natureza
alimentar; em razão disso é que constitui crime sua retenção dolosa
por parte do empregador.

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da


remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa,
conforme definido em lei;

Trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de lei para produzir


todos os seus efeitos. A participação nos lucros é desvinculada da
remuneração e é uma forma de se estimular a produtividade do
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trabalhador.

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de


baixa renda nos termos da lei;

O salário-família é um benefício previdenciário, sendo devido somente


ao trabalhador de baixa renda. É pago em cotas, de acordo com o
número de dependentes (se o trabalhador possui um dependente, ele
recebe uma cota do salário-família; se ele possui dois dependentes, ele
recebe duas cotas de salário-família).

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Os critérios para o recebimento do salário-família são definidos em lei


formal. Mais uma vez, estamos diante de uma norma de eficácia limitada.

(TRT 2a Região – 2015) O salário-família será pago em


virtude do dependente do trabalhador, sem se cogitar da
renda por ele auferida, já que se trata de um direito social
garantido constitucionalmente.

Comentários:

O salário família somente é devido ao trabalhador de


baixa renda. Questão errada.

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e


quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

A regra é a prestação de trabalho por até 8 horas diárias e 44 horas


semanais. Normalmente, isso é feito mediante jornadas de 8 horas de
segunda-feira a sexta-feira e de 4 horas no sábado. É possível a
compensação de horários: um trabalhador que tenha um contrato de
trabalho de 44 horas semanais e 8 horas diárias poderá, por exemplo,
trabalhador 2 horas a menos em um determinado dia, compensando-as
posteriormente.

Cabe destacar que, excepcionalmente, é possível haver redução da


jornada de trabalho, mediante acordo ou convenção coletiva.

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos


ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

O trabalho prestado em turnos ininterruptos de revezamento é aquele em


que há alternância de horários; nesse regime de trabalho, os
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trabalhadores se revezam nos postos de trabalho. Em um determinado


dia, trabalha à noite; no outro, pela manhã; no outro, à tarde.

Nesse caso, devido ao grande desgaste para a saúde do trabalhador, a


Constituição prevê uma jornada de seis horas. Note que esta poderá,
excepcionalmente, ser aumentada, em caso de negociação coletiva

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

Atente para a palavra preferencialmente. Não há obrigação de


concessão desse repouso no domingo: ele pode acontecer em qualquer
outro dia da semana.

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XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em


cinquenta por cento à do normal;

A remuneração do serviço extraordinário é o que se conhece por hora-


extra. Note a expressão “no mínimo”! Uma questão de concurso que
disser que essa remuneração é necessariamente 50% superior à do
serviço normal estará errada.

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a


mais do que o salário normal;

Esse dispositivo trata do adicional de férias. O trabalhador faz jus férias,


recebendo, durante esse período, sua remuneração acrescida de, no
mínimo, 1/3 do salário normal. Assim, o trabalhador poderá receber
um adicional de férias superior a 1/3 do salário.

Note que a Constituição não dispôs sobre a duração das férias,


deixando essa tarefa para a legislação infraconstitucional.

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a


duração de cento e vinte dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

A licença à gestante tem duração de 120 dias, conforme definido pela


Constituição. Durante esse período, a gestante fica licenciada, sem que
perca seu emprego e remuneração. Assim, ela mantém seu vínculo de
emprego com a empresa e continua a receber sua remuneração.

A licença-paternidade, por sua vez, é benefício que depende de


regulamentação por lei: trata-se, portanto, de norma de eficácia limitada.
Como essa lei não foi editada até hoje, está em vigor o mandamento
previsto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
Segundo o art. 10, § 1º, do ADCT, "até que lei venha a disciplinar o
disposto no art. 7º, XIX da Constituição, o prazo da licença-paternidade a
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que se refere o inciso é de cinco dias".

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


específicos, nos termos da lei;

A proteção ao mercado de trabalho da mulher tem como objetivo alcançar


a igualdade material. Nesse caso, almeja-se estabelecer a igualdade de
gêneros. Trata-se de mais uma norma de eficácia limitada.

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de


trinta dias, nos termos da lei;

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O aviso prévio se aplica aos contratos de trabalho por tempo


indeterminado. É um instituto que tem como objetivo permitir que o
trabalhador tenha um tempo para buscar um novo emprego após tomar
conhecimento da intenção do empregador de demiti-lo.

O aviso prévio deve ser proporcional ao tempo de serviço: quanto


maior o tempo de serviço, maior será o prazo do aviso prévio. Deve-se
observar, contudo, que o prazo mínimo do aviso prévio é de 30 dias.

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de


saúde, higiene e segurança;

A segurança e a saúde no trabalho são considerados direitos essenciais


dos trabalhadores. A redução dos riscos inerentes ao trabalho é,
portanto, uma face importante das políticas públicas em matéria
trabalhista. Esse dispositivo é que ampara a edição, pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, das chamadas NR’s (Normas Regulamentadoras).

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres


ou perigosas, na forma da lei;

As atividades penosas, insalubres ou perigosas implicam no pagamento de


adicional de remuneração aos trabalhadores. Assim, um trabalhador
que exerça atividade perigosa (contato permanente com inflamáveis e
explosivos) receberá adicional de periculosidade; por sua vez, um
trabalhador que exerça atividade insalubre receberá o adicional de
insalubridade.

XXIV - aposentadoria;

A aposentadoria é um benefício previdenciário assegurado aos


trabalhadores. Não é nosso objetivo, nesse momento, discorrer sobre os
vários tipos de aposentadoria e os requisitos para sua concessão.

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento


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até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

A assistência gratuita em creches e pré-escolas é devida aos filhos e


dependentes do trabalhador, desde o nascimento até 5 (cinco anos)
de idade. Atente para esse limite de idade!

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

As negociações coletivas de trabalho podem ser de dois tipos: i)


convenções coletivas de trabalho (celebradas entre sindicato patronal
e sindicato dos trabalhadores) e; ii) acordos coletivos de trabalho
(celebrados entre sindicato dos trabalhadores e uma empresa ou grupo de

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empresas). Destaque-se que as negociações coletivas de trabalho são


consideradas fontes do direito do trabalho.

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

Trata-se de dispositivo que visa evitar que as inovações tecnológicas


substituam o papel desempenhado pelos trabalhadores, buscando garantir
que não haja diminuição do número de postos de trabalho. É uma típica
norma de eficácia limitada, cuja concretização depende de lei
regulamentadora.

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,


sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa;

O seguro contra acidentes de trabalho é um encargo do empregador,


mas que não o exime de indenizar o empregado, quando tiver
incorrido em dolo ou culpa. Em outras palavras, mesmo pagando seguro
contra acidentes de trabalho, o empregador continua sujeito à indenização
caso estes ocorram. Entretanto, é necessário que haja dolo ou culpa.

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho,


com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

Esse inciso precisa ser analisado com atenção. Inicialmente, verifique que,
tanto para o trabalhador urbano quanto para o rural, há possibilidade de
se requererem créditos relativos aos últimos cinco anos do contrato
de trabalho. É a chamada prescrição quinquenal.

Entretanto, desfeito o vínculo laboral, o trabalhador terá apenas


dois anos para reclamar tais créditos na Justiça. Nesse caso,
entretanto, a cada dia de inércia, perderá um dia de direito. Se entrar com
uma ação trabalhista no último dia do prazo de dois anos, só poderá
reaver os créditos referentes aos três últimos anos do contrato de
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trabalho, por exemplo.

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de


critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e


critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e


intelectual ou entre os profissionais respectivos;

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Esses três dispositivos traduzem obrigações de não-discriminação, de


isonomia. O inciso XXX proíbe que sejam estabelecidas diferença de
salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de
sexo, idade, cor ou estado civil. O inciso XXXI impede que haja
discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador
portador de deficiência. Por último, o inciso XXXII veda a distinção
entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos.

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores


de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

“Dissecando-se” esse dispositivo, temos que:

a) A idade mínima para se trabalhar é aos dezesseis anos. Há,


entretanto, uma exceção a esse limite mínimo de idade: pode-se trabalhar
a partir dos quatorze anos de idade, na condição de aprendiz.

b) Os menores de dezoito anos jamais poderão exercer trabalho


noturno, perigoso ou insalubre.

Assim, entre os 14 e 16 anos, só pode trabalhar o menor aprendiz. Dos 16


aos 18 anos, qualquer um pode trabalhar, desde que não seja um
trabalho noturno, perigoso ou insalubre. A partir dos 18 anos, o indivíduo
pode exercer qualquer trabalho, inclusive o noturno, perigoso ou
insalubre.

(TRT 2a Região – 2015) O trabalhador faz jus a seguro


contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este esta obrigado, apenas
quando for resultado de dolo ou culpa.

Comentários:
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É isso mesmo. O trabalhador faz jus a seguro contra


acidentes de trabalho. Ademais, a indenização somente será
devida ao trabalhador quando o empregador incorrer em
dolo ou culpa. Questão correta.

(FUB – 2015) A realização de trabalho noturno, perigoso ou


insalubre por menor de dezoito anos de idade é permitida
desde que o empregador pague a esse trabalhador adicional
pecuniário.

Comentários:

Os menores de 18 anos não podem, em qualquer situação,

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realizar trabalho noturno, perigoso ou insalubre. Questão


errada.

(TJ / MG – 2015) É prevista ação, quanto aos créditos


resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
Comentários:

É exatamente o que prevê a literalidade do art. 7º, XXIX,


CF/88. Questão correta.

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo


empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O trabalhador avulso é aquele que presta serviços a várias empresas, mas


que é contratado por um órgão gestor de mão-de-obra (OGMO). É o caso,
por exemplo, dos estivadores e carregadores que trabalham nos portos.

A Constituição Federal de 1988 reconhece a igualdade de direitos entre


o trabalhador avulso e o trabalhador com vínculo empregatício
permanente.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores


domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,
XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação
do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social.
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O parágrafo único do art. 7º da Constituição sofreu importantes


modificações pela Emenda Constitucional nº 72/2013 que assegurou
importantes direitos trabalhistas aos empregados domésticos. O
objetivo da EC nº 72/2013 foi justamente assegurar igualdade de
direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais
trabalhadores urbanos e rurais. Destaque-se que, mesmo após a referida
emenda constitucional, nem todos os direitos trabalhistas foram
assegurados aos empregados domésticos.

Na tabela abaixo, relaciono todos os direitos dos domésticos e


destaco, em negrito, tudo aquilo que resulta de previsão da EC no
72/2013:

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Salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,


capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às
de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim.

Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção


ou acordo coletivo.

Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para


os que percebem remuneração variável (direito
assegurado após a EC no 72/2013).

Proteção do salário na forma da lei, constituindo


crime sua retenção dolosa (direito assegurado após
a EC no 72/2013).

Décimo terceiro salário com base na remuneração integral


Direitos do ou no valor da aposentadoria.
doméstico
Duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho (direito assegurado após a EC no 72/2013).

Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos


domingos.

Remuneração do serviço extraordinário superior, no


mínimo, em cinquenta por cento à do normal
(direito assegurado após a EC no 72/2013).
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Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um


terço a mais do que o salário normal.

Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,


com a duração de cento e vinte dias.

Licença-paternidade, nos termos fixados em lei.

Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no


mínimo de trinta dias, nos termos da lei.

Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio


de normas de saúde, higiene e segurança (direito

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assegurado após a EC no 72/2013).

Aposentadoria.

Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de


trabalho (direito assegurado após a EC no 72/2013).

Proibição de diferença de salários, de exercício de


funções e de critério de admissão por motivo de
sexo, idade, cor ou estado civil (direito assegurado
após a EC no 72/2013).

Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e


critérios de admissão do trabalhador portador de
deficiência (direito assegurado após a EC no 72/2013).

Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre


a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos (direito
assegurado após a EC no 72/2013).

Integração à previdência social.

Relação de emprego protegida contra despedida


arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos (direito
assegurado após a EC no 72/2013).

Seguro-desemprego, em caso de desemprego


involuntário (direito assegurado após a EC no
72/2013).

Fundo de garantia do tempo de serviço (direito


assegurado após a EC no 72/2013).
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Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno


(direito assegurado após a EC no 72/2013).

Salário-família pago em razão do dependente do


trabalhador de baixa renda nos termos da lei
(direito assegurado após a EC no 72/2013).

Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde


o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas (direito assegurado após a EC
no 72/2013).

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Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do


empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa
(direito assegurado após a EC no 72/2013).

Outro ponto importante é que alguns dos direitos previstos pela EC no


72/2013 precisam de regulamentação para que possam ser usufruídos.
Em outras palavras, eles não puderam ser usufruídos de imediato,
assim que foi promulgada a EC nº 72/2013. Foi necessária a
regulamentação, que só ocorreu por meio da Lei Complementar nº 150/
2015. São eles:

- Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem


justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
indenização compensatória, dentre outros direitos;

- Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

- Fundo de garantia do tempo de serviço;

- Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

- Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de


baixa renda nos termos da lei;

- Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento


até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

- Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,


sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa.

Não custa sistematizar tudo isso em outra tabela, para melhor


compreensão: 04311532997

Direitos assegurados aos Direitos assegurados aos domésticos pela PEC


domésticos por normas no 72/2013
originárias da Constituição
De exercício imediato:
• Salário mínimo, fixado
em lei, nacionalmente
• Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo,
unificado, capaz de atender a
para os que percebem remuneração variável;
suas necessidades vitais
• Proteção do salário na forma da lei,
básicas e às de sua família
constituindo crime sua retenção dolosa;
com moradia, alimentação,
• Duração do trabalho normal não superior a oito
educação, saúde, lazer,
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada
vestuário, higiene, transporte
a compensação de horários e a redução da jornada,

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e previdência social, com mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;


reajustes periódicos que lhe • Remuneração do serviço extraordinário
preservem o poder aquisitivo, superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
sendo vedada sua vinculação normal;
para qualquer fim; • Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
• Irredutibilidade do meio de normas de saúde, higiene e segurança;
salário, salvo o disposto em • Reconhecimento das convenções e acordos
convenção ou acordo coletivo; coletivos de trabalho;
• Décimo terceiro salário • Proibição de diferença de salários, de exercício
com base na remuneração de funções e de critério de admissão por motivo de
integral ou no valor da sexo, idade, cor ou estado civil;
aposentadoria; • Proibição de qualquer discriminação no tocante
• Repouso semanal a salário e critérios de admissão do trabalhador
remunerado, portador de deficiência;
preferencialmente aos • Proibição de trabalho noturno, perigoso ou
domingos; insalubre a menores de dezoito e de qualquer
• Gozo de férias anuais trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
remuneradas com, pelo condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
menos, um terço a mais do Direitos de exercício condicionado à obediência
que o salário normal; à regulamentação legal
• Licença à gestante, sem
prejuízo do emprego e do • Relação de emprego protegida contra
salário, com a duração de despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
cento e vinte dias; de lei complementar, que preverá indenização
• Licença-paternidade, compensatória, dentre outros direitos;
nos termos fixados em lei; • Seguro-desemprego, em caso de desemprego
• Aviso prévio involuntário;
proporcional ao tempo de • Fundo de garantia do tempo de serviço;
serviço, sendo no mínimo de • Remuneração do trabalho noturno superior à
trinta dias, nos termos da lei; do diurno;
• Aposentadoria; • Salário-família pago em razão do dependente
• Integração à do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
previdência social. • Assistência gratuita aos filhos e dependentes
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas;
• Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo
do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
04311532997

Como poucos direitos listados nos incisos do art. 7º da Constituição


ficaram “de fora”, ou seja, poucos não foram atribuídos aos
domésticos, acho interessante lista-los abaixo, para que você não caia
em eventuais “pegadinhas” de prova:

• Piso salarial proporcional à extensão e


Direitos que não foram, à complexidade do trabalho;
atribuídos, pela CF/88, • Participação nos lucros, ou resultados,
aos domésticos. desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na

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gestão da empresa, conforme definido


em lei;
• Jornada de seis horas para o trabalho
realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação
coletiva;
• Proteção do mercado de trabalho da
mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
• Adicional de remuneração para as
atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;
• Proteção em face da automação, na
forma da lei;
• Ação, quanto aos créditos resultantes
das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
• Proibição de distinção entre trabalho
manual, técnico e intelectual ou entre
os profissionais respectivos;
• Igualdade de direitos entre o
trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.

Obviamente, alguns desses direitos não foram previstos para o doméstico


pelas próprias características do trabalho. Não faria sentido, por exemplo,
prever uma “participação nos lucros”, já que não trabalham em uma
pessoa jurídica.

Apesar dessa aparente falta de isonomia, é importante que você atente


para um detalhe: a Constituição Federal prevê, sim, a igualdade de
04311532997

direitos entre domésticos e demais trabalhadores, urbanos e rurais. Nos


termos da PEC no 72/2013, diz-se que esta “altera a redação do parágrafo
único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de
direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais
trabalhadores urbanos e rurais”.

(UEG – 2015) Os empregados domésticos passaram a ter


direitos sociais antes previstos apenas para os demais
trabalhadores em geral. É o caso do piso salarial nacional, que
deve ser proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.

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Comentários:

A EC nº 72/2013 não atribuiu aos empregados domésticos o


direito ao piso salarial proporcional à extensão e à complexidade
do trabalho. Questão errada.

4- Os direitos sociais coletivos dos trabalhadores:

Em seus arts. 8º a 11, a Constituição enumera vários direitos coletivos


dos trabalhadores. Que tal lermos esses dispositivos juntos, fazendo os
apontamentos necessários para gabaritar as questões de prova a eles
referentes?

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o


seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de


sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

A fundação de sindicato independe de autorização estatal (nem


mesmo a lei poderá fazer tal exigência). Todavia, a fundação de sindicato
necessita de registro em órgão competente, ou seja, registro no
Ministério do Trabalho e Emprego. Destaque-se que é vedada a
interferência do Poder Público nos sindicatos (princípio da autonomia
sindical).

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em


qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na
mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município;

Esse dispositivo consagra o princípio da unicidade da organização


04311532997

sindical, que é um limitador da autonomia sindical. Segundo esse


princípio, não podem coexistir mais de um sindicato da mesma
categoria profissional (trabalhadores) ou econômica (empregadores)
dentro de uma idêntica base territorial, que não poderá ser inferior à
área de um Município. Como exemplo, só poderá haver um Sindicato de
professores no Município de Belo Horizonte.

E em caso de existirem mais de um sindicato na mesma base territorial?

Nesse caso, estaremos diante de um conflito, a ser resolvido pela


anterioridade, ou seja, a categoria será representada pela entidade que
primeiro realizou seu registro no órgão competente. Percebe-se, aqui, que

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o registro do sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego é um


instrumento essencial para que o Estado realize o controle da unicidade
sindical.

(Manausprev – 2015) O princípio da unicidade sindical


garante a existência de uma única organização sindical
representativa de um mesmo grupo de trabalhadores ou de
empresários numa mesma base territorial.

Comentários:

De fato, o princípio da unicidade sindical, previsto no inciso


II do art. 8º da Constituição, determina que não podem
coexistir mais de um sindicato da mesma categoria
profissional (trabalhadores) ou econômica (empregadores)
dentro de uma idêntica base territorial, que não poderá ser
inferior à área de um Município. Questão correta.

(Manausprev – 2015) A fundação de sindicato depende de


autorização estatal, cabendo ao Poder Público definir a
abrangência territorial de determinada organização sindical.

Comentários:

A fundação de sindicato independe de autorização estatal. A


abrangência territorial da organização sindical é definida pelo
trabalhadores ou empregadores interessados. Questão errada.

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou


individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
administrativas;

Destaca-se que o STF, com base no inciso acima, entende que o sindicato
04311532997

pode atuar na defesa de todos os direitos individuais e coletivos dos


integrantes da categoria que representa. Exemplo: o sindicato dos
Auditores da Receita Federal poderá atuar na defesa judicial ou
administrativa de um único membro acusado de acesso imotivado aos
sistemas do órgão.

O STF considera, ainda, que o art. 8º, inciso III, assegura ampla
legitimidade ativa aos sindicatos para atuarem como substitutos
processuais das categorias que representam, na defesa de direitos e
interesses coletivos ou individuais de seus integrantes. Conforme já se

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sabe, quando se trata de substituição processual, não há necessidade


de prévia autorização dos trabalhadores.10

IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de


categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema
confederativo da representação sindical respectiva, independentemente
da contribuição prevista em lei;

É fundamental sabermos a diferença entre a contribuição confederativa e


a contribuição sindical.

A contribuição confederativa tem fundamento no art. 8º, inciso IV,


CF/88. Possui caráter facultativo, sendo cobrada apenas dos filiados do
sindicato. Sabe-se que ninguém é obrigado a filiar-se ou manter-se filiado,
mas aqueles que o fizerem deverão pagar a contribuição confederativa.
Não possui natureza jurídica tributária, sendo seu valor fixado pela
assembleia geral.

Sobre a contribuição confederativa, o STF editou a Súmula Vinculante nº


40:

Súmula Vinculante nº 40: A contribuição confederativa de que


trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados
ao sindicato respectivo.

A contribuição sindical, por sua vez, tem fundamento no art. 149,


CF/88. Possui natureza jurídica tributária e, portanto, sua cobrança é
compulsória de todos os integrantes da categoria econômica ou
profissional, independentemente de serem sindicalizados ou não.11 Seu
valor é fixado em lei.

Para melhor fixação das duas possíveis contribuições a serem fixadas por
sindicato, veja o quadro abaixo:

Contribuição confederativa Contribuição sindical


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• É facultativa; • É obrigatória;


• Fixada pela assembleia geral • Fixada em lei;
• Natureza de tributo

(Manausprev – 2015) A contribuição confederativa é encargo


de caráter tributário, compulsório, que sujeita, além dos
filiados, todos os profissionais da categoria.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10
STF, RE nº 193.503/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa. 12.06.2006.
11
STF, RE 534829 MT, DJe-158, 24/08/2009.

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Comentários:

A contribuição confederativa é exigida apenas dos filiados e,


em razão disso, não possui natureza tributária. Questão
errada.

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

Trata-se do princípio da liberdade de inscrição sindical, segundo o qual


os trabalhadores são livres para decidirem se filiar ou manter-se filiado a
sindicato. Em outras palavras, a participação em sindicato não é
compulsória. Cabe destacar que o art. 8º, V, CF/88 é corolário
(consequência) do princípio da liberdade de associação (5º, XX),
segundo o qual “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou manter-
se associado”.

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas


de trabalho;

Os sindicatos tem atuação importante nas negociações coletivas de


trabalho (convenções coletivas e acordos coletivos). Nas convenções
coletivas, a negociação se dá entre sindicato de trabalhadores e sindicato
patronal; nos acordos coletivos, entre o sindicato de trabalhadores e uma
empresa ou grupo de empresas. Em todos os casos, percebe-se que
haverá participação do sindicato.

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas


organizações sindicais;

A CF/88 garante ao aposentado ampla participação no sindicato da


categoria, podendo votar e ser votado. Assim, o aposentado poderá ser
eleito dirigente sindical. 04311532997

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do


registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se
eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se
cometer falta grave nos termos da lei.

Trata-se da estabilidade sindical, que consiste em proteção especial


dispensada aos dirigentes eleitos dos trabalhadores. O empregado que se
candidatar a cargo de direção ou representação sindical, não poderá ser
dispensado a partir do registro de sua candidatura. Se eleito
(mesmo suplente), não poderá ser dispensado até um ano depois de
findo o mandato, exceto se cometer falta grave, nos termos da lei.

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Perceba que, mesmo após ter sido eleito dirigente ou representante


sindical, o empregado poderá ser dispensado. No entanto, a dispensa
somente poderá ocorrer caso ele cometa falta grave.

A estabilidade sindical é relativa, sendo possível a dispensa do


empregado em virtude da extinção da empresa na qual ele exercia suas
atividades. Segundo o STF, “a garantia constitucional assegurada ao
empregado enquanto no cumprimento de mandato sindical (CF, art. 8º,
VIII) não se destina a ele propriamente dito, ex intuitu personae,
mas sim à representação sindical de que se investe, que deixa de
existir, entretanto, se extinta a empresa empregadora”. 12

(Manausprev – 2015) A garantia constitucional


assegurada ao empregado enquanto no cumprimento de
mandato sindical se destina à pessoa do empregado e
tem intuitu personae.

Comentários:

A jurisprudência do STF é no sentido contrário. Segundo a


Corte, a garantia da estabilidade sindical não se destina à
pessoa do empregado, mas sim à representação sindical de
que ele se investe. Questão errada.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização


de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições
que a lei estabelecer.

A Constituição Federal, para não deixar qualquer margem de dúvida,


dispôs que as regras do art.8º também se aplicam aos sindicatos rurais e
de colônias de pescadores.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores


decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que
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devam por meio dele defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o


atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

O art. 9º da CF assegura aos trabalhadores o direito de greve. Não se


trata de direito absoluto, uma vez que as necessidades inadiáveis da

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∀∋
!RE 222.334. Rel. Min. Maurício Corrêa.!DJ: 08.03.2002.

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comunidade deverão ser atendidas e aqueles que abusarem do direito


ficarão sujeitos a penas fixadas em lei.

A doutrina majoritária considera que o direito de greve dos


trabalhadores da iniciativa privada (regidos pela CLT) é norma de
eficácia contida, pois poderá ser restringido por lei. Recorde-se que o
direito de greve dos servidores públicos é norma de eficácia limitada,
dependendo, para seu exercício, da edição de lei regulamentadora.

Segundo o STF, “não constitui falta grave a entrada do empregado em


greve, desde que não se trate de movimento condenado pela Justiça do
Trabalho e desde que o comportamento seja pacífico no pertinente.”13
Com efeito, a adesão ao movimento grevista não pode ser considerada
falta grave, mas sim um direito do trabalhador.

Observe que, apesar de o direito de greve ser considerado um direito


social, ele não envolve qualquer prestação positiva por parte do
Estado. Ao contrário, deverá o Estado abster-se de atuar, permitindo
que os trabalhadores defendam seus interesses por meio de movimento
grevista.

(TJ / SC – 2015) O direito de greve é um direito social,


não dependendo de uma prestação estatal específica para
o seu exercício.

Comentários:

Apesar de ser um direito social, o direito de greve não


depende de prestação estatal específica para o seu
exercício. Questão correta.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores


nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais 04311532997

ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Esse dispositivo é, normalmente, cobrado em sua literalidade. Basta saber


que os trabalhadores e empregadores têm direito a participar no
colegiado de órgãos públicos em que seus interesses profissionais
ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Apenas
para ilustrar com um exemplo, o Conselho Nacional de Previdência Social
(CNPS) é um órgão colegiado do qual participam representantes do
Governo, dos trabalhadores em atividade, dos empregadores e dos
aposentados.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
13
STF, RE nº 51.301. Rel. Min. Cunha Melo.

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Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a


eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de
promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

O objetivo do art. 11 é melhorar a interlocução entre empregadores


e empregados naquelas empresas com grande número de trabalhadores.
Assim, nas empresas com mais de 200 empregados, é assegurada a
eleição de um representante destes. Esse representante terá a tarefa
(finalidade exclusiva) de promover o entendimento direito entre os
empregados e os empregadores.

(Polícia Rodoviária Federal – 2014) Nas empresas com


mais de cem empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover
o entendimento direto com os empregadores.

Comentários:

A questão foi no detalhe! Essa regra somente se aplica às


empresas com mais de 200 empregados. Questão errada.

Nacionalidade

1- Introdução:

Segundo a doutrina dominante, os elementos constitutivos do Estado são


território, povo e governo soberano. Dentre esses três elementos, o povo
é o que constitui a dimensão pessoal do Estado. Ao contrário da
população (composta pelo conjunto de pessoas que habitam o território de
um Estado), o povo compõe-se dos seus nacionais, independentemente do
local em que residam.

A nacionalidade é justamente o vínculo jurídico-político entre o Estado 04311532997

soberano e o indivíduo, que torna este um membro integrante da


comunidade que constitui o Estado. Segundo Mazzuoli, a nacionalidade
comporta duas dimensões: a dimensão vertical (que liga o indivíduo ao
Estado) e a dimensão horizontal (que liga o indivíduo ao elemento
povo).14 A dimensão vertical da nacionalidade impõe obrigações ao
indivíduo perante o Estado, próprias de uma relação de subordinação. Já a
dimensão horizontal, pressupõe uma relação sem grau hierárquico, isto é,
uma relação paritária do indivíduo com a comunidade à qual pertence.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
14
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público, 4ª ed. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.

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Compete a cada Estado legislar sobre sua própria nacionalidade,


respeitando, é claro, os compromissos gerais e particulares aos quais
tenha se obrigado. O Estado soberano é, afinal, o único outorgante
possível da nacionalidade. É ele quem tem poder para determinar quem
são seus nacionais, quais as condições de aquisição da nacionalidade e,
ainda, disciplinar sua perda. Pode-se afirmar, portanto, que o
estabelecimento de critérios para a concessão de nacionalidade é ato de
manifestação da soberania estatal.

Nacionalidade não se confunde com cidadania. A cidadania é um


atributo que diferencia aqueles que possuem pleno gozo dos direitos
políticos daqueles que não possuem esse direito. Já a nacionalidade é o
que diferencia os nacionais dos estrangeiros, isto é, diferencia os
indivíduos que possuem uma ligação pessoal com o Estado daqueles que
não o tem. O conceito de nacionalidade é mais amplo que o de
cidadania, o que se pode depreender a partir do exame do caso
brasileiro. Como regra geral, todos aqueles que possuem cidadania
brasileira também possuem nacionalidade brasileira. Já o contrário nem
sempre é verdade! Uma criança de 5 anos de idade possui nacionalidade
brasileira, mas não possui cidadania, pois ainda não goza plenamente de
seus direitos políticos.

2- Atribuição de Nacionalidade pelo direito brasileiro:

A doutrina fala na existência de dois tipos de nacionalidade: a


nacionalidade originária (primária) e a nacionalidade derivada
(adquirida ou secundária).

A nacionalidade originária é aquela que resulta de um fato natural,


o nascimento; diz-se, portanto, que é uma forma involuntária de aquisição
de nacionalidade. É atribuída ao indivíduo em razão de critérios
sanguíneos (“jus sanguinis”), territoriais (“jus soli”) ou mistos. Os
brasileiros que recebem a nacionalidade originária são chamados de
04311532997

“brasileiros natos”.

A nacionalidade derivada, por sua vez, aquela cuja aquisição depende


de ato de vontade (ato volitivo), praticado depois do nascimento; diz-
se que a nacionalidade derivada é obtida mediante a naturalização. Os
brasileiros que recebem a nacionalidade derivada são chamados de
“brasileiros naturalizados”.

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9:Η;<Χ≅9Ι=0

ΑΒ<Χ∆Β<:0Ε=Β<Φ<9∆Β<:Γ0

ϑ<ΚΗ0Η=><Λ0ΕΒ≅ΦΒ:Γ0=Κ0
ϑ<ΚΗ0
Η:9ΦΚ<9<ΗΛ0Ε≅Μ;≅ΝΟ=Γ0
9:;<=9:><?:?≅0

Η≅;Κ9?∆Β<:0
Ε:?ΠΚ<Β<?:0=Κ0 :Ι=0Θ=><Ι<Θ=0
?≅Β<Θ:?:Γ0

Vejamos, a seguir, como se dá a atribuição de nacionalidade originária e


nacionalidade derivada no ordenamento jurídico brasileiro. Comecemos
com a atribuição de nacionalidade originária: quem são, afinal, os
brasileiros natos?

Conforme já havíamos comentado, a nacionalidade originária pode ser


estabelecida tanto pela origem sanguínea da pessoa (“jus sanguinis”)
quanto pela origem territorial (“jus soli”). Pelo primeiro critério, é
nacional todo aquele filho de nacionais, independentemente de onde tenha
nascido. Já pelo segundo, é nacional quem nasce no território do Estado
que o adota, independentemente da origem sanguínea dos seus pais.

A Constituição Brasileira, como você verá a seguir, adotou em regra o “jus


soli”. Há, entretanto, exceções, nas quais predomina o “jus sanguinis”.
Vamos à análise do art. 12 da CF?

Art. 12. São brasileiros:

I - natos: 04311532997

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais


estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde


que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,


desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

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No art. 12, inciso I, estão as hipóteses de aquisição de nacionalidade


originária; em outras palavras, é esse dispositivo que define quem são
os brasileiros natos. Tente memorizá-las, caro (a) aluno (a), pois elas
são constantemente cobradas nos concursos em sua literalidade.

Na alínea “a”, é perceptível que a Constituição adotou o critério “jus


soli”, considerando brasileiro nato qualquer pessoa nascida em
território nacional, mesmo que de pais estrangeiros. Entretanto, há
uma exceção: se o nascido no Brasil for filho de estrangeiros que estejam
a serviço de seu Pais, não será brasileiro nato.

Vamos a dois exemplos para ilustrar melhor esse dispositivo!

Suponha que Diego e Martha, casal de argentinos, venha ao Brasil passar


suas férias. Martha está grávida, se empolga com umas “caipirinhas” e
acaba entrando em trabalho de parto. Pronto! Nasceu Dieguito Jr! Trata-
se de nascido no Brasil, filho de pais estrangeiros que não estavam a
serviço de seu País (estavam de férias!). Será, então, brasileiro nato.

Agora, imagine que Vladislav Spetanovich, diplomata russo, venha servir


aqui no Brasil, junto com sua esposa Marianova Chevichenko. Marianova
engravida e nasce, aqui no Brasil, o filho do casal, Vladislav Jr. Apesar de
ter nascido em território brasileiro, Vladislav Jr. é filho de pais
estrangeiros que estavam a serviço da Rússia. Portanto, ele não será
brasileiro nato.

Dados esses exemplos, podemos resumir a aplicação da alínea “a”,


vislumbrando três situações possíveis:

a) Um filho de pai ou mãe brasileiros, ou ambos, nasce em


território brasileiro: será brasileiro nato.

b) Um filho de estrangeiros que estão a serviço de seu país nasce


em território brasileiro: não será brasileiro nato. Cabe destacar
que é uma regra consuetudinária de direito internacional que os
04311532997

filhos de agentes de Estados estrangeiros, como diplomatas e


cônsules, sejam normalmente excluídos da atribuição de
nacionalidade pelo critério “jus soli”.

c) Um filho de estrangeiros que não estão a serviço de seu país


nasce em território brasileiro: será brasileiro nato.

Para finalizar os comentários sobre a alínea “a”, vale destacar que o


conceito de território brasileiro abrange, além das terras delimitadas
pelas fronteiras geográficas, o mar territorial e espaço aéreo.

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Na alínea “b”, a Constituição estabelece que são brasileiros natos os


nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. O
legislador constituinte adotou, aqui, o critério “jus sanguinis”,
prevendo, todavia um requisito adicional: o fato de qualquer um dos
pais (ou ambos) estar a serviço da República Federativa do Brasil,
o que significa qualquer serviço prestado por órgão ou entidade da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Suponha, por exemplo, que Miguel, diplomata brasileiro, vá servir na


Alemanha. Lá ele conhece a alemã Denise Fürst e com ela tem um filho:
Miguel Jr. Apesar de ter nascido no exterior, Miguel Jr. é filho de pai
brasileiro que estava a serviço da República Federativa do Brasil. Ele será,
portanto, brasileiro nato.

Resumindo o que dispõe a alínea “b”, a aquisição de nacionalidade por


essa regra depende do cumprimento cumulativo de dois requisitos:

a) Ser filho de pai brasileiro ou mãe brasileira, ou de ambos.

b) O pai ou a mãe, ou ambos, deverão estar a serviço do Brasil


no exterior.

“Mas, professores, e se o indivíduo que nascer no exterior for filho de pai


ou mãe brasileira e estes não estiverem a serviço do Brasil?”

Excelente pergunta! Partimos aí para a terceira hipótese de aquisição de


nacionalidade originária, que está prevista na alínea “c”.

Na alínea “c”, a Constituição estabelece que são brasileiros natos “os


nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a
residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
04311532997

Assim, há duas possibilidades diferentes de aquisição de nacionalidade


quando o indivíduo nasce no exterior, filho de pai brasileiro ou mãe
brasileira que não estão a serviço do Brasil:

a) O indivíduo é registrado em repartição brasileira competente


ou;

b) O indivíduo vem a residir no Brasil e opta, em qualquer tempo,


depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Na primeira possibilidade, o registro do indivíduo perante repartição


competente é condição suficiente para que ele seja considerado

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brasileiro nato. Na segunda possibilidade, o indivíduo precisa residir no


Brasil e, além disso, manifestar sua vontade. É o que a doutrina denomina
nacionalidade potestativa.

Ressalte-se que essa manifestação de vontade somente poderá ocorrer


após a maioridade. Destaque-se que a opção pela nacionalidade brasileira
deverá, nesse último caso, ser feita em juízo, em processo que tramita
perante a Justiça Federal.

“E se o filho de brasileiros que não estejam a serviço do Brasil e que tenha


nascido no exterior vier a residir no país ainda enquanto menor? Qual será
sua nacionalidade?”

Excelente pergunta! Nesse caso, o menor será considerado brasileiro


nato. Entretanto, a aquisição definitiva de sua nacionalidade dependerá
de sua manifestação após a maioridade. Uma vez tendo sido atingida a
maioridade, fica suspensa a condição de brasileiro nato, enquanto não for
efetivada a opção pela nacionalidade brasileira. A maioridade passa a ser,
então, condição suspensiva da nacionalidade brasileira até o momento
em que for feita a opção.

(MPT – 2015) A nacionalidade potestativa será incorporada


pelo indivíduo se for registrado em repartição brasileira no
exterior e vier a residir no Brasil antes da maioridade.

Comentários:

A nacionalidade potestativa será adquirida quando o


indivíduo nasce no exterior, filho de pai brasileiro ou mãe
brasileira, e não é registrado em repartição brasileira
competente. Aí, ele vem a residir no Brasil e opta, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira. Questão errada.

(PC / DF – 2015) Suponha-se que Antônio tenha nascido


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no estrangeiro, sendo filho de pai brasileiro e mãe


estrangeira. Nesse caso, Antônio poderá optar, em qualquer
tempo, depois de atingir dezoito anos de idade, pela
nacionalidade brasileira originária, desde que venha residir
no Brasil.

Comentários:

É exatamente isso! Antônio se enquadra na hipótese do art.


12, I, alínea “c”. São brasileiros natos os nascidos no
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou

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venham a residir na República Federativa do Brasil e


optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira. Questão correta.

(DPE / RO – 2015) Ernesto, filho de pais brasileiros,


nascido e registrado na República do Paraguai, ao atingir a
maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País,
consulta um Defensor Público a respeito dos seus direitos. É
correto afirmar que Ernesto é considerado brasileiro nato
pelo simples fato de seus pais serem brasileiros.

Comentários:

De jeito nenhum! O simples fato de ser filho de brasileiros


não faz com que Ernesto seja brasileiro nato. Ernesto será
brasileiro nato se vier a residir no Brasil e optar, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira. Questão errada.

(SSP / AM – 2015) Peter, filho de um casal austríaco,


nasceu no território brasileiro quando seus pais aqui
estavam a serviço da Embaixada da Áustria. Após o seu
nascimento, permaneceu no Brasil por cerca de dez anos,
até que a família retornou ao País de origem. Como Peter
passou a ter sólidos laços afetivos com o Brasil, sendo
frequentes as suas viagens a passeio para este País, tomou
a decisão de candidatar-se a um cargo eletivo que é
privativo de brasileiro nato. É possível afirmar que Peter
somente pode ser considerado brasileiro nato caso sua
família tenha providenciado o seu registro de nascimento no
Brasil, enquanto aqui residiu.

Comentários:

Apesar de ter nascido no Brasil, Peter não será brasileiro


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nato. Isso porque ele é filho de pais estrangeiros que


estavam no Brasil a serviço de seu País (no caso, a Áustria).
Questão errada.

Dando continuidade à análise do art. 12, que tal verificarmos as condições


para a aquisição secundária (derivada) da nacionalidade?

Art. 12. São brasileiros:

(...)

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II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas


aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um
ano ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República


Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Observe que, no Brasil, a aquisição de nacionalidade derivada somente se


dará por manifestação do interessado (ou seja, será sempre
expressa), mediante naturalização.

Na alínea “a”, temos a hipótese de naturalização ordinária, concedida


aos estrangeiros que cumpram os requisitos descritos em lei (Estatuto
do Estrangeiro). No caso de estrangeiros originários de países de
língua portuguesa, o processo de naturalização é facilitado, sendo
apenas exigidos dois requisitos:

a) residência no Brasil por um ano ininterrupto;

b) idoneidade moral.

Cabe destacar, entretanto, que o mero cumprimento dos requisitos não


assegura ao estrangeiro a concessão da nacionalidade brasileira. A
concessão da naturalização ordinária é ato discricionário do Chefe do
Poder Executivo, ou seja, depende de uma análise quanto à conveniência
e à oportunidade por parte deste.

Na alínea “b”, está prevista a naturalização extraordinária, que


depende do cumprimento de 3 (três) requisitos:
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a) Residência ininterrupta no Brasil por mais de quinze anos;

b) Ausência de condenação penal;

c) Requerimento do interessado.

Ao contrário do que ocorre na naturalização ordinária, cumpridos esses


três requisitos, o interessado tem direito subjetivo à nacionalidade
brasileira. Portanto, esta não pode ser negada pelo Chefe do Executivo;
trata-se de ato vinculado do Presidente da República.

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O STF já referendou esse entendimento. No caso levado à apreciação


da Corte, uma estrangeira que residia há mais de 15 anos ininterruptos no
Brasil e sem condenação penal foi aprovada em concurso público. Obtida a
aprovação, apresentou requerimento da sua naturalização extraordinária.
Na data da posse, todavia, a sua nacionalidade ainda não tinha sido
reconhecida pelo Estado brasileiro. Diante dessa situação, seria nula a
posse no cargo público?

Segundo o STF, o reconhecimento da naturalização pelo Poder


Executivo gera efeitos declaratórios (e não constitutivos), retroagindo
à data de apresentação do requerimento. Assim, o requerimento da
naturalização extraordinária seria suficiente para viabilizar a posse no
cargo público. 15

Por último, é importante destacar entendimento do STF no sentido de que


não se revela possível, em nosso sistema jurídico-constitucional, a
aquisição da nacionalidade brasileira jure matrimonii, vale dizer,
como efeito direto e imediato resultante do casamento civil” 16. Isso
porque tal hipótese não foi contemplada pela Constituição.

Esquematizando:

Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de


pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país (critério “jus soli”)
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
Brasileiros República Federativa do Brasil (critério “jus sanguinis”)
natos Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República
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Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois


de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira
(nacionalidade potestativa)
Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de língua
Brasileiros
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
naturalizados
idoneidade moral (naturalização ordinária – concessão
ato discricionário do Presidente da República)
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∀∗
!RE 264.848-5 / TO. Rel. Min. Carlos Ayres Britto. Julgamento em 29.06.2005.
∀+
!Ext 1.121, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 18-12-2009, Plenário, DJE de 25-6-
2010. !

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Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na


República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira (naturalização
extraordinária – concessão é direito subjetivo do
interessado)

(MPT – 2015) A naturalização extraordinária apresenta


como requisitos: residência no Brasil há quinze anos
ininterruptos, ausência de condenação penal, requerimento
do interessado e idoneidade moral.

Comentários:

A idoneidade moral não é requisito para a naturalização


extraordinária. Questão errada.

(SEFAZ / PE – 2014) A naturalização extraordinária, que


beneficia qualquer estrangeiro que resida no Brasil há mais
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal,
depende de requerimento, cuja resposta, em caso positivo,
tem efeitos constitutivos.

Comentários:

O reconhecimento da naturalização extraordinária gera


efeitos declaratórios (e não constitutivos). Questão errada.

3- Portugueses Residentes no Brasil:


!

Art. 12...........................................................................................
(...) 04311532997

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver


reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.

A Constituição Federal de 1988 estabelece condições favoráveis para os


portugueses, que receberão tratamento igual ao de um brasileiro
naturalizado. Para isso, todavia, é necessário o cumprimento de dois
requisitos:

a) os portugueses deverão ter residência permanente no Brasil

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b) deverá haver reciprocidade de tratamento em favor dos


brasileiros, ou seja, Portugal deverá conferir os mesmos direitos
aos brasileiros que lá residam.

Veja que não há atribuição de nacionalidade aos portugueses nem aos


brasileiros que residam em Portugal. O português vivendo com ânimo
permanente no Brasil continua português; o brasileiro vivendo em
Portugal continua brasileiro. O que existe é tão somente concessão de
direitos inerentes aos nacionais do Estado. Dessa forma, não é necessário
que um português se naturalize brasileiro para que possa gozar dos
mesmos direitos que um brasileiro naturalizado, pois, sem fazê-lo, já
deles pode usufruir.

4- Condição Jurídica do Nacionalizado:

Segundo o art. 12, § 2º, CF/88, “a lei não poderá estabelecer distinção
entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
Constituição.” Em outras palavras, os brasileiros natos e os brasileiros
naturalizados devem ser tratados com isonomia. Somente poderá
haver discriminação entre um e outro nos casos previstos na própria
Constituição. Leis que discriminem entre brasileiros natos e
naturalizados são flagrantemente inconstitucionais.

Uma das principais distinções entre brasileiros natos e naturalizados diz


respeito à ocupação de alguns cargos, conforme previsto no art. 12, § 3º,
CF/88:

Art. 12............................................................................................
(...)
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
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IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;


V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Os cargos acima fazem parte de uma lista taxativa, caro (a) aluno (a)!
Quem não está na lista não precisa ser brasileiro nato para assumir o
cargo.

Como decorar a lista? Achando a lógica dela! Vamos à explicação...

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O legislador constituinte buscou assegurar que o Presidente da


República fosse brasileiro nato para garantir a soberania nacional, ou
seja, para garantir que o Chefe do Executivo não usaria o cargo para
servir a interesses de outros Estados. Para isso, também só permitiu a
brasileiros natos o acesso a cargos que podem suceder o Presidente:
Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados,
Presidente do Senado Federal e Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Também em nome da defesa da soberania nacional, nosso constituinte


restringiu o acesso à carreira diplomática. Isso porque o diplomata
representa o Brasil em outros Estados, e poderia mais facilmente
sucumbir aos interesses destes se fosse naturalizado. Seria difícil para um
argentino naturalizado brasileiro celebrar um tratado que favorecesse o
Brasil em detrimento da Argentina, por exemplo.

A explicação para o acesso somente de brasileiros natos aos dois últimos


cargos é ainda mais óbvia! Somente o brasileiro nato pode ser oficial das
Forças Armadas ou Ministro do Estado da Defesa. Isso para diminuir
o risco de os ocupantes desses cargos favorecerem qualquer outra nação
em caso de guerra. Imagine as Forças Armadas pedirem a um
naturalizado que bombardeie a terra em que nasceu! Dificilmente a ordem
seria acatada, não é mesmo? E o Ministro da Defesa? Como planejaria
usar as Forças Armadas brasileiras contra seus próprios conterrâneos?
Seu julgamento certamente ficaria comprometido, com graves danos à
segurança do Brasil...

As bancas examinadoras adoram fazer pegadinhas sobre


esse tema. Vejamos, abaixo, alguns detalhes sobre os quais
vocês devem ficar bastante atentos:

1) O Senador ou Deputado Federal não precisa ser


brasileiro nato. Apenas devem ser brasileiros natos o
Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do
Senado Federal.
04311532997

2) O único Ministro de Estado que dever ser brasileiro nato


é o Ministro da Defesa. Os outros Ministros podem ser
brasileiros naturalizados.

3) Os portugueses equiparados não podem ocupar cargos


privativos de brasileiro nato. Isso porque eles recebem o
tratamento de brasileiro naturalizado.

Há, ainda, outras distinções constitucionais entre brasileiros natos e


brasileiros naturalizados:

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a) O art.89, inciso VII, da CF/88 estabelece que 6 (seis) vagas


do Conselho de República, órgão superior de consulta do
Presidente da República, foram reservadas para brasileiros
natos.

b)0O art. 5º, inciso LI, da CF/88 estabelece que os brasileiros natos
não serão, em hipótese alguma, extraditados. Já os brasileiros
naturalizados poderão ser extraditados em caso de crime
comum cometido antes da naturalização ou de comprovado
envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei.

c) O art. 222 da CF/88 estabelece restrições ao direito de


propriedade de empresas jornalísticas e de radiodifusão
sonora de sons e imagens. Só poderão ser proprietários desse
tipo de empresa brasileiros natos ou os naturalizados há mais
de 10 anos. Se essa empresa for uma sociedade, pelo menos
70% do capital total e votante deverá pertencer a brasileiros
natos ou naturalizados há mais de 10 anos. Um brasileiro
naturalizado há menos de 10 anos também não poderá participar
da gestão desse tipo de empresa.

(TJ / MG – 2015) São privativos de brasileiros natos os


cargos de Presidente, Vice-Presidente da República;
Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado
Federal; Ministros dos Tribunais Superiores; Diplomatas de
carreira; Oficial das Forças Armadas e Ministro de Estado da
Defesa.

Comentários:

Pegadinha! Os cargos de Ministros dos Tribunais Superiores


não são privativos de brasileiro nato. Apenas os Ministros do
STF é que devem ser brasileiros natos. Questão errada.
04311532997

5- Perda da Nacionalidade:
!

A perda da nacionalidade é a extinção do vínculo patrial que liga o


indivíduo ao Estado. No Brasil, a perda da nacionalidade ocorrerá nos
termos do art. 12, § 4º, CF/88:

Art. 12............................................................................................
(...)
§4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

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I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de


atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis;

Conforme é possível depreender a partir da análise do dispositivo


supracitado, há duas hipóteses de perda da nacionalidade:

a) Cancelamento de naturalização (art.12, §4º, I): O


cancelamento de naturalização será determinado por sentença
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
Uma vez que tenha transitado em julgado essa ação, o indivíduo
somente poderá readquirir a nacionalidade brasileira mediante uma
ação rescisória, não sendo possível uma nova naturalização.
Destaque-se que, como não poderia deixar de ser, essa primeira
hipótese de perda de nacionalidade somente se aplica a brasileiros
naturalizados.

b) Aquisição de outra nacionalidade (art.12, §4º, II): Essa


segunda hipótese de perda de nacionalidade se aplica tanto a
brasileiros natos quanto a brasileiros naturalizados. É o que a
doutrina denomina de perda-mudança ou de perda da
nacionalidade por naturalização voluntária. Destaque-se que a
reaquisição de nacionalidade brasileira no caso de perda por
naturalização voluntária será feita mediante decreto do
Presidente da República, se o indivíduo estiver domiciliado no
Brasil.

Perderá a nacionalidade brasileira aquele que adquirir


voluntariamente outra nacionalidade, salvo nos seguintes casos:
04311532997

- Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei


estrangeira. Suponha, por exemplo, que Giani Canavarro (brasileiro
nato) seja filho de pai italiano e, portanto, tenha direito, pela lei
italiana, a ser também italiano nato. Veja que, nesse caso, a lei
estrangeira está reconhecendo nacionalidade originária a Giani
(afinal, ele será italiano nato). Portanto, ao adquirir a nacionalidade
italiana, Giani não perderá a nacionalidade brasileira. Ele ficará
com uma dupla nacionalidade (polipatria)

- Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao


brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

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Suponha que a lei de um país “X” determine que o indivíduo


somente poderá se casar com uma nacional daquele país caso
obtenha sua naturalização. Perceba que a naturalização está sendo
imposta como uma condição para o exercício de um direito civil (o
casamento). Logo, esse indivíduo, ao adquirir a nacionalidade
estrangeira, não perderá a nacionalidade brasileira. Também
nesse caso, o indivíduo ficará com dupla nacionalidade.

(MPT – 2015) Será declarada a perda da nacionalidade do


brasileiro que adquirir outra nacionalidade, salvo no caso de
imposição, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em Estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o fim de exercício de direitos civis.

O brasileiro que adquirir outra nacionalidade perderá a


nacionalidade. Isso não se aplica no caso de imposição de
naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de
direitos civis. Questão correta.

(PC / DF – 2015) Suponha-se que Carlos, brasileiro nato,


resida há muitos anos no estrangeiro e precise adquirir a
nacionalidade estrangeira como condição de permanência
naquele território. Nesse caso, se ele obtiver a referida
nacionalidade, perderá a nacionalidade brasileira.

Comentários:

Na situação apresentada, Carlos não perderá a nacionalidade


brasileira. Segundo o art. 12, §4º, II, “b”, não haverá perda
da nacionalidade no caso de imposição de naturalização,
pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu
território ou para o exercício de direitos civis. Questão
04311532997

errada.

6- Língua e Símbolos Oficiais:

Só para cobrirmos qualquer surpresa na prova, peço que leia o art. 13,
transcrito a seguir, que somente poderá ser pedido em sua literalidade.

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa


do Brasil.

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§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino,


as armas e o selo nacionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos
próprios.

Questões Comentadas

1. Direitos Sociais

1. (IADES/ CRC-MG – 2015) A Constituição Federal dispõe


acerca dos direitos dos trabalhadores e rurais, como o direito
social. A esse respeito, assinale a alternativa que indica um direito
social.

a) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 33


dias.
b) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de 180 dias.
c) Participação nos lucros, ou resultados, vinculada à remuneração.
d) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados.
e) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até
cinco anos de idade em creches e pré-escolas.

Comentários:

A letra A está incorreta. Segundo a Constituição Federal, o aviso prévio


será no mínimo de 30 dias, nos termos da lei (art. 7o, XXI, CF).

A letra B está incorreta. A duração da licença à gestante prevista pela


Constituição Federal é de cento e vinte dias (art. 7o, XVIII, CF).

A letra C está incorreta. É direito social a participação nos lucros, ou


resultados, desvinculada da remuneração (art. 7o, XI, CF).
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A letra D está incorreta. É direito social o repouso semanal remunerado,


preferencialmente aos domingos (art. 7o, XV, CF).

A letra E está correta. É o que prevê o art. 7o, XXV, da CF/88.

O gabarito é a letra E.

2. (IADES/EBSERH/ HUPES – UFBA – 2014) No que se refere à


efetividade na aplicação dos direitos sociais, conforme previsão do
art. 6o da Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

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a) É assegurado ao trabalhador o gozo de férias anuais remuneradas com,


no mínimo, um terço a mais do que o salário normal.
b) A localização dos direitos sociais no título constitucional destinado aos
direitos e às garantias fundamentais não acarreta, por consequência, a
subordinação à regra da autoaplicabilidade das normas definidoras dos
direitos e das garantias fundamentais.
c) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido
político recém criado, organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
d) A Constituição Federal estabelece como direito dos trabalhadores
urbanos e rurais o repouso semanal, remunerado aos domingos.
e) É um direito do trabalhador urbano e rural a remuneração do serviço
extraordinário superior à do normal, no mínimo, em 70%.

Comentários:

A letra A está correta. Tem-se a literalidade do art. 5o, XVII, da


Constituição.

A letra B está incorreta. Todas as normas definidoras dos direitos e


garantias fundamentais têm aplicação imediata (art. 5o, § 1o, CF), o que
inclui os direitos sociais.

A letra C está incorreta. O mandado de segurança coletivo pode ser


impetrado apenas por partido político com representação no Congresso
Nacional, seja ele recém criado ou não (art. 5o, LXX, CF).

A letra D está incorreta. O repouso semanal remunerado dar-se-á


preferencialmente (e não necessariamente!) aos domingos (art. 5o, XV,
CF).

A letra E está incorreta. É um direito do trabalhador urbano e rural a


remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta
por cento à do normal (art. 5o, XVI, CF). 04311532997

O gabarito é a letra A.

3. (IBFC/2014 –SEDS-MG) NÃO é direito social expressamente


previsto na Constituição Federal:

a) Saúde.
b) Previdência social.
c) Moradia.
d) Proteção à juventude.

Comentários:

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A questão cobra o conhecimento dos direitos sociais previstos no art. 6º


da Constituição, a saber: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância e a assistência aos
desamparados. O gabarito é a letra D.

4. (IBFC/2013 – MPE-SP) O artigo 6° da Constituição da


República, ainda que de forma genérica, faz alusão aos direitos
sociais. Com efeito, NÃO é direito social, como expressamente
previsto no texto constitucional, o (a):

a) Lazer.
b) Felicidade.
c) Segurança.
d) Proteção à infância.
e) Proteção à maternidade.

Comentários:

Novamente, cobra-se o conhecimento dos direitos sociais previstos no


art. 6º da Constituição, a saber: a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a!moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e!à infância e a assistência aos
desamparados.

A felicidade não é direito social previsto na Constituição. O gabarito é a


letra B.

5. (IBFC/2014 – SEDS-MG) No que se refere aos direitos


sociais, indique a alternativa CORRETA:

a) Somente através de lei alguém poderá ser obrigado a filiar-se ou a


manter-se filiado a sindicato.
b) É facultativa a participação dos sindicatos nas negociações coletivas
de trabalho. 04311532997

c) O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas


organizações sindicais.
d) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir da posse
no cargo de direção ou representação sindical e, ainda que suplente, até
seis meses após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

Comentários:

A letra A está incorreta. A Constituição veda que qualquer pessoa seja


obrigada a filiar-se ou manter-se filiada a sindicato (art. 8º, V, CF).

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A letra B está incorreta. A participação dos sindicatos nas negociações


coletivas é obrigatória (art. 8º, VI, CF).

A letra C está correta. É o que prevê o inciso VII do art. 8º da Carta


Magna.

A letra D está incorreta. A vedação se dá a partir do registro da


candidatura no cargo de direção ou representação sindical (art. 8º, VIII,
CF).

O gabarito é a letra D.

6. (IESES/2013 – CRA-SC) Dentre os direitos dos trabalhadores


urbanos e rurais referidos na Constituição, estão: 1) o salário
mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
2) a participação nos lucros, ou resultados, com sua integração à
remuneração para todos os efeitos; e 3) o direito de eleição pelos
trabalhadores, de um representante destes, com a finalidade
exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com o
empregador, nas empresas de mais de duzentos empregados.

Comentários:

O item 2 está errado. A Constituição Federal prevê como direito dos


trabalhadores urbanos e rurais a participação nos lucros, ou resultados,
desvinculada da remuneração (art. 7o, XI, CF). A questão está incorreta.

7. (IESES/2012 – TJ/RO) Quanto aos Direitos Sociais, a


Constituição da República reconhece que nas empresas de mais de
duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes
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o entendimento direto com os empregadores.

Comentários:

É o que prevê o art. 11 da Constituição. Questão correta.

8. (IESES/2012 – CRF/SC) Marque a assertiva INCORRETA,


segundo o que está previsto pela Constituição da República:

a) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa causa, fica vedada a dispensa
arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção

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de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua


candidatura até um ano após o final de seu mandato.

b) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa, fica vedada a dispensa arbitrária
ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto.

c) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa, fica vedada a dispensa arbitrária
ou sem justa causa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei.

d) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa, fica limitada a proteção
respectiva a 40% (quarenta por cento) do saldo da conta de FGTS do
trabalhador que venha a sofrer despedida arbitrária ou sem justa causa.

Comentários:

O art. 7o, inciso I, da Constituição Federal, garante aos trabalhadores


rurais e urbanos a relação de emprego protegida contra despedida
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. Enquanto não
for promulgada essa lei, a CF/88 prevê, no art. 10 do ADCT, que ifca
vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado eleito
para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes,
desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu
mandato; b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez
até cinco meses após o parto.

A Constituição veda, ainda, a dispensa do empregado sindicalizado a


partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação
sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei (art. 8o, VIII,
04311532997

CF). Não se exige, nesse caso, lei complementar para regulamentação,


mas mera lei ordinária.

O gabarito é a letra C.

9. (IESES/2012 – TJ/RN) De acordo com a Constituição da


República Federativa do Brasil de 1988, marque V ou F, conforme
as afirmações a seguir sejam verdadeiras ou falsas. É livre a
associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

( ) Lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de


sindicato, ressalvado o registro no órgão competente.

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( ) É permitida a criação de mais de uma organização sindical,


representativa de categoria profissional, na mesma base territorial,
desde que não inferior à área de um Município.

( ) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou


individuais da categoria, salvo em questões judiciais.

( ) A assembleia geral fixará a contribuição assistencial que será


descontada em folha para custeio do sistema confederativo.

( ) Está vedado ao Poder Público a interferência e a intervenção na


organização sindical.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) V – F – V – F – F

b) V – F – F – F – V

c) F – V – V – F – V

d) V – F – F – V – V

Comentários:

O primeiro e o quinto itens estão corretos. De acordo com o art. 8o, I, da


CF/88, a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de
sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical.

O segundo item está incorreto. A Constituição veda a a criação de mais de


uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida
pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município (art. 8o, II, CF).

O terceiro item está incorreto. Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e


interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões
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judiciais ou administrativas (art. 8o, III, CF).

O quarto item está incorreto. A Assembleia geral fixará a contribuição que,


em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para
custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei (art. 8o, IV, CF).

A letra B é o gabarito.

10. (FGV/ TJ-BA – 2015) A respeito dos direitos sociais, é correto


afirmar que:

a) sempre exigirão uma omissão por parte dos poderes constituídos;

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b) podem ser vistos como a primeira dimensão ou geração dos direitos


fundamentais;

c) nunca dependem da disponibilidade de recursos financeiros para a sua


implementação;

d) podem exigir o oferecimento de prestações específicas;

e) somente devem ser atribuídos às pessoas naturais, jurídica e


economicamente classificadas como necessitadas.

Comentários:

A letra A está incorreta. Os direitos sociais geralmente exigem uma ação


(e não uma omissão!) dos poderes constituídos.

A letra B está incorreta. Os direitos sociais pertencem à segunda


dimensão ou geração dos direitos fundamentais.

A letra C está incorreta. Esses direitos dependem, geralmente, da


disponibilidade de recursos financeiros para sua implementação.

A letra D está correta. Os direitos sociais podem, sim, exigir prestações


específicas para sua implementação. É o caso do direito à saúde, por
exemplo.

A letra E está incorreta. Os direitos sociais podem ser atribuídos a todas


as pessoas naturais.

O gabarito é a letra D.

11. (FGV/ PROCEMPA – 2014) Acerca dos Direitos Sociais


Constitucionais, analise as afirmativas a seguir.

I. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


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moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a


proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.

II. É assegurado à categoria dos trabalhadores domésticos o direito à


duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

III. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais a ação, quanto aos


créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um ano
após a extinção do contrato de trabalho.

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Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários:

O item I está correto. Ele reproduz a literalidade do art. 6o da


Constituição.

O item II está correto. Trata-se de direito assegurado aos domésticos pelo


art. 7o, XIII, c/c parágrafo único, da CF/88.

O item III está incorreto. O art. 7o, XXIX, da CF, garante aos
trabalhadores rurais e urbanos o direito à ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho.

O gabarito é a letra D.

12. (FGV/ Prefeitura de Recife – 2014) No que tange à liberdade


de associação profissional ou sindical, assinale a afirmativa
correta.

a) É livre a criação de mais de uma organização sindical representativa de


categoria profissional ou econômica na mesma base territorial.
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b) Uma vez aposentado, o indivíduo, ainda que filiado, não tem direito a
votar e ser votado nas organizações sindicais.

c) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado somente a partir da


posse no cargo de direção ou representação sindical.

d) Ninguém pode ser obrigado a filiar-se a sindicato, mas, uma vez filiado,
será obrigado a manter-se filiado até a aposentadoria.

e) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de


sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical.

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Comentários:

A letra A está incorreta. A Constituição veda, em seu art. 8o, II, a criação
de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de
categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.

A letra B está incorreta. O inciso VII do art. 8o da CF/88 garante ao


aposentado filiado o direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais.

A letra C está incorreta. A Constituição veda a dispensa do empregado


sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei (art. 8o,
VIII, CF).

A letra D está incorreta. A Carta Magna garante a liberdade de


inscrição, permitindo que os trabalhadores filiem-se ou não a sindicato,
e, uma vez filiados, decidam sobre a conveniência de manterem ou não
esse vínculo.

A letra E está correta. É o que prevê o inciso I do art. 8o da CF/88.

O gabarito é a letra E.

13. (FGV/MPE-MS – 2013) Os direitos fundamentais sociais,


como o direito à saúde, não possuem força normativa e, por essa
razão, não podem ser sindicados na via judicial.

Comentários:

Os direitos sociais previstos na Constituição Federal têm, sim, força


normativa, devendo ser objeto de proteção judicial. Questão incorreta.

14. (FGV/TJ-AM – 2013) Com relação aos direitos dos


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trabalhadores, segundo o art. 7º da Constituição Federal/88,


analise as afirmativas a seguir.

I. Garantia de salário‐mínimo, fixado em lei, definido por regiões


geoeconômicas, capaz de atender suas necessidades vitais básicas.

II. Garantia de remuneração do serviço extraordinário superior, no


mínimo, em cinquenta por cento à do normal.

III. Garantia de salários e de critérios de admissão iguais, sendo vedada a


discriminação por sexo, cor ou estado civil.

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Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

O item I está incorreto. O inciso IV do art. 7º da Constituição prevê como


direitos dos trabalhadores o “salário mínimo, fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim”.

O item II está correto. É o que prevê o inciso XVI do art. 7º da CF/88.

O item III está correto. O inciso XXX do art. 7º da Constituição garante


aos trabalhadores a “proibição de diferença de salários, de exercício de
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil”.

O gabarito é a letra D.

15. (FGV/TJ-AM – 2013) Dentre os direitos sociais dos


trabalhadores, previstos na Constituição, não se inclui:

a) a participação nos lucros ou resultados, desvinculada da remuneração.


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b) duração do trabalho não superior a 40 horas semanais.

c) a proibição de diferença de salários por motivo de sexo, idade, cor ou


estado civil.

d) a proibição de trabalho noturno a menores de 18 anos.

e) a extensão do fundo de garantia do tempo de serviço ao empregado


rural.

Comentários:

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A letra A está correta. É direito dos trabalhadores participação nos lucros,


ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei (art. 7º, XI,
CF).

A letra B está incorreta. A Carta Magna prevê que a duração do trabalho


normal não será a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho (art. 7º, XIII, CF).

A letra C está correta. É direito dos trabalhadores a proibição de diferença


de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo
de sexo, idade, cor ou estado civil (art. 7º, XXX, CF).

A letra D está correta. No inciso XXXIII do art. 7º da Constituição, esta


proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos.

A letra E está correta. O fundo de garantia do tempo de serviço é direito


dos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7º, III, CF).

O gabarito é a letra B.

16. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação ao disposto na Constituição


da República Federativa do Brasil acerca dos direitos sociais dos
trabalhadores, assinale a afirmativa incorreta.

a) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado eleito para cargo de


representação ou direção sindical, ainda que como suplente, até um ano
após o final do mandato, salvo nos casos de redução justificada do
número de empregados.

b) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de


sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
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Público a interferência e a intervenção na organização sindical.

c) É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de


trabalho.

d) É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam, por
meio dele, defender.

e) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou


individuais da categoria.

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Comentários:

Letra A: errada. Segundo o art. 8º, VIII, CF/88, é vedada a dispensa do


empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um
ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos
da lei.

Letra B: correta. É isso mesmo! A lei não pode exigir autorização estatal
para que seja fundado o sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente. O Poder Público não pode interferir/intervir na organização
sindical.

Letra C: correta. De fato, é obrigatória a participação dos sindicatos


nas negociações coletivas de trabalho (art.8º, VI).

Letra D: correta. A CF/88 garante o direito de greve aos


trabalhadores, atribuindo-lhes o poder de decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam, por meio dele, defender.

Letra E: correta. Segundo o art. 8º, III, ao sindicato cabe a defesa dos
direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas.

O gabarito é a letra A.

17. (FGV / PC-RJ – 2008) As alternativas a seguir apresentam


alguns direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, previstos na
Constituição de 1988, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Estabilidade.

b) Licença paternidade.

c) Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo


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coletivo.

d) Participação nos lucros.

e) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5


(cinco) anos de idade em creches e pré- escolas.

Comentários:

A estabilidade não é um direito dos trabalhadores urbanos e rurais. A


resposta é a letra A.

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18. (FUNCAB / PC-ES – 2013) São direitos sociais preceituados


na Constituição de 1988:

a) a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

b) a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência


social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados.

c) a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a


previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados.

d) o direito de herança, a intimidade, a privacidade, a informação dos


órgãos públicos.

e) a livre locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo


qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer, ou dele sair
com seus bens.

Comentários:

Segundo o art. 6º, CF/88, são direitos sociais a educação, a saúde, a


alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados. A resposta, portanto, é a letra A.

19. (FUNCAB / ANS – 2013) Acerca dos direitos sociais, é correto


afirmar que:
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a) a localização dos direitos sociais no título constitucional destinado aos


direitos e garantias fundamentais não acarreta, por consequência, a
subordinação à regra da autoaplicabilidade das normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais.

b) não cabe o ajuizamento do Mandado de Injunção, quando houver a


omissão do Poder Público na regulamentação de alguma norma que
preveja um direito social e, consequentemente, inviabilize seu exercício.

c) a Constituição Federal proclama serem direitos sociais a educação, a


saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a

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segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a


assistência aos desamparados.

d) os róis dos direitos sociais enumerados taxativamente no capítulo II do


título II do texto constitucional esgotam os direitos constitucionais dos
trabalhadores.

e) o direito de greve dos servidores públicos civis entra em vigor


imediatamente, não dependendo seu exercício de lei ordinária específica.

Comentários:

Letra A: errada. Essa era uma questão difícil! O art. 5º, § 1º, CF/88
determina que as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata. A pergunta que se faz, então, é a
seguinte: o art. 5, § 1º, é aplicável também aos direitos sociais? A
resposta é positiva. Os direitos sociais estão subordinados a essa regra de
autoaplicabilidade dos direitos e garantias fundamentais.

Letra B: errada. O mandado de injunção é cabível diante de omissão do


Poder Público que impeça o exercício de direito previsto na Constituição.
Assim, se o Poder Público deixar de regulamentar norma que preveja um
direito social, será cabível mandado de injunção.

Letra C: correta. É exatamente o que prevê o art. 6º, CF/88. São direitos
sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

Letra D: errada. Há outros direitos dos trabalhadores espalhados pelo


texto constitucional. O art. 201, CF/88, por exemplo, trata da previdência
04311532997

social, que é um importante direito dos trabalhadores.

Letra E: errada. O direito de greve dos servidores públicos é uma norma


constitucional de eficácia limitada. Ele depende de regulamentação
para que possa ser usufruído.

20. (FUNDATEC/CEEERS – 2010) Assinale a alternativa que não


está de acordo com os Direitos Sociais.

a) Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa.

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b) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5


(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas.

c) Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de


dezesseis anos, e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo
na condição de aprendiz.

d) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário.

e) Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa


renda nos termos da lei.

Comentários:

A questão cobra o conhecimento dos direitos dos trabalhadores urbanos e


rurais previstos na Constituição.

A letra A está correta. É o que prevê o inciso XXVIII do art. 7º da Carta


Magna.

A letra B está correta. Trata-se da literalidade do inciso XXV do art. 7º da


Constituição, após redação dada pela EC no 53/06.

A letra C está incorreta. A CF/88 proíbe o trabalho noturno, perigoso ou


insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos
(art. 7º, XXXIII, CF).

A letra D está correta. A Constituição assegura (art. 7º, XVIII) a licença à


gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento
e vinte dias.

A letra E está correta. Tem-se a literalidade do art. 7º, XII, da


Constituição.
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O gabarito é a letra C.

21. (FEPESE / Prefeitura Balneário Camboriú – 2010) Com base


nas disposições constitucionais, constitui direito dos trabalhadores
urbanos e rurais:

a) Irredutibilidade do salário, sem ressalva.

b) Seguro contra os acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa.

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c) Relação de emprego protegida contra a despedida, com ou sem justa


causa, mediante previsão de indenização compensatória.

d) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a


duração de cento e oitenta dias.

e) Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de


dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na
condição de aprendiz.

Comentários:

Letra A: errada. É possível a redução salarial, desde que por negociação


coletiva.

Letra B: correta. O seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do


empregador, não exclui a indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa.

Letra C: errada. A relação de emprego é protegida contra despedida


arbitrária ou sem justa causa. Não se protege a relação de emprego
contra despedida por justa causa.

Letra D; errada. A duração da licença à gestante é de 120 dias.

Letra E: errada. É proibido qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo


na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.

22. (VUNESP/TJ SP – 2013) A Constituição Federal estabelece


como direito dos trabalhadores urbanos e rurais:

a) o décimo terceiro salário, com base no vencimento básico ou no valor


da aposentadoria.

b) o repouso semanal remunerado aos domingos. 04311532997

c) o gozo de férias anuais remuneradas com, no máximo, um terço a mais


do que o salário normal.

d) a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em contrato de trabalho.

e) a assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até


5 (cinco) anos de idade, em creches e pré-escolas.

Comentários:

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A letra A está incorreta. A CF/88 garante o direito ao décimo terceiro


salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.

A letra B está incorreta. De acordo com a Constituição, o repouso semanal


dar-se-á preferencialmente aos domingos. Não há obrigação de que seja
nesse dia.

A letra C está incorreta. É o contrário. Garante-se o gozo de férias anuais


remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.

A letra D está incorreta. A regra é a irredutibilidade do salário, salvo o


disposto em convenção ou acordo coletivo, não em contrato de trabalho.

A letra E está correta. Fundamento: art. 7º, XXV, CF.

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2. Nacionalidade

23. (IADES/EBSERH/ HUPES – UFBA – 2014) Acerca de direitos e


garantias fundamentais estabelecidos na Constituição Federal,
assinale a alternativa correta.

a) Uma vez naturalizada brasileira, a pessoa não mais perde a


nacionalidade.

b) Considera-se brasileiro naturalizado o estrangeiro de qualquer


nacionalidade, casado com brasileiro nato por mais de cinco anos.

c) Considere que Joana, cidadã brasileira, casada com Ricardo, cidadão


espanhol, ocupe posto diplomático brasileiro na China, quando Marcelo,
filho do casal, nascer. Nessa situação, Marcelo será considerado brasileiro
nato.

d) Brasileiro naturalizado, podendo vir a ser considerado brasileiro nato


se residir no Brasil e optar, a qualquer tempo, depois de atingir a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.

e) O estrangeiro condenado por autoridades estrangeiras pela prática de


crime político poderá ser extraditado do Brasil se houver reciprocidade do
país solicitante.

Comentários:

A letra A está incorreta. O brasileiro naturalizado pode, sim, perder a


nacionalidade, caso:

a) tenha cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude


de atividade nociva ao interesse nacional;

b) adquira outra nacionalidade, salvo nos casos:


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• de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;


• de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

A letra B está incorreta. Não há tal previsão na Constituição.

A letra C está correta. Marcelo será considerado brasileiro nato porque,


mesmo tendo nascido no estrangeiro, é filho de brasileira a serviço da
República Federativa do Brasil (art. 12, I, “b”, CF).

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A letra D está incorreta. A redação está confusa, mas dá para perceber


que a alternativa se refere ao art. 12, I, “c”, da Constituição, que trata
dos brasileiros natos (e não dos naturalizados).

A letra E está incorreta. De acordo com o inciso LII do art. 5o da


Constituição, não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião.

O gabarito é a letra C.

24. (IADES/ PGE-DF – 2011) Segundo Pontes de Miranda,


nacionalidade é o vínculo jurídico-político que faz da pessoa um
dos elementos componentes da dimensão pessoal do Estado.
Assim, uma pessoa pode adquirir a nacionalidade brasileira no
modo originário

a) somente por meio de laços de sangue (Ius sanguinis).

b) somente por meio do local de nascimento (Ius solis).

c) elo casamento ou outro benefício legal.

d) pela naturalização.

e) pelo sistema misto tanto por laços de sangue quanto pelo local de
nascimento.

Comentários:

A nacionalidade originária pode ser estabelecida tanto pela origem


sanguínea da pessoa (“jus sanguinis”) quanto pela origem territorial
(“jus soli”). A Constituição Federal adotou, como regra o “jus soli”. Há,
entretanto, exceções, nas quais predomina o “jus sanguinis”. O gabarito é
a letra E.
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25. (IBFC/2014 – SEDS-MG) NÃO é privativo de brasileiro nato, o


cargo de:

a) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.

b) Carreira Diplomática.

c) Ministro de Estado da Defesa.

d) Oficial das Forças Armadas.

Comentários:

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São privativos de brasileiro nato os seguintes cargos (art. 12, §3o, CF):

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa.

O cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça não é privativo de


brasileiro nato. O gabarito é a letra A.

26. (IBFC/2014 – TRE-AM) Com relação aos direitos de


nacionalidade, previstos na Constituição Federal, assinale a
alternativa CORRETA:

a) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver


cancelada sua naturalização, por decisão do Presidente da República, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
b) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
c) São brasileiros natos os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira. 04311532997

d) É privativo de brasileiro nato o cargo de Ministro do Superior


Tribunal de Justiça.

Comentários:

A letra A está incorreta. O cancelamento da naturalização por meio de


sentença judicial (e não por decisão do Presidente da República!) por
atividade nociva ao interesse nacional leva à perda da nacionalidade (art.
12, § 4º, I, CF).

A letra B está correta. É o que prevê o art. 12, I, “c”, da CF/88.

A letra C está incorreta. Trata-se de hipótese em que o brasileiro é

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naturalizado, não nato (art. 12, II, “b”, CF).

A letra D está incorreta. O cargo de Ministro do STJ não é privativo de


brasileiro nato (art. 12, §3o, CF).

O gabarito é a letra B.

27. (IESES/2014 – TJ/PB) Segundo o que dispõe a Carta Magna


de 1988, em matéria de nacionalidade é correto afirmar que são
privativos de brasileiro nato os seguintes cargos EXCETO:

a) De Ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira diplomática.

b) De Presidente da Câmara dos Deputados, de Presidente do Senado


Federal.

c) De Presidente, Vice-Presidente da República.

d) De oficial das Forças Armadas, de Ministro da Justiça.

Comentários:

São privativos de brasileiro nato os seguintes cargos (art. 12, §3o, CF):

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa.

O cargo de Ministro da Justiça não é privativo de brasileiro nato. O


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gabarito é a letra D.

28. (FGV/ TJ-SC – 2015) Peter, cidadão sueco em viagem de


férias no Brasil, manteve relacionamento amoroso com Marie,
cidadã francesa que visitava um primo na Cidade de Florianópolis.
Desse relacionamento, nasceu Gustavisson, fato ocorrido no
território brasileiro. É possível afirmar que a nacionalidade do filho
do casal é:

a) brasileira, por ter nascido na República Federativa do Brasil;

b) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da


nacionalidade paterna;

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c) brasileira, desde que tenha sido registrado em repartição consular


brasileira;

d) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da


nacionalidade materna;

e) necessariamente diversa da brasileira, já que seus pais eram


estrangeiros e não estavam estabelecidos no Brasil.

Comentários:

O art. 12, I, “a”, da Constituição Federal dispõe que são brasileiros natos
os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.
Diante disso, uma vez que nenhum dos pais estrangeiros estava a
serviço do seu país (Peter estava de férias e Marie visitava um primo),
Gustavisson é brasileiro. O gabarito é a letra A.

29. (FGV/ DPE-RO – 2015) Ernesto, filho de pais brasileiros,


nascido e registrado na República do Paraguai, ao atingir a
maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País,
consulta um Defensor Público a respeito dos seus direitos. É
correto afirmar que Ernesto:

a) pode optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;

b) somente pode obter a nacionalidade brasileira se for naturalizado;

c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem


brasileiros;

d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se os seus pais


estavam, no Paraguai, a serviço do Brasil;

e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai


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oferecer reciprocidade ao Brasil.

Comentários:

Ernesto é filho de brasileiros, embora nascido no Uruguai. A Constituição


permite, todavia, que ele obtenha a condição de brasileiro nato, desde
que venha a residir na República Federativa do Brasil e opte, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira (art. 12, I, “c”, CF). O gabarito é a letra A.

30. (FGV / SSP-AM – 2015) Peter, filho de um casal austríaco,


nasceu no território brasileiro quando seus pais aqui estavam a

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serviço da Embaixada da Áustria. Após o seu nascimento,


permaneceu no Brasil por cerca de dez anos, até que a família
retornou ao País de origem. Como Peter passou a ter sólidos laços
afetivos com o Brasil, sendo frequentes as suas viagens a passeio
para este País, tomou a decisão de candidatar-se a um cargo
eletivo que é privativo de brasileiro nato. É possível afirmar que
Peter:

a) é brasileiro nato, já que nasceu na República Federativa do Brasil;

b) somente pode ser considerado brasileiro nato caso sua família tenha
providenciado o seu registro de nascimento no Brasil, enquanto aqui
residiu;

c) tem dupla nacionalidade, austríaca e brasileira, podendo praticar


quaisquer atos civis e políticos na Áustria e no Brasil;

d) não pode ser considerado brasileiro nato, já que é filho de estrangeiros


que estavam no Brasil a serviço do seu País de origem;

e) será considerado brasileiro nato tão logo promova o seu registro de


nascimento em cartório do registro civil das pessoas naturais situado no
Brasil.

Comentários:

Segundo o art. 12, I, CF/88, “são brasileiros natos os nascidos na


República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seus pais”. Peter nasceu no Brasil, mas
seus pais estavam aqui a serviço do governo austríaco. Logo, Peter não
será brasileiro nato. O gabarito é a letra D.

31. (FGV/SUDENE – 2013) De acordo com a Constituição Federal,


assinale a alternativa que apresenta uma condição para ser
considerado brasileiro nato. 04311532997

a) Os que são originários de países de língua portuguesa com residência


no Brasil por um ano ininterrupto.

b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República


Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptamente.

c) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde


que um deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.

d) Os portugueses com residência permanente no Brasil.

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e) A nova legislação não estabelece distinção entre brasileiros natos e


naturalizados.

Comentários:

A letra A está incorreta. Trata-se de condição de brasileiro naturalizado


(art. 12, II, “a”, CF), exigindo-se, ainda, a idoneidade moral.

A letra B está incorreta. Trata-se de condição de brasileiro naturalizado


(art. 12, II, “b”, CF), desde que não tenham sofrido condenação penal e
requeiram a nacionalidade brasileira.

A letra C está correta. É o que prevê o art. 12, I, “b”, da Carta Magna.

A letra D está incorreta. Os portugueses com residência permanente no


Brasil, desde que haja reciprocidade em favor de brasileiros, gozam da
condição de “portugueses equiparados”. A eles são atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro naturalizado (art. 12, § 1º, CF).

A letra E está incorreta. A legislação pode, sim, estabelecer distinção entre


brasileiros natos e naturalizados, nos casos previstos na Constituição (art.
12, § 2º, CF).

A letra C é o gabarito.

32. (FGV / TJ-AM – 2013) Cada Estado nacional tem a liberdade


de definir aqueles que serão os seus nacionais por meio do
estabelecimento de regras gerais quanto ao direito à
nacionalidade. No caso do Brasil, são considerados brasileiros:

a) os nascidos no estrangeiro, de pais de qualquer nacionalidade, desde


que qualquer um deles estivesse a serviço da República Federativa do
Brasil.

b) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que


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registrados em repartição brasileira competente.

c) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que


venham a residir no país e optem, antes de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

d) os nascidos no estrangeiro, sem qualquer outra condição, desde que


filhos de pai e mãe brasileiros.

e) os nascidos em país com o qual o Brasil mantenha tratado de dupla


cidadania.

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Comentários:

Letra A: errada. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai


brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer um deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil.

Letra B: correta. É isso mesmo. São brasileiros natos os nascidos no


estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente (art. 12, I, “c”).

Letra C: errada. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai


brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir no país e optem,
em qualquer tempo, após atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira.

Letra D: errada. Se um indivíduo nascer no estrangeiro, filho de pai


brasileiro ou mãe brasileira, há 3 (três) possibilidades de que ele seja
brasileiro nato:

- o pai brasileiro ou a mãe brasileira estiverem a serviço da


República Federativa do Brasil;

- o indivíduo seja registrado em repartição brasileira competente;

- o indivíduo vem a residir no Brasil e opta, em qualquer tempo,


após a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Letra E: errada. Essa não é uma hipótese de atribuição de nacionalidade


brasileira.

33. (FGV / TJ-AM – 2013) Tendo em vista o que dispõe a


Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a
alternativa que apresenta um caso de atribuição da nacionalidade
brasileira.
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a) Kevin, nascido no Brasil, filho de pais canadenses a serviço do Governo


do Canadá.

b) Jonas, hoje com 21 anos, residente na cidade de São Paulo, nascido e


registrado no Japão, filho de Marcos e Márcia, domiciliados naquele país,
onde trabalham em uma empresa multinacional.

c) José, português, domiciliado na cidade de Manaus há seis meses.

d) Mark, alemão, domiciliado na cidade de Aracajú há 10 anos, e que hoje


está em liberdade condicional, após condenação pelo crime de tráfico de
drogas.

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e) Luigi, italiano, residente em Milão, casado com Joana, que lá reside


com ele.

Comentários:

Letra A: errada. Kevin nasceu no Brasil, mas é filho de pais estrangeiros


que estavam a serviço do seu país. Portanto, ele não será brasileiro.

Letra B: correta. Jonas nasceu no exterior, filho de pai brasileiro e mãe


brasileira que não estavam a serviço da República Federativa do Brasil.
Como ele foi registrado em repartição brasileira competente (é o
que dá a entender o enunciado!), ele será brasileiro nato.

Letra C: errada. Para que um português adquira a nacionalidade


brasileira, ele precisa fixar residência no Brasil por um ano ininterrupto
e ter idoneidade moral.

Letra D: errada. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na


República Federativa do Brasil há mais de 15 (quinze) anos
ininterruptos e sem condenação penal poderão requisitar a
naturalização.

Letra E: errada. O simples fato de ser casado com uma brasileira não
resulta na atribuição de nacionalidade.

O gabarito é a letra B.

34. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação à nacionalidade, a


Constituição da República Federativa do Brasil reconhece a
existência de brasileiros natos e naturalizados, vedando a
distinção entre eles. A própria Constituição dispõe que
determinados cargos somente poderão ser ocupados por
brasileiros natos. Com base na Constituição/88, assinale a
alternativa que indica o cargo que pode ser ocupado por brasileiro
naturalizado.
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a) Presidente da República.

b) Presidente do Senado Federal.

c) Presidente da Câmara dos Deputados.

d) Governador de Estado.

e) Oficial das Forças Armadas.

Comentários:

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Os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Presidente da


Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Ministro do STF,
oficial das Forças Armadas, carreira diplomática e Ministro de Estado da
Defesa são privativos de brasileiro nato. O cargo Governador de
Estado, por sua vez, pode ser ocupado por brasileiro naturalizado. A
resposta é a letra D.

35. (FGV / OAB – 2011) No que tange ao direito de


nacionalidade, assinale a alternativa correta.

a) O brasileiro nato não pode perder a nacionalidade.

b) O filho de pais alemães que estão no Brasil a serviço de empresa


privada alemã será brasileiro nato caso venha a nascer no Brasil.

c) O brasileiro naturalizado pode ser extraditado pela prática de crime


comum após a naturalização.

d) O brasileiro nato somente poderá ser extraditado no caso de


envolvimento com o tráfico de entorpecentes.

Comentários:

Letra A: errada. O brasileiro nato pode perder a nacionalidade em caso de


naturalização voluntária.

Letra B: correta. É isso mesmo. São brasileiros natos os nascidos na


República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço do seu país.

Letra C: errada. O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em caso de


crime comum praticado antes da naturalização ou em caso de
comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas
afins.
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Letra D: errada. O brasileiro nato jamais poderá ser extraditado.

36. (FGV / TRE-PA – 2011) A Constituição de 1988, em relação à


nacionalidade, determina que:

a) são privativos de brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-


Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados e
Presidente do Senado Federal, assim como os Ministros do STF e do STJ.

b) perde a nacionalidade brasileira aquele que adquirir outra


nacionalidade, sem exceções.

c) é considerada brasileiro nato a pessoa nascida na República

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Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros a serviço de seu


país.

d) os estrangeiros aqui residentes há mais de 10 (dez) anos


ininterruptos, sem condenação penal, podem requerer a cidadania
brasileira, tornando-se brasileiros naturalizados.

e) é brasileiro nato aquele nascido no estrangeiro de pai ou mãe


brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil.

Comentários:

Letra A: errada. O cargo de Ministro do STJ não é privativo de


brasileiro nato.

Letra B: errada. É possível que um brasileiro adquira outra nacionalidade


e, mesmo assim, não perca a nacionalidade brasileira. Isso pode ocorrer
em dois casos:

- quando houver reconhecimento de nacionalidade originária


pela lei estrangeira;

-quando houver imposição de naturalização, pela norma


estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de
direitos civis.

Letra C: errada. A pessoa nascida no Brasil e que for filha de pais


estrangeiros que aqui estavam a serviço do seu País não será
brasileiro nato.

Letra D: errada. São brasileiros naturalizados os estrangeiros de


qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há
mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal,
desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Letra E: correta. É exatamente o que prevê o art. 12, I, “b”. São


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brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe


brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil.

37. (FGV / PC-AP – 2010) Assinale o cargo que não é privativo de


brasileiro nato.

a) Carreira diplomática.

b) Ministro de Estado da Defesa.

c) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.

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d) Presidente da Câmara dos Deputados.

e) Oficial das Forças Armadas.

Comentários:

O cargo de Ministro do STJ não é privativo de brasileiro nato. São cargos


privativos de brasileiro nato os seguintes: i) Presidente e Vice-
Presidente da República; ii) Presidente da Câmara dos Deputados; iii)
Presidente do Senado Federal; iv) Ministro do STF; v) carreira
diplomática; vi) oficial das Forças Armadas e; vii) Ministro de Estado da
Defesa. A resposta é a letra C.

38. (FEPESE / ISS-SC – 2014) Em atenção à nacionalidade, de


acordo com a Constituição da República:

1. São brasileiros naturalizados os nascidos no estrangeiro de pai


brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil.

2. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou


mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

3. Salvo os casos previstos na Constituição da República, serão


atribuídos aos portugueses com residência permanente no País os
direitos inerentes ao brasileiro, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros.

4. Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir


outra nacionalidade em decorrência de reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.


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a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.

b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

c) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.

d) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

Comentários:

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A primeira assertiva está errada. São brasileiros natos os nascidos no


estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil.

A segunda assertiva está correta. É isso o que prevê o art. 12, I, “c”.

A terceira assertiva está correta. Segundo o art. 12, § 1º, CF/88, aos
portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.

A quarta assertiva está errada. Se houver reconhecimento de


nacionalidade originária pela lei estrangeira, não será declarada a
perda da nacionalidade brasileira.

O gabarito é a letra B.

39. (FEPESE / UDESC – 2010) Sobre os direitos de nacionalidade,


é incorreto afirmar:

a) A Constituição brasileira consagra conjuntamente os critérios jus soli e


jus sanguinis para atribuição da nacionalidade.

b) É privativo de brasileiro nato o cargo de Presidente do Supremo


Tribunal Federal.

c) São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil,


ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país.

d) Para que o brasileiro naturalizado seja proprietário de empresa


jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, a Constituição
brasileira exige a aquisição de nacionalidade brasileira há mais de dez
anos.

e) São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer


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nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de


dez anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

Comentários:

Letra A: correta. De fato, a CF/88, ao atribuir nacionalidade, utilizou em


conjunto os critérios jus sanguinis e jus soli.

Letra B: correta. O cargo de Ministro do STF é privativo de brasileiro nato.

Letra C: correta. Aqueles que nascerem no Brasil são brasileiros natos,


salvo os filhos de estrangeiros que aqui estejam a serviço de seu País.

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Letra D: correta. Segundo o art. 222, CF/88, somente poderão ser


proprietários de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de
imagens brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos.

Letra E: errada. São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer


nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de 15
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

O gabarito é a letra E.

40. (FUNCAB / PC-RJ – 2012) Quanto ao direito de


nacionalidade, previsto na Constituição da República, é correto
afirmar:

a) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro residente em


Estado estrangeiro que adquire outra nacionalidade em função de
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

b) O cargo de militar das Forças Armadas é privativo de brasileiro nato.

c) Aos portugueses com residência permanente no País, se houver


reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição.

d) Em respeito ao princípio da origem territorial, todos os nascidos na


República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, mesmo
que estes estejam a serviço de seu país serão considerados brasileiros
natos.

e) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República


Federativa do Brasil há mais de 20 anos ininterruptos, desde que
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requeiram a nacionalidade brasileira, serão considerados brasileiros


naturalizados.

Comentários:

Letra A: errada. A aquisição de nacionalidade em razão de imposição de


naturalização não implica na perda de nacionalidade brasileira.

Letra B: errada. O cargo de oficial das Forças Armadas é privativo de


brasileiro nato.

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Letra C: correta. É exatamente o que prevê o art. 12, § 1º. Cabe destacar
que os portugueses com residência permanente no Brasil receberão
tratamento inerente aos brasileiros naturalizados.

Letra D: errada. São brasileiros natos os nascidos na República Federativa


do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam
a serviço de seu país.

Letra E: errada. São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer


nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
15 (quinze) anos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

O gabarito é a letra C.

41. (VUNESP/TJ SP – 2013) Nos termos da Constituição Federal,


são brasileiros natos:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas


aos originários de países de língua portuguesa apenas residência, por um
ano ininterrupto, e idoneidade moral.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira,


desde que venham a residir na República Federativa do Brasil até a
maioridade.

c) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais


estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.

d) os nascidos no estrangeiro, desde que de pai brasileiro e de mãe


brasileira.

e) os portugueses com residência permanente no País, se houver


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reciprocidade em favor de brasileiros.

Comentários:

A letra A está incorreta. Trata-se de uma hipótese em que o brasileiro é


naturalizado.

A letra B está incorreta. Nesse caso, para serem brasileiros natos, é


necessário ainda que optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.

A letra D está incorreta. Não basta ser filho de pai brasileiro ou mãe
brasileira. É necessário que qualquer deles esteja a serviço da República

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Federativa do Brasil ou, ainda, que sejam registrados em repartição


brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

A letra E está incorreta. Nesse caso, tem-se a hipótese de “português


equiparado”.

O gabarito é a letra C. Fundamento: art. 12, I, “a”, CF.

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Lista de Questões

1. Direitos Sociais

1. (IADES/ CRC-MG – 2015) A Constituição Federal dispõe


acerca dos direitos dos trabalhadores e rurais, como o direito
social. A esse respeito, assinale a alternativa que indica um direito
social.

a) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 33


dias.
b) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de 180 dias.
c) Participação nos lucros, ou resultados, vinculada à remuneração.
d) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados.
e) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até
cinco anos de idade em creches e pré-escolas.

2. (IADES/EBSERH/ HUPES – UFBA – 2014) No que se refere à


efetividade na aplicação dos direitos sociais, conforme previsão do
art. 6o da Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

a) É assegurado ao trabalhador o gozo de férias anuais remuneradas com,


no mínimo, um terço a mais do que o salário normal.
b) A localização dos direitos sociais no título constitucional destinado aos
direitos e às garantias fundamentais não acarreta, por consequência, a
subordinação à regra da autoaplicabilidade das normas definidoras dos
direitos e das garantias fundamentais.
c) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido
político recém criado, organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
d) A Constituição Federal estabelece como direito dos trabalhadores
urbanos e rurais o repouso semanal, remunerado aos domingos.
e) É um direito do trabalhador urbano e rural a remuneração do serviço
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extraordinário superior à do normal, no mínimo, em 70%.

3. (IBFC/2014 –SEDS-MG) NÃO é direito social expressamente


previsto na Constituição Federal:

a) Saúde.
b) Previdência social.
c) Moradia.
d) Proteção à juventude.

4. (IBFC/2013 – MPE-SP) O artigo 6° da Constituição da


República, ainda que de forma genérica, faz alusão aos direitos

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sociais. Com efeito, NÃO é direito social, como expressamente


previsto no texto constitucional, o (a):

a) Lazer.
b) Felicidade.
c) Segurança.
d) Proteção à infância.
e) Proteção à maternidade.

5. (IBFC/2014 – SEDS-MG) No que se refere aos direitos


sociais, indique a alternativa CORRETA:

a) Somente através de lei alguém poderá ser obrigado a filiar-se ou a


manter-se filiado a sindicato.
b) É facultativa a participação dos sindicatos nas negociações coletivas
de trabalho.
c) O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas
organizações sindicais.
d) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir da posse
no cargo de direção ou representação sindical e, ainda que suplente, até
seis meses após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

6. (IESES/2013 – CRA-SC) Dentre os direitos dos trabalhadores


urbanos e rurais referidos na Constituição, estão: 1) o salário
mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
2) a participação nos lucros, ou resultados, com sua integração à
remuneração para todos os efeitos; e 3) o direito de eleição pelos
trabalhadores, de um representante destes, com a finalidade
exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com o
empregador, nas empresas de mais de duzentos empregados.
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7. (IESES/2012 – TJ/RO) Quanto aos Direitos Sociais, a


Constituição da República reconhece que nas empresas de mais de
duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes
o entendimento direto com os empregadores.

8. (IESES/2012 – CRF/SC) Marque a assertiva INCORRETA,


segundo o que está previsto pela Constituição da República:

a) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa causa, fica vedada a dispensa

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arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção


de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.

b) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa, fica vedada a dispensa arbitrária
ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto.

c) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa, fica vedada a dispensa arbitrária
ou sem justa causa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei.

d) Até que seja promulgada Lei Complementar que trate da proteção


contra despedida arbitrária ou sem justa, fica limitada a proteção
respectiva a 40% (quarenta por cento) do saldo da conta de FGTS do
trabalhador que venha a sofrer despedida arbitrária ou sem justa causa.

9. (IESES/2012 – TJ/RN) De acordo com a Constituição da


República Federativa do Brasil de 1988, marque V ou F, conforme
as afirmações a seguir sejam verdadeiras ou falsas. É livre a
associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

( ) Lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de


sindicato, ressalvado o registro no órgão competente.

( ) É permitida a criação de mais de uma organização sindical,


representativa de categoria profissional, na mesma base territorial,
desde que não inferior à área de um Município.

( ) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou


individuais da categoria, salvo em questões judiciais.

( ) A assembleia geral fixará a contribuição assistencial que será


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descontada em folha para custeio do sistema confederativo.

( ) Está vedado ao Poder Público a interferência e a intervenção na


organização sindical.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) V – F – V – F – F

b) V – F – F – F – V

c) F – V – V – F – V

d) V – F – F – V – V

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10. (FGV/ TJ-BA – 2015) A respeito dos direitos sociais, é correto


afirmar que:

a) sempre exigirão uma omissão por parte dos poderes constituídos;

b) podem ser vistos como a primeira dimensão ou geração dos direitos


fundamentais;

c) nunca dependem da disponibilidade de recursos financeiros para a sua


implementação;

d) podem exigir o oferecimento de prestações específicas;

e) somente devem ser atribuídos às pessoas naturais, jurídica e


economicamente classificadas como necessitadas.

11. (FGV/ PROCEMPA – 2014) Acerca dos Direitos Sociais


Constitucionais, analise as afirmativas a seguir.

I. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.

II. É assegurado à categoria dos trabalhadores domésticos o direito à


duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

III. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais a ação, quanto aos


créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um ano
após a extinção do contrato de trabalho.

Assinale:
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a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

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12. (FGV/ Prefeitura de Recife – 2014) No que tange à liberdade


de associação profissional ou sindical, assinale a afirmativa
correta.

a) É livre a criação de mais de uma organização sindical representativa de


categoria profissional ou econômica na mesma base territorial.

b) Uma vez aposentado, o indivíduo, ainda que filiado, não tem direito a
votar e ser votado nas organizações sindicais.

c) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado somente a partir da


posse no cargo de direção ou representação sindical.

d) Ninguém pode ser obrigado a filiar-se a sindicato, mas, uma vez filiado,
será obrigado a manter-se filiado até a aposentadoria.

e) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de


sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical.

13. (FGV/MPE-MS – 2013) Os direitos fundamentais sociais,


como o direito à saúde, não possuem força normativa e, por essa
razão, não podem ser sindicados na via judicial.

14. (FGV/TJ-AM – 2013) Com relação aos direitos dos


trabalhadores, segundo o art. 7º da Constituição Federal/88,
analise as afirmativas a seguir.

I. Garantia de salário‐mínimo, fixado em lei, definido por regiões


geoeconômicas, capaz de atender suas necessidades vitais básicas.

II. Garantia de remuneração do serviço extraordinário superior, no


mínimo, em cinquenta por cento à do normal.

III. Garantia de salários e de critérios de admissão iguais, sendo vedada a


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discriminação por sexo, cor ou estado civil.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

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e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

15. (FGV/TJ-AM – 2013) Dentre os direitos sociais dos


trabalhadores, previstos na Constituição, não se inclui:

a) a participação nos lucros ou resultados, desvinculada da remuneração.

b) duração do trabalho não superior a 40 horas semanais.

c) a proibição de diferença de salários por motivo de sexo, idade, cor ou


estado civil.

d) a proibição de trabalho noturno a menores de 18 anos.

e) a extensão do fundo de garantia do tempo de serviço ao empregado


rural.

16. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação ao disposto na Constituição


da República Federativa do Brasil acerca dos direitos sociais dos
trabalhadores, assinale a afirmativa incorreta.

a) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado eleito para cargo de


representação ou direção sindical, ainda que como suplente, até um ano
após o final do mandato, salvo nos casos de redução justificada do
número de empregados.

b) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de


sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical.

c) É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de


trabalho.

d) É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam, por
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meio dele, defender.

e) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou


individuais da categoria.

17. (FGV / PC-RJ – 2008) As alternativas a seguir apresentam


alguns direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, previstos na
Constituição de 1988, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Estabilidade.

b) Licença paternidade.

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c) Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo


coletivo.

d) Participação nos lucros.

e) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5


(cinco) anos de idade em creches e pré- escolas.

18. (FUNCAB / PC-ES – 2013) São direitos sociais preceituados


na Constituição de 1988:

a) a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

b) a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência


social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados.

c) a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a


previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados.

d) o direito de herança, a intimidade, a privacidade, a informação dos


órgãos públicos.

e) a livre locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo


qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer, ou dele sair
com seus bens.

19. (FUNCAB / ANS – 2013) Acerca dos direitos sociais, é correto


afirmar que:
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a) a localização dos direitos sociais no título constitucional destinado aos


direitos e garantias fundamentais não acarreta, por consequência, a
subordinação à regra da autoaplicabilidade das normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais.

b) não cabe o ajuizamento do Mandado de Injunção, quando houver a


omissão do Poder Público na regulamentação de alguma norma que
preveja um direito social e, consequentemente, inviabilize seu exercício.

c) a Constituição Federal proclama serem direitos sociais a educação, a


saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a

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segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a


assistência aos desamparados.

d) os róis dos direitos sociais enumerados taxativamente no capítulo II do


título II do texto constitucional esgotam os direitos constitucionais dos
trabalhadores.

e) o direito de greve dos servidores públicos civis entra em vigor


imediatamente, não dependendo seu exercício de lei ordinária específica.

20. (FUNDATEC/CEEERS – 2010) Assinale a alternativa que não


está de acordo com os Direitos Sociais.

a) Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa.

b) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5


(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas.

c) Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de


dezesseis anos, e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo
na condição de aprendiz.

d) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário.

e) Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa


renda nos termos da lei.

21. (FEPESE / Prefeitura Balneário Camboriú – 2010) Com base


nas disposições constitucionais, constitui direito dos trabalhadores
urbanos e rurais:

a) Irredutibilidade do salário, sem ressalva. 04311532997

b) Seguro contra os acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa.

c) Relação de emprego protegida contra a despedida, com ou sem justa


causa, mediante previsão de indenização compensatória.

d) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a


duração de cento e oitenta dias.

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e) Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de


dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na
condição de aprendiz.

22. (VUNESP/TJ SP – 2013) A Constituição Federal estabelece


como direito dos trabalhadores urbanos e rurais:

a) o décimo terceiro salário, com base no vencimento básico ou no valor


da aposentadoria.

b) o repouso semanal remunerado aos domingos.

c) o gozo de férias anuais remuneradas com, no máximo, um terço a mais


do que o salário normal.

d) a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em contrato de trabalho.

e) a assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até


5 (cinco) anos de idade, em creches e pré-escolas.

2. Nacionalidade

23. (IADES/EBSERH/ HUPES – UFBA – 2014) Acerca de direitos e


garantias fundamentais estabelecidos na Constituição Federal,
assinale a alternativa correta.

a) Uma vez naturalizada brasileira, a pessoa não mais perde a


nacionalidade.

b) Considera-se brasileiro naturalizado o estrangeiro de qualquer


nacionalidade, casado com brasileiro nato por mais de cinco anos.

c) Considere que Joana, cidadã brasileira, casada com Ricardo, cidadão


espanhol, ocupe posto diplomático brasileiro na China, quando Marcelo,
filho do casal, nascer. Nessa situação, Marcelo será considerado brasileiro
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nato.

d) Brasileiro naturalizado, podendo vir a ser considerado brasileiro nato


se residir no Brasil e optar, a qualquer tempo, depois de atingir a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.

e) O estrangeiro condenado por autoridades estrangeiras pela prática de


crime político poderá ser extraditado do Brasil se houver reciprocidade do
país solicitante.

24. (IADES/ PGE-DF – 2011) Segundo Pontes de Miranda,


nacionalidade é o vínculo jurídico-político que faz da pessoa um

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dos elementos componentes da dimensão pessoal do Estado.


Assim, uma pessoa pode adquirir a nacionalidade brasileira no
modo originário

a) somente por meio de laços de sangue (Ius sanguinis).

b) somente por meio do local de nascimento (Ius solis).

c) elo casamento ou outro benefício legal.

d) pela naturalização.

e) pelo sistema misto tanto por laços de sangue quanto pelo local de
nascimento.

25. (IBFC/2014 – SEDS-MG) NÃO é privativo de brasileiro nato, o


cargo de:

a) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.

b) Carreira Diplomática.

c) Ministro de Estado da Defesa.

d) Oficial das Forças Armadas.

26. (IBFC/2014 – TRE-AM) Com relação aos direitos de


nacionalidade, previstos na Constituição Federal, assinale a
alternativa CORRETA:

a) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver


cancelada sua naturalização, por decisão do Presidente da República, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
b) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
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competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e


optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
c) São brasileiros natos os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.
d) É privativo de brasileiro nato o cargo de Ministro do Superior
Tribunal de Justiça.

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27. (IESES/2014 – TJ/PB) Segundo o que dispõe a Carta Magna


de 1988, em matéria de nacionalidade é correto afirmar que são
privativos de brasileiro nato os seguintes cargos EXCETO:

a) De Ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira diplomática.

b) De Presidente da Câmara dos Deputados, de Presidente do Senado


Federal.

c) De Presidente, Vice-Presidente da República.

d) De oficial das Forças Armadas, de Ministro da Justiça.

28. (FGV/ TJ-SC – 2015) Peter, cidadão sueco em viagem de


férias no Brasil, manteve relacionamento amoroso com Marie,
cidadã francesa que visitava um primo na Cidade de Florianópolis.
Desse relacionamento, nasceu Gustavisson, fato ocorrido no
território brasileiro. É possível afirmar que a nacionalidade do filho
do casal é:

a) brasileira, por ter nascido na República Federativa do Brasil;

b) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da


nacionalidade paterna;

c) brasileira, desde que tenha sido registrado em repartição consular


brasileira;

d) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da


nacionalidade materna;

e) necessariamente diversa da brasileira, já que seus pais eram


estrangeiros e não estavam estabelecidos no Brasil.

29. (FGV/ DPE-RO – 2015) Ernesto, filho de pais brasileiros,


nascido e registrado na República do Paraguai, ao atingir a
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maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País,


consulta um Defensor Público a respeito dos seus direitos. É
correto afirmar que Ernesto:

a) pode optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;

b) somente pode obter a nacionalidade brasileira se for naturalizado;

c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem


brasileiros;

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d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se os seus pais


estavam, no Paraguai, a serviço do Brasil;

e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai


oferecer reciprocidade ao Brasil.

30. (FGV / SSP-AM – 2015) Peter, filho de um casal austríaco,


nasceu no território brasileiro quando seus pais aqui estavam a
serviço da Embaixada da Áustria. Após o seu nascimento,
permaneceu no Brasil por cerca de dez anos, até que a família
retornou ao País de origem. Como Peter passou a ter sólidos laços
afetivos com o Brasil, sendo frequentes as suas viagens a passeio
para este País, tomou a decisão de candidatar-se a um cargo
eletivo que é privativo de brasileiro nato. É possível afirmar que
Peter:

a) é brasileiro nato, já que nasceu na República Federativa do Brasil;

b) somente pode ser considerado brasileiro nato caso sua família tenha
providenciado o seu registro de nascimento no Brasil, enquanto aqui
residiu;

c) tem dupla nacionalidade, austríaca e brasileira, podendo praticar


quaisquer atos civis e políticos na Áustria e no Brasil;

d) não pode ser considerado brasileiro nato, já que é filho de estrangeiros


que estavam no Brasil a serviço do seu País de origem;

e) será considerado brasileiro nato tão logo promova o seu registro de


nascimento em cartório do registro civil das pessoas naturais situado no
Brasil.

31. (FGV/SUDENE – 2013) De acordo com a Constituição Federal,


assinale a alternativa que apresenta uma condição para ser
considerado brasileiro nato. 04311532997

a) Os que são originários de países de língua portuguesa com residência


no Brasil por um ano ininterrupto.

b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República


Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptamente.

c) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde


que um deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.

d) Os portugueses com residência permanente no Brasil.

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e) A nova legislação não estabelece distinção entre brasileiros natos e


naturalizados.

32. (FGV / TJ-AM – 2013) Cada Estado nacional tem a liberdade


de definir aqueles que serão os seus nacionais por meio do
estabelecimento de regras gerais quanto ao direito à
nacionalidade. No caso do Brasil, são considerados brasileiros:

a) os nascidos no estrangeiro, de pais de qualquer nacionalidade, desde


que qualquer um deles estivesse a serviço da República Federativa do
Brasil.

b) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que


registrados em repartição brasileira competente.

c) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que


venham a residir no país e optem, antes de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

d) os nascidos no estrangeiro, sem qualquer outra condição, desde que


filhos de pai e mãe brasileiros.

e) os nascidos em país com o qual o Brasil mantenha tratado de dupla


cidadania.

33. (FGV / TJ-AM – 2013) Tendo em vista o que dispõe a


Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a
alternativa que apresenta um caso de atribuição da nacionalidade
brasileira.

a) Kevin, nascido no Brasil, filho de pais canadenses a serviço do Governo


do Canadá.

b) Jonas, hoje com 21 anos, residente na cidade de São Paulo, nascido e


registrado no Japão, filho de Marcos e Márcia, domiciliados naquele país,
04311532997

onde trabalham em uma empresa multinacional.

c) José, português, domiciliado na cidade de Manaus há seis meses.

d) Mark, alemão, domiciliado na cidade de Aracajú há 10 anos, e que hoje


está em liberdade condicional, após condenação pelo crime de tráfico de
drogas.

e) Luigi, italiano, residente em Milão, casado com Joana, que lá reside


com ele.

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34. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação à nacionalidade, a


Constituição da República Federativa do Brasil reconhece a
existência de brasileiros natos e naturalizados, vedando a
distinção entre eles. A própria Constituição dispõe que
determinados cargos somente poderão ser ocupados por
brasileiros natos. Com base na Constituição/88, assinale a
alternativa que indica o cargo que pode ser ocupado por brasileiro
naturalizado.

a) Presidente da República.

b) Presidente do Senado Federal.

c) Presidente da Câmara dos Deputados.

d) Governador de Estado.

e) Oficial das Forças Armadas.

35. (FGV / OAB – 2011) No que tange ao direito de


nacionalidade, assinale a alternativa correta.

a) O brasileiro nato não pode perder a nacionalidade.

b) O filho de pais alemães que estão no Brasil a serviço de empresa


privada alemã será brasileiro nato caso venha a nascer no Brasil.

c) O brasileiro naturalizado pode ser extraditado pela prática de crime


comum após a naturalização.

d) O brasileiro nato somente poderá ser extraditado no caso de


envolvimento com o tráfico de entorpecentes.

36. (FGV / TRE-PA – 2011) A Constituição de 1988, em relação à


nacionalidade, determina que: 04311532997

a) são privativos de brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-


Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados e
Presidente do Senado Federal, assim como os Ministros do STF e do STJ.

b) perde a nacionalidade brasileira aquele que adquirir outra


nacionalidade, sem exceções.

c) é considerada brasileiro nato a pessoa nascida na República


Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros a serviço de seu
país.

d) os estrangeiros aqui residentes há mais de 10 (dez) anos

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ininterruptos, sem condenação penal, podem requerer a cidadania


brasileira, tornando-se brasileiros naturalizados.

e) é brasileiro nato aquele nascido no estrangeiro de pai ou mãe


brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil.

37. (FGV / PC-AP – 2010) Assinale o cargo que não é privativo de


brasileiro nato.

a) Carreira diplomática.

b) Ministro de Estado da Defesa.

c) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.

d) Presidente da Câmara dos Deputados.

e) Oficial das Forças Armadas.

38. (FEPESE / ISS-SC – 2014) Em atenção à nacionalidade, de


acordo com a Constituição da República:

1. São brasileiros naturalizados os nascidos no estrangeiro de pai


brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil.

2. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou


mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

3. Salvo os casos previstos na Constituição da República, serão


atribuídos aos portugueses com residência permanente no País os
direitos inerentes ao brasileiro, se houver reciprocidade em favor de
04311532997

brasileiros.

4. Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir


outra nacionalidade em decorrência de reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.

b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

c) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.

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d) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

39. (FEPESE / UDESC – 2010) Sobre os direitos de nacionalidade,


é incorreto afirmar:

a) A Constituição brasileira consagra conjuntamente os critérios jus soli e


jus sanguinis para atribuição da nacionalidade.

b) É privativo de brasileiro nato o cargo de Presidente do Supremo


Tribunal Federal.

c) São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil,


ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país.

d) Para que o brasileiro naturalizado seja proprietário de empresa


jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, a Constituição
brasileira exige a aquisição de nacionalidade brasileira há mais de dez
anos.

e) São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer


nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
dez anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

40. (FUNCAB / PC-RJ – 2012) Quanto ao direito de


nacionalidade, previsto na Constituição da República, é correto
afirmar:

a) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro residente em


Estado estrangeiro que adquire outra nacionalidade em função de
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
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b) O cargo de militar das Forças Armadas é privativo de brasileiro nato.

c) Aos portugueses com residência permanente no País, se houver


reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição.

d) Em respeito ao princípio da origem territorial, todos os nascidos na


República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, mesmo
que estes estejam a serviço de seu país serão considerados brasileiros
natos.

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e) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República


Federativa do Brasil há mais de 20 anos ininterruptos, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira, serão considerados brasileiros
naturalizados.

41. (VUNESP/TJ SP – 2013) Nos termos da Constituição Federal,


são brasileiros natos:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas


aos originários de países de língua portuguesa apenas residência, por um
ano ininterrupto, e idoneidade moral.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira,


desde que venham a residir na República Federativa do Brasil até a
maioridade.

c) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais


estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.

d) os nascidos no estrangeiro, desde que de pai brasileiro e de mãe


brasileira.

e) os portugueses com residência permanente no País, se houver


reciprocidade em favor de brasileiros.

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Gabarito

1. LETRA E
2. LETRA A
3. LETRA D
4. LETRA B
5. LETRA C
6. INCORRETA
7. CORRETA
8. LETRA C
9. LETRA B
10. LETRA D
11. LETRA D
12. LETRA E
13. ERRADA
14. LETRA D
15. LETRA B
16. LETRA A
17. LETRA A
18. LETRA A
19. LETRA C
20. LETRA C
21. LETRA B
22. LETRA E
23. LETRA C
24. LETRA E
25. LETRA A
26. LETRA B
27. LETRA D
28. LETRA A
29. LETRA A
30. LETRA D
31. 04311532997
LETRA C
32. LETRA B
33. LETRA B
34. LETRA D
35. LETRA B
36. LETRA E
37. LETRA C
38. LETRA B
39. LETRA E
40. LETRA C
41. LETRA C

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