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Físico-Química II

Rodrigo Souza Banegas

Experimento 03
INVESTIGAÇÃO DA CINÉTICA DA OXIDAÇÃO DO IODETO DE POTÁSSIO

Alunos: Carolina de Andrade, Edemilson de Modesti, Vinícius Schwamberger.


Data: 13/03/2012

Temperatura: 28°C
Pressão: 756 mmHg

OBJETIVOS

Calcular a constante de velocidade K acompanhando a cinética de uma reação através


do desenvolvimento da cor de um indicador e obter o gráfico representante.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Acompanhamos a cinética da reação de oxidação do iodeto de potássio pelo


perssulfato de potássio: 2KI + K2S2O8 à I2 + 2K2SO4.

Para esta reação, temos um excesso de iodeto, sendo ela de primeira ordem:

−dB
=K 2 .[B ]
dt

Onde k é igual a K2 e B é a concentração de perssulfato. Integrando, temos que:

B = B 0. e−K 1. t

k 1 .t
ln B = ln B0 - k1.t ou log B = log B0 –
2, 303

B0 representa a concentração inicial de perssulfato de potássio. É possível verificar a


validade da equação e determinar a constante K.
Conseguimos acompanhar a marcha da reação por se adicionar ao sistema uma
pequena quantidade de tiossulfato de sódio e da solução de goma de amido. O iodo
liberado durante a oxidação do iodeto reage com o tiossulfato de sódio regenerando o
iodeto: I2 + 2Na2S2O3 à 2NaI + Na2S4O6

A velocidade de formação do I 2 é a mesma velocidade da redução do perssulfato de


potássio. Quando todo tiossulfato de sódio for consumido o I 2 que continuar se
formando terá em solução uma coloração azul, devido à presença da goma de amido.

O intervalo de tempo que decorre entre o início da reação e o aparecimento da


coloração azul é igual ao tempo necessário para que seja reduzida uma quantidade de
perssulfato de potássio equivalente à quantidade de tiossulfato de sódio na solução.

Primeiramente preparamos as seguintes soluções em 10 béqueres rotulados como:

Soluçã Soluçã
KI (mL) Amido (mL) Na2S2O3 (mL) K2S2O8 (mL) H2O (mL)
o o
1A 10 2 1 1B 10 9
2A 10 2 2 2B 10 8
3A 10 2 3 3B 10 7
4A 10 2 4 4B 10 6
5A 10 2 5 5B 10 5
Tabela 01 – Soluções

Em seguida, adicionamos a solução 1 A à 1 B e disparamos um cronômetro. Passados


30 segundos adicionamos a solução 2 A à 2 B e assim consecutivamente a cada 30
segundos. Porém, prestando atenção a todas as soluções, quando ocorria
aparecimento de coloração azul o tempo era marcado. Isso foi feito até que todas as 5
soluções formadas ficassem azuis. Obtemos os seguintes tempos:

Solução Tempo inicial t0 (s) Tempo final t1 (s) Tempo reação t = t1 – t0 (s)
1 0 62 62
2 30 123 93
3 60 232 172
4 90 287 197
5 120 320 200
Tabela 02 – Valores obtidos

A partir desses valores, podemos calcular o valor da constante de velocidade (K) para
cada solução.

10
K 1=
200 . 200. t 1

10
K 1=
200 . 200. 62

K1 = 4,0323 x 10-6
20
K 2=
200 . 200. t 2

20
K 2=
200 . 200. 93

K2 = 5,3763 x 10-6

30
K 3=
200 . 200. t 3

30
K 3=
200 . 200. 172

K3 = 4,3605 x 10-6

40
K4=
200. 200 . t 4

40
K4=
200. 200 . 197

K4 = 5,0761 x 10-6

50
K 5=
200 . 200. t 5

50
K 5=
200 . 200. 200

K5 = 6,7568 x 10-6

Em seguida, calculamos o valor de excesso de perssulfato para cada solução:

B1=B0 . e−kt
−6

B1=1,0 x 10−4 . e−4,0323 x10 . 62

B1 = 9,9975 x 10-5

B2=B0 . e−kt
−6

B2=1,0 x 10−4 . e−5,3763 x 10 . 93

B2 = 9,9950 x 10-5
B3=B0 . e−kt
−6

B3=1,0 x 10−4 . e−4,3605 x10 . 172

B3 = 9,9925 x 10-5

B4 =B 0 . e−kt
−6

B4 =1,0 x 10−4 . e−5,0761 x 10 .197

B4 = 9,9900 x 10-5

B5=B0 . e−kt
−6

B5=1,0 x 10−4 . e−6,7568 x10 . 200

B5 = 9,9865 x 10-5

De posse dos valores de excesso de perssulfato calculamos o ln B e, juntamente com


os valores de tempo de reação, montamos um gráfico.

Solução Perssulfato em excesso (B) ln B


1 9,9975 x 10-5 -9,21059
2 9,9950 x 10-5 -9,21084
3 9,9925 x 10-5 -9,21109
4 9,9900 x 10-5 -9,21134
5 9,9865 x 10-5 -9,21169
Tabela 03 – Perssulfato em excesso e ln B

-9.21
40.0 60.0 80.0 100.0 120.0 140.0 160.0 180.0 200.0 220.0
-9.21
-9.21
-9.21
f(x) = − 0 x − 9.21
-9.21 R² = 0.85
ln B

-9.21
-9.21
-9.21
-9.21
-9.21
tempo (s)

Gráfico 01 – ln B versus tempo (s)


Pelo coeficiente de reta acima, temos que ln B = -6 x 10-06 B - 9,210 , podemos tirar
uma prova real do ln B, substituindo o B pelo seu valor em cada solução.

CONCLUSÃO

Concluímos que podemos investigar a cinética da oxidação do iodeto de potássio, onde


o agente oxidante usado foi o perssulfato de potássio, e verificar que nos cinco
sistemas com quantidades diferentes de tiossulfato de sódio o valor da constante k é
realmente constante.

Observamos também que o tempo do início da reação até o surgimento da coloração


azul (em função da goma de amido), é proporcional ao tempo necessário para sua
redução por meio do tiossulfato.

FONTES DE ERRO

Como estamos tratando do valor de uma constante, é necessário que sejam usados
valores exatos dos reagentes para a reação. A imprecisão na quantidade de mililitros
dos reagentes pode ter movido cálculos incertos desta constante (K).

Outro ponto que pode influenciar na veracidade do valor da constante é a observação


do tempo que a reação leva para adquirir a cor azul, e até mesmo a interpretação da
intensidade desta cor, por tratarem-se de valores obtidos a olho humano.

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