Você está na página 1de 7

Físico-Química II

Rodrigo Souza Banegas

Experimento 07
CRIOSCOPIA

Alunos: Carolina de Andrade, Edemilson de Modesti, Vinícius Schwamberger.


Data: 17/04/2012

Temperatura: 26°C
Pressão: 760 mmHg

OBJETIVOS

Determinar a temperatura de transição de uma substância pura e na presença de um


soluto não volátil. A partir do abaixamento crioscópico, determinar a massa molar do
soluto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Crioscopia é uma propriedade coligativa que indica o abaixamento da temperatura de


congelamento de um líquido. Ela nos permite determinar a massa molar de um soluto
e a massa molar aparente de uma substância cujas moléculas se associam ou
dissociam em solução. Sendo assim, podemos calcular este grau de dissossiação.

Tabela 01 - Dados tabelados para alguns solutos a serem utilizados.


Densidade a Massa Molar Temperatura de Calor latente de
Solvente
25°C (g/mL) (g/mol) fusão (K) Fusão (J/mol)

Hexano 0,660 86,2 177 13039,03

Tolueno 0,867 92,1 178 6623,95

Inicialmente, montamos a seguinte aparelhagem:


Figura 01 – Sistema de estudo

Primeiramente, colocamos água no béquer A à aproximadamente 30°C para


determinarmos a temperatura de congelamento do solvente puro. Fechamos o béquer
com a tampa isolante para evitar trocas bruscas de calor, prendendo o tubo B através
da tampa.

Ao tubo C, adicionamos 5 mL de terc-butanol (d = 0,781 g/mL e K c= 8,3 K.kg/mol).


Fechamos o tubo com uma rolha, mantendo o termômetro fixado. Prendemos o tubo
C ao B conforme demonstrado na figura 01.

Assim que o sistema estava montado, iniciamos a cronometragem do tempo e a leitura


da temperatura a cada 30 segundos. Utilizamos o termômetro para leves agitações
para manter o sistema homogêneo e para causar perturbação, provocando o
congelamento. Acrescentou-se aos poucos cubinhos de gelo ao béquer A para auxiliar
no abaixamento da temperatura. O congelamento do terc-butanol foi observado pela
invariabilidade da temperatura por um intervalo de tempo adequado e pela turvação
do material no tubo. A temperatura de congelamento do terc-butanol puro foi de
23,2°C.

Gráfico 01 – Terc-butanol puro


30
29
28 f(x) = − 0.03 x + 29.31
R² = 0.99

Temperatura (°C)
27
26
25
24
23
22
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Tempo (s)

Repetimos o procedimento descrito acima, porém, adicionando ao terc-Butanol


0,15mL de hexano. A água do béquer, agora, estava em 28°C para acelerar o processo,
pois, teoricamente, essa mistura deveria congelar mais rapidamente do que o solvente
puro. Obtivemos a temperatura de congelamento de 22,7°C.

Gráfico 02 – Acréscimo de 0,15mL de hexano

29.5

28
Temperatura (°C)

f(x) = − 0.06 x + 29.25


26.5 R² = 0.94

25

23.5

22
0 30 60 90 120
Tempo (s)

Repetimos novamente o procedimento, mas agora fazendo uma mistura de 5 mL de


terc-butanol + 0,30 mL de hexano. A temperatura de congelamento encontrada foi de
18,3°C.

Gráfico 03 – Acréscimo de 0,30 mL de hexano


29
28
27 f(x) = − 0.05 x + 28.98
26 R² = 0.98

Temperatura (°C) 25
24
23
22
21
20
19
18
17
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270
Tempo (s)

Todos os experimentos foram feitos em duplicata. Obtivemos a média das


temperaturas encontradas para cada experimento para a construção do gráfico da
Quantidade de hexano X Temperatura.

Tabela 02 – Valores experimentais.


Hexano (mL) Temp. 1 (°C) Temp. 2 (°C) Temp. 3 (°C) Média (°C)

0,10 21,2 21,4 - 21,3

0,15 22,7 22,7 - 22,7

0,20 19,9 19,8 18,9 19,53

0,25 18,6 20,2 - 19,4

0,30 18,3 19,2 - 18,75

Podemos construir o seguinte gráfico a partir dos valores encontrados


experimentalmente pela turma.
Gráfico 04 – Quantidade de hexano X Temperatura
0.3

Quantidade de ciclohexano (mL)


0.25 f(x) = − 0.04 x + 1.01
R² = 0.67
0.2

0.15

0.1

0.05

0
18 18.5 19 19.5 20 20.5 21 21.5 22
Temperatura (°C)

Sabemos que a temperatura de fusão de uma solução diluída é menor que a do


solvente puro. O abaixamento desta temperatura é proporcional à concentração de
partículas dissolvidas. Logo:

m s 1000
∆ T =K c . .
mS M

∆T = redução da temperatura de congelamento


ms = massa do soluto
mS = massa do solvente
M = massa molar do soluto
Kc = constante crioscópica do solvente

A constante crioscópica pode ser calculada pela seguinte equação:

K c =R . T 2 . ( ∆ H f . 1000 )−1

R = constante universal dos gases


T = temperatura absoluta de fusão do solvente
∆Hf = calor latente molar de fusão do solvente
Para o hexano temos que Kc = 8,3 K kg/mol. Agora, para cada quantidade de hexano
usada podemos calcular a massa molar do soluto (M):

Para 0,10 mL
0,066 g 1000
( 23,2−21,3 )=8,3 K kg /mol . .
3,905 g M
M = 73,83 g/mol

Para 0,15 mL
0,099 g 1000
( 23,2−22,7 )=8,3 K kg /mol . .
3,905 g M
M = 420,84 g/mol

Para 0,20 mL
0,132 g 1000
( 23,2−19,53 )=8,3 K kg/mol . .
3,905 g M
M = 76,45 g/mol

Para 0,25 mL
0,165 g 1000
( 23,2−19,4 )=8,3 K kg /mol . .
3,905 g M
M = 92,30 g/mol

Para 0,30 mL
0,198 g 1000
( 23,2−18,75 )=8,3 K kg/mol . .
3,905 g M
M = 94,57 g/mol

CONCLUSÃO

Determinamos a temperatura de transição de uma substância pura e na presença de


um soluto não volátil. A partir do abaixamento crioscópico determinamos a massa
molar do soluto, assim observamos que quanto maior o ∆T (redução da temperatura
de congelamento), menor a massa molar do soluto. Também pudemos observar que a
temperatura de fusão de uma substância diluída é menor que a do solvente puro.

FONTES DE ERRO

O experimento teve como resultado alguns valores incoerentes com a teoria, é bem
provável que esses valores tenham alguma relação com a não calibração da
temperatura do phmetro e principalmente quantidade de soluto pipetada para o terc-
butanol, pois eram volumes muito pequenos que facilmente poderiam equivocar
quem realizasse o experimento.

Você também pode gostar