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Edvaldo Beleza??

Tema:
O caminho para a justificação
Fazendo um paralelo com o texto o paradoxo, percebemos que de fato, ao ser um
complexo e também de natureza paradoxal, destacamos no assunto que traz em aula o tema: “o
Caminho para a justificação” que, o homem não traz em si a predestinação divina, ele saiu das
mãos criadoras de Deus, e na sua história é lhe dado a revelação, mas não traz em si esta certeza
como sendo responsável por ela.
Ele se encontra agora no mundo sensível e por isso, ele um ser pecador e limitado, e
muitas vezes deseja agir de modo independente assim afirma a autora: Goethe, Prometheus), ele
quer ser senhor de si mesmo. No plano histórico do homem, Deus age e assim, deseja justificar
o próprio homem para que assim, seja por meio da graça, predestinado e alcance a santificação,
a cura interior e, se tornando uma nova criatura vive na eternidade junto de Deus.
O caminho para esta justificação do homem em seu paradoxo estado de vida, se dar por
meio da gratuidade absoluta de Deus, que consiste em: Deus se dar, se revela de modo
incondicional; o homem se compreende essencialmente a partir dele, mas que isso foi alterada
pela ação do pecado. E por isso, como pequena criatura, deve a Deus, seu criador, tudo o que é
por natureza, diante do pecado, ele veio a perder toda essa referência com o Pai, ao ponto de não
se ver como criatura.
Ele foi criado imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26-27), deveria servir ao seu
Senhor, como exemplo de muitos homens do antigo testamento, Moisés, David, e os profetas. E
no Novo testamento, os homens que viviam como sendo uma nova imagem de Cristo. A
teologia da graça afirma que o homem, em seu estado de pecado, encara a dignidade do serviço
de Deus com uma certa vergonha por ter ofendido o Criador e por viver em uma escravidão.
A partir da tradução dos setenta, (LXX), a ideia de servo de Deus cultivada entre o
povo de Israel, evoluiu para o filho de Deus, toda a literatura antiga que ressaltava sobre o
cântico do servo de Javé, nos tempos mais recentes, em sua nova impostação teológica,
afirmava ser o filho de Deus que se fez servo. Foi nhoque deu fundamento ao desenvolvimento
da graça de Cristo na história, da nova história. Pois, Cristo é a nova imagem de Deus.
Cristo é a imagem do Deus invisível e se fez o servo, nas bem-aventuranças quando
relata as palavras do pai e quando, por meio das parábolas da misericórdia, expressa essa
manifestação amorosa do Pai que acolhe e abraça o pecador arrependido. Deus sempre vai ao
encontro do homem em qualquer que seja a situação vivida. A livre benevolência do amor de
Deus se manifesta constantemente e sempre que alguém se abre ao amor de Deus (LC 15,
21.24).
O segundo ponto se dar no que vem antes, ou seja, uma preparação uma catequese, um
preparar o “caminho” para que este receba de fato, a graça atuante e santificadora. Aqui,
podemos afirmar aquilo que nos apresentou o Antigo testamento, uma preparação para a
manifestação do verbo de deus feito carne quando veio a plenitude dos tempos (Gl, 4.4).
Com efeito, todo o Antigo Testamento, a eleição dos profetas para o serviço de Deus,
sempre implicou a esta manifestação do amor divino em favor do seu povo, ele elegia, chamava
para que, por meio de sua palavra e profecia, uma vez proferida pelos profetas, atraísse o seu
povo a uma vida santa e moralmente condizente aos seus princípios.
A graça de Deus é algo entre Deus e o homem e, a imanência divina é um pressuposto
para que este seja eleito a uma predestinação eficaz na sua própria história. O homem é
chamado a sua maturidade de fé e a partir dela, ser um cooperador para a sua própria
justificação em Deus. Isto tudo foi manifestado nos diversos concílio da história quando
afirmava que o primeiro impulso vem de Deus (Trento D 813-DS 1553). Porém, é preciso que
estejamos em sintonia com a imagem Imanente de Deus, a sua revelação.
O homem deve se abrir as moções que o próprio Deus o concede e ele, de livre
aceitação, responder a esse chamado ordinário de salvação que se constrói em sua história. O
poder de Deus não e, é um poder mágico que serve para impressionar, mas sim, um poder que
conserva a liberdade do homem em sua dignidade real, mesmo depois do pecado original, ele
resgata por meio de seu filho Jesus Cristo, todo o gênero humano e que por meio da fé, o
homem seja por ele justificado e liberto.
Aqui se explica a realidade paradoxal do homem criado a imagem de Deus, em
dignidade e perfeição, mas diante do pecado original, vem a cair na soberba de querer ser deus
como Deus, dono de si mesmo e escravos de suas próprias vontades. Quanto a graça e o amor
do pai se manifesta de modo genuíno para refazer a obra da redenção e da comunhão;
comunhão esta, que, um dia, foi prejudicada pelo pecado afastando o homem da convivência
com o seu criador.

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