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CUSTOS DE ACIDENTES

CONCEITOS E ABORDAGENS

Acidentes e a preocupação com a prevenção deles ocorrem há muito tempo.


Apesar de o assunto ser discutido com freqüência, a terminologia relacionada ainda
necessita de clareza e precisão.

Incidente Crítico: qualquer evento ou fato negativo com potencial para gerar
dano.

Risco: uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para
provocar danos.

Dano: é a gravidade da perda, seja humana, material, ambiental ou financeira.

Causa: é a origem de caráter humano ou material.

Perda: prejuízo sofrido por uma organização sem garantia de ressarcimento.

 ESTUDOS DE H. W. HEINRICH E R. P. BLAKE

Foram os primeiros a apontar que apenas a reparação de danos não era suficiente,
que além de assegurar o risco também era necessário preveni-lo.

Heinrich fazia parte de uma companhia de seguros dos Estados Unidos. A partir de
1926, através da análise dos acidentes pagos pela sua companhia, obteve informações
sobre os gastos adicionais que as empresas asseguradas haviam tido, além das
indenizações pagas pelo seguro.

Heinrich classificou da seguinte forma:

• Custos diretos: gastos da companhia seguradora com a liquidação de acidentes;

• Custos indiretos: perdas sofridas pelas empresas em termos de danos materiais e


de interferências na produção.

Em 1931 Heinrich concluiu que os custos indiretos eram cerca de 4 vezes maiores
do que os custos diretos, para a indústria como um todo. Foi ele também que introduziu
pela primeira vez a idéia de acidentes sem lesão.

De acordo com a pirâmide de Heinrich observa-se que para 1 acidente com lesão
incapacitante, correspondiam 29 acidentes com lesões menores e outros 300 acidentes
sem lesão.
Tempos depois, R. P. Blake analisando o assunto sob a mesma perspectiva de
Heinrich, formulou afirmativas e sugestões visando diminuir a perda por acidentes. De
acordo com os dois autores, as empresas deveriam promover medidas de proteção social
a seus empregados e também preocupar-se em evitar os acidentes de qualquer natureza.

 ESTUDOS DE FRANK E. BIRD JR

Em 1915 a Luckens Steel, empresa siderúrgica da Filadélfia, nomeou um Diretor


de Segurança e Bem-Estar, e até 1954 havia reduzido a freqüência de 90 para 2
acidentes pessoais por milhão de homens-hora trabalhados.

Nessa mesma empresa, Bird desenvolveu seus estudos e introduziu um programa


de Controle de Danos, objetivando a redução de perdas oriundas de danos materiais.

Pela pirâmide de Bird, observa-se que para cada acidente com lesão
incapacitante, ocorriam 100 pequenos acidentes com lesão não incapacitantes e
outros 500 acidentes com danos à propriedade.

Para Bird, a forma de se fazer segurança é através do controle de qualquer tipo


de acidente e que ao diminuir as perdas matérias novos recursos são liberados para a
segurança.

Os estudos de Bird foram denominados Controle de Perdas e os programas


gerencias como Administração do Controle de Perdas.
 ESTUDOS INSURANCE COMPANY OF NORTH AMERICA (ICNA)

Em 1969 a ICNA analisou e publicou um resumo estatístico de dados de 297


empresas sobre acidentes pessoais e materiais. Foi incluído acidentes sem lesão ou
danos invisíveis, pois, por serem quase-acidentes revelam potencias enormes de
acidentes.

 ESTUDOS DE WILLIE HAMMER

Em 1972 foi criada uma nova mentalidade, baseada nos trabalhos de Willie
Hammer, observando–se a importância de um enfoque sob o ponto de vista de
engenharia às abordagens de administração e de controle de resultados, indicados
por Heirich, Bird, Fletcher e outros. Para Willie hammer as atividades
administrativas eram muito importantes, no entanto, existiam problemas técnicos
que precisavam de soluções técnicas.

Os estudos de Hammer ajudaram a compreender melhor os erros humanos, e foi


através dos estudos realizados que ocorreu um grande desenvolvimento na área de
segurança. Deixou de ter enfoque meramente informativo e passou a integrar toda a
organização num esforço conjunto de proteção ao empregado, resguardando sua
saúde e vida e gerando o progresso da organização como empresa.

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