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Informática Industrial - CEA595

Aula 2 - Controladores Lógicos Programáveis (CLPs)

Profa. Dra. Wendy Yadira Eras Herrera

Departamento de Engenharia Elétrica


Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

João Monlevade, 28 de maio, 2021

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Estrutura da apresentação

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

Wendy Herrera UFOP 2 / 28


Introdução

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

Wendy Herrera UFOP 2 / 28


Introdução

Processo Industrial

”Constitui-se na aplicação do trabalho e do capital para transformar a


matéria-prima em bens de produção e consumo, por meios e técnicas
de controle, obtendo valor agregado ao produto, atingindo o objetivo
de negócio”[Silveira,1999].
Existem dois tipos de processo industrial, segundo a manipulação das
variáveis a serem controladas.
I Processo contı́nuo: cujas variáves são analógicas ou de tempo
contı́nuo. Exemplo: industria farmacêutica, petroquı́mica, etc.
I Processo discreto: cujas variáves são discretas ou digitais. Exemplo:
industria automobilı́stica; industria de manufatura, de fabricação por
lote.

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Introdução

Processo Industrial
Exemplo
Toda planta industrial necessita de algum tipo de controlador para
garantir uma operação segura e economicamente viável.
Todos os sistemas de controle podem ser divididos em três
componentes: transdutores (sensores), controladores e atuadores.

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Introdução

Processo Industrial

Controlador Lógico Programável (CLP)


Pode ser considerado como um computador projetado para trabalhar
no ambiente industrial.
Um CLP é definido pelo IEC (International Electrotechnical
Commission) como: ”Sistema eletrônico operando digitalmente, projetado
para uso em um ambiente industrial, que usa uma memória programável
para a armazenagem interna de instruções orientadas para o usuário para
implementar funções especı́ficas, tais como lógica, sequencial, temporização,
contagem e aritmética, para controlar, através de entradas e saı́das digitais
ou analógicas, vários tipos de máquinas ou processos. O controlador
programável e seus periféricos associados são projetados para serem
facilmente integráveis em um sistema de controle industrial e facilmente
usados em todas suas funções previstas.”

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História

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

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História

Breve história dos controladores de processo

Os primeiros sistemas de controle foram desenvolvidos no final do


século 19.

Figura: Evolução dos sistemas de controle.

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História

Breve história dos controladores de processo

Final do século 19
Primeiros sistemas de controle realimentado foram desenvolvidos
durante a revolução industrial.
As funções de controle eram implementadas por meio de engenhosos
dispositivos mecânicos.
Os dispositivos mecânicos:
I Automatizavam tarefas crı́ticas e repetitivas das linhas de montagem
da época.
I Desenvolvidos especificamente para cada projeto.
I Muitas vezes tinham uma vida útil curta (devido à sua natureza
mecânica).

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História

Breve história dos controladores de processo

Inı́cio do século 20
Os dispositivos mecânicos foram substituı́dos pelos relés e contatores.
Controle implementado por meio de dispositivos eletromecânicos.
Viabilizou o desenvolvimento de sistemas de automação maiores e
mais complexos.
Problema dos circuitos de relés → manutenção/mudança da lógica
cara e demorada.

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História

Breve história dos controladores de processo

Meados dos anos 1960


Com a chegada dos CI, e mais memórias para receber dados,
conseguiu se desenvolver dispositivos automatizados cada vez mais
flexı́veis.
Os sistemas automáticos podem ser:
I Sistema rı́gido de automação: Não permite alteração no processo
depois da definição do sistema e seus componentes.
I Sistema flexı́vel de automação: Permite fazer algumas alterações no
sistema e em seus componentes, como incluir ou retirar entradas e
saı́das.

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História

Breve história dos controladores de processo

Meados dos anos 1960


Utilizar computadores digitais no controle de processos.
Exigiam programadores especializados.
Exigiam um ambiente controlado (temperatura, qualidade de energia,
ambiente limpo).
Custo muito elevado.

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História

Breve história dos controladores de processo

1968 - A GM requisita propostas para um subtituto eletrônico dos


sistemas a relés.
1969 - Surge o primeiro CLP, o MODICON 084 (1kB, 128 I/O) →
”Computador”industrial e robusto.
1971 - Aplicação de CLPs a outras indústrias.
1975 - Incorporação de funções diferentes de instruções lógicas
(exemplo, controle PID).
1976 - Uso de entradas e saı́das remotas.
1977 - CLP a partir de microprocessadores.
1980 - Módulos de entrada/saı́da inteligentes, programação por meio
de computadores pessoais.
1983 - CLPs pequenos e de baixo custo.
1985 - Comunicação em rede e uso de sistemas SCADA.
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Arquitetura

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

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Arquitetura

Arquitetura dos CLPs

O CLP é um equipamento de estado sólido que pode ser programado


para executar instruções que controlam dispositivos, máquinas e
operações de processos.

Figura: Exemplo de um CLP.

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Arquitetura

Arquitetura dos CLPs

Um CLP pode ser dividido em cinco partes: 1) Fonte de alimentação; 2)


Entradas (analógicas e/ou digitais); 3) Saı́das (analógicas e/ou digitais); 4)
Unidade Central de Processamento (CPU); 5) Unidade de comunicação.

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Arquitetura

Arquitetura dos CLPs

1) Fonte de alimentação
Fornece energia necessária para a alimentação da CPU e dos módulos
de entrada e de saı́da.
Alguns CLPs operam com uma tensão de alimentação de 220V,
110V, 24V.

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Arquitetura

Arquitetura dos CLPs


Módulo de Entrada e Saı́da
Realiza as conexões com os equipamentos ou os processos industriais
a ser controlados.

Figura: EInteração das interfaces


Wendy Herrera UFOP de entrada/saı́da de dados. 15 / 28
Arquitetura

Arquitetura dos CLPs

2) Entradas
As entradas para o controlador são sinais de interruptores de fim de
curso, sensores, dispositivos do tipo ligado/desliga.
Tipos: analógicos e/ou digitais.

3) Saı́das
As saı́das do controlador são sinais de ligado/desligado para operar
motores, válvulas e outros dispositivos necessários para garantir o
funcionamento do processo.
Tipos: analógicos e/ou digitais.

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Arquitetura

Arquitetura dos CLPs


4) Unidade Central de Processamento (CPU)
Comanda todas as atividades do CLP.
É formado por três elementos: Processador; Sistema de memórias;
Fonte de alimentação.

Figura: Diagrama de bloco dos principais componentes da CPU.


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Arquitetura

Arquitetura dos CLPs

4) Unidade Central de Processamento (CPU)


As memórias são divididas em duas partes:
I Memória de programa: armazena o programa desenvolvido pelo
usuário.
I Memória de dados: local utilizado pelo CPU para armazenamento
temporário de dados.

5) Unidade de comunicação
A interface de comunicação permite:
I transferir o programa desenvolvido pelo usuário ao CLP.
I monitorar todas as operações que estão sendo realizadas no processo.

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Princı́pio de funcionamento

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

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Princı́pio de funcionamento

Funcionamento de um CLP

CLP é formado por uma fonte de alimentação, CPU, e interfaces de


I/O → CLP pode ser considerado como uma pequena caixa contendo
centenas de relês separados, tais como contadores, temporizadores e
locais de armazenamento de dados.
CLP simula essas funcionalidades, utilizando os registradores internos
da CPU.

Figura: Diagrama do funcionamento de um CLP.


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Princı́pio de funcionamento

Modos de operação de um CLP

Um CLP pode estar nos modos de operação de programação ou


execução.

Modo de programação
No modo de programação (Prog ), o CLP não executa nenhum
programa, isto é, fica aguardando para ser configurado ou receber
novos programas.
Esse tipo de programação é chamado de off-line (fora de operação).

Modo de execução
No modo de programação (Run), o CLP passa a executar o programa
do usuário.
Esse tipo de programação é chamado de on-line (em operação).

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Princı́pio de funcionamento

Modos de operação de um CLP

Modo de execução
O scan é uma estrutura de
software que realiza continua-
mente ciclos de leitura.
O scan é constituı́do de três
processos:
I Efetua a leitura dos dados de
entradas dos dispositivos de
campo através dos módulos
de entrada.
I Executa o programa de
controle armazenado na
memória.
I Escreve ou atualiza os
dispositivos de saı́da atuando
nos dispositivos de campo. Figura: Scan do CLP.
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Tipos

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

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Tipos

Tipos de CLPs
De acordo com a disposição dos elementos constituintes dos CLPs, podem
ser classificados em compactos ou modulares.

CLPs compactos
Possuem incorporados em uma única unidade a fonte de alimentação, a
CPU e os módulos de E/S.
CLPs de pequeno porte.
Exemplo: CLP compacto Zelio Logic da Schneider Electric.

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Tipos

Tipos de CLPs
CLPs modulares
Possuem uma estrutura modular, em que cada módulo executa uma
determinada função.
CLPs de médio e grande porte.

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Tipos

Tipos de CLPs

CLPs modulares
Exemplo: CLP modular Modicon Quantum da Schneider Electric.

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Tipos

Tipos de CLPs

Dimensionamento de um CLP
Considere:
A quantidade de entradas e saı́das necessárias.
Tipos de entradas e de saı́das.
Capacidade de processamento.

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Aplicações

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

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Aplicações

Aplicações de CLPs

Monitoramento
Mostra a condição do processo para o operador e destacar condições
anormais, representadas em forma de alarmes.

Sequenciamento
Executa uma sequência de operações predeterminadas em uma
determinada ordem.

Malhas de controle
Manipula o processo de forma que ele tenha um comportamento
desejado.

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Exercı́cio

1 Introdução

2 História

3 Arquitetura

4 Princı́pio de funcionamento

5 Tipos

6 Aplicações

7 Exercı́cio

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Exercı́cio

Exercı́cio após a aula

Lembrete:
Responda o questionário.
Link disponı́vel no Moodle.
Prazo de envio: 48h após a aula.

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Referências Bibliográficas

Silveira, P. R. e Santos, W. E. (1999).


Automação e Controle Discreto, 9 ed, São Paulo: Editora Érica.

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