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Documentário – Netflix – Secrets Of The Saqquara Tomb

1h54 de duração

Este documentário apresenta a exploração egípcia, de uma tumba de 4.400 anos, para
se decifrar a história completa de um sacerdote egípcio chamado Wahtye (2415 e 2405
AC) bem como seu corpo. Um sacerdote naquele período era considerado uma das
maiores autoridades. Um intermediário entre o rei e o povo, além de ser um
intermediário entre o rei e seu deus. Por isso, ele conseguiu construir uma tumba tão
maravilhosa.
Na tumba de Wahtye pode se perceber um pouco de egoísmo, pois ele mencionou
várias vezes o próprio nome e também várias estátuas dele mesmo, ao todo 55. Nas
inscrições vê-se uma descrição de várias atividades como do cotidiano e cenas
religiosas que mostram a vida após a morte de forma bem detalhada, com cenas de
uma vida fabulosa após a morte, que era a forma como gostaria de desfrutar a
eternidade.
Achei bem interessante a parte onde mostra que todos os trabalhadores nesta
escavação plantam, colhem, e vivem como no antigo Egito. Portanto, ao tentar decifrar
os desenhos se identificam muito.
Esta escavação estava com os dias contados, pois assim que acabasse o tempo de seis
meses, o patrocino do governo acabaria caso não pudessem escavar os poços da
tumba de Wahtye e também a descoberta de novas tumbas. O tempo limite seria o
Ramadã.
Em todo processo, já se esgotando o tempo, foram encontrados quatro poços na
tumba de Wahtye, onde estavam os corpos de seus filhos ainda jovens, ossos de duas
mulheres e por fim, no poço mais profundo os ossos mal mumificados de Wahtye. A
impressão que ficou para os exploradores é de que a dor pela perda de seus filhos o
deixaram desestimulado, sem razão para viver uma vida após a morte, devido à má
acomodação e mumificação do corpo de Wahtye. Depois de um estudo mais
aprofundado dos restos mortais da família de Whatye, chegou-se à conclusão de que o
enterro e mumificação mal realizados, foi devido à pressa pois certamente eles
faleceram devido uma pandemia, como a malária.

Nas proximidades da tumba de Wahtye forma encontrados outros dois caixoões


lindamente decorados com múmias bem preservadas. Os espaços de Saqquara eram
locais de cultos a animais importantes. E o mais importante era Bumasteion. O mais
comum destes animais era a figura de uma mulher com cabeça de gato que teria duas
“faces”: a doçura de um gatinho e a ferocidade de uma justiceira leoa.
As cenas do documentário, apresentam desde o achado de pequenas estatuetas de
desta deusa com corpo de mulher e gato, tubas de gatos que eram mumificados após
ter uma vida de luxo por ter sido uma representação dos deuses na terra. Nesta
mesma tumba forma encontradas múmias de filhote de leão e de filhote de crocodilo,
o que nos faz compreender melhor a forma como os egípcios interagiam com os
animais selvagens.

Para mim ficou claro, analisando as obras de escultura nas paredes desta tumba de
Whatye, que o exagero ao se retratar, o exagero ao colocar cenas de uma segunda
vida, é que eles não pensavam como nós que fazemos selfie para colocar nas redes
sociais e ganharmos likes. Eles simplesmente acreditavam numa vida melhor,
acreditavam que nesta primeira vida seria apenas um teste para uma eternidade cheia
de muitas alegrias e conforto. É por isso que tudo no Egito era “faraônico, exuberante,
colorido, apenas para retratar uma crença de uma segunda vida melhor.
Quando a temporada terminou, e estavam fechando a tumba e outros túmulos,
acidentalmente encontram uma nova tumba a ser explorada, segunda temporada
garantida.
Por fim, a equipe egípcia de Bubasteion encontrou mais de 3.100 artefatos únicos e se
tudo a teoria sobre a morte da família de Wahtye for provada pela equipe médica,
será o primeiro caso documentado de malária na história, mil anos antes de qualquer
outro.

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