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1h54 de duração
Este documentário apresenta a exploração egípcia, de uma tumba de 4.400 anos, para
se decifrar a história completa de um sacerdote egípcio chamado Wahtye (2415 e 2405
AC) bem como seu corpo. Um sacerdote naquele período era considerado uma das
maiores autoridades. Um intermediário entre o rei e o povo, além de ser um
intermediário entre o rei e seu deus. Por isso, ele conseguiu construir uma tumba tão
maravilhosa.
Na tumba de Wahtye pode se perceber um pouco de egoísmo, pois ele mencionou
várias vezes o próprio nome e também várias estátuas dele mesmo, ao todo 55. Nas
inscrições vê-se uma descrição de várias atividades como do cotidiano e cenas
religiosas que mostram a vida após a morte de forma bem detalhada, com cenas de
uma vida fabulosa após a morte, que era a forma como gostaria de desfrutar a
eternidade.
Achei bem interessante a parte onde mostra que todos os trabalhadores nesta
escavação plantam, colhem, e vivem como no antigo Egito. Portanto, ao tentar decifrar
os desenhos se identificam muito.
Esta escavação estava com os dias contados, pois assim que acabasse o tempo de seis
meses, o patrocino do governo acabaria caso não pudessem escavar os poços da
tumba de Wahtye e também a descoberta de novas tumbas. O tempo limite seria o
Ramadã.
Em todo processo, já se esgotando o tempo, foram encontrados quatro poços na
tumba de Wahtye, onde estavam os corpos de seus filhos ainda jovens, ossos de duas
mulheres e por fim, no poço mais profundo os ossos mal mumificados de Wahtye. A
impressão que ficou para os exploradores é de que a dor pela perda de seus filhos o
deixaram desestimulado, sem razão para viver uma vida após a morte, devido à má
acomodação e mumificação do corpo de Wahtye. Depois de um estudo mais
aprofundado dos restos mortais da família de Whatye, chegou-se à conclusão de que o
enterro e mumificação mal realizados, foi devido à pressa pois certamente eles
faleceram devido uma pandemia, como a malária.
Para mim ficou claro, analisando as obras de escultura nas paredes desta tumba de
Whatye, que o exagero ao se retratar, o exagero ao colocar cenas de uma segunda
vida, é que eles não pensavam como nós que fazemos selfie para colocar nas redes
sociais e ganharmos likes. Eles simplesmente acreditavam numa vida melhor,
acreditavam que nesta primeira vida seria apenas um teste para uma eternidade cheia
de muitas alegrias e conforto. É por isso que tudo no Egito era “faraônico, exuberante,
colorido, apenas para retratar uma crença de uma segunda vida melhor.
Quando a temporada terminou, e estavam fechando a tumba e outros túmulos,
acidentalmente encontram uma nova tumba a ser explorada, segunda temporada
garantida.
Por fim, a equipe egípcia de Bubasteion encontrou mais de 3.100 artefatos únicos e se
tudo a teoria sobre a morte da família de Wahtye for provada pela equipe médica,
será o primeiro caso documentado de malária na história, mil anos antes de qualquer
outro.