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FACULDADE DE BELAS-ARTES
O MITO
_____________________________
Imanência das Imagens
2021
1
.
1. Sumário ................................................................................................................................................................... 3
2. Objectivos ................................................................................................................................................................. 3
3. Metodologia ...............................................................................................................................................................4
4. Circunscrição Temática ........................................................................................................................................4
I. Referências Artísticas
II. Referencias Teóricas
5. Projecto Artístico ................................................................................................................................................... 5
6. Estudo Teórico ......................................................................................................................................................13
I. Índice Geral ...................................................................................................................................................... 13
II. Descrição detalhada .................................................................................................................................... 14
III. Bibliográficas .............................................................................................................................................. 25
IV. Áudio-Visuais ............................................................................................................................................. 27
2
PROJECTO: O MITO, IMANÊNCIA DAS IMAGENS
1. SUMÁRIO
O Mito enquanto modelo relativo à génese e persistência do fazer artístico será o tema
estrutural desta investigação, uma proposta de estudo e indagação tendo em vista a essência
metafísica e a origem imanente das imagens — a herança do veículo incorpóreo do homem.
Assim, determinando o Rito como concepção de um símbolo de função primitiva, descreverei
a espiritualidade da obra enquanto fenómeno de um arquétipo profundo e consequência de
uma ontologia onírica.
2. OBJECTIVOS
3
3. Desejo derradeiramente prolongar ou fortificar uma prática de trabalho autoral,
alicerçando a investigação enquanto lógica conceptual da obra. Esta metodologia destina-se
a inquirir sobre múltiplas potencialidades e a maior abrangência do processo artístico regido
por questões centrais.
3. METODOLOGIA
Prática: A feitura da obra artística nos seus diversos suportes plásticos, enquanto
testemunho de um pensamento simultaneamente sedeado numa lógica investigativa em
torno de um campo potenciador almejará um discurso interpretativo e original.
4. CIRCUNSCRIÇÃO TEMÁTICA
A seguinte listagem pretende uma breve selecção composta pelos principais artistas
e pensadores no âmbito do critério projectual regido por uma respectiva constelação temática
e propósito analítico.
I. Referências Artísticas
Pela ideia de arquivo visual destacarei Gerhard Richter, Vija Celmins, William
Kentridge ou Bruno Pacheco, frisando a preservação da memória enquanto mítica
corporalizada no registo pictórico. Finalmente sobre o fenómeno metafísico ou espiritual da
arte nomearei as obras de Rui Toscano, Francisco Tropa, Ian Hamilton Finlay ou Andrei
Tarkovsky realçando a imanência enquanto sentido integral da obra.
— Kadder Attia, Jimmie Durham, Alberto Carneiro, Pablo Picasso, Gerhard Richter, Vija
Celmins, Jim Shaw, Bruno Pacheco, William Kentridge, Rui Toscano, Philip Glass, Andrei
Tarkovsky, Ian Hamilton Finlay, Francisco Tropa
4
II. Referências Teóricas
— Gilles Deleuze, Jacques Ranciére, Hal Foster, Hans Belting, Claude Lévi-Strauss, Mircea Eliade,
Sabine Melchior-Bonnet, Tomás Maia, Jacques Derrida, George Bataille, Giorgio Agamben, David
Abram, André Malraux, Aby Warburg, Martin Heidegger
5. PROJECTO ARTÍSTICO
Afirmo o que por norma apreendo na produção serial suportada por sucessiva
experimentação, a repetição e procura empírica de regras contaminadas por inéditas soluções
e o impulso da mudança para novas indagações.
5
Fig.1 Meta-Reflexo #1-4 (primitivismo), 2020. Óleo e resina s/ vidro e espelho, cimento, 60 x 80 cm (vidros)
Galeria Mota Galiza, Porto (vista instalativa)
6
Fig.3 Objecto anamórfico (arqueologia), 2017. Óleo s/madeira e metal cromado, 120 cm (diâmetro)
Museu Geológico, Lisboa (vista instalativa)
Fig.4 Objecto Anamórfico (cosmologia), 2017. Óleo s/ madeira e aço polido, 55 cm (diâmetro)
Fig.5 Objecto Anamórfico (oceanologia), 2018. (detalhe). Óleo s/madeira e aço polido, 60 x 60cm
(detalhe)
7
Fig.6 Anamorfose (objectos), 2019. Óleo s/madeira, 60 x 60 cm
8
Fig.8 S/Título (objectos), 2019. Óleo s/tela, 150 x 200 cm
9
Fig.10 S/Título (cosmologia), 2018. Óleo s/madeira, 30 x 40 cm. AZAN, Lisboa (vista expositiva)
10
Fig.12 S/Título (objectos), 2019. Grafite, carvão e foto-transferência s/papel, 145 x 187 cm
11
Fig.14 S/Título (osmóptico), 2017. Água-tinta s/papel, 70 x 50 cm
12
6. ESTUDO TEÓRICO
ÍNDICE GERAL
13
1. O MITO (Origem)
“O Mito é uma história do tempo em que os homens e os animais ainda não eram diferentes” 1
Claude Lévi-Strauss, De Perto e de Longe
Desta maneira, uma eventual «eficácia mítica» definida pelo símbolo, afirma um
«fundamento ritualístico» pela transição da realidade biológica até à psicológica, partindo de
uma exteoridade até à uma interioridade, o campo para a possível intimidade do «sonho».7
______________
1. Lévi-Strauss, Claude. De Perto e de Longe, Nova Fronteira (trad. Léa Mello e Julieta Leite), 1990. p.178
2. Eliade, Mircea. Mito do Eterno Retorno, Edições70 (trad. Manuela Torres), 2019. p.9
3. Idem. p.10, 13
4. Eliade, Mircea; Mitos, Sonhos e Mistérios, Edições70 (trad. Samuel Soares), 2019. p.9,15
5. Idem. p.8-15
6. Eliade, Mircea. Mito do Eterno Retorno, p.13
7. Lévi-Strauss, Claude. Structural Anthropology, Basic Books, 1963. pp.193-207 14
Enquanto «símbolo», atentemos o artefacto proveniente da gruta Holenstein-Stadel
(Alemanha) originário do 3º milénio a.c. (fig.1), a ancestral estatueta em marfim esculpido
figurando uma criatura zoo-antropo-mórfica, besta humana (teriantropo) ou homem-leão —
«corpo vivo» afirmado por uma «supernatureza» de potência mítica.7 Tomemos
metaforicamente a sua autoridade sagrada e “postura aureolar” enquanto artefacto de
hierofania e mítica individualizante, tal como prenuncia Eliade:
“Entre muitas outras pedras, uma torna-se sagrada (...) impregnada de ser - porque constitui uma
hierofania (...) porque a sua forma reflecte um certo simbolismo, ou ainda porque comemora um acto mítico
(…) O objecto surge como um receptáculo de uma força exterior que o diferencia do seu meio e lhe confere
significado e valor (…) Incompreensível, invulnerável, ela é aquilo que o homem não é — Uma pedra vulgar
será promovida a «preciosa», ou seja, impregnada de uma força mágica ou religiosa em virtude da sua forma
simbólica única ou da sua origem” 8
Cueva de las Manos (fig.2), grupo de cavernas localizado em Santa Cruz (Argentina),
complexo arqueológico na paisagem da Patagónia, demonstra em pinturas rupestres (13.000-
9.000 a.c) a remota presença humana retratada por silhuetas do passado, mãos de toda uma
comunidade no seu refúgio. Esta imagem Mítica constitui um «contar» sobre a presença de
outrora, um veículo e relato sobre uma «mimética identificatória».10
Fig. 2 Cueva de Las Manos, Perito Moreno (Argentina), c. 9.000 – 13.000 A.C.
______________
7. Julian Bell, O Espelho do Mundo – Uma Nova História da Arte, Orfeu Negro, 2009. p.12
8. Eliade, Mircea. Mito do Eterno Retorno, p.14
9. Idem, pp.135-139
10. Lacoue-Labarthe, Philippe e Nancy, Jéan-Luc. Le mythe Nazi, Éditions de l’aube, Paris, 1991. pp.32-40
11. Sousa, Eudoro. Mitologia – História e Mito, IN Casa da Moeda, 2004. p.27
12. Idem. p.50
15
2. RITO APOTROPAICO (Primitivismo)
Fig.3 Ritual Makishi, Tribo Chowke (Zâmbia) Fig.4 Primitivism in 20th Century Art: Affinity of the Tribal and the Modern
Museu de Arte Moderna (MoMa), Nova Iorque. 1984 (vista expositiva)
D'où Venons Nous? Que Sommes Nous? Où Allons Nous? — De onde vimos? Quem somos? Para onde vamos? 1
Paul Gaugin, Summa 1897-98
Seguindo a epígrafe de Gaugin sobre uma acepção primitiva, indígena ou nativa pelo
que de ritualístico, mágico ou xamânico poderá conter, analisarei estéticas, códigos e crenças
enquanto estruturas fundamentais para um diálogo entre o passado e o presente, o lugar
temporal dos vivos e a infinitude dos mortos.
Dessa forma e analisando a cerimónia Mize encenada pela tribo Chowke, povo
autóctone do sudoeste Africano (Zâmbia) entre Angola e o Congo, atentarei à representação
ancestral de espíritos invocados por ritos dançantes na mascarada Makishi (fig.3), uma crença
primitiva sobre a voz dos mortos em concílio com os mortais.2
16
Transportando o significado ritualístico do seu contexto primitivo até à
modernidade, aponto a exposição Primitivism in 20th century Art (fig.4) enquanto emblema e
transferência de uma mística para o cenário artístico ocidental. A iniciativa testemunha um
multiculturalismo uno na relação entre obra de arte moderna e artefacto tribal, uma analogia
entre o primitivo e o civilizado, a encenação de um lugar de curiosidades (kunstkammer) ou
um diálogo sobre uma alterada mitologia.
Nesta epifania pela “simultânea atracção ou repulsa primitiva”, emerge o “desejo por
uma identidade alternativa”, a vontade de «possuir o primitivo» enquanto objeto de
identificação ou «rendição», comprova-se a procura de uma «natureza selvagem» inclusa no
próprio «âmago civilizacional».8
No seu «valor ritualístico, poder fetiche» ou «magia bélica», apotropaica, emerge um «veículo
contra os espíritos», um “desejo suspenso entre identificação, atracção e ansiedade”9. Em
Demoiseles D’Avignon compreende-se a expressão de uma «alteridade sexual» simbolizada por
figuras femininas primitivas, alegadamente «prostitutas» invocadas enquanto «armas».10
Fig. 5 Magiciens de la Terre, 1989. Grand Halle Parc de la Villette, Paris. Fig.6 Jimmie Durham, Elk, 2017.
(vista da exposição) Migrosmuseum, Zurique (vista instalativa)
Sobre esse motivo evoco Kader Attia (1970), artista de ascendência franco-argelina
usuário de uma apropriação arquivista e jogo combinatório repleto de analogias e misturas.
Falarei do ponto de contacto e das divergências entre culturas modernas ocidentais e
primitivas de origem étnica, uma equivalência ou substituição (metonímia) pelo restituir da
memória, algo que o artista agencia através da sua recuperação ou tal como descreve, «na sua
reparação».4
______________
1. Martin, Jean-Hubert. Magiciens de la Terre : Retour sur une exposition légendaire, Centre Georges Pompidou, 2014
2. Cohen-Solal, Annie. “Revisiting Magiciens de La Terre”, Stedelijk Journal, 2020
fonte: https://stedelijkstudies.com/journal/revisiting-magiciens-de-la-terre/
3. Ibidem
4. Attia, Kadder. Repair, Black Jack Editions, 2014
18
Estes objectos e simulacros de cariz arqueológico ou documental (fig.7), artefactos
étnicos (objets trouvés) e dissimulações tribais, representam lugares de fetiche e de catarse, a
revisitação de uma «herança resgatada». Prenuncia-se a uma procura ancestral, um
sentimento de nostalgia pelo reencontro de uma fonte de origem e quiçá lugar primitivo, uma
realidade perdida sobre a génese da arte.
19
4. MNEMÓNICA DO ARQUIVO (Memória Visual)
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Fig. 9 Gerhard Richter, 48 Retratos, 1972
Permanente no Museu Ludvig, Colónia, Alemanha (vista expositiva)
Aproprio-me das palavras de Ilya Kabakov sobre a obra The Man Who Never Threw
Anything Away (1996), reforçando a presente hipótese sobre o indispensável renascimento
da memória por via do documento enquanto fabricação mítica e herança para a fabricação
de uma futura identidade.
“Um simples sentimento sobre o valor e a importância das coisas (...) esta é a
memória associada a todos os eventos ligados a cada um destes documentos. Privarmo-nos
destes testemunhos e documentos simbólicos, é privarmo-nos de nós mesmos e de algum
modo das nossas memórias. Na nossa memória tudo se torna igualmente valioso e
significativo. Todos os pontos das nossas recolecções estão inter-ligados. Juntos formam
cadeias e conexões na nossa memória, algo que derradeiramente define a história da vida” 11
______________
7. Derrida, Jacques. Idem. p.57
8. Le Goff, Jacques. History and Memory, trad. Steven Rendall - Elizabeth Claman, Columbia University Press, 1996. p. 59-60
9. Foster, Hal. An Archival Impulse, October books, 2004. p.5
10. Idem. p.190
11. Kabakov, Ilya. The Man Who Never Threw Anything Away, Harry N. Abrams, 1996. p.33
21
5. O BROTAR DO ESPÍRITO (Corpo Imanente)
Fig.10 Ian Hamilton Finlay, Little Sparta (See Poussin Hear Lorrain),
c.1966 – 1991. Pentland Hills (Edimburgo)
Little Sparta, a derradeira obra do casal Sue e Ian Hamilton Finlay, um jardim onírico
nas imediações de Edimburgo (Escócia), recria conceptualmente um terreno íntimo e um
simulacro utópico Arcádico. Nas 270 «paisagens específicas» (termo empregue por Finlay) um
megalómano empreendimento integra esculturas, artefactos e templos fictícios, configurando
aforismos filosóficos sustentados por uma narrativa poética e autêntica compulsão
mitológica.1
Num dos inúmeros locais, uma placa em pedra semelhante a uma lápide, enuncia
numa epígrafe ou possivelmente num epitáfio, a parábola ⎯⎯ See Poussin Hear Lorrain (fig.10).
Tal mensagem reporta à paisagem numa referência sobre o ver e ouvir do lugar. Analogamente
a alusão a Claude Lorrain e Nicolas Poussin sugere uma estética pitoresca, o representar do
movimento do vento, a quietude e silêncio das folhagens ou a flutuação da água, uma
experiência sensível sobre o espírito que brota.2
22
De igual maneira Heidegger ao declarar que «as verdadeiras coisas seriam a pedra, o
outeiro, o pedaço de madeira, coisas inanimadas da natureza e do uso» 6 anunciaria a condição
imanente do mundo. Seria por via deste «instalar do mundo e produzir da terra na própria
obra», que se poderia alcançar a «verdade intrínseca à Natureza». Concluiria que ⎯⎯ «quem daí
a conseguisse arrancar, possui-la-ia.» 7
Sobre tal visão, Tomás Maia alega que «enterrá-los seria a maneira de os tornar
intocáveis», de «inumá-los em si», numa espécie de «mediação da morte».9 Estes «dois
esqueletos abandonados»10 seriam ultimamente prestados a um interminável renascimento,
produto do rito de que quem «cultua os mortos como origem da cultura»11 e sob a tutela da
arte enquanto força criadora de objectos animados por corpos «mortos-imortais».12
Maia revela que a «arte fala de algo que não foi vivido», permitindo assim «revivê-lo
miticamente» no plano de uma «suposta vida futura». Sobre esta evidência, eis como engloba
a respectiva questão ⎯⎯ “A exumação repetida (mítica) começa depois do princípio (...) Tudo
parece indicar uma operação arqueológica (...) trata-se da repetição do primeiro rito. O
princípio já é repetido: estes ossos provêm de todos os lugares da terra, e os dois esqueletos
deitados (...) são na realidade múltiplos do mesmo esqueleto natural.”13
Na verdade, será neste «momento do sono que se transforma num caminho sem
regresso» que advém a «reflexão sobre a morte e a infinita ressurreição» 14, a transformação
de corpo e «peso da matéria» a «leveza do espírito»15. Poderá contemplar-se a máxima de
Platão como síntese do fenómeno da imanência, a razão de um «espírito mais fecundo do
que o corpo»16 ⎯⎯ a potência da vida depois da morte. Eis o momento do novo-lugar, o
fundamento de que “os olhos do espírito só começam a ver quando os do corpo se fecham”17
______________
6. Heidegger, Martin. A Origem da Obra de Arte, Edições70 (trad. Maria da Conceição Costa), 2004. p.15
7. Idem, pp.38-56
8. Bíblia Sagrada (Jerusalém), Livro Eclesiastes 12:7, Edições Paulistas, 1989. p.1180
9. Maia, Tomás. Arqueologia do não-saber Gigante), Galeria Quadrado Azul, 2010. pp. 10-11
10. Idem, p.16
11. Maia, Tomás. Res Prima, Sistema Solar (Documenta), 2019. p.5
12. Idem p.8
13. Arqueologia do não-saber, pp.12-14
14. Chafes, Rui. Entre o Céu e a Terra, Sistema Solar (Documenta), 2012. p.22
15. Idem, p.19
16. Platão, O Banquete (O Simpósio), Guimarães Editores (trad. Pinharanda Gomes), 2003. p. 101
17. Idem, p.121
23
Fig. 11 Francisco Tropa, Gigante, 2006. Galeria Quadrado Azul (detalhe)
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELEUZE, Gilles [1981] – Francis Bacon, Lógica da Sensação, Orfeu Negro, 2011
Tradução de José Miranda Justo. ISBN 978-989-8327-10-9
FOSTER, Hal [2004] – An Archival Impulse, October Journal, MIT Press, 2004
ISSN 0162-2870
FOSTER, Hal [2004] – Prosthetic Gods, October Book, MIT Press, 2012
ISBN 0-262-06242-9
25
FOSTER, Hal [1996] – The Artist as Ethnographer - The Return of the Real, October Book,
MIT Press, 1996. ISBN: 978-026-20-6187-2
FRIED, Michael [1980] – Absorption and Theatricality, University of Chicago Press, 1988
ISBN 978-022-62-6213-0
MARTIN, Jean-Hubert [1989] – Magiciens de la terre: Retour sur une exposition légendaire,
Centre George Pompidou, 2014. ISBN 978-2-84426-693-4
MAIA, Tomás [2010] – Arqueologia do não-saber (Gigante), Galeria Quadrado Azul, 2010
LE FUR, Yves [2017] – Picasso Primitif, Musée du Quai Branly, Editions Flammarion, 2017
ISBN 978-2-08137-706-6
KABAKOV, Ilya [1996] – The Man Who Never Threw Anything Away, Harry N Abrams, 1996
ISBN 978-081-09-3525-9
RICHTER, Gerhard [2009] – Text: Writings, Interviews and Letters (1961-2007), Thames and
Hudson, 2009. Tradução de Hans Ulrich Obrist. 978-050-00-9346-7
RUBIN, Rick [1988] – Primitivism and 20th century art: Affinity of the Tribal and The Modern (1984),
The Museum of Modern Art (MoMA), 2002. ISBN 978-087-07-0518-2
SLOTERDIJK, Peter [2009] – Tens de Mudar de Vida: Sobre Antropotécnica, Relógio D’Água
Editores, 2018. Tradução de Carlos Leite. ISBN 978-989-641-880-9
SOUSA, Eudoro [2004] – Mitologia: História e Mito, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2004
ISBN 972-27-1287-X
LÉVI-STRAUSS, Claude [1958] – Structural Anthropology, Basic Books New York, 1963
Tradução de Claire Jacobson e Brooke Grundfest Schoepf. ISBN 978-046-50-9516-2
26
REFERÊNCIAS FILMOGRÁFICAS
GLASS, Philip [1983] – Ópera Akhnaten, Staatstheater Stuttgart, 1984. The Metropolitan
Opera HD Live, Transmissão Fundação Calouste Gulbenkian, Grande Auditório, 2019
TARKOVSKY, Andrei, [1966] – Andrei Rublev (Andrey Rublyov), Mosfilm, União Soviética
(Rússia). 16x9 PB e Cor, 175 minutos. Leopardo Filmes, Obra Integral, 2016
KENTRIDGE, William [2011] – The Magic Flute - Die Zauberflöte (W. Mozart, 1791), Opus
Arte, 16:9 Anamórfico e Cor, 150 minutos, 2012.
https://www.mariangoodman.com/exhibitions/314-william-kentridge-the-magic-flute-drawings-and-
projections/
HOCKNEY, David [1978] – The Magic Flute - Die Zauberflöte (W. Mozart, 1791), Deutsche
Grammophon, 16:9 Cor, 180 minutos, 1991
https://thedavidhockneyfoundation.org/series/the-magic-flute
ÍNDICE VISUAL
Fig.1 - Meta-Reflexo #1-4 (primitivismo), 2020. Óleo e resina s/ vidro e espelho, cimento,
60x 80 cm (vidros), Galeria Mota Galiza, Porto (vista instalativa)
Fig.2 - Sem título (meta-ocular), 2020. Óleo sobre tela, 140 x 140 cm
Fig.5 - Objecto Anamórfico (oceanologia), 2018. (detalhe). Óleo s/madeira e aço polido, ´
60 x 60cm (detalhe)
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Fig.10 - S/Título (cosmologia), 2018. Óleo s/madeira, 30 x 40 cm. AZAN, Lisboa (vista
expositiva)
Fig.11 - S/Título #1-5 (cosmologia), 2017. Gravuras e cianotipias s/papel, 50 x 60 cm; 30x40
cm. Locus19, Lisboa (vista expositiva)
Fig.2 - Cueva de Las Manos, Perito Moreno (Argentina), c. 9.000 – 13.000 A.C. Domínio:
Público. Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Cueva_de_las_Manos
Fig.3 - Ritual Makishi, Tribo Chowke (Zâmbia) Domínio: François d’Elbe. Fonte:
https://www.francoisdelbeephotography.com/chokwe/
Fig.4 - Primitivism in 20th Century Art: Affinity of the Tribal and the Modern
Museu de Arte Moderna (MoMa), Nova Iorque. 1984 (vista expositiva). Domínio: MoMa.
Fonte: https://www.moma.org/calendar/exhibitions/1907/installation_images/24718
Fig.6 - Jimmie Durham, Elk, 2017. Migrosmuseum, Zurique (vista instalativa). Domínio:
Migrosmuseum Fonte: https://www.kurimanzutto.com/news/jimmie-durham-god-s-children god-s-poems
Fig.7- Kadder Attia, Sacrifice and Harmony, 2016. Museu de Arte Moderna, Frankfurt
(vista instalativa). Domínio: Galerie Nagel Draxler. Fonte: https://www.e-
flux.com/announcements/278578/kader-attia/
Fig.8 - Aby Warburg, Atlas Mnemosyne, [1924-29]. Haus der Kulturen der Welt, Berlim,
2020 (vista instalativa) Domínio: Warburg Institute
Fonte:https://kunstkritikk.com/mnemosyne-lost/
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Fig.9 - Gerhard Richter, 48 Retratos (Bienal Veneza), 1972. Permanente no Museu Ludvig,
Colónia, Alemanha (vista expositiva). Domínio: MACBA. Fonte:
https://www.macba.cat/en/art-artists/artists/richter-gerhard/48-portraits
Fig.10 - Ian Hamilton Finlay, Little Sparta (See Poussin Hear Lorrain), c.1966 – 1991.
Pentland Hills (Edimburgo). Domínio: Little Sparta Trust. Fonte:
https://www.littlesparta.org.uk/
Fig.11- Francisco Tropa, Gigante, 2006. Galeria Quadrado Azul (detalhe). Domínio: cortesia
do Artista e da Galeria Quadrado Azul. Fonte: http://gregorpodnar.com/francisco-tropa/
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