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Edital 2006
SUMÁRIO
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Português
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Português
Acentuação Gráfica
ACENTUAÇÃO
Toda palavra tem uma sílaba que é pronunciada com mais intensidade que as outras. Essa sílaba
é chamada de sílaba tônica. Pode ocupar diferentes posições e, de acordo com essa colocação,
ser classificada como: oxítona, paroxítona, proparoxítona e monossílaba tônica.
Regras de acentuação
2. Paroxítonas
Quando terminadas em
a) L, N, R, X, PS, I, US: amável, hífen, repórter, tórax, bíceps, tênis, vírus.
b) UM, UNS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS, EI:
álbum, ímã, órgão.
c) Ditongo crescente (SV +V): cárie, polícia, história.
3. Oxítonas
Quando terminadas em EM, ENS, A(S), E(S), O(S):
a) A, AS: está, guaraná, comprá-la.
b) E, ES: jacaré, você, fazê-los.
c) O, OS: avó, paletós.
d) EM: armazém, ninguém.
e) ENS: parabéns, armazéns.
4. Monossílabos tônicos
A, AS, E, ES, O, OS: mês, pó, já.
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5. Ditongo Aberto
6. Hiatos I e U
7. ÊE, ÔO
a) Ele contém, detém, provém, intervém (singular do presente do indicativo dos verbos
derivados de TER e VIR: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, convir);
b) Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (plural do presente do indicativo dos verbos
derivados de TER e VIR).
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Português – Acentuação Gráfica – Prof. Carlos Zambeli
9. Acentos Diferenciais
Antes Depois
Ele pára Só existem ainda
Eu pélo
O pêlo, os pêlos Pôde (pretérito)
A pêra (= fruta) Pôr (verbo)
Pôde (pretérito)
Pôr (verbo)
10. Trema
Antes Depois
gue, gui, que, qui O trema não é mais utilizado.
quando pronunciados Exceto para palavras estrangeiras ou nomes
próprios: Müller e mülleriano...
bilíngüe
Pingüim
Cinqüenta
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2. Marque as opções em que as palavras são acentuadas seguindo a mesma regra. (regras antigas)
a) ( ) magnífico - básica
b) ( ) português - saí
c) ( ) gaúcho – renúncia
d) ( ) eliminatória – platéia
e) ( ) rápido – assédio
f) ( ) cipó – após
g) ( ) distribuído – saísse
h) ( ) realizará – invés
i) ( ) européia – sóis
j) ( ) alguém – túnel
l) ( ) abençôo – pôr
m) ( ) ânsia - aluguéis
n) ( ) prevêem - soubésseis
o) ( ) imbatível – efêmera
3. Acentue ou não:
a) Sauva , sauvinha, gaucha, gauchinha, viuvo, bau, bauzinho, feri-la, medi-la, atrai-los;
b) sos, le-la, reu, odio, sereia, memoria, itens, pires, tenue;
c) America, obito, coluna, tulipa, cinico, exito, panico, penico;
d) pendulo, pancreas, bonus, impar, item, libido, ravioli, traduzi-la, egoista.
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Português
Ortografia
Os Porquês
1. Por que
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual
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3. porque = pois
•• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
4. porquê = substantivo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
•• Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e
homógrafos).
São: 3ª p. p. do verbo ser.
•• Eles são inteligentes.
São: sadio.
•• O menino, felizmente, está são.
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Ortografia – Português – Prof. Carlos Zambeli
•• Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência
Seção : corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião
Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem
no sentido.
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
Censo: recenseamento
Senso: juízo
Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar
Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer
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Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça
Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito
Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
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Português
Colocação Pronominal
Emprego
2) Formas de tratamento
a) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo,
la, los, las,e os verbos perdem aquelas terminações.
Queria vendê-la para o Pedro Kuhn.
b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a
forma no, na, nos, nas.
André Vieira e Pedro Kuhn enviaram-nas aos alunos.
c) O/A X Lhe
A Casa do Concurseiro enviou a apostila aos alunos nesta semana.
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Colocação
É o emprego dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em
relação ao verbo na frase.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
PRÓCLISE
a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo
algum.
Nada me emociona.
Ninguém te viu, Edgar.
b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que,
caso...
Quando me perguntaram, respondi que te amava!
Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.
c) Advérbios
Aqui se estuda de verdade.
Sempre me esforcei para passar no concurso.
Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.
Aqui, estuda-se muito!
d) Pronomes
Alguém me perguntou isso? (indefinido)
A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)
Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)
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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli.
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Convidar-me-ão para a festa.
Entregá-lo-ia a você, se tivesse tempo.
Dar-te-ei a apostila de Português do Zambeli.
ÊNCLISE
Com o verbo no início da frase.
Entregaram-me as apostilas do curso.
Com o verbo no imperativo afirmativo.
Edgar, retire-se daqui!
AUX + PARTICÍPIO:
O pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá
ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe contado aquele segredo.
Não lhe havia enviado os cheques.
Tenho-lhe contado a verdade.
Não lhe tenho contado a verdade.
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Infinitivo
Quero-lhe dizer o que aconteceu.Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
Estou lhe dizendo a verdade.
Ia escrevendo-lhe o e-mail.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Infinitivo
Não lhe vou dizer aquela história.
Não quero dizer-lhe meu nome.
Gerúndio
Não lhe ia dizendo a verdade.
Não ia dizendo-lhe a verdade.
Vou-lhe confessar. Estou-lhe telefonando.
Vou confessar-lhe. Estou telefonando-lhe.
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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli.
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Português
Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.
SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan)
Casos especiais
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
Falaram sobre esse assunto no bar do curso.
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Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na
oração.
Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense!
Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o
predicativo.
Hoje são 29 de abril.
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
Sujeito Oracional
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa.
TRANSITIVIDADE VERBAL
2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)
3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)
“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts)
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ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.
APOSTO X VOCATIVO
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!
Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou
advérbio).
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.
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Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!
Vi os vídeos no sábado.
Eu estava na rua.
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
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Português
Concordância Verbal
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
•• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.
1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
•• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
•• Estuda-se esse assunto na aula.
•• Exigem-se referências do candidato.
•• Emplacam-se os carros novos em três dias.
•• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.
2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
•• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.
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3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
•• Nesta sala, há bons e maus alunos.
•• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
•• Há pessoas que não valorizam a vida.
•• Deve haver aprovações desde curso.
•• Devem existir aprovações desde curso.
4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
•• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
•• Fez 35 graus em Recife!
•• Faz frio na serra gaúcha.
•• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.
6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
•• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.
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Concordância Verbal e Nominal – Português – Prof. Carlos Zambeli
7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
•• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
•• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.
1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça- façam/ fixe- fixem/ existir – existirem)
5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz- fazem/ realiza - realizam/ deve haver- devem haver)
11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)
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13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se - prestaram–se)
14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz –fazem)
17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)
19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)
20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)
Concordância Nominal
Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.
Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
•• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
•• Notei caídas as camisas e os prendedores.
•• Notei caída a camisa e os prendedores.
•• Notei caído o prendedor e a camisa.
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Concordância Verbal e Nominal – Português – Prof. Carlos Zambeli
Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
•• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.
3. Anexo
•• Seguem anexos os valores do orçamento.
•• As receitas anexas devem conter comprovante.
4. Obrigado – adjetivo
•• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!
5. Só
•• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
•• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
•• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)
Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.
6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
•• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
•• Trabalhei bastante.
•• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!
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7. TODO, TODA – qualquer
•• TODO O , TODA A – inteiro
•• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
•• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.
9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
•• Comprei meio quilo de picanha.
•• Isso pesa meia tonelada.
•• O clima estava meio tenso.
•• Ana estava meio chateada.
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Concordância Verbal e Nominal – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Português
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.
Verbos Intransitivos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Zambeli comprou livros nesta loja.
•• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
•• Pedro confia em Kátia sempre!
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Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
•• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
•• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.
Verbos de Ligação
Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...
Pronome relativo
QUE:
Retoma pessoas ou coisas.
Sujeito
•• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento nominal
Predicativo do sujeito
Agente da passiva
Adjunto adverbial
QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.
O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.
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•• A prova a que me refiro foi anulada.
CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.
ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE
Assistir
VTD: ajudar, dar assistência:
Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:
•• Pagou a conta.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
VTI: OI – A alguém:
•• Pagou ao garçom.
Querer
VTD – desejar, almejar:
Implicar
VTD: acarretar, ter consequência
Preferir
VTDI: exige a prep. A= X a Y
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•• Chegamos a casa.
•• Foste ao curso.
•• Esqueça aquilo.
Aspirar
VTD – respirar
Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A
Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Visar
VTD – quando significa “mirar”
Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.
VI – ter lógica.
Usufruir – VTD
•• Usufrua os benefícios da fama!
Namorar – VTD
•• Namoro Ana há cinco anos!
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Regência Nominal
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Português
Pontuação
Emprego da Vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao deslocarem-se o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• As pessoas desta turma enviaram as dicas de Português aos colegas no domingo.
•• Na páscoa, preciso comer também alface, rúcula, brócolis, cenoura, tomate, chocolate!
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3. Para separar o adjunto adverbial deslocado.
Observação: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não
ser que se queira enfatizar a informação nele contida.
•• Ontem comemoramos o seu aniversário.
•• As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão
dos lucros altos.
Entre as orações
1. Para separar orações coordenadas assindéticas.
•• ”Não me falta cadeira, não me falta sofá, só falta você sentada na sala, só falta você
estar.” (Arnaldo Antunes)
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Pontuação – Português – Prof. Carlos Zambeli
2. As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas
são as que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora),
adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque,
pois).
•• Todos os alunos gostarão dessa dica, no entanto não há chances de ser cobrada na
prova.
3. Para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam
diferentes.
•• As pessoas assistiam ao protestos pacificamente, e a polícia respeitava a todos.
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b) Explicativas: Explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente
(com vírgula). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.
•• Os cachorros, que são peludos, devem ser bem tratados neste canil.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. Para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que
encerrem comparações e contrastes.
•• Os jogadores estavam suados, nervosos, procurando a vitória; os espectadores
gritavam, incentivavam o time, exigiam resultados; o treinador angustiava-se, projetava
substituições.
3. Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
etc.), substituindo, assim, a vírgula.
•• Gostaria de estudar hoje; todavia, só chegarei perto dos livros amanhã.
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Português
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
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Identificação da Ideia Central – Português – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
Campo Lexical
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
Gabarito: 1. C 2. E
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Português
Estratégia Linguística
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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
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3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
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3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
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•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
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Expressões Restritivas
( ) Certo ( ) Errado
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.
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Expressões Totalizantes
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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
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d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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Português
Inferência
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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.
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Inferência – Português – Prof. Carlos Zambeli
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
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Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
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(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
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ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
PRECONCEITOS
EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
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EXEMPLIFICANDO
CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.
EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.
( x ) Certo ( ) Errado
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Português
1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.
2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à
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mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.
3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.
4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.
5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
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Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli
6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.
5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.
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Português
Denotação X Conotação
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)
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Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.
Sinônimos X Antônimos
A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.
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Conotação e Denotação – Português – Prof. Carlos Zambeli
Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
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4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
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Português
Elementos Referenciais
Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:
Mecanismos
1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.
2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.
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1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.
3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).
2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”
O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.
3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.
Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”
4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.
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5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”
6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado
7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”
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Mecanismos
PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado
CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...
ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...
DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...
FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...
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ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...
RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...
6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.
7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.
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Português
Polissemia
Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.
CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
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1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo
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Polissemia e Figuras de Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
Figuras De Linguagem
Algumas Figuras de
Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
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Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)
Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”
2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”
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Polissemia e Figuras de Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
Pensamento
Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”
3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.
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Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
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Polissemia e Figuras de Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)
Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.
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Português
Tipologia Textual
O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.
Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
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1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.
Descrição
Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
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Tipologia Textual – Português – Prof. Carlos Zambeli
Dissertação
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.
Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”
Argumentação
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“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.
3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.
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Português
Gênero Textual
É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.
Editorial
É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.
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1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.
Artigos
São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.
I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
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Gêneros Textuais – Português – Prof. Carlos Zambeli
Notícias
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)
Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.
Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
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4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".
Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.
Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.
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Gêneros Textuais – Português – Prof. Carlos Zambeli
Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Peça Publicitária
Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.
7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.
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Piada
8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.
Gráficos e Tabelas
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Gêneros Textuais – Português – Prof. Carlos Zambeli
Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.
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QUADRINHOS
Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A
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Português
Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc
Moldura = bolas
de futebol
Cantos =
local de
escanteio +
bola
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O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.
A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.
Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.
Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente.
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?
Coerência
Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
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É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)
Vícios De Linguagem
BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.
SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”
Gabarito: 1. E
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Português
Funções da Linguagem
6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem
2
código
O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.
Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL
Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA
Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
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Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.
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Funções da Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.
•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.
EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)
www.acasadoconcurseiro.com.br 121
1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.
3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado
4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
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Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
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Funções da Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo
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Português
Variação Linguística
Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
www.acasadoconcurseiro.com.br 125
1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.
2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
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Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.
5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
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nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E
nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)
4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.
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Raciocínio Lógico
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Raciocínio Lógico
PROPOSIÇÃO SIMPLES
Exemplos:
1) Ed é feliz.
2) João estuda.
3) Zambeli é desdentado
1) Vai estudar?
Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.
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Sentenças Abertas: São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma
simples de identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras nem Falsas. Essas
sentenças também não são proposições
Aquele cantor é famoso.
A + B + C = 60.
Ela viajou.
QUESTÃO COMENTADA
(Cespe: Banco do Brasil – 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
I – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
II – A expressão X + Y é positiva.
III – O valor de
IV – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
V – O que é isto?
Solução:
Item I: Não é possível atribuir um único valor lógico para esta sentença, já que se considerar
que é verdadeiro, teremos uma resposta falsa (mentira) e vice-versa. Logo não é proposição.
Item II: Como se trata de uma sentença aberta, onde não estão definidos os valores de X e Y,
logo também não é proposição.
Item III: Como a expressão matemática não contém variável, logo é uma proposição,
conseguimos atribuir um valor lógico, que neste caso seria falso.
Item IV: Uma simples proposição, já que conseguimos atribuir um único valor lógico.
Item V: Como trata-se de uma interrogativa, logo não é possível atribuir valor lógico, assim não
é proposição.
Conclusão: Errado, pois existem apenas 2 proposições, Item III e IV.
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Proposição composta é a união de proposições simples por meio de um conector lógico. Este
conector irá ser decisivo para o valor lógico da expressão.
Proposições podem ser ligadas entre si por meio de conectivos lógicos. Conectores que criam
novas sentenças mudando ou não seu valor lógico (Verdadeiro ou Falso).
Uma proposição simples possui apenas dois valores lógicos, verdadeiro ou falso.
132 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Cada proposição existe duas possibilidades distintas, falsa ou verdadeira, numa sentença
composta teremos mais de duas possibilidades.
E se caso essa sentença ganhasse outra proposição, totalizando agora 3 proposições em uma
única sentença:
Chove e faz frio e estudo.
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PARA GABARITAR
É possível identificar quantas possibilidades distintas teremos de acordo com o número
de proposição em que a sentença apresentar. Para isso devemos apenas elevar o
numero 2 a quantidade de proposição, conforme o raciocínio abaixo:
Proposições Possibilidades
1 2
2 4
3 8
n
n 2
QUESTÃO COMENTADA
(CESPE: Banco do Brasil – 2007) A proposição simbólica P Ʌ Q V R possui, no máximo,
4 avaliações.
Solução:
Como a sentença possui 3 proposições distintas (P, Q e R), logo a quantidade de
avaliações será dada por:
2proposições = 23= 8
Resposta: Errado, pois teremos um total de 8 avaliações.
134 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Slides – Proposição
Prova:
UESPI
-‐
2014
-‐
PC-‐PI
-‐
Escrivão
de
Polícia
Civil
Assinale,
dentre
as
alterna>vas
a
seguir,
aquela
que
NÃO
caracteriza
uma
proposição.
a)
107
-‐
1
é
divisível
por
5
b)
Sócrates
é
estudioso.
c)
3
-‐
1
>
1
d)
e)
Este
é
um
número
primo.
Prova:
CESPE
-‐
2014
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
a
proposição
P:
“Nos
processos
sele?vos,
se
o
candidato
for
pós-‐graduado
ou
souber
falar
inglês,
mas
apresentar
deficiências
em
língua
portuguesa,
essas
deficiências
não
serão
toleradas”,
julgue
os
itens
seguintes
acerca
da
lógica
sentencial.
A
tabela
verdade
associada
à
proposição
P
possui
mais
de
20
linhas
(
)
Certo
(
)Errado
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Prova:
CESPE
-‐
2013
-‐
SEGER-‐ES
-‐
Analista
Execu<vo
Um
provérbio
chinês
diz
que:
P1:
Se
o
seu
problema
não
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
nada
que
você
fizer
o
resolverá.
P2:
Se
o
seu
problema
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
ele
logo
se
resolverá.
O
número
de
linhas
da
tabela
verdade
correspondente
à
proposição
P2
do
texto
apresentado
é
igual
a
a)
24.
b)
4.
c)
8.
d)
12.
e)
16.
Prova:
CESPE
-‐
2011
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
as
proposições
simples
P,
Q
e
R,
julgue
os
próximos
itens,
acerca
de
tabelas-‐verdade
e
lógica
proposicional.
A
tabela-‐verdade
da
proposição
(¬PVQ)→(R∧Q)V(¬R∧P)
tem
8
linhas.
(
)
Certo
(
)
Errado
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Raciocínio Lógico
NEGAÇÃO SIMPLES
1. Éder é Feio.
Como negamos essa frase?
Para quem, também disse: “Éder é bonito”, errou. Negar uma proposição não significa dizer o
oposto, mas sim escrever todos os casos possíveis diferentes do que está sugerido.
“Éder NÃO é feio.”
A negação de uma proposição é uma nova proposição que é verdadeira se a primeira for falsa e
é falsa se a primeira for verdadeira
PARA GABARITAR
Para negar uma sentença acrescentamos o não, sem mudar a estrutura da frase.
Proposição: Z
Para simbolizar a negação usaremos ~ ou ¬.
Negação: Éder não é feio.
Simbologia: ~ Z.
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Proposição: ~ A
Negação: Aline é louca.
Simbologia: ~ (~A)= A
EXCEÇÕES
Cuidado, em casos que só existirem duas possibilidades, se aceita como negação o
"contrário", alternando assim a proposição inicial. Exemplo:
p: João será aprovado no concurso.
~p: João será reprovado no concurso
q: O deputado foi julgado como inocente no esquema "lava-jato".
~q: O deputado foi julgado como culpado no esquema "lava jato".
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Raciocínio Lógico
CONECTIVOS LÓGICOS
Um conectivo lógico (também chamado de operador lógico) é um símbolo ou palavra usado para
conectar duas ou mais sentenças (tanto na linguagem formal quanto na linguagem natural) de
uma maneira gramaticalmente válida, de modo que o sentido da sentença composta produzida
dependa apenas das sentenças originais.
Muitas das proposições que encontramos na prática podem ser consideradas como construídas
a partir de uma, ou mais, proposições mais simples por utilização de uns instrumentos lógicos,
a que se costuma dar o nome de conectivos, de tal modo que o valor de verdade da proposição
inicial fica determinado pelos valores de verdade da ou das, proposições mais simples que
contribuíram para a sua formação.
Os principais conectivos lógicos são:
I – "e" (conjunção).
II – "ou" (disjunção).
III – "se...então" (implicação).
IV – "se e somente se" (equivalência).
CONJUNÇÃO – “E”
Proposições compostas ligadas entre si pelo conectivo “e”.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “ ”.
Exemplo:
Chove e faz frio
Tabela verdade: Tabela verdade é uma forma de analisarmos a frase de acordo com suas
possibilidades, o que aconteceria se cada caso acontecesse.
Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e Serei aprovado no concurso da PRF
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso da PRF.
Conetivo: e.
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Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
Tabela Verdade: Aqui vamos analisar o resultado da sentença como um todo, considerando
cada uma das hipóteses acima.
p q P^Q
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V
Conclusão
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Raciocínio Lógico – Conectivo E (Conjunção) – Prof. Edgar Abreu
p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.
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Gabarito: 1. Errado 2. D
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Raciocínio Lógico
DISJUNÇÃO – “OU”
Recebe o nome de disjunção toda a proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: assisto o Big Brother.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol...
H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol.
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Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de disjunção exclusiva toda a proposição composta em que as partes estejam
unidas pelo conectivo ou “primeira proposição” ou “segunda proposição”. Simbolicamente,
representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Ou vou a praia ou estudo para o concurso.
Proposição 1: Vou a Praia.
Proposição 2: estudo para o concurso.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ V
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p V q
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H2:
p: Não Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H3:
p: Vou à praia.
q: Não estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H4:
p: Não Vou à praia.
q: Não estudo para o concursodo Banco do Brasil.
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Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V F
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
CONDICIONAL – “SE...ENTÃO...”
Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo Se... então, simbolicamente representaremos esse conectivo por “→”.
Em alguns casos o condicional é apresentado com uma vírgula substituindo a palavra “então”,
ficando a sentença com a seguinte característica: Se proposição 1 , proposição 2.
H1:
p: estudo.
q: sou aprovado.
H2:
p: Não estudo.
q: sou aprovado.
H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.
H4:
p: estudo.
q: Não sou aprovado.
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p q P→Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se ... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”.
Proposição 1: Maria compra o sapato.
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “↔”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
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p q P↔Q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
PARA GABARITAR
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Raciocínio Lógico – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional) – Prof. Edgar Abreu
P Q ~Q↔P
V V F
V F x
F V y
F F z
a) V, F e F
b) F, V e V
c) F, F e F
d) V, V e F
( ) Certo ( ) Errado
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3. Prova: CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural
suficiente no recinto.
( ) Certo ( ) Errado
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Raciocínio Lógico
TAUTOLOGIA
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p V ~p.
Agora vamos construir as hipóteses:
H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.
H2:
p: Grêmio não cai para segunda divisão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.
p ~p p V ~p
H1 V F V
H2 F V V
Como os valores lógicos encontrados foram todos verdadeiros, logo temos uma TAUTOLOGIA!
Exemplo 2, verificamos se a sentença abaixo é uma tautologia:
Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
p = João é alto.
�p→pVq
q = Guilherme é gordo.
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Agora vamos construir a tabela verdade da sentença anterior:
p q pvq p→pvq
H1 V F V V
H2 F V V V
H3 F V V V
H4 F F F V
Como para todas as combinações possíveis, sempre o valor lógico da sentença será verdadeiro,
logo temos uma tautologia.
154 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Tautologia – Prof. Edgar Abreu
Slides – Tautologia
A proposição 𝑃 → 𝑄 ∧ 𝑅 ↔ ¬𝑃 ∨ 𝑄 ∧ ¬𝑃 ∨ 𝑅 é
uma tautologia.
( ) Certo ( ) Errado
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Gabarito: 1. E 2. C
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Raciocínio Lógico
CONTRADIÇÃO
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r, ... que a compõem.
Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.
p ~p p ^ ~p
H1 V F F
H2 F V F
PARA GABARITAR
•• Sempre verdadeiro = Tautologia
•• Sempre Falso = Contradição
•• Verdadeiro e Falso = Contigência
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Raciocínio Lógico
Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar à propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.
Negar uma sentença composta é apenas escrever quando esta sentença assume o valor lógico
de falso, lembrando as nossas tabelas verdade construídas anteriormente.
Para uma disjunção ser falsa (negação) a primeira e a segunda proposição tem que ser falsas,
conforme a tabela verdade abaixo, hipótese 4:
p q P∨Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
Assim concluímos que para negar uma sentença do tipo P v Q, basta negar a primeira (falso) E
negar a segunda (falso), logo a negação da disjunção (ou) é uma conjunção (e).
Exemplo 1:
1. Estudo ou trabalho.
p = estudo.
� P∨Q
q = trabalho
Conectivo = ∨
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (p ∨ q) = ∼ p ∧ ∼ q
Não estudo e não trabalho.
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Para negar uma proposição composta por uma disjunção, nós negamos a primeira proposição,
negamos a segunda e trocamos “ou” por “e”.
Exemplo 2:
Não estudo ou sou aprovado.
p = estudo
q = sou aprovado � ∼p∨q
~p = não estudo
Conectivo: “∨”
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (∼ p ∨ q) = p ∧ ∼ q
Lembrando que negar uma negação é uma afirmação e que trocamos “ou” por “e” e negamos
a afirmativa.
Estudo e não sou aprovado.
Vimos no capítulo de negação simples que a negação de uma negação é uma afirmação, ou
seja, quando eu nego duas vezes uma mesma sentença, encontro uma equivalência.
Vimos que a negação da disjunção é uma conjunção, logo a negação da conjunção será uma
disjunção.
Para negar uma proposição composta por uma conjunção, nós devemos negamos a primeira
proposição e depois negarmos a segunda e trocamos “e” por “ou”.
Exemplo 1:
Vou a praia e não sou apanhado.
p = vou a praia.
�p∧∼q
q = não sou apanhado
Conectivo = ∧
Vamos agora negar essa proposição composta por uma conjunção.
Não vou à praia ou sou apanhado.
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Raciocínio Lógico – Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan)– Prof. Edgar Abreu
PARA GABARITAR
Vejamos abaixo mais exemplo de negações de conjunção e disjunção:
~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ˄ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ˄ ~q)
~(p˄~q) = ~(p) ~(˄) ~(~q) = (~p v q)
~(~p˄ ~q) = ~(~p) ~(˄) ~(~q) = (p v q)
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Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou F, por exemplo: “Ele é juiz do TRT da 5.ª
Região”, ou “x + 3 = 9”. O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um elemento arbitrário,
transformando a expressão em uma proposição que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposicionais. Pode-se passar de uma sentença aberta a
uma proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por oe, e
“existe”, indicado por ›. Por exemplo: a proposição (oex)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como F, enquanto a
proposição (›x)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como V. Uma proposição composta que apresenta em sua
tabelaverdade somente V, independentemente das valorações das proposições que a compõem, é
denominada logicamente verdadeira ou tautologia. Por exemplo, independentemente das valorações V ou F
de uma proposição A, todos os elementos da tabela-verdade da proposição Aw(¬A) são V, isto é, Aw(¬A) é
uma tautologia.
Considerando as informações do texto e a proposição P: "Mário pratica natação e judô", julgue os itens seguintes.
A negação da proposição P é a proposição R: “Mário não pratica natação nem judô”, cuja tabela-
verdade é a apresentada ao lado.
Certo Errado
Gabarito: 1. E 2. A
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Raciocínio Lógico
Conforme citamos anteriormente, negar uma proposição composta é escrever a(s) linha(s) em
que a tabela verdade tem como resultado “falso”.
Sabemos que uma condicional só será falsa, quando a primeira proposição for verdadeira “e” a
segunda for falsa.
Assim para negarmos uma sentença composta com condicional, basta repetir a primeira
proposição (primeira verdadeira), substituir o conetivo “se...então” por “e” e negar a segunda
proposição (segunda falsa).
Vejamos um exemplo:
Negando: ~ (~ p → ~ q)= ~ p ∧ q
Resposta: Não estudo e sou aprovado.
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3. Se estudo então sou aprovado ou o curso não é ruim.
p = estudo.
q = sou aprovado.
� p→q∨~r
r = curso é ruim.
~r = curso não é ruim.
Negando, ~ (p →q ∨ ~ r).
Negamos a condicional, mantém a primeira e negamos a segunda proposição, como a
segunda proposição é uma disjunção, negamos a disjunção, usando suas regras (negar as duas
proposições trocando “ou” por “e”).
~ (p →q ∨ ~ r)=p ∧ ~ (q ∨ ~ r)=p ∧ ~ q ∧r.
Estudo e não sou aprovado e o curso é ruim.
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Raciocínio Lógico
Existe duas maneiras de negar uma bicondicional. Uma é a trivial onde apenas substituímos o
conetivo “bicondiciona” pela “disjunção exclusiva”, conforme exemplo abaixo:
Sentença: Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � ~[ p ↔ ~ q ] = [ p � ~ q ]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Logo sua negação será: Ou Estudo ou não vou à praia.
A segunda maneira de negar uma bicondicional é utilizando a propriedade de equivalência e
negando as duas condicionais, ida e volta, temos então que negar uma conjunção composta
por duas condicionais.
Negamos a primeira condicional ou negamos a segunda, usando a regra da condicional em
cada uma delas.
Exemplo 1:
Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � p ↔ ~ q = [ p → ~ q ] Ʌ [ ~ q → p]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Uma bicondicional são duas condicionais, ida e volta.
Negando,
~ (p ↔ ~ q) = ~ [[p → ~ q] Ʌ [~ q → p]] =
~ [p ↔ ~ q] � ~ [~ q → p ]
p Ʌ q � ~ q Ʌ ~ p.
Estudo e vou à praia ou não vou à praia e não estudo.
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Raciocínio Lógico
Vamos descobrir qual a sentença equivalente a uma condicional, negando duas vezes a mesma
sentença.
Exemplo: Se estudo sozinho então sou autodidata.
Simbolizando temos:
p = estudo sozinho
�p → q
p = sou autodidata
conectivo = →
Simbolicamente: p → q
Vamos negar, ~ [ p →q ] = p ∧ ~ q
Agora vamos negar a negação para encontrarmos uma equivalência.
Negamos a negação da condicional ~ [p ∧ ~ q] = ~ p ∨ q
Mas será mesmo que estas proposições, p → q e ~ p ∨ q são mesmo equivalentes? Veremos
através da tabela verdade.
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Perceba na tabela verdade que p → q e ~ p ∨ q tem o mesmo valor lógico, assim essas duas
proposições são equivalentes.
Exemplo 2: Vamos encontrar uma proposição equivalente a sentença “Se sou gremista então
não sou feliz.”
p = Sou gremista.
q = Sou feliz. �p→~q
~ q = Não sou feliz.
Negação: ~ [ p → ~ q ] = p ∧ q
Sou gremista e sou feliz.
Equivalência: negação da negação.
~[p→~q]=p∧q
~[p∧q]=p∨~q
Logo, Não sou gremista ou não sou feliz é uma sentença equivalente.
c = Canto.
e = Estudo .� c ∨ ~ e
~ e = Não estudo.
Negação: ~ [ c ∨ ~ e ] = ~ c ∧ e
Equivalência: Negar a negação: ~ [ ~ c ∧ e ] = c ∨ ~ e
Voltamos para a mesma proposição, tem algo errado, teremos que buscar alternativa. Vamos
lá:
Vamos para a regra de equivalência de uma condicional.
p→q=~p∨q
, podemos mudar a ordem da igualdade.
~p∨q=p→q
Veja que o valor lógico de p mudou e q continuou com o mesmo valor lógico.
Usando a regra acima vamos transformar a proposição inicial composta de uma disjunção em
numa condicional.
c∨~e=p→q
Para chegar à condicional, mudo o valor lógico de p,
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Raciocínio Lógico – Equivalência de uma Condicional e Disjunção Inclusiva – Prof. Edgar Abreu
e = Estudo.
a = Sou aprovado. �e∨~a
~ a = Não sou aprovado.
~p∨q=p→q
Inverte o primeiro e mantém o segundo, trocando “ou” por “se...então”, transferimos isso para
nossa proposição.
e∨~a=~e→~a
Trocamos “e” por “~ e”, mantemos “~ a” e trocamos " ∨" por " →".
Logo, Se não estudo então não sou aprovado.
Não podemos esquecer que “ou” é comutativo, assim a opção de resposta pode estar trocada,
então atente nisto, ao invés de e ∨ ~ a pode ser ~ a ∨ e , assim a resposta ficaria:
Se sou aprovado então estudo.
Quaisquer das respostas estarão certas, então muita atenção!
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Raciocínio Lógico
CONTRAPOSITIVA:
�(p →q) = p Ʌ � q
Lembrando da tabela verdade da conjunção “e”, notamos que a mesma é comutativa, ou seja,
se alterarmos a ordem das premissas o valor lógico da sentença não será alterado. Assim vamos
reescrever a sentença encontrada na negação, alterando o valor lógico das proposições.
p Ʌ � q = �q Ʌ p
Agora vamos negar mais uma vez para encontrar uma equivalência da primeira proposição.
�(�q Ʌ p) ↔ � q � � p
Agora vamos utilizar a regra de equivalência que aprendemos anteriormente.
Regra:
p→q↔� p�q
Em nosso exemplo temos:
q � �p ↔ � q → � p
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Encontramos a contrapositiva, invertendo e negando ambas proposições.
p→q=� q→� p
Logo temos que: Se minha cabeça não dói então não estudo muito.
PARA GABARITAR
EQUIVALÊNCIA 1: p → q = p � q
�
EQUIVALÊNCIA 2: p → q = q → p (contrapositiva)
� �
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Raciocínio Lógico – Equivalência Contrapositiva – Prof. Edgar Abreu.
'
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔ ”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Estudo se e somente se sou aprovado”
Proposição 1: Estudo.
Proposição 2: Sou aprovado.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔ ”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q
Sua tabela verdade é:
p q p↔q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
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Raciocínio Lógico
QUANTIFICADORES LÓGICOS
Pelo exemplo acima vimos que nem sempre a conclusão acima é verdadeira, veja que quando
ele afirma que “existem alunos da casa que são funcionários da defensoria”, ele está dizendo
que sempre isso vai acontecer, mas vimos por esse diagrama que nem sempre acontece.
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Nesse diagrama isso acontece, mas pelo dito na conclusão, sempre vai existir, e vimos que não,
logo a conclusão é falsa.
No mesmo exemplo, se a conclusão fosse:
“Existem funcionários da defensoria que não são alunos da casa”.
Qualquer diagrama que fizermos (de acordo com as premissas) essa conclusão será verdadeira,
tanto no diagrama 1 quanto no diagrama 2, sempre vai ter alguém de fora do desenho.
Logo, teríamos um silogismo!
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa
“reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a.C.). Aqui
o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma
proposição final. Aristóteles (384-346 a.C.) utilizou tal palavra para designar um argumento
composto por duas premissas e uma conclusão.
ALGUM
Conclusões:
Existem elementos em A que são B.
Existem elementos em B que são A.
Existem elementos A que não são B.
Existem elementos B que não estão em A.
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Raciocínio Lógico – Quantificadores Lógicos: Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
NENHUM
Vejamos agora as premissas que contém a expressão nenhum ou outro termo equivalente.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?
Conclusões:
Nenhum A é B.
Nenhum B é A.
TODO
Conclusão:
Todo A é B.
Alguns elementos de B é A ou existem B que são A.
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Prova: FGV - 2014 - AL-BA - Téc.Nível Médio
Gabarito: 1. C
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Raciocínio Lógico
PARA GABARITAR
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1. Prova: Instituto AOCP – 2014 – UFGD – Analista
de Tecnologia da Informação
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Raciocínio Lógico – Negação Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
( ) Certo ( ) Errado
José afirmou: “— Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam
no Brasil ou jogam mal“.
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.
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Gabarito: 1. A 2. A 3. Errado 4. C
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Raciocínio Lógico
SILOGISMO
Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma
conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares.
Existem casos onde teremos mais de duas premissas.
Devemos sempre considerar as premissas como verdadeira e tentar descobrir o valor lógico de
cada uma das proposições, com objetivo de identificar se a conclusão é ou não verdadeira.
Sempre que possível devemos começar nossa linha de raciocínio por uma proposição simples
ou se for composta conectada pela conjunção “e”.
Abaixo um exemplo de como resolver uma questão envolvendo silogismo.
QUESTÃO COMENTADA
(FCC: BACEN - 2006) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a
ser superada.
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasioso.
III – Os superávits serão fantasiosos.
Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a) A crise econômica não demorará a ser superada.
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser
superada.
Solução:
Devemos considerar as premissas como verdadeiras e tentar descobrir o valor
lógico de cada uma das proposições.
Passo 1: Do português para os símbolos lógicos.
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada
~ P →~ Q
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.
~ P →~ R
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PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3
VERDADE VERDADE VERDADE
~P→~Q ~P→~R R
Não é possível determinar Não é possível determinar
o valor lógico de P e Q, já o valor lógico de P e Q, já
que existem 3 possibilidades que existem 3 possibilidades CONCLUSÃO: R=V
distintas que torna o distintas que torna o
condicional verdadeiro. condicional verdadeiro.
Vamos testar:
P → ~R P → ~R
F F F V F
V F V F F
Conclusão: Alternativa A
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Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Slides
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Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
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Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: TCE-SP – 2010
Considere as seguintes afirmações:
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.
Se as duas afirmações são verdadeiras, então é correto afirmar que:
a) Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções de
Matemática.
b) Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.
c) Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então ele é
escriturário.
d) Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
e) Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não ter noções
de Matemática.
Resolução:
Primeiramente vamos representar a primeira premissa.
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
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Vejamos uma hipótese para a segunda premissa.
Solução:
Observe que o nosso símbolo representa um funcionário do TCE que não possui noção de
matemática. Logo a conclusão é precipitada.
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Raciocínio Lógico – Argumento com quantificadores válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui noção de matemática, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui é funcionário do TCE, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
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Alternativa D: Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que é escriturário, porém não é funcionário do TCE,
logo a conclusão é precipitada e está alternativa está errada.
Alternativa E: Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não
ter noções de Matemática.
Solução:
O ponto em destaque representa um funcionário do TCE que não tem noção de matemática,
como a questão afirma que “podem”, logo está correta.
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Raciocínio Lógico – Argumento com quantificadores válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
www.acasadoconcurseiro.com.br 195
Quais são válidos?
a) Apenas o I.
b) Apenas o II.
c) Apenas o III.
d) Apenas o II e o III.
e) O I, o II e o III.
Gabarito: 1. D 2. D
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Raciocínio Lógico
Códigos e Anagramas
1. (Prova: FCC – 2014 - TJ-AP – Analista Judiciário) Bruno criou um código secreto para se
comunicar por escrito com seus amigos. A tabela mostra algumas palavras traduzidas para esse
código.
2. (Prova: FCC – 2012 – PREF. São Paulo-SP – Auditor Fiscal) Considere a multiplicação abaixo, em
que letras iguais representam o mesmo dígito e o resultado é um número de 5 algarismos.
A soma (S + O + M + A + R) é igual a:
a) 33.
b) 31.
c) 29.
d) 27.
e) 25.
Gabarito: 1. D 2. D
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Raciocínio Lógico
São comuns as questões de raciocínio lógico que envolva resto de uma divisão. Normalmente
essas questões abordam assuntos relacionados a calendário, múltiplo ou divisores ou qualquer
outra sequência que seja cíclica.
Estas questões são resolvidas todas de forma semelhante, vejamos os exemplos abaixo:
QUESTÃO COMENTADA 1
CESGRANRIO: CAPES – 2008
Em um certo ano, o mês de abril termina em um domingo. É possível determinar o próximo
mês a terminar em um domingo?
a) Sim, será o mês de setembro do mesmo ano.
b) Sim, será o mês de outubro do mesmo ano.
c) Sim, será o mês de dezembro do mesmo ano.
d) Sim, será o mês de janeiro do ano seguinte.
e) Não se pode determinar porque não se sabe se o ano seguinte é bissexto ou não.
Solução:
Sabendo que o mês de Abril possui 30 dias, logo sabemos que dia 30 de abril foi um domingo.
Vamos identificar quantos dias teremos até o último dia de cada mês, assim verificamos se esta
distância é múltipla de 7, já que a semana tem 7 dias e os domingos acontecerão sempre um
número múltiplo de 7 após o dia 30 de Abril:
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QUESTÃO COMENTADA 2
FCC: TST – 2012
Pedro é um atleta que se exercita diariamente. Seu treinador orientou-o a fazer flexões de
braço com a frequência indicada na tabela abaixo:
No dia de seu aniversário, Pedro fez 20 flexões de braço. No dia do aniversário de sua namorada,
260 dias depois do seu, Pedro:
a) não fez flexão.
b) fez 10 flexões.
c) fez 20 flexões.
d) fez 30 flexões.
e) fez 40 flexões.
Solução:
Com Pedro fez 20 flexões em seu aniversário, logo concluímos que caiu em uma quarta-feira.
Devemos descobrir qual o dia da semana será após 260 dias. Primeiramente vamos descobrir
quantas semanas se passaram até este dia, dividindo 260 por 7, já que uma semana tem 7 dias.
260= 37 (resto 1)
7
Assim sabemos que se passaram 37 semanas e mais um dia.
Como ele fez aniversário na quarta, se somarmos 1 dia temos quinta-feira e o total de flexões
para este dia será de 40, segundo a tabela. Alternativa E
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Raciocínio Lógico – Problemas Cíclicos/Calendário e Datas – Prof. Edgar Abreu
a) segunda-feira.
b) quarta-feira.
c) quinta-feira.
d) domingo.
e) terça-feira.
Um ano bissexto possui 366 dias, o que significa que ele é composto por
52 semanas completas mais 2 dias. Se em um determinado ano bissexto
o dia 1º de janeiro caiu em um sábado, então o dia 31 de dezembro cairá
em:
a) um sábado.
b) um domingo.
c) uma 2ª feira.
d) uma 3ª feira.
e) uma 4ª feira.
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Prova(s): FCC - 2013 - DPE-RS - Técnico de Apoio Especializado
Em uma montadora, são pintados, a partir do início de um turno de
produção, 68 carros a cada hora, de acordo com a seguinte sequência de
cores: os 33 primeiros são pintados de prata, os 20 seguintes de preto, os
próximos 8 de branco, os 5 seguintes de azul e os 2 últimos de vermelho.
A cada hora de funcionamento, essa sequência se repete.
a) prata.
b) preta.
c) branca.
d) azul.
e) vermelha.
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Raciocínio Lógico
a) 11.
b) 10.
c) 17.
d) 16.
e) 14.
a) existem nessa cidade duas pessoas com o mesmo número de fios de cabelo.
b) existem nessa cidade pessoas sem nenhum fio de cabelo.
c) existem nessa cidade duas pessoas com quantidades diferentes de fios de
cabelo.
d) o número médio de fios de cabelo por habitante dessa cidade é maior do que
100 mil.
e) somando-se os números de fios de cabelo de todas as pessoas dessa cidade
obtém-se 2 × 1012.
www.acasadoconcurseiro.com.br 203
3. Prova: FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário
Em uma floresta com 1002 árvores, cada árvore tem de 900 a 1900 folhas.
De acordo apenas com essa informação, é correto afirmar que,
necessariamente,
204 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
1. (Prova: FCC – 2014 - TRT 2ª Região (SP) – Técnico Judiciário) Um jogo de vôlei entre duas equipes
é ganho por aquela que primeiro vencer três sets, podendo o placar terminar em 3 a 0, 3 a 1 ou
3 a 2. Cada set é ganho pela equipe que atingir 25 pontos, com uma diferença mínima de dois
pontos a seu favor. Em caso de igualdade 24 a 24, o jogo continua até haver uma diferença de
dois pontos (26 a 24, 27 a 25, e assim por diante). Em caso de igualdade de sets 2 a 2, o quinto
e decisivo set é jogado até os 15 pontos, também devendo haver uma diferença mínima de dois
pontos. Dessa forma, uma equipe pode perder um jogo de vôlei mesmo fazendo mais pontos
do que a equipe adversária, considerando-se a soma dos pontos de todos os sets da partida. O
número total de pontos da equipe derrotada pode superar o da equipe vencedora, em até:
a) 47 pontos.
b) 44 pontos.
c) 50 pontos.
d) 19 pontos.
e) 25 pontos.
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Raciocínio Lógico
2. (Prova: FCC – 2014 – SABESP – Tecnólogo) Partindo de um ponto inicial A, Laura caminhou 4 km
para leste, 2 km para sul, 3 km para leste, 6 km para norte, 6 km para oeste e, finalmente, 1 km
para sul, chegando no ponto B. Artur partiu do mesmo ponto A de Laura percorrendo X km para
norte e 1 km para a direção Y, chegando no mesmo ponto B em que Laura chegou. Sendo Y uma
das quatro direções da rosa dos ventos (norte, sul, leste ou oeste), X e Y são, respectivamente,
a) 6 e sul.
b) 2 e norte.
c) 4 e oeste.
d) 3 e leste.
e) 4 e leste.
3. (Prova: FCC – 2014 – TRF 3ª Região – Técnico Judiciário) Partindo do ponto A, um automóvel
percorreu 4,5 km no sentido Leste; percorreu 2,7 km no sentido Sul; percorreu 7,1 km no
sentido Leste; percorreu 3,4 km no sentido Norte; percorreu 8,7 km no sentido Oeste; percorreu
4,8 km no sentido Norte; percorreu 5,4 km no sentido Oeste; per- correu 7,2 km no sentido
Sul, percorreu 0,7 km no sentido Leste; percorreu 5,9 km no sentido Sul; percorreu 1,8 km no
sentido Leste e parou. A distância entre o ponto em que o automóvel parou e o ponto A, inicial,
é igual a :
a) 7,6 km.
b) 14,1 km.
c) 13,4 km.
d) 5,4 km.
e) 0,4 km.
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Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: BACEN – 2006
No quadriculado seguinte os números foram colocados nas células obedecendo a um
determinado padrão.
16 34 27 X
13 19 28 42
29 15 55 66
Solução:
Quando a sequencia se apresenta em tabelas, similares a esta, procure sempre encontrar uma
lógica nas linhas ou nas colunas. A lógica da sequencia desta questão está na relação da linha
três com as linhas 1 e 2.
A linha 3 é a soma das linhas 1 e 2 quando a coluna for impar e a subtração das linhas 1 e 2
quando a coluna for par, note:
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Coluna 1: 16 + 13 = 29
Coluna 2: 34 - 19 = 15
Coluna 3: 27 + 28 = 55
Logo a coluna 4, que é par, teremos uma subtração:
x – 42 = 66 => x = 66 + 42 = 108
Alternativa A
QUESTÃO COMENTADA 2
FCC : TRT – 2011
Na sequência de operações seguinte, os produtos obtidos obedecem a determinado padrão.
1x1=1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12.321
1.111 x 1111 = 1.234.321
11.111 x 11.111 = 123.454.321
Assim sendo, é correto afirmar que, ao se efetuar 111 111 111 × 111 111 111, obtém-se um
número cuja soma dos algarismos está compreendida entre:
a) 85 e 100.
b) 70 e 85.
c) 55 e 70.
d) 40 e 55.
e) 25 e 40.
Solução:
Note que o termo centra do resultado da multiplicação é sempre a quantidade de número 1
que estamos multiplicando, conforme destacado na tabela abaixo:
1x1 1
11 x 11 121
111 x 111 12. 321
1. 111 x 1. 111 1. 234. 321
11. 111 x 11. 111 123. 454. 321
Perceba também que o resultado da multiplicação é formado por um número que começa com
1 e vai até a quantidade de números 1 que tem a multiplicação e depois começa a reduzir até o
número 1 de volta.
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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
Logo a multiplicação de 111 111 111 × 111 111 111 temos 9 números 1, assim o resultado
certamente será composto pelo número 12345678 9 87654321. Agora basta apenas somar os
algarismos e encontra como resposta o número 81, alternativa B.
QUESTÃO COMENTADA 3
CESGRANRIO: TCE/RO – 2007
O sistema binário de numeração, só se utilizam os algarismos 0 e 1. Os números naturais,
normalmente representados na base decimal, podem ser também escritos na base binária
como mostrado:
DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
De acordo com esse padrão lógico, o número 15 na base decimal, ao ser representado na base
binária, corresponderá a:
a) 1000
b) 1010
c) 1100
d) 1111
e) 10000
Solução:
No sistema decimal que conhecemos, cada vez que conhecemos, a cada 10 de uma casa
decimal forma-se outra casa decimal. Exemplo: 10 unidades é igual uma dezena, 10 dezenas é
igual a uma centena e assim sucessivamente.
Já no sistema binário, a lógica é a mesma, porém a cada 2 unidades iremos formar uma nova
casa decimal. Assim para transformar um número decimal em binário, basta dividirmos este
número sucessivamente por dois e analisar sempre o resto, conforme exemplo abaixo.
Transformando 6 em binário:
6 / 2 = 3 (resto zero, logo zero irá ocupar primeira casa binária).
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3 / 2 = 1 (resto 1, logo o 1 do resto irá ocupar a segunda casa binária enquanto o 1 quociente da
divisão irá ocupar a terceira casa binária).
Resultado: 110
Para saber se está certo, basta resolver a seguinte multiplicação:
110 = 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 20 = 4 + 2 + 0 = 6
Utilizando esta linha de raciocínio temos que:
15 / 2 = 7 (resto 1)
7 / 2 = 3 (resto 1)
3 / 2 = 1 (resto 1)
Logo o número será 1111, Alternativa D
a) 144.
b) 169.
c) 196.
d) 225.
e) 256.
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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
a) 27.
b) 28.
c) 29.
d) 30.
e) 31.
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3. Completando corretamente esse quadro de acordo
com tal critério, a soma dos números que estão
faltando é:
a) 4596.
b) 22954.
c) 4995.
d) 22996.
e) 5746.
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Raciocínio Lógico
a)
b)
c)
d)
e)
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2. Prova: FCC – 2012 – TST – Téc. Judiciário
Marina possui um jogo de montar composto por várias peças quadradas,
todas de mesmo tamanho. A única forma de juntar duas peças é unindo-as
de modo que elas fiquem com um único lado em comum. Juntando-se três
dessas peças, é possível formar apenas dois tipos diferentes de figuras,
mostradas abaixo.
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.
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Raciocínio Lógico – Imagens e Figuras – Prof. Edgar Abreu
a) 64.
b) 96.
c) 112.
d) 144.
e) 168.
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Gabarito
1. B 2. B 3. C
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Raciocínio Lógico
Letras
2. (Prova: FCC – 2014 – TJ-AP – Técnico Judiciário) Cada termo da sequência a seguir é formado
por seis vogais:
(AAAEEI; EEEIIO; IIIOOU; OOOUUA; UUUAAE; AAAEEI; EEEIIO; . . . )
Mantido o mesmo padrão de formação da sequência, se forem escritos os 12°, 24°, 36° e 45°
termos, o número de vezes que a vogal U será escrita nesses termos é igual a
a) 1
b) 6
c) 5
d) 2
e) 3
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a) 03_56C.
b) 04_57C
c) 04_56C.
d) 03_56B.
e) 04_56ª.
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Informática
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Informática
O COMPUTADOR
PLACA-MÃE (MOTHERBOARD)
CHIPSET
O chipset é um dos principais componentes lógicos de uma placa-mãe, dividindo-se entre
"ponte norte" (northbridge, controlador de memória, alta velocidade) e "ponte sul"
(southbridge, controlador de periféricos, baixa velocidade). A ponte norte faz a comunicação
do processador com as memórias, e em outros casos com os barramentos de alta velocidade
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AGP e PCI Express. Já a ponte sul, abriga os controladores de HDs (ATA/IDE e SATA), portas USB,
paralela, PS/2, serial, os barramentos PCI e ISA, que já não são usados mais em placas-mãe
modernas. O chipset é quem define, entre outras coisas, a quantidade máxima de memória
RAM que uma placa-mãe pode ter, o tipo de memória que pode ser usada (SDRAM ou DDR), a
frequência máxima das memórias e do processador e o padrão de discos rígidos aceitos.
BARRAMENTOS (BUS)
Barramentos são as vias físicas existentes na placa-mãe, pelas quais trafegam as informações
entre os periféricos de entrada, processamento e saída em um computador.
Barramentos de Expansão
São barramentos nos quais estão conectadas as placas de expansão (off-board), como as
placas de vídeo, fax-modem, som, rede, IDE, e demais placas. Estas placas são conectadas ao
barramento através de conectores denominados Slot
Plug and Play – Recurso inerente ao dispositivo e ao sistema operacional que possibilita a sua
conexão e pronto uso.
Hot – Característica inerente ao dispositivo que pode ser conectado ou desconectado mesmo
com o computador ligado.
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Informática – Hardware – Prof. Márcio Hunecke
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Versão do USB 1.0 1.1 2.0 3.0
Ano de Lança-
1996 1998 2000 2009
mento
Taxa de Transfe-
1,5 Mbps - 12 Mbps 480 Mbps 4,8 Gbps
rência
FIREWIRE
O FireWire é uma tecnologia de entrada/saída de dados em alta
velocidade para conexão de dispositivos digitais, desde camcorders e
câmaras digitais, até computadores portáteis e desktops. Amplamente
adotada por fabricantes de periféricos digitais como Sony, Canon, JVC
e Kodak, o FireWire tornou-se um padrão estabelecido na indústria
tanto por consumidores como por profissionais. O FireWire também
foi usado no iPod da Apple durante algum tempo, o que permitia
que as novas músicas pudessem ser carregadas em apenas alguns segundos, recarregando
simultaneamente a bateria com a utilização de um único cabo. Os modelos mais recentes,
porém, já não utilizam uma conexão FireWire (apenas USB). O barramento Firewire (assim
como o USB) é Hot Plug And Play.
SLOTS
Slots são conectores que servem para encaixar as placas de expansão de um micro, ligando-as
fisicamente aos barramentos por onde trafegam dados e sinais. Exemplo: placa de vídeo, placa
de som, placa de fax-modem, placas de rede, módulos de memória, entre outros.
PROCESSADOR
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CPU, o que resulta em queda no desempenho enquanto as operações aguardam para serem
processadas. Em processadores de múltiplos núcleos o sistema operacional trata cada um
desses núcleos como um processador diferente. Na maioria dos casos, cada unidade possui seu
próprio cache e pode processar várias instruções simultaneamente. Adicionar novos núcleos de
processamento a um processador possibilita que as instruções das aplicações sejam executadas
em paralelo, como se fossem 2 ou mais processadores distintos.
Os dois núcleos não somam a capacidade de processamento, mas dividem as tarefas entre
si. Por exemplo, um processador de dois núcleos com clock de 1.8 GHz não equivale a um
processador de um núcleo funcionando com clock de 3.6 Ghz, e sim dois núcleos de 0.9.
O surgimento dos processadores multicore, tornou-se necessário principalmente devido a
missão cada vez mais difícil de resfriar processadores singlecore (processadores de apenas um
núcleo) com clocks cada vez mais altos; devido a concentração cada vez maior de transistores
cada vez menores em um mesmo circuito integrado. E além dessa e outras limitações dos
processadores singlecore, existe a grande diferença entre a velocidade da memória e do
processador, aliada à estreita banda de dados, que faz com que aproximadamente 75 por cento
do uso do microprocessador seja gasto na espera por resultados dos acessos à memória.
Atualmente, a família de processadores Intel Core é composta por três linhas comerciais, que
são I3, I5 e I7, sendo a I3 a linha de entrada / básica, o I5 a Intermediária e a I7 a linha mais
sofisticada e que apresenta a maior quantidade de recursos.
MEMÓRIAS
É uma memória de acesso aleatório. Só funciona enquanto o computador estiver ligado. Por
este fato, as informações contidas nela só
permanecerão enquanto existir impulso elétrico. Por
esta característica ela é chamada de memória VOLÁTIL,
ou seja, quando desligado o computador, o seu
conteúdo será apagado.
Ela é chamada de memória principal ou de trabalho
porque todo e qualquer programa, exceto os contidos
na memória ROM, para ser executado, deverá ser
carregado nela. Permite leitura e gravação.
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Caso a memória RAM “acabe”, isto é, caso você tente carregar mais dados na memória RAM
do que ela comporta (por exemplo, a memória RAM já está cheia e você manda o micro
carregar mais um programa), o processador transfere o conteúdo atual da memória RAM para
um arquivo do disco rígido, chamado arquivo de troca, liberando espaço na memória RAM. O
conteúdo do arquivo de troca é colocado de volta na RAM quando for solicitado algum dado
que esteja armazenado. Esse recurso é conhecido como MEMÓRIA VIRTUAL.
Existem basicamente dois tipos de memória em uso: SDR (SDRam) e DDR (Double Data Rate
SDRam). As SDR´s são o tipo tradicional, onde o controlador de memória realiza apenas uma
leitura por ciclo, enquanto as DDR são mais rápidas, pois fazem duas leituras por ciclo. O
desempenho não chega a dobrar, pois o acesso inicial continua demorando o mesmo tempo,
mas melhora bastante. Os pentes de memória SDR são usados em micros antigos: Pentium II
e Pentium III e os primeiros Athlons e Durons soquete A, já as DDR’s se encontram na terceira
geração (DDR3) e são utilizadas nos computadores atuais.
A ação de salvar consiste em levar os dados da memória RAM para um disco de armazenamento.
Os computadores domésticos atuais vêm equipados com capacidade de memória RAM que
variam aproximadamente de 2GB a 8GB
MEMÓRIA CACHE
Este tipo de memória (tipo RAM estática) é utilizado em um computador com a finalidade de
acelerar o desempenho de processamento; pois, pelo fato do processador ter uma velocidade
muito maior do que a memória principal RAM, haverá um tempo de espera por parte do
processador, sempre que ele fizer uma solicitação à memória RAM. Para reduzir este tempo de
espera, foi criada a memória cache. Ela é um tipo de memória que possui velocidade de acesso
maior do que a RAM, portanto é uma memória de alta velocidade e seu custo é alto comparado
com as outras memórias.
ROM
A Memória ROM (Read Only Memory) é somente utilizada para leitura, pois nelas estão
gravadas as características do computador. Essa memória vem de fábrica com toda a rotina
necessária e não deve ser alterada; pois, além de seu acesso ser difícil, fica reservada a sua
manutenção somente aos técnicos com conhecimento adequado. O software que vem gravado
pelo fabricante se chama FIRMWARE. Dentro desta memória vêm basicamente:
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BIOS – (Basic Input Output System – Sistema Básico de Entrada e Saída): “ensina” o processador
a trabalhar com os periféricos mais básicos do sistema, tais como os circuitos de apoio, a
unidade de disquete e o vídeo em modo texto.
POST – (Power-On Self-Test, Autoteste ao Ligar): um autoteste sempre que ligamos o micro. Por
exemplo, ao ligarmos o micro verificamos que é feito um teste de memória, vídeo, teclado e
posteriormente o carregamento do sistema operacional.
SETUP – (Configuração): programa de configuração de hardware do microcomputador,
normalmente chamama-se este programa apertando um conjunto de teclas durante o
processamento do POST (geralmente basta pressionar a tecla DEL durante a contagem de
memória. Esse procedimento, contudo, pode variar de acordo com o fabricante da placa mãe).
OBSERVAÇÃO – É muito comum haver confusão nos nomes. Veja que se acabou de
chamar o POST ou o SETUP de “BIOS”. Atualmente, usa-se a nomenclatura “BIOS”, como
algo genérico, podendo ser interpretado como “ tudo que está contido na memória
ROM do micro ”, mas quando se fala de upgrade de BIOS, refere-se a atualização dos
programas contidos na memória ROM ( SETUP, BIOS)
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Informática – Hardware – Prof. Márcio Hunecke
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1 Matricial => funciona com um cabeçote composto de várias agulhas enfileiradas que, a
cada vez que atingem a fita, imprimem pontos de tinta no papel. Tem menor resolução,
são mais lentas e barulhentas, porém mais baratas e as únicas que imprimem formulários
contínuos ou carbonados.
2 Jato de tinta => dispara um jato de tinta no papel para fazer a impressão. Costuma ter
uma qualidade e rapidez de impressão superior às impressoras matriciais. Outro ponto
forte delas é serem muito silenciosas e imprimirem em cores. Estas impressoras utilizam
cartuchos com as tintas.
3 Laser ou de Páginas => são assim chamadas por serem uma espécie de laser para desenhar
os gráficos e caracteres; porém, antes, montam uma página para depois imprimir. Libera
pequenos pontos de tinta em um cilindro, no qual é passado o papel que é queimado,
fixando melhor a tinta. Utiliza toner. Seu trabalho é mais perfeito, são mais silenciosas,
rápidas, porém o preço mais elevado.
Velocidade de impressão: a velocidade de impressão pode ser medida em CPS (caracteres por
segundo) ou por PPM (páginas por minuto)
Resolução de impressão: característica que permite definir a qualidade de impressão e também
comparar os vários modelos de impressoras. Exemplo: 300 dpi (pontos por polegada).
Plotter: é uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimensões, com elevada
qualidade e rigor, como por exemplo, mapas cartográficos, projectos de engenharia e grafismo.
SCANNER
O scanner é outro tipo de dispositivo de entrada de dados. Podem ser digitalizadas fotos,
gravuras, textos. Os dados são transmitidos ao computador por meio de refletância de luz e
convertidos de sinais analógicos para digitais. Equipamentos multifuncionais executam a
função de digitalização, impressão e cópia.
Uma das principais caraterística de um scanner é a sua resolução que também é medida em dpi.
Um outro termo que também é necessário saber é o pixel (picture element), ou seja, elemento
de imagem. Uma imagem digital é dividida em linhas e colunas de pontos. O pixel consite na
interseção de uma linha com uma coluna.
ESTABLIZADOR
O estabilizador é o equipamento utilizado para proteger o computador contra eventuais danos
causados por piques de energia, ou seja, flutuações na rede elétrica. A energia que alimenta o
sistema deve ser estabilizada.
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Informática – Hardware – Prof. Márcio Hunecke
NO-BREAK
O no-break é o transferidor de energia. O no-break impede que o computador desligue
quando acaba a energia, ou seja, ele é automaticamente acionado quando ocorre a falta de
energia elétrica e permanece transferindo energia durante o tempo que está programado para
o fornecimento (autonomia). Este tempo poderá ser de meia hora, uma ou mais horas. Isto
depende do tipo de no-break.
MONITOR DE VÍDEO
O monitor é um dispositivo de saída do computador, cuja função é
transmitir informação ao usuário do computador através da imagem. Os
monitores são classificados de acordo com a tecnologia de amostragem
de vídeo utilizada na formação da imagem. Atualmente utiliza-se CRT
(figura ao lado) raramente e o LCD está cada vez mais presente.
UNIDADES DE ARMAZENAMENTO
Os dados são enviados para a memória do computador, pelo teclado ou por outro dispositivo de
entrada, para serem processados mediante instruções preestabelecidas. Mas as informações
contidas na memória são rapidamente repassadas para os dispositivos de saída ou ficam
residentes enquanto o computador estiver ligado.
Diante desses fatos, é necessário armazenar os dados em um meio capaz de mantê-los gravados
de forma permanente. Para isso, são utilizadas as unidades de armazenamento permanente.
Estas unidades são conhecidas como memórias de massa, secundária ou auxiliar.
Os HDs são conectados ao computador por meio de interfaces capazes de transmitir os dados
entre um e outro de maneira segura e eficiente. Há várias tecnologias para isso, sendo as mais
comuns os padrões IDE, SCSI, SATA e SSD. Há também a possibilidade de conectar um HD
através de uma porta USB, como é o caso da maioria dos HDs externos.
A interface IDE (Intelligent Drive Electronics ou Integrated Drive Electronics) também é
conhecida como ATA (Advanced Technology Attachment) ou, ainda, PATA (Parallel Advanced
Technology Attachment).
IDE, ATA ou PATA faz transferência de dados de forma paralela, ou seja,
transmite vários bits por vez, como se estes estivessem lado a lado.
SATA I: a transmissão é em série, tal como se cada bit estivesse um atrás do
outro.
SATA II: taxa máxima de transferência de dados de 300 MB/s ou 2,4 Gbps
(2,4 gigabits por segundo), o dobro do SATA I. Padrão mais utilizado em
computadores pessoais. Esses barramentos (IDE, SATA, PATA) também
são amplamente utilizados para a conexão de dispositivos leitores e
gravadores de DVDs, CDs.
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SCSI: Normalmente utilizado em computadores de grande porte (servidores).
SSD: Padrão mais novo de HDs. Em relação ao SATA II, o SSD é mais
rápido e mais caro e geralmente não passa de 1TB. Utiliza os mesmos
conectadores do HD SATA.
SISTEMAS DE ARQUIVOS
Um sistema de arquivos permite ao usuário escolher qual será a forma de organização dos
arquivos que será aplicado à unidade de armazenamento.
Quando a unidade de armazenamento for um disco rígido, e para utilização do sistema
operacional Windows, podem-se escolher os seguintes sistemas de arquivos.
FAT ou FAT32: sistema mais veloz em comparação com o NTFS, porém não possui recursos
de segurança. Neste sistema, há um desperdício maior de espaço em relação ao NTFS devido
ao tamanho de seu cluster ou unidade de alocação. Para unidades de disco rígido acima de 2
GB, o tamanho de cada cluster é de 4 KB. Portanto, no armazenamento de um arquivo com
tamanho de 10 KB, serão utilizadas três unidades de alocação totalizando 12 KB, restando 2 KB
desperdiçados, pois o sistema não utiliza bytes restantes de uma unidade já ocupada. Sendo
assim, quanto maior for a ocupação de uma unidade de armazenamento com o sistema FAT32,
maior será o desperdício de espaço. O tamanho máximo de arquivos é de 4 Gb.
NTFS: sistema de arquivos que possui maiores recursos de segurança de dados e praticamente
inexiste desperdício de espaço. É o sistema de arquivos utilizado no HD onde o Windows está
instalado.
O Linux utiliza sistemas de arquivos diferentes do Windows. Os mais usados no Linux são: EXT2,
EXT3, EXT4 e ReiserFS.
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Informática – Hardware – Prof. Márcio Hunecke
PERIFÉRICOS DE ENTRADA
São chamados de periféricos de entrada os dispositivos utilizados para ativar comandos ou
inserir dados a serem processados pelo computador, como por exemplo:
•• Teclado
•• Mouse
•• Joystick
•• Caneta óptica
•• Scanner
•• Microfone
•• Webcam
PERIFÉRICOS DE SAÍDA
São periféricos de saída os dispositivos utilizados para exibir, armazenar ou enviar dados já
processados pelo computador, como por exemplo:
•• Impressora / Plotter
•• Monitor de vídeo / Projetor
•• Caixa de som
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Informática
Windows 7
A tela de boas-vindas é aquela que você usa para fazer logon no Windows. Ela exibe todas as
contas do computador. Você pode clicar no seu nome de usuário em vez de digitá-lo, e depois
pode trocar facilmente para outra conta com a Troca Rápida de Usuário. No Windows XP, a
tela de boas-vindas pode ser ativada ou desativada. Nesta versão do Windows, não é possível
desativá-la. Por padrão, a Troca Rápida de Usuário está ativada.
A tela de boas-vindas
Para identificar a edição do Windows 7, clicar no Menu Iniciar, Painel de Controle e abrir o
ícone “Sistema”.
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Área de Trabalho
A área de trabalho é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon
no Windows. Ela serve de superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma mesa
real. Quando você abre programas ou pastas, eles são exibidos na área de trabalho. Nela,
também é possível colocar itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como quiser.
A área de trabalho é definida às vezes de forma mais abrangente para incluir a barra de tarefas.
A barra de tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais programas estão em execução
e permite que você alterne entre eles. Ela também contém o botão Iniciar , que pode ser
usado para acessar programas, pastas e configurações do computador.
Se você clicar duas vezes em um ícone da Área de trabalho, o item que ele representa será
iniciado ou aberto.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
2. Clique com o botão direito do mouse no item, clique em Enviar para e em Área de Trabalho
(criar atalho). O ícone de atalho aparecerá na área de trabalho.
1. Clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho e clique em
Personalizar (Observação: Essa opção não está disponível na edição do Windows Started).
3. Em Ícones da área de trabalho, marque a caixa de seleção referente a cada ícone que deseja
adicionar à área de trabalho ou desmarque a caixa de seleção referente a cada ícone que
deseja remover da área de trabalho. Em seguida, clique em OK.
www.acasadoconcurseiro.com.br 239
Movendo Ícones
O Windows empilha os ícones em colunas no lado esquerdo da área de trabalho, mas você não
precisa se prender a essa disposição. Você pode mover um ícone arrastando-o para um novo
local na área de trabalho.
Também pode fazer com que o Windows organize automaticamente os ícones. Clique com
o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em Exibir e em
Organizar ícones automaticamente. O Windows empilha os ícones no canto superior esquerdo
e os bloqueia nessa posição. Para desbloquear os ícones e tornar a movê-los novamente, clique
outra vez em Organizar ícones automaticamente, apagando a marca de seleção ao lado desta
opção.
Por padrão, o Windows espaça os ícones igualmente em uma grade invisível. Para colocar os
ícones mais perto ou com mais precisão, desative a grade. Clique com o botão direito do mouse
em uma parte vazia da área de trabalho, aponte para “Exibir” e clique em “Alinhar ícones à
grade”. Repita essas etapas para reativar a grade.
Lixeira
Quando você não precisar mais de um arquivo, poderá removê-lo do computador para ganhar
espaço e impedir que o computador fique congestionado com arquivos indesejados. Para
excluir um arquivo, abra a respectiva pasta ou biblioteca e selecione o arquivo. Pressione a
tecla “Delete” no teclado e, na caixa de diálogo Excluir Arquivo, clique em “Sim”.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Um arquivo excluído é armazenado temporariamente na Lixeira. Pense nela como uma rede
de segurança que lhe permite recuperar pastas ou arquivos excluídos por engano. De vez em
quando, você deve esvaziar a Lixeira para recuperar o espaço usado pelos arquivos indesejados
no disco rígido.
Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer
isso, excluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles ocupado.
Regra: Ao recuperar um arquivo da Lixeira ele SEMPRE será colocado no mesmo local onde foi
excluído.
Em situações normais, todos os arquivos são enviados para Lixeira, mas existe algumas
exceções:
a) Excluir com a tecla SHIFT pressionada;
b) Excluir de dispositivos com armazenamento removível (pen drive);
c) Excluir da rede.;
d) Configurar o tamanho de Lixeira como “0”.
e) Excluir arquivos maiores que o tamanho da Lixeira;
f) Configurar a Lixeira selecionando a opção “Não mover arquivos para a Lixeira”;
g) Excluir arquivos maiores que o espaço livre da Lixeira faz com que os arquivos mais antigos
sejam excluídos.
Gadgets
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Menu Iniciar
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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•• Imagens. Abre a biblioteca Imagens, na qual é possível acessar e exibir imagens digitais e
arquivos gráficos.
•• Música. Abre a biblioteca Músicas, na qual é possível acessar e tocar música e outros
arquivos de áudio.
•• Jogos. Abre a pasta Jogos, na qual é possível acessar todos os jogos no computador.
•• Computador. Abre uma janela na qual é possível acessar unidades de disco, câmeras,
impressoras, scanners e outros hardwares conectados ao computador.
•• Painel de Controle. Abre o Painel de Controle, no qual é possível personalizar a aparência
e a funcionalidade do computador, instalar ou desinstalar programas, configurar conexões
de rede e gerenciar contas de usuário.
•• Dispositivos e Impressoras. Abre uma janela onde é possível exibir informações sobre a
impressora, o mouse e outros dispositivos instalados no seu computador.
•• Programas Padrão. Abre uma janela onde é possível selecionar qual programa você deseja
que o Windows use para determinada atividade, como navegação na Web.
•• Ajuda e Suporte. Abre a Ajuda e Suporte do Windows onde você pode procurar e pesquisar
tópicos da Ajuda sobre como usar o Windows e o computador.
•• Na parte inferior do painel direito está o botão de Desligar. Clique no botão Desligar para
desligar o computador.
Barra de Tarefas
A barra de tarefas é aquela barra longa horizontal na parte inferior da tela. Diferentemente da
área de trabalho, que pode ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a barra de tarefas
está quase sempre visível. Ela possui três seções principais:
•• O botão Iniciar , que abre o Menu Iniciar.
•• A seção intermediária, que mostra quais programas e arquivos estão abertos e permite que
você alterne rapidamente entre eles.
•• A área de notificação, que inclui um relógio e ícones (pequenas imagens) que comunicam o
status de determinados programas e das configurações do computador.
No Windows XP, ao lado no Menu Iniciar aparecia a “Barra de Inicialização Rápida” que não
existe no Windows 7, pois agora temos a opção de “Fixar” os programas na Barra de Tarefas.
Como é provável que você use a seção intermediária da barra de tarefas com mais frequência,
vamos abordá-la primeiro.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Observe que o botão na barra de tarefas para o Campo Minado está realçado. Isso indica que
o Campo Minado é a janela ativa, ou seja, que está na frente das demais janelas abertas e que
você pode interagir imediatamente com ele.
Para alternar para outra janela, clique no botão da barra de tarefas. Neste exemplo, se você
clicar no botão da barra de tarefas referente à Calculadora, sua janela será trazida para frente.
Clicar em botões da barra de tarefas é apenas uma das diversas formas de alternar entre janelas.
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Minimizar e Restaurar Janelas
Quando uma janela está ativa (seu botão da barra de tarefas aparece realçado), o clique no
botão correspondente minimiza a janela. Isso significa que a janela desaparece da área de
trabalho. Minimizar uma janela não a fecha, nem exclui seu conteúdo. Simplesmente a remove
da área de trabalho temporariamente.
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, mas não fechada. Você sabe que ela ainda está
em execução porque existe um botão na barra de tarefas.
A ação de minimizar a Calculadora deixa visível somente seu botão da barra de tarefas
Também é possível minimizar uma janela clicando no botão de minimizar, no canto superior
direito da janela.
Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la aparecer novamente na área de trabalho), clique
no respectivo botão da barra de tarefas.
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Área de Notificação
A área de notificação exibe uma mensagem depois que o novo hardware é instalado
Clique no botão Fechar no canto superior direito da notificação para descartá-la. Se você não
fizer nada, a notificação desaparecerá após alguns segundos.
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Para evitar confusão, o Windows oculta ícones na área de notificação quando você fica um
tempo sem usá-los. Se os ícones estiverem ocultos, clique no botão “Mostrar ícones ocultos”
para exibi-los temporariamente.
Desligando o Computador
Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo corretamente não apenas
para economizar energia, mas também para garantir que os dados sejam salvos e para ajudar
a mantê-lo mais seguro. Há três maneiras de desligar o computador: pressionando o botão
liga/desliga do computador, usando o botão Desligar no Menu Iniciar e, caso tenha um laptop,
fechando a tampa.
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Nesse caso, ao se clicar no botão Desligar, o Windows instala as atualizações e desliga seu
computador.
A ação de iniciar o computador após seu desligamento demora mais do que iniciá-lo quando
ele está em modo de suspensão.
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Quando Desligar
Ainda que colocar o computador em suspensão seja uma maneira rápida de desligá-lo e a
melhor opção para retomar o trabalho rapidamente, há situações em que é necessário desligá-
lo completamente:
•• Ao adicionar ou atualizar hardware no interior do computador (por exemplo, instalar
memória, disco rígido, placa de som ou placa de vídeo). Desligue o computador e
desconecte-o da fonte de energia antes de prosseguir com a atualização.
•• Ao se adicionar uma impressora, um monitor, uma unidade externa ou outro dispositivo
de hardware que não se conecta a uma porta USB ou IEEE 1394 no computador. Desligue o
computador antes de conectar o dispositivo.
Ao adicionar hardware que usa um cabo USB, não é necessário desligar o computador primeiro.
A maioria dos dispositivos mais novos usa cabos USB. Esta é a aparência de um cabo USB:
Cabo USB
Sempre que você abre um programa, um arquivo ou uma pasta, ele aparece na tela em uma
caixa ou moldura chamada janela (daí o nome atribuído ao sistema operacional Windows, que
significa Janelas em inglês). Como as janelas estão em toda parte no Windows, é importante
saber como movê-las, alterar seu tamanho ou simplesmente fazê-las desaparecer.
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•• Barra de título. Exibe o nome do documento e do programa (ou o nome da pasta, se você
estiver trabalhando em uma pasta).
•• Botões Minimizar, Maximizar e Fechar. Estes botões permitem ocultar a janela, alargá-la
para preencher a tela inteira e fechá-la, respectivamente (mais detalhes sobre eles em
breve).
•• Barra de menus. Contém itens nos quais você pode clicar para fazer escolhas em um
programa.
•• Barra de rolagem. Permite rolar o conteúdo da janela para ver informações que estão fora
de visão no momento.
•• Bordas e cantos. É possível arrastá-los com o ponteiro do mouse para alterar o tamanho da
janela.
Outras janelas podem ter botões, caixas ou barras adicionais, mas normalmente também têm
as partes básicas.
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Alterando o Tamanho de uma Janela
•• Para que uma janela ocupe a tela inteira, clique em seu botão Maximizar ou clique duas
vezes na barra de título da janela.
•• Para retornar uma janela maximizada ao tamanho anterior, clique em seu botão Restaurar
(ele é exibido no lugar do botão Maximizar). ou clique duas vezes na barra de título da
janela.
•• Para redimensionar uma janela (torná-la menor ou maior), aponte para qualquer borda ou
canto da janela. Quando o ponteiro do mouse mudar para uma seta de duas pontas (veja a
figura abaixo), arraste a borda ou o canto para encolher ou alargar a janela.
Não é possível redimensionar uma janela maximizada. Você deve primeiro restaurá-la ao
tamanho anterior.
Embora a maioria das janelas possa ser maximizada e redimensionada, existem algumas janelas
que têm tamanho fixo, como as caixas de diálogo.
Para fazer uma janela minimizada aparecer novamente na área de trabalho, clique em seu
respectivo botão da barra de tarefas. A janela aparecerá exatamente como estava antes de ser
minimizada.
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Colocar o cursor sobre o botão de uma janela na barra de tarefas exibe uma visualização da janela
Observação: Para visualizar miniaturas, seu computador deve oferecer suporte ao Aero.
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Usando Alt+Tab. Você pode alternar para a janela anterior pressionando Alt+Tab, ou percorrer
todas as janelas abertas e a área de trabalho mantendo pressionada a tecla Alt e pressionando
repetidamente a tecla Tab. Solte Alt para mostrar a janela selecionada.
Usando o Aero Flip 3D. O Aero Flip 3D organiza as janelas em uma pilha tridimensional para
permitir que você as percorra rapidamente. Para usar o Flip 3D:
1. Mantenha pressionada a tecla de logotipo do Windows e pressione Tab para abrir o Flip
3D.
2. Enquanto mantém pressionada a tecla de logotipo do Windows, pressione Tab
repetidamente ou gire a roda do mouse para percorrer as janelas abertas. Você também
pode pressionar Seta para a Direita ou Seta para Baixo para avançar uma janela, ou
pressionar Seta para a Esquerda ou Seta para Cima para retroceder uma janela.
3. Solte a tecla de logotipo do Windows para exibir a primeira janela da pilha ou clique em
qualquer parte da janela na pilha para exibir essa janela.
Aero Flip 3D
O Flip 3D faz parte da experiência de área de trabalho do Aero. Se o computador não oferecer
suporte para o Aero, você poderá exibir os programas e janelas abertos no computador
pressionando Alt+Tab. Para percorrer as janelas abertas, pressione a tecla Tab, pressione as
teclas de direção ou use o mouse.
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Organize as janelas em cascata (à esquerda), lado a lado (à direita) ou em uma pilha vertical (no centro)
Para escolher uma dessas opções, abra algumas janelas na área de trabalho, clique com o botão
direito do mouse em uma área vazia da barra de tarefas e clique em “Janelas em cascata”,
“Mostrar janelas empilhadas” ou “Mostrar janelas lado a lado”.
O recurso Ajustar redimensiona automaticamente as janelas quando você as move ou ajusta
na borda da tela. Você pode usar o Ajustar para organizar janelas lado a lado, expandir janelas
verticalmente ou maximizar uma janela.
Arraste uma janela para o lado da área de trabalho para expandi-la até metade da tela.
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Para Expandir uma Janela Verticalmente - Aero SNAP
1. Aponte para a borda superior ou inferior da janela aberta até o ponteiro mudar para uma
seta de duas pontas .
2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou inferior da tela para expandir a a janela
na altura total da área de trabalho. A largura da janela não é alterada.
Arraste uma janela para a parte superior da área de trabalho para expandi-la totalmente
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1. Clique na barra de título da janela e arraste rapidamente para os dois lados. O tamanho da
janela se mantém o mesmo, mas as demais janelas são minimizadas. Isso também pode ser
feito, usando as teclas Windows +Home.
2. Para restaurar as janelas que foram minimizadas, basta repetir umas das opções acima.
1. Basta apontar para a extremidade da barra de tarefas, para ver as janelas abertas ficarem
transparentes na hora, revelando todos os ícones e gadgets ocultos. Essa funcionalidade
também é conhecida como Visão de raio-X
Caixa de Diálogo
Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz uma pergunta, fornece informações
ou permite que você selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de diálogo
com frequência quando um programa ou o Windows precisar de uma resposta sua antes de
continuar.
Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o trabalho
Ao contrário das janelas comuns, a caixa de diálogo não pode ser maximizada, minimizadas ou
redimensionadas, mas podem ser movidas.
Um arquivo é um item que contém informações, por exemplo, texto, imagens ou música.
Quando aberto, um arquivo pode ser muito parecido com um documento de texto ou com
uma imagem que você poderia encontrar na mesa de alguém ou em um arquivo convencional
Em seu computador, os arquivos são representados por ícones; isso facilita o reconhecimento
de um tipo de arquivo bastando olhar para o respectivo ícone. Veja a seguir alguns ícones de
arquivo comuns:
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Ícones de alguns tipos de arquivo
Uma pasta é um contêiner que pode ser usado para armazenar arquivos. Se você tivesse
centenas de arquivos em papel em sua mesa, seria quase impossível encontrar um arquivo
específico quando você dele precisasse. É por isso que as pessoas costumam armazenar os
arquivos em papel em pastas dentro de um arquivo convencional. As pastas no computador
funcionam exatamente da mesma forma. Veja a seguir alguns ícones de pasta comuns:
As pastas também podem ser armazenadas em outras pastas. Uma pasta dentro de uma pasta
é chamada subpasta. Você pode criar quantas subpastas quiser, e cada uma pode armazenar
qualquer quantidade de arquivos e subpastas adicionais.
Windows Explorer
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Para abrir as bibliotecas Documentos, Imagens ou Músicas, clique no botão Iniciar e, em
seguida, em Documentos, Imagens ou Músicas.
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•• Ocultar as extensões dos tipos de arquivo conhecidos
•• Não mostrar arquivos, pastas e unidades ocultas.
A Barra de Menus não apresentada por padrão no Windows Explorer do Windows 7. Para
fazê-lo aparecer temporariamente pressione a tecla “ALT”. Para que a barra fique aparecendo
definitivamente, clique “Organizar”, “Layout” e marque a opção “Barra de menus”. Outras
alterações na aparência do Windows Explorer também estão disponíveis nessa opção.
Em bibliotecas, você pode ir além, organizando seus arquivos de diversas maneiras. Por
exemplo, digamos que você deseja organizar os arquivos na biblioteca Músicas por gênero
(como Jazz e Clássico):
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Localizando Arquivos
No Windows 7, você encontra mais coisas em mais lugares – documentos, e-mails, músicas – e
com mais rapidez na Pesquisa do Windows (Windows Search).
Comece a digitar na caixa de pesquisa do Menu Iniciar, e você verá instantaneamente uma lista
de arquivos relevantes no seu PC. Você pode pesquisar digitando o nome do arquivo ou com
base em marcas, no tipo de arquivo e até no conteúdo. Para ver ainda mais correspondências,
clique em uma categoria nos resultados, como Documentos ou Imagens, ou clique em Ver mais
resultados. Seus termos de pesquisa serão destacados para facilitar o exame da lista.
Poucas pessoas armazenam todos os seus arquivos em um lugar hoje em dia. Então, o Windows
7 também é projetado para procurar em discos rígidos externos, PCs em rede e bibliotecas. A
pesquisa mostrou muitos resultados? Agora você pode filtrá-los instantaneamente por data,
tipo de arquivo e outras categorias úteis.
Dependendo da quantidade de arquivos que você tem e de como eles estão organizados,
localizar um arquivo pode significar procurar dentre centenas de arquivos e subpastas; uma
tarefa nada simples. Para poupar tempo e esforço, use a caixa de pesquisa para localizar o
arquivo, programa ou e-mail.
A caixa de pesquisa também está localizada na parte superior de cada janela. Para localizar um
arquivo, abra a pasta ou biblioteca mais provável como ponto de partida para sua pesquisa,
clique na caixa de pesquisa e comece a digitar. A caixa de pesquisa filtra o modo de exibição
atual com base no texto que você digita.
A caixa de pesquisa
A caixa de pesquisa também está localizada na parte superior de cada janela. Para localizar um
arquivo, abra a pasta ou biblioteca mais provável como ponto de partida para sua pesquisa,
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clique na caixa de pesquisa e comece a digitar. A caixa de pesquisa filtra o modo de exibição
atual com base no texto que você digita.
Se você estiver pesquisando um arquivo com base em uma propriedade (como o tipo do
arquivo), poderá refinar a pesquisa antes de começar a digitar. Basta clicar na caixa de pesquisa
e depois em uma das propriedades exibidas abaixo dessa caixa. Isso adicionará um filtro de
pesquisa (como “tipo”) ao seu texto de pesquisa, fornecendo assim resultados mais precisos.
Caso não esteja visualizando o arquivo que está procurando, você poderá alterar todo o escopo
de uma pesquisa clicando em uma das opções na parte inferior dos resultados da pesquisa. Por
exemplo, caso pesquise um arquivo na biblioteca Documentos, mas não consiga encontrá-lo,
você poderá clicar em Bibliotecas para expandir a pesquisa às demais bibliotecas.
De vez em quando, você pode querer alterar o local onde os arquivos ficam armazenados no
computador. Por exemplo, talvez você queira mover os arquivos para outra pasta ou copiá-los
para uma mídia removível (como CDs ou cartões de memória) a fim de compartilhar com outra
pessoa.
A maioria das pessoas copiam e movem arquivos usando um método chamado arrastar e soltar.
Comece abrindo a pasta que contém o arquivo ou a pasta que deseja mover. Depois, em uma
janela diferente, abra a pasta para onde deseja mover o item. Posicione as janelas lado a lado
na área de trabalho para ver o conteúdo de ambas.
Em seguida, arraste a pasta ou o arquivo da primeira pasta para a segunda. Isso é tudo.
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Ao usar o método arrastar e soltar, note que algumas vezes o arquivo ou a pasta é copiado e,
outras vezes, ele é movido. Se você estiver arrastando um item entre duas pastas que estão no
mesmo disco rígido, os itens serão movidos para que duas cópias do mesmo arquivo ou pasta
não sejam criadas no mesmo local. Se você estiver arrastando o item para um pasta que esteja
em outro local (como um local de rede) ou para uma mídia removível (como um CD), o item
será copiado.
A maneira mais fácil de organizar duas janelas na área de trabalho é usar a função Aero Snap
(ou Ajustar).
Se você copiar ou mover um arquivo ou pasta para uma biblioteca, ele será armazenado no
local de salvamento padrão da biblioteca. Para saber como personalizar o local de salvamento
padrão de uma biblioteca.
Outra forma de copiar ou mover um arquivo é arrastando-o da lista de arquivos para uma pasta
ou biblioteca no painel de navegação. Com isso, não será necessário abrir duas janelas distintas.
Arquivos e Extensões
Uma extensão de nome de arquivo é um conjunto de caracteres que ajuda Windows a entender
qual tipo de informação está em um arquivo e qual programa deve abri-lo. Ela é chamada de
extensão porque aparece no final do nome do arquivo, após um ponto. No nome de arquivo
meuarquivo.txt, a extensão é txt. Ela diz ao Windows que esse é um arquivo de texto que pode
ser aberto por programas associados a essa extensão, como WordPad ou Bloco de Notas.
Extensões de arquivos mais comuns:
Adobe Reader: *.pdf
Aplicativos Office: *.doc, *.docx, *.mdb, *.pps, *.ppt, *.pptx, *.xls, *.xlsx
Áudio e Vídeo: *.avi, *.mov, *.mp3, *.mp4, *.mpeg, *.wma, *.wmv
Backup: *.bak, *.bkf
Comprimidos / Zipados: *.rar, *.zip
E-mail: *.eml, *.msg, *.pst
Executáveis: *.bat, *.cmd, *.com, *.exe, *.msi
Fontes: *.ttf, *.otf
Imagem: *.bmp, *.jpg, *.jpeg, *.png, *.tif
Páginas Web: *.asp, *.htm, *.html, *.mht
Wordpad e Bloco de notas: *.rtf, *.txt
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Caracteres não Permitidos para Arquivos e Pastas
Caracteres relacionados a caminhos: | \ / : “
Caracteres curingas: * ?
Caracteres outros: < >
Ferramentas do Sistema
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Limpeza de Disco
A Limpeza de Disco é uma forma conveniente de excluir arquivos que não são mais necessários
e liberar espaço no disco rígido do computador. Para liberar espaço no disco rígido, a Limpeza
de Disco localiza e remove arquivos temporários no computador quando você decide que não
os quer mais. Agendar a Limpeza de Disco para que seja executada regularmente evita que
você precise se lembrar de fazer isso.
Essa ferramenta só permite que você exclua arquivos que não sejam fundamentais para o
sistema operacional. Em termos gerais você pode selecionar todas as opções apresentadas.
Observe que no topo, aparece a quantidade de espaço em disco que pode ser liberada.
Desfragmentador de Disco
Desfragmentação de disco é o processo de consolidação de dados fragmentados em um volume
(como um disco rígido ou um dispositivo de armazenamento removível) para que ele funcione
de forma mais eficiente.
A fragmentação ocorre em um volume ao longo do tempo à medida que você salva, altera
ou exclui arquivos. As alterações que você salva em um arquivo geralmente são armazenadas
em um local do volume diferente do arquivo original. Isso não muda o local em que o arquivo
aparece no Windows — apenas o local em que os pedaços de informações que compõem o
arquivo são armazenados no volume em si. Com o tempo, tanto o arquivo quanto o volume
em si se tornam fragmentados, e o computador fica mais lento por ter que procurar em locais
diferentes para abrir um único arquivo.
O Desfragmentador de Disco é uma ferramenta que reorganiza os dados no volume e reúne
dados fragmentados para que o computador trabalhe de forma mais eficiente. É executado
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por agendamento para que você não tenha que se lembrar de executá-lo, embora ainda seja
possível executá-lo manualmente ou alterar o agendamento usado.
Firewall do Windows
Firewall é um software ou hardware que verifica informações vindas da Internet ou de uma
rede, rejeitando-as ou permitindo que elas passem e entrem no seu computador, dependendo
das configurações definidas. Com isso, o firewall pode ajudar a impedir o acesso de hackers e
software mal-intencionado ao seu computador.
O Firewall do Windows vem incorporado ao Windows e é ativado automaticamente.
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Agendador de Tarefas
Agenda a execução automática de programas ou outras tarefas. Se você costuma usar um
determinado programa regularmente, poderá usar o Assistente de Agendador de Tarefas para
criar uma tarefa que abre o programa para você automaticamente de acordo com a agenda que
você escolher. Por exemplo, se você usa um programa financeiro em um determinado dia de
cada mês, poderá agendar uma tarefa que abra o programa automaticamente para que você
não corra o risco de esquecer.
Você deve estar com logon de administrador para executar essas etapas. Se não tiver efetuado
logon como administrador, você só poderá alterar as configurações que se aplicarem à sua
conta de usuário.
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Pontos de Restauração
O ponto de restauração é uma representação de um estado armazenado dos arquivos do
sistema de seu computador. Você pode usar um ponto de restauração para restaurar arquivos
do sistema do computador para um ponto anterior no tempo. Os pontos de restauração são
criados automaticamente pela Restauração do Sistema semanalmente e quando a Restauração
do Sistema detecta o começo de uma alteração no computador, como ao instalar um programa
ou driver.
Os backups de imagem do sistema armazenados em discos rígidos também podem ser usados
para Restauração do Sistema, assim como os pontos de restauração criados pela proteção do
sistema. Mesmo que os backups de imagem do sistema tenham seus arquivos de sistema e
dados pessoais, os seus arquivos de dados não serão afetados pela Restauração do Sistema.
A Restauração do Sistema pode ser configurada clicando no menu Iniciar, Painel de Controle,
Sistema, Proteção do Sistema e envolve também a funcionalidade chamada Versões Anteriores
dos Arquivos.
Instalação de Programas
A maneira como você adiciona um programa depende de onde estão localizados os arquivos
de instalação do programa. Normalmente, os programas são instalados de um CD ou DVD, da
Internet ou de uma rede.
Para instalar um programa de um CD ou DVD, insira o disco no computador e siga as instruções
na tela. Se você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação,
digite a senha ou forneça a confirmação.
Muitos programas instalados de CDs ou DVDs abrem um assistente de instalação do programa
automaticamente. Nesses casos, a caixa de diálogo Reprodução Automática será exibida e você
poderá optar por executar o assistente.
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Introdução à Impressão
Você pode imprimir praticamente qualquer coisa no Windows: documentos, imagens, páginas
da Web ou emails.
O que é DPI?
DPI (Dots per Inch, pontos por polegada) é uma medida de resolução de uma impressora. O
DPI determina a nitidez e o detalhamento do documento ou da imagem. É um dos pontos
importantes a serem avaliados ao comprar uma nova impressora.
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Impressoras a Laser
As impressoras a laser usam toner, uma substância fina em pó, para reproduzir texto e
elementos gráficos. Elas podem imprimir em preto e branco ou colorido, embora os modelos
coloridos sejam geralmente mais caros. Uma impressora a laser que imprime apenas em preto
e branco pode ser chamada de impressora monocromática.
As impressoras a laser geralmente têm bandejas de papel maiores do que as impressoras a
jato de tinta, de modo que não é preciso adicionar papel com tanta frequência. Elas também
imprimem mais rápido (mais páginas por minuto) do que a maioria das impressoras a jato de
tinta. Além disso, os cartuchos de toner de impressoras a laser normalmente duram mais.
Dependendo do seu volume de impressão, pode ser mais econômico comprar uma impressora
a laser.
Impressora a laser
Impressoras Multifuncionais
Uma das categorias de maior crescimento entre as impressoras é a Multifuncional (MFP),
também chamadas de impressoras tudo em um (AIO – All in one). Como o nome já diz, são
dispositivos que fazem tudo: imprimem, digitalizam fotos, fazem fotocópias e até mesmo
enviam fax.
Qual é a diferença entre AIO e MFP? Normalmente, nenhuma. Porém, alguns dispositivos
vendidos como impressoras multifuncionais são maiores e criados para uso em escritórios.
Independentemente disso, o apelo comercial dos modelos multifuncionais é a conveniência.
Operações que normalmente exigiam três equipamentos agora podem ser feitas em apenas
um. Outra vantagem: alguns recursos, como a fotocópia, não exigem uma conexão com um
computador.
Multifuncional
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Imprimindo no Windows
O Windows conta com diversos métodos de impressão. O método escolhido depende do que
você quer imprimir.
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Escolhendo Opções de Impressão
Frente e verso ou somente um lado. Monocromático ou colorido. Orientação paisagem ou
retrato. Essas são apenas algumas das opções disponíveis ao imprimir.
A maioria das opções encontra-se na caixa de diálogo Imprimir, que você pode acessar no menu
Arquivo em quase todos os programas.
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A fila de impressão
Resolução de Tela
Resolução de tela se refere à clareza com que textos e imagens são exibidos na tela. Em
resoluções mais altas, como 1600 x 1200 pixels, os itens parecem mais nítidos. Também
parecem menores, para que mais itens possam caber na tela. Em resoluções mais baixas, como
800 x 600 pixels, cabem menos itens na tela, mas eles parecem maiores.
A resolução que você pode usar depende das resoluções a que seu monitor oferece suporte.
Os monitores CRT normalmente têm resolução de 800 × 600 ou 1024 × 768 pixels e funcionam
bem em resoluções diferentes. Monitores LCD (também chamados de monitores de tela plana)
e telas de laptop geralmente oferecem suporte a resoluções mais altas e funcionam melhor em
uma resolução específica.
Quanto maior o monitor, normalmente maior é a resolução a que ele oferece suporte. Poder ou
não aumentar a resolução da tela depende do tamanho e da capacidade do monitor e do tipo
de placa de vídeo instalada.
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Painel de Controle
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* Central de Facilidade de Acesso – Apresenta as ferramentas de acessibilidade como: Lupa,
Teclado Virtual, Narrador e Configuração de Alto Contraste. Também aparecem opções para
ajustar a configuração do vídeo, mouse e teclado para usuários com dificuldades motoras ou
visuais.
* Central de Rede e Compartilhamento – Utilizado para realizar as configurações de rede com
fio, rede sem fio (Wireless), e ativar o compartilhamento de recursos em uma rede.
** Contas de Usuários – Tem duas principais funções: Gerenciar as contas dos usuários e
Configurar o UAC (Controle de Conta de Usuário). O gerenciamento de usuários, permite entre
outras coisas, a criação de novos usuários (Padrão ou Administrador), Alteração da figura do
usuário que aparece na Tela de Boas Vindas e Alteração ou criação da Senha. UAC é uma nova
funcionalidade do Windows 7 (não existia no Windows XP) que notificará antes que sejam feitas
alterações no computador que exijam uma permissão no nível de administrador. A configuração
de UAC padrão o notificará quando programas tentarem fazer alterações no computador, mas
você pode alterar a frequência com que o UAC o notifica. Existe quatro níveis de configuração,
de baixo para cima (na tela de configuração) a segurança vai aumentando. A primeira desativa
a funcionalidade do UAC, a segunda irá notificar o usuário quando um programa tentar fazer
alguma alteração, sem deixar a Área de Trabalho bloqueada, a terceira é a configuração padrão,
também notifica sobre alterações e bloqueia a Área de Trabalho quando houver solicitação
de consentimento. A quarta e última configuração, notifica o usuário para qualquer alteração
sugerida por programas ou pelo próprio usuário.
Data e Hora – Função idêntica a clicar no relógio na Área de Notificação e escolher a opção
“Alterar configurações de data e hora”. É possível alterar a data e hora do Windows, ajustar
o fuso horário, configurar se o computador irá modificar o relógio automaticamente para o
horário de verão e incluir relógios adicionais para outros fusos horários. Não há opção para
ocultar o relógio.
Dispositivos e Impressoras – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar e escolher a opção
“Dispositivos e Impressoras”. Item discutido anteriormente nessa apostila.
Firewall do Windows – Utilizado para gerenciar o Firewall do Windows. Item discutido
anteriormente nessa apostila
Fontes – Permite incluir ou remover fontes do Windows. Item discutido anteriormente nessa
apostila
Gadgets da Área de Trabalho – Função idêntica a clicar com o botão da direita na Área de
Trabalho e escolher a opção “Gadgets”. Permite incluir novos Gadgets que já estão instalados
ou fazer download de novos.
Gerenciador de Credenciais – Permite salvar ou excluir senhas previamente salvas. As senhas
são salvas em um “cofre” e isso facilita a acesso a sites que exigem senha. A senha pode ser
gravada e toda vez que for feito acesso ao site, o usuário não precisará digitá-las novamente,
pois o Windows irá apresentar as credenciais gravadas no cofre.
* Gerenciador de Dispositivos – Com esse ícone é possível visualizar e alterar os componentes
de hardware instalados no computador. As impressoras são os únicos equipamentos que não
aparecerem nesta ferramenta.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Ícones da Área de Notificação – Função idêntica a clicar com o botão da direita na Área de
Notificação e escolher a opção Propriedades. Item discutido anteriormente nessa apostila
* Informações e Ferramentas de Desempenho - Permite verificar o Índice de Experiência do
Windows. É uma nota atribuída ao computador baseado na configuração do hardware. A nota
vai de 1,0 até 7,9). A nota geral é sempre baseada na menor nota dos 5 componentes.
Mouse – Permite alterar algumas configurações do mouse como inverter os botões, definir a
velocidade para o duplo clique, escolher a função da Roda (Scroll) entre outras.
* Opções da Internet – Função idêntica a clicar em Ferramentas e escolher a Opções de Internet
dentro do Internet Explorer. Os detalhes são abordados no conteúdo relacionado ao Internet
Explorer.
* Opções de Energia – Apresenta ao usuário as opções para gerenciamento de energia e
também opções em relação à bateria para notebooks. O Windows traz três planos de energia,
Equilibrado (padrão), Economia de energia e Alto desempenho (vem oculto). Em cada um destes
planos existem inúmeras configurações, como: Esmaecer vídeo (somente notebooks), Desligar
vídeo, Suspender atividade do computador e Ajustar brilho do plano (somente notebooks).
Opções de Indexação – Traz opções de configuração do Pesquisar (Windows Search) para incluir
outros locais e novos tipos de arquivos a serem indexados e então, trazer mais rapidamente os
resultados das pesquisas do Windows.
Opções de Pasta – Função idêntica a clicar Organizar e escolher a opção “Opções de pasta e
pesquisa” no Windows Explorer. Neste item podemos fazer diversas configurações no Windows
Explorer. As mais comuns são utilizadas na guia “Modo de Exibição” e são elas: “Ocultar as
extensões dos tipos de arquivos conhecidos” e “Mostrar arquivos, pastas e unidades ocultas”.
* Personalização – Permite alteração nas configurações da Área de Trabalho como Temas, Plano
de Fundo, Proteção de Tela, Ícones da Área de Trabalho entre outros.
** Programas e Recursos – Esse ícone possibilita a ativação ou desativação do componentes
no Windows e a desinstalação de programas instalados. Por exemplo, o Internet Explorer que
vem com o Windows 7 é um componente, e não um programa. Desta forma, para retirá-lo do
computador é necessário desativar o recurso Internet Explorer.
* Programas Padrão – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar e escolher a opção “Programas
Padrão”. Utilizado para escolher o programa que irá ser utilizado, quando um documento ou
link for aberto. Por exemplo, ao clicar em um arquivo com e extensão .doc, pode-se definir o
Microsoft Word ou o BrOffice Writer para abrir esse arquivo.
* Recuperação – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar, Todos os Programas, Acessórios,
Ferramentas do Sistema e escolher a opção “Restauração do Sistema”. Utilizado para solucionar
diversos problemas do sistema, permitindo restaurar o computador a um estado anterior.
* Região e Idioma – Permite configurações do formato de data, hora e moeda e configuração
do layout do teclado (configurar o teclado com ou sem a letra Ç).
** Sistema – Ícone bastante importante pois traz várias informações. Permite identificar
a edição do Windows 7 (Started, Home Basic entre outras e o tipo de sistema: 32bits ou 64
bits), permite identificar se o computador pertence à uma rede corporativa ou rede doméstica
(domínio ou grupo de trabalho), traz informações sobre a quantidade de memória RAM e o
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nome do processador. Nesse ícone também temos acesso ao “Gerenciador de Dispositivos”
(traz uma lista de todos os componentes de hardware instalados no computador), ou
“Configurações remotas” (local onde se configura a Assistência Remota e Área de Trabalho
Remota, configurações que definem se o acesso remoto será permitido ou não e os usuários
que terão acesso), “Proteção do sistema” (gerenciamento das configurações da Recuperação
do Sistema, abordado anteriormente nesta apostila) e “Configurações Avançadas do sistema”
(onde existem configurações relacionadas à Desempenho, Perfis do Usuário e Inicialização e
Recuperação).
Soluções de Problemas – Permite verificar a funcionalidade de “Programas”, “Hardware e
Sons”, “Rede e Internet” e “Sistema e Segurança”. Para cada um destes 4 componentes existem
assistentes que irão conduzir o usuário para testar os itens relacionados.
Som – Ícone bem simples que contém apenas informações sobre os dispositivos de áudio e
permite testar o alto-falante e o microfone.
Teclado – Permite ajustar configurações relacionadas ao teclado como o tratamento para
repetições de caracteres, e a intermitência com que o cursor fica piscando. Não é neste ícone
que se altera o layout do teclado, isso é feito no ícone “Região e Idioma”.
Telefone e Modem – Mostra os modens instalados no computador e permite definir o código
de área (051 para Porto Alegre) e outras regras de discagem (tecla para discagem externa e
outros).
Vídeo – Traz a opção de aumentar o tamanho de todos os itens da Área de Trabalho de 100%
para 125% e eventualmente 150%. Também apresenta atalhos para os itens “Ajustar resolução”,
“Calibrar a cor”, “Alterar configurações de vídeo” e “Ajustar texto ClearType”.
* Windows Defender – O Windows 7 já vem com uma ferramenta de anti-spyware instalada,
que se chama Windows Defender. Nesse ícone podemos fazer as configurações da ferramenta.
* Windows Update – O Windows Update é o nome do processo de atualização do sistema
operacional, Nesse ícone, pode-se ativar ou desativar a instalação das atualizações e também
definir a agenda de instalação das mesmas.
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Informática
A nova interface de usuário do Office Fluent no Word 2010 parece muito diferente da interface
do usuário do Word 2003. Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa
de Opções e pelo modo de exibição Backstage. Para os novos usuários do Word, a interface é
muito intuitiva. Para os usuários do Word mais experientes, a interface requer um pouco de
reaprendizado.
A nova Faixa de Opções, um componente da interface do usuário do Office Fluent, agrupa suas
ferramentas por tarefa, e os comandos usados com mais frequência estão facilmente acessíveis.
No Word 2010, você pode até personalizar essa Faixa de Opções para que os comandos usados
com frequência fiquem juntos.
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A nova interface do usuário do Office Fluent orientada a resultados apresenta as ferramentas,
de uma forma clara e organizada, quando você precisa delas:
•• Economize tempo e faça mais com os recursos avançados do Word selecionando em
galerias de estilos predefinidos, formatos de tabela, formatos de lista, efeitos gráficos e
mais.
•• A interface do usuário do Office Fluent elimina o trabalho de adivinhação quando você
aplica formatação ao documento. As galerias de opções de formatação proporcionam
uma visualização dinâmica da formatação no documento antes de você confirmar uma
alteração.
Ao clicar na guia Arquivo, você vê muitos dos mesmos comandos básicos que via quando clicava
no Botão Microsoft Office ou no menu Arquivo nas versões anteriores do Microsoft Office.
Você encontrará Abrir, Salvar e Imprimir, bem como uma nova guia modo de exibição Backstage
chamada Salvar e Enviar, que oferece várias opções de compartilhamento e envio de
documentos.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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que o documento seja legível e editável, mas preferir usar um formato de arquivo diferente de
.docx ou .doc, poderá usar formatos como texto simples (.txt), Formato Rich Text (.rtf), Texto
OpenDocument (.odt) e Microsoft Works (.wps).
PDF e XPS são formatos que as pessoas podem ler em uma variedade de softwares disponíveis.
Esses formatos preservam o layout de página do documento.
Páginas da Web: As páginas da Web são exibidas em um navegador da Web. Esse formato
não preserva o layout da página do seu documento. Quando alguém redimensionar a janela
do navegador, o layout do documento será alterado. Você pode salvar o documento como
uma página da Web convencional (formato HTML) ou como uma página da Web de arquivo
único (formato MHTML). Com o formato HTML, quaisquer arquivos de suporte (tais como
imagens) são armazenados em uma pasta separada que é associada ao documento. Com o
formato MHTML, todos os arquivos de suporte são armazenados junto com o documento em
um arquivo.
2. Clique em Novo.
3. Clique duas vezes em Documento em branco.
O site Modelos no Office.com oferece modelos para vários tipos de documentos, incluindo
currículos, folhas de rosto, planos de negócios, cartões de visita.
1. Clique na guia Arquivo.
2. Clique em Novo.
3. Em Modelos Disponíveis, siga um destes procedimentos:
•• Clique em Modelos de Exemplo para selecionar um modelo disponível em seu
computador.
•• Clique em um dos links no Office.com.
4. Clique duas vezes no modelo que você deseja.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Informações
A guia Informações exibirá comandos, propriedades e metadados diferentes, dependendo do
estado do documento e onde ele está armazenado. Os comandos da guia Informações pode
incluir Check-in, Check-out e Permissões.
Os comandos do modo de exibição Backstage serão realçados dependendo do quanto for
importante para o usuário notar e interagir com eles. Por exemplo, Permissões na guia
“Informações” é realçado em vermelho quando as permissões definidas no documento podem
limitar a edição.
Área de Transferência
A Área de Transferência do Office permite que você colete texto e itens gráficos de qualquer
quantidade de documentos do Office ou outros programas para, em seguida, colá-los em
qualquer documento do Office. Por exemplo, você pode copiar parte do texto de um documento
do Microsoft Word, alguns dados do Microsoft Excel, uma lista com marcadores do Microsoft
PowerPoint ou texto do Microsoft Internet Explorer, voltando para o Word e organizando alguns
ou todos os itens coletados em seu documento do Word.
A Área de Transferência do Office funciona com os comandos Copiar e Colar padrão. Basta
copiar um item para a Área de Transferência do Office para adicioná-lo à sua coleção (24 itens).
Depois, cole-o em qualquer documento do Office a qualquer momento. Os itens coletados
permanecerão na Área de Transferência do Office até que você saia dele.
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1. Selecione o texto ou o gráfico que possui o formato que você deseja copiar.
Observação: Clique duas vezes no botão Pincel se deseja alterar o formato de várias
seleções no seu documento.
Fonte
A formatação de fontes poderá ser feita através do Grupo Fonte da guia Página Inicial no Word
2010.
Efeitos de Texto: Aplicar um efeito visual ao texto selecionado, como sombra, brilho ou
reflexo.
A maioria das formatações de fonte você encontrará no canto inferior direito do Grupo Fonte
através do iniciador da caixa de diálogo.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Veja que são poucas as diferenças entre o Word 2003 e o 2010 na formatação de fonte, algumas
diferenças relevantes são as guias e especialmente os efeitos de texto que foram aprimorados.
Parágrafo
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A caixa de diálogo Formatar Parágrafo permite personalizar o alinhamento, o recuo, o
espaçamento de linhas, as posições e as guias da parada de tabulação e as quebras de linha e
de parágrafo dentro dos parágrafos selecionados.
Geral
Aqui você pode definir o alinhamento dos parágrafos:
À Esquerda: O caractere à extrema esquerda de cada linha é alinhado à margem esquerda e
a borda direita de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com
direção do texto da esquerda para a direita.
Centro: O centro de cada linha de texto é alinhado ao ponto médio das margens direita e
esquerda da caixa de texto e as bordas esquerda e direita de cada linha ficam irregulares.
À Direita: O caractere à extrema direita de cada linha é alinhado à margem direita e a borda
esquerda de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com direção
do texto da direita para a esquerda.
Justificado: O primeiro e o último caracteres de cada linha (exceto o último) são alinhados às
margens esquerda e direita e as linhas são preenchidas adicionando ou retirando espaço entre
e no meio das palavras. A última linha do parágrafo será alinhada à margem esquerda, se a
direção do texto for da esquerda para a direita, ou à margem direita, se a direção do texto for
da direita para a esquerda.
Recuo
O recuo determina a distância do parágrafo em relação às margens esquerda ou direita da caixa
de texto. Entre as margens, você pode aumentar ou diminuir o recuo de um parágrafo ou de
um grupo de parágrafos. Também pode criar um recuo negativo (também conhecido como
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
recuo para a esquerda), o que recuará o parágrafo em direção à margem esquerda, se a direção
do texto estiver definida como da esquerda para a direita, ou em direção à margem direita, se a
direção do texto estiver definida como da direita para a esquerda.
Margens e recuos são elementos diferentes dentro de um texto do Word. As margens
determinam a distância entre a borda do papel e o início ou final do documento. Já os recuos
determinam a configuração do parágrafo dentro das margens que foram estabelecidas para o
documento. Podemos determinar os recuos de um parágrafo através da régua horizontal ou do
grupo Parágrafo.
Existem na régua, dois conjuntos de botões de recuo, um do lado direito, que marca o recuo
direito de parágrafo e outro do lado esquerdo (composto por três elementos bem distintos)
que marcam o recuo esquerdo de parágrafo.
O deslocamento destes botões deve ser feito pelo clique do mouse seguido de arrasto. Seu
efeito será sobre o parágrafo onde o texto estiver posicionado ou sobre os parágrafos do texto
que estiver selecionado no momento.
Movendo-se o botão do recuo direito de parágrafo, todo limite direito do parágrafo será
alterado:
Já no recuo esquerdo é preciso tomar cuidado com as partes que compõem o botão. O Botão
do recuo esquerdo é composto por 3 elementos distintos:
•• Botão de entrada de parágrafo ou recuo especial na 1º linha.
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, com exceção da 1º linha
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, mantendo a relação entre a entrada do
parágrafo e as demais linhas.
Lembre-se que o deslocamento dos botões é válido para o parágrafo em que está posicionado
o cursor ou para os parágrafos do texto selecionado. Assim, primeiro seleciona-se o texto para
depois fazer o movimento com os botões de recuos.
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Espaçamento entre Linhas
O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço vertical entre as linhas do texto
em um parágrafo. O espaçamento entre parágrafos determina o espaço acima ou abaixo de um
parágrafo. Quando você pressiona ENTER para começar um novo parágrafo, o espaçamento é
atribuído ao próximo parágrafo, mas você pode alterar as configurações de cada parágrafo.
No Microsoft Word 2010, o espaçamento padrão para a maioria dos conjuntos de Estilos
Rápidos é de 1,15 entre linhas e 10 pontos após cada parágrafo. O espaçamento padrão em
documentos do Office Word 2003 é de 1,0 entre linhas e nenhuma linha em branco entre
parágrafos.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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Controle de linhas órfãs/viúvas As viúvas e órfãs são linhas de texto isoladas de um parágrafo
que são impressas na parte superior ou inferior de uma caixa de texto ou coluna. Você pode
escolher evitar a separação dessas linhas do restante do parágrafo.
•• Linha órfã: a primeira linha de um parágrafo que fica sozinha na folha anterior.
•• Linha viúva: a última linha de um parágrafo que fica sozinha na folha seguinte.
Manter com o próximo Essa caixa de seleção manterá um ou mais parágrafos selecionados
juntos em uma caixa de texto ou uma coluna.
Manter linhas juntas Essa caixa de seleção manterá as linhas de um parágrafo juntas em uma
caixa de texto ou uma coluna.
Quebrar página antes Esta opção insere uma quebra de página no parágrafo selecionado.
Tabulação
Para determinarmos o alinhamento do texto em relação ao tabulador é preciso primeiro
selecionar o tipo de tabulador a partir do símbolo que existe no lado esquerdo da régua
horizontal.
Cada clique dado sobre este símbolo fará com que ele assuma uma das posições de alinhamento
que existem para tabuladores.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
5. Clique em Definir.
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•• Formatar marcadores ou números: Formate marcadores ou números de maneira
diferente da usada no texto de uma lista. Por exemplo, clique em um número ou altere
a cor do número para a lista inteira, sem alterar o texto da lista.
•• Usar imagens ou símbolos: Crie uma lista com marcadores de imagens para tornar um
documento ou uma página da Web visualmente mais interessante.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Estilo
1. Os Estilos Rápidos da galeria de estilos foram criados para trabalhar juntos. Por exemplo, o
Estilo Rápido Título 2 foi criado para parecer subordinado ao Estilo Rápido Título 1.
2. O texto do corpo do seu documento é automaticamente formatado com o Estilo Rápido
Normal.
3. Estilos Rápidos podem ser aplicados a parágrafos, mas você também pode aplicá-los a
palavras individuais e caracteres. Por exemplo, você pode enfatizar uma frase aplicando o
Estilo Rápido Ênfase.
4. Quando você formata o texto como parte de uma lista, cada item da lista é automaticamente
formatado com o Estilo Rápido Lista de Parágrafos.
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Se mais tarde você decidir que gostaria que os títulos tenham uma aparência diferente, altere
os estilos Título 1 e Título 2, e o Word atualizará automaticamente todas as suas instâncias no
documento. Você também pode aplicar um conjunto de Estilo Rápido diferente ou um tema
diferente para mudar a aparência dos títulos sem fazer alterações aos estilos.
Os estilos internos (Título 1, Título 2, etc.) oferecem outros benefícios, também. Se você usar os
estilos internos de título, o Word poderá gerar uma tabela de conteúdos automaticamente. O
Word também usa os estilos internos de título para fazer a Estrutura do documento, que é um
recurso conveniente para mover-se através de documentos longos.
Edição
No Word 2010, com o Painel de Navegação, você pode localizar-se rapidamente em documentos
longos, reorganizar com facilidade seus documentos arrastando e soltando seções em vez de
copiar e colar além de localizar conteúdo usando a pesquisa incremental, para que não seja
preciso saber exatamente o que está procurando para localizá-lo.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
•• Adicionar novos títulos ao documento para criar uma estrutura de tópicos básica ou inserir
novas seções sem ter que rolar o documento.
•• Ficar atento ao conteúdo editado por outras pessoas procurando os títulos que contêm um
indicador de coautoria.
•• Ver miniaturas de todas as páginas do documento e clicar nelas para me mover pelo
documento.
Localizar (CTRL+L)
Permite a localização de texto, fonte, tipo parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres
especiais.
Substituir (CTRL+U)
Substitui texto, fonte, parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres especiais.
Ir Para (Alt+CTRL+G)
Permite ir para uma determinada página, seção, linha, indicador, nota de rodapé, nota de fim,
tabela, etc.
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Guia Layout de Página
Formatar Colunas
Configurar Página
A formatação de página define como ficará o documento ativo com relação ao tamanho da
folha e a posição do texto dentro dela (margens direita, esquerda, superior inferior, etc.).
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Se o documento contiver várias seções, o tipo de margem novo só será aplicada à seção atual.
Se o documento contiver várias seções e você tiver várias seções selecionadas, o tipo da nova
margem será aplicada a cada seção que você escolheu.
Observação: Para alterar as margens padrão, depois de selecionar uma nova margem
clique em Margens Personalizadas e, em seguida, clique em Avançada. Na caixa de
diálogo Configurar Página, clique no botão Configurar Como Padrão. As novas confi-
gurações padrão serão salvas no modelo no qual o documento é baseado. Cada novo
documento baseado nesse modelo automaticamente usará as novas configurações de
margem.
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Guia Inserir
Cabeçalhos e Rodapés
Abrir Cabeçalhos e Rodapés
Use um dos três métodos:
•• Clique duas vezes na área do cabeçalho e rodapé do documento.
•• Clique com o botão direito na área do cabeçalho ou rodapé e clique Editar Cabeçalho.
•• Clique na guia Inserir e no grupo Cabeçalho e Rodapé, clique Cabeçalho, Rodapé ou
Número de Página e insira um estilo de uma destas galerias. Que abrem cabeçalhos e
rodapés.
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1. Na guia Inserir ou na guia Design com Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé, clique Número
de página, e clique em Formatar número de páginas.
Quebras
As quebras podem ser de página, coluna, linha ou seções. Para inserir uma quebra basta acionar
o botão de comando Quebras no Grupo Configurar Página na Guia Layout.
Ao acionarmos o botão quebras serão exibidas as opções de quebras de página como segue:
Teclas de atalho:
Quebra de página (CTRL+ENTER);
Quebra de coluna (CTRL+SHIFT+ENTER);
Quebra automática de linha (SHIFT+ENTER).
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A quebra de página também poderá ser acionada através do botão de comando Quebra de
Página localizado no Grupo Páginas na Guia Inserir.
As Quebras de Seções
É possível usar quebras de seção para alterar o layout ou a formatação de uma página ou de
páginas do documento. Por exemplo, você pode definir o layout de uma página em coluna
única como duas colunas. Pode separar os capítulos no documento para que a numeração de
página de cada capítulo comece em 1. Também pode criar um cabeçalho ou rodapé diferente
para uma seção do documento.
Esse tipo de quebra de seção é especialmente útil para iniciar novos capítulos em um
documento.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Contínuo
O comando Contínuo insere uma quebra de seção e inicia a nova seção na mesma página.
Uma quebra de seção contínua é útil para criar uma alteração de formatação, como um número
diferente de colunas em uma página.
Se você quiser que os capítulos do seu documento sempre comecem em uma página par ou em
uma página ímpar, use a opção de quebra de seção Páginas pares ou Páginas ímpares.
Tabelas
Arraste para selecionar o número de linhas e colunas necessárias para a tabela que você criará.
Clique na guia Layout em Ferramentas de Tabela.
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Clique em Inserir Acima, em Linhas e Colunas, para inserir uma linha acima da célula em que
você clicou.
Se você clicar em Inserir Abaixo, Inserir à Esquerda ou Inserir à Direita, uma linha ou coluna
será inserida na posição especificada.
Se você quiser excluir uma linha ou coluna, clique em uma das células que pertencem à linha
ou coluna que deseja excluir.
Clique na guia Layout em Ferramentas de Tabela.
Clique em Excluir, em Linhas e Colunas, e clique em Excluir Linhas para excluir a linha.
Se você clicar em Excluir Células, a caixa de diálogo Excluir Células será exibida.
Clique em um método de modo a deslocar as células restantes após uma célula selecionada ser
excluída a partir da caixa de diálogo Excluir Células e clique em OK para excluir uma célula.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Guia Exibição
Guia composta pelos grupos Modos de Exibição de Documento, Mostrar, Zoom, Janela e
Macros.
Grupo Modos de Exibição de Documentos: Alterna formas como o documento pode ser
exibido:
Layout de Impressão, Leitura em Tela, Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.
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Grupo Mostrar: Ativa ou desativa a régua, linhas de grade e Painel de Navegação.
Guia Revisão
Para adicionar um indicador de controle de alterações na barra de status, clique com o botão
direito do mouse na barra de status e clique em Controlar Alterações. Clique no indicador
Controlar Alterações na barra de status para ativar ou desativar o controle de alterações.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Dica Você pode acessar esse comando rapidamente adicionando-o à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido clicando com o botão direito do mouse no botão Ortografia e Gramática e
depois clicando em Adicionar à Barra de Tarefas de Acesso Rápido no menu de atalho.
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Ignorar texto durante uma verificação de ortografia e gramática
Impressão
Nos programas do Microsoft Office 2010, agora você visualizar e imprimir arquivos do Office
em um único local: na guia Imprimir do modo de exibição do Microsoft Office Backstage.
Na guia Imprimir, as propriedades de sua impressora padrão aparecem automaticamente na
primeira seção e a visualização do seu documento aparece automaticamente na segunda seção.
Clique na guia Arquivo e em Imprimir.
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Para voltar ao seu documento e fazer alterações antes de imprimi-la, clique na guia Arquivo, se
as propriedades de sua impressora e seu documento forem exibidas conforme desejado, clique
em Imprimir.
Para alterar as propriedades da impressora, sob o nome da impressora, clique em Propriedades
da Impressora.
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Mova o ponteiro para a esquerda dos parágrafos até que ele
Vários parágrafos assuma a forma de uma seta para a direita, clique duas vezes e
arraste para cima ou para baixo.
Clique no início da seleção, role até o fim da seção, mantenha
Um bloco de texto grande
pressionada a tecla SHIFT e clique.
Mova o ponteiro para a esquerda de qualquer texto do documento
até que ele assuma a forma de uma seta para a direita e clique
Um documento inteiro
três vezes ou com a tecla CTRL pressionada clique apenas uma
vez ou cinco vezes F8.
Pressione e conserve pressionada a tecla ALT e inicie a seleção do
Um bloco vertical de texto
texto desejado.
Selecione o texto mantendo pressionada a tecla SHIFT e pressionando a tecla que move o ponto
de inserção.
Nota: A partir da versão Word XP 2002, é possível a seleção de blocos alternados de texto
utilizando o mouse em combinação com a tecla CTRL que deverá ser pressionada durante todo
o processo de seleção.
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DESTINATÁRIOS DO ART. 5º:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
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TORTURA – ART. 5º, III e LIII
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
DIREITO DE OPINIÃO
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
DIREITO DE EXPRESSÃO
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
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Direito Constitucional – Prof. André Vieira
Durante
o dia
Exceções
Regra:
Durante
Cuidado!
a noite
1
Telefônica
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XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
ASSOCIAÇÃO
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
PROPRIEDADE
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Direito Constitucional – Prof. André Vieira
Justa
Prévia
Em dinheiro
Pequena propriedade rural
PROPRIEDADE INTELECTUAL
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XXX – é garantido o direito de herança;
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do de cujus;
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado;
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal;
Tribunal
do Júri
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CRIMES
Considerações
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PENAS
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A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
EXTRADIÇÃO
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PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL – XXXVII e LIII
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela AUTORIDADE COMPETENTE;
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LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei;
LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;
PRESO
LXI – ninguém será PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
PRISÃO
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PRESO
LXIII – o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o PRESO tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
PRISÃO
MSC
HD MI
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
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CHEGOU A MINHA VEZ!!!
LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
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LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
Considerações
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Considerações
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CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Objetivos
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Órgãos federais de
segurança pública
Órgãos estaduais de
segurança pública
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III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.
§ 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.
§ 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios.
§ 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança
pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
2014)
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
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Direito Constitucional
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Art. 105. A polícia Militar, força auxiliar e reser- § 2º (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 1º
va do Exército, cabe com exclusividade a polícia da Emenda Constitucional nº 4, de 22 de ju-
ostensiva e a preservação da ordem pública; e lho de 1994).
ao Corpo de Bombeiros Militar, também força
auxiliar e reserva do Exército, cabe a execução Parágrafo único. Os Comandantes Gerais da
das atividades da defesa civil, além de outras Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Mi-
atribuições definidas em Lei. (Redação alterada litar serão nomeados em comissão pelo Go-
pelo art. 1º da Emenda Constitucional nº 4, de vernador do Estado entre os oficiais da ativa
22 de julho de 1994). do último posto de cada Corporação.
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
CONCEITO DE:
FORMA DE GOVERNO: República (FOGO) – Em ciência política, chama-se forma de governo (ou
sistema político) o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza
a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Tendo em mente a dificuldade em classificar-se
as formas de governo, estas são tradicionalmente categorizadas em: Monarquia – República –
Anarquia (Ausência de estado).
SISTEMA DE GOVERNO: Presidencialismo (SIGO)
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Em ciência política, o sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividi-
do e exercido no âmbito de um Estado. O sistema de governo varia de acordo com o grau
de separação dos poderes, indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e
executivo(presidencialismo), de que é exemplo o sistema de governo dos Estados Unidos, até a
dependência completa do governo junto ao legislativo (parlamentarismo), caso do sistema de
governo do Reino Unido.
FORMAS DE ESTADO – FEDERAÇÃO (F + E): As formas de Estado são maneira pela qual o Estado
organiza sua população, o território e estrutura o seu poder relativamente a outros de igual
espécie.
1. Formas de Estado
De acordo com a classificação doutrinária, existem três formas de Estado, quais sejam o Estado
Federal, o Estado Unitário e o Estado Confederado, o Brasil adotou a forma de Estado Fede-
rado, e por essa razão iremos aprofundar os nossos estudos nesta modalidade, obviamente
traçando um paralelo com as outras formas.
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Direito Constitucional – Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019) – Prof. Giuliano Tamagno
cidade internacional é limitada. Do ponto de vista histórico, a confederação costuma ser uma
fase de um processo que leva à federação, como nos casos dos Estados Unidos e da Suíça.
1.3.1 Origem
O Federalismo tem origem na revolução e independência dos Estados Unidos. Os líderes colo-
niais norte americanos deram início a confronto armado contra a Inglaterra em 1776 porque
estavam descontentes com as políticas adotadas pelo Parlamento Inglês entre as décadas de
1760 e 1770 e também porque não admitiam mais que o Parlamento Inglês possuísse autorida-
de para determinar e executar às suas colônias tudo que desejasse.
Para recusar o poder exercido pela Inglaterra sobre as colônias norte americanas, os colonos
passaram a questionar a origem da soberania. Na concepção dos Ingleses a soberania perten-
cia ao Estado Inglês e as únicas limitações a ela seriam determinadas por critérios do próprio
soberano. Em contrapartida, os colonos defendiam que a soberania possui origem na popula-
ção e seria exercida pelo Estado nos limites do poder que lhe foi delegado.
A partir desse embate, foi declarada a independência das Colônias Americanas em 1776, elas
passaram a enfrentar o desafio de elaborar um novo regime constitucional para dar lugar ao
espaço antes preenchido pela Lei Britânica.
Em 1777 foi estabelecido o pacto confederativo, que criava um Estado Confederado, uma uni-
dade frágil entre os Estados autônomos norte americanos para fazer frente à Europa.
Em 1787 enfraquecidos pela forma de estado adotada, pois a liberdade trazia sérias consequ-
ências, doze delegados dos Estados Norte Americanos se reuniram na Convenção de Filadélfia
para repensar o arranjo confederativo.
Percebam o tamanho do problema!! Haviam 13 estados independentes, autônomos e livres,
que em tese, pelo pacto confederativo, precisam se unir para fazer frente a Europa. Ocorre
que na hora de enviar soldados, mantimentos, verbas, etc, para a Confederação, os estados
simplesmente não mandavam, sob o argumento de que eram livres e independentes, não pre-
cisavam mandar se não quisessem, ou seja, a confederação tinha fracassado pela ausência de
poder centralizador capaz de manter uma unidade entre os Estados.
Assim, desta reunião na Filadélfia, com duas formas de estado fracassadas na mão, os doze de-
legados, abriram mão de suas liberdades, e deram origem ao primeiro Estado Federado (deten-
tor de soberania e composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo
próprio).
Ou seja, a Constituição Federativa Americana nasceu de estado que eram livres, e se tornaram
únicos – movimento que pode cair na tua prova com a denominação “Centrípeta” ou seja, de
fora para dentro. No Brasil, tínhamos um Estado Unitário e esse bloco se difundiu e criou esta-
dos autônomos, ou seja, foi o contrário dos EUA, por isso a nomenclatura é “centrífuga”.
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1.3.2 Características comuns a toda Federação
Descentralização Política: Na Constituição Federal existem núcleos de poderes políticos, refe-
rendando autonomia para os seus entes.
Constituição Rígida como base Jurídica: visa garantir a distribuição de competências entre os
entes autônomos surgindo uma estabilidade institucional.
Inexistência do Direito de Secessão: não é autorizado o direito de retirada. Uma vez que o ente
adere ao pacto federativo, não pode mais sair, sob pena de INTERVENÇÃO. Esta característica
dá luz ao princípio da indissolubilidade do vínculo federativo – lembrando que a forma federa-
tiva é um dos limites materiais ao poder de emenda.
Soberania do Estado Federal: ao ingressar na Federação os estados perdem a Soberania, pas-
sando a ser autônomos. A soberania é uma característica do todo, do país, do Estado Federal
– República Federativa do Brasil.
Auto-organização dos Estados membros: através de suas constituições estaduais (art. 25 CF/88
Órgão representativo dos Estados membros: A representação dá-se através do Senado Federal
– Art. 46 CF.
Guardião da Constituição: Toda federação tem um protetor/tradutor da Constituição, no Brasil
é o Supremo Tribunal Federal.
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Direito Constitucional
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VII – emitir moeda; XIV – organizar e manter a polícia civil, a po-
lícia militar e o corpo de bombeiros militar
VIII – administrar as reservas cambiais do do Distrito Federal, bem como prestar assis-
País e fiscalizar as operações de natureza fi- tência financeira ao Distrito Federal para a
nanceira, especialmente as de crédito, câm- execução de serviços públicos, por meio de
bio e capitalização, bem como as de seguros fundo próprio;
e de previdência privada;
XV – organizar e manter os serviços oficiais
IX – elaborar e executar planos nacionais e de estatística, geografia, geologia e carto-
regionais de ordenação do território e de grafia de âmbito nacional;
desenvolvimento econômico e social;
XVI – exercer a classificação, para efeito in-
X – manter o serviço postal e o correio aé- dicativo, de diversões públicas e de progra-
reo nacional; mas de rádio e televisão;
XI – explorar, diretamente ou mediante au- XVII – conceder anistia;
torização, concessão ou permissão, os servi-
ços de telecomunicações, nos termos da lei, XVIII – planejar e promover a defesa perma-
que disporá sobre a organização dos servi- nente contra as calamidades públicas, espe-
ços, a criação de um órgão regulador e ou- cialmente as secas e as inundações;
tros aspectos institucionais;
XIX – instituir sistema nacional de gerencia-
XII – explorar, diretamente ou mediante au- mento de recursos hídricos e definir crité-
torização, concessão ou permissão: rios de outorga de direitos de seu uso;
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de XX – instituir diretrizes para o desenvolvi-
sons e imagens; mento urbano, inclusive habitação, sanea-
mento básico e transportes urbanos;
b) os serviços e instalações de energia elé-
trica e o aproveitamento energético dos XXI – estabelecer princípios e diretrizes para
cursos de água, em articulação com os Es- o sistema nacional de viação;
tados onde se situam os potenciais hidroe-
nergéticos; XXII – executar os serviços de polícia maríti-
ma, aeroportuária e de fronteiras;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-
-estrutura aeroportuária; XXIII – explorar os serviços e instalações
nucleares de qualquer natureza e exercer
d) os serviços de transporte ferroviário e monopólio estatal sobre a pesquisa, a la-
aquaviário entre portos brasileiros e fron- vra, o enriquecimento e reprocessamento,
teiras nacionais, ou que transponham os li- a industrialização e o comércio de minérios
mites de Estado ou Território; nucleares e seus derivados, atendidos os se-
guintes princípios e condições:
e) os serviços de transporte rodoviário inte-
restadual e internacional de passageiros; a) toda atividade nuclear em território na-
cional somente será admitida para fins pa-
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; cíficos e mediante aprovação do Congresso
XIII – organizar e manter o Poder Judiciá- Nacional;
rio, o Ministério Público do Distrito Federal b) sob regime de permissão, são autoriza-
e dos Territórios e a Defensoria Pública dos das a comercialização e a utilização de ra-
Territórios; dioisótopos para a pesquisa e usos médicos,
agrícolas e industriais;
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Direito Constitucional – Da União (Art. 020 a 024) – Prof. Giuliano Tamagno
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Parágrafo único. Lei complementar poderá União e os Estados, o Distrito Federal e os
autorizar os Estados a legislar sobre ques- Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
tões específicas das matérias relacionadas desenvolvimento e do bem-estar em âmbi-
neste artigo. to nacional.
Art. 23. É competência comum da União, dos Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Dis-
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: trito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – zelar pela guarda da Constituição, das I – direito tributário, financeiro, penitenciá-
leis e das instituições democráticas e con- rio, econômico e urbanístico;
servar o patrimônio público;
II – orçamento;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da
proteção e garantia das pessoas portadoras III – juntas comerciais;
de deficiência; IV – custas dos serviços forenses;
III – proteger os documentos, as obras e ou- V – produção e consumo;
tros bens de valor histórico, artístico e cul-
tural, os monumentos, as paisagens natu- VI – florestas, caça, pesca, fauna, conserva-
rais notáveis e os sítios arqueológicos; ção da natureza, defesa do solo e dos recur-
sos naturais, proteção do meio ambiente e
IV – impedir a evasão, a destruição e a des- controle da poluição;
caracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico ou cultural; VII – proteção ao patrimônio histórico, cul-
tural, artístico, turístico e paisagístico;
V – proporcionar os meios de acesso à cul-
tura, à educação e à ciência; VIII – responsabilidade por dano ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
VI – proteger o meio ambiente e combater de valor artístico, estético, histórico, turísti-
a poluição em qualquer de suas formas; co e paisagístico;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora; IX – educação, cultura, ensino e desporto;
VIII – fomentar a produção agropecuária e X – criação, funcionamento e processo do
organizar o abastecimento alimentar; juizado de pequenas causas;
IX – promover programas de construção de XI – procedimentos em matéria processual;
moradias e a melhoria das condições habi-
tacionais e de saneamento básico; XII – previdência social, proteção e defesa
da saúde;
X – combater as causas da pobreza e os fa-
tores de marginalização, promovendo a in- XIII – assistência jurídica e Defensoria públi-
tegração social dos setores desfavorecidos; ca;
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Direito Constitucional – Da União (Art. 020 a 024) – Prof. Giuliano Tamagno
UNIÃO
União é o ente que se relaciona INTERNAMENTE, é uma pessoa jurídica de direito público inter-
no (CC art. 41,I), formada pela reunião das partes componentes.
Iniciamos o nosso estudo da União apresentando os bens da União, que estão indicados no Art.
20 da CF, onde, dentre outros, estão incluídos os recursos minerais, inclusive os do subsolo, e os
potenciais de energia hidráulica (art. 20, VIII a X CF), que, após inúmeras demandas, decidiu-se
que é assegurada a participação dos Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da Adminis-
tração Direta da União, no produto desta exploração ou compensação financeira.
COMPETÊNCIAS
Diante da autonomia das entidades federativas, a Constituição repartiu, entre elas, as variadas
competências, isso é, modalidades de poder em que os órgãos das entidades federativas po-
dem realizar suas funções.
Cabem à União as matérias de interesse geral ou nacional, aos estados os assuntos de interesse
regional e aos municípios os de interesse local.
A CF enumera os poderes da União (art. 21 e 22), dos estados (Art. 25 §1º) e dos Municípios
(art. 30) combinando possibilidades de delegação.
A competência material pode ser exclusiva (art. 21) e comum (art. 23) a competência legislativa
pode ser privativa (art.22) e concorrente (art. 24).
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Direito Constitucional
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Consti-
tuição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglome-
rações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, nes-
te caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas
sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação
do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos
quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras
desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legisla-
tiva, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para
os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I.
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
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Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outu-
bro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecesso-
res, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o
disposto no art. 77.
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no art. 38, I, IV e V.
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados
por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
DOS ESTADOS
Os Estados Federados tem autonomia político-administrativa, frente aos demais entes fede-
rativos, regendo-se por suas próprias Constituições, ressalvando-se o que estiver vedado na
Constituição Federal, por exemplo Art. 18 §2º, 152. Os Estados não podem se contrapor àquilo
reservado à competência de outro ente, sob pena de intervenção.
Os Estados Membros, nos termos do Art. 25 organizam-se e regem-se por sua própria constitui-
ção, observados os princípios da Constituição Federal.
Sobre os bens do Estado, dispõe o Art. 26 quais pertencem aos Estados, e por óbvio são aque-
les que não pertencem a União.
O Art. 27 da CF, dispõe sobre o Poder Legislativo Estadual – Assembleia Legislativa
O Art. 28 da CF, dispões sobre o Poder Executivo Estadual – Governador, vice-governador, se-
cretários de Estado.
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Direito Constitucional
DOS MUNICÍPIOS
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municí-
votada em dois turnos, com o interstício míni- pios de mais de 80.000 (oitenta mil) habi-
mo de dez dias, e aprovada por dois terços dos tantes e de até 120.000 (cento e vinte mil)
membros da Câmara Municipal, que a promul- habitantes;
gará, atendidos os princípios estabelecidos nes-
ta Constituição, na Constituição do respectivo f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municí-
Estado e os seguintes preceitos: pios de mais de 120.000 (cento e vinte mil)
habitantes e de até 160.000 (cento sessenta
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e mil) habitantes;
dos Vereadores, para mandato de quatro
anos, mediante pleito direto e simultâneo g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municí-
realizado em todo o País; pios de mais de 160.000 (cento e sessenta
mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito mil) habitantes;
realizada no primeiro domingo de outubro
do ano anterior ao término do mandato dos h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Muni-
que devam suceder, aplicadas as regras do cípios de mais de 300.000 (trezentos mil)
art. 77, no caso de Municípios com mais de habitantes e de até 450.000 (quatrocentos
duzentos mil eleitores; e cinquenta mil) habitantes;
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quenta mil) habitantes e de até 1.200.000 w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos
(um milhão e duzentos mil) habitantes; Municípios de mais de 7.000.000 (sete mi-
lhões) de habitantes e de até 8.000.000
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu- (oito milhões) de habitantes; e
nicípios de mais de 1.200.000 (um milhão e
duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) ha- Municípios de mais de 8.000.000 (oito mi-
bitantes; lhões) de habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Muni- V – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito
cípios de 1.350.000 (um milhão e trezen- e dos Secretários Municipais fixados por lei
tos e cinquenta mil) habitantes e de até de iniciativa da Câmara Municipal, observa-
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) ha- do o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
bitantes; 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu- VI – o subsídio dos Vereadores será fixado
nicípios de mais de 1.500.000 (um mi- pelas respectivas Câmaras Municipais em
lhão e quinhentos mil) habitantes e de até cada legislatura para a subsequente, ob-
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) ha- servado o que dispõe esta Constituição, ob-
bitantes; servados os critérios estabelecidos na res-
pectiva Lei Orgânica e os seguintes limites
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos máximos:
Municípios de mais de 1.800.000 (um mi-
lhão e oitocentos mil) habitantes e de até a) em Municípios de até dez mil habitantes,
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) o subsídio máximo dos Vereadores corres-
habitantes; ponderá a vinte por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 2.400.000 (dois milhões b) em Municípios de dez mil e um a cin-
e quatrocentos mil) habitantes e de até quenta mil habitantes, o subsídio máximo
3.000.000 (três milhões) de habitantes; dos Vereadores corresponderá a trinta por
cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos
Municípios de mais de 3.000.000 (três mi- c) em Municípios de cinquenta mil e um a
lhões) de habitantes e de até 4.000.000 cem mil habitantes, o subsídio máximo dos
(quatro milhões) de habitantes; Vereadores corresponderá a quarenta por
cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos
Municípios de mais de 4.000.000 (quatro d) em Municípios de cem mil e um a trezen-
milhões) de habitantes e de até 5.000.000 tos mil habitantes, o subsídio máximo dos
(cinco milhões) de habitantes; Vereadores corresponderá a cinquenta por
cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco e) em Municípios de trezentos mil e um a
milhões) de habitantes e de até 6.000.000 quinhentos mil habitantes, o subsídio má-
(seis milhões) de habitantes; ximo dos Vereadores corresponderá a ses-
senta por cento do subsídio dos Deputados
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Mu- Estaduais;
nicípios de mais de 6.000.000 (seis milhões)
de habitantes e de até 7.000.000 (sete mi- f) em Municípios de mais de quinhentos mil
lhões) de habitantes; habitantes, o subsídio máximo dos Verea-
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Direito Constitucional – Dos Municípios – Prof. Giuliano Tamagno
dores corresponderá a setenta e cinco por III – 5% (cinco por cento) para Municípios
cento do subsídio dos Deputados Estaduais; com população entre 300.001 (trezentos
mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habi-
VII – o total da despesa com a remuneração tantes;
dos Vereadores não poderá ultrapassar o
montante de cinco por cento da receita do IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos
Município; por cento) para Municípios com popula-
ção entre 500.001 (quinhentos mil e um) e
VIII – inviolabilidade dos Vereadores por 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
suas opiniões, palavras e votos no exercício
do mandato e na circunscrição do Municí- V – 4% (quatro por cento) para Municípios
pio; com população entre 3.000.001 (três mi-
lhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de
IX – atibilidades, no exercício da vereança, habitantes;
similares, no que couber, ao disposto nesta
Constituição para os membros do Congres- VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por
so Nacional e na Constituição do respectivo cento) para Municípios com população aci-
Estado para os membros da Assembléia Le- ma de 8.000.001 (oito milhões e um) habi-
gislativa; tantes.
X – julgamento do Prefeito perante o Tribu- § 1º A Câmara Municipal não gastará mais
nal de Justiça; de setenta por cento de sua receita com fo-
lha de pagamento, incluído o gasto com o
XI – organização das funções legislativas e subsídio de seus Vereadores.
fiscalizadoras da Câmara Municipal;
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do
XII – cooperação das associações represen- Prefeito Municipal:
tativas no planejamento municipal;
I – efetuar repasse que supere os limites de-
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de finidos neste artigo;
interesse específico do Município, da cidade
ou de bairros, através de manifestação de, II – não enviar o repasse até o dia vinte de
pelo menos, cinco por cento do eleitorado; cada mês; ou
XIV – perda do mandato do Prefeito, nos III – enviá-lo a menor em relação à propor-
termos do art. 28, parágrafo único. ção fixada na Lei Orçamentária.
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legisla- § 3º Constitui crime de responsabilidade do
tivo Municipal, incluídos os subsídios dos Vere- Presidente da Câmara Municipal o desres-
adores e excluídos os gastos com inativos, não peito ao § 1º deste artigo.
poderá ultrapassar os seguintes percentuais,
relativos ao somatório da receita tributária e Art. 30. Compete aos Municípios:
das transferências previstas no § 5º do art. 153 I – legislar sobre assuntos de interesse local;
e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no
exercício anterior: II – suplementar a legislação federal e a es-
tadual no que couber;
I – 7% (sete por cento) para Municípios com
população de até 100.000 (cem mil) habi- III – instituir e arrecadar os tributos de sua
tantes; competência, bem como aplicar suas ren-
das, sem prejuízo da obrigatoriedade de
II – 6% (seis por cento) para Municípios prestar contas e publicar balancetes nos
com população entre 100.000 (cem mil) e prazos fixados em lei;
300.000 (trezentos mil) habitantes;
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IV – criar, organizar e suprimir distritos, ob- § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conse-
servada a legislação estadual; lhos ou órgãos de Contas Municipais.
V – organizar e prestar, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, os ser-
viços públicos de interesse local, incluído o
de transporte coletivo, que tem caráter es-
sencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e fi-
nanceira da União e do Estado, programas
de educação infantil e de ensino fundamen-
tal;
VII – prestar, com a cooperação técnica e fi-
nanceira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado
ordenamento territorial, mediante planeja-
mento e controle do uso, do parcelamento
e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio
histórico-cultural local, observada a legisla-
ção e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Art. 31. A fiscalização do Município será exerci-
da pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo Municipal, na forma
da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Muni-
cipal será exercido com o auxílio dos Tribu-
nais de Contas dos Estados ou do Município
ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão
competente sobre as contas que o Prefei-
to deve anualmente prestar, só deixará de
prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, du-
rante sessenta dias, anualmente, à disposi-
ção de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.
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Direito Constitucional – Dos Municípios – Prof. Giuliano Tamagno
MUNICÍPIOS
Competência Municipal:
O Art. 30 dispões sobre competência (material e legislativa) municipal, que também deve ob-
servar o art. 23.
“ A constituição do Brasil estabelece, no que tange a repartição de competências entre entes
federados, que os assuntos de interesse local competem aos Municípios. Competência residual
dos Estados-membros – matérias que não lhes foram vedadas pela Constituição, nem estive-
rem contidas entre as competências da União ou dos Municípios” (STF Adin 845).
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Direito Constitucional
DO DISTRITO FEDERAL
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada
em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislati-
va, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos De-
putados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de
igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e
militar e do corpo de bombeiros militar.
DOS TERRITÓRIOS
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o
disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer
prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado
na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, mem-
bros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a
Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
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DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
Conceituada como uma unidade federativa atípica, o DF é a sede do governo federal. Possui
autonomia idêntica aos outros entes federados. É organizado por Lei Orgânica.
O Distrito Federal tem Tribuna de Justiça, muito embora a ausência de previsão expressa no
Art. 125 CF.
Melhor entendimento sobre DF e Territórios, ver lei 11.697/2008 que dispõe sobre Organiza-
ção Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios.
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DISPOSIÇÕES GERAIS).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica
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Organização do Estado: Disposições Gerais – Direito Constitucional – Prof. Cristiano de Souza
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XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais
ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores
de carreiras específicas, terão recursos prioritários
para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros
e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
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Organização do Estado: Disposições Gerais – Direito Constitucional – Prof. Cristiano de Souza
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Direito Constitucional
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DOS SERVIDORES PÚBLICOS)
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
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XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
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Organização do Estado: Dos Servidores Públicos – Direito Constitucional – Prof. Cristiano de Souza
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§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.
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Organização do Estado: Dos Servidores Públicos – Direito Constitucional – Prof. Cristiano de Souza
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§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria
voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar
as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime
em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição,
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.
Art. 41. São estáveis após 03 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
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Dica: Caso Especial – Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para
a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos
os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios que não observarem os referidos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante
o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo,
o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada
um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do
disposto no § 4º.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para designar, em sentido am-
plo, os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração
Pública.
A expressão Administração Pública, em sentido estrito, compreende, sob o aspecto subjetivo,
apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a função administrativa,
excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função política.
No tocante a expressão administração pública, segundo Maria Sylvia Di Pietro, podemos classi-
ficar a expressão em dois sentidos, vejamos:
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
A administração pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime ju-
rídico de direito público. Portanto, o “Regime Jurídico da Administração Pública” será público
ou privado.
A definição de regime jurídico é delineada pelo próprio texto constitucional ou pelas leis in-
fraconstitucionais, mas jamais poderá definir o regime jurídico por ato uniliteral tipicamente
administrativo (ex.: portarias, decretos, regulamentos, instruções normativas), pois tal conduta
ofenderia o princípio da legalidade.
Quando atua no regime de direito privado ficará equiparada para todos os efeitos de obriga-
ções, encargos e privilégios conferidos ao setor privado, sem nenhuma prerrogativa de superio-
ridade.
Por outro lado, quando atua no regime de direito público a administração gozará privilégios
(ex.: prescrição quinquenal, processo especial de execução, impenhorabilidade dos bens públi-
cos), mas também sofrerá restrições (Ex.: limitação e definição de competências, obediências
aos princípios da finalidade, forma, motivo, publicidade).
De forma mais restrita, a expressão “Regime Jurídico Administrativo” traduz a atuação da ad-
ministração numa posição de privilégio, portanto, de direito público. Obviamente, nesse regi-
me teremos o gozo de privilégios assim como a imposição de restrições.
O binômio de prerrogativas e restrições da administração pública geralmente é expresso em
princípios que norteiam a atuação da administração quando atua no regime público.
Do privilégio surge o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular no in-
tuito da necessidade de satisfação dos interesses coletivos buscando o bem estar social (ex.:
poder de polícia quando limita o exercício de direito individuais).
De outra banda, da restrição surge o princípio da legalidade, vez que o administrador só pode
agir no estrito parâmetro da lei, representando a limitação do agente público na proteção aos
direitos individuais representado pelo princípio da indisponibilidade do interesse público.
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Direito Administrativo
PODER VINCULADO
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo
e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
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Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada
a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
PODER DISCRICIONÁRIO
Lei 8.112/90 – Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
[...]
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia
de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
serviço.
DO PODER HIERÁRQUICO
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Direito Constitucional – Poderes Hierárquico - Vinculado e Discricionário – Prof. Cristiano de Souza
O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades
administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. Pela hierarquia é imposta ao
subalterno a estrita obediência das ordens e instruções legais superiores, além de se definir a
responsabilidade de cada um.
Naturalmente, do poder hierárquico decorrem certas faculdades implícitas ao superior, tais
como editar atos normativos (resoluções, portarias, instruções) dar ordens aos subordinados
e controlar e fiscalizar o seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e rever atos dos
inferiores anulando ou revogando, aplicar sanções em caso de infrações disciplinares.
A subordinação é decorrente do poder hierárquico e admite todos os meios de controle do
superior sobre o inferior. Não confundir com a vinculação, pois é resultante do poder de
supervisão ministerial sobre a entidade vinculada ( e não subordinada. Ex: administração
indireta) e é exercida nos limites que a lei estabelece, sem retirar a autonomia do ente
supervisionado.
Por fim, cabe salientar que a delegação de atribuições de um órgão público para outra pessoa
jurídica configura exemplo de descentralização administrativa, criando-se uma vinculação da
pessoa jurídica criada com a pasta ministerial responsável pelo assunto (relação horizontal). De
forma diferente acontece quando criamos outro órgão dentro da mesma estrutura, nesse caso
ocorrerá uma desconcentração derivada do poder de delegar, pois está delegando parte de sua
competência, nesse caso, há uma relação vertical de hierarquia entre superior e subordinado.
No âmbito federal, há permissão de delegação de forma expressa na Lei nº 9.784/99:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos
órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Contudo, nem todas as atribuições são passíveis de delegação para outro órgão ou entidade,
pois como regra a competência é indelegável, salvo nos casos permitidos por lei. No âmbito
federal, há vedação expressa na Lei nº 9.784/99 vedando a delegação de determinadas
matérias, vejamos:
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
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I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
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Direito Administrativo
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Art. 23. É competência comum da União, dos Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
III – proteger os documentos, as
obras e outros bens de valor histórico, VI – florestas, caça, pesca, fauna,
artístico e cultural, os monumentos, as conservação da natureza, defesa do solo
paisagens naturais notáveis e os sítios e dos recursos naturais, proteção do
arqueológicos; meio ambiente e controle da poluição;
IV – impedir a evasão, a destruição e a VII – proteção ao patrimônio histórico,
descaracterização de obras de arte e de cultural, artístico, turístico e paisagístico;
outros bens de valor histórico, artístico
ou cultural; VIII – responsabilidade por dano ao
meio ambiente, ao consumidor, a bens
VI – proteger o meio ambiente e e direitos de valor artístico, estético,
combater a poluição em qualquer de histórico, turístico e paisagístico;
suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a
flora;
Por desenvolverem atividades públicas de Estado por delegação, que incluem o exercício do
poder de polícia e a tributação, os conselhos de fiscalização profissional, à exceção da Ordem
dos Advogados do Brasil, integram a administração indireta, possuindo personalidade jurídica
de direito público.
Conclusão1: Um dos meios pelo quais a administração exerce seu poder de polícia é a
edição de atos normativos de caráter geral e abstrato.
Conclusão2: Um dos meios de atuação do poder de polícia de que se utiliza o Estado
é a edição de atos normativos mediante os quais se cria limitações administrativas ao
exercício dos direitos e das atividades individuais.
O conceito legal do poder de polícia está contido nos artigos 77 e 78 do CTN, vejamos:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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Direito Constitucional – Poder de Polícia – Prof. Cristiano de Souza
Para a Professora Maria Sylvia Zanella DI PIETRO, citando Celso Antônio Bandeira de Mello, o
poder de polícia abrange dois conceitos:
a) Em sentido amplo: corresponde a atividade estatal de condicionar a liberdade e a
propriedade ajustando-as aos interesses coletivos; abrange atos do poder legislativo
quando edita as leis em abstrato e do poder executivo quando edita os regulamentos em
geral. Mesmo em sentido amplo, o conceito de poder de polícia não abrange atos típicos
do Poder Judiciário. Conforme Di Pietro “O poder de polícia reparte-se entre Legislativo e
Executivo.”
b) Em sentido estrito: abrange apenas os atos do poder executivo, a exemplo das intervenções
como regulamentos, autorizações e licenças.
Perceba a sutileza dessa frase: O poder de polícia, em sua dupla acepção, restringe-se
a atos do Poder Executivo. (ERRADO), pois em sentido estrito abrange só o executivo!!!
O Estado pode agir em duas áreas de atuação estatal. São as áreas administrativa e judiciária.
a) Polícia administrativa.
A polícia administrativa tem um caráter preponderantemente preventivo. Seu objetivo será
não permitir as ações anti-sociais. A polícia administrativa protege os interesses maiores
da sociedade ao impedir, por exemplo, comportamentos individuais que possam causar
prejuízos maiores à coletividade. A polícia administrativa é dividida entre diferentes órgãos da
Administração Pública. São incluídos aqui a polícia militar (políciamento ostensivo) e os vários
órgãos de fiscalização como os das áreas da saúde, educação, trabalho, previdência e assistência
social. Assim, o poder de polícia é exercido por meio de uma atividade denominada polícia
administrativa, enquanto que a polícia judiciária é a função de prevenção e repressão de
crimes e contravenções. Um mesmo órgão pode exercer atividades de polícia administrativa
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e judiciária. A Polícia Federal, por exemplo, age como polícia administrativa quando emite
passaportes e polícia judiciária quando realizada inquérito polícial.
b) Polícia judiciária.
A polícia judiciária é de caráter repressivo. Sua razão de ser é a punição dos infratores da lei
penal. Assim, a polícia judiciária se rege pelo Direito Processual Penal. A polícia judiciária é
exercida pelas corporações especializadas (polícia civil e polícia federal).
Não existe uma unanimidade quanto a classificação dos atributos por parte da doutrina,
Contudo, vamos elencar o que é pacífico pelas bancas examinadoras sobre esse ponto.
ATRIBUTO DA DISCRICIONARIEDADE: a Administração Pública tem a liberdade de estabelecer,
de acordo com sua conveniência e oportunidade, quais serão as limitações impostas ao
exercício dos direitos individuais e as sanções aplicáveis nesses casos. Também tem a liberdade
de fixar as condições para o exercício de determinado direito. Porém, a partir do momento em
que foram fixadas essas condições, limites e sanções, a Administração obriga-se a cumpri-las,
sendo seus atos vinculados. Por exemplo: é discricionária a fixação do limite de velocidade nas
vias públicas, mas é vinculada a imposição de sanções àqueles que descumprirem os limites
fixados.
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Direito Constitucional – Poder de Polícia – Prof. Cristiano de Souza
José dos Santos Carvalho Filho entende que inexiste qualquer vedação constitucional para que
pessoas administrativas de direito privado possam exercer o poder de polícia na modalidade
fiscalizatória. Mas para isso será necessário o preenchimento de três condições: a) a entidade
deve integrar a estrutura da administração indireta; b) competência delegada conferida por lei;
c) somente atos de natureza fiscalizatória;
Essa linha de raciocínio foi aceita pelo STJ e pelo STF, nos julgados abaixo:
DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APLICAÇÃO DE MULTA DE TRÂNSITO POR
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PODER DE POLÍCIA. DELEGAÇÃO DOS ATOS DE FISCALIZAÇÃO
E SANÇÃO A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO.
(STF, ARE 662.186/MG, Plenário, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22/03/2012, DJe-180 12/09/2012, publicado em
13/09/2012)
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para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a
Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção).
MEIOS DE ATUAÇÃO
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Direito Constitucional – Poder de Polícia – Prof. Cristiano de Souza
Judiciário, a cobrança forçada dessa multa, caso não paga pelo particular, só poderá ser
efetuada por meio de uma ação judicial de execução.
3. No que diz respeito ao poder de polícia, entende o STJ que, na hipótese de determinado
veículo ser retido apenas por transporte irregular de passageiro, a sua liberação não está
condicionada ao pagamento de multas e despesas.
10. A polícia administrativa pode ser exercida por diversos órgãos da administração pública,
como aqueles encarregados da saúde, educação, trabalho e previdência social.
11. A limitação administrativa, mesmo que advinda de normas gerais e abstratas, decorre do
poder de polícia propriamente dito.
12. De acordo com recente entendimento do STJ, devem ser consideradas as quatro atividades
relativas ao poder de polícia: legislação, consentimento, fiscalização e sanção. Assim,
legislação e sanção constituem atividades típicas da Administração Pública e, portanto,
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indelegáveis. Consentimento e fiscalização, por outro lado, não realizam poder coercitivo e,
por isso podem ser delegados. (STJ, REsp 817534 / MG)
13. A imposição coercitiva de deveres não pode ser exercida por terceiros que não sejam
agentes públicos.
14. Como o poder de polícia da administração se funda no poder de império do Estado, o seu
exercício não é passível de delegação a particulares, regra que, todavia, não se estende às
denominadas atividades de apoio, para as quais é admitida a delegação.
15. No Código Tributário Nacional, é apresentada a definição legal de poder de polícia, cujo
exercício constitui um dos fatos geradores da taxa.
16. Tanto a polícia administrativa quanto a polícia judiciária, embora tratem de atividades
diversas, enquadram-se no âmbito da função administrativa do Estado, uma vez que
representam atividades de gestão de interesse público.
17. As licenças são atos vinculados por meio dos quais a administração pública, no exercício
do poder de polícia, confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa
atividade que só pode ser exercida de forma legítima mediante tal consentimento.
18. A licença é um meio de atuação do poder de polícia da administração pública e não pode
ser negada se o requerente satisfizer os requisitos legais para a sua obtenção.
20. Os atos de polícia administrativa estão sujeitos à apreciação do Poder Judiciário, no que se
refere à legalidade de sua edição e execução.
21. Para que a administração pública execute a demolição de uma construção irregular, não é
necessária autorização judicial prévia, quando se trata de medida urgente.
22. A polícia administrativa se expressa ora por atos vinculados, ora por atos discricionários.
23. O objeto do poder de polícia administrativa é todo bem, direito ou atividade individual que
possa afetar a coletividade ou pôr em risco a segurança nacional.
24. O poder de polícia da administração pública visa solucionar a tensão entre liberdade
individual e defesa do interesse público.
25. No exercício do poder de polícia, pode a administração atuar tanto mediante a edição de
atos normativos, de conteúdo abstrato, genérico e impessoal, quanto por intermédio de
atos concretos, preordenados a determinados indivíduos.
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Direito Constitucional – Poder de Polícia – Prof. Cristiano de Souza
26. Um agente de trânsito, ao realizar fiscalização em uma rua, verificou que determinado
indivíduo estaria conduzindo um veículo em mau estado de conservação, comprometendo,
assim, a segurança do trânsito e, consequentemente, a da população. Diante dessa situação,
o agente de trânsito resolveu reter o veículo e multar o proprietário. Considerando essa
situação hipotética, o poder da administração correspondente aos atos praticados pelo
agente, e os atributos verificados nos atos administrativos que caracterizam a retenção do
veículo e a aplicação de multa são chamados de poder de polícia, autoexecutoriedade e
exigibilidade.
27. Uma forma de manifestação do poder de polícia ocorre quando a administração pública
baixa ato normativo, disciplinando o uso de fogos de artifício.
28. Como atributo do poder de polícia, há a discricionariedade que, porém, esbarra nas
limitações impostas pela norma.
29. As sanções impostas pela administração a servidores públicos ou a pessoas que se sujeitem
à disciplina interna da administração derivam do poder disciplinar. Diversamente, as
sanções aplicadas a pessoas que não se sujeitem à disciplina interna da administração
decorrem do poder de polícia.
31. Na comparação entre a polícia administrativa e a polícia judiciária, tem-se que a natureza
preventiva e repressiva se aplica igualmente às duas.
32. São características do poder de polícia, entre outras, a natureza restritiva da atividade e a
sua capacidade de limitar a liberdade e a propriedade, que são valores jurídicos distintos.
33. Consoante a doutrina majoritária, a atribuição do poder de polícia não pode ser delegada
a particulares, sendo esse poder exclusivo do Estado e expressão do próprio ius imperii, ou
seja, do poder de império, que é próprio e privativo do poder público.
34. A polícia administrativa atua sobre bens, direitos ou atividades, enquanto a polícia judiciária
atua sobre pessoas.
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38. O atributo da exigibilidade, presente no exercício do poder de polícia, ocorre quando a
administração pública se vale de meios indiretos de coação para que o particular exerça
seu direito individual em benefício do interesse público, tal como a não concessão de
licenciamento do veículo enquanto não forem pagas as multas de trânsito.
40. Não é obrigatória a obtenção prévia de autorização judicial para a demolição de edificação
irregular.
41. O exercício do poder de polícia não pode ser delegado a entidade privada.
43. A fiscalização realizada em locais proibidos para menores retrata o exercício de polícia
administrativa.
44. Ainda que não lhe seja permitido delegar o poder de polícia a particulares, em determinadas
situações, faculta-se ao Estado a possibilidade de, mediante contrato celebrado, atribuir a
pessoas da iniciativa privada o exercício do poder de polícia fiscalizatório para constatação
de infrações administrativas estipuladas pelo próprio Estado.
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Direito Administrativo
Elementos ou Requisitos
Os elementos estão elencados na Lei nº 4.717/1965 (Lei de ação popular), senão vejamos:
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as
seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais
do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em
que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada
ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
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Conceitos Doutrinários:
a) Sujeito competente – Aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. É
vinculado. Admite convalidação somente em alguns casos (ex.: ato praticado por autoridade
incompetente). Contudo, no caso de excesso de poder o ato será nulo, não passível de
convalidação. Por fim, cabe salientar que admite delegação e avocação, salvo nos casos
elencados no art. 13 da lei nº 9.784/1999.
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Atos Administrativos – Direito Administrativo – Prof. Cristiano do Souza
se tratar de medida urgente. (ex: guinchar um carro em local proibido; dispersão de passeata
ilegal; interdição de estabelecimento)
d) Exigibilidade: é a capacidade de aplicar punição aos particulares por violação de normas.
Não está presente em todos os atos a exemplo dos atos enunciativos. (Ex.: multa de trânsito)
e) Tipicidade: é a característica pela qual o ato administrativo deve corresponder a figuras
definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Está presente
nos atos unilaterais. Não está presente nos contratos, pois são bilaterais.
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Espécies:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.
Portanto, a Administração Pública pode Anular ou Revogar seus atos administrativos; Sendo
assim, no exercício do poder de autotutela poderá rever seus próprios atos.
Por outro lado, o Poder Judiciário não pode revogar atos da administração pública, pois tem
competência apenas para a análise de legalidade e não de conveniência ou oportunidade.
Cabe lembrar que o enquanto não for revogado o ato administrativo, será ele considerado
legítimo e eficaz.
Obs. 1: efeitos decorrentes:
a) Da anulação: EX TUNC; (retroage a data de início dos efeitos do ato)
b) Da revogação: EX NUNC; (produz efeitos só para o futuro)
c) Da convalidação: EX TUNC (pois convalida os atos viciados)
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Atos Administrativos – Direito Administrativo – Prof. Cristiano do Souza
Prescrição/Decadência:
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Direito Administrativo
AGENTES PÚBLICOS
Conceitos: agentes públicos são todos aqueles que exercem função pública como preposto do
Estado. Ou seja, são pessoas físicas que manifestam a vontade do Estado.
Classificação: conforme Hely Lopes, os agentes públicos dividem-se em:
a) Agentes políticos
b) Agentes administrativos
c) Agentes honoríficos
d) Agentes delegados
e) Agentes credenciados
a) Agentes políticos:
b) Agentes administrativos
São aqueles vinculados ao Estado por relação permanente de trabalho, salvo a função de
caráter temporário;
São denominados servidores públicos em sentido amplo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 395
b) Agentes administrativos
c) Agentes delegados
d) Agentes honoríficos
e) Agentes Credenciados
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Direito Administrativo
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Legislação Específica
www.acasadoconcurseiro.com.br 399
II – cargos de assessoramento, de Chefe de Art. 7º Além dos cargos de provimento efetivo
Gabinete e de Oficial de Gabinete; e em comissão, haverá funções gratificadas que
atenderão a encargos de chefia, de assessora-
III – outros cargos, cujo provimento, em vir- mento, de secretariado e de apoio, cometidos
tude da Lei, dependa de confiança pessoal. transitoriamente a servidores ativos. (Redação
Art. 4º Cargo de natureza técnico-científica é alterada pelo art. 19 da Lei nº 11.216, de 20 de
aquele para cujo provimento é exigido habilita- junho de 1995.)
ção profissional em curso legalmente classifica- Parágrafo único. A lei fixará o valor da retri-
do e regulamentado como de nível superior de buição das funções gratificadas dos órgãos
ensino. da administração direta, das autarquias e
Parágrafo único. Considera-se habilitado o das fundações públicas; e o quantitativo
profissional portador de diploma universitá- das mesmas será estabelecido em decreto,
rio respectivo ou legalmente inscrito para o observados os limites das disponibilidades
exercício da profissão, no órgão competen- orçamentárias e as normas de organização
te na forma da legislação vigente. administrativa do Estado. (Acrescido pelo
art. 19 da Lei nº 11.216, de 20 de junho de
Art. 5º Cargo técnico assim considerado é aque- 1995.)
le para cujo provimento é exigido habilitação
profissional em curso legalmente classificado e Art. 8º Somente poderá ocorrer desvio de fun-
regulamentado como de nível médio de ensino ção no interesse do serviço com estrita obser-
– 2º grau. vância do disposto em regulamento.
Art. 6º Nos casos dos artigos 4º e 5º deste Es- Parágrafo único. O desvio de função não
tatuto, será sempre exigida correlação entre as acarretará aumento de estipêndio do servi-
atribuições do cargo e os conhecimentos espe- dor nem na sua reclassificação ou readap-
cíficos da habilitação profissional. tação.
Art. 7º Além dos cargos de provimento efetivo Art. 9º É vedada a prestação de Serviço gratuito.
e em comissão, haverá funções gratificadas que
atenderão a encargos de chefia, de assessora-
mento e secretariado cometidos transitoria- TÍTULO II
mente aos funcionários.
Do Provimento
Art. 7º Além dos cargos de provimento efetivo
e em comissão, haverá funções gratificadas que
atenderão a encargos de chefia, de assessora-
mento, secretariado e apoio cometidos, transi-
toriamente, a servidores ativos e inativos. (Re-
CAPÍTULO I
dação alterada pelo art. 4º da Lei nº 11.030, de DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
21 de janeiro de 1994.)
Art. 10. Os cargos públicos serão providos por:
(Vide o art. 4º da Lei nº 11.030, de 21 de janeiro
I – nomeação;
de 1994, sobre a vigência deste dispositivo.
II – promoção;
Art. 4º O artigo 7º, da Lei nº 6.123, de 20 de ju-
lho de 1968, renumerado pela Lei nº 6.472, de III – reintegração;
21 de dezembro de 1972, passa a vigorar, a par-
tir de 05 de outubro de 1988, com a seguinte IV – aproveitamento
redação: (...).) V – reversão;
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Legislação Específica - Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco – Prof. Leandro Roitman
Seção II
CAPÍTULO II DO CONCURSO
DA NOMEAÇÃO
Art. 15. O concurso para o provimento efetivo
Seção I de cargo especificado como classe única ou ini-
cial de série de classes será público, constando
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
de provas ou de provas e títulos.
Art. 11. A nomeação será feita: Art. 16. A realização do concurso será centrali-
I – em caráter vitalício, para o cargo de Con- zada em órgão próprio, salvo as exceções esta-
selheiro do Tribunal de Contas; belecidas em lei.
II – em caráter efetivo, quando se tratar de Art. 17. O edital de concurso disciplinará os re-
cargos de classe única ou de série de clas- quisitos para a inscrição, processo de realização,
ses; o prazo de validade, os critérios de classificação,
os recursos e a homologação.
III – em comissão, nos casos previstos no
parágrafo 2º do artigo 3º deste Estatuto. Art. 18. Independerá de limite de idade a inscri-
ção em concurso de funcionário público, inclusi-
Art. 12. A nomeação para cargos de provimen- ve o de serviços autárquicos.
to vitalício obedecerá ao disposto em legislação
especial. Art. 19. A classificação dos concorrentes será
feita mediante a atribuição de pontos às provas
Art. 13. A nomeação para os cargos de provi- e aos títulos, de acordo com os critérios estabe-
mento efetivo exige aprovação prévia em con- lecidos no edital do concurso.
curso público de provas ou de provas e títulos.
Art. 20. Além dos requisitos especificamente
§ 1º A nomeação obedecerá a ordem de exigidos para o concurso, o candidato deverá
classificação dos candidatos habilitados em comprovar, no ato da inscrição:
concurso.
I – ser brasileiro;
§ 2º Em igualdade de classificação em con-
curso dar-se-á preferência para nomeação, II – estar em gozo dos direitos políticos;
sucessivamente, ao funcionário que já per- III – estar quite com as obrigações militares
tença ao Quadro Permanente e ao servidor e eleitorais;
contratado do Estado sob o regime da legis-
lação trabalhista. IV – ter boa conduta;
§ 3º É proibida a nomeação em caráter in- V – haver completado a idade mínima fixa-
terino. da por lei em razão da natureza do cargo;
§ 4º Mediante seleção e concurso adequa- VI – contar, no máximo, quarenta anos de
dos, poderão ser admitidos funcionários de idade, ressalvadas as exceções legais.
capacidade física reduzida, para cargos es-
§ 1º Nos concursos relativos a cargos para
pecificados em lei e regulamento.
cujo provimento é exigida formação univer-
Art. 14. Os cargos em comissão serão providos sitária, só poderá inscrever-se quem tenha
por livre escolha do Governador, respeitados os mais de vinte e um e menos de quarenta e
cinco anos de idade.
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§ 1º É fixada em cinquenta (50) anos a ida- I – nos cargos de provimento efetivo, os
de máxima para nomeação em concurso constantes do item I deste artigo;
público destinado ao ingresso no serviço
estadual e sua autarquias, mantidos os limi- II – nos cargos de provimento em comissão:
tes de idade fixados em lei específica para a) se o nomeado for servidor público, os
os cargos devidamente indicados. (Redação mencionados nos incisos I, II, III, IV, V e VII
alterada pelo art. 1º da Lei nº 7.231, de 4 de deste artigo;
novembro de 1976.)
b) se o nomeado não for servidor público,
§ 2º Sendo exigido exame psicotécnico, só os constantes dos incisos V e VII deste arti-
poderá submeter-se às provas do concurso go;
o candidato que houver sido julgado apto
naquele exame, para o exercício do cargo. III – nos órgãos colegiados:
Art. 21. Não será aberto concurso para o pre- a) se o nomeado for servidor público, os
enchimento de cargo público, enquanto houver constantes dos incisos I, II, III, V, e VII deste
em disponibilidade funcionário de igual catego- artigo:
ria à do cargo a ser provido.
b) se o nomeado não for servidor público,
Seção III o constante dos incisos V e VII deste artigo;
DA POSSE IV – nos casos de transferência, os citados
nos itens I, II, III, V e VI deste artigo;
Art. 22. Posse é o ato que completa a investidu-
ra em cargo público e órgão colegiado. Parágra- V – nos casos de aproveitamento, os cons-
fo único. Não haverá posse nos casos de promo- tantes dos itens I, III e VII deste artigo;
ção e reintegração. VI – nos casos de reversão, os mencionados
Art. 23. Só poderá tomar posse em cargo públi- nos itens I, III e VI deste artigo.
co quem satisfizer os seguintes requisitos: Art. 24. São competentes para dar posse:
I – ser brasileiro; I – a autoridade de hierarquia imediatamen-
II – estar no gozo dos direitos políticos; te superior no cargo de provimento em co-
missão;
III – estar quite com as obrigações militares,
II – os órgãos colegiados, aos respectivos
IV – estar quite com as obrigações eleito- membros;
rais;
III – o Diretor do Departamento de Admi-
V – gozar de boa saúde, comprovada em nistração de Pessoal da Secretaria de Admi-
inspeção médica; nistração, ao nomeado para o exercício de
VI – ter atendido às prescrições de lei espe- cargo de provimento efetivo.
cial para o exercício de determinados car- Art. 25. Do termo de posse, assinado pela auto-
gos; ridade competente e pelo funcionário, constará
VII – ser declarado apto em exame psicotéc- o compromisso de fiel cumprimento dos deve-
nico procedido por entidade especializada, res e atribuições.
quando exigido em lei ou regulamento. Parágrafo único. O funcionário declarará,
Parágrafo único. Serão dispensados os se- para que figurem no termo de posse, os
guintes requisitos para a posse: bens e valores que constituem seu patrimô-
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Legislação Específica - Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco – Prof. Leandro Roitman
nio e que não exerce função pública de acu- § 1º Não se exigirá fiança quando o total
mulação proibida. anual do dinheiro, bens ou valores do Esta-
do, sob a responsabilidade do funcionário,
Art. 26. É facultada a posse por procuração, não exceder trinta vezes o maior salário mí-
quando o nomeado estiver ausente do Estado e, nimo mensal.
em casos especiais, a juízo da autoridade com-
petente: § 2º A fiança poderá ser prestada:
Art. 27. A autoridade que der posse, verificará, I – em dinheiro;
sob pena de responsabilidade, se foram satisfei-
tas as condições legais para a investidura. II – em títulos da Dívida Pública;
Art. 28. A posse verificar-se-á no prazo de trinta III – em apólices de seguro de fidelidade
dias, a contar da data de publicação do ato de funcional emitidas por instituição oficial ou
provimento, no órgão oficial. empresa legalmente habilitada.
Art. 30. O nomeado para cargo cujo desempe- Art. 34. O início, a interrupção e o reinício do
nho exija prestação de garantia não poderá en- exercício serão registrados no assentamento in-
trar em exercício sem a prévia satisfação dessa dividual do funcionário.
exigência.
Art. 35. A promoção não interrompe o exercício.
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Art. 36. O responsável pelo serviço onde deva § 2º Do pedido de remoção do funcionário
servir o funcionário, é competente para dar-lhe formulado por órgão administrativo, deverá
exercício. constar expressamente se o funcionário é
desnecessário ou inadaptado ao serviço.
Art. 37. O funcionário preso preventivamente,
pronunciado por crime comum ou denunciado § 3º Quando qualquer órgão da administra-
por crime funcional, ou ainda, condenado por ção solicitar a remoção de um seu funcioná-
crime inafiançável em processo no qual não rio, este somente será desligado do serviço
haja pronúncia será afastado do exercício, até após a nova lotação.
decisão final passada em julgado.
Art. 42. Observado o disposto nos artigos 40 e
Art. 38. O funcionário poderá ser posto à dis- 41, a remoção por permuta será processada a
posição de órgãos da administração direta ou pedido escrito dos interessados.
indireta, federal, estadual e municipal a critério
do Governador para fim determinado e a prazo Seção VII
certo. DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
§ 1º O funcionário posto à disposição nos Art. 43. Estágio probatório é o período inicial,
termos deste artigo, continuará vinculado de dois anos de efetivo exercício, do funcionário
ao órgão administrativo a que servia. nomeado em virtude de concurso e tem por ob-
§ 2º Findo o prazo ou cessados os motivos jetivo aferir a aptidão para o exercício do cargo
determinantes do afastamento, o funcioná- mediante a apuração dos seguintes requisitos:
rio deverá apresentar-se à Secretaria de Ad- Art. 43. Estágio Probatório é o período inicial,
ministração onde aguardará nova lotação. de 03 (três) anos de efetivo exercício, do servi-
§ 3º O afastamento de que trata este artigo dor público nomeado para provimento de cargo
poderá ser cancelado a qualquer tempo se efetivo em virtude de aprovação em concurso
não for comunicada, mensalmente, a frequ- público e, tem por objeto, além da obtenção da
ência do funcionário. estabilidade, aferir a aptidão para ao exercício
do cargo, mediante a apuração dos seguintes
Art. 39. O funcionário que não entrar em exer- requisitos: (Redação alterada pelo art. 8º da Lei
cício, no prazo legal, perderá o cargo, salvo mo- Complementar nº 131, de 11 de dezembro de
tivo de força maior, devidamente comprovado. 2008.)
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www.acasadoconcurseiro.com.br 405
I – no caso de suspensão disciplinar, à decla- minados em razão da natureza do cargo, segun-
ração da improcedência da penalidade apli- do o preenchimento respectivamente, das con-
cada na esfera administrativa; dições essenciais e complementares.
II – no caso de suspensão preventiva, ao re- § 1º Constituem condições essenciais a qua-
sultado do correspondente processo admi- lidade e quantidade de trabalho, a auto su-
nistrativo. ficiência, a iniciativa, o tirocínio, a colabora-
ção, a ética profissional, o conhecimento do
§ 1º Nas hipóteses deste artigo, o funcioná- trabalho, o aperfeiçoamento funcional e a
rio só perceberá o vencimento correspon- compreensão dos deveres.
dente à nova classe, quando resultar sem
efeito a penalidade, ou quando no processo § 2º As condições complementares se refe-
a que se vinculou a suspensão preventiva rem aos aspectos negativos do merecimen-
não for imposta pena mais grave que a de to funcional e se constituem da falta de as-
repreensão. siduidade, da impontualidade horária e da
indisciplina.
§ 2º Nos casos previstos no parágrafo ante-
rior, o funcionário perceberá o vencimento Art. 57. O índice de merecimento do funcioná-
correspondente à nova classe, a partir da vi- rio, em cada semestre, será representado pela
gência de sua promoção. soma algébrica dos pontos positivos referentes
às condições essenciais, e dos pontos negativos,
§ 3º Mantida a penalidade de suspensão ou relativos às condições complementares.
resultando, do processo a que se vinculou a
suspensão preventiva, pena mais grave que Art. 58. Nos casos de afastamento do exercício
a de repreensão, a promoção será tornada do cargo efetivo, inclusive em virtude de licen-
sem efeito a partir de sua vigência. ça, ou para o exercício de cargo em comissão
fora do âmbito da administração direta ou in-
Art. 55. A promoção por merecimento obede- direta do Poder Executivo, o índice de mereci-
cerá à ordem de classificação dos funcionários mento do funcionário será calculado de acordo
mediante normas definidas em regulamento com as seguintes normas:
próprio.
I – quando o afastamento perdurar, durante
Art. 55. À promoção por merecimento concor- o semestre, por um período igual ou infe-
rerão os funcionários da classe imediatamente rior a quarenta e cinco dias, será feita nor-
inferior, obedecidas as normas estatutárias e as malmente a apuração do merecimento me-
definidas em regulamento próprio. (Redação al- diante a expedição do respectivo boletim;
terada pelo art. 4º da Lei nº 7.048, de 24 de de-
zembro de 1975.) II – quando o afastamento perdurar, durante
o semestre, por um período superior a qua-
Parágrafo único. Obedecido o índice de renta e cinco dias, o índice de merecimento
merecimento, o órgão competente orga- será igual ao obtido no último semestre de
nizará relação contendo nomes de funcio- exercício nos casos de afastamento conside-
nários em número correspondente ao triplo rado de efetivo exercício ou correspondente
das vagas a serem preenchidas dentre as a dois terços do obtido no último semestre
quais o Chefe do Poder Executivo terá livre de exercício nos demais casos.
escolha para promoção. (Acrescido pelo art.
4º da Lei nº 7.048, de 24 de dezembro de Art. 59. Não poderá ser promovido por mereci-
1975.) mento:
Art. 56. O merecimento do funcionário será I – o funcionário em exercício de mandato
apurado em pontos positivos e negativos, deter- eletivo federal, estadual ou municipal;
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II – O funcionário que, para tratar de inte- merecimento, a contar do ingresso na nova clas-
resse particular, esteja licenciado na época se.
da promoção ou tenha estado nos dois se-
mestres anteriores; Art. 61. A promoção por antiguidade será atri-
buída ao funcionário que tiver maior tempo de
III – a funcionária que esteja na época da efetivo exercício na classe.
promoção, ou tenha estado nos dois semes-
tres anteriores, licenciada para acompanhar § 1º A antiguidade será determinada pelo
o marido, funcionário civil ou militar, man- tempo líquido de exercício do funcionário
dado servir em outro ponto do território na- na classe a que pertence.
cional ou estrangeiro; § 2º No caso de fusão de classe, o funcioná-
IV – o funcionário que esteja na época da rio contará na nova classe a antiguidade já
promoção, ou tenha sido nos dois semes- adquirida à data da fusão.
tres anteriores, posto à disposição de qual- § 3º O disposto no parágrafo anterior é apli-
quer entidade, salvo para exercer cargo de cável aos casos de reclassificação de cargo
Chefia na administração direta ou indireta de uma série de classes em outra, ou de car-
do Estado; go de classe única em série de classes.
V – o funcionário que esteja na época da § 4º No caso de elevação de nível ou padrão
promoção, ou tenha sido nos dois semes- de uma série de classes com a fusão de clas-
tres anteriores afastado do exercício do ses sucessivas a antiguidade do funcionário,
cargo, para participação em congresso ou na classe resultante da fusão, será contada
curso de especialização, salvo os relaciona- do seguinte modo:
dos com as atribuições do cargo que ocupa,
comprovada a frequência ou aproveitamen- I – o funcionário da classe inicial contará a
to; antiguidade que tiver nessa classe, à data
da fusão;
VI – o funcionário que esteja na época da
promoção, ou do cargo para a realização II – o funcionário de classe superior à inicial
de pesquisa científica ou conferência tenha contará a soma das seguintes parcelas:
sido nos dois semestres anteriores, afastado
a) a antiguidade na classe a que tenha per-
do exercício do cargo para a realização de
tencido;
pesquisa científica ou conferência cultural,
salvo as relacionadas com as atribuições do b) a antiguidade que tenha tido nas classes
cargo que ocupa, mediante a apresentação inferiores, da série de classes, nas datas em
dos resultados dos respectivos trabalhos; que houver sido promovido.
VII – o funcionário que não obtiver, como § 5º quando houver empate na classificação
grau de merecimento, pelo menos a meta- por antiguidade na classe, terá preferência
de do máximo atribuível; sucessivamente:
VIII – o funcionário que esteja na época da § 5º quando houver empate na classificação
promoção, ou tenha sido nos dois semes- por antiguidade na classe, terá preferência,
tres anteriores, afastado do cargo para exer- sucessivamente: (Redação alterada pelo
cer, como contratado, função técnica ou art. 3º da Lei nº 7.048, de 24 de dezembro
especializada, nos termos do art. 177 deste de 1975.)
Estatuto.
I – o funcionário de maior tempo de servi-
Art. 60. O merecimento é adquirido na classe: ço público prestado ao Estado e respectivas
promovido o funcionário começará a adquirir autarquias;
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I – O funcionário de maior tempo de servi- cargo de idêntico vencimento ao anteriormente
ço público prestado ao Estado e respecti- ocupado.)
vas autarquias. (Redação alterada pelo art.
3º da Lei nº 7.048, de 24 de dezembro de Art. 63. A prova de haver o funcionário prestado
1975.) serviços eleitorais, na qualidade de mesário ou
membro de junta Apuradora será considerada
II – o de maior tempo de serviço público; para efeito de desempate nos casos de promo-
ção depois de observados os critérios fixados
II – O que houver exercido substituição não neste capítulo. Persistindo o empate, terá pre-
remunerada prevista na presente Lei. (Re- ferência o funcionário que tenha servido maior
dação alterada pelo art. 3º da Lei nº 7.048, número de vezes.
de 24 de dezembro de 1975.)
Art. 64. Não se contará tempo de serviço con-
III – o de maior prole; corrente ou simultaneamente prestado, em
III – O de maior tempo de serviço público. dois ou mais cargos ou funções.
(Redação alterada pelo art. 3º da Lei nº Art. 65. Enquanto durar o mandato federal, es-
7.048, de 24 de dezembro de 1975.) tadual ou municipal, o funcionário só poderá
IV – o mais idoso. ser promovido por antiguidade salvo o disposto
no § 2º do Art. 173, da Constituição de Pernam-
IV – O de maior prole. (Redação alterada buco.
pelo art. 3º da Lei nº 7.048, de 24 de de-
zembro de 1975.)
V – O mais idoso. (Acrescido pelo art. 3º da CAPÍTULO IV
Lei nº 7.048, de 24 de dezembro de 1975.)
DA REINTEGRAÇÃO
§ 6º Quando se tratar de classe inicial, o
primeiro desempate será feito pela classifi- Art. 66. Reintegração é o ato pelo qual o funcio-
cação, expressa na nota final obtida no res- nário demitido ou exonerado ilegalmente, rein-
pectivo concurso. gressa no serviço público com o ressarcimento
das vantagens ligadas ao cargo.
Art. 62. A antiguidade na classe será contada:
§ 1º A reintegração decorrerá de decisão
I – nos casos de nomeação, reversão ou administrativa ou judiciária.
aproveitamento, a partir da data em que o
funcionário entrar no exercício do cargo; § 2º A decisão administrativa de reintegra-
ção só poderá ser proferida em pedido de
II – no caso de promoção, a partir de sua vi- reconsideração, recurso ou revisão de pro-
gência; cesso.
III – no caso de transferência, considerando- Art. 67. A reintegração será feita, no cargo ante-
-se o período de exercício que o funcionário riormente ocupado: se este houver sido trans-
possuía na classe, ao ser transferido. formado, do cargo resultante da transformação;
(Vide o art. 12 da Lei nº 8.918, de 14 de dezem- e, se extinto, em cargo equivalente, atendidos
bro de 1981. Art. 12. O disposto no inciso III, especialmente a habilitação profissional do fun-
do artigo 62, da Lei nº 6.123, de 20 de julho de cionário e o vencimento do cargo.
1968, renumerada por força daL ei nº 6.472, de Parágrafo único. Não sendo possível a rein-
27 de dezembro de 1972, somente se aplica na tegração pela forma prevista neste artigo, o
hipótese de o funcionário ser transferido para funcionário será posto em disponibilidade
no cargo que exercia.
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Art. 68. No caso de reintegração do funcionário, tentes os motivos da aposentadoria ou por inte-
quem lhe houver ocupado o cargo será exonera- resse e requisição da Administração, respeitada
do ou reconduzido ao cargo anterior, sem direi- a opção do servidor. (Redação alterada pelo art.
to a indenização, ou ainda, se estável, posto em 4º da Lei Complementar nº 16, de 8 de janeiro
disponibilidade, se o cargo anterior houver sido de 1996.)
extinto.
§1º A reversão, quando por interesse da
Parágrafo único. O funcionário reintegrado Administração, por motivo de necessida-
será submetido a inspeção médica e apo- des e conveniências de natureza financeira,
sentado, se julgado incapaz. ocorrerá através de ato de designação, ca-
bendo ao servidor, pelos encargos do exer-
cício ativo, a percepção de adicional de re-
muneração no valor de cinquenta por cento
CAPÍTULO V dos proventos integrais referentes a retri-
DO APROVEITAMENTO buição normal do cargo em que se aposen-
tou, acrescida do adicional por tempo de
Art. 69. Aproveitamento é o retorno à ativida- serviço. (Acrescido pelo art. 4º da Lei Com-
de do funcionário em disponibilidade, em cargo plementar nº 16, de 8 de janeiro de 1996.)
igual ou equivalente, pela sua natureza e venci-
mento, ao anteriormente ocupado. § 2º O tempo de designação do servidor re-
vertido será considerado para fins de cálcu-
Art. 70. O aproveitamento far-se-á obrigatoria- lo do adicional por tempo de serviço a ser
mente na primeira oportunidade que se ofere- futuramente incorporado aos proventos.
cer. (Acrescido pelo art. 4º da Lei Complemen-
tar nº 16, de 8 de janeiro de 1996.)
Art. 71. Será tornado sem efeito o aproveita-
mento e cassada a disponibilidade do funcioná- § 3º E vedada a designação de servidor re-
rio que, aproveitado não tomar posse no prazo vertido para o exercício de cargo em comis-
legal, salvo no caso de invalidez, em que o fun- são. (Acrescido pelo art. 4º da Lei Comple-
cionário será aposentado. mentar nº 16, de 8 de janeiro de 1996.)
Parágrafo único. A cassação da disponibili- Art. 74. A reversão far-se-á no mesmo cargo, ou
dade na hipótese deste artigo, será precedi- se extinto, em cargo equivalente, respeitada a
da de inquérito administrativo. habilitação profissional.
Art. 72. Havendo mais de um concorrente à Art. 74. A reversão far-se-á no mesmo cargo, ou
mesma vaga, terá preferência o de maior tem- se extinto, em cargo equivalente, respeitada a
po de disponibilidade e no caso de empate o de habilitação profissional e considerada a existên-
maior tempo de serviço público. cia de vaga. (Redação alterada pelo art. 4º da Lei
Complementar nº 16, de 8 de janeiro de 1996.)
Parágrafo único. A reversão terá prioridade
CAPÍTULO VI sobre as nomeações e promoções.
DA REVERSÃO Parágrafo único. A reversão terá prioridade
sobre novas nomeações. (Redação alterada
Art. 73. Reversão é o reingresso no serviço pú-
pelo art. 4º da Lei Complementar nº 16, de
blico do funcionário aposentado quando insub-
8 de janeiro de 1996.)
sistentes os motivos da aposentadoria.
Art. 73. Reversão é o reingresso no serviço pú-
blico do servidor aposentado, quando insubsis-
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Art. 75. Determinada a reversão, será cassada, CAPÍTULO VIII
mediante processo regular, a aposentadoria do DA SUBSTITUIÇÃO
funcionário que não tomar posse no prazo legal.
Art. 78. Haverá substituição no caso de impedi-
mento legal ou afastamento eventual do titular
de cargo, em comissão, de direção ou chefia e
CAPÍTULO VII do servidor designado para exercer função gra-
DA TRANSFERÊNCIA tificada.
Art. 76. A transferência será feita no caso de re- Art. 79. A substituição será automática quando
adaptação do funcionário para cargo mais com- prevista em lei ou regulamento, ou dependerá
patível com a sua capacidade física ou intelec- de ato da Administração.
tual.
Art. 80. Nas substituições serão obedecidas as
Art. 76. A transferência será feita no caso de seguintes normas:
readaptação do funcionário para cargo mais
I – no caso de cargo em comissão de direção
compatível com a sua capacidade física ou inte-
ou chefia, a autoridade competente desig-
lectual, atendida a conveniência do serviço. (Re-
nará substituto para "responder pelo expe-
dação alterada pelo art. 6º da Lei nº 6.655, de
diente" da repartição, sem que tal designa-
31 de dezembro de 1973.)
ção resulte qualquer vantagem financeira
Parágrafo único. A transferência far-se-á para o substituto.
para cargo de igual vencimento.
II – no caso de função gratificada, o substi-
Parágrafo único. A transferência de que tuto perceberá o vencimento do seu cargo,
cogita este artigo, será, necessariamente, cumulativamente com a gratificação res-
precedida de avaliação de desempenho pectiva, quando a substituição for por perí-
funcional, treinamento ou prova de capaci- odo superior a trinta dias.
dade intelectual, na forma estabelecida em
Parágrafo único. Em qualquer caso, o exer-
regulamento, satisfeito o requisito de habi-
cício da substituição não remunerada, cons-
litação profissional. (Redação alterada pelo
tará da ficha funcional do funcionário, e será
art. 6º da Lei nº 6.655, de 31 de dezembro
considerado, preferencialmente, para efeito
de 1973.)
de desempate na classificação para promo-
Art. 77. As transferências não poderão exceder ção por antiguidade ou merecimento.
de um terço das vagas de cada classe e só pode-
Parágrafo único. (REVOGADO) (Revogado
rão ser efetuadas depois da época prevista para
pelo art. 2º da Lei nº 7.048, de 24 de de-
promoção quando esta tiver de ser feita pelo
zembro de 1975.)
princípio da antiguidade.
Art. 77. Em nenhuma hipótese a readaptação
poderá se processar para cargo intermediário TÍTULO III
ou final de série, dependendo de requerimento
do interessado quando se tratar de cargo de sé- Da Vacância
rie de classes para cargos de classe única. (Reda-
ção alterada pelo art. 6º da Lei nº 6.655, de 31 Art. 81. A vacância do cargo dependerá de:
de dezembro de 1973.)
I – exoneração;
II – demissão;
III – promoção;
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IV – transferência; TÍTULO IV
V – aposentadoria;
Dos Direitos E Vantagens
VI – falecimento;
VII – posse em outro cargo, ressalvadas as
exceções legais. CAPÍTULO I
Art. 82. Dar-se-á a exoneração: DA DURAÇÃO DO TRABALHO
I – a pedido; Art. 85. A duração normal do trabalho será de
II – de ofício seis horas por dia ou trinta horas por semana,
podendo, extraordinariamente, ser prorrogada
a) de cargo em comissão; ou antecipada, na forma que dispuser o regula-
mento.
b) quando não satisfeitas as condições do
estágio probatório. Parágrafo único. Excetuam-se do disposto
neste artigo o trabalho executado por fun-
Art. 83. No caso de função gratificada, dar-se-á cionário em serviço externo que, pela pró-
a vacância por dispensa, a pedido, ou de ofício. pria natureza, não pode ser aferido por uni-
Art. 84. Ocorre a vaga na data: dade de tempo.
I – do falecimento do titular do cargo; Art. 86. Salvo nos casos de revezamento sema-
nal ou quinzenal, a duração normal do trabalho
II – da publicação do ato que transferir, após noturno será de seis horas por dia, podendo, ex-
a posse, promover, aposentar, exonerar ou traordinariamente, ser prorrogada ou antecipa-
demitir o ocupante do cargo; da, na forma que dispuser o regulamento.
III – da posse ou, se esta for dispensada, do Parágrafo único. Considera-se noturno o
início do exercício em outro cargo; trabalho executado entre as vinte e duas
IV – da vigência da lei que criar o cargo e horas de um dia e as cinco horas do dia se-
conceder dotação para seu provimento ou guinte.
em que for determinada, apenas, esta últi- Art. 87. A duração normal do trabalho do fun-
ma medida, se o cargo estiver criado; cionário que ocupar cargo do Serviço Técnico
V – da comunicação pela autoridade com- Científico será de quatro horas por dia, ou vinte
petente, no caso de falecimento do funcio- horas semanais, podendo excepcionalmente ser
nário em qualquer ato de guerra ou agres- aumentada mediante antecipação ou prorroga-
são à soberania nacional; ção do expediente pela autoridade competente.
VI – da republicação do ato do Presidente Art. 88. Nos serviços que exijam trabalho aos
da República que decretar a perda dos di- domingos e feriados, será estabelecida escala
reitos políticos, nas hipóteses definidas na mensal de revezamento.
Constituição do Brasil; Art. 89. Poderão ser estabelecidos os regimes
VII – em que se tornar executável a senten- de tempo complementar e integral com dedica-
ça que declarar nulo o provimento e da que ção exclusiva, no interesse do serviço e a juízo
impuser ou acarretar a pena acessória de da administração.
perda do cargo.
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CAPÍTULO II competente prova de frequência e aprovei-
DO TEMPO DE SERVIÇO tamento;
XIII – desempenho de comissões ou fun-
Art. 90. A apuração do tempo de serviço será ções previstas em lei ou regulamento;
feita em dias.
XIV – trânsito, na forma prevista nos regu-
Parágrafo único. O número de dias será lamentos;
convertido em anos, considerado o ano de
trezentos e sessenta e cinco dias. XV – desempenho de função eletiva da
União, dos Estados e dos Municípios; XVI –
Art. 91. Será considerado de efetivo exercício o expressa determinação legal, em outros ca-
afastamento decorrente de: sos.
I – férias; § 1º Para os efeitos deste Estatuto, entende-
II – casamento; -se por acidente no trabalho o evento que
cause dano físico ou mental ao funcionário
III – luto; por efeito ou na ocasião do serviço.
IV – exercício de outro cargo, função de Go- § 2º Equipara-se ao acidente no trabalho
verno, ou direção nos serviços da adminis- a agressão quando não provocada, sofrida
tração direta ou indireta do Estado; pelo funcionário no serviço ou em razão
V – exercício em cargo ou função de direção, dele.
chefia ou assessoramento, quando posto à § 3º Por doença profissional, para os efeitos
disposição de entidades da administração deste Estatuto, entende-se aquela peculiar
direta ou indireta, da União, dos Estados e ou inerente ao trabalho exercido, compro-
Municípios; vada em qualquer hipótese a relação de
VI – convocação para o serviço militar; causa e efeito.
VII – júri e outros serviços obrigatórios por § 4º Nos casos previstos nos §§ 1°, 2º, 3º
lei; deste artigo, o laudo resultante da inspeção
médica deverá estabelecer rigorosamente a
VIII – licença-prêmio; caracterização do acidente no trabalho e da
doença profissional.
IX – licença à funcionária gestante e ao fun-
cionário acidentado em serviço ou atacado Art. 92. Para efeito de aposentadoria e disponi-
de doença profissional; bilidade, será computado:
X – licença, até o limite de dois anos, ao fun- I – o tempo de serviço público federal, es-
cionário acometido de moléstia consignada tadual ou municipal, inclusive o de desem-
no parágrafo único do artigo 97, ou de ou- penho de mandato eletivo anterior à inves-
tras indicadas em lei; tidura;
XI – missão oficial no país ou no estrangeiro, II – o período de serviço ativo, nas Forças
com ônus para o Estado, mediante ato de Armadas, prestado durante a paz, compu-
autorização do Governador; tado pelo dobro o tempo em operação de
guerra;
XII – participação em congressos ou cursos
de especialização, realização de pesquisas III – o tempo de serviço prestado em autar-
científicas, estágios ou conferências cultu- quia federal, estadual ou municipal;
rais, com a autorização do Governador e a
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I – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da quando o laudo médico concluir pela inca-
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro pacidade definitiva para o serviço.
de 2000.)
§ 2º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
II – compulsoriamente, aos setenta anos de da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
idade; ro de 2000.)
II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da § 3º Para concessão de aposentadoria por
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro invalidez a inspeção será realizada por uma
de 2000.) junta de pelo menos três médicos.
III – a pedido, quando contar: § 3º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
III – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 ro de 2000.)
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
ro de 2000.) § 4º No caso do item II o funcionário ficará
dispensado do comparecimento ao serviço,
a) trinta e cinco anos de serviço, se do sexo a partir da data em que completar a idade
masculino; limite.
a) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 104 da § 4º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
de 2000.) ro de 2000.)
b) trinta anos de serviço, se do sexo femini- § 5º É facultado ao aposentado por invali-
no. dez, quando recuperado, requerer a revisão
b) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 104 da do ato de sua aposentadoria, no que se re-
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro fere exclusivamente ao fundamento para
de 2000.) sua concessão, a fim de enquadrá-lo no in-
ciso III deste artigo, desde que na esfera ad-
c) após 30 anos de efetivo exercício em ministrativa não possa ser cumprido o dis-
funções de magistério, se professor, ou 25 posto no artigo 74.
anos, se professora. (Acrescida pelo art.
1º da Lei nº 8.847, de 25 de novembro de § 5º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
1981.) da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
ro de 2000.)
c) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 104 da
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro § 6º Para efeito do estabelecido no pará-
de 2000.) grafo anterior, o aposentado por invalidez,
além de atender á exigência do art. 73, de-
§ 1º Os limites de idade e de tempo de ser- verá ter, à data do seu requerimento, mais
viço poderão ser reduzidos, na forma pre- de 35 anos, se do sexo masculino ou mais
vista no artigo 100, § 2º da Constituição do de 30 anos, se do sexo feminino, de função
Brasil. pública, inclusive o período da inatividade.
§ 1º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 § 6º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei- da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
ro de 2000.) ro de 2000.)
§ 2º A aposentadoria por invalidez será Art. 97. Os proventos da aposentadoria serão:
sempre precedida de licença por período
não inferior a vinte e quatro meses, salvo
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Art. 97. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 Parágrafo único. Para os efeitos do dispos-
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro de to da letra " b" do do item I deste artigo,
2000.) consideram-se doenças graves a tubercu-
lose ativa, a alienação mental, a neoplastia
I – integrais, quando o funcionário: malígna de qualquer natureza, a cegueira, a
I – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da lepra, a paralisia, a cardiopatia grave, o mal
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro de parkinson e as colagenoses com lesões
de 2000.) sistêmicas ou de musculatura esquelética, a
insuficiência respiratória crônica, a síndro-
a) contar trinta e cinco anos de serviço, se me de imunodeficiência adquirida "AIDS" ,
do sexo masculino, ou trinta anos se do fe- a insuficiência renal crônica e a insuficiên-
minino; cia hepática crônica. (Redação alterada pelo
art. 1º da Lei nº 10.802, de 14 de setembro
a) (REVOGADA) (Revogado pelo art. 104 da
de 1992.)
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro
de 2000.) Parágrafo único. (REVOGADO) (Revogado
pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de
b) invalidar-se por acidente ocorrido em
14 de janeiro de 2000.)
serviço, por moléstia profissional, ou doen-
ça grave, contagiosa ou incurável, especifi- Art. 98. Os proventos do funcionário que ao se
cada em lei; aposentar estiver no exercício de função gratifi-
cada ou de cargo em comissão há mais de cinco
b) (REVOGADA) (Revogado pelo art. 104 da
anos, sem interrupção, serão calculados sobre o
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro
vencimento, acrescido valor correspondente à
de 2000.)
função gratificada no primeiro caso ou sobre o
c) aposentar-se com base no artigo 96, in- símbolo relativo ao cargo em comissão, no se-
ciso III, "c". (Acrescida pelo art. 1º da Lei nº gundo caso.
8.847, de 25 de novembro de 1981.)
Art. 98 Os proventos do funcionário que, ao se
c) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 104 da aposentar, esteja no exercício de função gratifi-
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro cada ou de cargo em Comissão há mais de 05
de 2000.) (cinco) anos, ininterruptamente, ou por um pe-
ríodo igual ou superior a 07 (sete) anos, com
II – proporcionais, quando o funcionário interrupção, serão calculados, conforme o caso,
contar menos de trinta e cinco anos de ser- sobre o vencimento, acrescido do valor corres-
viço, se do sexo masculino ou menos de pondente à função gratificada ou sobre o sím-
trinta anos, se do sexo feminino. bolo de vencimento relativo ao cargo em comis-
II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da são que esteja ocupando. (Redação alterada
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro pelo art. 1º da Lei nº 9.212, de 22 de dezembro
de 2000.) de 1982.)
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respondente à gratificação pelo desempenho I – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da
do cargo ou função que esteja exercendo. (Re- Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro
dação alterada pelo art. 17 da Lei nº 9.892, de 6 de 2000.)
de outubro de 1986.)
II – houver percebido a gratificação ante-
Art. 98. Os proventos do funcionário que ao se riormente à vigência da presente lei;
aposentar estiver no exercício de função grati-
ficada ou de cargo em Comissão há mais de 05 II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da
(cinco) anos, sem interrupção, serão calculados Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro
sobre o vencimento, acrescido do valor cor- de 2000.)
respondente à função gratificada, no primeiro § 2º Será dispensado o período carencial
caso, ou sobre o símbolo relativo ao cargo em de que trata este artigo, nos casos de fale-
comissão, no segundo caso. (Redação alterada cimento do funcionário e de aposentadoria
pelo parágrafo único do art. 1º da Lei nº 10.000, por invalidez decorrente de fato posterior
de 19 de junho de 1987.) ao seu ingresso no regime de tempo com-
Art. 98. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 plementar ou de tempo integral com dedi-
Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro de cação exclusiva.
2000.) § 2º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
Parágrafo único. O disposto neste artigo da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
não se aplica aos casos em que o funcioná- ro de 2000.)
rio tiver optado pelo vencimento do cargo § 3º A incorporação referida neste artigo
efetivo, na forma do artigo 136, item I. será efetuada tomando-se por base o valor
Parágrafo único. (SUPRIMIDO) (Suprimido da respectiva gratificação de tempo com-
pelo art. 17 da Lei nº 9.892, de 6 de outubro plementar ou de tempo integral com dedi-
de 1986.) cação exclusiva.
Art. 99. O funcionário que, nos dois anos ime- § 3º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
diatamente anteriores à concessão da aposen- da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
tadoria, estiver em regime de tempo comple- ro de 2000.)
mentar, ou de tempo integral com dedicação § 4º O disposto neste artigo não se aplica
exclusiva, terá direito à incorporação do valor aos servidores sujeitos ao regime de tempo
da respectiva gratificação aos proventos da apo- complementar em razão exclusiva do exer-
sentadoria. cício de cargo em comissão, ou função de
Art. 99. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 direção ou chefia.
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro de § 4º O disposto neste artigo não se aplica
2000.) aos servidores sujeitos ao regime de tempo
§ 1º Computar-se-á para os efeitos deste ar- complementar em razão exclusiva do exer-
tigo o período em que o funcionário sujeito cício de cargo em comissão. (Redação alte-
ao regime de tempo complementar ou de rada pelo art. 8º da Lei nº 6.933, de 29 de
tempo integral com dedicação exclusiva: agosto de 1975.)
§ 1º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 § 4º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei- da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei-
ro de 2000.) ro de 2000.)
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Art. 100. Sempre que for concedido aumento Art. 103. O funcionário gozará de trinta dias
de vencimentos aos funcionários serão reajus- consecutivos de férias por ano, de acordo com a
tados, nas mesmas bases, os proventos dos ina- escala organizada pela autoridade competente,
tivos. devendo constar o ano a que correspondam.
Art. 100. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 § 1º É vedado levar à conta de férias qual-
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro de quer falta ao trabalho.
2000.) § 2º Somente e depois do primeiro ano de
Art. 101. No caso do artigo 97, inciso II, o pro- exercício o funcionário adquirirá direito a
vento de aposentadoria será proporcional ao férias.
tempo de serviço à razão de um trinta e cinco § 3º A escala de férias poderá ser alterada,
avos por ano de serviço, se do sexo masculino, e de acordo com as necessidades do serviço.
de um trinta avos, se do sexo feminino.
§ 4º É vedado o fracionamento do período
Art. 101. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 de férias, salvo por necessidade do serviço.
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janeiro de
2000.) Art. 104. As férias dos membros do magistério
corresponderão às férias escolares, obedecidas
Parágrafo único. ressalvado o disposto no as restrições legais e regulamentares.
artigo 100, em caso algum o provento da
inatividade poderá exceder ao percebido na Art. 105. É proibida a acumulação de férias, sal-
atividade, nem será inferior a um terço do vo imperiosa necessidade do serviço até o máxi-
respectivo vencimento. mo de dois períodos, justificada em cada caso.
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Art. 108-A. O servidor exonerado do cargo efe- contar-se-á como de licença o período com-
tivo, ou em comissão, nos termos do art. 82, preendido entre a data do seu término e do
perceberá indenização relativa ao período das conhecimento oficial do despacho.
férias a que tiver direito e ao incompleto, na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de Art. 111. Ao entrar em gozo de licença, o fun-
efetivo exercício, ou fração superior a 14 (qua- cionário comunicará ao chefe imediato, o local
torze) dias. (Acrescido pelo art. 20 da Lei Com- onde poderá ser encontrado.
plementar nº 49, de 31 de janeiro de 2003, com
Seção II
redação dada pelo art. 21 da Lei Complementar
nº 78, de 18 de novembro de 2005.) DA LICENÇA PRÊMIO
Parágrafo único. A indenização será cal- Art. 112. Serão concedidos ao funcionário, após
culada com base na remuneração do mês cada decênio de serviço efetivo prestado ao Es-
em que for publicado o ato de exoneração. tado, seis meses de licença-prêmio, com todos
(Acrescido pelo art. 20 da Lei Complemen- os direitos e vantagens do cargo efetivo.
tar nº 49, de 31 de janeiro de 2003, com re-
Parágrafo único. A pedido do funcionário, a
dação dada pelo art. 21 da Lei Complemen-
licença-prêmio poderá ser gozada em par-
tar nº 78, de 18 de novembro de 2005.)
celas não inferiores a um mês.
Art. 113. Não será concedida licença-prêmio,
se houver o funcionário, no decênio correspon-
CAPÍTULO VI dente:
DAS LICENÇAS
I – Cometido falta disciplinar grave;
Seção I II – Faltado ao serviço, sem justificação, por
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES mais de trinta dias;
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último que será correspondente ao venci- Art. 118. Na licença requerida por funcionário
mento percebido pelo funcionário no mês que estiver em outro Estado, a inspeção será re-
em que passar à inatividade. alizada pelo órgão médico oficial, que remeterá
o laudo respectivo à repartição competente.
Parágrafo único. O valor da licença prêmio
corresponderá a seis (6) meses do venci- Art. 119. O funcionário não poderá permanecer
mento atribuído ao funcionário no mês em licença para tratamento de saúde por perío-
em que houver completado o respectivo do superior a vinte e quatro meses, exceto nos
decênio, exceto o último, que será corres- casos considerados recuperáveis, nos quais, a
pondente ao vencimento percebido pelo critério da junta médica, a licença poderá ser
funcionário no mês em que passar à inati- prorrogada.
vidade ou falecer. (Redação alterada pelo
art. 8º da Lei nº 6.933, de 29 de agosto de Art. 120. No processamento das licenças para
1975.) tratamento de saúde, será observado o devido
sigilo sobre os laudos e atestados médicos.
Seção III Art. 121. Se o funcionário licenciado para trata-
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO mento de saúde vier a exercer atividade remu-
DE SAÚDE nerada, será a licença interrompida, com perda
total do vencimento, até que reassuma o exercí-
Art. 115. A licença para tratamento de saúde cio do cargo.
poderá ser concedida a pedido ou de ofício.
Parágrafo único. Os dias correspondentes à
§ 1º Para a concessão de licença prevista perda de vencimento, de que trata este arti-
neste artigo, é indispensável inspeção mé- go, serão considerados como de licença, na
dica, que será realizada quando necessário, forma do item VI do artigo 109.
no local onde se encontrar o funcionário.
Art. 122. Será sempre integral o vencimento do
§ 2º A licença para tratamento de saúde de- funcionário licenciado para tratamento de saú-
verá ser requerida no prazo de dez dias, a de.
contar da primeira falta ao serviço.
Art. 123. Julgado apto pela inspeção médica, o
§ 3º Findo o prazo da licença, o funcionário funcionário reassumirá imediatamente o exercí-
deverá reassumir imediatamente o exercí- cio, sob pena de se considerar como falta o perí-
cio. odo de ausência.
Art. 116. A inspeção será realizada por junta Art. 124. No caso de licença, poderá o funcio-
médica estadual. nário requerer inspeção médica, caso se julgue
apto a reassumir o exercício.
Parágrafo único. No caso de licença até no-
venta dias, a inspeção poderá ser realizada Seção IV
por um dos membros da junta médica esta-
dual. DA LICENÇA POR MOTIVO DE
DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 117. Nas localidades em que não houver
junta médica, a inspeção poderá, a juízo da Art. 125. O funcionário poderá obter licença por
Administração, ser realizada por médico da Se- motivo de doença na pessoa de ascendente,
cretaria de Saúde, e, na falta deste, com a de- descendente, colateral, consanguíneo ou afim,
claração do fato, por outro médico do serviço até o 2º grau, de cônjuge do qual não seja legal-
público. mente separado ou de pessoa que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento indivi-
dual, desde que prove ser indispensável a sua
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assistência pessoal e esta não possa ser presta- Parágrafo único. (SUPRIMIDO) (Suprimido
da simultaneamente com o exercício do cargo. pelo art. 1º da Lei Complementar nº 91, de
21 de junho de 2007.)
§ 1º A doença será comprovada em inspe-
ção médica realizada com obediência ao § 1º A licença-maternidade será deferida à
disposto neste Estatuto quanto à licença gestante mediante avaliação médica oficial,
para tratamento de saúde. pelo órgão estadual competente, preferen-
cialmente a partir do oitavo mês de gesta-
§ 2º A licença de que trata este artigo não ção. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Comple-
excederá vinte e quatro meses e será con- mentar nº 91, de 21 de junho de 2007.)
cedida:
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a
I – com vencimento integral, até três meses; licença terá início a partir do parto. (Acresci-
II – com metade do vencimento, até um do pelo art. 1º da Lei Complementar nº 91,
ano; de 21 de junho de 2007.)
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(Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen- Parágrafo único. No caso de estágio remu-
tar nº 91, de 21 de junho de 2007.) nerado, é facultada a opção pelo estipên-
dio, como militar.
§ 1º A licença-maternidade somente será
deferida mediante a apresentação do termo Seção VII
judicial de guarda à adotante ou guardiã. DA LICENÇA PARA TRATO DE INTE-
(Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-
tar nº 91, de 21 de junho de 2007.) RESSE PARTICULAR
§ 2º A licença-maternidade concedida à Art. 130. Depois de dois anos de efetivo exer-
servidora nos termos deste artigo possui cício, o servidor poderá obter licença, sem ven-
a mesma natureza da licença concedida à cimento, para trato de interesse particular, por
gestante, produzindo os mesmos efeitos, in- prazo não superior a quatro anos.
clusive sendo considerado de efetivo exercí-
Art. 130. Depois de dois anos de efetivo exercí-
cio o afastamento, para os fins de apuração
cio, o servidor poderá obter licença sem venci-
do tempo de serviço. (Acrescido pelo art. 1º
mentos, para trato de interesse particular, por
da Lei Complementar nº 91, de 21 de junho
prazo não superior a quatro anos, renovável por
de 2007.)
igual período. (Redação alterada pelo art. 5º
Seção VI da Lei Complementar nº 16, de 8 de janeiro de
1996.)
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILI-
TAR OBRIGATÓRIO Parágrafo único. O requerente deverá
aguardar no exercício, a concessão da li-
Art. 127. Ao funcionário convocado para o ser- cença, que poderá ser negada, quando não
viço militar e outros encargos da segurança Na- convier ao interesse do serviço.
cional, será concedida licença com vencimento
integral. Parágrafo único. O requerente deverá
aguardar em exercício a concessão de li-
§ 1º A licença será concedida à vista de do- cença, que poderá ser negada, quando não
cumento oficial que prove a incorporação. convier ao interesse do serviço. (Redação
alterada pelo art. 5º da Lei Complementar
§ 2º Do vencimento descontar-se-á a impor- nº 16, de 8 de janeiro de 1996.)
tância que o funcionário perceber na quali-
dade de incorporado. Art. 131. Não será concedida licença para trato
de interesse particular a funcionário removido,
§ 3º É facultado ao funcionário incorporado antes de assumir o exercício.
optar pelo estipêndio como militar.
Art. 132. O funcionário, em qualquer tempo,
Art. 128. Ao funcionário desincorporado con- poderá desistir da licença para trato de interes-
ceder-se-á o prazo não excedente de trinta dias se particular.
para reassumir o exercício, sem perda de venci-
mento. Seção VIII
Art. 129. Ao funcionário oficial, ou aspirante a DA LICENÇA À FUNCIONÁRIA
oficial da reserva das Forças Armadas será con- CASADA PARA ACOMPANHAR O
cedida licença com vencimento integral, duran- MARIDO
te os estágios não remunerados previstos pelos
regulamentos militares. Art. 133. A funcionária casada terá direito a li-
cença sem vencimento para acompanhar o ma-
rido, funcionário civil ou militar ou servidor da
administração direta ou indireta do Poder Pú-
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blico, mandado servir de oficio fora do País, em II – em exercício de mandato eletivo remu-
outro ponto do território nacional ou do Estado. nerado, federal, estadual ou municipal.
§ 1º A concessão da licença dependerá de II – Em exercício de mandato eletivo remu-
requerimento devidamente instruído e terá nerado, federal, estadual ou municipal, sal-
a mesma duração da comissão ou nova fun- vo o direito de opção, previsto no art. 263
ção do marido. e seu parágrafo. (Redação alterada pelo art.
5º da Lei nº 7.048, de 24 de dezembro de
§ 2º A persistência dos motivos determinan- 1975.)
tes da licença deverá ser obrigatoriamente
comprovada a cada dois anos, a partir da III – nos casos dos itens XI e XII do artigo 91,
concessão. quando exceder o período de um ano.
§ 3º A inobservância do disposto no pará- Art. 137. O funcionário perderá:
grafo anterior acarretará o cancelamento
automático da licença. Art. 137. O funcionário perderá: (Redação alte-
rada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 55, de
Art. 134. Licença idêntica à de que trata o arti- 30 de dezembro de 2003.)
go anterior será assegurada a qualquer dos côn-
juges quando o outro aceitar mandato eletivo I – o vencimento do dia, se não comparecer
fora do Estado. ao serviço, salvo motivo legal ou moléstia
comprovada;
I – a remuneração do dia, quando não com-
parecer ao serviço, salvo motivo legal ou
CAPÍTULO VII moléstia comprovada; (Redação alterada
DO VENCIMENTO pelo art. 1º da Lei Complementar nº 55, de
30 de dezembro de 2003.)
Art. 135. Vencimento é a retribuição pelo efeti-
vo exercício do cargo, correspondente ao valor II – um terço do vencimento do dia, quando
fixado em lei para o símbolo, padrão ou nível do comparecer ao serviço com atraso máximo
respectivo cargo. de uma hora, ou quando se retirar antes de
findo o período de trabalho;
§ 1° Exceto a gratificação adicional por tem-
po de serviço, o cálculo de qualquer outra II – o vencimento-base do dia, salvo motivo
vantagem percentual ou equivalente ao legal ou moléstia comprovada, quando: (Re-
vencimento, será feito sempre sobre o valor dação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-
fixado em Lei para o símbolo, padrão ou ní- mentar nº 55, de 30 de dezembro de 2003.)
vel do respectivo cargo.
a) comparecer ao serviço com atraso de
§ 2º Somente perceberá vencimento o fun- mais de 01 (uma) hora;
cionário legalmente nomeado e investido
b) retirar-se do serviço com antecedência
em cargo público, não gerando direito a
de mais de 01 (uma) hora, antes de findo o
qualquer provimento ou investidura reali-
expediente de trabalho;
zados em desacordo com a legislação vigen-
te. III – um terço do vencimento, durante o
afastamento por motivo de prisão civil,
Art. 136. Perderá o vencimento do cargo efetivo
prisão preventiva, pronúncia por crime co-
o funcionário:
mum ou denúncia por crime funcional ou
I – Nomeado para cargo em comissão, salvo ainda, condenação por crime inafiançável
o direito de opção e o de acumulação legal; em processo no qual não haja pronúncia,
com direito à diferença, se absolvido;
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(Observação: A Lei Complementar nº 55/2003, Parágrafo único. Para os efeitos deste ar-
por engano, apresentou dois incisos II para este tigo, o funcionário deverá apresentar o
artigo, prejudicando a numeração deste inciso e atestado ao chefe imediato, no prazo de 10
a dos seguintes.) (dez) dias, a contar da primeira falta ao ser-
viço. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei
IV – dois terços do vencimento durante o Complementar nº 55, de 30 de dezembro
afastamento decorrente de condenação por de 2003.)
sentença definitiva a pena que não determi-
ne ou acarrete a perda do cargo. Art. 140. As reposições e indenizações à Fa-
zenda Estadual serão descontadas em parcelas
III – um terço do vencimento-base, duran- mensais, não excedentes da décima parte do
te o afastamento por motivo de prisão civil, vencimento.
prisão preventiva, denúncia por crime co-
mum ou denúncia por crime funcional ou, Art. 140. As reposições e indenizações ao erário
ainda, condenação por crime inafiançável serão descontadas em parcelas mensais corres-
em processo no qual não haja pronúncia, pondentes a dez por cento (10%) da remune-
com direito a diferença, se absolvido; (Re- ração, provento ou pensão. (Redação alterada
dação alterada pelo art. 1º da Lei Comple- pelo art. 1º da Lei Complementar nº 47, de 23
mentar nº 55, de 30 de dezembro de 2003.) de janeiro de 2003.)
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§ 3º A falta de quitação do débito no prazo instalação, relativas ao funcionário e não
anotado implicará na sua inscrição na divida poderá exceder de um mês de vencimento.
ativa. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Comple-
mentar nº 47, de 23 de janeiro de 2003.) § 2º A ajuda de custo será paga adiantada-
mente ao funcionário, ou, se este preferir,
§ 4º Os débitos resultantes de cumprimento na nova sede.
a decisão judicial que venha a ser suspen-
sa ou modificada, com transito em julgado, Art. 145. O funcionário obrigado a permanecer
serão atualizados até a data da reposição. fora da sede por mais de trinta dias, em obje-
(Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen- to de serviço, perceberá a ajuda de custo de um
tar nº 47, de 23 de janeiro de 2003.) mês de vencimento, sem prejuízo das diárias a
que fizer jus.
Art. 141. O desconto realizado por motivo de
não comparecimento ao serviço ou para repo- Art. 146. O funcionário restituirá a ajuda de cus-
sição e indenização à Fazenda Estadual, incidirá to:
sobre o vencimento e as gratificações percebi- I – quando não se transportar para a nova
das pelo funcionário. sede no prazo determinado;
Art. 142. A lei não admitirá vinculação ou equi- II – quando, antes de realizar a incumbência
paração de qualquer natureza, para efeito de que lhe foi atribuída, regressar, abandonar
vencimento do pessoal do serviço público. o serviço ou pedir exoneração.
§ 1º A obrigação de restituir é de responsa-
bilidade pessoal e deverá ser cumprida den-
CAPÍTULO VIII tro do prazo de trinta dias.
DAS VANTAGENS § 2º Não haverá obrigação de restituir, se
o regresso do funcionário decorrer de de-
Seção I terminação de autoridade competente, de
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES doença comprovada ou de exoneração a pe-
dido após noventa dias de exercício na nova
Art. 143. Além do vencimento, poderão ser con- sede.
feridas ao funcionário as seguintes vantagens:
Art. 147. Será calculada a ajuda de custo:
I – ajuda de custo;
I – sobre o vencimento do cargo;
II – diárias;
II – sobre o vencimento do cargo em comis-
III – auxílio para diferença de caixa; são que passar a exercer na nova sede;
IV – salário-família; III – sobre o vencimento do cargo efetivo,
V – gratificações. acrescido da gratificação, quando se tratar
de função assim retribuída.
Seção II
DA AJUDA DE CUSTO Seção III
DAS DIÁRIAS
Art. 144. Será concedida a ajuda de custo ao
funcionário que for designado, de oficio, para Art. 148. Ao funcionário que se deslocar de sua
servir em nova sede. sede em objeto de serviço ou missão oficial, se-
rão concedidas diárias correspondentes ao pe-
§ 1º Destinam-se a ajuda de custo ao ressar- ríodo de ausência, a título de compensação das
cimento das despesas de viagem e de nova despesas de alimentação e pousada.
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sua guarda; e, se ambos os tiverem, de acor- este será pago aos beneficiários, atendidos
do com a distribuição dos dependentes; os requisitos necessários à sua concessão.
§ 3º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17 da Parágrafo único. (REVOGADO) (Revogado
Lei Complementar nº 41, de 26 de dezem- pelo art. 17 da Lei Complementar nº 41, de
bro de 2001.) 26 de dezembro de 2001.)
§ 4º Equiparam-se ao pai e à mãe, os repre- Art. 155. O salário-família não está sujeito a
sentantes legais dos incapazes e as pessoas qualquer tributo, nem servirá de base para
a cuja guarda e manutenção estiverem con- qualquer contribuição ainda que para o fim de
fiados, por autorização judicial. previdência social.
§ 4º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17 da Art. 155. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17
Lei Complementar nº 41, de 26 de dezem- da Lei Complementar nº 41, de 26 de dezembro
bro de 2001.) de 2001.)
§ 5º Entende-se por companheira a mulher Art. 156. Quando o funcionário, em face de re-
solteira, desquitada ou viúva que viva há gime de acumulação, ocupar mais de um cargo,
cinco anos no mínimo, sob a dependência só perceberá o salário-família pelo exercício de
econômica do funcionário solteiro, desqui- um deles.
tado ou viúvo, enquanto persistir o impedi-
mento legal de qualquer das partes para o Art. 156. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17
casamento. da Lei Complementar nº 41, de 26 de dezembro
de 2001.)
§ 5º Entende-se por companheira a mulher
solteira, desquitada ou viúva que vive há Art. 157. O direito à percepção do salário-famí-
cinco anos, no mínimo, sob a dependência lia cessa quando um dos cônjuges, ocupando
econômica do funcionário solteiro, desqui- cargo ou função pública federal, estadual ou
tado ou viúvo. (Redação alterada pelo art. municipal, já perceber essa vantagem pelos res-
18 da Lei nº 7.125, de 23 de junho de 1976.) pectivos dependentes.
§ 5º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17 da Art. 157. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17
Lei Complementar nº 41, de 26 de dezem- da Lei Complementar nº 41, de 26 de dezembro
bro de 2001.) de 2001.)
Art. 153. O salário-família será pago ainda que o Art. 158. Verificada, a qualquer tempo, a falsi-
funcionário, por motivo legal ou disciplinar, não dade dos documentos apresentados, ou a falta
esteja percebendo vencimento ou provento. de comunicação dos fatos que determinarem a
perda do direito ao salário-família, será revista a
Art. 153. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17 concessão deste e determinada a reposição da
da Lei Complementar nº 41, de 26 de dezembro importância indevidamente paga, acrescida da
de 2001.) multa de vinte por cento, independentemente
do procedimento criminal cabível.
Art. 154. No caso de falecimento do funcioná-
rio, o salário-família continuará a ser pago aos Art. 158. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17
seus beneficiários. da Lei Complementar nº 41, de 26 de dezembro
de 2001.)
Art. 154. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17
da Lei Complementar nº 41, de 26 de dezembro Art. 159. O salário-família será devido a partir
de 2001.) da data do início do exercício do funcionário
que ingresse no serviço público, com relação
Parágrafo único. Se o funcionário falecido aos dependentes então existentes.
não se houver habilitado ao salário-família,
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Art. 159. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17 X – pela prestação de serviços em regime de
da Lei Complementar nº 41, de 26 de dezembro tempo complementar ou integral com de-
de 2001.) dicação exclusiva; (Gratificações de tempo
complementar e de tempo integral extintas
§ 1º Quanto aos dependentes supervenien- pelo art. 5º da Lei nº 7.907, de 6 de julho de
tes, o salário-família será devido a partir da 1979.)
data em que nascerem ou se configurar a
dependência. (Vide o art. 5º da Lei nº 7.907, de 6 de julho de
1979, revogado pelo art. 20 da Lei nº 11.216, de
§ 1º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17 da 20 de junho de 1995. Art. 5º Ficam extintas as
Lei Complementar nº 41, de 26 de dezem- gratificações de tempo complementar e de tem-
bro de 2001.) po integral. Parágrafo único. As atuais gratifi-
§ 2º Excetuada a hipótese de esposa e de cações de que trata este artigo, recebidas pelos
filho consanguíneo, afim, ou adotivo, o sa- ocupantes de cargos efetivos e em comissão, in-
lário-família somente será pago a partir do clusive do Grupo Ocupacional Tesouraria, ficam
ano em que for requerido. transformadas em gratificação especial e majo-
radas, em seus valores, no mesmo percentual de
§2º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 17 da aumento do vencimento do cargo exercido pelo
Lei Complementar nº 41, de 26 de dezem- funcionário. – gratificação extinta pelo inciso
bro de 2001.) II do art. 19 da Lei nº 8.121, de 28 de maio de
1980. Art. 19. Ficam extintas as seguintes vanta-
(Vide os arts. 3º ao 10 da Lei Complementar nº
gens: (...) II- Gratificação Especial instituída pelo
41, de 26 de dezembro de 2001.)
Parágrafo único do Art. 5º da Lei nº 7.907, de 6
Seção VI de julho de 1979. )
DAS GRATIFICAÇÕES X – pela prestação de serviço em regime de
tempo complementar/ou integral com de-
Art. 160. Será concedida gratificação: dicação exclusiva. (Redação alterada pelo
I – de função; art. 20 da Lei nº 11.216, de 20 de junho de
1995.)
II – pela prestação de serviço extraordiná-
rio; XI – de produtividade;
IX – pela participação, como auxiliar ou Art. 161. Exceto nos casos expressamente pre-
membro de comissão examinadora de con- vistos em Lei, o afastamento eventual ou tem-
curso; porário do exercício do seu cargo, a lotação ou
designação do funcionário para servir em outro
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órgão, acarreta o cancelamento automático das I – (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 3º da
gratificações atribuídas ao mesmo e não incor- Lei nº 8.131, de 28 de maio de 1980.)
poradas ao vencimento.
II – arbitrada previamente pelo Diretor da
Art. 162. Gratificação de Função é a que corres- repartição, se não puder ser aferida por uni-
ponde a encargos de chefia e a outros que a lei dade de tempo.
determinar, não podendo ser atribuída a ocu-
pante de cargo em comissão. II – (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 3º da
Lei nº 8.131, de 28 de maio de 1980.)
Art. 162 Gratificação de Função é a que corres-
ponde a encargos de gerência, chefia ou super- § 1º Na hipótese prevista no item I, a grati-
visão de órgãos e outros definitivos em regula- ficação não poderá exceder, no mês, a cin-
mento, não podendo ser atribuída a ocupante quenta horas de trabalho.
de cargo em comissão. (Redação alterada pelo § 1º (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 3º
art. 13 da Lei nº 10.311, de 7 de agosto de 1989.) da Lei nº 8.131, de 28 de maio de 1980.)
Parágrafo único. A ausência por motivo de § 1º Os valores pagos a título de gratificação
férias, luto, casamento, doença comprova- pela prestação de serviço extraordinário
da, licença-prêmio, licença para tratamen- não poderão exceder, no mês, a mais de 40
to de saúde, licença à gestante, licença por (quarenta) horas extras de trabalho. (Reda-
motivo de doença em pessoa da família ou ção alterada pelo art. 13 da Lei nº 10.311,
serviço obrigatório por lei não acarretará de 7 de agosto de 1989.)
perda da gratificação de função.
§ 2º A gratificação referida no item II, não
Art. 163. O exercício de cargo em comissão ou excederá a dois terços do vencimento men-
de função gratificada exclui a gratificação pela sal do funcionário.
prestação de serviço extraordinário.
§ 2º (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 3º
Art. 163. O exercício de cargo em comissão ex- da Lei nº 8.131, de 28 de maio de 1980.)
clui a gratificação pela prestação de serviço ex-
traordinário. (Redação alterada pelo art. 8º da § 2º O Poder Executivo regulamentará a for-
Lei nº 6.933, de 29 de agosto de 1975.) ma e os procedimentos para concessão e
pagamento da gratificação pela prestação
Art. 164. A gratificação pela prestação de servi- de serviço extraordinário. (Redação alte-
ço extraordinário poderá ser: rada pelo art. 13 da Lei nº 10.311, de 7 de
Art. 164. A gratificação pela prestação de ser- agosto de 1989.)
viço extraordinário, observada regulamentação § 3º O valor do salário-hora, para efeito de
estabelecida pelo Poder Executivo, não pode- pagamento pela prestação de serviço extra-
rá ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) do ordinário, será obtido dividindo-se o venci-
vencimento mensal do funcionário. (Redação mento mensal do funcionário:
alterada pelo art. 3º da Lei nº 8.131, de 28 de
maio de 1980.) § 3º (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 3º
da Lei nº 8.131, de 28 de maio de 1980.)
Art. 164 A gratificação pela prestação de serviço
extraordinário corresponderá a 50% (cinquenta § 3º A gratificação de que trata este artigo
por cento) a mais do valor da hora normal. (Re- será incorporada aos proventos quando o
dação alterada pelo art. 13 da Lei nº 10.311, de servidor, ao aposentar-se, a venha perce-
7 de agosto de 1989.) bendo há mais de 12 (doze) meses, ininter-
ruptamente. (Redação alterada pelo art. 13
I – paga por hora de trabalho prorrogado ou da Lei nº 10.311, de 7 de agosto de 1989.)
antecipado; (Prejudicado pela nova redação do § 4º
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III – (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 3º da Art. 165. A gratificação prevista no item III do
Lei nº 8.131, de 28 de maio de 1980.) art. 160 será atribuída a servidor com exercício
no Gabinete e na Assessoria Técnica do Gover-
§ 4º A gratificação de que trata este artigo nador, do Vice-Governador e de Secretário de
será incorporada aos proventos quando o Estado. (Redação alterada pelo art. 8º da Lei nº
servidor, ao aposentar-se, a venha perce- 6.933, de 29 de agosto de 1975.)
bendo há cinco (5) anos, ininterruptamen-
te. (Acrescido pelo art. 9º da Lei nº 6.933, § 1º A gratificação pela representação de
de 29 de agosto de 1975.) gabinete exclui as outras espécies de gratifi-
cação, salvo as constantes dos itens I, VI, VII,
§ 4º A Gratificação de que trata este artigo VIII, IX, X, XII e XV do artigo 160.
será incorporada aos proventos quando o
servidor, ao aposentar-se, a venha perce- § 1º A gratificação pela representação de
bendo há três (03) anos, ininterruptamen- Gabinete exclui as outras espécies de grati-
te. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei nº ficações, salvo as constantes dos itens I, II,
7.830, de 14 de março de 1979.) VI, VII, VIII, IX, X, XII, XV e XVI do art. 160.
(Redação alterada pelo art. 19 da Lei nº
§ 4º (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 3º 7.125, de 23 de junho de 1976.)
da Lei nº 8.131, de 28 de maio de 1980.)
§ 2º Aplica-se à gratificação pela represen-
§ 4º A gratificação de que trata este artigo tação de gabinete o disposto no parágrafo
será incorporada aos proventos quando o único do artigo 162.
servidor, ao aposentar-se, a venha perce-
bendo há 01 (um) ano, ininterruptamente, § 2º Aplica-se à gratificação pela represen-
ou 05 (cinco) anos, com interrupção. (Reda- tação de gabinete o disposto no parágrafo
ção alterada pelo art. 1º da Lei nº 10.321, único do art. 162 e no §4º do art. 164. (Re-
de 6 de setembro de 1989.) dação alterada pelo art. 2º da Lei nº 7.830,
de 14 de março de 1979.)
(Vide o art. 22 da Lei nº 11.216, de 20 de junho
de 1995, que vedou a incorporação. Art. 22. É Art. 166. A gratificação adicional por tempo de
vedada a incorporação aos vencimentos dos serviço será calculada sobre o vencimento do
servidores públicos estaduais, por ocasião da cargo efetivo e para todos os efeitos a ele in-
aposentadoria dos valores adicionais e gratifi- corporada, correspondendo a cinco por cento
cações atribuídos e pagos, a qualquer título, por por quinquênio de efetivo exercício prestado à
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União, aos Estados, aos Municípios de Pernam- quando solicitada através da repartição a
buco e às respectivas autarquias. que pertence o funcionário;
Parágrafo único. A gratificação adicional IV – O exercício, no interior do Estado, de
por tempo de serviço é concedida automa- profissão regulamentada, de nível superior,
ticamente a partir do dia imediato àquele por funcionário residente e lotado no inte-
em que o funcionário completar o quinqu- rior do Estado, desde que seja observado o
ênio. respectivo horário de trabalho e não haja
prejuízo para o desempenho das tarefas re-
Art. 167. A gratificação pela prestação de servi- alizadas em regime de tempo integral.
ço em regime de tempo complementar, de tem-
po integral ou tempo integral com dedicação ex- V – O exercício de atividade docente, desde
clusiva será fixada em regulamento e destina-se que observado o disposto no item anterior
a incrementar o funcionamento dos órgãos da quanto ao horário de trabalho e ao desem-
administração. penho das tarefas, haja correlação de maté-
ria com as atribuições e a natureza do cargo
§ 1º O regime de tempo complementar ou exercido em regime de tempo integral.
de tempo integral aplica-se a cargos e fun-
ções que, por sua natureza, exijam do fun- Art. 168. A gratificação de produtividade não
cionário o desempenho de atividades téc- poderá exceder a um mês de vencimento e será
nicas, científicas ou de pesquisa, e aos de atribuída ao funcionário pela realização de tra-
direção, chefia e assessoramento. balhos, além do expediente em obediência ao
que dispuser o regulamento.
§ 2º O funcionário sujeito ao regime de
tempo integral com dedicação exclusiva Art. 169. A gratificação prevista no item V do
deve dedicar-se plenamente aos trabalhos artigo 160 deste Estatuto, será incorporada ao
de seu cargo ou função, sendo-lhe vedado o provento da aposentadoria do funcionário, na
exercício cumulativo de outro cargo, função proporção de um trinta e cinco avos, se do sexo
ou atividade pública de qualquer natureza masculino, e de um trinta avos, se do sexo femi-
ou atividade particular, de caráter emprega- nino, por ano que tenha sido efetivamente per-
tício ou profissional. cebida.
§ 3º Excetuam-se da proibição constante do Art. 169. A gratificação prevista no item V do
parágrafo anterior: art. 160 deste Estatuto será incorporada aos
proventos da aposentadoria do funcionário,
I – o exercício em órgão de deliberação co- quando percebida ininterruptamente durante
letiva, desde que relacionado com a função os dois (02) anos imediatamente anteriores à
desempenhada em regime de tempo inte- aposentadoria. (Redação alterada pelo art. 8º
gral; da Lei nº 6.933, de 29 de agosto de 1975.)
II – As atividades que, sem caráter de em- (Vide o art. 22 da Lei nº 11.216, de 20 de junho
prego, se destinem a difusão e aplicação de 1995, que vedou a incorporação. Art. 22. É
de idéias e conhecimentos, salvo as que vedada a incorporação aos vencimentos dos
impossibilitem ou prejudiquem a execução servidores públicos estaduais, por ocasião da
das tarefas inerentes ao regime de tempo aposentadoria dos valores adicionais e gratifi-
integral; cações atribuídos e pagos, a qualquer título, por
III – A prestação de assistência não remune- fontes ou recursos federais, independentemen-
rada a outros serviços, visando a aplicação te, do seu tempo de fruição.)
de conhecimentos técnicos ou científicos, Parágrafo único. O cálculo da quantia a ser
incorporada, será efetuado sobre o valor da
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última gratificação mensal percebida pelo Art. 174. Ao funcionário matriculado em esta-
funcionário. belecimento de ensino médio ou superior, será
concedido, sem prejuízo da duração semanal do
Parágrafo único. O cálculo da quantia a ser trabalho, um horário que lhe permita a frequên-
incorporada será feito com base na média cia às aulas, bem como ausentar-se do serviço,
aritmética da gratificação percebida pelo sem prejuízo do vencimento e demais vanta-
funcionário nos últimos vinte e quatro (24) gens, para submeter-se a prova ou exame, me-
meses. (Redação alterada pelo art. 8º da Lei diante apresentação de atestado fornecido pelo
nº 6.933, de 29 de agosto de 1975.) respectivo estabelecimento.
Art. 175. Ao funcionário matriculado em qual-
quer unidade escolar que necessite mudar de
CAPÍTULO IX domicílio para exercer cargo ou função pública,
DAS CONCESSÕES será assegurada matrícula em estabelecimento
estadual de ensino na nova sede, independen-
Art. 170. Sem prejuízo do vencimento, ou de temente de época ou da existência de vaga.
qualquer direito ou vantagem, o funcionário po-
derá faltar ao serviço até oito dias consecutivos, Parágrafo único. A concessão de que trata
por motivo de: este artigo é extensiva ao cônjuge e filhos
consanguíneos, afins ou adotivos do funcio-
I – casamento; nário.
II – falecimento do cônjuge, pais, filhos ou Art. 176. O Governo poderá conferir prêmios ao
irmãos. funcionário autor de trabalho considerado de
interesse público ou de utilidade para a admi-
Art. 171. Será concedido transporte à família do
nistração.
funcionário falecido no desempenho de serviço
fora da sede do seu trabalho. Art. 177. O funcionário poderá ser contratado,
no interesse do serviço, para função técnica es-
Art. 172. À família do funcionário falecido será
pecializada.
concedido o auxilio funeral, correspondente a
um mês de vencimento ou provento. § 1º Enquanto durar o contrato ficará sus-
pensa a relação estatutária, excetuada a
§ 1º Em caso de acumulação, o pagamento
aplicação das normas contidas nos títulos V
do auxílio funeral corresponderá ao venci-
e VI deste Estatuto.
mento do cargo de maior padrão ou nível
exercido pelo funcionário. § 2º Fica assegurado ao funcionário o direi-
to de reassumir, a qualquer tempo, o seu
§ 2º A despesa com o auxílio funeral correrá
cargo efetivo, contando-se para todos os
à conta de dotação orçamentária própria.
efeitos legais o respectivo tempo de serviço.
§ 3º O pagamento do auxílio funeral obe-
Art. 178. O funcionário poderá ausentar-se do
decerá a processo sumário, que deverá ser
Estado, para estudo ou missão oficial, desde
concluído no prazo de quarenta e oito horas
que autorizado pelo Governador.
da apresentação do atestado de óbito, in-
correndo em pena de suspensão o respon- Art. 178. O servidor poderá ausentar-se do Es-
sável pelo retardamento. tado para estudo ou missão oficial, mediante
autorização do Governador e, na hipótese de
Art. 173. O vencimento e o provento não sofre-
delegação, pelo Secretário de Estado ou autori-
rão descontos, além dos autorizados em lei ou
dade equiparada. (Redação alterada pelo art. 1º
regulamento.
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da Lei Complementar nº 17, de 30 de dezembro III – para curso de doutorado, por 48 ( qua-
de 1996.) renta e oito) meses, prorrogáveis por mais 6
(seis) meses. (Acrescido pelo art. 1º da Lei
Art. 178 O servidor poderá afastar-se de suas Complementar nº 17, de 30 de dezembro
funções, para estudo ou para servir em organis- de 1996.)
mo internacional com o qual o Brasil mantenha
vínculo de cooperação, desde que previamente § 3º Autorizado o afastamento, o funcioná-
autorizado pelo Governador do Estado, ou Se- rio assinará termo de compromisso obri-
cretário de Estado por ele delegado. (Redação gando- se a prestar pelo menos dois anos
alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº de serviço à administração estadual após a
140, de 3 de julho de 2009.) conclusão do curso.
§ 1º A ausência não poderá exceder de dois § 3º Constará do termo de compromisso re-
anos, e, finda a missão oficial ou estudo, so- ferido no § 1º deste artigo a obrigatorieda-
mente decorrido igual período será permiti- de de permanência do servidor público no
do novo afastamento. Estado de Pernambuco, no órgão de origem
ou em lotação conforme sua especialização,
§ 1º O afastamento para estudo dar-se- por período igual ou superior ao do afasta-
-á sem prejuízo da remuneração, excluídas mento, sob pena de ressarcimento ao Esta-
as vantagens inerentes ao efetivo exercício do dos vencimentos pagos durante o perí-
do cargo, desde que o servidor tenha sido odo. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei
aprovado em processo de seleção junto a Complementar nº 17, de 30 de dezembro
instituição de ensino e mediante assinatura de 1996.)
de termo de compromisso. (Redação altera-
da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 17, § 4º Em nenhuma hipótese será permitido
de 30 de dezembro de 1996.) o afastamento se não for demonstrada a
correlação dos estudos com as atribuições
§ 2º Na hipótese de estudo a autorização do cargo exercido pelo servidor. (Acrescido
estará condicionada à correlação com a ati- pelo art. 1º da Lei Complementar nº 17, de
vidade que exerce o funcionário e à com- 30 de dezembro de 1996.)
provação da frequência e aproveitamento.
§ 5º O deferimento do pedido de afasta-
§ 2º O afastamento referido no parágrafo mento condiciona-se, ainda, a conveniência
anterior, sem prejuízo das hipóteses de cur- do serviço e ao interesse da Administração
so de menor duração, dar-se-á nos seguin- Pública. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-
tes prazos: (Redação alterada pelo art. 1º da plementar nº 17, de 30 de dezembro de
Lei Complementar nº 17, de 30 de dezem- 1996.)
bro de 1996.)
§ 5º O afastamento dar-se-á sem vencimen-
I – para curso de especialização, por 18 (de- tos quando se tratar de serviço em organis-
zoito) meses, prorrogáveis por mais 3 (três) mo internacional. (Redação alterada pelo
meses; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com- art. 1º Lei Complementar nº 140, de 3 de
plementar nº 17, de 30 de dezembro de julho de 2009.)
1996.)
§ 6º O deferimento do pedido de afasta-
II – para curso de mestrado, por 30 (trinta) mento condiciona-se, ainda, à conveniência
meses, prorrogáveis por mais 6 (seis) me- do serviço e ao interesse da Administração
ses; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Comple- Pública. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-
mentar nº 17, de 30 de dezembro de 1996.) plementar nº 140, de 3 de julho de 2009.)
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III – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 Art. 183. O requerimento ou representação será
da Lei Complementar nº 28, de 14 de janei- dirigido, por intermédio da autoridade a que o
ro de 2000.) funcionário estiver diretamente subordinado, à
competente para decidi-lo.
IV – Cursos de aperfeiçoamento e especiali-
zação profissional; § 1º Quando a autoridade a quem for apre-
sentado o requerimento ou a representa-
ção não tiver competência para a decisão,
encaminhá-lo-á, no prazo de dez dias devi-
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damente informado à que detiver a compe- II – em cento e vinte dias, nos demais casos.
tência.
Art. 188. Os prazos para pleitear na esfera ad-
§ 2º A autoridade competente deverá deci- ministrativa, pedir reconsideração e interpor
dir o requerimento ou a representação no recurso serão contados a partir da publicação,
prazo de trinta dias, a contar do recebimen- no órgão oficial, do ato ou decisão impugnados
to, ressalvada a necessidade de diligência ou, quando de natureza reservada, da data da
quando o prazo se iniciará do conhecimento ciência do interessado:
da conclusão da diligência.
Art. 189. Contar-se-ão por dias corridos os pra-
Art. 184. Da decisão caberá no prazo de trinta zos previstos neste Estatuto.
dias, pedido de reconsideração, que não pode
ser renovado. Parágrafo único. Não se computará no pra-
zo o dia inicial, prorrogando-se o vencimen-
Art. 185. Caberá recurso: to que incidir em sábado, domingo ou feria-
do para o primeiro dia útil subsequente.
I – do indeferimento do pedido de reconsi-
deração;
II – da decisão que julgar recurso interpos- TÍTULO V
to;
Do Regime Disciplinar
§ 1º O recurso será interposto no prazo de
trinta dias perante a autoridade que tiver
de proferir a decisão e julgado pela autori-
dade imediatamente superior.
CAPÍTULO I
§ 2º No encaminhamento do recurso, a DA ACUMULAÇÃO
autoridade recorrida observará o prazo es-
tabelecido no parágrafo primeiro do artigo Art. 190. É vedada a acumulação remunerada
183. exceto:
Art. 186. Será considerado tacitamente indefe- I – a de Juiz e um cargo de professor;
rido o requerimento, a representação, pedido
II – a de dois cargos de professor;
de reconsideração ou o recurso que não for de-
cidido dentro do prazo de quarenta e cinco dias III – a de um cargo de professor com outro
a contar da data de seu recebimento pela auto- técnico ou científico;
ridade competente para decisão, salvo em caso
que exija a realização de diligência ou parecer IV – a de dois cargos privativos de médico.
especial. IV – a de dois cargos ou empregos privativos
Parágrafo único. No caso de diligência ou de profissionais de saúde, com profissões
parecer especial, o prazo previsto neste ar- regulamentadas. (Redação alterada pela Lei
tigo será acrescido de mais quinze dias im- Complementar nº 223, de 10 de dezembro
prorrogáveis. de 2012.)
Art. 187. O funcionário decai do direito de plei- § 1º Em qualquer dos casos, a acumulação
tear na esfera administrativa: somente é permitida quando haja correla-
ção de matérias e compatibilidade de horá-
I – em cinco anos, quanto aos atos de que rios.
decorra perda do cargo, de vencimentos ou
vantagens pecuniárias ou cassação de apo- § 2º A proibição de acumular se estende
sentadoria ou disponibilidade; a cargos, funções ou empregos em autar-
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vo em órgão da administração pública indi- Art. 196. A responsabilidade civil decorre de
reta; procedimento doloso ou culposo, que importe
em prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros.
VIII – exercer comércio ou participar de so-
ciedade comercial, exceto como acionista, § 1º O ressarcimento do prejuízo causado
cotista ou comanditário; à Fazenda Estadual no que exceder os limi-
tes do seguro-fidelidade quando houver e,
IX – pleitear, como procurador ou interme- à falta de outros bens que respondam pela
diário, junto às repartições públicas, salvo indenização, poderá ser liquidado mediante
quando se tratar de percepção de venci- desconto em prestações mensais não exce-
mento ou vantagem de parente consanguí- dentes da décima parte do vencimento do
neo ou afim até o segundo grau; funcionário.
X – praticar usura em qualquer de suas for- § 2º Tratando-se de dano causado a terceiro
mas; responderá o funcionário perante a Fazenda
XI – receber propinas, comissões, presentes Estadual em ação regressiva proposta após
ou vantagens de qualquer espécie, em ra- transitar em julgado a decisão que a houver
zão do cargo ou função; condenado a indenizar o terceiro.
XII – cometer a pessoa estranha à reparti- Art. 197. A responsabilidade penal abrange os
ção, fora dos casos previstos em lei o de- crimes e contravenções imputados ao funcioná-
sempenho de encargo que lhe competir ou rio como tal.
a seus subordinados; Art. 198. A responsabilidade administrativa re-
XIII – promover direta ou indiretamente sulta de ação ou omissão do desempenho do
a paralisação de serviços públicos ou dela cargo ou função e não será elidida pelo ressar-
participar; cimento do dano.
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Art. 200. Na aplicação das penas disciplinares IX – corrupção passiva nos termos da lei pe-
serão consideradas a natureza e a gravidade da nal;
infração, os danos que dela provierem para o
serviço público e os antecedentes do funcioná- X – reincidência em falta que deu origem à
rio. aplicação da pena de suspensão por trinta
dias;
Art. 201. A repreensão será aplicada por escrito,
nos casos de desobediência ou falta de cumpri- XI – transgressão ao disposto no item I do
mento do dever. artigo 194 combinado com o parágrafo úni-
co do artigo 192 deste Estatuto;
Art. 202. A suspensão, que não excederá de
trinta dias, será aplicada em casos de: XII – transgressão ao disposto nos itens V,
VI, VII, VIII, X, Xl, XIII, XIV, XV e XVI do artigo
I – falta grave; 194;
II – reincidência em falta punível com a XIII – perda da nacionalidade brasileira;
pena de repreensão;
XIV – sessenta dias de falta ao serviço,
III – transgressão do disposto nos itens II, III, em período de doze meses, sem causa
IX e XII do artigo 194. justificada, desde que não configure aban-
dono de cargo.
Parágrafo único. Quando houver conveni-
ência para o serviço, a pena de suspensão Parágrafo único. Considera-se abandono de
poderá ser convertida em multa, na base de cargo a ausência ao serviço sem justa causa,
cinquenta por cento por dia de vencimen- por mais de trinta dias consecutivos.
to, obrigado o funcionário a permanecer no
serviço. Art. 205. O ato da demissão mencionará a causa
da penalidade.
Art. 203. A destituição de função terá por fun-
damento a falta de exação do cumprimento do Art. 206. Atendida a gravidade da falta, a demis-
dever. são quando fundamentada nos itens, I, VI, VII,
VIII e IX do artigo 204 será aplicada com a nota
Art. 204. A demissão será aplicada nos casos de: "a bem do serviço público", que constará do
respectivo ato.
I – crime contra a administração pública;
Parágrafo único. A demissão com a nota "a
II – abandono de cargo; bem do serviço público" impede a partici-
III – insubordinação grave em serviço; pação do ex-servidor em concurso público
para provimento de cargo, emprego ou fun-
IV – incontinência pública e escandalosa, ção na administração direta e indireta esta-
vício de jogos proibidos e embriaguez ha- dual ou sua nomeação ou designação para
bitual; cargos comissionados ou funções de con-
fiança. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-
V – ofensa física a pessoa, quando em servi-
plementar nº 47, de 23 de janeiro de 2003.)
ço, salvo em legítima defesa; VI – aplicação
irregular dos dinheiros públicos; Art. 207. Será cassada a aposentadoria ou a dis-
ponibilidade nos seguintes casos;
VII – revelação de segredo conhecido em
razão do cargo ou função; I – falta punível com a pena de demissão,
quando praticada ainda no exercício do car-
VIII – lesão aos cofres públicos e dilapida-
go ou função;
ção do patrimônio estadual;
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II – aceitação ilegal de cargo ou função pú- III – em quatro anos, as faltas sujeitas às
blica, provada a má fé; penas de destituição de função, demissão
e cassação de aposentadoria ou disponibi-
III – celebração de contrato com a adminis- lidade.
tração estadual quando não autorizada em
lei ou regulamento; § 1º A falta também prevista como crime
prescreverá juntamente com este.
IV – prática de usura em qualquer de suas
formas; § 2º O curso da prescrição começa a fluir da
data do fato punível disciplinarmente e se
V – aceitação, sem prévia autorização do interrompe pelo ato que determinar a ins-
presidente da República, de comissão, em- tauração do inquérito administrativo.
prego ou pensão de governo estrangeiro;
Art. 210. A aplicação da pena de suspensão por
VI – perda da nacionalidade brasileira. mais de quinze dias e das definidas nos itens IV,
Art. 208. São competentes para aplicação das V e VI do artigo 199, será precedida de inquérito
penalidades disciplinares: administrativo, mesmo quando suspenso o vín-
culo estatutário por motivo de contratação do
I – O Governador, em qualquer caso e pri- funcionário sob o regime da legislação trabalhis-
vativamente, nos casos de demissão e cas- ta.
sação de aposentadoria ou disponibilidade;
II – os Secretários de Estado e chefes de
órgãos diretamente subordinados ao Go- CAPÍTULO VI
vernador, em todos os casos, salvo nos de
demissão e cassação de aposentadoria ou DA SUSPENSÃO PREVENTIVA E DA
disponibilidade; PRISÃO ADMINISTRATIVA
III – os diretores de repartição, nos casos de Art. 211. A suspensão preventiva até trinta dias
repreensão e suspensão até oito dias. poderá ser imposta por qualquer das autorida-
des mencionadas nos itens I a III do art. 208,
§ 1º As autoridades competentes para a im-
desde que a presença do funcionário possa in-
posição de penalidade e os chefes de servi-
fluir na apuração da falta cometida.
ço terão competência para aplicar a adver-
tência verbal de que trata o Parágrafo único Parágrafo único. A suspensão de que tra-
do artigo 199. ta este artigo poderá ser prorrogada por
qualquer das autoridades mencionadas
§ 2º Da aplicação de penalidades caberá pe-
nos itens I e II do art. 208, até noventa dias,
dido de reconsideração e recurso na forma
após o que cessarão os respectivos efeitos,
prevista no Capítulo XI do Título IV.
ainda que o processo não esteja concluído.
§ 3º A aplicação da pena de destituição de
Art. 212. Cabe às autoridades mencionadas nos
função caberá à autoridade que houver fei-
itens I a III do artigo 208 ordenar, fundamenta-
to a designação do funcionário.
damente por escrito a prisão administrativa do
Art. 209. Prescreverão: responsável por dinheiro e valores pertencen-
tes à Fazenda Estadual ou que se acharem sob a
I – em um ano, as faltas sujeitas à pena de guarda desta, nos casos de alcance ou omissão
repreensão; em efetuar as entradas nos devidos prazos.
II – em dois anos, as faltas sujeitas à pena § 1º A autoridade que ordenar a prisão ad-
de suspensão; ministrativa comunicará, imediatamente o
fato à autoridade judiciária competente e
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providenciará no sentido de ser realizado, Art. 217. A sindicância será procedida por dois
com urgência, o processo de tomada de funcionários designados mediante despacho da
contas. autoridade que determinar a sua instauração,
devendo ser concluída no prazo de vinte dias.
§ 2º A prisão administrativa não excederá
de noventa dias. Art. 218. Da sindicância poderá resultar:
Art. 213. O funcionário terá direito à contagem I – o seu arquivamento quando comprovada
do tempo de serviço correspondente ao perío- a inexistência de irregularidade imputável a
do da prisão administrativa ou suspensão pre- funcionário público;
ventiva:
II – a aplicação da pena de repreensão,
I – quando reconhecida a sua inocência, hi- quando comprovada a desobediência ou
pótese em que terá direito ainda ao venci- falta de cumprimento do dever;
mento e à vantagem do exercício;
III – a abertura de inquérito administrativo,
II – quando o processo não houver resulta- nos demais casos.
do pena disciplinar ou esta se limitar à re-
preensão; Art. 219. O inquérito administrativo será pro-
movido por uma comissão composta de três
III – quando a suspensão preventiva ou pri- funcionários, designada pela autoridade com-
são administrativa exceder ao prazo de sus- petente.
pensão disciplinar aplicada.
§ 1º Ao designar a comissão, a autoridade
indicará dentre os seus membros, o presi-
dente.
TÍTULO VI
§ 2º Mediante portaria, o presidente da co-
Do Processo Administrativo E Sua missão, designará um servidor público de
Revisão preferência seu subordinado, para exercer
as funções de Secretário.
Art. 220. O inquérito deverá estar concluído no
prazo de noventa dias, a contar da data da pu-
CAPÍTULO I blicação, no órgão oficial, do ato ou portaria de
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO designação da comissão, prorrogável por tinta
dias, nos casos de força maior.
Art. 214. A autoridade que tiver ciência de irre-
gularidade no serviço público promover- lhe-á a Art. 220. O inquérito deverá estar concluído, e
apuração mediante processo administrativo. decidido, no prazo de noventa dias, a contar da
publicação do ato ou portaria de designação da
Parágrafo único. O processo administrativo comissão, prorrogável por quinze dias, em caso
compreende a sindicância e o inquérito ad- de força maior. (Redação alterada pelo art. 1º
ministrativo. da Lei Complementar nº 47, de 23 de janeiro de
Art. 215. São competentes para instaurar o pro- 2003.)
cesso administrativo o Governador, os Secretá- Parágrafo único. A prorrogação do prazo
rios de Estado e os diretores de repartição. previsto neste artigo será autorizada pela
Art. 216. A sindicância será instaurada quando a mesma autoridade que houver determina-
falta funcional não se revele evidente ou quan- do a instauração do inquérito e por solici-
do for incerta a autoria. tação fundamentada do presidente da res-
pectiva comissão.
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Parágrafo único. (SUPRIMIDO) (Suprimido § 3º Julgada improcedente a suspeição, o
pelo art. 1º da Lei Complementar nº 47, de presidente da comissão dará conhecimento
23 de janeiro de 2003.) do incidente à autoridade referida no pará-
grafo anterior para decisão final.
Art. 221. Se, nos prazos estabelecidos no artigo
anterior não for concluído o inquérito, conside- § 4º Se o arguido de suspeição for o presi-
rar-se-á automaticamente dissolvida a comis- dente, as atribuições definidas nos parágra-
são, devendo a autoridade proceder a nova de- fos anteriores deste artigo serão exercidas
signação na forma do artigo 219. pelo membro da comissão de maior hierar-
quia funcional, ou quando de igual nível,
Art. 222. Os membros da comissão se necessá- pelo mais idoso.
rio, ao andamento do inquérito, ficarão dispen-
sados do desempenho das atividades normais § 5º O incidente, que não suspenderá o cur-
dos cargos ou funções. so do processo, será autuado em separado
e, após decisão final, apensado nos autos
Art. 223. Se o funcionário designado para cons- do inquérito.
tituir a comissão tiver motivo para dar-se por
suspeito, declará-lo-á, em ofício, à autoridade Art. 225. Compete ao secretário organizar os
que o tiver designado dentro de quarenta e oito autos do processo, lavrar termos e atas, bem
horas, contadas da publicação do ato ou porta- como executar as determinações do presidente
ria de designação. da comissão.
§ 1º Considerar-se-á procedente a arguição, Art. 226. A comissão deverá proceder a todas as
quando o funcionário designado demons- diligências, convenientes, inclusive inquirições,
trar ser parente, consanguíneo ou afim, até recorrendo a técnicos e peritos, quando neces-
o 3º grau, ou alegar ser amigo íntimo ou ini- sário.
migo capital de qualquer dos indiciados.
Art. 227. Antes de encerrar a instrução e a fim
§ 2º Procedente a suspeição a autoridade de permitir ao indiciado ampla defesa, a comis-
designará nova comissão substituindo o são indicará as irregularidades ou infrações a
funcionário suspeito. ele atribuídas, fazendo remissão aos documen-
tos e depoimentos e às correspondentes folhas
§ 3º A improcedência da suspeição será dos autos.
imediatamente comunicada ao funcionário
e o obrigará a participar da comissão. Art. 228. As testemunhas serão convidadas a
depor, mediante ofício em que se mencionarão
Art. 224. Caberá ao indiciado arguir, de ime- dia, hora e local do comparecimento.
diato, a suspeição de qualquer membro da co-
missão, desde que se configure com relação ao § 1º Quando a testemunha for servidor pú-
arguente uma das hipóteses previstas no pará- blico, o ofício será dirigido ao chefe da re-
grafo 1º do artigo anterior. partição.
§ 1º A arguição será dirigida por escrito ao § 2º Se o servidor, regularmente notifica-
presidente da comissão, que dela dará co- do, deixar de comparecer sem motivo jus-
nhecimento imediato ao arguido, para con- to, o presidente comunicará o fato ao chefe
firmá-la ou negá-la por escrito. da repatriação onde aquele tiver exercício,
para as providências cabíveis.
§ 2º Julgada procedente a suspeição, o pre-
sidente da comissão solicitará da autorida- Art. 229. As perícias serão realizadas, sempre
de que houver determinado a abertura do que possível, por perito oficial ou funcionário
inquérito a substituição do funcionário sus- público estadual que tiver habilitação técnica.
peito.
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§ 3º Desde que acarrete despesa, a reali- Art. 235. Recebida a defesa de todos os indicia-
zação de perícia por perito não oficial, de- dos e realizadas as diligências, a comissão ela-
pende de autorização prévia de autoridade borará o relatório.
competente. § 1º O relatório concluirá pela inocência ou
Art. 230. Nenhum documento será anexado aos responsabilidade dos indiciados, indicando,
autos, sem despacho do presidente, ordenando neste caso as disposições legais transgredi-
a juntada. das e propondo as penalidades cabíveis.
Art. 231. Identificado o responsável e apuradas Art. 236. Concluído o relatório, será o proces-
a natureza e a extensão das irregularidades, a so remetido sob protocolo, à autoridade que
comissão relacionará as infrações a ele atribuí- determinou a sua instauração, para decisão no
das, fazendo remissão aos documentos e depoi- prazo de trinta dias.
mentos e às correspondentes folhas dos autos. Parágrafo único. Não decidido o processo
Art. 232. Cumprido o disposto no artigo ante- no prazo estabelecido neste artigo o indi-
rior, o presidente da comissão determinará a ciado, salvo o caso de prisão administrativa,
citação do indiciado, para no prazo de dez dias, reassumirá automaticamente o exercício do
apresentar defesa, sendo-lhe facultada vista do cargo ou função se dele estiver afastado.
processo na repartição. Art. 237. A autoridade a quem for remetido o
§ 1º No caso de dois ou mais indiciados, o inquérito proporá a quem de direito, no prazo
prazo será comum e de vinte dias. de trinta dias, as sanções e providências que es-
caparem à sua competência.
§ 2º Achando-se o indiciado em lugar incer-
to, será chamado por edital, com prazo de Parágrafo único. Havendo mais de um in-
quinze dias. diciado e diversidade de sanções, caberá a
decisão á autoridade competente para a im-
§ 3º O edital a que se refere o parágrafo an- posição da pena mais grave.
terior, além de publicado no órgão oficial,
será afixado em lugar acessível ao público, Art. 238. Em qualquer fase do inquérito, será
no edifício onde a comissão habitualmente permitida a intervenção de advogado constitu-
se reunir. ído pelo indiciado.
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Art. 240. Tratando-se de crime, a autoridade tário de Estado ou diretor de órgão direta-
que determinar a instauração do processo ad- mente subordinado ao Governador.
ministrativo comunicará o fato à autoridade po-
licial. § 2º Compete ao órgão do pessoal informar
o pedido e apensá-lo aos autos do inquérito
Parágrafo único. Verificada no curso do in- originário.
quérito a existência de crime, o presidente
da comissão comunicará o fato à autoridade Art. 246. Se decidir pelo cabimento do pedido,
que determinou a sua instauração, para os a autoridade designará comissão, composta de
fins previstos neste artigo. três funcionários de categoria igual ou superior
à do funcionário punido para proceder à revisão
Art. 241. A decisão que reconhecer a prática de do inquérito.
infração capitulada na lei penal determinará,
sem prejuízo de aplicação das sanções adminis- Art. 247. Serão aplicadas à revisão, no que for
trativas, a remessa do inquérito à autoridade compatível, as normas referentes ao inquérito
competente, ficando translado ou autos suple- administrativo.
mentares na repartição. Art. 248. Concluída a revisão, serão os autos re-
metidos à autoridade competente para, no pra-
zo de trinta dias, proferir a decisão.
CAPÍTULO II Art. 249. Reconhecida a inocência do funcioná-
DA REVISÃO rio, será tornada sem efeito a penalidade im-
posta, restabelecendo-se todos os direitos por
Art. 242. A qualquer tempo, poderá ser requeri- ela atingidos.
da a revisão do inquérito administrativo, de que
haja resultado pena disciplinar, quando forem
aduzidos fatos ou circunstâncias capazes de jus- TÍTULO VII
tificar a inocência do requerente.
Parágrafo único. Tratando-se de funcioná- Das Disposições Finais E Transitórias
rio falecido, desaparecido ou incapacitado Art. 250. O regime jurídico deste Estatuto é ex-
de requerer, a revisão poderá ser solicitada tensivo aos funcionários das autarquias estadu-
por qualquer das pessoas constantes do as- ais não regidos pela Consolidação das Leis do
sentamento individual. Trabalho.
Art. 243. A revisão tramitará em apenso ao in- Art. 251. Para os efeitos do disposto no art. 61
quérito originário. deste Estatuto, o funcionário beneficiado pelo
Art. 244. Não constitui fundamento para revisão parágrafo 2º do artigo 229 da Constituição Esta-
a simples alegação de injustiça da penalidade. dual contará na classe a que for incorporado, a
soma das seguintes parcelas:
Art. 245. O pedido de revisão, devidamente ins-
truído, será dirigido à autoridade que houver I – O tempo de serviço correspondente às
determinado a aplicação da penalidade e enca- funções que vinha desempenhando desde
minhado por intermédio do órgão encarregado 14 de maio de 1967, até a data da incorpo-
da administração de pessoal. ração ao Quadro Permanente;
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§ 2º Consideram-se família do funcionário, § 4º A promoção prevista no item V deste
para os fins previstos neste artigo, as pes- artigo não influirá na alteração de que trata
soas relacionadas no artigo 151 deste Esta- o art. 46 deste Estatuto.
tuto. (Acrescido pelo art. 2º da Lei nº 6.838,
de 7 de janeiro de 1975.) Art. 262. Fica, ainda, assegurado ao ex-comba-
tente, de que trata o artigo anterior, o direito
Art. 261. Ao funcionário ex-combatente da a nomeação, em caráter efetivo para exercer
Força Expedicionária Brasileira, da Força Aé- qualquer cargo vago inicial de série de classe ou
rea Brasileira, da Marinha de Guerra e Marinha classe única, independentemente da prestação
Mercante do Brasil que tenha participado efe- de concurso desde que não seja servidor públi-
tivamente de operações bélicas, na Segunda co e apresente diploma, certificado ou compro-
Guerra Mundial, são assegurados os seguintes vante que o habilite para o exercício do cargo
direitos: pretendido devidamente registrado no órgão
competente, ou demonstre aptidão na prova de
I – estabilidade; capacidade.
II – aposentadoria com proventos integrais, § 1º A apreciação da prova de capacidade
aos vinte e cinco anos de serviço efetivo; prevista neste artigo, que terá forma sumá-
III – assistência médica, hospitalar e educa- ria, será feita pelo órgão competente para o
cional, se carente de recurso o funcionário concurso.
e não concedida pelo respectivo órgão de § 2º Será aplicado em relação a este artigo,
previdência; o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo anterior.
IV – preferência, dentro dos programas ha- § 3º O ex-combatente que tenha em sua fo-
bitacionais do Estado, na aquisição de imó- lha de antecedentes o registro de condena-
vel residencial, se outro não possuir; ção penal por mais de dois anos ou mais de
V – promoção, após o interstício legal e se uma condenação a pena menor por qual-
houver vaga. quer crime doloso, não poderá ser nomea-
do.
§ 1º A prova de participação efetiva em ope-
rações bélicas será fornecida pelos Ministé- § 4º O ex-combatente, para os efeitos do
rios Militares, de acordo com as exigências parágrafo anterior, juntará ao pedido de no-
contidas na legislação federal. meação documento comprobatório da ine-
xistência de antecedentes criminais.
§ 2º A prova de ter servido em zona de
guerra não autoriza o gozo das vantagens § 5º Se a qualquer tempo, for comprovada
previstas neste artigo, ressalvado o disposto a falsidade do documento referido no pará-
no artigo 177, parágrafo 1º da Constituição grafo anterior, será declarado nulo o ato de
do Brasil e o disposto no parágrafo 2º do ar- nomeação.
tigo 1º da Lei Federal nº 5315, de 12 de se- § 6º O ex-combatente nomeado na forma
tembro 1967. deste artigo não terá direito a nova nomea-
§ 3º O funcionário só poderá ser beneficia- ção com o mesmo fundamento.
do, em caráter preferencial com a promo- § 7º A não prestação do concurso na forma
ção a que se refere o item V deste artigo, deste artigo não eximirá o ex-combatente
uma vez nas subsequentes a preferência va- das demais exigências para o ingresso no
lerá apenas, em igualdade de condições de serviço público.
merecimento ou antiguidade.
Art. 263. Ao funcionário eleito ou nomeado Pre-
feito Municipal, fica assegurado o direito de op-
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tar pelo vencimento e gratificação de exercício Art. 269. Revogam-se as disposições em contrá-
do seu cargo efetivo. rio, ressalvada a Lei nº 4625, de 07 de junho de
1963.
Parágrafo único. Ao servidor público da ad-
ministração direta e indireta do Estado no Palácio dos Despachos do Governo do Estado
exercício de mandato eletivo de vereador de Pernambuco, em 20 de julho de 1968.
será assegurado o direito de opção entre
a remuneração do cargo ou função e a de- NILO DE SOUZA COELHO
corrente do mandato municipal, no período Orlando Morais Osvaldo de Souza Coelho
das sessões legislativas. (Acrescido pelo art.
6º da Lei nº 7.048, de 24 de dezembro de (Renumerada e republicada em virtude do dis-
1975.) posto no artigo 13 da Lei nº 6.472, de 27 de de-
zembro de 1972.)
Art. 264. É assegurado ao funcionário o direito
de associação para defesa, assistência e repre-
sentação coletiva da classe, inclusive perante os
poderes públicos.
§ 1º Somente poderão representar coleti-
vamente seus associados perante os órgãos
estaduais as entidades representativas dos
funcionários que tenham personalidade ju-
rídica.
§ 2º A representação por parte das entida-
des de classe não impede que o funcionário
exerça diretamente qualquer ato em defesa
dos seus direitos.
Art. 265. É proibida a transferência ou remoção
de funcionários no período compreendido entre
6 meses antes e 3 meses depois das eleições es-
taduais ou municipais.
Art. 265. É proibida a nomeação ou contratação
de pessoal no período compreendido entre 03
meses antes e 03 meses depois das eleições es-
taduais ou municipais, ressalvada a hipótese de
cargos em comissão e de candidato habilitado
em concurso público de provas, ou de provas e
títulos. (Redação alterada pelo art. 2º da Lei nº
8.918, de 14 de dezembro de 1981.)
Art. 266. Os municípios poderão adotar, para os
seus funcionários, o regime jurídico estabeleci-
do neste Estado.
Art. 267. O dia 28 de outubro será dedicado ao
servidor público.
Art. 268. O presente Estatuto entrará em vigor
na data de sua publicação.
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Direito Penal
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Direito Penal
Crime e Contravenção
MATERIAL DE APOIO
– INFRAÇÃO PENAL: trata-se das contravenções penais e dos crimes. A legislação ao utilizar a
expressão crimes, exclui, em regra, as contravenções penais.
– CONTRAVENÇÕES PENAIS: DECRETO LEI 3688/41
– CRIMES (DELITOS): CÓDIGO PENAL E LEIS ESPARSAS
– DIFERENÇAS: AS CONTRAVENÇÕES PENAIS SÃO APENADAS, EM REGRA, COM PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE DE PRISÃO SIMPLES, ENQUANTO OS CRIMES COM PENA PRIVATIVA
DE LIBERDADE DE DETENÇÃO OU RECLUSÃO, DENTRE OUTRAS.
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Direito Penal
Elementos do Crime
– incisos mais importantes: II, XI, XII, XXXVIII, XXXIX, XL, XLII, XLIII, XLIV, XLV, XLVI, XLVII, LIII, LV,
LVII, LXI, LXII,, LXIII, LXVIII.
– Conceito de crime e seus elementos: analítico : fato típico + antijurídico + culpável (concepção
tripartida); há, contudo, a concepção bipartida, a qual adotamos, sendo crime fato típico e
antijurídico, onde a culpabilidade um pressuposto para a aplicação da pena; há a concepção
quadripartida, pois crime é um fato típico, antijurídico, culpável e punível.
CRIME: FATO TÍPICO + ANTIJURÍDICO + CULPÁVEL
(Estudar cada um destes planos nas aulas apropriadas).
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Direito Penal
CÓDIGO PENAL
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Direito Penal
Tentativa
II – tentado, quando, iniciada a execução, – Tentativa: art. 14, II, CP: o crime não se con-
não se consuma por circunstâncias alheias à suma por motivos alheios à vontade do agente.
vontade do agente. – Imperfeita: o agente não pratica toda a exe-
cução do crime
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15 – arrependimento posterior: art. 16, CP. É forma culposa, responderá o agente pelo crime
causa de diminuição de pena. (Ver regra espe- CULPOSO.
cial do art. 312, parágrafo 3ª, CP, a qual não é
arrependimento posterior, mas espécie de repa- Ex.: Uma pessoa age desreipeitosamente em re-
ração de dano) lação a outro sem saber que se tratava de um
funcionário público no exercício da suas fun-
16 – crime impossível: art. 17, CP: não se pune ções. O agente ERROU sobre o elemento do tipo
sequer a tentativa; Teoria objetiva temperada; penal do art. 331, CP, qual seja, “funcionário pú-
Súmula 145 do STF blico”. Aplica-se o art. 20, “caput”, CP, nos ter-
mos do acima exposto.
17 – erro de tipo: art. 20, CP : “caput”: erro de
tipo incriminador; parágrafo 1º: erro de tipo ERRO DE TIPO PERMISSIVO: art. 20, par. 1º, CP.
permissivo – erro de proibição: art. 21, CP. É sinônimo de DESCRMINANTE PUTATIVA ou
DESCIMINANTE PUTATIVA POR ERRO DE TIPO.
18 – antijuridicidade (ilicitude): art. 23, CP: cau- Parte da doutrina, o considera um ERRO DE
sas de exclusão e supralegais; consentimento PROIBIÇÃO. Possui um tratamento legal pare-
do ofendido: -elementar objetivo do tipo penal: cido com o ERRO DE TIPO INCRIMINADOR, mas
art. 126, CP; -excludente do tipo: art. 164, CP; possui conseqüência semelhante ao ERRO DE
-excludente de ilicitude: art. 163, CP PROIBIÇÃO (art. 21, CP).
19 – culpabilidade: imputabilidade, potencial Neste caso, o agente ERRA sobre a existência
consciência da ilicitude, exigibilidade de condu- dos pressupostos fáticos de uma causa de exclu-
ta diversa. são de ilicitude (antijuridicidade). Assim, resta
– Causas de exclusão: art. 27, 26, 28, par. 1º, a afastada a CULPABILIDADE DOLOSA, (não res-
22, 21, primeira parte, CP. ponderá pelo crime na forma dolosa), se o ERRO
é EVITÁVEL. Mas responderá na forma culposa,
20 – art. 20, parágrafo 3º, CP: erro sobre a pes- se prevista esta modalidade na lei (tipicidade),
soa (diferenciar do erro na execução, previsto a não ser que seja o ERRO seja inevitável, caso
no art. 73, CP) em que restará excluída, ainda, a CULPA (crime
na forma culposa) e não responderá pelo crime.
ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO Ex.: O agente é abordado por um amigo seu, de-
vidamente disfarçado, o qual simula tratar-se de
É a falsa percepção da realidade, seja quanto a um assalto. Assim, diante da situação, supondo
elementos do tipo – erro de tipo-, seja quanto à estar em legítima defesa, saca de uma faca que
ilicitude da ação – erro de proibição. possui na cintura e reage, vindo por matar o su-
posto assaltante. Aplica-se a regra do art. 20,
ERRO DE TIPO INCRIMINADOR: art. 20, “caput”, par. 1º, CP. O agente achou que estavam presen-
CP: o agente ERRA sobre elementos objetivos tes os pressupostos da legítima defesa. (legíti-
do tipo penal. Neste caso, resta excluído o DOLO ma defesa putativa)
(tipicidade do crime doloso), contudo, pode ser
responsabilizado pelo crime na forma CULPO- ERRO DE PROIBIÇÃO: art. 21, CP. O agente ERRA
SA, uma vez previsto na lei (tipicidade). Assim, quanto ao conteúdo da norma, ou seja, quan-
caso haja a previsão deste crime na forma cul- to à ilicitude do fato. O agente sabe exatamente
posa, deve-se verificar se o ERRO é ESCUSÁVEL o que está fazendo, não se enganando sobre a
(INEVITÁVEL) ou INESCUSÁVEL (EVITÁVEL). Se o realidade fática. Neste caso, sendo o ERRO INE-
ERRO for INEVITÁVEL, o agente não responderá VITÁVEL, resta o agente isento de pena. (exclui
pela forma culposa, ou seja, não haverá o crime. culpabildade). Contudo, sendo o ERRO EVITÁ-
Já se o ERRO for EVITÁVEL, uma vez previsto na VEL , somente haverá uma REDUÇÃO DA PENA.
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Direito Penal – Tentativa – Prof. Joerberth Nunes
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Direito Penal
CÓDIGO PENAL
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Direito Penal
MATERIAL DE LEGISLAÇÃO
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Parágrafo único. A pena pode ser reduzida MATERIAL DE APOIO
de um a dois terços, se o agente, em virtude
de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou 1 – Culpabilidade: juízo de reprovação da con-
retardado não era inteiramente capaz duta do autor, o qual é uma fato típico e antiju-
de entender o caráter ilícito do fato ou rídico.
de determinar-se de acordo com esse 2 – Requisitos: imputabilidade, potencial cons-
entendimento. ciência da ilicitude e exigibilidade de conduta
Menores de dezoito anos diversa.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são 3 – Imputabilidade: arts. 26, 27, 28, par. 1º, CP.
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às 4 – Teoria da actio libera in causae.
normas estabelecidas na legislação especial.
5 – Potencial consciência da ilicitude art. 21,
Emoção e paixão CP.
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: 6 – Ver erro de proibição.
I – a emoção ou a paixão; 7 – Exigibilidade de conduta diversa: art. 22, CP.
Embriaguez 8 – Emoção e paixão: art. 28, I, CP.
II – a embriaguez, voluntária ou culposa, 9 – Embriaguez voluntária ou culposa: art. 28,
pelo álcool ou substância de efeitos II, CP.
análogos.
§ 1º É isento de pena o agente que, por
embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, era, ao tempo da
ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
§ 2º A pena pode ser reduzida de um a
dois terços, se o agente, por embriaguez,
proveniente de caso fortuito ou força
maior, não possuía, ao tempo da ação ou da
omissão, a plena capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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CÓDIGO PENAL
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Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Forma qualificada
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se Art. 127. As penas cominadas nos dois artigos
ou prestar-lhe auxílio para que o faça: anteriores são aumentadas de um terço, se,
em consequência do aborto ou dos meios
Pena – reclusão, de dois a seis anos, se o empregados para provocá-lo, a gestante
suicídio se consuma; ou reclusão, de um a sofre lesão corporal de natureza grave; e são
três anos, se da tentativa de suicídio resulta duplicadas, se, por qualquer dessas causas,
lesão corporal de natureza grave. lhe sobrevém a morte.
Parágrafo único. A pena é duplicada: Art. 128. Não se pune o aborto praticado por
Aumento de pena médico: (Vide ADPF 54)
Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento Lesão corporal de natureza grave
da gestante:
§ 1º Se resulta:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
I – Incapacidade para as ocupações
Art. 126. Provocar aborto com o consentimento habituais, por mais de trinta dias;
da gestante: (Vide ADPF 54)
II – perigo de vida;
Pena – reclusão, de um a quatro anos.
III – debilidade permanente de membro,
Parágrafo único. Aplica-se a pena do sentido ou função;
artigo anterior, se a gestante não é maior
IV – aceleração de parto:
de quatorze anos, ou é alienada ou debil
mental, ou se o consentimento é obtido Pena – reclusão, de um a cinco anos.
mediante fraude, grave ameaça ou violência
§ 2º Se resulta:
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§ 2º Somente se procede mediante III – se a vítima é maior de 60 (sessenta)
representação. anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
Perigo de contágio de moléstia grave Exposição ou abandono de recém-nascido
Art. 131. Praticar, com o fim de transmitir a Art. 134. Expor ou abandonar recém-nascido,
outrem moléstia grave de que está contaminado, para ocultar desonra própria:
ato capaz de produzir o contágio: Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e § 1º Se do fato resulta lesão corporal de
multa. natureza grave:
Perigo para a vida ou saúde de outrem Pena – detenção, de um a três anos.
Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a § 2º Se resulta a morte:
perigo direto e iminente: Pena – detenção, de dois a seis anos.
Pena – detenção, de três meses a um ano,
se o fato não constitui crime mais grave. Omissão de socorro
Parágrafo único. A pena é aumentada de Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando
um sexto a um terço se a exposição da vida possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
ou da saúde de outrem a perigo decorre do abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida
transporte de pessoas para a prestação de ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
serviços em estabelecimentos de qualquer perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
natureza, em desacordo com as normas autoridade pública:
legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de Pena – detenção, de um a seis meses, ou
29.12.1998) multa.
Abandono de incapaz Parágrafo único. A pena é aumentada
de metade, se da omissão resulta lesão
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu corporal de natureza grave, e triplicada, se
cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por resulta a morte.
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos
riscos resultantes do abandono: Condicionamento de atendimento médico-
Pena – detenção, de seis meses a três anos. hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº
12.653, de 2012).
§ 1º Se do abandono resulta lesão corporal
de natureza grave: Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promis-
sória ou qualquer garantia, bem como o preen-
Pena – reclusão, de um a cinco anos. chimento prévio de formulários administrativos,
§ 2º Se resulta a morte: como condição para o atendimento médico-
Pena – reclusão, de quatro a doze anos. -hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº
12.653, de 2012).
Aumento de pena Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
§ 3º As penas cominadas neste artigo ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653,
aumentam-se de um terço: de 2012).
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§ 3º Se a injúria consiste na utilização de Retratação
elementos referentes a raça, cor, etnia, Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se
religião, origem ou a condição de pessoa retrata cabalmente da calúnia ou da difamação,
idosa ou portadora de deficiência: (Redação fica isento de pena.
dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Art. 144. Se, de referências, alusões ou frases,
Pena – reclusão de um a três anos e multa. se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se
(Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) julga ofendido pode pedir explicações em juízo.
Disposições comuns Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério
do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela
Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo ofensa.
aumentam-se de um terço, se qualquer dos Art. 145. Nos crimes previstos neste Capítulo
crimes é cometido: somente se procede mediante queixa, salvo
I – contra o Presidente da República, ou quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência
contra chefe de governo estrangeiro; resulta lesão corporal.
II – contra funcionário público, em razão de Parágrafo único. Procede-se mediante
suas funções; requisição do Ministro da Justiça, no caso do
III – na presença de várias pessoas, ou por inciso I do caput do art. 141 deste Código,
meio que facilite a divulgação da calúnia, da e mediante representação do ofendido,
difamação ou da injúria. no caso do inciso II do mesmo artigo, bem
como no caso do § 3º do art. 140 deste
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) Código. (Redação dada pela Lei nº 12.033.
anos ou portadora de deficiência, exceto no de 2009)
caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741,
de 2003)
Parágrafo único. Se o crime é cometido CAPÍTULO VI
mediante paga ou promessa de DOS CRIMES CONTRA
recompensa, aplica-se a pena em dobro. A LIBERDADE INDIVIDUAL
Exclusão do crime
Seção I
Art. 142. Não constituem injúria ou difamação DOS CRIMES CONTRA
punível: A LIBERDADE PESSOAL
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão Constrangimento ilegal
da causa, pela parte ou por seu procurador;
Art. 146. Constranger alguém, mediante
II – a opinião desfavorável da crítica violência ou grave ameaça, ou depois de lhe
literária, artística ou científica, salvo haver reduzido, por qualquer outro meio, a
quando inequívoca a intenção de injuriar ou capacidade de resistência, a não fazer o que a
difamar; lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
III – o conceito desfavorável emitido por Pena – detenção, de três meses a um ano,
funcionário público, em apreciação ou ou multa.
informação que preste no cumprimento de
Aumento de pena
dever do ofício.
§ 1º As penas aplicam-se cumulativamente
Parágrafo único. Nos casos dos ns. I e III, e em dobro, quando, para a execução do
responde pela injúria ou pela difamação crime, se reúnem mais de três pessoas, ou
quem lhe dá publicidade. há emprego de armas.
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ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou Seção III
em suas dependências: DOS CRIMES CONTRA
Pena – detenção, de um a três meses, ou A INVIOLABILIDADE DE
multa. CORRESPONDÊNCIA
§ 1º Se o crime é cometido durante a noite, Violação de correspondência
ou em lugar ermo, ou com o emprego de
violência ou de arma, ou por duas ou mais Art. 151. Devassar indevidamente o conteúdo
pessoas: de correspondência fechada, dirigida a outrem:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, Pena – detenção, de um a seis meses, ou
além da pena correspondente à violência. multa.
§ 2º Aumenta-se a pena de um terço, se o Sonegação ou destruição de correspondência
fato é cometido por funcionário público,
fora dos casos legais, ou com inobservância § 1º Na mesma pena incorre:
das formalidades estabelecidas em lei, ou I – quem se apossa indevidamente de
com abuso do poder. correspondência alheia, embora não
§ 3º Não constitui crime a entrada ou fechada e, no todo ou em parte, a sonega
permanência em casa alheia ou em suas ou destrói;
dependências: Violação de comunicação telegráfica,
I – durante o dia, com observância das radioelétrica ou telefônica
formalidades legais, para efetuar prisão ou II – quem indevidamente divulga, transmite
outra diligência; a outrem ou utiliza abusivamente
II – a qualquer hora do dia ou da noite, comunicação telegráfica ou radioelétrica
quando algum crime está sendo ali dirigida a terceiro, ou conversação
praticado ou na iminência de o ser. telefônica entre outras pessoas;
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Art. 152. Abusar da condição de sócio ou Pena – detenção, de três meses a um ano,
empregado de estabelecimento comercial ou ou multa.
industrial para, no todo ou em parte, desviar,
sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, Parágrafo único. Somente se procede
ou revelar a estranho seu conteúdo: mediante representação.
Pena – detenção, de três meses a dois anos. Art. 154-A. Invadir dispositivo informático
alheio, conectado ou não à rede de computado-
Parágrafo único. Somente se procede res, mediante violação indevida de mecanismo
mediante representação. de segurança e com o fim de obter, adulterar ou
destruir dados ou informações sem autorização
Seção IV expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
DOS CRIMES CONTRA A instalar vulnerabilidades para obter vantagem
INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS ilícita: (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
Divulgação de segredo
ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.737,
Art. 153. Divulgar alguém, sem justa causa, de 2012)
conteúdo de documento particular ou de
§ 1º Na mesma pena incorre quem produz,
correspondência confidencial, de que é
oferece, distribui, vende ou difunde
destinatário ou detentor, e cuja divulgação
dispositivo ou programa de computador
possa produzir dano a outrem:
com o intuito de permitir a prática da
Pena – detenção, de um a seis meses, ou conduta definida no caput. (Incluído pela
multa. Lei nº 12.737, de 2012)
§ 1º Somente se procede mediante § 2º Aumenta-se a pena de um sexto a
representação. (Parágrafo único um terço se da invasão resulta prejuízo
renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000) econômico. (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012)
§ 1º-A. Divulgar, sem justa causa,
informações sigilosas ou reservadas, assim § 3º Se da invasão resultar a obtenção de
definidas em lei, contidas ou não nos conteúdo de comunicações eletrônicas
sistemas de informações ou banco de dados privadas, segredos comerciais ou industriais,
da Administração Pública: (Incluído pela Lei informações sigilosas, assim definidas em
nº 9.983, de 2000) lei, ou o controle remoto não autorizado do
dispositivo invadido: (Incluído pela Lei nº
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) 12.737, de 2012)
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000) Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa, se a conduta não constitui
§ 2º Quando resultar prejuízo para a crime mais grave. (Incluído pela Lei nº
Administração Pública, a ação penal será 12.737, de 2012)
incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000) § 4º Na hipótese do § 3º, aumenta-se a pena
de um a dois terços se houver divulgação,
Violação do segredo profissional comercialização ou transmissão a terceiro, a
Art. 154. Revelar alguém, sem justa causa, qualquer título, dos dados ou informações
segredo, de que tem ciência em razão de função, obtidos. (Incluído pela Lei nº 12.737, de
ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação 2012)
possa produzir dano a outrem:
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§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à IV – dirigente máximo da administração
metade se o crime for praticado contra: direta e indireta federal, estadual, municipal
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) ou do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº
12.737, de 2012)
I – Presidente da República, governadores
e prefeitos; (Incluído pela Lei nº 12.737, de Ação penal (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012) 2012)
II – Presidente do Supremo Tribunal Federal; Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A,
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) somente se procede mediante representação,
salvo se o crime é cometido contra a
III – Presidente da Câmara dos Deputados, administração pública direta ou indireta de
do Senado Federal, de Assembleia qualquer dos Poderes da União, Estados,
Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa Distrito Federal ou Municípios ou contra
do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; empresas concessionárias de serviços públicos.
ou (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)
MATERIAL DE APOIO
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Direito Penal
CÓDIGO PENAL
§ 4º A pena é de reclusão de dois a oito Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si
anos, e multa, se o crime é cometido: ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por
I – com destruição ou rompimento de qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
obstáculo à subtração da coisa; resistência:
II – com abuso de confiança, ou mediante Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e
fraude, escalada ou destreza; multa.
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§ 1º Na mesma pena incorre quem, logo § 3º Se o crime é cometido mediante a
depois de subtraída a coisa, emprega restrição da liberdade da vítima, e essa
violência contra pessoa ou grave ameaça, a condição é necessária para a obtenção da
fim de assegurar a impunidade do crime ou vantagem econômica, a pena é de reclusão,
a detenção da coisa para si ou para terceiro. de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa;
§ 2º A pena aumenta-se de um terço até se resulta lesão corporal grave ou morte,
metade: aplicam-se as penas previstas no art. 159,
§§ 2º e 3º, respectivamente. (Incluído pela
I – se a violência ou ameaça é exercida com Lei nº 11.923, de 2009)
emprego de arma;
Extorsão mediante sequestro
II – se há o concurso de duas ou mais
pessoas; Art. 159. Sequestrar pessoa com o fim de obter,
III – se a vítima está em serviço de para si ou para outrem, qualquer vantagem,
transporte de valores e o agente conhece como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº
tal circunstância. 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta
multa. anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de
25.7.1990)
§ 1º Se o crime é cometido por duas ou
mais pessoas, ou com emprego de arma, § 4º Se o crime é cometido em concurso, o
aumenta-se a pena de um terço até metade. concorrente que o denunciar à autoridade,
facilitando a libertação do sequestrado,
§ 2º Aplica-se à extorsão praticada terá sua pena reduzida de um a dois terços.
mediante violência o disposto no § 3º do (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)
artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
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Alteração de local especialmente protegido § 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar
de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 166. Alterar, sem licença da autoridade
competente, o aspecto de local especialmente I – recolher, no prazo legal, contribuição ou
protegido por lei: outra importância destinada à previdência
social que tenha sido descontada de
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou pagamento efetuado a segurados, a
multa. terceiros ou arrecadada do público;
Ação penal (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 167. Nos casos do art. 163, do inciso IV do II – recolher contribuições devidas à
seu parágrafo e do art. 164, somente se procede previdência social que tenham integrado
mediante queixa. despesas contábeis ou custos relativos
à venda de produtos ou à prestação de
serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
CAPÍTULO V
III – pagar benefício devido a segurado,
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA quando as respectivas cotas ou valores já
tiverem sido reembolsados à empresa pela
Apropriação indébita
previdência social. (Incluído pela Lei nº
Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de 9.983, de 2000)
que tem a posse ou a detenção:
§ 2º É extinta a punibilidade se o agente,
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e espontaneamente, declara, confessa e
multa. efetua o pagamento das contribuições,
importâncias ou valores e presta as
Aumento de pena informações devidas à previdência social,
§ 1º A pena é aumentada de um terço, na forma definida em lei ou regulamento,
quando o agente recebeu a coisa: antes do início da ação fiscal. (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000)
I – em depósito necessário;
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a
II – na qualidade de tutor, curador, síndico, pena ou aplicar somente a de multa se o
liquidatário, inventariante, testamenteiro agente for primário e de bons antecedentes,
ou depositário judicial; desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
III – em razão de ofício, emprego ou
profissão. I – tenha promovido, após o início da ação
fiscal e antes de oferecida a denúncia,
Apropriação indébita previdenciária (Incluído
o pagamento da contribuição social
pela Lei nº 9.983, de 2000)
previdenciária, inclusive acessórios; ou
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
social as contribuições recolhidas dos
II – o valor das contribuições devidas,
contribuintes, no prazo e forma legal ou
inclusive acessórios, seja igual ou inferior
convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
àquele estabelecido pela previdência social,
2000)
administrativamente, como sendo o mínimo
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, para o ajuizamento de suas execuções
e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
2000)
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Direito Penal – Crimes Contra o Patrimônio – Prof. Joerberth Nunes
Apropriação de coisa havida por erro, caso Disposição de coisa alheia como própria
fortuito ou força da natureza
I – vende, permuta, dá em pagamento, em
Art. 169. Apropriar-se alguém de coisa alheia locação ou em garantia coisa alheia como
vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou própria;
força da natureza:
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou própria
multa.
II – vende, permuta, dá em pagamento
Parágrafo único. Na mesma pena incorre: ou em garantia coisa própria inalienável,
gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel
Apropriação de tesouro que prometeu vender a terceiro, mediante
I – quem acha tesouro em prédio alheio e pagamento em prestações, silenciando
se apropria, no todo ou em parte, da quota sobre qualquer dessas circunstâncias;
a que tem direito o proprietário do prédio; Defraudação de penhor
Apropriação de coisa achada III – defrauda, mediante alienação não
II – quem acha coisa alheia perdida e dela se consentida pelo credor ou por outro modo,
apropria, total ou parcialmente, deixando a garantia pignoratícia, quando tem a posse
de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor do objeto empenhado;
ou de entregá-la à autoridade competente, Fraude na entrega de coisa
dentro no prazo de quinze dias.
IV – defrauda substância, qualidade ou
Art. 170. Nos crimes previstos neste Capítulo, quantidade de coisa que deve entregar a
aplica-se o disposto no art. 155, § 2º. alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou
valor de seguro
CAPÍTULO VI
V – destrói, total ou parcialmente, ou oculta
DO ESTELIONATO
coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou
E OUTRAS FRAUDES a saúde, ou agrava as consequências da
lesão ou doença, com o intuito de haver
Estelionato
indenização ou valor de seguro;
Art. 171. Obter, para si ou para outrem,
Fraude no pagamento por meio de cheque
vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante VI – emite cheque, sem suficiente provisão
artifício, ardil, ou qualquer outro meio de fundos em poder do sacado, ou lhe
fraudulento: frustra o pagamento.
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e § 3º A pena aumenta-se de um terço, se
multa, de quinhentos mil réis a dez contos o crime é cometido em detrimento de
de réis. entidade de direito público ou de instituto
de economia popular, assistência social ou
§ 1º Se o criminoso é primário, e é de
beneficência.
pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar
a pena conforme o disposto no art. 155, § Duplicata simulada
2º.
Art. 172. Emitir fatura, duplicata ou nota de
§ 2º Nas mesmas penas incorre quem: venda que não corresponda à mercadoria
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vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao falsa por verdadeira; vender, como precioso,
serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº metal de ou outra qualidade:
8.137, de 27.12.1990)
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e
Pena – detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) multa.
anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
8.137, de 27.12.1990) § 2º É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
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§ 4º A receptação é punível, ainda que Art. 182. Somente se procede mediante
desconhecido ou isento de pena o autor representação, se o crime previsto neste título
do crime de que proveio a coisa. (Redação é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 2003)
§ 5º Na hipótese do § 3º, se o criminoso I – do cônjuge desquitado ou judicialmente
é primário, pode o juiz, tendo em separado;
consideração as circunstâncias, deixar de
aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica- II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;
se o disposto no § 2º do art. 155. (Incluído III – de tio ou sobrinho, com quem o agente
pela Lei nº 9.426, de 1996) coabita.
§ 6º Tratando-se de bens e instalações do Art. 183. Não se aplica o disposto nos dois
patrimônio da União, Estado, Município, artigos anteriores:
empresa concessionária de serviços
públicos ou sociedade de economia mista, I – se o crime é de roubo ou de extorsão, ou,
a pena prevista no caput deste artigo aplica- em geral, quando haja emprego de grave
se em dobro.(Incluído pela Lei nº 9.426, de ameaça ou violência à pessoa;
1996)
II – ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa
CAPÍTULO VIII com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
DISPOSIÇÕES GERAIS anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
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Direito Penal
CÓDIGO PENAL
Violação sexual mediante fraude Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar ou-
tro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro anos:
ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou
outro meio que impeça ou dificulte a livre mani- Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze)
festação de vontade da vítima: anos.
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§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as § 1º Se o crime é praticado com o fim de ob-
ações descritas no caput com alguém que, ter vantagem econômica, aplica-se também
por enfermidade ou deficiência mental, não multa.
tem o necessário discernimento para a prá-
tica do ato, ou que, por qualquer outra cau- § 2º Incorre nas mesmas penas:
sa, não pode oferecer resistência. I – quem pratica conjunção carnal ou outro
§ 2º (VETADO) ato libidinoso com alguém menor de 18 (de-
zoito) e maior de 14 (catorze) anos na situa-
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de ção descrita no caput deste artigo;
natureza grave:
II – o proprietário, o gerente ou o responsá-
Pena – reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) vel pelo local em que se verifiquem as práti-
anos. cas referidas no caput deste artigo.
§ 4º Se da conduta resulta morte: § 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, consti-
tui efeito obrigatório da condenação a cas-
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) sação da licença de localização e de funcio-
anos. namento do estabelecimento.
Corrupção de menores
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) CAPÍTULO III
anos a satisfazer a lascívia de outrem:
DO RAPTO
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Rapto violento ou mediante fraude
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 219. (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Satisfação de lascívia mediante presença
de criança ou adolescente Rapto consensual
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém me- Art. 220. (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
nor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presen-
Diminuição de pena
ciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a
fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Art. 221. (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) Concurso de rapto e outro crime
anos.”
Art. 222. (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Favorecimento da prostituição ou de outra
forma de exploração sexual de criança ou
adolescente ou de vulnerável.
CAPÍTULO IV
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prosti-
tuição ou outra forma de exploração sexual al-
DISPOSIÇÕES GERAIS
guém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por Art. 223. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, Art. 224. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Ação penal
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez)
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e
anos.
II deste Título, procede-se mediante ação penal
pública condicionada à representação.
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Direito Penal – Crimes Contra a Dignidade Sexual – Prof. Joerberth Nunes
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drasta, irmão, enteado, cônjuge, compa- § 3º Se o crime é cometido com o fim de ob-
nheiro, tutor ou curador, preceptor ou em- ter vantagem econômica, aplica-se também
pregador da vítima, ou por quem assumiu, multa.
por lei ou outra forma, obrigação de cuida-
do, proteção ou vigilância: Tráfico interno de pessoa para fim de ex-
ploração sexual
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos,
e multa. Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamen-
to de alguém dentro do território nacional para
§ 2º Se o crime é cometido mediante vio- o exercício da prostituição ou outra forma de
lência, grave ameaça, fraude ou outro meio exploração sexual:
que impeça ou dificulte a livre manifestação
da vontade da vítima: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, § 1º Incorre na mesma pena aquele que
sem prejuízo da pena correspondente à vio- agenciar, aliciar, vender ou comprar a pes-
lência. soa traficada, assim como, tendo conheci-
mento dessa condição, transportá-la, trans-
Tráfico internacional de pessoa para fim de feri-la ou alojá-la.
exploração sexual
§ 2º A pena é aumentada da metade se:
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no
território nacional, de alguém que nele venha a I – a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;
exercer a prostituição ou outra forma de explo- II – a vítima, por enfermidade ou deficiência
ração sexual, ou a saída de alguém que vá exer- mental, não tem o necessário discernimen-
cê-la no estrangeiro. to para a prática do ato;
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. III – se o agente é ascendente, padrasto,
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que madrasta, irmão, enteado, cônjuge, compa-
agenciar, aliciar ou comprar a pessoa tra- nheiro, tutor ou curador, preceptor ou em-
ficada, assim como, tendo conhecimento pregador da vítima, ou se assumiu, por lei
dessa condição, transportá-la, transferi-la ou outra forma, obrigação de cuidado, pro-
ou alojá-la. teção ou vigilância; ou
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Direito Penal – Crimes Contra a Dignidade Sexual – Prof. Joerberth Nunes
Pena – detenção, de três meses a um ano, Art. 234-B. Os processos em que se apuram cri-
ou multa. mes definidos neste Título correrão em segredo
de justiça.
Escrito ou objeto obsceno
Art. 234-C. (VETADO).
Art. 234. Fazer, importar, exportar, adquirir ou
ter sob sua guarda, para fim de comércio, de
distribuição ou de exposição pública, escrito,
desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto
obsceno:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos,
ou multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena
quem:
I – vende, distribui ou expõe à venda ou ao
público qualquer dos objetos referidos nes-
te artigo;
II – realiza, em lugar público ou acessível
ao público, representação teatral, ou exi-
bição cinematográfica de caráter obsceno,
ou qualquer outro espetáculo, que tenha o
mesmo caráter;
III – realiza, em lugar público ou acessível ao
público, ou pelo rádio, audição ou recitação
de caráter obsceno.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Aumento de pena
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a
pena é aumentada:
I – (VETADO);
II – (VETADO);
III – de metade, se do crime resultar gravi-
dez; e
IV – de um sexto até a metade, se o agen-
te transmite à vitima doença sexualmente
transmissível de que sabe ou deveria saber
ser portador.
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Direito
Aula
Penal
XX
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CAPÍTULO II atividade comercial ou industrial, produto
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº 11.035,
de 2004)
PAPÉIS PÚBLICOS
a) em que tenha sido aplicado selo que se
Falsificação de papéis públicos destine a controle tributário, falsificado;
Art. 293. Falsificar, fabricando-os ou alterando- (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
os: b) sem selo oficial, nos casos em que
I – selo destinado a controle tributário, a legislação tributária determina a
papel selado ou qualquer papel de emissão obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído
legal destinado à arrecadação de tributo; pela Lei nº 11.035, de 2004)
(Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) § 2º Suprimir, em qualquer desses papéis,
II – papel de crédito público que não seja quando legítimos, com o fim de torná-los
moeda de curso legal; novamente utilizáveis, carimbo ou sinal
indicativo de sua inutilização:
III – vale postal;
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
IV – cautela de penhor, caderneta de
depósito de caixa econômica ou de outro § 3º Incorre na mesma pena quem usa,
estabelecimento mantido por entidade de depois de alterado, qualquer dos papéis a
direito público; que se refere o parágrafo anterior.
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Falsificação de documento particular (Redação Falsidade material de atestado ou certidão
dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
§ 1º Falsificar, no todo ou em parte, atestado
Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, ou certidão, ou alterar o teor de certidão
documento particular ou alterar documento ou de atestado verdadeiro, para prova de
particular verdadeiro: fato ou circunstância que habilite alguém
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa. a obter cargo público, isenção de ônus ou
de serviço de caráter público, ou qualquer
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº outra vantagem:
12.737, de 2012) Vigência
Pena – detenção, de três meses a dois anos.
Parágrafo único. Para fins do disposto no
caput, equipara-se a documento particular § 2º Se o crime é praticado com o fim de
o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela lucro, aplica-se, além da pena privativa de
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência liberdade, a de multa.
Falsidade ideológica Falsidade de atestado médico
Art. 299. Omitir, em documento público ou Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua
particular, declaração que dele devia constar, ou profissão, atestado falso:
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de Pena – detenção, de um mês a um ano.
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a Parágrafo único. Se o crime é cometido com
verdade sobre fato juridicamente relevante: o fim de lucro, aplica-se também multa.
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se Reprodução ou adulteração de selo ou peça
o documento é público, e reclusão de um a três filatélica
anos, e multa, se o documento é particular.
Art. 303. Reproduzir ou alterar selo ou peça
Parágrafo único. Se o agente é funcionário filatélica que tenha valor para coleção, salvo
público, e comete o crime prevalecendo-se quando a reprodução ou a alteração está
do cargo, ou se a falsificação ou alteração é visivelmente anotada na face ou no verso do
de assentamento de registro civil, aumenta- selo ou peça:
se a pena de sexta parte.
Pena – detenção, de um a três anos, e multa.
Falso reconhecimento de firma ou letra
Parágrafo único. Na mesma pena incorre
Art. 300. Reconhecer, como verdadeira, no quem, para fins de comércio, faz uso do selo
exercício de função pública, firma ou letra que ou peça filatélica.
o não seja:
Uso de documento falso
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se
o documento é público; e de um a três anos, e Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis
multa, se o documento é particular. falsificados ou alterados, a que se referem os
arts. 297 a 302:
Certidão ou atestado ideologicamente falso
Pena – a cominada à falsificação ou à alteração.
Art. 301. Atestar ou certificar falsamente, em
razão de função pública, fato ou circunstância Supressão de documento
que habilite alguém a obter cargo público,
isenção de ônus ou de serviço de caráter Art. 305. Destruir, suprimir ou ocultar, em
público, ou qualquer outra vantagem: benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo
alheio, documento público ou particular
Pena – detenção, de dois meses a um ano. verdadeiro, de que não podia dispor:
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Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o Fraude de lei sobre estrangeiro
documento é público, e reclusão, de um a cinco
anos, e multa, se o documento é particular. Art. 309. Usar o estrangeiro, para entrar ou
permanecer no território nacional, nome que
não é o seu:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
CAPÍTULO IV
DE OUTRAS FALSIDADES Parágrafo único. Atribuir a estrangeiro falsa
qualidade para promover-lhe a entrada em
Falsificação do sinal empregado no contraste de território nacional: (Incluído pela Lei nº
metal precioso ou na fiscalização alfandegária, 9.426, de 1996)
ou para outros fins
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 306. Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
marca ou sinal empregado pelo poder
Art. 310. Prestar-se a figurar como proprietário
público no contraste de metal precioso ou na
ou possuidor de ação, título ou valor
fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal
pertencente a estrangeiro, nos casos em que a
dessa natureza, falsificado por outrem:
este é vedada por lei a propriedade ou a posse
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. de tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426,
de 1996)
Parágrafo único. Se a marca ou sinal
falsificado é o que usa a autoridade pública Pena – detenção, de seis meses a três anos,
para o fim de fiscalização sanitária, ou e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
para autenticar ou encerrar determinados 1996)
objetos, ou comprovar o cumprimento de
Adulteração de sinal identificador de
formalidade legal:
veículo automotor (Redação dada pela Lei
Pena – reclusão ou detenção, de um a três anos, nº 9.426, de 1996)
e multa.
Art. 311. Adulterar ou remarcar número de
Falsa identidade chassi ou qualquer sinal identificador de
veículo automotor, de seu componente ou
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa equipamento: (Redação dada pela Lei nº 9.426,
identidade para obter vantagem, em proveito de 1996)
próprio ou alheio, ou para causar dano a
outrem: Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
multa, se o fato não constitui elemento de crime § 1º Se o agente comete o crime no exercício
mais grave. da função pública ou em razão dela, a pena
é aumentada de um terço. (Incluído pela
Art. 308. Usar, como próprio, passaporte, título Lei nº 9.426, de 1996)
de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
documento de identidade alheia ou ceder a § 2º Incorre nas mesmas penas o funcionário
outrem, para que dele se utilize, documento público que contribui para o licenciamento
dessa natureza, próprio ou de terceiro: ou registro do veículo remarcado ou
adulterado, fornecendo indevidamente
Pena – detenção, de quatro meses a dois anos, material ou informação oficial. (Incluído
e multa, se o fato não constitui elemento de pela Lei nº 9.426, de 1996)
crime mais grave.
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CAPÍTULO V IV – exame ou processo seletivo previstos
(Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011) em lei: (Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
MATERIAL COMPLEMENTAR
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Direito processual Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes
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4. Art. 301, CP: Certidão ou atestado ideologicamente falso
•• afasta, neste caso, a incidência do art. 299, CP
•• par. 1º: não confundir com o art. 297, CP
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Direito Penal
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Emprego irregular de verbas ou rendas públicas infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem:
Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas
aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
multa.
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Facilitação de contrabando ou descaminho
Concussão
Art. 318. Facilitar, com infração de dever
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta funcional, a prática de contrabando ou
ou indiretamente, ainda que fora da função descaminho (art. 334):
ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida: Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa.
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Prevaricação
Excesso de exação
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar,
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contribuição social que sabe ou deveria contra disposição expressa de lei, para satisfazer
saber indevido, ou, quando devido, interesse ou sentimento pessoal:
emprega na cobrança meio vexatório ou
gravoso, que a lei não autoriza: Pena – detenção, de três meses a um ano, e
multa.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa. Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária
e/ou agente público, de cumprir seu dever de
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
próprio ou de outrem, o que recebeu de rádio ou similar, que permita a comunicação
indevidamente para recolher aos cofres com outros presos ou com o ambiente externo:
públicos:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Condescendência criminosa
Corrupção passiva
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência,
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para de responsabilizar subordinado que cometeu
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora infração no exercício do cargo ou, quando
da função ou antes de assumi-la, mas em razão lhe falte competência, não levar o fato ao
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa conhecimento da autoridade competente:
de tal vantagem:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
multa.
Advocacia administrativa
§ 1º A pena é aumentada de um terço,
se, em consequência da vantagem ou Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente,
promessa, o funcionário retarda ou deixa de interesse privado perante a administração
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
infringindo dever funcional.
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de
praticar ou retarda ato de ofício, com Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Pena – detenção, de três meses a um ano, além qualquer outra forma, o acesso de pessoas
da multa. não autorizadas a sistemas de informações
ou banco de dados da Administração
Violência arbitrária Pública;
Art. 322. Praticar violência, no exercício de II – se utiliza, indevidamente, do acesso
função ou a pretexto de exercê-la: restrito.
Pena – detenção, de seis meses a três anos, § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à
além da pena correspondente à violência. Administração Pública ou a outrem:
Abandono de função Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos,
e multa.
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos
casos permitidos em lei: Violação do sigilo de proposta de concorrência
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de
multa. concorrência pública, ou proporcionar a terceiro
o ensejo de devassá-lo:
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público:
Pena – Detenção, de três meses a um ano, e
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
multa.
Funcionário público
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido
na faixa de fronteira: Art. 327. Considera-se funcionário público,
para os efeitos penais, quem, embora
Pena – detenção, de um a três anos, e multa. transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou
prolongado § 1º Equipara-se a funcionário público
quem exerce cargo, emprego ou função em
Art. 324. Entrar no exercício de função pública entidade paraestatal, e quem trabalha para
antes de satisfeitas as exigências legais, ou empresa prestadora de serviço contratada
continuar a exercê-la, sem autorização, depois ou conveniada para a execução de atividade
de saber oficialmente que foi exonerado, típica da Administração Pública.
removido, substituído ou suspenso:
§ 2º A pena será aumentada da terça parte
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou quando os autores dos crimes previstos
multa. neste Capítulo forem ocupantes de cargos
Violação de sigilo funcional em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em direta, sociedade de economia mista,
razão do cargo e que deva permanecer em empresa pública ou fundação instituída
segredo, ou facilitar-lhe a revelação: pelo poder público.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa, se o fato não constitui crime mais grave.
CAPÍTULO II
§ 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre DOS CRIMES PRATICADOS
quem:
POR PARTICULAR CONTRA A
I – permite ou facilita, mediante atribuição, ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
fornecimento e empréstimo de senha ou
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Usurpação de função pública Parágrafo único. A pena é aumentada
da metade, se o agente alega ou insinua
Art. 328. Usurpar o exercício de função pública: que a vantagem é também destinada ao
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e funcionário.
multa. Corrupção ativa
Parágrafo único. Se do fato o agente aufere Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem
vantagem: indevida a funcionário público, para determiná-
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
multa. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Resistência multa.
Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, Parágrafo único. A pena é aumentada de
mediante violência ou ameaça a funcionário um terço, se, em razão da vantagem ou
competente para executá-lo ou a quem lhe promessa, o funcionário retarda ou omite
esteja prestando auxílio: ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.
Pena – detenção, de dois meses a dois anos.
Descaminho
§ 1º Se o ato, em razão da resistência, não
se executa: Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o
pagamento de direito ou imposto devido
Pena – reclusão, de um a três anos. pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
mercadoria.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem
prejuízo das correspondentes à violência. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Desobediência § 1º Incorre na mesma pena quem:
Art. 330. Desobedecer a ordem legal de I – pratica navegação de cabotagem, fora
funcionário público: dos casos permitidos em lei;
Pena – detenção, de quinze dias a seis meses, e II – pratica fato assimilado, em lei especial,
multa. a descaminho;
Desacato III – vende, expõe à venda, mantém em
depósito ou, de qualquer forma, utiliza em
Art. 331. Desacatar funcionário público no
proveito próprio ou alheio, no exercício
exercício da função ou em razão dela:
de atividade comercial ou industrial,
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou mercadoria de procedência estrangeira
multa. que introduziu clandestinamente no País
ou importou fraudulentamente ou que
Tráfico de Influência sabe ser produto de introdução clandestina
Art. 332. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para no território nacional ou de importação
si ou para outrem, vantagem ou promessa de fraudulenta por parte de outrem;
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado IV – adquire, recebe ou oculta, em proveito
por funcionário público no exercício da função: próprio ou alheio, no exercício de atividade
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e comercial ou industrial, mercadoria de
multa. procedência estrangeira, desacompanhada
502 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
www.acasadoconcurseiro.com.br 503
I – omitir de folha de pagamento da empresa e nos mesmos índices do reajuste dos
ou de documento de informações previsto benefícios da previdência social.
pela legislação previdenciária segurados
empregado, empresário, trabalhador
avulso ou trabalhador autônomo ou a este
equiparado que lhe prestem serviços; CAPÍTULO II-A
DOS CRIMES PRATICADOS
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos
próprios da contabilidade da empresa as POR PARTICULAR CONTRA A
quantias descontadas dos segurados ou as ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
devidas pelo empregador ou pelo tomador ESTRANGEIRA
de serviços;
Corrupção ativa em transação comercial
III – omitir, total ou parcialmente, receitas internacional
ou lucros auferidos, remunerações pagas
ou creditadas e demais fatos geradores de Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou
contribuições sociais previdenciárias: indiretamente, vantagem indevida a funcionário
público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato
multa. de ofício relacionado à transação comercial
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, internacional:
espontaneamente, declara e confessa as Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e
contribuições, importâncias ou valores e multa.
presta as informações devidas à previdência
social, na forma definida em lei ou Parágrafo único. A pena é aumentada de
regulamento, antes do início da ação fiscal. 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem
ou promessa, o funcionário público
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício,
pena ou aplicar somente a de multa se o ou o pratica infringindo dever funcional.
agente for primário e de bons antecedentes,
desde que: Tráfico de influência em transação comercial
internacional
I – (VETADO) A
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para
II – o valor das contribuições devidas, si ou para outrem, direta ou indiretamente,
inclusive acessórios, seja igual ou inferior vantagem ou promessa de vantagem a pretexto
àquele estabelecido pela previdência de influir em ato praticado por funcionário
social, administrativamente, como sendo público estrangeiro no exercício de suas
o mínimo para o ajuizamento de suas funções, relacionado a transação comercial
execuções fiscais. internacional:
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
e sua folha de pagamento mensal não multa.
ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos
Parágrafo único. A pena é aumentada
e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de
da metade, se o agente alega ou insinua
um terço até a metade ou aplicar apenas a
que a vantagem é também destinada a
de multa.
funcionário estrangeiro.
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo
Funcionário público estrangeiro
anterior será reajustado nas mesmas datas
504 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Art. 337-D. Considera-se funcionário público Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, Autoacusação falsa
exerce cargo, emprego ou função pública Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de
em entidades estatais ou em representações crime inexistente ou praticado por outrem:
diplomáticas de país estrangeiro.
Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário multa.
público estrangeiro quem exerce cargo,
emprego ou função em empresas Falso testemunho ou falsa perícia
controladas, diretamente ou indiretamente,
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou
pelo Poder Público de país estrangeiro ou
calar a verdade como testemunha, perito,
em organizações públicas internacionais.
contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou
em juízo arbitral:
CAPÍTULO III Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
DOS CRIMES CONTRA A multa.
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA § 1º As penas aumentam-se de um sexto a
um terço, se o crime é praticado mediante
Reingresso de estrangeiro expulso
suborno ou se cometido com o fim de
Art. 338. Reingressar no território nacional o obter prova destinada a produzir efeito em
estrangeiro que dele foi expulso: processo penal, ou em processo civil em
que for parte entidade da administração
Pena – reclusão, de um a quatro anos, sem pública direta ou indireta.
prejuízo de nova expulsão após o cumprimento
da pena. § 2º O fato deixa de ser punível se, antes
da sentença no processo em que ocorreu
Denunciação caluniosa o ilícito, o agente se retrata ou declara a
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação verdade.
policial, de processo judicial, instauração de Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro
investigação administrativa, inquérito civil ou ou qualquer outra vantagem a testemunha,
ação de improbidade administrativa contra perito, contador, tradutor ou intérprete, para
alguém, imputando-lhe crime de que o sabe fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade
inocente: em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. interpretação:
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, Pena – reclusão, de três a quatro anos, e multa.
se o agente se serve de anonimato ou de Parágrafo único. As penas aumentam-se de
nome suposto. um sexto a um terço, se o crime é cometido
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a com o fim de obter prova destinada a
imputação é de prática de contravenção. produzir efeito em processo penal ou em
processo civil em que for parte entidade da
Comunicação falsa de crime ou de contravenção administração pública direta ou indireta.
Art. 340. Provocar a ação de autoridade, Coação no curso do processo
comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de
contravenção que sabe não se ter verificado:
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Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, § 1º Se ao crime não é cominada pena de
com o fim de favorecer interesse próprio ou reclusão:
alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer
outra pessoa que funciona ou é chamada Pena – detenção, de quinze dias a três meses, e
a intervir em processo judicial, policial ou multa.
administrativo, ou em juízo arbitral: § 2º Se quem presta o auxílio é ascendente,
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa, descendente, cônjuge ou irmão do
além da pena correspondente à violência. criminoso, fica isento de pena.
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo coautoria ou de receptação, auxílio destinado a
quando a lei o permite: tornar seguro o proveito do crime:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
ou multa, além da pena correspondente à Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar,
violência. auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho
Parágrafo único. Se não há emprego de telefônico de comunicação móvel, de
violência, somente se procede mediante rádio ou similar, sem autorização legal, em
queixa. estabelecimento prisional.
Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
coisa própria, que se acha em poder de terceiro Exercício arbitrário ou abuso de poder
por determinação judicial ou convenção:
Art. 350. Ordenar ou executar medida privativa
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e de liberdade individual, sem as formalidades
multa. legais ou com abuso de poder:
Fraude processual Pena – detenção, de um mês a um ano.
Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência Parágrafo único. Na mesma pena incorre o
de processo civil ou administrativo, o estado funcionário que:
de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de
induzir a erro o juiz ou o perito: I – ilegalmente recebe e recolhe alguém a
prisão, ou a estabelecimento destinado a
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e execução de pena privativa de liberdade ou
multa. de medida de segurança;
Parágrafo único. Se a inovação se destina II – prolonga a execução de pena ou de
a produzir efeito em processo penal, ainda medida de segurança, deixando de expedir
que não iniciado, as penas aplicam-se em em tempo oportuno ou de executar
dobro. imediatamente a ordem de liberdade;
Favorecimento pessoal III – submete pessoa que está sob sua guarda
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de ou custódia a vexame ou a constrangimento
autoridade pública autor de crime a que é não autorizado em lei;
cominada pena de reclusão: IV – efetua, com abuso de poder, qualquer
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa. diligência.
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou
preso ou o indivíduo submetido a medida de qualquer outra utilidade, a pretexto de influir
segurança detentiva, usando de violência contra em juiz, jurado, órgão do Ministério Público,
a pessoa: funcionário de justiça, perito, tradutor,
intérprete ou testemunha:
Pena – detenção, de três meses a um ano, além
da pena correspondente à violência. Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
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Desobediência a decisão judicial sobre perda financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
ou suspensão de direito exercício seguinte, que não tenha contrapartida
suficiente de disponibilidade de caixa:
Art. 359. Exercer função, atividade, direito,
autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
privado por decisão judicial: Ordenação de despesa não autorizada
Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por
multa. lei:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
CAPÍTULO IV Prestação de garantia graciosa
DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de
PÚBLICAS crédito sem que tenha sido constituída contra
garantia em valor igual ou superior ao valor da
Contratação de operação de crédito
garantia prestada, na forma da lei:
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
operação de crédito, interno ou externo, sem
prévia autorização legislativa: Não cancelamento de restos a pagar
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou
de promover o cancelamento do montante de
Parágrafo único. Incide na mesma pena
restos a pagar inscrito em valor superior ao
quem ordena, autoriza ou realiza operação
permitido em lei:
de crédito, interno ou externo:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
I – com inobservância de limite, condição
anos.
ou montante estabelecido em lei ou em
resolução do Senado Federal; Aumento de despesa total com pessoal no
último ano do mandato ou legislatura
II – quando o montante da dívida
consolidada ultrapassa o limite máximo Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato
autorizado por lei. que acarrete aumento de despesa total com
pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao
Inscrição de despesas não empenhadas em
final do mandato ou da legislatura:
restos a pagar
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em
restos a pagar, de despesa que não tenha sido Oferta pública ou colocação de títulos no
previamente empenhada ou que exceda limite mercado
estabelecido em lei:
Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) a oferta pública ou a colocação no mercado
anos. financeiro de títulos da dívida pública sem
que tenham sido criados por lei ou sem que
Assunção de obrigação no último ano do estejam registrados em sistema centralizado de
mandato ou legislatura liquidação e de custódia:
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
de obrigação, nos dois últimos quadrimestres
do último ano do mandato ou legislatura, cuja
despesa não possa ser paga no mesmo exercício
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
MATERIAL COMPLEMENTAR
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•• parágrafo 2º : corrupção passiva privilegiada
•• não confundir com art. 333, CP
•• art. 3º, II, lei 8137/90 : princípio da especialidade
7. Art. 318, CP : facilitação de contrabando ou descaminho (IMPORTANTE)
•• exceção à teoria monista : art. 29, CP (art. 334, CP e art. 334-A, CP)
•• sujeito ativo : somente o funcionário público que agir com infração do dever funcional
•• crime próprio
8. Art. 319, CP : prevaricação (IMPORTANTE)
•• dolo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa com o objetivo de satisfazer sentimento ou
interesse pessoal
•• consuma-se com a omissão
•• crime próprio
•• nas condutas omisssivas, não se admite a tentativa, enquanto nas condutas comissivas, é
perfeitamente possível.
•• não confundir com os crimes dos arts. 317, parágrafo 2º, CP e art. 320, CP
9. Art. 320, CP : Condescendência Criminosa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• não confundir com prevaricação, art. 319, CP
•• elemento subjetivo do tipo : por indulgência
10. Art. 321, CP : Advocacia Administrativa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• núcleo do tipo : “patrocinar” : favorecer, advogar interesse perante a administração pública
•• art. 3º, III, lei 8137/90 : princípio da especialidade
11. Art. 327, CP : conceito legal de funcionário público (IMPORTANTE)
•• conceito mais amplo do que o conceito de funcionário público no Direito Administrativo
•• crimes funcionais próprios : a ausência da qualidade de funcionário público torna o fato
atípico : art. 319, CP; art. 320, CP
•• crimes funcionais impróprios : a ausência da qualidade de funcionário público não torna
o fato atípico : art. Art. 312, CP, o qual pode ser art. 168, CP,uma vez não sendo o autor
funcionário público
12. Art. 328, CP: Usurpação de Função Pública
•• núcleo do tipo : apoderar-se
•• os crimes do capítulo II são de particulares contra a Administração Pública
•• parágrafo único : forma qualificada
13. Art. 329, CP : Resistência (IMPORTANTE)
•• deve ser mediante grave ameaça ou violência
•• crime formal
•• sujeito passivo : Estado, funcionário público que executa o ato ou o terceiro que o auxilia
•• resistência passiva : art. 330, CP
510 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
•• parágrafo 2º, CP : concurso de crimes com o crime de lesões leves, graves ou gravíssimas ou
homicídio; a simples ameaça, se este for o meio executório restará absorvida.
14. Art. 330, CP : Desobediência
•• ordem legal;
•• pode ser omissivo ou comissivo
15. Art. 331, CP : Desacato (IMPORTANTE)
•• é desacatar funcionário público em razão de sua função, ainda que fora dela, porém devido
à função
•• pode ser por meio de qualquer ato;
•• deve ser na presença do funcionário público, sob pena de ser outro crime, nos termos do
art. 138, 139, 140, c/c art. 141, II, CP
16. Art. 332, CP : Tráfico de Influência (IMPORTANTE)
•• crime formal
•• objeto material : qualquer vantagem ou promessa de vantagem
•• diferenciar do art. 357, CP
17. Art. 333, CP : Corrupção ativa (IMPORTANTE)
•• núcleo do tipo : “oferecer” ou “prometer”
•• crime formal
•• não confundir com o crime do art. 317, CP
18. Art. 334, CP : Descaminho
•• descaminho : iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido na
entrada ou saída de mercadoria permitida
•• princípio da insignificância
19. Art. 334-A, CP : Contrabando
•• contrabando : ingressou exportação no país de mercadoria ilegal
20. Art. 337-A : sonegação de contribuição previdenciária (IMPORTANTE)
•• suprimir : eliminar; reduzir : diminuir
•• parágrafo 2º : perdão judicial
21. Art. 339, CP : Denunciação Caluniosa
•• atribuir a alguém (determinado) a prática de um crime. No que à contravenção, vide art.
339, parágrafo 2º, CP
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•• imputação de fato preciso e determinado
22. Art. 340, CP :Falsa Comunicação de Crime ou Contravenção
•• o agente comunica falsamente a prática de crime ou contravenção, sem, no entanto,
atribuir a terceiro determinado
23. Art. 341, CP : Auto-Acusação Falsa
•• núcleo do tipo : atribuir a si a autoria de crime inexistente ou praticado por terceiro
•• pode haver concurso de crimes com o art. 339, CP
24. Art. 342, CP : Falso Testemunho ou Falsa Perícia
•• núcleo do tipo : “fazer afirmação falsa”, “negar” ou “calar a verdade” (reticência)
•• crime de mão própria
•• ver parágrafo 1º e parágrafo 2º (retratação, como forma de extinção da punibilidade, art.
107, CP)
•• não confundir com o crime do art. 138, CP
25. Art. 343, CP : Suborno
•• se for contra perito, contador, tradutor ou intérprete oficial, haverá o crime do art. 333, CP,
eis que se trata de funcionários públicos
•• objeto material : dinheiro ou qualquer vantagem
26. Art. 344, CP : Coação no curso do Processo
•• meios de execução : violência ou grave ameaça
27. Art. 348, CP : Favorecimento Pessoal
•• ver parágrafos
28. Art. 349, CP : Favorecimento Real
•• não confundir com art. 180, CP
29. Art. 350, CP : Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder :
•• diferenciar do crime de Abuso de Autoridade da lei 4898/65
30. Art. 359-A a H : Crimes contra as Finanças Públicas
•• leitura atenta (IMPORTANTE)
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Direito Penal
LEI Nº 9.455/97
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Direito Penal
TÍTULO I TÍTULO II
Disposições Preliminares Do Sistema Nacional de Políticas
Públicas Sobre Drogas
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional
de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad; Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular,
prescreve medidas para prevenção do uso integrar, organizar e coordenar as atividades
indevido, atenção e reinserção social de usuários relacionadas com:
e dependentes de drogas; estabelece normas
para repressão à produção não autorizada e ao I – a prevenção do uso indevido, a
tráfico ilícito de drogas e define crimes. atenção e a reinserção social de usuários e
dependentes de drogas;
Parágrafo único. Para fins desta Lei,
consideram-se como drogas as substâncias II – a repressão da produção não autorizada
ou os produtos capazes de causar e do tráfico ilícito de drogas.
dependência, assim especificados em
lei ou relacionados em listas atualizadas
periodicamente pelo Poder Executivo da
União. CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território
nacional, as drogas, bem como o plantio, a
DO SISTEMA NACIONAL DE
cultura, a colheita e a exploração de vegetais POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS
e substratos dos quais possam ser extraídas
Art. 4º São princípios do Sisnad:
ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese
de autorização legal ou regulamentar, bem I – o respeito aos direitos fundamentais da
como o que estabelece a Convenção de pessoa humana, especialmente quanto à
Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias sua autonomia e à sua liberdade;
Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de
uso estritamente ritualístico-religioso. II – o respeito à diversidade e às
especificidades populacionais existentes;
Parágrafo único. Pode a União autorizar
o plantio, a cultura e a colheita dos III – a promoção dos valores éticos,
vegetais referidos no caput deste artigo, culturais e de cidadania do povo brasileiro,
exclusivamente para fins medicinais reconhecendo-os como fatores de proteção
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para o uso indevido de drogas e outros I – contribuir para a inclusão social
comportamentos correlacionados; do cidadão, visando a torná-lo menos
vulnerável a assumir comportamentos de
IV – a promoção de consensos nacionais, risco para o uso indevido de drogas, seu
de ampla participação social, para o tráfico ilícito e outros comportamentos
estabelecimento dos fundamentos e correlacionados;
estratégias do Sisnad;
II – promover a construção e a socialização
V – a promoção da responsabilidade do conhecimento sobre drogas no país;
compartilhada entre Estado e Sociedade,
reconhecendo a importância da III – promover a integração entre as políticas
participação social nas atividades do Sisnad; de prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes
VI – o reconhecimento da intersetorialidade de drogas e de repressão à sua produção
dos fatores correlacionados com o uso não autorizada e ao tráfico ilícito e as
indevido de drogas, com a sua produção políticas públicas setoriais dos órgãos do
não autorizada e o seu tráfico ilícito; Poder Executivo da União, Distrito Federal,
VII – a integração das estratégias nacionais Estados e Municípios;
e internacionais de prevenção do uso IV – assegurar as condições para a
indevido, atenção e reinserção social de coordenação, a integração e a articulação
usuários e dependentes de drogas e de das atividades de que trata o art. 3º desta
repressão à sua produção não autorizada e Lei.
ao seu tráfico ilícito;
VIII – a articulação com os órgãos do
Ministério Público e dos Poderes Legislativo
e Judiciário visando à cooperação mútua CAPÍTULO II
nas atividades do Sisnad; DA COMPOSIÇÃO E DA
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA
IX – a adoção de abordagem multidisciplinar
que reconheça a interdependência e a NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS
natureza complementar das atividades SOBRE DROGAS
de prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes Art. 6º (VETADO)
de drogas, repressão da produção não Art. 7º A organização do Sisnad assegura a
autorizada e do tráfico ilícito de drogas; orientação central e a execução descentralizada
X – a observância do equilíbrio entre as das atividades realizadas em seu âmbito, nas
atividades de prevenção do uso indevido, esferas federal, distrital, estadual e municipal
atenção e reinserção social de usuários e e se constitui matéria definida no regulamento
dependentes de drogas e de repressão à sua desta Lei.
produção não autorizada e ao seu tráfico Art. 8º (VETADO)
ilícito, visando a garantir a estabilidade e o
bem-estar social;
XI – a observância às orientações e normas
emanadas do Conselho Nacional Antidrogas
CAPÍTULO III
(VETADO)
– Conad.
Art. 9º (VETADO)
Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos:
Art. 10. (VETADO)
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Direito Penal – Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) – Prof. Joerberth Nunes
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IX – o investimento em alternativas aquelas direcionadas para sua integração ou
esportivas, culturais, artísticas, reintegração em redes sociais.
profissionais, entre outras, como forma de
inclusão social e de melhoria da qualidade Art. 22. As atividades de atenção e as de
de vida; reinserção social do usuário e do dependente de
drogas e respectivos familiares devem observar
X – o estabelecimento de políticas de os seguintes princípios e diretrizes:
formação continuada na área da prevenção
do uso indevido de drogas para profissionais I – respeito ao usuário e ao dependente de
de educação nos 3 (três) níveis de ensino; drogas, independentemente de quaisquer
condições, observados os direitos
XI – a implantação de projetos pedagógicos fundamentais da pessoa humana, os
de prevenção do uso indevido de princípios e diretrizes do Sistema Único de
drogas, nas instituições de ensino Saúde e da Política Nacional de Assistência
público e privado, alinhados às Diretrizes Social;
Curriculares Nacionais e aos conhecimentos
relacionados a drogas; II – a adoção de estratégias diferenciadas
de atenção e reinserção social do usuário
XII – a observância das orientações e e do dependente de drogas e respectivos
normas emanadas do Conad; familiares que considerem as suas
peculiaridades socioculturais;
XIII – o alinhamento às diretrizes dos órgãos
de controle social de políticas setoriais III – definição de projeto terapêutico
específicas. individualizado, orientado para a inclusão
social e para a redução de riscos e de danos
Parágrafo único. As atividades de prevenção sociais e à saúde;
do uso indevido de drogas dirigidas à
criança e ao adolescente deverão estar em IV – atenção ao usuário ou dependente de
consonância com as diretrizes emanadas drogas e aos respectivos familiares, sempre
pelo Conselho Nacional dos Direitos da que possível, de forma multidisciplinar e
Criança e do Adolescente – Conanda. por equipes multiprofissionais;
V – observância das orientações e normas
emanadas do Conad;
CAPÍTULO II VI – o alinhamento às diretrizes dos órgãos
DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE de controle social de políticas setoriais
REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS específicas.
OU DEPENDENTES DE DROGAS Art. 23. As redes dos serviços de saúde da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Art. 20. Constituem atividades de atenção ao
Municípios desenvolverão programas de
usuário e dependente de drogas e respectivos
atenção ao usuário e ao dependente de drogas,
familiares, para efeito desta Lei, aquelas que
respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde
visem à melhoria da qualidade de vida e à
e os princípios explicitados no art. 22 desta Lei,
redução dos riscos e dos danos associados ao
obrigatória a previsão orçamentária adequada.
uso de drogas.
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal
Art. 21. Constituem atividades de reinserção
e os Municípios poderão conceder benefícios
social do usuário ou do dependente de drogas
às instituições privadas que desenvolverem
e respectivos familiares, para efeito desta Lei,
programas de reinserção no mercado de
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Direito Penal – Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) – Prof. Joerberth Nunes
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Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a auto circunstanciado e após a perícia
imposição e a execução das penas, observado, realizada no local da incineração.
no tocante à interrupção do prazo, o disposto
nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediata-
mente destruídas pelo delegado de polícia na
forma do art. 50-A, que recolherá quantidade
suficiente para exame pericial, de tudo lavrando
TÍTULO IV auto de levantamento das condições encontra-
das, com a delimitação do local, asseguradas as
Da Repressão à Produção não medidas necessárias para a preservação da pro-
Autorizada e ao Tráfico Ilícito de va. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
Drogas § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
12.961, de 2014)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
CAPÍTULO I 12.961, de 2014)
DISPOSIÇÕES GERAIS § 3º Em caso de ser utilizada a queimada
Art. 31. É indispensável a licença prévia da para destruir a plantação, observar-se-á,
autoridade competente para produzir, extrair, além das cautelas necessárias à proteção
fabricar, transformar, preparar, possuir, manter ao meio ambiente, o disposto no Decreto
em depósito, importar, exportar, reexportar, no 2.661, de 8 de julho de 1998, no que
remeter, transportar, expor, oferecer, vender, couber, dispensada a autorização prévia do
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer órgão próprio do Sistema Nacional do Meio
fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua Ambiente – Sisnama.
preparação, observadas as demais exigências § 4º As glebas cultivadas com plantações
legais. ilícitas serão expropriadas, conforme o
Art. 32. As plantações ilícitas serão disposto no art. 243 da Constituição Federal,
imediatamente destruídas pelas autoridades de acordo com a legislação em vigor.
de polícia judiciária, que recolherão quantidade
suficiente para exame pericial, de tudo
lavrando auto de levantamento das condições
encontradas, com a delimitação do local,
CAPÍTULO II
asseguradas as medidas necessárias para a DOS CRIMES
preservação da prova.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar,
§ 1º A destruição de drogas far-se-á por produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) venda, oferecer, ter em depósito, transportar,
dias, guardando-se as amostras necessárias trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
à preservação da prova. entregar a consumo ou fornecer drogas,
ainda que gratuitamente, sem autorização
§ 2º A incineração prevista no § 1º deste ou em desacordo com determinação legal ou
artigo será precedida de autorização regulamentar:
judicial, ouvido o Ministério Público, e
executada pela autoridade de polícia Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze)
judiciária competente, na presença de anos e pagamento de 500 (quinhentos) a
representante do Ministério Público e da 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
autoridade sanitária competente, mediante
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
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Direito Penal – Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) – Prof. Joerberth Nunes
I – importa, exporta, remete, produz, Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar,
fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer
oferece, fornece, tem em depósito, título, possuir, guardar ou fornecer, ainda
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho,
que gratuitamente, sem autorização ou instrumento ou qualquer objeto destinado
em desacordo com determinação legal ou à fabricação, preparação, produção ou
regulamentar, matéria-prima, insumo ou transformação de drogas, sem autorização
produto químico destinado à preparação de ou em desacordo com determinação legal ou
drogas; regulamentar:
II – semeia, cultiva ou faz a colheita, Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos,
sem autorização ou em desacordo com e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a
determinação legal ou regulamentar, de 2.000 (dois mil) dias-multa.
plantas que se constituam em matéria-
prima para a preparação de drogas; Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas
para o fim de praticar, reiteradamente ou não,
III – utiliza local ou bem de qualquer qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
natureza de que tem a propriedade, posse, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
administração, guarda ou vigilância, ou
consente que outrem dele se utilize, ainda Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos,
que gratuitamente, sem autorização ou e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200
em desacordo com determinação legal (mil e duzentos) dias-multa.
ou regulamentar, para o tráfico ilícito de Parágrafo único. Nas mesmas penas do
drogas. caput deste artigo incorre quem se associa
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao para a prática reiterada do crime definido
uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274) no art. 36 desta Lei.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, Art. 36. Financiar ou custear a prática de
e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias- qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
multa. caput e § 1º, e 34 desta Lei:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) Art. 37. Colaborar, como informante, com
ano, e pagamento de 700 (setecentos) a grupo, organização ou associação destinados
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem à prática de qualquer dos crimes previstos nos
prejuízo das penas previstas no art. 28. arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
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Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) de qualquer natureza, de serviços de
anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 200 tratamento de dependentes de drogas ou
(duzentos) dias-multa. de reinserção social, de unidades militares
ou policiais ou em transportes públicos;
Parágrafo único. O juiz comunicará a
condenação ao Conselho Federal da IV – o crime tiver sido praticado com
categoria profissional a que pertença o violência, grave ameaça, emprego de
agente. arma de fogo, ou qualquer processo de
intimidação difusa ou coletiva;
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após
o consumo de drogas, expondo a dano potencial V – caracterizado o tráfico entre Estados
a incolumidade de outrem: da Federação ou entre estes e o Distrito
Federal;
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3
(três) anos, além da apreensão do veículo, VI – sua prática envolver ou visar a atingir
cassação da habilitação respectiva ou criança ou adolescente ou a quem tenha,
proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo por qualquer motivo, diminuída ou
da pena privativa de liberdade aplicada, suprimida a capacidade de entendimento e
e pagamento de 200 (duzentos) a 400 determinação;
(quatrocentos) dias-multa.
VII – o agente financiar ou custear a prática
Parágrafo único. As penas de prisão e do crime.
multa, aplicadas cumulativamente com as
demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar
e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) voluntariamente com a investigação policial
dias-multa, se o veículo referido no caput e o processo criminal na identificação dos
deste artigo for de transporte coletivo de demais co-autores ou partícipes do crime e
passageiros. na recuperação total ou parcial do produto
do crime, no caso de condenação, terá pena
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 reduzida de um terço a dois terços.
desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se: Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará,
com preponderância sobre o previsto no art. 59
I – a natureza, a procedência da do Código Penal, a natureza e a quantidade da
substância ou do produto apreendido e substância ou do produto, a personalidade e a
as circunstâncias do fato evidenciarem a conduta social do agente.
transnacionalidade do delito;
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os
II – o agente praticar o crime prevalecendo- arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que
se de função pública ou no desempenho de dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número
missão de educação, poder familiar, guarda de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo
ou vigilância; as condições econômicas dos acusados, valor
não inferior a um trinta avos nem superior a 5
III – a infração tiver sido cometida (cinco) vezes o maior salário-mínimo.
nas dependências ou imediações de
estabelecimentos prisionais, de ensino Parágrafo único. As multas, que em caso de
ou hospitalares, de sedes de entidades concurso de crimes serão impostas sempre
estudantis, sociais, culturais, recreativas, cumulativamente, podem ser aumentadas
esportivas, ou beneficentes, de locais até o décuplo se, em virtude da situação
de trabalho coletivo, de recintos onde econômica do acusado, considerá-las o juiz
se realizem espetáculos ou diversões ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.
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Direito Penal – Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) – Prof. Joerberth Nunes
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput CAPÍTULO III
e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e DO PROCEDIMENTO PENAL
insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e
liberdade provisória, vedada a conversão de Art. 48. O procedimento relativo aos processos
suas penas em restritivas de direitos. por crimes definidos neste Título rege-se
Parágrafo único. Nos crimes previstos no pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se,
caput deste artigo, dar-se-á o livramento subsidiariamente, as disposições do Código de
condicional após o cumprimento de dois Processo Penal e da Lei de Execução Penal.
terços da pena, vedada sua concessão ao § 1º O agente de qualquer das condutas
reincidente específico. previstas no art. 28 desta Lei, salvo se
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão houver concurso com os crimes previstos
da dependência, ou sob o efeito, proveniente nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado
de caso fortuito ou força maior, de droga, era, e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes
ao tempo da ação ou da omissão, qualquer da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995,
que tenha sido a infração penal praticada, que dispõe sobre os Juizados Especiais
inteiramente incapaz de entender o caráter Criminais.
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo § 2º Tratando-se da conduta prevista no
com esse entendimento. art. 28 desta Lei, não se imporá prisão
Parágrafo único. Quando absolver o agente, em flagrante, devendo o autor do fato
reconhecendo, por força pericial, que este ser imediatamente encaminhado ao juízo
apresentava, à época do fato previsto neste competente ou, na falta deste, assumir
artigo, as condições referidas no caput o compromisso de a ele comparecer,
deste artigo, poderá determinar o juiz, na lavrando-se termo circunstanciado e
sentença, o seu encaminhamento para providenciando-se as requisições dos
tratamento médico adequado. exames e perícias necessários.
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sempre que as circunstâncias o recomendem, feita por incineração, no prazo máximo de 30
empregará os instrumentos protetivos de (trinta) dias contado da data da apreensão,
colaboradores e testemunhas previstos na Lei guardando-se amostra necessária à realização
nº 9.807, de 13 de julho de 1999. do laudo definitivo, aplicando-se, no que
couber, o procedimento dos §§ 3º a 5º do art.
Seção I 50. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
DA INVESTIGAÇÃO
Art. 51. O inquérito policial será concluído no
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver
a autoridade de polícia judiciária fará, preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
imediatamente, comunicação ao juiz Parágrafo único. Os prazos a que se refere
competente, remetendo-lhe cópia do auto este artigo podem ser duplicados pelo
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do juiz, ouvido o Ministério Público, mediante
Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. pedido justificado da autoridade de polícia
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de judiciária.
prisão em flagrante e estabelecimento da Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art.
materialidade do delito, é suficiente o laudo 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária,
de constatação da natureza e quantidade remetendo os autos do inquérito ao juízo:
da droga, firmado por perito oficial ou, na
falta deste, por pessoa idônea. I – relatará sumariamente as circunstâncias
do fato, justificando as razões que a levaram
§ 2º O perito que subscrever o laudo a à classificação do delito, indicando a
que se refere o § 1º deste artigo não ficará quantidade e natureza da substância ou do
impedido de participar da elaboração do produto apreendido, o local e as condições
laudo definitivo. em que se desenvolveu a ação criminosa,
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em as circunstâncias da prisão, a conduta, a
flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, qualificação e os antecedentes do agente;
certificará a regularidade formal do laudo ou
de constatação e determinará a destruição II – requererá sua devolução para a
das drogas apreendidas, guardando-se realização de diligências necessárias.
amostra necessária à realização do laudo
definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de Parágrafo único. A remessa dos autos
2014) far-se-á sem prejuízo de diligências
complementares:
§ 4º A destruição das drogas será executada
pelo delegado de polícia competente no I – necessárias ou úteis à plena elucidação
prazo de 15 (quinze) dias na presença do do fato, cujo resultado deverá ser
Ministério Público e da autoridade sanitária. encaminhado ao juízo competente até 3
(Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) (três) dias antes da audiência de instrução
e julgamento;
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de
efetivada a destruição das drogas referida II – necessárias ou úteis à indicação dos
no § 3º, sendo lavrado auto circunstanciado bens, direitos e valores de que seja titular
pelo delegado de polícia, certificando-se o agente, ou que figurem em seu nome,
neste a destruição total delas. (Incluído cujo resultado deverá ser encaminhado ao
pela Lei nº 12.961, de 2014) juízo competente até 3 (três) dias antes da
audiência de instrução e julgamento.
Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas
sem a ocorrência de prisão em flagrante será
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para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) ação penal, a apreensão e outras medidas
minutos para cada um, prorrogável por mais 10 assecuratórias relacionadas aos bens móveis e
(dez), a critério do juiz. imóveis ou valores consistentes em produtos
dos crimes previstos nesta Lei, ou que
Parágrafo único. Após proceder ao constituam proveito auferido com sua prática,
interrogatório, o juiz indagará das partes procedendo-se na forma dosarts. 125 a 144 do
se restou algum fato para ser esclarecido, Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941
formulando as perguntas correspondentes – Código de Processo Penal.
se o entender pertinente e relevante.
§ 1º Decretadas quaisquer das medidas
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz previstas neste artigo, o juiz facultará ao
sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) acusado que, no prazo de 5 (cinco) dias,
dias, ordenando que os autos para isso lhe apresente ou requeira a produção de provas
sejam conclusos. acerca da origem lícita do produto, bem ou
§ 1º Ao proferir sentença, o juiz, não valor objeto da decisão.
tendo havido controvérsia, no curso do § 2º Provada a origem lícita do produto, bem
processo, sobre a natureza ou quantidade ou valor, o juiz decidirá pela sua liberação.
da substância ou do produto, ou sobre
a regularidade do respectivo laudo, § 3º Nenhum pedido de restituição será
determinará que se proceda na forma do conhecido sem o comparecimento pessoal
art. 32, § 1º, desta Lei, preservando-se, para do acusado, podendo o juiz determinar a
eventual contraprova, a fração que fixar. prática de atos necessários à conservação
(Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014) de bens, direitos ou valores.
§ 2º Igual procedimento poderá adotar § 4º A ordem de apreensão ou sequestro
o juiz, em decisão motivada e, ouvido o de bens, direitos ou valores poderá ser
Ministério Público, quando a quantidade suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério
ou valor da substância ou do produto o Público, quando a sua execução imediata
indicar, precedendo a medida a elaboração possa comprometer as investigações.
e juntada aos autos do laudo toxicológico.
(Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014) Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção
da prova dos fatos e comprovado o interesse
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, público ou social, ressalvado o disposto no
caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o réu não art. 62 desta Lei, mediante autorização do
poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo juízo competente, ouvido o Ministério Público
se for primário e de bons antecedentes, assim e cientificada a Senad, os bens apreendidos
reconhecido na sentença condenatória. poderão ser utilizados pelos órgãos ou pelas
entidades que atuam na prevenção do uso
indevido, na atenção e reinserção social
de usuários e dependentes de drogas e na
CAPÍTULO IV repressão à produção não autorizada e ao
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no
DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO interesse dessas atividades.
Parágrafo único. Recaindo a autorização
Art. 60. O juiz, de ofício, a requerimento do
sobre veículos, embarcações ou aeronaves,
Ministério Público ou mediante representação
o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou
da autoridade de polícia judiciária, ouvido o
ao equivalente órgão de registro e controle
Ministério Público, havendo indícios suficientes,
a expedição de certificado provisório de
poderá decretar, no curso do inquérito ou da
registro e licenciamento, em favor da
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Direito Penal – Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) – Prof. Joerberth Nunes
instituição à qual tenha deferido o uso, serem colocados sob uso e custódia da
ficando esta livre do pagamento de multas, autoridade de polícia judiciária, de órgãos
encargos e tributos anteriores, até o trânsito de inteligência ou militares, envolvidos
em julgado da decisão que decretar o seu nas ações de prevenção ao uso indevido
perdimento em favor da União. de drogas e operações de repressão à
produção não autorizada e ao tráfico ilícito
Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves de drogas, exclusivamente no interesse
e quaisquer outros meios de transporte, dessas atividades.
os maquinários, utensílios, instrumentos e
objetos de qualquer natureza, utilizados para § 5º Excluídos os bens que se houver
a prática dos crimes definidos nesta Lei, após indicado para os fins previstos no § 4º
a sua regular apreensão, ficarão sob custódia deste artigo, o requerimento de alienação
da autoridade de polícia judiciária, excetuadas deverá conter a relação de todos os
as armas, que serão recolhidas na forma de demais bens apreendidos, com a descrição
legislação específica. e a especificação de cada um deles, e
informações sobre quem os tem sob
§ 1º Comprovado o interesse público custódia e o local onde se encontram.
na utilização de qualquer dos bens
mencionados neste artigo, a autoridade de § 6º Requerida a alienação dos bens,
polícia judiciária poderá deles fazer uso, a respectiva petição será autuada em
sob sua responsabilidade e com o objetivo apartado, cujos autos terão tramitação
de sua conservação, mediante autorização autônoma em relação aos da ação penal
judicial, ouvido o Ministério Público. principal.
§ 2º Feita a apreensão a que se refere o § 7º Autuado o requerimento de
caput deste artigo, e tendo recaído sobre alienação, os autos serão conclusos ao
dinheiro ou cheques emitidos como ordem juiz, que, verificada a presença de nexo
de pagamento, a autoridade de polícia de instrumentalidade entre o delito e os
judiciária que presidir o inquérito deverá, objetos utilizados para a sua prática e risco
de imediato, requerer ao juízo competente de perda de valor econômico pelo decurso
a intimação do Ministério Público. do tempo, determinará a avaliação dos
bens relacionados, cientificará a Senad e
§ 3º Intimado, o Ministério Público deverá intimará a União, o Ministério Público e o
requerer ao juízo, em caráter cautelar, interessado, este, se for o caso, por edital
a conversão do numerário apreendido com prazo de 5 (cinco) dias.
em moeda nacional, se for o caso, a
compensação dos cheques emitidos após § 8º Feita a avaliação e dirimidas eventuais
a instrução do inquérito, com cópias divergências sobre o respectivo laudo, o
autênticas dos respectivos títulos, e o juiz, por sentença, homologará o valor
depósito das correspondentes quantias atribuído aos bens e determinará sejam
em conta judicial, juntando-se aos autos o alienados em leilão.
recibo.
§ 9º Realizado o leilão, permanecerá
§ 4º Após a instauração da competente depositada em conta judicial a quantia
ação penal, o Ministério Público, mediante apurada, até o final da ação penal
petição autônoma, requererá ao juízo respectiva, quando será transferida ao
competente que, em caráter cautelar, Funad, juntamente com os valores de que
proceda à alienação dos bens apreendidos, trata o § 3º deste artigo.
excetuados aqueles que a União, por
intermédio da Senad, indicar para § 10. Terão apenas efeito devolutivo os
recursos interpostos contra as decisões
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proferidas no curso do procedimento Art. 64. A União, por intermédio da Senad,
previsto neste artigo. poderá firmar convênio com os Estados,
com o Distrito Federal e com organismos
§ 11. Quanto aos bens indicados na forma orientados para a prevenção do uso indevido
do § 4º deste artigo, recaindo a autorização de drogas, a atenção e a reinserção social
sobre veículos, embarcações ou aeronaves, de usuários ou dependentes e a atuação na
o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou repressão à produção não autorizada e ao
ao equivalente órgão de registro e controle tráfico ilícito de drogas, com vistas na liberação
a expedição de certificado provisório de de equipamentos e de recursos por ela
registro e licenciamento, em favor da arrecadados, para a implantação e execução de
autoridade de polícia judiciária ou órgão aos programas relacionados à questão das drogas.
quais tenha deferido o uso, ficando estes
livres do pagamento de multas, encargos
e tributos anteriores, até o trânsito em
julgado da decisão que decretar o seu TÍTULO V
perdimento em favor da União.
Da Cooperação Internacional
Art. 63. Ao proferir a sentença de mérito, o juiz
decidirá sobre o perdimento do produto, bem Art. 65. De conformidade com os princípios
ou valor apreendido, sequestrado ou declarado da não-intervenção em assuntos internos, da
indisponível. igualdade jurídica e do respeito à integridade
territorial dos Estados e às leis e aos
§ 1º Os valores apreendidos em decorrência regulamentos nacionais em vigor, e observado
dos crimes tipificados nesta Lei e que o espírito das Convenções das Nações Unidas
não forem objeto de tutela cautelar, após e outros instrumentos jurídicos internacionais
decretado o seu perdimento em favor da relacionados à questão das drogas, de que o
União, serão revertidos diretamente ao Brasil é parte, o governo brasileiro prestará,
Funad. quando solicitado, cooperação a outros
§ 2º Compete à Senad a alienação dos bens países e organismos internacionais e, quando
apreendidos e não leiloados em caráter necessário, deles solicitará a colaboração, nas
cautelar, cujo perdimento já tenha sido áreas de:
decretado em favor da União. I – intercâmbio de informações sobre
§ 3º A Senad poderá firmar convênios legislações, experiências, projetos e
de cooperação, a fim de dar imediato programas voltados para atividades de
cumprimento ao estabelecido no § 2º deste prevenção do uso indevido, de atenção e de
artigo. reinserção social de usuários e dependentes
de drogas;
§ 4º Transitada em julgado a sentença
condenatória, o juiz do processo, de ofício II – intercâmbio de inteligência policial
ou a requerimento do Ministério Público, sobre produção e tráfico de drogas e
remeterá à Senad relação dos bens, direitos delitos conexos, em especial o tráfico de
e valores declarados perdidos em favor da armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de
União, indicando, quanto aos bens, o local precursores químicos;
em que se encontram e a entidade ou o III – intercâmbio de informações policiais e
órgão em cujo poder estejam, para os fins judiciais sobre produtores e traficantes de
de sua destinação nos termos da legislação drogas e seus precursores químicos.
vigente.
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Direito Penal – Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) – Prof. Joerberth Nunes
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Art. 73. A União poderá celebrar convênios com Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e
os Estados visando à prevenção e repressão do cinco) dias após a sua publicação.
tráfico ilícito e do uso indevido de drogas.
Art. 75. Revogam-se a Lei no 6.368, de 21 de
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios outubro de 1976, e a Lei no 10.409, de 11 de
com os Estados e o com o Distrito Federal, janeiro de 2002.
visando à prevenção e repressão do tráfico
ilícito e do uso indevido de drogas, e com os Brasília, 23 de agosto de 2006; 185º da
Municípios, com o objetivo de prevenir o uso Independência e 118º da República.
indevido delas e de possibilitar a atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de
drogas. (Redação dada pela Lei nº 12.219, de
2010)
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Direito Penal
LEI 10826/03
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Parágrafo único. As armas de fogo de uso registradas como de sua propriedade
restrito serão registradas no Comando do enquanto não forem vendidas.
Exército, na forma do regulamento desta
Lei. § 5º A comercialização de armas de fogo,
acessórios e munições entre pessoas
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso físicas somente será efetivada mediante
permitido o interessado deverá, além de autorização do Sinarm.
declarar a efetiva necessidade, atender aos
seguintes requisitos: § 6º A expedição da autorização a que se
refere o § 1º será concedida, ou recusada
I – comprovação de idoneidade, com a com a devida fundamentação, no prazo de
apresentação de certidões negativas de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do
antecedentes criminais fornecidas pela requerimento do interessado.
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral
e de não estar respondendo a inquérito § 7º O registro precário a que se refere o §
policial ou a processo criminal, que poderão 4º prescinde do cumprimento dos requisitos
ser fornecidas por meios eletrônicos; dos incisos I, II e III deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) § 8º Estará dispensado das exigências
II – apresentação de documento compro- constantes do inciso III do caput deste artigo,
batório de ocupação lícita e de residência na forma do regulamento, o interessado em
certa; adquirir arma de fogo de uso permitido que
comprove estar autorizado a portar arma
III – comprovação de capacidade técnica e com as mesmas características daquela a
de aptidão psicológica para o manuseio de ser adquirida. (Incluído pela Lei nº 11.706,
arma de fogo, atestadas na forma disposta de 2008)
no regulamento desta Lei.
Art. 5º O certificado de Registro de Arma
§ 1º O Sinarm expedirá autorização de de Fogo, com validade em todo o território
compra de arma de fogo após atendidos os nacional, autoriza o seu proprietário a manter a
requisitos anteriormente estabelecidos, em arma de fogo exclusivamente no interior de sua
nome do requerente e para a arma indicada, residência ou domicílio, ou dependência desses,
sendo intransferível esta autorização. ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que
seja ele o titular ou o responsável legal pelo
§ 2º A aquisição de munição somente estabelecimento ou empresa. (Redação dada
poderá ser feita no calibre correspondente pela Lei nº 10.884, de 2004)
à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento desta Lei. § 1º O certificado de registro de arma de
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) fogo será expedido pela Polícia Federal e
será precedido de autorização do Sinarm.
§ 3º A empresa que comercializar arma
de fogo em território nacional é obrigada § 2º Os requisitos de que tratam os incisos
a comunicar a venda à autoridade I, II e III do art. 4º deverão ser comprovados
competente, como também a manter periodicamente, em período não inferior
banco de dados com todas as características a 3 (três) anos, na conformidade do
da arma e cópia dos documentos previstos estabelecido no regulamento desta Lei,
neste artigo. para a renovação do Certificado de Registro
de Arma de Fogo.
§ 4º A empresa que comercializa armas § 3º O proprietário de arma de fogo com
de fogo, acessórios e munições responde certificados de registro de propriedade
legalmente por essas mercadorias, ficando expedido por órgão estadual ou do Distrito
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Direito Penal – Lei do Desarmamento (Lei nº 10.826/03) – Prof. Joerberth Nunes
Federal até a data da publicação desta Lei III – os integrantes das guardas municipais
que não optar pela entrega espontânea das capitais dos Estados e dos Municípios
prevista no art. 32 desta Lei deverá com mais de 500.000 (quinhentos mil)
renová-lo mediante o pertinente registro habitantes, nas condições estabelecidas no
federal, até o dia 31 de dezembro de regulamento desta Lei;
2008, ante a apresentação de documento
de identificação pessoal e comprovante IV – os integrantes das guardas municipais
de residência fixa, ficando dispensado do dos Municípios com mais de 50.000
pagamento de taxas e do cumprimento (cinquenta mil) e menos de 500.000
das demais exigências constantes dos (quinhentos mil) habitantes, quando em
incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. serviço; (Redação dada pela Lei nº 10.867,
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) de 2004)
(Prorrogação de prazo) V – os agentes operacionais da Agência
§ 4º Para fins do cumprimento do disposto Brasileira de Inteligência e os agentes do
no § 3º deste artigo, o proprietário de arma Departamento de Segurança do Gabinete
de fogo poderá obter, no Departamento de Segurança Institucional da Presidência
de Polícia Federal, certificado de registro da República;
provisório, expedido na rede mundial VI – os integrantes dos órgãos policiais
de computadores – internet, na forma referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da
do regulamento e obedecidos os Constituição Federal;
procedimentos a seguir: (Redação dada
pela Lei nº 11.706, de 2008) VII – os integrantes do quadro efetivo dos
I – emissão de certificado de registro agentes e guardas prisionais, os integrantes
provisório pela internet, com validade das escoltas de presos e as guardas
inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído pela portuárias;
Lei nº 11.706, de 2008) VIII – as empresas de segurança privada e
II – revalidação pela unidade do de transporte de valores constituídas, nos
Departamento de Polícia Federal do termos desta Lei;
certificado de registro provisório pelo
IX – para os integrantes das entidades de
prazo que estimar como necessário para a
desporto legalmente constituídas, cujas
emissão definitiva do certificado de registro
atividades esportivas demandem o uso de
de propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706,
armas de fogo, na forma do regulamento
de 2008)
desta Lei, observando-se, no que couber, a
legislação ambiental.
X – integrantes das Carreiras de Auditoria
CAPÍTULO III da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-
DO PORTE Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal
e Analista Tributário. (Redação dada pela
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em Lei nº 11.501, de 2007)
todo o território nacional, salvo para os casos
previstos em legislação própria e para: XI – os tribunais do Poder Judiciário
descritos no art. 92 da Constituição Federal
I – os integrantes das Forças Armadas; e os Ministérios Públicos da União e dos
II – os integrantes de órgãos referidos nos Estados, para uso exclusivo de servidores
incisos do caput do art. 144 da Constituição de seus quadros pessoais que efetivamente
Federal; estejam no exercício de funções de
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segurança, na forma de regulamento a ser § 3º A autorização para o porte de arma
emitido pelo Conselho Nacional de Justiça – de fogo das guardas municipais está
CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério condicionada à formação funcional de
Público – CNMP. (Incluído pela Lei nº seus integrantes em estabelecimentos de
12.694, de 2012) ensino de atividade policial e à existência
de mecanismos de fiscalização e de controle
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, interno, nas condições estabelecidas
V e VI do caput deste artigo terão direito no regulamento desta Lei, observada
de portar arma de fogo de propriedade a supervisão do Comando do Exército.
particular ou fornecida pela respectiva (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004)
corporação ou instituição, mesmo fora de
serviço, nos termos do regulamento desta § 4º Os integrantes das Forças Armadas, das
Lei, com validade em âmbito nacional para polícias federais e estaduais e do Distrito
aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. Federal, bem como os militares dos Estados
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) e do Distrito Federal, ao exercerem o direito
descrito no art. 4º, ficam dispensados
§ 1º-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de do cumprimento do disposto nos incisos
2008) I, II e III do mesmo artigo, na forma do
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de regulamento desta Lei.
agentes e guardas prisionais poderão portar § 5º Aos residentes em áreas rurais,
arma de fogo de propriedade particular ou maiores de 25 (vinte e cinco) anos que
fornecida pela respectiva corporação ou comprovem depender do emprego de
instituição, mesmo fora de serviço, desde arma de fogo para prover sua subsistência
que estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, alimentar familiar será concedido pela
de 2014) Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
I – submetidos a regime de dedicação categoria caçador para subsistência, de uma
exclusiva; (Incluído pela Lei nº 12.993, de arma de uso permitido, de tiro simples, com
2014) 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis),
II – sujeitos à formação funcional, nos desde que o interessado comprove a
termos do regulamento; e (Incluído pela Lei efetiva necessidade em requerimento ao
nº 12.993, de 2014) qual deverão ser anexados os seguintes
documentos: (Redação dada pela Lei nº
III – subordinados a mecanismos de
11.706, de 2008)
fiscalização e de controle interno. (Incluído
pela Lei nº 12.993, de 2014) I – documento de identificação pessoal;
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº
12.993, de 2014) II – comprovante de residência em área
rural; e (Incluído pela Lei nº 11.706, de
§ 2º A autorização para o porte de arma
2008)
de fogo aos integrantes das instituições
descritas nos incisos V, VI, VII e X do III – atestado de bons antecedentes.
caput deste artigo está condicionada à (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
comprovação do requisito a que se refere
o inciso III do caputdo art. 4º desta Lei nas § 6º O caçador para subsistência que
condições estabelecidas no regulamento der outro uso à sua arma de fogo,
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, independentemente de outras tipificações
de 2008) penais, responderá, conforme o caso, por
porte ilegal ou por disparo de arma de fogo
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Art. 8º As armas de fogo utilizadas em Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos
entidades desportivas legalmente constituídas valores constantes do Anexo desta Lei, pela
devem obedecer às condições de uso e de prestação de serviços relativos:
armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente, respondendo o possuidor ou o I – ao registro de arma de fogo;
autorizado a portar a arma pela sua guarda na II – à renovação de registro de arma de fogo;
forma do regulamento desta Lei.
III – à expedição de segunda via de registro
Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça de arma de fogo;
a autorização do porte de arma para os
responsáveis pela segurança de cidadãos IV – à expedição de porte federal de arma
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil de fogo;
e, ao Comando do Exército, nos termos do
V – à renovação de porte de arma de fogo;
regulamento desta Lei, o registro e a concessão
de porte de trânsito de arma de fogo para VI – à expedição de segunda via de porte
colecionadores, atiradores e caçadores e de federal de arma de fogo.
representantes estrangeiros em competição
internacional oficial de tiro realizada no § 1º Os valores arrecadados destinam-se ao
território nacional. custeio e à manutenção das atividades do
Sinarm, da Polícia Federal e do Comando
Art. 10. A autorização para o porte de arma do Exército, no âmbito de suas respectivas
de fogo de uso permitido, em todo o território responsabilidades.
nacional, é de competência da Polícia Federal
e somente será concedida após autorização do § 2º São isentas do pagamento das taxas
Sinarm. previstas neste artigo as pessoas e as
instituições a que se referem os incisos I a
§ 1º A autorização prevista neste artigo VII e X e o § 5º do art. 6º desta Lei. (Redação
poderá ser concedida com eficácia dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
temporária e territorial limitada, nos termos
de atos regulamentares, e dependerá de o Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará
requerente: a forma e as condições do credenciamento
de profissionais pela Polícia Federal para
I – demonstrar a sua efetiva necessidade comprovação da aptidão psicológica e da
por exercício de atividade profissional de capacidade técnica para o manuseio de arma de
risco ou de ameaça à sua integridade física; fogo. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
II – atender às exigências previstas no art. § 1º Na comprovação da aptidão psicológica,
4º desta Lei; o valor cobrado pelo psicólogo não poderá
exceder ao valor médio dos honorários
III – apresentar documentação de
profissionais para realização de avaliação
propriedade de arma de fogo, bem como o
psicológica constante do item 1.16 da tabela
seu devido registro no órgão competente.
do Conselho Federal de Psicologia. (Incluído
§ 2º A autorização de porte de arma pela Lei nº 11.706, de 2008)
de fogo, prevista neste artigo, perderá
§ 2º Na comprovação da capacidade
automaticamente sua eficácia caso o
técnica, o valor cobrado pelo instrutor de
portador dela seja detido ou abordado em
armamento e tiro não poderá exceder R$
estado de embriaguez ou sob efeito de
80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da
substâncias químicas ou alucinógenas.
munição. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
2008)
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II – modificar as características de arma Tráfico internacional de arma de fogo
de fogo, de forma a torná-la equivalente a
arma de fogo de uso proibido ou restrito ou Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada
para fins de dificultar ou de qualquer modo ou saída do território nacional, a qualquer
induzir a erro autoridade policial, perito ou título, de arma de fogo, acessório ou munição,
juiz; sem autorização da autoridade competente:
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Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma
cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados de fogo poderão entregá-la, espontaneamente,
os integrantes das entidades constantes dos mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fé,
incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º serão indenizados, na forma do regulamento,
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de ficando extinta a punibilidade de eventual posse
2008) irregular da referida arma. (Redação dada pela
Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 29. As autorizações de porte de armas de
fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
dias após a publicação desta Lei. (Vide Lei nº 11.706, de 2008)
10.884, de 2004)
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00
Parágrafo único. O detentor de autorização (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil
com prazo de validade superior a 90 reais), conforme especificar o regulamento
(noventa) dias poderá renová-la, perante a desta Lei:
Polícia Federal, nas condições dos arts. 4º,
6º e 10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) I – à empresa de transporte aéreo,
dias após sua publicação, sem ônus para o rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou
requerente. lacustre que deliberadamente, por qualquer
meio, faça, promova, facilite ou permita
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma o transporte de arma ou munição sem a
de fogo de uso permitido ainda não registrada devida autorização ou com inobservância
deverão solicitar seu registro até o dia 31 de das normas de segurança;
dezembro de 2008, mediante apresentação
de documento de identificação pessoal e II – à empresa de produção ou comércio de
comprovante de residência fixa, acompanhados armamentos que realize publicidade para
de nota fiscal de compra ou comprovação da venda, estimulando o uso indiscriminado
origem lícita da posse, pelos meios de prova de armas de fogo, exceto nas publicações
admitidos em direito, ou declaração firmada especializadas.
na qual constem as características da arma Art. 34. Os promotores de eventos em locais
e a sua condição de proprietário, ficando fechados, com aglomeração superior a 1000
este dispensado do pagamento de taxas e do (um mil) pessoas, adotarão, sob pena de
cumprimento das demais exigências constantes responsabilidade, as providências necessárias
dos incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. para evitar o ingresso de pessoas armadas,
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI
(Prorrogação de prazo) do art. 5º da Constituição Federal.
Parágrafo único. Para fins do cumprimento Parágrafo único. As empresas responsáveis
do disposto no caput deste artigo, o pela prestação dos serviços de transporte
proprietário de arma de fogo poderá internacional e interestadual de passageiros
obter, no Departamento de Polícia Federal, adotarão as providências necessárias para
certificado de registro provisório, expedido evitar o embarque de passageiros armados.
na forma do § 4º do art. 5º desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas
CAPÍTULO VI
de fogo adquiridas regularmente poderão, a
qualquer tempo, entregá-las à Polícia Federal, DISPOSIÇÕES FINAIS
mediante recibo e indenização, nos termos do
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de
regulamento desta Lei.
fogo e munição em todo o território nacional,
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Direito Penal – Lei do Desarmamento (Lei nº 10.826/03) – Prof. Joerberth Nunes
salvo para as entidades previstas no art. 6º Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua
desta Lei. publicação.
§ 1º Este dispositivo, para entrar em Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182º da
vigor, dependerá de aprovação mediante Independência e 115º da República.
referendo popular, a ser realizado em
outubro de 2005. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de Este texto não substitui o publicado no DOU de
fevereiro de 1997. 23.12.2003
ANEXO
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
TABELA DE TAXAS
ATO ADMINISTRATIVO R$
I – Registro de arma de fogo:
•• até 31 de dezembro de 2008 Gratuito
(art. 30)
•• a partir de 1º de janeiro de 2009 60,00
II – Renovação do certificado de registro de arma de fogo:
•• até 31 de dezembro de 2008 Gratuito
(art. 5º, § 3º)
•• a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00
III – Registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de
60,00
transporte de valores
IV - Renovação do certificado de registro de arma de fogo para empresa de
segurança privada e de transporte de valores:
•• até 30 de junho de 2008 30,00
•• de 1º de julho de 2008 a 31 de outubro de 2008 45,00
•• a partir de 1º de novembro de 2008 60,00
V - Expedição de porte de arma de fogo. 1.000,00
VI - Renovação de porte de arma de fogo. 60,00
VII - Expedição de segunda via de certificado de registro de arma de fogo. 60,00
VIII - Expedição de segunda via de porte de arma de fogo. 60,00
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Direito Penal
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Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) indevidamente para recolher aos cofres
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de públicos:
2000)
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Parágrafo único. As penas são aumentadas
de um terço até a metade se da Corrupção passiva
modificação ou alteração resulta dano Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para
para a Administração Pública ou para o outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de da função ou antes de assumi-la, mas em razão
2000) dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou de tal vantagem:
documento Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos,
Art. 314 – Extraviar livro oficial ou qualquer e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
documento, de que tem a guarda em razão 12.11.2003)
do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou § 1º A pena é aumentada de um terço,
parcialmente: se, em conseqüência da vantagem ou
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato promessa, o funcionário retarda ou deixa de
não constitui crime mais grave. praticar qualquer ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de
Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas praticar ou retarda ato de ofício, com
aplicação diversa da estabelecida em lei: infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
Concussão multa.
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta Facilitação de contrabando ou descaminho
ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, Art. 318. Facilitar, com infração de dever
vantagem indevida: funcional, a prática de contrabando ou
descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
Excesso de exação multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou 27.12.1990)
contribuição social que sabe ou deveria Prevaricação
saber indevido, ou, quando devido,
emprega na cobrança meio vexatório ou Art. 319. Retardar ou deixar de praticar,
gravoso, que a lei não autoriza: (Redação indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) contra disposição expressa de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de Pena – detenção, de três meses a um ano, e
27.12.1990) multa.
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária
próprio ou de outrem, o que recebeu e/ou agente público, de cumprir seu dever de
vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
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Direito Penal – Lei do Crime de Abuso de Autoridade – Prof. Joerberth Nunes
www.acasadoconcurseiro.com.br 545
transitoriamente ou sem remuneração, exerce § 2º A pena será aumentada da terça parte
cargo, emprego ou função pública. quando os autores dos crimes previstos
neste Capítulo forem ocupantes de cargos
§ 1º Equipara-se a funcionário público em comissão ou de função de direção ou
quem exerce cargo, emprego ou função em assessoramento de órgão da administração
entidade paraestatal, e quem trabalha para direta, sociedade de economia mista,
empresa prestadora de serviço contratada empresa pública ou fundação instituída
ou conveniada para a execução de atividade pelo poder público. (Incluído pela Lei nº
típica da Administração Pública. (Incluído 6.799, de 1980)
pela Lei nº 9.983, de 2000)
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Direito Penal – Lei do Crime de Abuso de Autoridade – Prof. Joerberth Nunes
e) levar à prisão e nela deter quem quer f) demissão, a bem do serviço público.
que se proponha a prestar fiança, permitida
em lei; § 2º A sanção civil, caso não seja possível
fixar o valor do dano, consistirá no
f) cobrar o carcereiro ou agente de pagamento de uma indenização de
autoridade policial carceragem, custas, quinhentos a dez mil cruzeiros.
emolumentos ou qualquer outra despesa,
desde que a cobrança não tenha apoio em § 3º A sanção penal será aplicada de acordo
lei, quer quanto à espécie quer quanto ao com as regras dos artigos 42 a 56 do Código
seu valor; Penal e consistirá em:
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Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao
funcional da autoridade civil ou militar. invés de apresentar a denúncia requerer o
arquivamento da representação, o Juiz, no
Art. 9º Simultaneamente com a representação caso de considerar improcedentes as razões
dirigida à autoridade administrativa ou invocadas, fará remessa da representação ao
independentemente dela, poderá ser promovida Procurador-Geral e este oferecerá a denúncia,
pela vítima do abuso, a responsabilidade civil ou ou designará outro órgão do Ministério Público
penal ou ambas, da autoridade culpada. para oferecê-la ou insistirá no arquivamento, ao
Art. 10. Vetado qual só então deverá o Juiz atender.
Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não
do Código de Processo Civil. oferecer a denúncia no prazo fixado nesta
lei, será admitida ação privada. O órgão do
Art. 12. A ação penal será iniciada, independen- Ministério Público poderá, porém, aditar
temente de inquérito policial ou justificação por a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
denúncia do Ministério Público, instruída com a substitutiva e intervir em todos os termos do
representação da vítima do abuso. processo, interpor recursos e, a todo tempo, no
caso de negligência do querelante, retomar a
Art. 13. Apresentada ao Ministério Público
ação como parte principal.
a representação da vítima, aquele, no prazo
de quarenta e oito horas, denunciará o réu, Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro
desde que o fato narrado constitua abuso de do prazo de quarenta e oito horas, proferirá
autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia.
e, bem assim, a designação de audiência de
instrução e julgamento. § 1º No despacho em que receber a
denúncia, o Juiz designará, desde logo,
§ 1º A denúncia do Ministério Público será dia e hora para a audiência de instrução
apresentada em duas vias. e julgamento, que deverá ser realizada,
improrrogavelmente. dentro de cinco dias.
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de
autoridade houver deixado vestígios o ofendido § 2º A citação do réu para se ver processar,
ou o acusado poderá: até julgamento final e para comparecer
à audiência de instrução e julgamento,
a) promover a comprovação da existência
será feita por mandado sucinto que,
de tais vestígios, por meio de duas
será acompanhado da segunda via da
testemunhas qualificadas;
representação e da denúncia.
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas
Art. 18. As testemunhas de acusação e
horas antes da audiência de instrução e
defesa poderão ser apresentada em juízo,
julgamento, a designação de um perito para
independentemente de intimação.
fazer as verificações necessárias.
Parágrafo único. Não serão deferidos
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o
pedidos de precatória para a audiência
seu relatório e prestarão seus depoimentos
ou a intimação de testemunhas ou,
verbalmente, ou o apresentarão por escrito,
salvo o caso previsto no artigo 14, letra
querendo, na audiência de instrução e
"b", requerimentos para a realização de
julgamento.
diligências, perícias ou exames, a não
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo ser que o Juiz, em despacho motivado,
a representação poderá conter a indicação considere indispensáveis tais providências.
de mais duas testemunhas.
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Direito Penal – Lei do Crime de Abuso de Autoridade – Prof. Joerberth Nunes
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o advogado que houver subscrito a queixa, o
porteiro dos auditórios ou o oficial de justiça advogado ou defensor do réu e o escrivão.
declare aberta a audiência, apregoando em
seguida o réu, as testemunhas, o perito, o Art. 27. Nas comarcas onde os meios de
representante do Ministério Público ou o transporte forem difíceis e não permitirem a
advogado que tenha subscrito a queixa e o observância dos prazos fixados nesta lei, o juiz
advogado ou defensor do réu. poderá aumentá-las, sempre motivadamente,
até o dobro.
Parágrafo único. A audiência somente
deixará de realizar-se se ausente o Juiz. Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as
normas do Código de Processo Penal, sempre
Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada que compatíveis com o sistema de instrução e
o Juiz não houver comparecido, os presentes julgamento regulado por esta lei.
poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar
do livro de termos de audiência. Parágrafo único. Das decisões, despachos e
sentenças, caberão os recursos e apelações
Art. 21. A audiência de instrução e julgamento previstas no Código de Processo Penal.
será pública, se contrariamente não dispuser
o Juiz, e realizar-se-á em dia útil, entre dez Art. 29. Revogam-se as disposições em contrá-
(10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou, rio.
excepcionalmente, no local que o Juiz designar.
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a
qualificação e o interrogatório do réu, se estiver
presente.
Parágrafo único. Não comparecendo o
réu nem seu advogado, o Juiz nomeará
imediatamente defensor para funcionar
na audiência e nos ulteriores termos do
processo.
Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o
perito, o Juiz dará a palavra sucessivamente, ao
Ministério Público ou ao advogado que houver
subscrito a queixa e ao advogado ou defensor
do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada
um, prorrogável por mais dez (10), a critério do
Juiz.
Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá
imediatamente a sentença.
Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão
lavrará no livro próprio, ditado pelo Juiz, termo
que conterá, em resumo, os depoimentos
e as alegações da acusação e da defesa, os
requerimentos e, por extenso, os despachos e
a sentença.
Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o
representante do Ministério Público ou o
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
LEI 4898/65
(CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE)
2. SUJEITO ATIVO : ART. 5º; CRIME PRÓPRIO; NÃO SE CONFUNDE COM O CONCEITO DE
FUNCIONÁRIO PÚBLICO DO ART. 327, CP.; CABE CONCURSO DE PESSOAS COM PARTICULAR,
NOS TERMOS DO ART. 30, CP;
5. TIPOS PENAIS EM ESPÉCIE : ARTS. 3º (CRIME DE ATENTADO) E 4º; LEMBRAR QUE O ART. 4º,
“d”, LEI 4898/65 É UM CRIME DE MÃO PRÓPRIA;
9. EM RELAÇÃO AOS ARTS. 230 A 232, LEI 8069/90, ESTA É LEI ESPECIAL, DADO O PRINCÍPIO
DA ESPECIALIDADE;
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Direito Processual Penal
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Direito Processual Penal
MATERIAL DE LEGISLAÇÃO
Disposições Preliminares
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em MATERIAL DE APOIO
todo o território brasileiro, por este Código,
ressalvados: 1 – Fontes do Direito Processual Penal:
as fontes materiais são aquelas
I – os tratados, as convenções e regras de
onde derivam as regras processuais,
direito internacional;
no caso, art. 22, I, CF. Já as fontes
II – as prerrogativas constitucionais do formais, tratam-se do fato de que o
Presidente da República, dos ministros direito processual penal deve estar
de Estado, nos crimes conexos com os do previsto em lei ordinária, podendo,
Presidente da República, e dos ministros do haver, lei complementar e emendas à
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de Constituição.
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89,
§ 2º, e 100); 2 – Interpretação da lei processual penal :
o art. 3º, CPP rege esta interpretação.
III – os processos da competência da Justiça
São formas de interpretação : literal
Militar;
(procura-se o significado das palavras
IV – os processos da competência do no texto legal); restritiva (restringe o
tribunal especial (Constituição, art. 122, no significado das palavras no texto legal);
17); extensiva (amplia-se o significado das
expressões para dar maior alcance
V – os processos por crimes de imprensa. ao texto legal); analógica (utiliza-se
Vide ADPF nº 130. de outros termos na lei para melhor
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, interpretar uma expressão legal);
este Código aos processos referidos nos teleológica-sistemática (verifica-se o
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real significado da norma no contexto
jurídico, dentro do seu fim legal). Não se
confunde com analogia que é um meio
de integração da norma, ante o silêncio
da legislação sobre determinado
assunto. No caso, utiliza-se a analogia
para integrar uma situação não prevista
na lei aos termos da legislação.
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Direito Processual Penal
Inquérito Policial
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VI – proceder a reconhecimento de pessoas § 3º Quando o fato for de difícil elucidação,
e coisas e a acareações; e o indiciado estiver solto, a autoridade
poderá requerer ao juiz a devolução dos
VII – determinar, se for caso, que se proceda autos, para ulteriores diligências, que serão
a exame de corpo de delito e a quaisquer realizadas no prazo marcado pelo juiz.
outras perícias;
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem
VIII – ordenar a identificação do indiciado como os objetos que interessarem à prova,
pelo processo datiloscópico, se possível, acompanharão os autos do inquérito.
e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes; Art. 12. O inquérito policial acompanhará a
denúncia ou queixa, sempre que servir de base
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, a uma ou outra.
sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
e estado de ânimo antes e depois do crime
e durante ele, e quaisquer outros elementos I – fornecer às autoridades judiciárias as
que contribuírem para a apreciação do seu informações necessárias à instrução e
temperamento e caráter. julgamento dos processos;
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo Art. 16. O Ministério Público não poderá
de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em requerer a devolução do inquérito à autoridade
flagrante, ou estiver preso preventivamente, policial, senão para novas diligências,
contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
em que se executar a ordem de prisão, ou no
Art. 17. A autoridade policial não poderá
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
mandar arquivar autos de inquérito.
fiança ou sem ela.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório
inquérito pela autoridade judiciária, por falta
do que tiver sido apurado e enviará autos
de base para a denúncia, a autoridade policial
ao juiz competente.
poderá proceder a novas pesquisas, se de outras
§ 2º No relatório poderá a autoridade provas tiver notícia.
indicar testemunhas que não tiverem sido
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação
inquiridas, mencionando o lugar onde
pública, os autos do inquérito serão remetidos
possam ser encontradas.
ao juízo competente, onde aguardarão a
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Direito Processual Penal – Inquérito Policial – Prof. Joerberth Nunes
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Ação Penal
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Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) § 1º A representação feita oralmente ou por
anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado escrito, sem assinatura devidamente auten-
mental, e não tiver representante legal, ou ticada do ofendido, de seu representante
colidirem os interesses deste com os daquele, legal ou procurador, será reduzida a termo,
o direito de queixa poderá ser exercido por perante o juiz ou autoridade policial, pre-
curador especial, nomeado, de ofício ou a sente o órgão do Ministério Público, quan-
requerimento do Ministério Público, pelo juiz do a este houver sido dirigida.
competente para o processo penal.
§ 2º A representação conterá todas as
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e informações que possam servir à apuração
um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de do fato e da autoria.
queixa poderá ser exercido por ele ou por seu
representante legal. § 3º Oferecida ou reduzida a termo a repre-
sentação, a autoridade policial procederá a
Art. 35. (Revogado pela Lei nº 9.520, de inquérito, ou, não sendo competente, re-
27.11.1997) metê-lo-á à autoridade que o for.
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com § 4º A representação, quando feita ao juiz
direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, ou perante este reduzida a termo, será
em seguida, o parente mais próximo na ordem remetida à autoridade policial para que esta
de enumeração constante do art. 31, podendo, proceda a inquérito.
entretanto, qualquer delas prosseguir na ação,
caso o querelante desista da instância ou a § 5º O órgão do Ministério Público dispen-
abandone. sará o inquérito, se com a representação fo-
rem oferecidos elementos que o habilitem
Art. 37. As fundações, associações ou sociedades a promover a ação penal, e, neste caso, ofe-
legalmente constituídas poderão exercer a ação recerá a denúncia no prazo de quinze dias.
penal, devendo ser representadas por quem os
respectivos contratos ou estatutos designarem Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que
ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a
sócios-gerentes. existência de crime de ação pública, remeterão
ao Ministério Público as cópias e os documentos
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o necessários ao oferecimento da denúncia.
ofendido, ou seu representante legal, decairá
no direito de queixa ou de representação, se Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a
não o exercer dentro do prazo de seis meses, exposição do fato criminoso, com todas as suas
contado do dia em que vier a saber quem é o circunstâncias, a qualificação do acusado ou
autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia esclarecimentos pelos quais se possa identificá-
em que se esgotar o prazo para o oferecimento lo, a classificação do crime e, quando necessário,
da denúncia. o rol das testemunhas.
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir
do direito de queixa ou representação, da ação penal.
dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. Art. 43. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
24, parágrafo único, e 31.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador
Art. 39. O direito de representação poderá ser com poderes especiais, devendo constar do
exercido, pessoalmente ou por procurador com instrumento do mandato o nome do querelante
poderes especiais, mediante declaração, escrita e a menção do fato criminoso, salvo quando
ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério tais esclarecimentos dependerem de diligências
Público, ou à autoridade policial.
560 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Ação Penal – Prof. Joerberth Nunes
que devem ser previamente requeridas no juízo representante legal ou procurador com poderes
criminal. especiais.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for Parágrafo único. A renúncia do represen-
privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo tante legal do menor que houver comple-
Ministério Público, a quem caberá intervir em tado 18 (dezoito) anos não privará este do
todos os termos subseqüentes do processo. direito de queixa, nem a renúncia do último
excluirá o direito do primeiro.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia,
estando o réu preso, será de 5 dias, contado Art. 51. O perdão concedido a um dos
da data em que o órgão do Ministério Público querelados aproveitará a todos, sem que
receber os autos do inquérito policial, e de 15 produza, todavia, efeito em relação ao que o
dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No recusar.
último caso, se houver devolução do inquérito à
autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e
da data em que o órgão do Ministério Público maior de 18 anos, o direito de perdão poderá
receber novamente os autos. ser exercido por ele ou por seu representante
legal, mas o perdão concedido por um, havendo
§ 1º Quando o Ministério Público dispensar oposição do outro, não produzirá efeito.
o inquérito policial, o prazo para o
oferecimento da denúncia contar-se-á da Art. 53. Se o querelado for mentalmente en-
data em que tiver recebido as peças de fermo ou retardado mental e não tiver repre-
informações ou a representação sentante legal, ou colidirem os interesses deste
com os do querelado, a aceitação do perdão ca-
§ 2º O prazo para o aditamento da queixa berá ao curador que o juiz Ihe nomear.
será de 3 dias, contado da data em que o
órgão do Ministério Público receber os Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos,
autos, e, se este não se pronunciar dentro observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o
do tríduo, entender-se-á que não tem o que disposto no art. 52.
aditar, prosseguindo-se nos demais termos Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procu-
do processo. rador com poderes especiais.
Art. 47. Se o Ministério Público julgar neces- Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual
sários maiores esclarecimentos e documentos expresso o disposto no art. 50.
complementares ou novos elementos de con-
vicção, deverá requisitá-los, diretamente, de Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito ad-
quaisquer autoridades ou funcionários que de- mitirão todos os meios de prova.
vam ou possam fornecê-los.
Art. 58. Concedido o perdão, mediante decla-
Art. 48. A queixa contra qualquer dos ração expressa nos autos, o querelado será in-
autores do crime obrigará ao processo de timado a dizer, dentro de três dias, se o aceita,
todos, e o Ministério Público velará pela sua devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de
indivisibilidade. que o seu silêncio importará aceitação.
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz
queixa, em relação a um dos autores do crime, a julgará extinta a punibilidade.
todos se estenderá.
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo
Art. 50. A renúncia expressa constará de constará de declaração assinada pelo querelado,
declaração assinada pelo ofendido, por seu por seu representante legal ou procurador com
poderes especiais.
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Art. 60. Nos casos em que somente se procede da reparação do dano, o ofendido, seu
mediante queixa, considerar-se-á perempta a representante legal ou seus herdeiros.
ação penal:
Parágrafo único. Transitada em julgado a
I – quando, iniciada esta, o querelante sentença condenatória, a execução poderá
deixar de promover o andamento do ser efetuada pelo valor fixado nos termos do
processo durante 30 dias seguidos; inciso IV do caput do art. 387 deste Código
sem prejuízo da liquidação para a apuração
II – quando, falecendo o querelante, do dano efetivamente sofrido. (Incluído
ou sobrevindo sua incapacidade, não pela Lei nº 11.719, de 2008).
comparecer em juízo, para prosseguir no
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo
dias, qualquer das pessoas a quem couber anterior, a ação para ressarcimento do dano
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor
do crime e, se for caso, contra o responsável
III – quando o querelante deixar de civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar Parágrafo único. Intentada a ação penal, o
presente, ou deixar de formular o pedido de juiz da ação civil poderá suspender o curso
condenação nas alegações finais; desta, até o julgamento definitivo daquela.
IV – quando, sendo o querelante pessoa Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença
jurídica, esta se extinguir sem deixar penal que reconhecer ter sido o ato praticado
sucessor. em estado de necessidade, em legítima defesa,
em estrito cumprimento de dever legal ou no
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, exercício regular de direito.
se reconhecer extinta a punibilidade, deverá
declará-lo de ofício. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no
juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta
Parágrafo único. No caso de requerimento quando não tiver sido, categoricamente,
do Ministério Público, do querelante ou do reconhecida a inexistência material do fato.
réu, o juiz mandará autuá-lo em apartado,
ouvirá a parte contrária e, se o julgar Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura
conveniente, concederá o prazo de cinco da ação civil:
dias para a prova, proferindo a decisão
dentro de cinco dias ou reservando-se para I – o despacho de arquivamento do
apreciar a matéria na sentença final. inquérito ou das peças de informação;
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz II – a decisão que julgar extinta a
somente à vista da certidão de óbito, e depois punibilidade;
de ouvido o Ministério Público, declarará extinta III – a sentença absolutória que decidir que
a punibilidade. o fato imputado não constitui crime.
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação
Título IV do dano for pobre (art. 32, §§ 1º e 2º), a
execução da sentença condenatória (art. 63)
ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu
DA AÇÃO CIVIL
requerimento, pelo Ministério Público.
Art. 63. Transitada em julgado a sentença
condenatória, poderão promover-lhe
a execução, no juízo cível, para o efeito
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Direito Processual Penal – Ação Penal – Prof. Joerberth Nunes
§ 4º No caso de morte do ofendido ou de ter Art. 105. O perdão do ofendido, nos crimes
sido declarado ausente por decisão judicial, em que somente se procede mediante queixa,
o direito de oferecer queixa ou de prosseguir obsta ao prosseguimento da ação. (Redação
na ação passa ao cônjuge, ascendente, dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
descendente ou irmão. (Redação dada pela Art. 106. O perdão, no processo ou fora dele,
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) expresso ou tácito: (Redação dada pela Lei nº
A ação penal no crime complexo 7.209, de 11.7.1984)
Art. 101. Quando a lei considera como elemento I – se concedido a qualquer dos querelados,
ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si a todos aproveita; (Redação dada pela Lei
mesmos, constituem crimes, cabe ação pública nº 7.209, de 11.7.1984)
em relação àquele, desde que, em relação a
qualquer destes, se deva proceder por iniciativa II – se concedido por um dos ofendidos, não
do Ministério Público. (Redação dada pela Lei prejudica o direito dos outros; (Redação
nº 7.209, de 11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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§ 1º Perdão tácito é o que resulta da prática II – pela anistia, graça ou indulto;
de ato incompatível com a vontade de
prosseguir na ação. (Redação dada pela Lei III – pela retroatividade de lei que não mais
nº 7.209, de 11.7.1984) considera o fato como criminoso;
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Direito Processual Penal – Ação Penal – Prof. Joerberth Nunes
MATERIAL COMPLEMENTAR
AÇÃO PENAL E AÇÃO CIVIL EX DELICTO: art. 24 a 68 do CPP e art. 100 a 107, CP
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3. Princípios da Ação Penal Privada:
•• oportunidade ou conveniência
•• disponibilidade: perdão (arts. 105 e 106, CP e arts. 51 e 52, CPP e art. 107, V, CP)
perempção: art. 60, CPP
•• indivisibilidade: arts. 48 e 49, CPP
4. Arquivamento do inquérito policial ou peças de informação: art. 28, CPP
6. Representação (ação penal condicionada) e Requerimento (ação penal privada): arts. 25,
30, 31, 34,36,38,39, 44, CPP; prazo decadencial: não se suspende e não se interrompe;
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Direito Processual Penal
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do este prazo ser prorrogado, em casos ex- de testemunhas, lavrando-se auto de reconhe-
cepcionais, a requerimento dos peritos. cimento e de identidade, no qual se descreverá
o cadáver, com todos os sinais e indicações.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser
feito em qualquer dia e a qualquer hora. Parágrafo único. Em qualquer caso, serão
arrecadados e autenticados todos os obje-
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis tos encontrados, que possam ser úteis para
horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela a identificação do cadáver.
evidência dos sinais de morte, julgarem que
possa ser feita antes daquele prazo, o que de- Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo
clararão no auto. de delito, por haverem desaparecido os vestí-
gios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a
Parágrafo único. Nos casos de morte vio- falta.
lenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o pri-
que apurar, ou quando as lesões externas meiro exame pericial tiver sido incompleto, pro-
permitirem precisar a causa da morte e não ceder-se-á a exame complementar por deter-
houver necessidade de exame interno para minação da autoridade policial ou judiciária, de
a verificação de alguma circunstância rele- ofício, ou a requerimento do Ministério Público,
vante. do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
Art. 163. Em caso de exumação para exame ca- § 1º No exame complementar, os peritos
davérico, a autoridade providenciará para que, terão presente o auto de corpo de delito, a
em dia e hora previamente marcados, se realize fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
a diligência, da qual se lavrará auto circunstan-
ciado. § 2º Se o exame tiver por fim precisar a clas-
sificação do delito no art. 129, § 1º, I, do
Parágrafo único. O administrador de cemi- Código Penal, deverá ser feito logo que de-
tério público ou particular indicará o lugar corra o prazo de 30 dias, contado da data do
da sepultura, sob pena de desobediência. crime.
No caso de recusa ou de falta de quem indi-
que a sepultura, ou de encontrar-se o cadá- § 3º A falta de exame complementar poderá
ver em lugar não destinado a inumações, a ser suprida pela prova testemunhal.
autoridade procederá às pesquisas necessá- Art. 169. Para o efeito de exame do local onde
rias, o que tudo constará do auto. houver sido praticada a infração, a autoridade
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografa- providenciará imediatamente para que não se
dos na posição em que forem encontrados, bem altere o estado das coisas até a chegada dos pe-
como, na medida do possível, todas as lesões ritos, que poderão instruir seus laudos com fo-
externas e vestígios deixados no local do crime. tografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
Art. 165. Para representar as lesões encontra- Parágrafo único. Os peritos registrarão, no
das no cadáver, os peritos, quando possível, laudo, as alterações do estado das coisas e
juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, discutirão, no relatório, as consequências
esquemas ou desenhos, devidamente rubrica- dessas alterações na dinâmica dos fatos.
dos. Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do guardarão material suficiente para a eventuali-
cadáver exumado, proceder-se-á ao reconheci- dade de nova perícia. Sempre que conveniente,
mento pelo Instituto de Identificação e Estatís- os laudos serão ilustrados com provas fotográ-
tica ou repartição congênere ou pela inquirição ficas, ou microfotográficas, desenhos ou esque-
mas.
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Direito Processual Penal – Meios de Prova – Prof. Joerberth Nunes
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumen-
ou rompimento de obstáculo a subtração da tos empregados para a prática da infração, a fim
coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.
de descrever os vestígios, indicarão com que
instrumentos, por que meios e em que época Art. 176. A autoridade e as partes poderão for-
presumem ter sido o fato praticado. mular quesitos até o ato da diligência.
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à Art. 177. No exame por precatória, a nomeação
avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Haven-
que constituam produto do crime. do, porém, no caso de ação privada, acordo das
partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz
Parágrafo único. Se impossível a avaliação deprecante.
direta, os peritos procederão à avaliação
por meio dos elementos existentes nos au- Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das
tos e dos que resultarem de diligências. partes serão transcritos na precatória.
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos veri- Art. 178. No caso do art. 159, o exame será re-
ficarão a causa e o lugar em que houver come- quisitado pela autoridade ao diretor da reparti-
çado, o perigo que dele tiver resultado para a ção, juntando-se ao processo o laudo assinado
vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do pelos peritos.
dano e o seu valor e as demais circunstâncias Art. 179. No caso do § 1º do art. 159, o escri-
que interessarem à elucidação do fato. vão lavrará o auto respectivo, que será assinado
Art. 174. No exame para o reconhecimento de pelos peritos e, se presente ao exame, também
escritos, por comparação de letra, observar-se-á pela autoridade.
o seguinte: Parágrafo único. No caso do art. 160, pará-
I – a pessoa a quem se atribua ou se possa grafo único, o laudo, que poderá ser datilo-
atribuir o escrito será intimada para o ato, grafado, será subscrito e rubricado em suas
se for encontrada; folhas por todos os peritos.
II – para a comparação, poderão servir Art. 180. Se houver divergência entre os peritos,
quaisquer documentos que a dita pessoa serão consignadas no auto do exame as declara-
reconhecer ou já tiverem sido judicialmente ções e respostas de um e de outro, ou cada um
reconhecidos como de seu punho, ou sobre redigirá separadamente o seu laudo, e a autori-
cuja autenticidade não houver dúvida; dade nomeará um terceiro; se este divergir de
ambos, a autoridade poderá mandar proceder a
III – a autoridade, quando necessário, re- novo exame por outros peritos.
quisitará, para o exame, os documentos que
existirem em arquivos ou estabelecimentos Art. 181. No caso de inobservância de formali-
públicos, ou nestes realizará a diligência, se dades, ou no caso de omissões, obscuridades
daí não puderem ser retirados; ou contradições, a autoridade judiciária manda-
rá suprir a formalidade, complementar ou escla-
IV – quando não houver escritos para a recer o laudo.
comparação ou forem insuficientes os exi-
bidos, a autoridade mandará que a pessoa Parágrafo único. A autoridade poderá tam-
escreva o que Ihe for ditado. Se estiver au- bém ordenar que se proceda a novo exame,
sente a pessoa, mas em lugar certo, esta úl- por outros peritos, se julgar conveniente.
tima diligência poderá ser feita por precató- Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, po-
ria, em que se consignarão as palavras que dendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em
a pessoa será intimada a escrever. parte.
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Art. 183. Nos crimes em que não couber ação por videoconferência, nos termos do art.
pública, observar-se-á o disposto no art. 19. 217 deste Código;
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de IV – responder à gravíssima questão de or-
delito, o juiz ou a autoridade policial negará a dem pública.
perícia requerida pelas partes, quando não for
necessária ao esclarecimento da verdade. § 3º Da decisão que determinar a realização
de interrogatório por videoconferência, as
partes serão intimadas com 10 (dez) dias de
antecedência.
CAPÍTULO III § 4º Antes do interrogatório por videocon-
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO ferência, o preso poderá acompanhar, pelo
mesmo sistema tecnológico, a realização
Art. 185. O acusado que comparecer perante a de todos os atos da audiência única de ins-
autoridade judiciária, no curso do processo pe- trução e julgamento de que tratam os arts.
nal, será qualificado e interrogado na presença 400, 411 e 531 deste Código.
de seu defensor, constituído ou nomeado.
§ 5º Em qualquer modalidade de interroga-
§ 1º O interrogatório do réu preso será re- tório, o juiz garantirá ao réu o direito de en-
alizado, em sala própria, no estabelecimen- trevista prévia e reservada com o seu defen-
to em que estiver recolhido, desde que sor; se realizado por videoconferência, fica
estejam garantidas a segurança do juiz, do também garantido o acesso a canais telefô-
membro do Ministério Público e dos auxilia- nicos reservados para comunicação entre o
res bem como a presença do defensor e a defensor que esteja no presídio e o advoga-
publicidade do ato. do presente na sala de audiência do Fórum,
§ 2º Excepcionalmente, o juiz, por decisão e entre este e o preso.
fundamentada, de ofício ou a requerimento § 6º A sala reservada no estabelecimento
das partes, poderá realizar o interrogatório prisional para a realização de atos proces-
do réu preso por sistema de videoconferên- suais por sistema de videoconferência será
cia ou outro recurso tecnológico de trans- fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de
missão de sons e imagens em tempo real, cada causa, como também pelo Ministério
desde que a medida seja necessária para Público e pela Ordem dos Advogados do
atender a uma das seguintes finalidades: Brasil.
I – prevenir risco à segurança pública, quan- § 7º Será requisitada a apresentação do réu
do exista fundada suspeita de que o preso preso em juízo nas hipóteses em que o in-
integre organização criminosa ou de que, terrogatório não se realizar na forma previs-
por outra razão, possa fugir durante o des- ta nos §§ 1º e 2º deste artigo.
locamento;
§ 8º Aplica-se o disposto nos §§ 2º, 3º, 4º e
II – viabilizar a participação do réu no refe- 5º deste artigo, no que couber, à realização
rido ato processual, quando haja relevante de outros atos processuais que dependam
dificuldade para seu comparecimento em da participação de pessoa que esteja presa,
juízo, por enfermidade ou outra circunstân- como acareação, reconhecimento de pesso-
cia pessoal; as e coisas, e inquirição de testemunha ou
III – impedir a influência do réu no ânimo tomada de declarações do ofendido.
de testemunha ou da vítima, desde que não
seja possível colher o depoimento destas
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Direito Processual Penal – Meios de Prova – Prof. Joerberth Nunes
§ 9º Na hipótese do § 8º deste artigo, fica to que com esta se relacione e tenha sido
garantido o acompanhamento do ato pro- apreendido;
cessual pelo acusado e seu defensor.
VII – todos os demais fatos e pormenores
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e que conduzam à elucidação dos anteceden-
cientificado do inteiro teor da acusação, o acu- tes e circunstâncias da infração;
sado será informado pelo juiz, antes de iniciar
o interrogatório, do seu direito de permanecer VIII – se tem algo mais a alegar em sua de-
calado e de não responder perguntas que lhe fesa.
forem formuladas. Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz
Parágrafo único. O silêncio, que não impor- indagará das partes se restou algum fato para
tará em confissão, não poderá ser interpre- ser esclarecido, formulando as perguntas cor-
tado em prejuízo da defesa. respondentes se o entender pertinente e rele-
vante.
Art. 187. O interrogatório será constituído de
duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre Art. 189. Se o interrogando negar a acusação,
os fatos. no todo ou em parte, poderá prestar esclareci-
mentos e indicar provas.
§ 1º Na primeira parte o interrogando será
perguntado sobre a residência, meios de Art. 190. Se confessar a autoria, será pergunta-
vida ou profissão, oportunidades sociais, do sobre os motivos e circunstâncias do fato e
lugar onde exerce a sua atividade, vida pre- se outras pessoas concorreram para a infração,
gressa, notadamente se foi preso ou pro- e quais sejam.
cessado alguma vez e, em caso afirmativo, Art. 191. Consignar-se-ão as perguntas que o
qual o juízo do processo, se houve suspen- réu deixar de responder e as razões que invocar
são condicional ou condenação, qual a pena para não fazê-lo.
imposta, se a cumpriu e outros dados fami-
liares e sociais. Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão
interrogados separadamente.
§ 2º Na segunda parte será perguntado so-
bre: Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou
do surdo-mudo será feito pela forma seguinte:
I – ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
I – ao surdo serão apresentadas por escrito
II – não sendo verdadeira a acusação, se as perguntas, que ele responderá oralmen-
tem algum motivo particular a que atribuí- te;
-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem
deva ser imputada a prática do crime, e II – ao mudo as perguntas serão feitas oral-
quais sejam, e se com elas esteve antes da mente, respondendo-as por escrito;
prática da infração ou depois dela;
III – ao surdo-mudo as perguntas serão for-
III – onde estava ao tempo em que foi co- muladas por escrito e do mesmo modo dará
metida a infração e se teve notícia desta; as respostas.
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Art. 193. Quando o interrogando não falar a § 1º Se, intimado para esse fim, deixar de
língua nacional, o interrogatório será feito por comparecer sem motivo justo, o ofendido
meio de intérprete. poderá ser conduzido à presença da auto-
ridade.
Art. 194. (Revogado pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003) § 2º O ofendido será comunicado dos atos
processuais relativos ao ingresso e à saída
Art. 195. Se o interrogado não souber escrever, do acusado da prisão, à designação de data
não puder ou não quiser assinar, tal fato será para audiência e à sentença e respectivos
consignado no termo. acórdãos que a mantenham ou modifi-
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a quem.
novo interrogatório de ofício ou a pedido funda- § 3º As comunicações ao ofendido deve-
mentado de qualquer das partes. rão ser feitas no endereço por ele indicado,
admitindo-se, por opção do ofendido, o uso
de meio eletrônico.
CAPÍTULO IV § 4º Antes do início da audiência e durante
DA CONFISSÃO a sua realização, será reservado espaço se-
parado para o ofendido.
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos
critérios adotados para os outros elementos § 5º Se o juiz entender necessário, poderá
de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá encaminhar o ofendido para atendimento
confrontá-la com as demais provas do processo, multidisciplinar, especialmente nas áre-
verificando se entre ela e estas existe compati- as psicossocial, de assistência jurídica e de
bilidade ou concordância. saúde, a expensas do ofensor ou do Estado.
Art. 198. O silêncio do acusado não importará § 6º O juiz tomará as providências neces-
confissão, mas poderá constituir elemento para sárias à preservação da intimidade, vida
a formação do convencimento do juiz. privada, honra e imagem do ofendido, po-
dendo, inclusive, determinar o segredo de
Art. 199. A confissão, quando feita fora do in- justiça em relação aos dados, depoimentos
terrogatório, será tomada por termo nos autos, e outras informações constantes dos autos
observado o disposto no art. 195. a seu respeito para evitar sua exposição aos
meios de comunicação.
Art. 200. A confissão será divisível e retratável,
sem prejuízo do livre convencimento do juiz,
fundado no exame das provas em conjunto.
CAPÍTULO VI
DAS TESTEMUNHAS
CAPÍTULO V
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.
DO OFENDIDO
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será honra, a promessa de dizer a verdade do que
qualificado e perguntado sobre as circunstân- souber e Ihe for perguntado, devendo declarar
cias da infração, quem seja ou presuma ser o seu nome, sua idade, seu estado e sua residên-
seu autor, as provas que possa indicar, toman- cia, sua profissão, lugar onde exerce sua ativi-
do-se por termo as suas declarações. dade, se é parente, e em que grau, de alguma
das partes, ou quais suas relações com qualquer
delas, e relatar o que souber, explicando sempre
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Direito Processual Penal – Meios de Prova – Prof. Joerberth Nunes
as razões de sua ciência ou as circunstâncias pe- do o juiz adverti-las das penas cominadas ao fal-
las quais possa avaliar-se de sua credibilidade. so testemunho.
Art. 204. O depoimento será prestado oralmen- Parágrafo único. Antes do início da audiên-
te, não sendo permitido à testemunha trazê-lo cia e durante a sua realização, serão reser-
por escrito. vados espaços separados para a garantia da
incomunicabilidade das testemunhas.
Parágrafo único. Não será vedada à teste-
munha, entretanto, breve consulta a apon- Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final,
tamentos. reconhecer que alguma testemunha fez afirma-
ção falsa, calou ou negou a verdade, remeterá
Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade cópia do depoimento à autoridade policial para
da testemunha, o juiz procederá à verificação a instauração de inquérito.
pelos meios ao seu alcance, podendo, entretan-
to, tomar-lhe o depoimento desde logo. Parágrafo único. Tendo o depoimento sido
prestado em plenário de julgamento, o juiz,
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da no caso de proferir decisão na audiência
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recu- (art. 538, § 2º), o tribunal (art. 561), ou o
sar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o conselho de sentença, após a votação dos
afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desqui- quesitos, poderão fazer apresentar imedia-
tado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo tamente a testemunha à autoridade poli-
do acusado, salvo quando não for possível, por cial.
outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas
partes diretamente à testemunha, não admitin-
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas do o juiz aquelas que puderem induzir a respos-
que, em razão de função, ministério, ofício ou ta, não tiverem relação com a causa ou importa-
profissão, devam guardar segredo, salvo se, de- rem na repetição de outra já respondida.
sobrigadas pela parte interessada, quiserem dar
o seu testemunho. Parágrafo único. Sobre os pontos não es-
clarecidos, o juiz poderá complementar a
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que inquirição.
alude o art. 203 aos doentes e deficientes men-
tais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha
às pessoas a que se refere o art. 206. manifeste suas apreciações pessoais, salvo
quando inseparáveis da narrativa do fato.
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, pode-
rá ouvir outras testemunhas, além das indicadas Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as
pelas partes. partes poderão contraditar a testemunha ou
arguir circunstâncias ou defeitos, que a tornem
§ 1º Se ao juiz parecer conveniente, serão suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O
ouvidas as pessoas a que as testemunhas se juiz fará consignar a contradita ou arguição e a
referirem. resposta da testemunha, mas só excluirá a tes-
§ 2º Não será computada como testemunha temunha ou não Ihe deferirá compromisso nos
a pessoa que nada souber que interesse à casos previstos nos arts. 207 e 208.
decisão da causa. Art. 215. Na redação do depoimento, o juiz de-
Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada verá cingir-se, tanto quanto possível, às expres-
uma de per si, de modo que umas não saibam sões usadas pelas testemunhas, reproduzindo
nem ouçam os depoimentos das outras, deven- fielmente as suas frases.
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Art. 216. O depoimento da testemunha será § 1º O Presidente e o Vice-Presidente da Re-
reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pública, os presidentes do Senado Federal,
pelas partes. Se a testemunha não souber assi- da Câmara dos Deputados e do Supremo
nar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que o Tribunal Federal poderão optar pela pres-
faça por ela, depois de lido na presença de am- tação de depoimento por escrito, caso em
bos. que as perguntas, formuladas pelas partes e
deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do por ofício.
réu poderá causar humilhação, temor, ou sério
constrangimento à testemunha ou ao ofendido, § 2º Os militares deverão ser requisitados à
de modo que prejudique a verdade do depoi- autoridade superior.
mento, fará a inquirição por videoconferência e,
somente na impossibilidade dessa forma, deter- § 3º Aos funcionários públicos aplicar-se-á
minará a retirada do réu, prosseguindo na inqui- o disposto no art. 218, devendo, porém, a
rição, com a presença do seu defensor. expedição do mandado ser imediatamente
comunicada ao chefe da repartição em que
Parágrafo único. A adoção de qualquer das servirem, com indicação do dia e da hora
medidas previstas no caput deste artigo de- marcados.
verá constar do termo, assim como os moti-
vos que a determinaram. Art. 222. A testemunha que morar fora da ju-
risdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemu- de sua residência, expedindo-se, para esse fim,
nha deixar de comparecer sem motivo justifica- carta precatória, com prazo razoável, intimadas
do, o juiz poderá requisitar à autoridade policial as partes.
a sua apresentação ou determinar seja condu-
zida por oficial de justiça, que poderá solicitar o § 1º A expedição da precatória não suspen-
auxílio da força pública. derá a instrução criminal.
Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha fal- § 2º Findo o prazo marcado, poderá reali-
tosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo zar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a
do processo penal por crime de desobediência, precatória, uma vez devolvida, será junta
e condená-la ao pagamento das custas da dili- aos autos.
gência. § 3º Na hipótese prevista no caput deste
Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfer- artigo, a oitiva de testemunha poderá ser
midade ou por velhice, de comparecer para de- realizada por meio de videoconferência ou
por, serão inquiridas onde estiverem. outro recurso tecnológico de transmissão
de sons e imagens em tempo real, permi-
Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da tida a presença do defensor e podendo ser
República, os senadores e deputados federais, realizada, inclusive, durante a realização da
os ministros de Estado, os governadores de Es- audiência de instrução e julgamento.
tados e Territórios, os secretários de Estado, os
prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedi-
os deputados às Assembleias Legislativas Esta- das se demonstrada previamente a sua impres-
duais, os membros do Poder Judiciário, os minis- cindibilidade, arcando a parte requerente com
tros e juízes dos Tribunais de Contas da União, os custos de envio.
dos Estados, do Distrito Federal, bem como os Parágrafo único. Aplica-se às cartas roga-
do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, tórias o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 222
dia e hora previamente ajustados entre eles e o deste Código.
juiz.
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Direito Processual Penal – Meios de Prova – Prof. Joerberth Nunes
Art. 223. Quando a testemunha não conhecer a ao reconhecimento e por duas testemunhas
língua nacional, será nomeado intérprete para presenciais.
traduzir as perguntas e respostas.
Parágrafo único. O disposto no no III deste
Parágrafo único. Tratando-se de mudo, sur- artigo não terá aplicação na fase da instru-
do ou surdo-mudo, proceder-se-á na con- ção criminal ou em plenário de julgamento.
formidade do art. 192.
Art. 227. No reconhecimento de objeto, proce-
Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, der-se-á com as cautelas estabelecidas no artigo
dentro de um ano, qualquer mudança de resi- anterior, no que for aplicável.
dência, sujeitando-se, pela simples omissão, às
penas do não-comparecimento. Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a
efetuar o reconhecimento de pessoa ou de ob-
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de jeto, cada uma fará a prova em separado, evi-
ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhi- tando-se qualquer comunicação entre elas.
ce, inspirar receio de que ao tempo da instrução
criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou
a requerimento de qualquer das partes, tomar-
-lhe antecipadamente o depoimento. CAPÍTULO VIII
DA ACAREAÇÃO
Art. 229. A acareação será admitida entre acu-
CAPÍTULO VII sados, entre acusado e testemunha, entre tes-
DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E temunhas, entre acusado ou testemunha e a
COISAS pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas,
sempre que divergirem, em suas declarações,
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer- sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á Parágrafo único. Os acareados serão reper-
pela seguinte forma: guntados, para que expliquem os pontos de
I – a pessoa que tiver de fazer o reconheci- divergências, reduzindo-se a termo o ato de
mento será convidada a descrever a pessoa acareação.
que deva ser reconhecida; Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas
Il – a pessoa, cujo reconhecimento se pre- declarações divirjam das de outra, que esteja
tender, será colocada, se possível, ao lado presente, a esta se darão a conhecer os pontos
de outras que com ela tiverem qualquer da divergência, consignando-se no auto o que
semelhança, convidando-se quem tiver de explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
fazer o reconhecimento a apontá-la; expedir-se-á precatória à autoridade do lugar
onde resida a testemunha ausente, transcreven-
III – se houver razão para recear que a pes- do-se as declarações desta e as da testemunha
soa chamada para o reconhecimento, por presente, nos pontos em que divergirem, bem
efeito de intimidação ou outra influência, como o texto do referido auto, a fim de que se
não diga a verdade em face da pessoa que complete a diligência, ouvindo-se a testemunha
deve ser reconhecida, a autoridade provi- ausente, pela mesma forma estabelecida para a
denciará para que esta não veja aquela; testemunha presente. Esta diligência só se reali-
zará quando não importe demora prejudicial ao
IV – do ato de reconhecimento lavrar-se-á
processo e o juiz a entenda conveniente.
auto pormenorizado, subscrito pela autori-
dade, pela pessoa chamada para proceder
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CAPÍTULO IX CAPÍTULO X
DOS DOCUMENTOS DOS INDÍCIOS
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as par- Art. 239. Considera-se indício a circunstância
tes poderão apresentar documentos em qual- conhecida e provada, que, tendo relação com
quer fase do processo. o fato, autorize, por indução, concluir-se a exis-
tência de outra ou outras circunstâncias.
Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer
escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou
particulares.
Parágrafo único. À fotografia do documen- CAPÍTULO XI
to, devidamente autenticada, se dará o DA BUSCA E DA APREENSÃO
mesmo valor do original.
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
Art. 233. As cartas particulares, interceptadas
ou obtidas por meios criminosos, não serão ad- § 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quan-
mitidas em juízo. do fundadas razões a autorizarem, para:
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, f) apreender cartas, abertas ou não, desti-
sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se nadas ao acusado ou em seu poder, quan-
necessário, traduzidos por tradutor público, ou, do haja suspeita de que o conhecimento do
na falta, por pessoa idônea nomeada pela auto- seu conteúdo possa ser útil à elucidação do
ridade. fato;
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Direito Processual Penal – Meios de Prova – Prof. Joerberth Nunes
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§ 1º Entender-se-á que a autoridade ou
seus agentes vão em seguimento da pessoa
ou coisa, quando:
a) tendo conhecimento direto de sua remo-
ção ou transporte, a seguirem sem interrup-
ção, embora depois a percam de vista;
b) ainda que não a tenham avistado, mas
sabendo, por informações fidedignas ou
circunstâncias indiciárias, que está sendo
removida ou transportada em determinada
direção, forem ao seu encalço.
§ 2º Se as autoridades locais tiverem funda-
das razões para duvidar da legitimidade das
pessoas que, nas referidas diligências, en-
trarem pelos seus distritos, ou da legalidade
dos mandados que apresentarem, poderão
exigir as provas dessa legitimidade, mas de
modo que não se frustre a diligência.
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Direito Processual Penal
MATERIAL DE LEGISLAÇÃO
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Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará § 1º Havendo urgência, o juiz poderá
expedir o respectivo mandado. requisitar a prisão por qualquer meio de
comunicação, do qual deverá constar o
Parágrafo único. O mandado de prisão: motivo da prisão, bem como o valor da
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela fiança se arbitrada.
autoridade; § 2º A autoridade a quem se fizer
b) designará a pessoa, que tiver de ser a requisição tomará as precauções
presa, por seu nome, alcunha ou sinais necessárias para averiguar a autenticidade
característicos; da comunicação.
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Direito Processual Penal – Prisão em Flagrante – Prof. Joerberth Nunes
§ 5º Havendo dúvidas das autoridades locais entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não
sobre a legitimidade da pessoa do executor for obedecido imediatamente, o executor
ou sobre a identidade do preso, aplica-se o convocará duas testemunhas e, sendo dia,
disposto no § 2º do art. 290 deste Código. entrará à força na casa, arrombando as portas,
se preciso; sendo noite, o executor, depois da
§ 6º O Conselho Nacional de Justiça intimação ao morador, se não for atendido,
regulamentará o registro do mandado de fará guardar todas as saídas, tornando a
prisão a que se refere o caput deste artigo. casa incomunicável, e, logo que amanheça,
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar arrombará as portas e efetuará a prisão.
ao território de outro município ou comarca, o Parágrafo único. O morador que se recusar
executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar a entregar o réu oculto em sua casa será
onde o alcançar, apresentando-o imediatamente levado à presença da autoridade, para que
à autoridade local, que, depois de lavrado, se for se proceda contra ele como for de direito.
o caso, o auto de flagrante, providenciará para a
remoção do preso. Art. 294. No caso de prisão em flagrante,
observar-se-á o disposto no artigo anterior, no
§ 1º Entender-se-á que o executor vai em que for aplicável.
perseguição do réu, quando:
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o prisão especial, à disposição da autoridade
sem interrupção, embora depois o tenha competente, quando sujeitos a prisão antes de
perdido de vista; condenação definitiva:
b) sabendo, por indícios ou informações I – os ministros de Estado;
fidedignas, que o réu tenha passado, há
pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo II – os governadores ou interventores de
lugar em que o procure, for no seu encalço. Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito
Federal, seus respectivos secretários, os
§ 2º Quando as autoridades locais prefeitos municipais, os vereadores e os
tiverem fundadas razões para duvidar da chefes de Polícia;
legitimidade da pessoa do executor ou da
legalidade do mandado que apresentar, III – os membros do Parlamento Nacional,
poderão pôr em custódia o réu, até que do Conselho de Economia Nacional e das
fique esclarecida a dúvida. Assembléias Legislativas dos Estados;
Art. 291. A prisão em virtude de mandado IV – os cidadãos inscritos no "Livro de
entender-se-á feita desde que o executor, Mérito";
fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o
mandado e o intime a acompanhá-lo. V – os oficiais das Forças Armadas e os
militares dos Estados, do Distrito Federal e
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de dos Territórios;
terceiros, resistência à prisão em flagrante ou
à determinada por autoridade competente, o VI – os magistrados;
executor e as pessoas que o auxiliarem poderão VII – os diplomados por qualquer das
usar dos meios necessários para defender-se ou faculdades superiores da República;
para vencer a resistência, do que tudo se lavrará
auto subscrito também por duas testemunhas. VIII – os ministros de confissão religiosa;
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X – os cidadãos que já tiverem exercido se fizer a requisição, as precauções necessárias
efetivamente a função de jurado, salvo para averiguar a autenticidade desta.
quando excluídos da lista por motivo de
incapacidade para o exercício daquela Art. 300. As pessoas presas provisoriamente
função; ficarão separadas das que já estiverem
definitivamente condenadas, nos termos da lei
XI – os delegados de polícia e os guardas- de execução penal.
civis dos Estados e Territórios, ativos e
inativos. Parágrafo único. O militar preso em
flagrante delito, após a lavratura dos
§ 1º A prisão especial, prevista neste Código procedimentos legais, será recolhido a
ou em outras leis, consiste exclusivamente quartel da instituição a que pertencer, onde
no recolhimento em local distinto da prisão ficará preso à disposição das autoridades
comum. competentes.
§ 2º Não havendo estabelecimento
específico para o preso especial, este
será recolhido em cela distinta do mesmo CAPÍTULO II
estabelecimento.
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
§ 3º A cela especial poderá consistir
em alojamento coletivo, atendidos os Art. 301. Qualquer do povo poderá e as
requisitos de salubridade do ambiente, autoridades policiais e seus agentes deverão
pela concorrência dos fatores de aeração, prender quem quer que seja encontrado em
insolação e condicionamento térmico flagrante delito.
adequados à existência humana. Art. 302. Considera-se em flagrante delito
§ 4º O preso especial não será transportado quem:
juntamente com o preso comum. (Incluído I – está cometendo a infração penal;
pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
II – acaba de cometê-la;
§ 5º Os demais direitos e deveres do preso
especial serão os mesmos do preso comum. III – é perseguido, logo após, pela
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde pessoa, em situação que faça presumir ser
for possível, serão recolhidos à prisão, em autor da infração;
estabelecimentos militares, de acordo com os
respectivos regulamentos. IV – é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que
Art. 297. Para o cumprimento de mandado façam presumir ser ele autor da infração.
expedido pela autoridade judiciária, a
autoridade policial poderá expedir tantos Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-
outros quantos necessários às diligências, se o agente em flagrante delito enquanto não
devendo neles ser fielmente reproduzido o teor cessar a permanência.
do mandado original.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade
Art. 298. (Revogado pela Lei nº 12.403, de competente, ouvirá esta o condutor e colherá,
2011). desde logo, sua assinatura, entregando a este
cópia do termo e recibo de entrega do preso.
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas
vista de mandado judicial, por qualquer meio de que o acompanharem e ao interrogatório do
comunicação, tomadas pela autoridade, a quem acusado sobre a imputação que lhe é feita,
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Direito Processual Penal – Prisão em Flagrante – Prof. Joerberth Nunes
colhendo, após cada oitiva suas respectivas Art. 307. Quando o fato for praticado em
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o presença da autoridade, ou contra esta, no
auto. exercício de suas funções, constarão do auto
a narração deste fato, a voz de prisão, as
§ 1º Resultando das respostas fundada a declarações que fizer o preso e os depoimentos
suspeita contra o conduzido, a autoridade das testemunhas, sendo tudo assinado pela
mandará recolhê-lo à prisão, exceto no autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e
caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, remetido imediatamente ao juiz a quem couber
e prosseguirá nos atos do inquérito ou tomar conhecimento do fato delituoso, se não
processo, se para isso for competente; se o for a autoridade que houver presidido o auto.
não o for, enviará os autos à autoridade que
o seja. Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em
que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo
§ 2º A falta de testemunhas da infração não apresentado à do lugar mais próximo.
impedirá o auto de prisão em flagrante;
mas, nesse caso, com o condutor, deverão Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser
assiná-lo pelo menos duas pessoas que posto em liberdade, depois de lavrado o auto de
hajam testemunhado a apresentação do prisão em flagrante.
preso à autoridade.
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
não souber ou não puder fazê-lo, o auto
de prisão em flagrante será assinado por I – relaxar a prisão ilegal; ou
duas testemunhas, que tenham ouvido sua II – converter a prisão em flagrante em
leitura na presença deste. preventiva, quando presentes os requisitos
Art. 305. Na falta ou no impedimento do constantes do art. 312 deste Código, e se
escrivão, qualquer pessoa designada pela revelarem inadequadas ou insuficientes as
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o medidas cautelares diversas da prisão; ou
compromisso legal. III – conceder liberdade provisória, com ou
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o sem fiança.
local onde se encontre serão comunicados Parágrafo único. Se o juiz verificar,
imediatamente ao juiz competente, ao pelo auto de prisão em flagrante, que
Ministério Público e à família do preso ou à o agente praticou o fato nas condições
pessoa por ele indicada. constantes dos incisos I a III do caput
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de
a realização da prisão, será encaminhado 7 de dezembro de 1940 – Código Penal,
ao juiz competente o auto de prisão em poderá, fundamentadamente, conceder
flagrante e, caso o autuado não informe o ao acusado liberdade provisória, mediante
nome de seu advogado, cópia integral para termo de comparecimento a todos os atos
a Defensoria Pública. processuais, sob pena de revogação.
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preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se constantes dos autos ter o agente praticado o
no curso da ação penal, ou a requerimento fato nas condições previstas nos incisos I, II e III
do Ministério Público, do querelante ou do do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de
assistente, ou por representação da autoridade 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.
policial.
Art. 315. A decisão que decretar, substituir
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser ou denegar a prisão preventiva será sempre
decretada como garantia da ordem pública, motivada.
da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, ou para assegurar a aplicação Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão
da lei penal, quando houver prova da existência preventiva se, no correr do processo, verificar
do crime e indício suficiente de autoria. a falta de motivo para que subsista, bem como
de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
Parágrafo único. A prisão preventiva justifiquem.
também poderá ser decretada em caso
de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares (art. 282, § 4º). CAPÍTULO IV
DA PRISÃO DOMICILIAR
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código,
será admitida a decretação da prisão preventiva: Art. 317. A prisão domiciliar consiste no
I – nos crimes dolosos punidos com pena recolhimento do indiciado ou acusado em sua
privativa de liberdade máxima superior a 4 residência, só podendo dela ausentar-se com
(quatro) anos; autorização judicial.
II – se tiver sido condenado por outro crime Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão
doloso, em sentença transitada em julgado, preventiva pela domiciliar quando o agente for:
ressalvado o disposto no inciso I do caput I – maior de 80 (oitenta) anos;
do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal; II – extremamente debilitado por motivo de
doença grave;
III – se o crime envolver violência doméstica
e familiar contra a mulher, criança, III – imprescindível aos cuidados especiais
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade
deficiência, para garantir a execução das ou com deficiência;
medidas protetivas de urgência;
IV – gestante a partir do 7º (sétimo) mês de
IV – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). gravidez ou sendo esta de alto risco.
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Direito Processual Penal – Prisão em Flagrante – Prof. Joerberth Nunes
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V – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). III – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 324. Não será, igualmente, concedida Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a
fiança: autoridade terá em consideração a natureza
da infração, as condições pessoais de fortuna
I – aos que, no mesmo processo, tiverem e vida pregressa do acusado, as circunstâncias
quebrado fiança anteriormente concedida indicativas de sua periculosidade, bem como a
ou infringido, sem motivo justo, qualquer importância provável das custas do processo,
das obrigações a que se referem os arts. até final julgamento.
327 e 328 deste Código;
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o
II – em caso de prisão civil ou militar; afiançado a comparecer perante a autoridade,
III – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). todas as vezes que for intimado para atos
do inquérito e da instrução criminal e para o
IV – quando presentes os motivos que julgamento. Quando o réu não comparecer, a
autorizam a decretação da prisão preventiva fiança será havida como quebrada.
(art. 312).
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela pena de quebramento da fiança, mudar de
autoridade que a conceder nos seguintes residência, sem prévia permissão da autoridade
limites: processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito)
dias de sua residência, sem comunicar àquela
a) (revogada);
autoridade o lugar onde será encontrado.
b) (revogada);
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de
c) (revogada). polícia, haverá um livro especial, com termos
de abertura e de encerramento, numerado
I – de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, e rubricado em todas as suas folhas pela
quando se tratar de infração cuja pena autoridade, destinado especialmente aos
privativa de liberdade, no grau máximo, não termos de fiança. O termo será lavrado pelo
for superior a 4 (quatro) anos; escrivão e assinado pela autoridade e por quem
II – de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários prestar a fiança, e dele extrair-se-á certidão para
mínimos, quando o máximo da pena juntar-se aos autos.
privativa de liberdade cominada for superior Parágrafo único. O réu e quem prestar a
a 4 (quatro) anos. fiança serão pelo escrivão notificados das
§ 1º Se assim recomendar a situação obrigações e da sanção previstas nos arts.
econômica do preso, a fiança poderá ser: 327 e 328, o que constará dos autos.
I – dispensada, na forma do art. 350 deste Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva,
Código; consistirá em depósito de dinheiro, pedras,
objetos ou metais preciosos, títulos da dívida
II – reduzida até o máximo de 2/3 (dois pública, federal, estadual ou municipal, ou em
terços); ou hipoteca inscrita em primeiro lugar.
III – aumentada em até 1.000 (mil) vezes. § 1º A avaliação de imóvel, ou de pedras,
objetos ou metais preciosos será feita
§ 2º (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
imediatamente por perito nomeado pela
I – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). autoridade.
II – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
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Direito Processual Penal – Prisão em Flagrante – Prof. Joerberth Nunes
§ 2º Quando a fiança consistir em caução Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito
de títulos da dívida pública, o valor será ou passar em julgado sentença que houver
determinado pela sua cotação em Bolsa, e, absolvido o acusado ou declarada extinta a ação
sendo nominativos, exigir-se-á prova de que penal, o valor que a constituir, atualizado, será
se acham livres de ônus. restituído sem desconto, salvo o disposto no
parágrafo único do art. 336 deste Código.
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será
recolhido à repartição arrecadadora federal Art. 338. A fiança que se reconheça não ser
ou estadual, ou entregue ao depositário cabível na espécie será cassada em qualquer
público, juntando-se aos autos os respectivos fase do processo.
conhecimentos.
Art. 339. Será também cassada a fiança quando
Parágrafo único. Nos lugares em que o reconhecida a existência de delito inafiançável,
depósito não se puder fazer de pronto, o no caso de inovação na classificação do delito.
valor será entregue ao escrivão ou pessoa
abonada, a critério da autoridade, e dentro Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
de três dias dar-se-á ao valor o destino que I – quando a autoridade tomar, por engano,
Ihe assina este artigo, o que tudo constará fiança insuficiente;
do termo de fiança.
II – quando houver depreciação material
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, ou perecimento dos bens hipotecados ou
será competente para conceder a fiança a caucionados, ou depreciação dos metais ou
autoridade que presidir ao respectivo auto, e, pedras preciosas;
em caso de prisão por mandado, o juiz que o
houver expedido, ou a autoridade judiciária ou III – quando for inovada a classificação do
policial a quem tiver sido requisitada a prisão. delito.
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito
concedida independentemente de audiência do e o réu será recolhido à prisão, quando,
Ministério Público, este terá vista do processo na conformidade deste artigo, não for
a fim de requerer o que julgar conveniente. reforçada.
Art. 334. A fiança poderá ser prestada Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando
enquanto não transitar em julgado a sentença o acusado:
condenatória.
I – regularmente intimado para ato do
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade processo, deixar de comparecer, sem
policial a concessão da fiança, o preso, ou motivo justo;
alguém por ele, poderá prestá-la, mediante
II – deliberadamente praticar ato de
simples petição, perante o juiz competente, que
obstrução ao andamento do processo;
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
III – descumprir medida cautelar imposta
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como
cumulativamente com a fiança;
fiança servirão ao pagamento das custas, da
indenização do dano, da prestação pecuniária e IV – resistir injustificadamente a ordem
da multa, se o réu for condenado. judicial;
Parágrafo único. Este dispositivo terá V – praticar nova infração penal dolosa.
aplicação ainda no caso da prescrição
depois da sentença condenatória (art. 110 Art. 342. Se vier a ser reformado o
do Código Penal). julgamento em que se declarou quebrada
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a fiança, esta subsistirá em todos os seus
efeitos
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança
importará na perda de metade do seu valor,
cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de
outras medidas cautelares ou, se for o caso, a
decretação da prisão preventiva.
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade,
o valor da fiança, se, condenado, o acusado não
se apresentar para o início do cumprimento da
pena definitivamente imposta.
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu
valor, deduzidas as custas e mais encargos a que
o acusado estiver obrigado, será recolhido ao
fundo penitenciário, na forma da lei.
Art. 346. No caso de quebramento de fiança,
feitas as deduções previstas no art. 345 deste
Código, o valor restante será recolhido ao fundo
penitenciário, na forma da lei.
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345,
o saldo será entregue a quem houver prestado a
fiança, depois de deduzidos os encargos a que o
réu estiver obrigado.
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido
prestada por meio de hipoteca, a execução
será promovida no juízo cível pelo órgão do
Ministério Público.
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos
ou metais preciosos, o juiz determinará a venda
por leiloeiro ou corretor.
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o
juiz, verificando a situação econômica do preso,
poderá conceder-lhe liberdade provisória,
sujeitando-o às obrigações constantes dos arts.
327 e 328 deste Código e a outras medidas
cautelares, se for o caso.
Parágrafo único. Se o beneficiado
descumprir, sem motivo justo, qualquer das
obrigações ou medidas impostas, aplicar-
se-á o disposto no § 4º do art. 282 deste
Código.
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Direito Processual Penal
MATERIAL DE LEGISLAÇÃO
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Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará § 1º Havendo urgência, o juiz poderá
expedir o respectivo mandado. requisitar a prisão por qualquer meio de
comunicação, do qual deverá constar o
Parágrafo único. O mandado de prisão: motivo da prisão, bem como o valor da
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela fiança se arbitrada.
autoridade; § 2º A autoridade a quem se fizer
b) designará a pessoa, que tiver de ser a requisição tomará as precauções
presa, por seu nome, alcunha ou sinais necessárias para averiguar a autenticidade
característicos; da comunicação.
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Direito Processual Penal – Prisão Preventiva – Prof. Joerberth Nunes
§ 5º Havendo dúvidas das autoridades locais entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não
sobre a legitimidade da pessoa do executor for obedecido imediatamente, o executor
ou sobre a identidade do preso, aplica-se o convocará duas testemunhas e, sendo dia,
disposto no § 2º do art. 290 deste Código. entrará à força na casa, arrombando as portas,
se preciso; sendo noite, o executor, depois da
§ 6º O Conselho Nacional de Justiça intimação ao morador, se não for atendido,
regulamentará o registro do mandado de fará guardar todas as saídas, tornando a
prisão a que se refere o caput deste artigo. casa incomunicável, e, logo que amanheça,
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar arrombará as portas e efetuará a prisão.
ao território de outro município ou comarca, o Parágrafo único. O morador que se recusar
executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar a entregar o réu oculto em sua casa será
onde o alcançar, apresentando-o imediatamente levado à presença da autoridade, para que
à autoridade local, que, depois de lavrado, se for se proceda contra ele como for de direito.
o caso, o auto de flagrante, providenciará para a
remoção do preso. Art. 294. No caso de prisão em flagrante,
observar-se-á o disposto no artigo anterior, no
§ 1º Entender-se-á que o executor vai em que for aplicável.
perseguição do réu, quando:
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o prisão especial, à disposição da autoridade
sem interrupção, embora depois o tenha competente, quando sujeitos a prisão antes de
perdido de vista; condenação definitiva:
b) sabendo, por indícios ou informações I – os ministros de Estado;
fidedignas, que o réu tenha passado, há
pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo II – os governadores ou interventores de
lugar em que o procure, for no seu encalço. Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito
Federal, seus respectivos secretários, os
§ 2º Quando as autoridades locais prefeitos municipais, os vereadores e os
tiverem fundadas razões para duvidar da chefes de Polícia;
legitimidade da pessoa do executor ou da
legalidade do mandado que apresentar, III – os membros do Parlamento Nacional,
poderão pôr em custódia o réu, até que do Conselho de Economia Nacional e das
fique esclarecida a dúvida. Assembléias Legislativas dos Estados;
Art. 291. A prisão em virtude de mandado IV – os cidadãos inscritos no "Livro de
entender-se-á feita desde que o executor, Mérito";
fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o
mandado e o intime a acompanhá-lo. V – os oficiais das Forças Armadas e os
militares dos Estados, do Distrito Federal e
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de dos Territórios;
terceiros, resistência à prisão em flagrante ou
à determinada por autoridade competente, o VI – os magistrados;
executor e as pessoas que o auxiliarem poderão VII – os diplomados por qualquer das
usar dos meios necessários para defender-se ou faculdades superiores da República;
para vencer a resistência, do que tudo se lavrará
auto subscrito também por duas testemunhas. VIII – os ministros de confissão religiosa;
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X – os cidadãos que já tiverem exercido se fizer a requisição, as precauções necessárias
efetivamente a função de jurado, salvo para averiguar a autenticidade desta.
quando excluídos da lista por motivo de
incapacidade para o exercício daquela Art. 300. As pessoas presas provisoriamente
função; ficarão separadas das que já estiverem
definitivamente condenadas, nos termos da lei
XI – os delegados de polícia e os guardas- de execução penal.
civis dos Estados e Territórios, ativos e
inativos. Parágrafo único. O militar preso em
flagrante delito, após a lavratura dos
§ 1º A prisão especial, prevista neste Código procedimentos legais, será recolhido a
ou em outras leis, consiste exclusivamente quartel da instituição a que pertencer, onde
no recolhimento em local distinto da prisão ficará preso à disposição das autoridades
comum. competentes.
§ 2º Não havendo estabelecimento
específico para o preso especial, este
será recolhido em cela distinta do mesmo CAPÍTULO II
estabelecimento.
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
§ 3º A cela especial poderá consistir
em alojamento coletivo, atendidos os Art. 301. Qualquer do povo poderá e as
requisitos de salubridade do ambiente, autoridades policiais e seus agentes deverão
pela concorrência dos fatores de aeração, prender quem quer que seja encontrado em
insolação e condicionamento térmico flagrante delito.
adequados à existência humana. Art. 302. Considera-se em flagrante delito
§ 4º O preso especial não será transportado quem:
juntamente com o preso comum. (Incluído I – está cometendo a infração penal;
pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
II – acaba de cometê-la;
§ 5º Os demais direitos e deveres do preso
especial serão os mesmos do preso comum. III – é perseguido, logo após, pela
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde pessoa, em situação que faça presumir ser
for possível, serão recolhidos à prisão, em autor da infração;
estabelecimentos militares, de acordo com os
respectivos regulamentos. IV – é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que
Art. 297. Para o cumprimento de mandado façam presumir ser ele autor da infração.
expedido pela autoridade judiciária, a
autoridade policial poderá expedir tantos Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-
outros quantos necessários às diligências, se o agente em flagrante delito enquanto não
devendo neles ser fielmente reproduzido o teor cessar a permanência.
do mandado original.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade
Art. 298. (Revogado pela Lei nº 12.403, de competente, ouvirá esta o condutor e colherá,
2011). desde logo, sua assinatura, entregando a este
cópia do termo e recibo de entrega do preso.
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas
vista de mandado judicial, por qualquer meio de que o acompanharem e ao interrogatório do
comunicação, tomadas pela autoridade, a quem acusado sobre a imputação que lhe é feita,
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colhendo, após cada oitiva suas respectivas Art. 307. Quando o fato for praticado em
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o presença da autoridade, ou contra esta, no
auto. exercício de suas funções, constarão do auto
a narração deste fato, a voz de prisão, as
§ 1º Resultando das respostas fundada a declarações que fizer o preso e os depoimentos
suspeita contra o conduzido, a autoridade das testemunhas, sendo tudo assinado pela
mandará recolhê-lo à prisão, exceto no autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e
caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, remetido imediatamente ao juiz a quem couber
e prosseguirá nos atos do inquérito ou tomar conhecimento do fato delituoso, se não
processo, se para isso for competente; se o for a autoridade que houver presidido o auto.
não o for, enviará os autos à autoridade que
o seja. Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em
que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo
§ 2º A falta de testemunhas da infração não apresentado à do lugar mais próximo.
impedirá o auto de prisão em flagrante;
mas, nesse caso, com o condutor, deverão Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser
assiná-lo pelo menos duas pessoas que posto em liberdade, depois de lavrado o auto de
hajam testemunhado a apresentação do prisão em flagrante.
preso à autoridade.
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
não souber ou não puder fazê-lo, o auto
de prisão em flagrante será assinado por I – relaxar a prisão ilegal; ou
duas testemunhas, que tenham ouvido sua II – converter a prisão em flagrante em
leitura na presença deste. preventiva, quando presentes os requisitos
Art. 305. Na falta ou no impedimento do constantes do art. 312 deste Código, e se
escrivão, qualquer pessoa designada pela revelarem inadequadas ou insuficientes as
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o medidas cautelares diversas da prisão; ou
compromisso legal. III – conceder liberdade provisória, com ou
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o sem fiança.
local onde se encontre serão comunicados Parágrafo único. Se o juiz verificar,
imediatamente ao juiz competente, ao pelo auto de prisão em flagrante, que
Ministério Público e à família do preso ou à o agente praticou o fato nas condições
pessoa por ele indicada. constantes dos incisos I a III do caput
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de
a realização da prisão, será encaminhado 7 de dezembro de 1940 – Código Penal,
ao juiz competente o auto de prisão em poderá, fundamentadamente, conceder
flagrante e, caso o autuado não informe o ao acusado liberdade provisória, mediante
nome de seu advogado, cópia integral para termo de comparecimento a todos os atos
a Defensoria Pública. processuais, sob pena de revogação.
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preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se constantes dos autos ter o agente praticado o
no curso da ação penal, ou a requerimento fato nas condições previstas nos incisos I, II e III
do Ministério Público, do querelante ou do do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de
assistente, ou por representação da autoridade 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.
policial.
Art. 315. A decisão que decretar, substituir
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser ou denegar a prisão preventiva será sempre
decretada como garantia da ordem pública, motivada.
da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, ou para assegurar a aplicação Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão
da lei penal, quando houver prova da existência preventiva se, no correr do processo, verificar
do crime e indício suficiente de autoria. a falta de motivo para que subsista, bem como
de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
Parágrafo único. A prisão preventiva justifiquem.
também poderá ser decretada em caso
de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares (art. 282, § 4º). CAPÍTULO IV
DA PRISÃO DOMICILIAR
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código,
será admitida a decretação da prisão preventiva: Art. 317. A prisão domiciliar consiste no
I – nos crimes dolosos punidos com pena recolhimento do indiciado ou acusado em sua
privativa de liberdade máxima superior a 4 residência, só podendo dela ausentar-se com
(quatro) anos; autorização judicial.
II – se tiver sido condenado por outro crime Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão
doloso, em sentença transitada em julgado, preventiva pela domiciliar quando o agente for:
ressalvado o disposto no inciso I do caput I – maior de 80 (oitenta) anos;
do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal; II – extremamente debilitado por motivo de
doença grave;
III – se o crime envolver violência doméstica
e familiar contra a mulher, criança, III – imprescindível aos cuidados especiais
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade
deficiência, para garantir a execução das ou com deficiência;
medidas protetivas de urgência;
IV – gestante a partir do 7º (sétimo) mês de
IV – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). gravidez ou sendo esta de alto risco.
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V – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). III – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 324. Não será, igualmente, concedida Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a
fiança: autoridade terá em consideração a natureza
da infração, as condições pessoais de fortuna
I – aos que, no mesmo processo, tiverem e vida pregressa do acusado, as circunstâncias
quebrado fiança anteriormente concedida indicativas de sua periculosidade, bem como a
ou infringido, sem motivo justo, qualquer importância provável das custas do processo,
das obrigações a que se referem os arts. até final julgamento.
327 e 328 deste Código;
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o
II – em caso de prisão civil ou militar; afiançado a comparecer perante a autoridade,
III – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). todas as vezes que for intimado para atos
do inquérito e da instrução criminal e para o
IV – quando presentes os motivos que julgamento. Quando o réu não comparecer, a
autorizam a decretação da prisão preventiva fiança será havida como quebrada.
(art. 312).
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela pena de quebramento da fiança, mudar de
autoridade que a conceder nos seguintes residência, sem prévia permissão da autoridade
limites: processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito)
dias de sua residência, sem comunicar àquela
a) (revogada);
autoridade o lugar onde será encontrado.
b) (revogada);
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de
c) (revogada). polícia, haverá um livro especial, com termos
de abertura e de encerramento, numerado
I – de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, e rubricado em todas as suas folhas pela
quando se tratar de infração cuja pena autoridade, destinado especialmente aos
privativa de liberdade, no grau máximo, não termos de fiança. O termo será lavrado pelo
for superior a 4 (quatro) anos; escrivão e assinado pela autoridade e por quem
II – de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários prestar a fiança, e dele extrair-se-á certidão para
mínimos, quando o máximo da pena juntar-se aos autos.
privativa de liberdade cominada for superior Parágrafo único. O réu e quem prestar a
a 4 (quatro) anos. fiança serão pelo escrivão notificados das
§ 1º Se assim recomendar a situação obrigações e da sanção previstas nos arts.
econômica do preso, a fiança poderá ser: 327 e 328, o que constará dos autos.
I – dispensada, na forma do art. 350 deste Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva,
Código; consistirá em depósito de dinheiro, pedras,
objetos ou metais preciosos, títulos da dívida
II – reduzida até o máximo de 2/3 (dois pública, federal, estadual ou municipal, ou em
terços); ou hipoteca inscrita em primeiro lugar.
III – aumentada em até 1.000 (mil) vezes. § 1º A avaliação de imóvel, ou de pedras,
objetos ou metais preciosos será feita
§ 2º (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
imediatamente por perito nomeado pela
I – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). autoridade.
II – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
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§ 2º Quando a fiança consistir em caução Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito
de títulos da dívida pública, o valor será ou passar em julgado sentença que houver
determinado pela sua cotação em Bolsa, e, absolvido o acusado ou declarada extinta a ação
sendo nominativos, exigir-se-á prova de que penal, o valor que a constituir, atualizado, será
se acham livres de ônus. restituído sem desconto, salvo o disposto no
parágrafo único do art. 336 deste Código.
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será
recolhido à repartição arrecadadora federal Art. 338. A fiança que se reconheça não ser
ou estadual, ou entregue ao depositário cabível na espécie será cassada em qualquer
público, juntando-se aos autos os respectivos fase do processo.
conhecimentos.
Art. 339. Será também cassada a fiança quando
Parágrafo único. Nos lugares em que o reconhecida a existência de delito inafiançável,
depósito não se puder fazer de pronto, o no caso de inovação na classificação do delito.
valor será entregue ao escrivão ou pessoa
abonada, a critério da autoridade, e dentro Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
de três dias dar-se-á ao valor o destino que I – quando a autoridade tomar, por engano,
Ihe assina este artigo, o que tudo constará fiança insuficiente;
do termo de fiança.
II – quando houver depreciação material
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, ou perecimento dos bens hipotecados ou
será competente para conceder a fiança a caucionados, ou depreciação dos metais ou
autoridade que presidir ao respectivo auto, e, pedras preciosas;
em caso de prisão por mandado, o juiz que o
houver expedido, ou a autoridade judiciária ou III – quando for inovada a classificação do
policial a quem tiver sido requisitada a prisão. delito.
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito
concedida independentemente de audiência do e o réu será recolhido à prisão, quando,
Ministério Público, este terá vista do processo na conformidade deste artigo, não for
a fim de requerer o que julgar conveniente. reforçada.
Art. 334. A fiança poderá ser prestada Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando
enquanto não transitar em julgado a sentença o acusado:
condenatória.
I – regularmente intimado para ato do
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade processo, deixar de comparecer, sem
policial a concessão da fiança, o preso, ou motivo justo;
alguém por ele, poderá prestá-la, mediante
II – deliberadamente praticar ato de
simples petição, perante o juiz competente, que
obstrução ao andamento do processo;
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
III – descumprir medida cautelar imposta
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como
cumulativamente com a fiança;
fiança servirão ao pagamento das custas, da
indenização do dano, da prestação pecuniária e IV – resistir injustificadamente a ordem
da multa, se o réu for condenado. judicial;
Parágrafo único. Este dispositivo terá V – praticar nova infração penal dolosa.
aplicação ainda no caso da prescrição
depois da sentença condenatória (art. 110 Art. 342. Se vier a ser reformado o
do Código Penal). julgamento em que se declarou quebrada
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a fiança, esta subsistirá em todos os seus
efeitos
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança
importará na perda de metade do seu valor,
cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de
outras medidas cautelares ou, se for o caso, a
decretação da prisão preventiva.
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade,
o valor da fiança, se, condenado, o acusado não
se apresentar para o início do cumprimento da
pena definitivamente imposta.
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu
valor, deduzidas as custas e mais encargos a que
o acusado estiver obrigado, será recolhido ao
fundo penitenciário, na forma da lei.
Art. 346. No caso de quebramento de fiança,
feitas as deduções previstas no art. 345 deste
Código, o valor restante será recolhido ao fundo
penitenciário, na forma da lei.
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345,
o saldo será entregue a quem houver prestado a
fiança, depois de deduzidos os encargos a que o
réu estiver obrigado.
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido
prestada por meio de hipoteca, a execução
será promovida no juízo cível pelo órgão do
Ministério Público.
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos
ou metais preciosos, o juiz determinará a venda
por leiloeiro ou corretor.
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o
juiz, verificando a situação econômica do preso,
poderá conceder-lhe liberdade provisória,
sujeitando-o às obrigações constantes dos arts.
327 e 328 deste Código e a outras medidas
cautelares, se for o caso.
Parágrafo único. Se o beneficiado
descumprir, sem motivo justo, qualquer das
obrigações ou medidas impostas, aplicar-
se-á o disposto no § 4º do art. 282 deste
Código.
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Direito Processual Penal
REGRAS GERAIS
8. Medidas cautelares alternativas à prisão: art. 282 a 300, CPP e art. 319 a 320, CPP
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Direito Processual Penal
MATERIAL DE LEGISLAÇÃO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
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socorro, ou, durante o dia, por determina- para representar seus filiados judicial ou ex-
ção judicial; trajudicialmente;
XII – é inviolável o sigilo da correspondência XXII – é garantido o direito de propriedade;
e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no úl- XXIII – a propriedade atenderá a sua função
timo caso, por ordem judicial, nas hipóteses social;
e na forma que a lei estabelecer para fins de XXIV – a lei estabelecerá o procedimento
investigação criminal ou instrução proces- para desapropriação por necessidade ou
sual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) utilidade pública, ou por interesse social,
XIII – é livre o exercício de qualquer traba- mediante justa e prévia indenização em di-
lho, ofício ou profissão, atendidas as quali- nheiro, ressalvados os casos previstos nesta
ficações profissionais que a lei estabelecer; Constituição;
XIV – é assegurado a todos o acesso à in- XXV – no caso de iminente perigo público, a
formação e resguardado o sigilo da fonte, autoridade competente poderá usar de pro-
quando necessário ao exercício profissional; priedade particular, assegurada ao proprie-
tário indenização ulterior, se houver dano;
XV – é livre a locomoção no território na-
cional em tempo de paz, podendo qualquer XXVI – a pequena propriedade rural, assim
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per- definida em lei, desde que trabalhada pela
manecer ou dele sair com seus bens; família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
sem armas, em locais abertos ao público, meios de financiar o seu desenvolvimento;
independentemente de autorização, desde
que não frustrem outra reunião anterior- XXVII – aos autores pertence o direito ex-
mente convocada para o mesmo local, sen- clusivo de utilização, publicação ou repro-
do apenas exigido prévio aviso à autoridade dução de suas obras, transmissível aos her-
competente; deiros pelo tempo que a lei fixar;
XVII – é plena a liberdade de associação XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
para fins lícitos, vedada a de caráter para- a) a proteção às participações individuais
militar; em obras coletivas e à reprodução da ima-
XVIII – a criação de associações e, na forma gem e voz humanas, inclusive nas ativida-
da lei, a de cooperativas independem de au- des desportivas;
torização, sendo vedada a interferência es- b) o direito de fiscalização do aproveita-
tatal em seu funcionamento; mento econômico das obras que criarem
XIX – as associações só poderão ser com- ou de que participarem aos criadores, aos
pulsoriamente dissolvidas ou ter suas ati- intérpretes e às respectivas representações
vidades suspensas por decisão judicial, sindicais e associativas;
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em XXIX – a lei assegurará aos autores de in-
julgado; ventos industriais privilégio temporário
XX – ninguém poderá ser compelido a asso- para sua utilização, bem como proteção às
ciar-se ou a permanecer associado; criações industriais, à propriedade das mar-
cas, aos nomes de empresas e a outros sig-
XXI – as entidades associativas, quando ex- nos distintivos, tendo em vista o interesse
pressamente autorizadas, têm legitimidade
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a) de morte, salvo em caso de guerra decla- nas hipóteses previstas em lei; (Regulamen-
rada, nos termos do art. 84, XIX; to).
b) de caráter perpétuo; LIX – será admitida ação privada nos crimes
de ação pública, se esta não for intentada
c) de trabalhos forçados; no prazo legal;
d) de banimento; LX – a lei só poderá restringir a publicidade
e) cruéis; dos atos processuais quando a defesa da in-
timidade ou o interesse social o exigirem;
XLVIII – a pena será cumprida em estabele-
cimentos distintos, de acordo com a nature- LXI – ninguém será preso senão em flagran-
za do delito, a idade e o sexo do apenado; te delito ou por ordem escrita e fundamen-
tada de autoridade judiciária competente,
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à salvo nos casos de transgressão militar ou
integridade física e moral; crime propriamente militar, definidos em
lei;
L – às presidiárias serão asseguradas con-
dições para que possam permanecer com LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local
seus filhos durante o período de amamen- onde se encontre serão comunicados ime-
tação; diatamente ao juiz competente e à família
do preso ou à pessoa por ele indicada;
LI – nenhum brasileiro será extraditado,
salvo o naturalizado, em caso de crime co- LXIII – o preso será informado de seus direi-
mum, praticado antes da naturalização, ou tos, entre os quais o de permanecer calado,
de comprovado envolvimento em tráfico sendo-lhe assegurada a assistência da famí-
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na lia e de advogado;
forma da lei;
LXIV – o preso tem direito à identificação
LII – não será concedida extradição de es- dos responsáveis por sua prisão ou por seu
trangeiro por crime político ou de opinião; interrogatório policial;
LIII – ninguém será processado nem senten- LXV – a prisão ilegal será imediatamente re-
ciado senão pela autoridade competente; laxada pela autoridade judiciária;
LIV – ninguém será privado da liberdade ou LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela
de seus bens sem o devido processo legal; mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são LXVII – não haverá prisão civil por dívida,
assegurados o contraditório e ampla defe- salvo a do responsável pelo inadimplemen-
sa, com os meios e recursos a ela inerentes; to voluntário e inescusável de obrigação ali-
mentícia e a do depositário infiel;
LVI – são inadmissíveis, no processo, as pro-
vas obtidas por meios ilícitos; LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sem-
pre que alguém sofrer ou se achar amea-
LVII – ninguém será considerado culpado
çado de sofrer violência ou coação em sua
até o trânsito em julgado de sentença penal
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
condenatória;
abuso de poder;
LVIII – o civilmente identificado não será
LXIX – conceder-se-á mandado de seguran-
submetido a identificação criminal, salvo
ça para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas
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data, quando o responsável pela ilegalidade LXXVI – são gratuitos para os reconhecida-
ou abuso de poder for autoridade pública mente pobres, na forma da lei: (Vide De-
ou agente de pessoa jurídica no exercício de creto nº 7.844, de 1989)
atribuições do Poder Público;
a) o registro civil de nascimento;
LXX – o mandado de segurança coletivo
pode ser impetrado por: b) a certidão de óbito;
LXXV – o Estado indenizará o condenado Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos
por erro judiciário, assim como o que ficar do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e
preso além do tempo fixado na sentença; determina outras providências.
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B,
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº
seguinte lei: 12.978, de 2014)
Art. 1º São considerados hediondos os seguin- Parágrafo único. Considera-se também he-
tes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no diondo o crime de genocídio previsto nos
2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Pe- arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de
nal, consumados ou tentados: (Redação dada outubro de 1956, tentado ou consumado.
pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de
de 1984) 1994)
I – homicídio (art. 121), quando praticado Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tor-
em atividade típica de grupo de extermínio, tura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
ainda que cometido por um só agente, e afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III,
IV e V); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de I – anistia, graça e indulto;
1994) II – fiança. (Redação dada pela Lei nº
II – latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); (Inciso 11.464, de 2007)
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) § 1º A pena por crime previsto neste artigo
III – extorsão qualificada pela morte (art. será cumprida inicialmente em regime fe-
158, § 2º); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, chado. (Redação dada pela Lei nº 11.464,
de 1994) de 2007)
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Direito Processual Civil – Prisão Temporária (Lei nº 7960) – Prof. Joerberth Nunes.
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ Pena – reclusão, de dez a quinze anos.
1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo
........................................................................
único; 267, caput e 270; caput, todos do Código
Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 270. .............................................................
"Art. 157. ............................................................ Pena – reclusão, de dez a quinze anos.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal ......................................................................."
grave, a pena é de reclusão, de cinco a quin-
ze anos, além da multa; se resulta morte, a Art. 7º ao art. 159 do Código Penal fica acresci-
reclusão é de vinte a trinta anos, sem preju- do o seguinte parágrafo:
ízo da multa. "Art. 159. ............................................................
........................................................................ ........................................................................
Art. 159. ............................................................. § 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou
Pena – reclusão, de oito a quinze anos. bando, o co-autor que denunciá-lo à auto-
ridade, facilitando a libertação do seqües-
§ 1º .............................................................. trado, terá sua pena reduzida de um a dois
terços."
Pena – reclusão, de doze a vinte anos.
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão
§ 2º ..............................................................
a pena prevista no art. 288 do Código Penal,
Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e quatro quando se tratar de crimes hediondos, práti-
anos. ca da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins ou terrorismo.
§ 3º ..............................................................
Parágrafo único. O participante e o associa-
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. do que denunciar à autoridade o bando ou
........................................................................ quadrilha, possibilitando seu desmantela-
mento, terá a pena reduzida de um a dois
Art. 213. ............................................................. terços.
Pena – reclusão, de seis a dez anos. Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os cri-
mes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º,
Art. 214. ............................................................. 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e
sua combinação com o art. 223, caput e pará-
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grafo único, 214 e sua combinação com o art. b) sequestro ou cárcere privado (art. 148,
223, caput e parágrafo único, todos do Código caput, e seus §§ 1º e 2º);
Penal, são acrescidas de metade, respeitado o
limite superior de trinta anos de reclusão, es- c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e
tando a vítima em qualquer das hipóteses refe- 3º);
ridas no art. 224 também do Código Penal. d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e
Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outu- 2º);
bro de 1976, passa a vigorar acrescido de pará- e) extorsão mediante sequestro (art. 159,
grafo único, com a seguinte redação: caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
"Art. 35. ............................................................. f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação
Parágrafo único. Os prazos procedimentais com o art. 223, caput, e parágrafo único);
deste capítulo serão contados em dobro g) atentado violento ao pudor (art. 214,
quando se tratar dos crimes previstos nos caput, e sua combinação com o art. 223,
arts. 12, 13 e 14." caput, e parágrafo único);
Art. 11. (Vetado). h) rapto violento (art. 219, e sua combinação
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua com o art. 223 caput, e parágrafo único);
publicação. i) epidemia com resultado de morte (art.
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrá- 267, § 1º);
rio. j) envenenamento de água potável ou
substância alimentícia ou medicinal
qualificado pela morte (art. 270, caput,
LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE combinado com art. 285);
1989.
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do
Dispõe sobre prisão temporária. Código Penal;
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§ 2º O despacho que decretar a prisão Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua
temporária deverá ser fundamentado e publicação.
prolatado dentro do prazo de 24 (vinte
e quatro) horas, contadas a partir do Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
recebimento da representação ou do
requerimento.
CÓDIGO PENAL
§ 3º O Juiz poderá, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público e do
Advogado, determinar que o preso lhe PARTE ESPECIAL
seja apresentado, solicitar informações e
esclarecimentos da autoridade policial e TÍTULO I
submetê-lo a exame de corpo de delito.
§ 4º Decretada a prisão temporária, expedir- Dos Crimes Contra A Pessoa
se-á mandado de prisão, em duas vias,
uma das quais será entregue ao indiciado e
servirá como nota de culpa.
CAPÍTULO I
§ 5º A prisão somente poderá ser executada DOS CRIMES CONTRA A VIDA
depois da expedição de mandado judicial.
Homicídio simples
§ 6º Efetuada a prisão, a autoridade policial
informará o preso dos direitos previstos no Art. 121. Matar alguem:
art. 5º da Constituição Federal.
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
§ 7º Decorrido o prazo de cinco dias
de detenção, o preso deverá ser posto Caso de diminuição de pena
imediatamente em liberdade, salvo se já § 1º Se o agente comete o crime impelido
tiver sido decretada sua prisão preventiva. por motivo de relevante valor social ou
Art. 3º Os presos temporários deverão moral, ou sob o domínio de violenta
permanecer, obrigatoriamente, separados dos emoção, logo em seguida a injusta
demais detentos. provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.
Art. 4º O art. 4º da Lei nº 4.898, de 9 de
dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i, Homicídio qualificado
com a seguinte redação: § 2º Se o homicídio é cometido:
"Art. 4º ............................................................... I – mediante paga ou promessa de
i) prolongar a execução de prisão recompensa, ou por outro motivo torpe;
temporária, de pena ou de medida de II – por motivo futil;
segurança, deixando de expedir em tempo
oportuno ou de cumprir imediatamente III – com emprego de veneno, fogo,
ordem de liberdade;" explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
Art. 5º Em todas as comarcas e seções perigo comum;
judiciárias haverá um plantão permanente de
vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do IV – à traição, de emboscada, ou mediante
Ministério Público para apreciação dos pedidos dissimulação ou outro recurso que dificulte
de prisão temporária. ou torne impossivel a defesa do ofendido;
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V – para assegurar a execução, a ocultação, CAPÍTULO VI
a impunidade ou vantagem de outro crime: DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
Pena – reclusão, de doze a trinta anos. INDIVIDUAL
Homicídio culposo Seção I
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
4.611, de 1965) PESSOAL
Pena – detenção, de um a três anos. Sequestro e cárcere privado
Aumento de pena Art. 148 – Privar alguém de sua liberdade,
§ 4º No homicídio culposo, a pena é mediante sequestro ou cárcere privado: (Vide
aumentada de 1/3 (um terço), se o crime Lei nº 10.446, de 2002)
resulta de inobservância de regra técnica Pena – reclusão, de um a três anos.
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente
deixa de prestar imediato socorro à vítima, § 1º – A pena é de reclusão, de dois a cinco
não procura diminuir as conseqüências anos:
do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena I – se a vítima é ascendente, descendente,
é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime cônjuge ou companheiro do agente ou
é praticado contra pessoa menor de 14 maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. pela Lei nº 11.106, de 2005)
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) II – se o crime é praticado mediante
§ 5º – Na hipótese de homicídio culposo, internação da vítima em casa de saúde ou
o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se hospital;
as consequências da infração atingirem III – se a privação da liberdade dura mais de
o próprio agente de forma tão grave que quinze dias.
a sanção penal se torne desnecessária.
(Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) IV – se o crime é praticado contra menor
de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) 11.106, de 2005)
até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação V – se o crime é praticado com fins
de serviço de segurança, ou por grupo de libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, 2005)
de 2012)
§ 2º – Se resulta à vítima, em razão de
maus-tratos ou da natureza da detenção,
grave sofrimento físico ou moral:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
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Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e qua- § 2º Se da conduta resulta morte: (Incluído
tro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de pela Lei nº 12.015, de 2009)
25.7.1990)
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
§ 3º – Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
de 25.7.90
Art. 214 – (Revogado pela Lei nº 12.015, de
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. 2009)
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Violação sexual mediante fraude (Redação dada
§ 4º – Se o crime é cometido em concurso, o pela Lei nº 12.015, de 2009)
concorrente que o denunciar à autoridade,
facilitando a libertação do sequestrado,
terá sua pena reduzida de um a dois terços.
(Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) CAPÍTULO II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA
VULNERÁVEL
TÍTULO VI
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra A Dignidade Sedução
Sexual
Art. 217 – (Revogado pela Lei nº 11.106, de
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 2005)
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
CAPÍTULO I Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
SEXUAL anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Estupro
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica
Art. 213. Constranger alguém, mediante as ações descritas no caput com alguém
violência ou grave ameaça, a ter conjunção que, por enfermidade ou deficiência mental,
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se não tem o necessário discernimento para a
pratique outro ato libidinoso: (Redação dada prática do ato, ou que, por qualquer outra
pela Lei nº 12.015, de 2009) causa, não pode oferecer resistência.
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Re- (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
dação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) § 2º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015,
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de 2009)
de natureza grave ou se a vítima é menor de § 3º Se da conduta resulta lesão corporal de
18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015,
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) de 2009)
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. Pena – reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
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TÍTULO VIII Art. 273 – Falsificar, corromper, adulterar ou
alterar produto destinado a fins terapêuticos ou
Dos Crimes Contra A Incolumidade medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de
Pública 2.7.1998)
Pena – reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos,
e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de
2.7.1998)
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE § 1º – Nas mesmas penas incorre quem
importa, vende, expõe à venda, tem em
PÚBLICA depósito para vender ou, de qualquer
Epidemia forma, distribui ou entrega a consumo o
produto falsificado, corrompido, adulterado
Art. 267 – Causar epidemia, mediante a ou alterado. (Redação dada pela Lei nº
propagação de germes patogênicos: 9.677, de 2.7.1998)
Pena – reclusão, de dez a quinze anos. (Redação § 1º-A – Incluem-se entre os produtos a que
dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) se refere este artigo os medicamentos, as
matérias-primas, os insumos farmacêuticos,
§ 1º – Se do fato resulta morte, a pena é os cosméticos, os saneantes e os de uso em
aplicada em dobro. diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de
§ 2º – No caso de culpa, a pena é de 2.7.1998)
detenção, de um a dois anos, ou, se resulta § 1º-B – Está sujeito às penas deste artigo
morte, de dois a quatro anos. quem pratica as ações previstas no § 1º
Falsificação, corrupção, adulteração ou altera- em relação a produtos em qualquer das
ção de produto destinado a fins terapêuticos ou seguintes condições: (Incluído pela Lei nº
medicinais (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 9.677, de 2.7.1998)
2.7.1998) I – sem registro, quando exigível, no órgão
Envenenamento de água potável ou de substân- de vigilância sanitária competente; (Incluído
cia alimentícia ou medicinal pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Art. 270 – Envenenar água potável, de uso II – em desacordo com a fórmula constante
comum ou particular, ou substância alimentícia do registro previsto no inciso anterior;
ou medicinal destinada a consumo: (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena – reclusão, de dez a quinze anos. (Redação III – sem as características de identidade
dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) e qualidade admitidas para a sua
comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677,
§ 1º – Está sujeito à mesma pena quem de 2.7.1998)
entrega a consumo ou tem em depósito,
para o fim de ser distribuída, a água ou a IV – com redução de seu valor terapêutico
substância envenenada. ou de sua atividade; ((Incluído pela Lei nº
9.677, de 2.7.1998)
Modalidade culposa
V – de procedência ignorada; (Incluído pela
§ 2º – Se o crime é culposo: Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
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Parágrafo único. A pena aumenta-se até Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra
a metade se a associação é armada ou b;
se houver a participação de criança ou
Com as penas do art. 270, no caso da letra c;
adolescente. (Redação dada pela Lei nº
12.850, de 2013) (Vigência) Com as penas do art. 125, no caso da letra d;
Constituição de milícia privada (Incluído dada Com as penas do art. 148, no caso da letra e;
pela Lei nº 12.720, de 2012)
Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, para prática dos crimes mencionados no artigo
manter ou custear organização paramilitar, anterior:
milícia particular, grupo ou esquadrão com
a finalidade de praticar qualquer dos crimes Pena: Metade da cominada aos crimes ali pre-
previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei vistos.
nº 12.720, de 2012) Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. cometer qualquer dos crimes de que trata o art.
(Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 1º:
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Pena: Metade das penas ali cominadas. § 1º Às mesmas medidas submete-se quem,
para seu consumo pessoal, semeia, cultiva
§ 1º A pena pelo crime de incitação será ou colhe plantas destinadas à preparação
a mesma de crime incitado, se este se de pequena quantidade de substância ou
consumar. produto capaz de causar dependência física
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um ou psíquica.
terço), quando a incitação for cometida pela § 2º Para determinar se a droga destinava-
imprensa. se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
Art. 4º A pena será agravada de 1/3 (um terço), natureza e à quantidade da substância
no caso dos arts. 1º, 2º e 3º, quando cometido apreendida, ao local e às condições em que
o crime por governante ou funcionário público. se desenvolveu a ação, às circunstâncias
sociais e pessoais, bem como à conduta e
Art. 5º Será punida com 2/3 (dois terços) aos antecedentes do agente.
das respectivas penas a tentativa dos crimes
definidos nesta lei. § 3º As penas previstas nos incisos II e III
do caput deste artigo serão aplicadas pelo
Art. 6º Os crimes de que trata esta lei não serão prazo máximo de 5 (cinco) meses.
considerados crimes políticos para efeitos de
extradição. § 4º Em caso de reincidência, as penas
previstas nos incisos II e III do caput deste
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário. artigo serão aplicadas pelo prazo máximo
de 10 (dez) meses.
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II – semeia, cultiva ou faz a colheita, Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e
sem autorização ou em desacordo com pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000
determinação legal ou regulamentar, de (dois mil) dias-multa.
plantas que se constituam em matéria-
prima para a preparação de drogas; Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas
para o fim de praticar, reiteradamente ou não,
III – utiliza local ou bem de qualquer qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
natureza de que tem a propriedade, posse, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
administração, guarda ou vigilância, ou
consente que outrem dele se utilize, ainda Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e
que gratuitamente, sem autorização ou pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e
em desacordo com determinação legal duzentos) dias-multa.
ou regulamentar, para o tráfico ilícito de Parágrafo único. Nas mesmas penas do
drogas. caput deste artigo incorre quem se associa
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao para a prática reiterada do crime definido
uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274) no art. 36 desta Lei.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e Art. 36. Financiar ou custear a prática de
multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-mul- qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
ta. caput e § 1º, e 34 desta Lei:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, Art. 37. Colaborar, como informante, com
e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e grupo, organização ou associação destinados
quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas à prática de qualquer dos crimes previstos nos
previstas no art. 28. arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pa-
§ 1º deste artigo, as penas poderão ser gamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada dias-multa.
a conversão em penas restritivas de direitos, Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente,
desde que o agente seja primário, de bons drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
antecedentes, não se dedique às atividades fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo
criminosas nem integre organização com determinação legal ou regulamentar:
criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (du-
oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer zentos) dias-multa.
título, possuir, guardar ou fornecer, ainda
que gratuitamente, maquinário, aparelho, Parágrafo único. O juiz comunicará a
instrumento ou qualquer objeto destinado condenação ao Conselho Federal da
à fabricação, preparação, produção ou categoria profissional a que pertença o
transformação de drogas, sem autorização agente.
ou em desacordo com determinação legal ou
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após
regulamentar:
o consumo de drogas, expondo a dano potencial
a incolumidade de outrem:
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Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) VI – sua prática envolver ou visar a atingir
anos, além da apreensão do veículo, cassação criança ou adolescente ou a quem tenha,
da habilitação respectiva ou proibição de obtê- por qualquer motivo, diminuída ou
-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de li- suprimida a capacidade de entendimento e
berdade aplicada, e pagamento de 200 (duzen- determinação;
tos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.
VII – o agente financiar ou custear a prática
Parágrafo único. As penas de prisão e do crime.
multa, aplicadas cumulativamente com as
demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos
e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) LEI 7492/86
dias-multa, se o veículo referido no caput
deste artigo for de transporte coletivo de Art. 1º Considera-se instituição financeira, para
passageiros. efeito desta lei, a pessoa jurídica de direito
público ou privado, que tenha como atividade
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 principal ou acessória, cumulativamente ou
desta Lei são aumentadas de um sexto a dois não, a captação, intermediação ou aplicação
terços, se: de recursos financeiros (Vetado) de terceiros,
I – a natureza, a procedência da em moeda nacional ou estrangeira, ou a
substância ou do produto apreendido e custódia, emissão, distribuição, negociação,
as circunstâncias do fato evidenciarem a intermediação ou administração de valores
transnacionalidade do delito; mobiliários.
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propaganda relativo aos papéis referidos divergentes das constantes do registro ou
neste artigo. irregularmente registrados;
Art. 3º Divulgar informação falsa ou III – sem lastro ou garantia suficientes, nos
prejudicialmente incompleta sobre instituição termos da legislação;
financeira:
IV – sem autorização prévia da autoridade
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e competente, quando legalmente exigida:
multa.
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e
Art. 4º Gerir fraudulentamente instituição multa.
financeira:
Art. 8º Exigir, em desacordo com a legislação
Pena – Reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e (Vetado), juro, comissão ou qualquer tipo de
multa. remuneração sobre operação de crédito ou
de seguro, administração de fundo mútuo ou
Parágrafo único. Se a gestão é temerária: fiscal ou de consórcio, serviço de corretagem ou
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e distribuição de títulos ou valores mobiliários:
multa. Pena – Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Art. 5º Apropriar-se, quaisquer das pessoas multa.
mencionadas no art. 25 desta lei, de dinheiro, Art. 9º Fraudar a fiscalização ou o investidor,
título, valor ou qualquer outro bem móvel inserindo ou fazendo inserir, em documento
de que tem a posse, ou desviá-lo em proveito comprobatório de investimento em títulos ou
próprio ou alheio: valores mobiliários, declaração falsa ou diversa
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e da que dele deveria constar:
multa. Pena – Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e
Parágrafo único. Incorre na mesma pena multa.
qualquer das pessoas mencionadas no art. Art. 10. Fazer inserir elemento falso ou
25 desta lei, que negociar direito, título ou omitir elemento exigido pela legislação, em
qualquer outro bem móvel ou imóvel de demonstrativos contábeis de instituição
que tem a posse, sem autorização de quem financeira, seguradora ou instituição integrante
de direito. do sistema de distribuição de títulos de valores
Art. 6º Induzir ou manter em erro, sócio, mobiliários:
investidor ou repartição pública competente, Pena – Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e
relativamente a operação ou situação financeira, multa.
sonegando-lhe informação ou prestando-a
falsamente: Art. 11. Manter ou movimentar recurso ou valor
paralelamente à contabilidade exigida pela
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e legislação:
multa.
Pena – Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e
Art. 7º Emitir, oferecer ou negociar, de qualquer multa.
modo, títulos ou valores mobiliários:
Art. 12. Deixar, o ex-administrador de instituição
I – falsos ou falsificados; financeira, de apresentar, ao interventor,
II – sem registro prévio de emissão junto liquidante, ou síndico, nos prazos e condições
à autoridade competente, em condições estabelecidas em lei as informações, declarações
ou documentos de sua responsabilidade:
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Art. 21. Atribuir-se, ou atribuir a terceiro, falsa pontânea revelar à autoridade policial ou
identidade, para realização de operação de judicial toda a trama delituosa terá a sua
câmbio: pena reduzida de um a dois terços. (Incluído
pela Lei nº 9.080, de 19.7.1995)
Pena – Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa. Art. 26. A ação penal, nos crimes previstos nesta
lei, será promovida pelo Ministério Público
Parágrafo único. Incorre na mesma Federal, perante a Justiça Federal.
pena quem, para o mesmo fim, sonega
informação que devia prestar ou presta Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto
informação falsa. no art. 268 do Código de Processo Penal,
aprovado pelo Decreto-lei nº 3.689, de 3 de
Art. 22. Efetuar operação de câmbio não outubro de 1941, será admitida a assistência
autorizada, com o fim de promover evasão de da Comissão de Valores Mobiliários – CVM,
divisas do País: quando o crime tiver sido praticado no
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e âmbito de atividade sujeita à disciplina e
multa. à fiscalização dessa Autarquia, e do Banco
Central do Brasil quando, fora daquela
Parágrafo único. Incorre na mesma pena hipótese, houver sido cometido na órbita
quem, a qualquer título, promove, sem de atividade sujeita à sua disciplina e
autorização legal, a saída de moeda ou fiscalização.
divisa para o exterior, ou nele mantiver
depósitos não declarados à repartição Art. 27. Quando a denúncia não for intentada
federal competente. no prazo legal, o ofendido poderá representar
ao Procurador-Geral da República, para
Art. 23. Omitir, retardar ou praticar, o que este a ofereça, designe outro órgão do
funcionário público, contra disposição expressa Ministério Público para oferecê-la ou determine
de lei, ato de ofício necessário ao regular o arquivamento das peças de informação
funcionamento do sistema financeiro nacional, recebidas.
bem como a preservação dos interesses e
valores da ordem econômico-financeira: Art. 28. Quando, no exercício de suas atribuições
legais, o Banco Central do Brasil ou a Comissão
Pena – Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e de Valores Mobiliários – CVM, verificar a
multa. ocorrência de crime previsto nesta lei, disso
deverá informar ao Ministério Público Federal,
Art. 24. (VETADO).
enviando-lhe os documentos necessários à
DA APLICAÇÃO E DO PROCEDIMENTO CRIMI- comprovação do fato.
NAL
Parágrafo único. A conduta de que trata
Art. 25. São penalmente responsáveis, este artigo será observada pelo interventor,
nos termos desta lei, o controlador e os liquidante ou síndico que, no curso de
administradores de instituição financeira, assim intervenção, liquidação extrajudicial ou
considerados os diretores, gerentes (Vetado). falência, verificar a ocorrência de crime de
que trata esta lei.
§ 1º Equiparam-se aos administradores de
instituição financeira (Vetado) o interven- Art. 29. O órgão do Ministério Público Federal,
tor, o liqüidante ou o síndico. sempre que julgar necessário, poderá requisitar,
a qualquer autoridade, informação, documento
§ 2º Nos crimes previstos nesta Lei, cometi- ou diligência, relativa à prova dos crimes
dos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor previstos nesta lei.
ou partícipe que através de confissão es-
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preso ser colocado imediatamente em
liberdade após a identificação, salvo se
outra hipótese recomendar a manutenção
da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso
será decretada se o juiz verificar pelas provas
constantes dos autos ter o agente praticado o
fato nas condições previstas nos incisos I, II e
III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 315. A decisão que decretar, substituir
ou denegar a prisão preventiva será sempre
motivada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão
preventiva se, no correr do processo, verificar
a falta de motivo para que subsista, bem como
de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 5.349, de
3.11.1967)
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