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No começo do século XX, houve premiação para uma nova técnica cirúrgica da tireoide por
promover menor mortalidade. É evidente que anteriormente se tratava de uma cirurgia de elevada
mortalidade
Embriologia:
Tireoglobulina principal substrato proteico dos hormônios tireoidianos, produzido estritamente pelo
tireocito: célula folicular.
Isso é importante pois é nessa proteína que irá se incorporar as iodos tirosinas, portanto se precisar
complementar o tratamento cirúrgico de um câncer de célula folicular, tem-se como única forma eficiente o
enriquecimento da molécula de iodo com radiação, ou seja, iodo terapia radioativa. Logo, só pode ser
destinado aos CA de células foliculares que produzem tireoglobulinas e captam iodo.
A indiferenciação celular está relacionada com o comportamento biológico do tumor. Logo, o grau de
diferenciação histológico é importante em CA Se formado por células bem diferenciadas implicam em
maior agressividade tumoral e maior disseminação e no caso da glândula tireoide menor incorporação de
iodo, menor atividade biológica.
Pode haver um tumor macroscópico que não responde a nenhum tratamento e ao fazer uma cintilografia
após uma carga de iodo terapia para fazer uma varredura em todo corpo do paciente e se torna evidente a
ausência de captação que significa: não há célula ou essa célula não capta por sem bem diferenciada.
Quente ou frio relacionado ao rádio traçador, marcador nuclear da cintilografia.
Biossíntese hormonal:
Transporte de iodo: co-transporador Na/I (symporter NIS)
Organificação do I: iodotirosinas
Acoplamento: TGB
Endocitose do coloide: secreção hormonal
OBS: todas as etapas são estimuladas pelo TSH
É a única glândula e célula do corpo que depende do iodo para o seu funcionamento.
A glândula tem uma biossíntese hormonal que envolve 4 etapas estimuladas pelo TSH:
3 primeiras etapas são oxidativas e envolvem gasto energético e a última etapa sem gasto energético:
1. Transporte de iodo por uma proteína cotransportadora que associa iodo com sódio presente na
superfície celular do tireoicito para incorporar o iodo.
*Ausência dessa proteina congênita por um defeito bioquímico e genético defeito no gene sem
produção da proteina há uma patologia por disormonogenico congênito = hipotireoidismo congênito por
não haver a incorporação de iodo para o meio intracelular (sem produção hormonal).
2. Incorporação da molécula de iodo com a tireosina = formação iodotirosinas
3. Acoplamento das iodotirosinas pela enzima tireoperoxidase de acordo com moléculas de
diiodotirosina ou monoiodotirosina que dependerá da demanda metabólica, formando T3 e T4.
4. Liberação dos hormônios para circulação sanguínea.
No tratamento do CA de tireoide, sabe-se que deve realizar a iodo terapia, ressecção tumoral e ainda
interrupção proliferação celular dos tireocitos por meio do bloqueio do TSH para exterminar as células
malignas e até benignas da tireoide.
Mecanismo de ação:
Características clinicas:
EXAMES: com suspeita clinica está autorizado a maior investigação indicio clínico de aumento
glandular = bocio é a principal indicação para realização de US cervical.
Dosagens hormonais: em glândulas que tem uma patologia associada com desarranjo hormonal.
TSH
T4 livre e T3 total
Anti-TPO
Anti-TGB
Anti-TRAB (receptor TSH)
Tireoglobulina
Calcitonina
Teste de triagem: obrigatório após os 50 anos.
*Pela ATA, não se pede de rotina: calcitonina para triar precocemente um carcinoma medular da tireoide,
ou seja, CA de célula parafolicular
*Relembrando: célula parafolicular/ células C advém do respingo da crista neural que entra e fica nos
órgãos paravertebrais e adentram o tecido tireoidiano juntamente com o vasos.
Células C: produção de calcitonina: originam CA medular – não produz tireoglobulina não funciona
iodo radioativo. Não tem custo efetividade triar um tumor precoce de Ca medular pela dosagem de
calcitonina, não pede de princípio, pois é bem raro, logo pede em situações especificas com relação
familiar, punção com célula diferente e duvida diagnostica.
Para fixar, CA de células foliculares: funciona com iodo radiotativo por produzir tireoglobulina
Raio X simples/ contrastado
US cervical
(nódulo hipoecogenico)
US cervical: exame ideal para morfologia da tireoide
Diagnostico: PAAF/US
GUIDELINE ATA para indicar punção
Cintolografia de tireoide
Exame funcional – exame fisiológico: a tireoide normalmente capta, mas
quando há sinal de hipocaptancia/ desfuncionalizante, pode ser tumor.
Antigamente: Nódulo único frio era a principal indicação de cirurgia de
tireoide. Com os exames morfológicos, isso mudou.
Objetivo: indicada hoje em casos de supressão de TSH,
hipertireoidismo (não se usa mais de forma rotineira) ou em casos de
alargamento do mediastino em assintomático e na tomo visualizou nódulo bem delimitado de 3 cm
deslocando vasos laminares atrás do esterno no mediastino anterior = bócio intratorácico em
crescimento de forma de ampulheta (sem como fazer punção) - por um erro embriológico e pode formar
um bócio ectópico. Pode ter nódulos com formas mistas.
Em caso de nódulo quente com restante do tecido hipofuncionante/hipocaptante e suprimido, há
autonomismo focal na região noduar. Se há anticorpos negativos, sem doença autoimune + esse nódulo
composto por células benignas = tratamento com hemitireoidectomia que trata tumor (adenoma) e o
hipertireoidismo.
Se invés do nódulo quente, temos glândulas difusamente hipercaptante, tem antitrab positivo e na punção
tem carcinoma papilifero ou adenoma = tratamento tireoidectomia total por ser doença difusa glandular
Logo a cintilografia é um exame complementar.
PETSCAN exame que concilia exame funcional com a morfologia: cintilografia do corpo inteiro com
tomografia /RNM.
Tem como objetivo de localizar no corpo toda e qualquer parte com hipermetabolismo celular células
malignas usa o traçador/marcador glicose.
Linfacintilografia: traçar o linfonodo sentinela para ver o transito linfático a partir de um tumor para ver qual
os primeiros linfonodos vão receber linfa de determinada região anatômica. Primeiro, deve analisar
linfonodos que serão drenados por um tumor que realiza disseminação linfática e o tumor primário deve
estar em uma região que permite minfiltrar o marcador como mama, pênis, pele, lábio. Vê altura que se
tem o linfonodo mais quente, rastreado no intraoperatorio por gama prob e faz o estudo em vivo pela
cintilografia e após ex-vivo no intraoperatorio para retirar o linfonodo quente.
Videolaringoscopia
Visualização das cordas vocais :
Paciente sem alteração de voz e que será operado da tireoide, espera-
se na endoscopia sem fonação e respiração espontânea: cordas vocais
aertas, simétricas e arqueadas e tensão semelhante e isometria. Na
fonação: cordas vocais se encontrem coaptadas com precisão.
Se paciente com tumor com desvio de estruturas e ainda rouco: se
visualiza uma corda vocal paralisada em região paramediana e mais
arciforme com tônus mais frouxo, houve a desnervação da laringe.
Logo, houve extravasamento do tumor em relação a capsula tireoidiana
que infiltrou no nervo laríngeo recorrente, levando a paralisia dessa corda vocal. Isso pode ocorrer
também por iatrogenia, por isso é importante a visualização antes da cirurgia de tireoidectomia, na qual
pode-se lesar o nervo.
Se houver lesão nos dois nervos, pode haver paralisia bilateral que pode haver uma incompetência glótica
e consequente insuficiência respiratória.
Tomografia:
Indica caminho mais fácil para realizar uma traqueostomia, por exemplo. Em caso de tumor anaplasicio
mais difícil para evitar lesar vasos.
Em casos de bócio mergulhante: bócio projeta ao tórax, a mesma circulação do pescoço é a mesma
nutrição do bócio que são as tireoidianas superior e inferior.
A tireoide pode ter crescido em forma de ampulheta, pois o estreito superior do tórax é inexpansivo.
Problema é quando há grande bócio intratorácico apartado, sem comunicação não tem como puxar nem
descolar ele, dai deve fazer esternotomia para evitar lesar vaso torácico.
TRATAMENTO:
Tratamento clinico
Terapia supressiva com L-tiroxina: Suprimir o TSH para o TSH não estimular o crescimento do
tumor ate ter viabilidade para operar. Em desuso como tratamento exclusivo. Uso em caso de
gestantes para operar após o parto.
Reposição hormonal em glândula disfuncionante
Terapia anti-tireoidiana
Iodoterapia radioativa
*Não há medicamento que remova o nódulo.
Tratamento cirúrgico – PROVA: QUAIS AS CLASSICAS 5 INDICAÇÕES DE TIREOIDECTOMIA?
Nervos:
- Laringeo superior
-Laringeo inferior ou laríngeo recorrente
Paratireoides
Demais órgãos
Laríngeo não recorrente
Vasos lusorios
Divertulo de Kommerell
Cirurgia: objetivo: deixar meia porção de glândula para oferecer a chance de não precisar de reposição
hormonal, mas se apresentar sintomas complementar com o tratamento clinico de reposição hormonal.
1. Incisão arciforme de Kocher que deve ficar próxima da topografia de maior volume de glândula,
sendo abaixo da cricoide, entre a cricoide e a fúrcula.
2. Abre pele e subcutâneo
3. Descola subcutâneo para cima e para baixo – confecção retalho dermogorduroso
4. Faz uma abertura vertical (transforma incisão transversal – estética em uma dobra em uma incisão
longitudinal – funcional abre compartimento visceral pela rafemediana entre as duas jugulares
anteriores).
5. Expo a glândula e afasta músculos pretireoidianos esterno-iode e esterno-tireoide
6. Ressecção inicial com a ligadura do polo glandular superior, inicia pelo lado superior com intuito de
tomar cuidado com nervo laringeano superior, pois se lesar o laríngeo superior (nervo de menor
importância) que inerva o musculo cricotireoide que ao contrair, há o estiramento da corda vocal
(esticada e tensa) para alcançar o extremo dos timbres tanto agudo quanto grave
Também tomar cuidado com a glândula paratireoidea
Ao começar pelo polo superior, tem condição de anteriorizar a glândula e visualizar de forma
melhor o nervo laríngeo recorrente que tem mais relação anatômica com o polo inferior e está no
sulco traqueoesofagico, assim evita-se lesá-lo por ser um nervo importante em que a lesão pode
propiciar uma insuficiência respiratória.
*Hemitireoidectomia com ressecção do istmo para evitar dificuldade de cirurgia por aderências se for
preciso reabordar. É comum essa cirurgia em casos de tumor benigno.
Nervo Laringeo recorrente vem no sulco traqueoesofagico e penetra na junção cricotraqueal
posteriormente. Do lado esquerdo, ele sai do vago e recobre a costa da aorta e do lado direito recobre o
tronco braquiocefalico, envolta da subclávia direita. Em alguns casos, pode ocorrer que no lado direito,
tenha um nervo laringeano não recorrente (raro) : sai do vago e entra direto na tireoide. Normalmente, a
não recorrência ocorre quando há uma alteração anatômica chamada de vaso ilusório ou divertículo de
kommerell: não há troncocefalico que mostra a subclávia direita: há só carótida direita e um vaso anômalo
que sai por trás da aorta e cruza esôfago indo para o braço esquerdo.
Complicações gerais: hemorragia
Complicações especificas da tireoidectomia (PROVA)
Neuropraxias
- disfunção do nervo laríngeo inferior ou recorrente (unilateral / bilateral) mais importante
(visualiza corda vocal frouxa, se for bilateral deve realizar traqueostomia)
- disfunção do nervo laríngeo superior (não sabe se lesou muitas vezes – adquire fadiga vocal
precoce e não atinge os extremos de timbre.
Especificas metabólicas
- hipocalemia por hipoparatireoidismo (se ressecção – paciente depende de cálcio para o resto da
vida)
- crise tireotoxica
Carcinoma medular
OBS.: tanto o carcinoma ou adenoma folicular possuem o mesmo prognostico e a mesma forma de
tratamento. Ambos são considerados tumores oncocíticos por apresentarem células de hurtle, a diferença
é que quando possui a predominância dessas células, considera-se como CARCINOMA folicular.
OBS2.: antigamente o carcinoma papilifero era subdivido em papilifero encapsulado ou focal. Mas, a partir
de 2016, não há essa classificação como carcinoma, mas sim como uma doença em conversão, ou seja
neoplasia folicular não invasiva papilifero símile por apresentar características microscópicas papiliferas
(doença em transição). Logo, não trata com ioda e sim como benigno, mas acompanha de perto como se
fosse maligno por apresentar potencial para malignidade de maior agressão.
OBS3.: O Carcinoma insular é pouco diferenciado, apresentando dúvida por apresentar características
papiliferas e foliculares simultâneas e ter padrão de comportamento inespecífico/misturado, podendo ser
um pouco mais agressivo nas formas mistas insulares.
OBS4.: O Carcinoma anaplasico é o pior câncer do corpo por ser primitivo e logo não se conhece a origem
embriológica do câncer: se é epitelial, mesenquimal, carcinomatosa ou linfoide. Tem semelhança com o
tumor primitivo do mediastino, sendo tumor intratável e com prognostico em meses.
OBS5.: há linfoma e sarcoma nas miscelancias da tireoide (não entendi).
Homens
Idade <15 ou > 60 anos
História familiar
Nódulo >3cm, endurecido, fixo
Crescimento rápido
Linfoadenomegalia
Paralisia de prega vocal (rouquidão)
História previa de irradiação
B1: cisto (sem células); B2: hiperplasia ou tireoidite; B3: benigno (bócio) – duvida se esta em
ambiente hiperplásico ou em ambiente neoplásico por ver coloide, célula inflamatoria;
B3, B4 e B5 = sempre há suspeição de malignidade não sabe afirmar se é adenoma/carcinoma
folicular porque os critérios são histológicos: invasão capsular e invasão vascular, logo o folicular
dissemina à distancia.