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A empresa que atua na representação comercial não pode ser optante pelo
pagamento dos tributos na forma do Simples Nacional, conforme o inciso XI do
artigo 17 da Lei Complementar n. 123/2006.
IRPJ: 4,80%
CSLL: 2,88%
COFINS: 3,00%
PIS: 0,65%
+
ISS (2% a 5%) conforme o município
Referências:
Lei n. 4.886, de 9 de dezembro de 1965;
Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006;
Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
Lei n. 11.482, de 31 de maio de 2007;
Lei nº 12.469, de 26 de agosto de 2011
Resolução CGSN n. 94, de 29 de novembro de 2011;
Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995;
Decreto n. 3000, de 26 de março de 1999;
Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991;
Lei n. 9.718, de 27 de novembro de 1998;
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988;
Portaria Interministerial MPS/MF nº 15, de 10 de janeiro de 2013.
Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003;
Resolução CONFERE n. 335, de 13 de abril de 2005;
http://www.prefeitura.sp.gov.br
http://www.corcesp.com.br
http://www.inss.gov.br
Autor: Silvio Vucinic
Consultor Jurídico do SEBRAE-SP
INCLUSÃO DO REPRESENTANTE COMERCIAL NO
SIMPLES.
25/01/2012
Em razão de decorrentes questionamentos sobre a possibilidade ou não de uma empresa que
contenha em seu ramo de atividade a Representação Comercial poder optar pelo Simples Nacional,
tecemos algumas considerações jurídicas sobre o tema, na medida em que a EMPRESA possui em
seu quadro de "parceiros" empresas de Representação Comercial (ou Agentes).
Por força do inciso XI do art. 17 da Lei Complementar nº. 123/2006 (Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas), a atividade de Representação Comercial está impedida de optar pelo Simples Nacional.
"Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a
microempresa ou a empresa de pequeno porte:
XI - que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual,
de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada
ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo
de intermediação de negócios;"
Pelo texto legal, a Representação Comercial (Agente) está impedida de optar pelo simples por dois
fatores, quais sejam:
- Profissão regulamentada: com a Lei nº 4.886/65, a representação comercial (ou agência) ganhou o
status de atividade profissional regulamentada, criando-se um Conselho Federal e Vários Conselhos
Regionais, aos quais se confiou a fiscalização do exercício da profissão;
"Art. 1º - Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem
relação de emprego, que desempenha, em caráter não-eventual por conta de uma ou mais pessoas, a
mediação para realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los
aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios'.
Cumpre ressaltar, ainda, que a Lei Complementar nº. 139/2011 (antes, Projeto de Lei 77/2011), cuja
ementa é "altera dispositivos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e dá outras
providências." alterou apenas os artigos 4o, 9o, 16, 18-B, 18-C, 21, 24, 26, 29, 32, 33, 34 e 39 da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, ou seja, o art. 17 da lei 123/2006 continua
inalterado.
Ainda cabe esclarecer que a atividade identificada pelo Código 6399200, cuja descrição do objeto é:
"levantamento de informações do comércio realizados por contrato ou comissão", enquadrada no
SIMPLES, não tem a mesma natureza jurídica da atividade de Representação Comercial/Agência,
com ela não podendo se confundida ou comparada.
Portanto, se entre os Representantes que tiver alguma empresa que esteja se denominando
enquadrada no SIMPLES, é necessário imediata correção, pois a atividade de Representação
Comercial ou Agência, como visto, não pode optar pelo SIMPLES.