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Aluno: Douglas Lopes Alves

Curso: Técnico em Análises Clínicas Integrado ao Ensino Médio em Tempo Integral

Turma: 2021/01

Relatório de Narrativa fílmica - Pré-História

A Caverna dos Sonhos Esquecidos

Ficha Técnica:
Título: A Caverna dos Sonhos Esquecidos

Direção: Werner Herzog

Gênero: Documentário, Histórico

Tempo de duração: 1h 30min

Ano de lançamento: 16 de dezembro de 2011

País: França

Comentários sobre o filme:

O filme/documentário aborda a história do descobrimento de uma das maiores e mais antigas


descobertas arqueológicas sobre a pré-história.

Foi localizada na França, através de um grupo de arqueólogos, uma caverna muito profunda e
extensa, que hoje é chamada de A Caverna de Chauvet. Descoberta apenas em 1994, essa caverna
abriga pinturas rupestres que datam de 32 à 40 mil anos atrás, de aproximadamente 12 espécies de
animais diferentes, e que se manteve conservada graças à estrutura da Caverna.

Podemos observar através daquelas pinturas, o quão inteligente o homem era desde a pré-história,
pois eram pinturas incríveis e um tanto enigmáticas. O filme nos ensina que a pintura rupestre era
uma maneira do ser humano deixar registrado eventos que aconteciam, já que podemos ver
pinturas de animais duelando, ou fugindo de presas, então essa arte era a forma de "documentar" e
contar histórias, além de ser também uma forma de se expressar. Outra das utilidades dessas
pinturas, eram a realização de rituais, já que os homens no paleolítico, acreditavam que ao desenhar
um animal na parede e espetar o desenho com uma lança, estaria matando-o na vida real, e isso os
fazia ter mais coragem para ir caçar.
Outra coisa super interessante que pude aprender com o filme, foi a forma que eles caçavam no
paleolítico antes da invenção da flecha e qualquer tipo de arma com pedra. A necessidade de
sobreviver os tornaram criativos e eles começaram a juntar pedaços afiados de ossos a madeiras e
assim foi feita a primeira lança, que era usada pra matar animais mais pequenos.

A Caverna de Chauvet tem aproximadamente 400 metros de extensão e em todo o seu percurso
podemos observar uma grande variedade de cristais que foram sendo criados ali com o tempo, além
de vários esqueletos de animais, principalmente de ursos. Porém a real riqueza, se encontra apenas
ao fundo, onde por algum motivo os homens daquela época resolveram escolher pra fazer suas
pinturas. Podemos observar até mesmo pinturas detalhadas de mamutes, e isso nos mostra ainda
mais o tanto que essas pinturas são antigas.

O fogo era a ferramenta usada para iluminar o fundo da caverna, já que a luz solar não chegava até
lá, e podemos deduzir que iluminar talvez não fosse a única utilidade do fogo por lá, apesar de não
termos provas concretas, podemos imaginar uma roda ao redor daquela fogueira e com a luz que o
fogo produzia pelas paredes, acontecia também uma dança talvez, ou talvez a experimentação das
sombras. Mas de fato, coisas como essa já foram apagadas pelo tempo e o passado é
definitivamente um elo perdido.

Poucas pessoas tiverem acesso direto à essa caverna, porém quem entrou relata que há uma
sensação muito forte de que lá dentro o tempo para. É como se o tempo e espaço congelasse, é
sensacional o fato de uma mensagem que foi passada há 40 mil anos atrás, ainda permanecer
intacta, e o fato de acharmos e termos o privilégio de contemplar, é mais incrível ainda.

Uma pintura da Caverna que se diferencia e abre portas pra muitas teorias sobre mais mitos do
povo do período paleolítico, é a pintura de uma mulher ligada ao corpo de um animal, o bisão. Um
fato interessante é que esse desenho lembra as estatuetas do início da Idade da Pedra de
escavações arqueológicas suevas, na Alemanha. Foram encontradas também na Áustria, estatuetas
representando a mulher assim como na pintura da caverna foi representada. Parece ter havido uma
convenção visual estendendo-se até "SOS Malibu". Estas estatuetas, são chamadas de Vênus.

É incrível relatar que neste período, há 40 mil anos, vemos indícios de instrumentos musicais, uma
gama de ornamentos pessoais, representações místicas que mostram que estes povos tinham
conceitos religiosos, envolvendo a transformação entre o homem e o animal.

O filme diz ainda que os homens do paleolítico tinham muito provavelmente, dois conceitos que
alteraram a nossa visão do mundo. São os conceitos de fluidez e permeabilidade. A fluidez significa
que as categorias que temos, homem, mulher, cavalo, árvore e etc., podem mudar. Uma árvore
pode falar, um homem pode ser transformado em um animal. E o inverso, dadas certas
circunstâncias. O conceito de permeabilidade é de que não há barreiras entre o nosso mundo e o
dos espíritos. Se reunirmos esses dois conceitos, entenderemos o quão diferente era a vida desses
povos da nossa.

Um forte instinto de algo espiritual, de alguma cerimônia religiosa da caverna, é um crânio de urso,
que foi encontrado na caverna no centro de uma pedra que remete a ideia de um altar. Mas o que
realmente aconteceu lá, só as pinturas poderiam dizer.

Outra coisa fantástica encontrada por arqueólogos foram os primeiros instrumentos musicais,
flautas que eram feitas de ossos de animais.

A Caverna de Chauvet é sem dúvidas uma das mais importantes descobertas para a arqueologia.

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