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Um pouco da historia

O Samba de Roda, no recôncavo baiano, designa uma mistura de música, dança,


poesia e festa. Presente em todo o estado da Bahia, o samba de roda é praticado
principalmente, na região do Recôncavo. Mas o ritmo se espalhou por várias partes do
país, sobretudo Pernambuco e Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro, já na sua condição de
Distrito Federal, se tornou conhecido como a capital mundial do samba de roda
brasileiro, porque foi nesta cidade onde o samba evoluiu, adquiriu sua diversidade
artística e estabeleceu, na zona urbana, como um movimento de inegável valor social,
como um meio dos negros enfrentarem a perseguição policial e a rejeição social, que
via nas manifestações culturais negras uma suposta violação dos valores morais,
atribuindo a elas desde a simples algazarra até a supostos rituais demoníaca, imagem
distorcida que os racistas atribuíram ao candomblé, que na verdade era a expressão
religiosa dos povos negros, de inegável importância para seu povo.

Alguns dos instrumentos do samba de roda


AGOGÔ - Feito em ferro e aço, é usado em samba e suas vertentes. O som tirado desse
instrumento se deu através do impacto do bastão nas duas bocas de ferro do
instrumento.

CUÍCA - Conhecido como choro, o som da cuíca se deu através da fricção da haste
interna por um pano úmido, e a pressão na parte externa da cuíca feita pelo dedo.
Quanto mais perto do centro da cuíca mais agudo será o som produzido. 

CAVAQUINHO: parece um violão pequeno, mas só tem quatro cordas e o som é mais
agudo.

PANDEIRO - Oriundo da África oriental, é considerado um instrumento de percussão


completo pois oferece os timbres graves, médios e agudos. Feito de madeira, couro de
cabra e cinco pratinelas, o pandeiro convencional no Rio de Janeiro foi introduzido no
samba e chorinho como instrumento de base. Depois se espalhou pelo país de várias
formas, e ritmos. É usado em musicas folclóricas, populares, pop, eruditas, entre
outras.

BANDOLIM: pequeno como o cavaquinho, esse instrumento tem quatro cordas duplas
e é tocado com um palheta.

RECO-RECO: Construir um reco-reco é muito fácil. Basta pegar um pedaço de bambu e


abrir vários cortes, um do lado do outro. Tocar também não exige muito esforço: é só
passar uma vareta pelos cortes fazendo o "reco-reco, reco-reco". Com esse ruído
repetitivo, o som da bateria de escola de samba fica forte e encorpado.
REPINIQUE - Criado pelas escolas de samba para repinicar um som mais agudo. É
também usado como instrumento de introdução e de solo diante a bateria da escola.
No samba é tocado com uma baqueta na mão direita, e a mão esquerda fazendo
contra ponto direto na pele do instrumento, ou vice-versa. Tocado junto com os
tamborins em ritmo galopado.

A musicalidade convencional nascida do sincretismo afro-brasileiro está ligada essencialmente


à dança, vinculada intimamente, por outro lado, à capoeira, modalidade cultural que engloba
luta, no mais puro estilo marcial, arte popular, música, ingredientes africanos e lúdicos, entre
outros. O samba de roda é, portanto, executado ao som de pandeiros, atabaques, berimbaus,
violas, chocalhos e, naturalmente, das vozes que cantam e das palmas vibrantes.

Dança

A dança acontece dentro da roda. A coreografia típica, o miudinho, é um quase imperceptível


sapatear para frente e para trás dos pés quase colados no chão, com a movimentação
correspondente dos quadris. A dança é predominante feminina, enquanto os homens estão
geralmente tocando os instrumentos. Os dançarinos revezam-se no centro da roda, muitas
vezes fazendo a troca dos bailarinos com uma umbigada. Todos podem participar e não há
local exclusivo para ocorrer: a roda pode ser formada em um bar, uma praça ou dentro de
casa.

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