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E.E.

Dr Euphly Jalles

Gabriel Domingos David nº19

1- Miscigenação

2- Racismo

3- Violência racial

Jales – SP

2017
E.E Dr Euphly Jalles

Gabriel Domingos David nº19

História

Ana Rosa

1- Miscigenação

2- Racismo

3- Violência racial

Jales – SP

2017
1 – Miscigenação

Miscigenação

Substantivo feminino

Processo ou resultado de misturar raças, pelo casamento ou coabitação de um homem e


uma mulher de etnias diferentes.

Poucos lugares no mundo passaram por uma miscigenação tão intensa quanto o Brasil.
Os portugueses já trouxeram para o Brasil séculos de integração genética e cultural de
povos europeus, como os povos celta, romano, germânico e lusitano.

Embora os portugueses sejam basicamente uma população europeia, sete séculos de


convivência com mouros do norte da África e com judeus deixaram um importante
legado a este povo. No Brasil, uma parte substancial dos colonizadores portugueses se
miscigenou com índios e africanos, em um processo muito importante para a formação
do País.

A esse e a outros processos somou-se o processo de imigração de muitos mais europeus.


Da metade do século XIX à metade do século XX, a nação recebeu cerca de cinco
milhões de imigrantes europeus, em sua maioria portuguesa, italiana, espanhola, alemã.
Um dos resultados da soma desses processos é a atual composição da população
brasileira. Em 2008, 48% da população brasileira se considera branca, 44% se identifica
como parda e 7% se considera negra.

2- Racismo

Racismo

Substantivo masculino

1. Conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as
etnias.

2. Doutrina ou sistema político fundado sobre o direito de uma raça (considerada pura e
superior) de dominar outras.
Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais
baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações
sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças
devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em
características, habilidades ou qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que
os membros de diferentes raças devem ser tratados de forma distinta.

Alguns consideram que qualquer suposição de que o comportamento de uma pessoa está
ligado à sua categorização racial é inerentemente racista, não importando se a ação é
intencionalmente prejudicial ou pejorativa, porque estereótipos necessariamente
subordinam a identidade individual a identidade de grupo. Na sociologia e psicologia,
algumas definições incluem apenas as formas conscientemente malignas de
discriminação.

Entre as formas sobre como definir o racismo está a questão de se incluir formas de
discriminação que não são intencionais, como as que fazem suposições sobre
preferências ou habilidades dos outros com base em estereótipos raciais, ou formas
simbólicas e/ou institucionalizadas de discriminação, como a circulação de estereótipos
étnicos pela mídia. Também pode haver a inclusão de dinâmicas sociopolíticas de
estratificação social que, por vezes, têm um componente racial. Algumas definições de
racismo também incluem comportamentos e crenças discriminatórias baseadas em
estereótipos culturais, nacionais, étnicos ou religiosos.

Uma interpretação do termo sustenta que o racismo é melhor entendido como


"preconceito aliado ao poder", visto que sem o apoio de poderes políticos ou
econômicos, o preconceito não seria capaz de manifestar-se como um fenômeno
cultural, institucional ou social generalizado. Alguns críticos do termo afirmam que ele
é aplicado diferencialmente, com foco em preconceitos que partem de brancos e de
formas que definem meras observações de eventuais diferenças entre as raças como
racismo.
3 – Violências raciais

Nas últimas décadas, a desigualdade racial existente no Brasil foi evidenciada por
inúmeros estudos estatísticos, tendo como marco referencial as pesquisas de Nelson do
Valle Silva e Carlos Hasenbalg, ambas de 1979. A antes idolatrada democracia racial
foi desta forma desmascarada como mito, pois não condizia com os achados de pesquisa
publicados por esses estudos, que indicava a existência de um processo histórico e
persistente de marginalização do negro na hierarquia socioeconômica vigente.

Contudo, as causas e consequências dessa desigualdade ainda não são objetos de


consenso dentro do âmbito acadêmico, uma vez que a denúncia dessa segregação veio
acompanhada de um contraponto: a noção de que, embora exista racismo na sociedade
brasileira, em se tratando de relações de sociabilidade e convívio entre brancos e negros,
o Brasil ainda estaria em uma posição mais privilegiada se comparado a países que
tiveram uma história de intensos conflitos e violência interracial, como as leis Jim Crow
nos Estados Unidos e o Apartheid na África do Sul. Todavia, relatórios publicados nos
últimos anos evidenciam um fenômeno contraditório a essa noção, o genocídio do povo
negro, decorrente não só da formulação de políticas públicas que deixam de contemplar
esse segmento da população, o que poderia ser enquadrado como “racismo
institucionalizado”, mas também da marginalização histórica que aflige a população
negra que a enclausura em espaços flagelados pela miséria e pela insalubridade.

A partir desses achados um novo tipo específico de violência surge: a violência racial,
ou seja, aquela cujos processos e consequências se direcionam a um grupo racial em
particular, no caso, a população negra. Rodnei Silva e Suelaine Carneiro, autores do
relatório Violência Racial, uma leitura sobre os dados de homicídios no Brasil, apontam
de forma pertinente de que a violência contra o negro não se esgota apenas no
homicídio por ele sofrido, uma vez que “a preocupação com a violência deveria ir além
da brutalidade que se encerra na morte. Ela deveria ser apreendida também no
desrespeito, na negação, na violação, na coisificação, na humilhação, na discriminação
[do negro].” Acreditamos ser por essa perspectiva que devemos discutir a violência a
qual está submetida a população negra, de modo a poder englobar todos os tipos de
violência que esse segmento populacional sofre por conta de sua posição social, tanto
física quanto simbólica.
Um exemplo flagrante de violência racial e que tomou os noticiários nos últimos meses,
tanto da mídia tradicional corporativa quanto nos espaços virtuais construídos pela
mídia alternativa, o midiativismo, se trata das consequências causadas pela militarização
em curso da periferia e da favela, que acaba resultando no acirramento dos conflitos
nesses espaços, com maior número de desaparecimentos, autos de resistência e
homicídios registrados. Vale destacar que tal violência atinge toda a população das
favelas, incluindo brancos pobres; contudo, o processo histórico que envolve
intrinsicamente a relação do povo negro com a favelização torna essa população alvo
prioritário imposta pelo desenvolvimento da militarização.
Fontes:

https://daslutas.wordpress.com/.../violencia-racial-a-tentativa-de-reducao-do-ser-negro/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo

https://www.significados.com.br/miscigenacao/

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