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PADRÃO NORMATIVO DE ENGENHARIA

PNE-70-00055

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PADRÃO NORMATIVO DE ENGENHARIA

PNE-70-00055

Critérios para Elaboração de Projetos Elétricos Industriais

Elaborador (es): Renato Porto Werckmeister / Engenharia de Projetos - DEP

Aprovador: Juarez Fontenele / Engenharia de Projetos - DEP

Nº Revisão: 5 Data da Revisão: 21/03/2018


Copyright Braskem S.A. Todos os Direitos Reservados.
Abrangência Esta norma aplica-se a todas as unidades da BRASKEM e suas empresas contratadas,
Aplicação envolvidos em processos de elaboração de Projetos Elétricos Industriais
Emissão Número: 5 Data: 21/03/2018
Revisão Resumo: Substituição da logomarca Braskem.

1. PNE-70-00055

1.1. OBJETIVO
Estabelecer os critérios e dados básicos a serem utilizados na engenharia básica e/ou de detalhamento de
projetos elétricos a serem elaborados para qualquer das unidades industrial (plantas, casas de controle,
laboratórios, oficinas, etc) da BRASKEM no Brasil, assim como aplicável como diretrizes nas engenharias de
manutenção e confiabilidade e demais áreas da Braskem (onde aplicável), independentemente do objeto de
negócio de cada planta

O conteúdo das informações e definições aqui passadas deverá servir de base para o estabelecimento dos
Critérios de Projeto Elétrico específicos do empreendimento, contendo todos os requisitos e a padronização
final adotada.

Nota: Esta norma tem como objetivo principal as instalações em áreas industriais. Para as áreas
administrativas, quando não classificadas, foi dedicado o capítulo 10.
Este padrão será aplicado de acordo a natureza do empreendimento, conforme segue:
 Em projetos de todas as novas unidades.
 Em projetos de modificação de instalações existentes, preferencialmente deverá ser seguido o padrão.
Caso contrário, deve ser analisado caso a caso através de uma análise de risco.
 Os desvios observados nas instalações existentes, com relação a este padrão, devem ser objeto de
análise de risco. E se necessária, a adequação será objeto de projeto de modificação

1.2. Referências Externas Monitoradas


 ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
 IEC (International Electrotechnical Commission)
 API (American Petroleum Institute)
 NFPA (National Fire Protection Association)
 ANSI (American National Standards Institute)
 ASTM (American Society for Testing and Materials)
 EEI (Edson Electric Institute)
 IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers)
 ISA (The Instrumentation Systems and Automation Society)
 UL (Underwriters Laboratories)
 BS (British Standards)
 NEMA (National Electrical Manufacturers Association)

1.3. Referências Externas Complementares (Não Monitoradas)


 Corpo de Bombeiros

1.4. Referências Internas


 PN’S
 PNE’S

1.5. Legislação
 NR’s
1.6. APLICAÇÃO
O projeto de eletricidade deverá abranger as seguintes instalações, quando requerido:
- Classificação ambiental e de áreas
- Aterramento e sistemas de aterramento
- SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas)
- Estudos elétricos
- Subestações primária e secundária
- Geração de energia central e de emergência
- Redes elétricas (eletrovias)
- Distribuição de força e comando
- Distribuição de iluminação e tomadas
- Distribuição de comunicação e redes corporativas
- Circuito fechado de TV (CFTV)
- Sistemas de controle
- Sistemas de sinalização e alarme
- Sistema de detecção e alarme de incêndio
- Pressurização e climatização de salas técnicas
- Proteção passiva de salas técnicas – obs: o que é?
- Proteção catódica
1.7. SISTEMA DE UNIDADES
 SI (Sistema Internacional de Medidas)
 Dutos, eletrodutos e acessórios devem ser especificados em polegadas, com a indicação em “mm”
entre “parênteses. Ex: Eletroduto de 1" (33 mm).

1.8. IDIOMA, FORMATO E ESCALAS


 Português. Inglês apenas quando a documentação for preparada por fabricantes/fornecedores
estrangeiros.
 Os desenhos e documentos deverão conforme formatos PNE-00-00069 da BRASKEM

FORMATO ABNT
ITEM DOCUMENTAÇÃO FABRICANTE/ FORNECEDOR
PROJETISTA
DE QUADRO ELÉTRICO
A1
DIAGRAMA UNIFILAR GERAL SIMPLIFICADO OU
1 (PREFERENCIAL) -
COMPLETO; DIAGRAMA EM BLOCOS (nota 1)
OU A0 (nota 2)
DIAGRAMAS UNIFILARES ESPECÍFICOS A1
2 SIMPLIFICADOS OU COMPLETOS; DIAGRAMAS (PREFERENCIAL) A3
EM BLOCOS (nota 1) OU A0 (NOTA 2)
A1
3 DESENHOS DE INSTALAÇÕES EM GERAL (PREFERENCIAL) -
OU A0 (nota 2)
DIAGRAMAS TRIFILARES, FUNCIONAIS, DE
4 INTERLIGAÇÃO (BORNES), DE LIGAÇÃO, A3 A3
LÓGICOS; LISTAS DE CABOS
5 LISTAS (DOCUMENTOS, CARGAS, MOTORES, A4 -
EQUIPAMENTOS, MATERIAIS DE
INSTALAÇÕES); ESPECIFICAÇÕES E FOLHAS
DE DADOS EM GERAL; MEMORIAIS DE
CÁLCULOS E DESCRITIVOS; RELATÓRIOS,
ESTUDOS E MANUAIS EM GERAL; SIMBOLOGIA
GRÁFICA; DETALHES PADRÕES; OUTROS
LISTAS (DOCUMENTOS, COMPONENTES E
MATERIAIS, ETIQUETAS E PLAQUETAS),
FOLHAS DE DADOS, MEMORIAIS DE CÁLCULOS
E DESCRITIVOS; RELATÓRIOS DE ENSAIOS E
INSPEÇÕES; MANUAIS; SIMBOLOGIA GRÁFICA;
6 - A3
DESENHOS DIMENSIONAIS (EXTERNOS E
INTERNOS; FRONTAL, LATERAL E TRASEIRO);
PLANTAS DE CHUMBADORES E DIVISÃO PARA
TRANSPORTE; DIAGRAMAS ESTÁTICO E
DINÂMICO; OUTROS

 O idioma utilizado em projetos de eletricidade deverá ser o português falado no Brasil (Ver exceções).
 Quando requerido diagrama em blocos, este deverá substituir o diagrama unifilar simplificado e
constar, em cada bloco, a identificação do equipamento, tensão nominal, número de fases e desenho
do fabricante/fornecedor correspondente. Sua função é representar a arquitetura topológica do sistema
elétrico, complementado com o endereçamento dos diagramas fornecidos pelos
fabricantes/fornecedores.
 Excepcionalmente serão aceitos desenhos e diagramas unifilares em formato A1 ou A0 ampliado,
desde que ampliação utilize módulo adicional com formato ABNT padronizado. Ex.: A1 + ampliação
com módulo de formato A4. Para instalações elétricas de pequeno porte, cujo projeto previsto seja de
fácil elaboração e leitura, é aceitável a representação de plantas, cortes, detalhes, diagramas, lista de
materiais e outras informações em um único desenho.
 Deverão ser utilizadas, preferencialmente, as seguintes escalas para implantação: 1:500, 1:1000
 Deverão ser utilizadas, preferencialmente, as seguintes escalas para desenhos: 1:50, 1:75, 1:100,
1:250
 Deverão ser utilizadas, preferencialmente, as seguintes escalas para detalhes: 1:25, 1:50
 Toda documentação técnica de engenharia deverá obedecer aos critérios descritos no PNE-00-00101
da BRASKEM.

1.9. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA


1.9.1.DESENHOS E DOCUMENTOS
 Todos os documentos/desenhos do fabricante/fornecedor de equipamentos deverão conter,
obrigatoriamente, as informações descritas no PNE-00-00101.
 As modificações e/ou ampliação das novas instalações deverão seguir a mesma filosofia, critérios e
soluções de engenharia utilizadas nas instalações existentes, desde que atendam às prescrições
normativas.
 Os documentos/desenhos elaborados pela PROJETISTA para aquisição de painéis elétricos
(diagramas trifilares, funcionais, esquemáticos etc.), que contenham informações redundantes com os
documentos gerados pelo fabricante ou fornecedor, deverão ser cancelados pela PROJETISTA após a
certificação dos seus documentos/desenhos (DF’s). Para informações complementares, ver o item
7.5.6 da PNE—70-00055.
 A PROJETISTA deverá executar todas as revisões que se fizerem necessárias, de forma a
compatibilizar o teor de toda a documentação das novas instalações executadas com as modificações
implementadas na obra.
1.9.2.SIMBOLOGIA GRÁFICA
 Os documentos / desenhos de fabricantes / fornecedores de equipamentos (DF´s) poderão ser
fornecidos conforme o seu próprio padrão;
 A documentação a ser gerada e revisada deverá utilizar a simbologia gráfica adotada nas normas IEC
60417 e 60617, exceto quando autorizado pela BRASKEM.
1.9.3.PLANO DE APRESENTAÇÃO DOS DESENHOS DAS INSTALÇÕES
 Classificação das Áreas
 Aterramento e Proteção Atmosférica
 Diagramas
 Distribuição de Força, Comando e Controle
 Distribuição de Iluminação e Tomadas
 Distribuição de Cabeamento Estruturado para Telefonia
 Distribuição de Proteção contra Incêndio
 Proteção Catódica
1.9.4. MEMORIAIS
 Força
 Distribuição
 Aterramento
 Iluminação
 Proteção
 Intertravamento
 Sinalização e Alarme
 SPDA
 Serviços de Construção, Montagem e Condicionamento
 Proteção Catódica
 Sistemas Vitais de Corrente Alternada e Corrente Contínua

1.9.5.REVISÕES DE DOCUMENTAÇÕES EXISTENTES


 A revisão de documentos/desenhos deve ser conforme definições do PNE-00-00101.
 Deverá ser evitada a criação de novos documentos que abordem apenas o escopo reduzido das
alterações. Nestas situações, deverão ser devidamente atualizados os itens e desenhos atingidos.
 Na atualização de documentos e desenhos, deverá ser resumidamente descrito o motivo da revisão.
Não é permitida a colocação de descrições genéricas do tipo “revisão conforme comentários” ou
“revisado onde indicado”.
 A PROJETISTA deverá efetuar levantamentos de campo, com apoio da BRASKEM, em especial em
painéis existentes.
 Para reservar uma gaveta, cubículo ou circuito para uso por um determinado projeto, a PROJETISTA
deve solicitar a instalação de ETIQUETA de RESERVA no frontal da gaveta.

1.9.6.REVISÕES DE DOCUMENTAÇÕES EXISTENTES


 Uma vez finalizado o projeto de detalhamento, aprovada a documentação do fabricante / fornecedor e
executada a montagem das instalações, deve-se proceder conforme Item 7.3.6 da PNe-70-00055:

1.10. CONDIÇÕES AMBIENTAIS


1.10.1. CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL
 Todas as áreas / setores existentes nas unidades da BRASKEM deverão ser classificados conforme as
influências externas a que cada uma está sujeita. Com relação à agressividade e/ou periculosidade, os
ambientes deverão ser classificados em um dos quatro (4) níveis descritos no Item 7.4.1 da PNE-70-
00055:
 Ver demais detalhes no Item 7.4.1 da PNE-70-00055

1.1.1.PERICULOSIDADE E AGRESSIVIDADE – BRASKEM DEVERRÁ FORNECER INFORMAÇÕES


DAS ÁREAS DE CLASSIFICAÇÃO PERIGOSA E/OU AGRESSIVA
 No geral, as unidades da BRASKEM estão sujeitas a considerável grau de periculosidade e/ou
agressividade.
 Para informação sobre as características dos materiais recomendados para áreas classificadas e não
classificadas, ver o documento PNE-70-00060 - Critérios para especificação de equipamentos e
materiais elétricos.
 Diante do fato, nos projetos a serem desenvolvidos para qualquer das unidades, deverão ser
consideradas, com especial atenção, as influências externas dos ambientes envolvidos para a
definição e especificação corretas dos componentes e peças, principalmente no que se refere à
natureza e/ou tratamento superficial dos materiais de instalações a serem empregados.
 Nos critérios de projeto elétrico a serem elaborados para as unidades da BRASKEM, deverão ser
definidas, por tabulação específica, a classificação ambiental completa de todas as áreas envolvidas
no projeto (identificação, influência externa, classificação de áreas e nível correspondente). Nos casos
de dúvida, a BRASKEM deverá ser consultada.
 As áreas com classificação ambiental perigosa (área classificada) e agressiva (área corrosiva) deverão
ter seus acessos e no seu interior sinalizados com placas de advertências delimitadoras, cujos pontos
de fixação deverão ser indicados nos desenhos próprios de segurança, com fim de atendimento às
normas do Corpo de Bombeiros do estado onde está implantada a unidade.

1.10.2. CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS


 Coletar dados na publicação “Normal Climatológica” fornecida pelo INMET (Instituto Nacional de
Meteorologia), órgão vinculado ao MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
 Dados específicos para projetos poderão ser aqueles indicados em curvas específicas inseridas, por
exemplo, nas seguintes normas da ABNT: NBR-5419 / Curvas isocerâunicas (número médio de dias de
trovoada / ano). / NBR-6123 / Curvas isopletas (velocidade básica do vento).
1.11. SEGURANÇA EM PROJETOS
 Todo projeto de instalações elétricas deverá ser elaborado seguindo as recomendações de segurança
e saúde prescritas nas Normas Regulamentadoras do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, em
especial o item 10.3 da NR-10 (Ver detalhes no Item 7.5 da PONE-70-0005).
 O Memorial Descritivo do Projeto Elétrico, referido nesta norma, deverá possuir um item específico
sobre Segurança das Instalações e Serviços (Ver detalhes no Item 7.5 da PONE-70-0005).

1.12. CRITÉRIOS GERAIS


1.12.1. CRITÉRIOS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
 Todo projeto de instalações elétricas deverá ser elaborado seguindo as recomendações de segurança
e saúde prescritas nas Normas Regulamentadoras do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, em
especial o item 10.3 da NR-10 (Ver detalhes no Item 7.5 da PONE-70-0005).

5. REFERÊNCIAS

5.1. Referências Externas Monitoradas

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

A elaboração dos projetos de engenharia básica e de detalhamento, a definição da tecnologia dos materiais de
instalação, o dimensionamento e as especificações de equipamentos e materiais e a execução dos serviços
de montagem, testes e partidas deverão ser regidos pelas normas da ABNT. As principais normas e
recomendações técnicas estão relacionadas a seguir, não devendo ser limitadas ao relacionado:

 ABNT NBR IEC 60034-5 – Máquinas Elétricas Girantes - Graus de proteção (Código IP)
 ABNT NBR IEC 60079-0 - Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 0: Requisitos gerais
 ABNT NBR-IEC 60079-5 - Atmosferas explosivas - Parte 5: Proteção de equipamentos por imersão em
areia - "q"
 ABNT NBR-IEC 60079-13 - Atmosferas explosivas - Parte 13: Construção e utilização de ambientes ou
edificações protegidas por pressurização
 ABNT NBR IEC 60079-14 – Projeto, Seleção e Montagem de Instalações Elétricas em Atmosferas
Explosivas.
 ABNT NBR-IEC 60079-15 - Atmosferas explosivas - Parte 15: Proteção de equipamento por tipo de
proteção "n"
 ABNT NBR-IEC 60079-18 - Atmosferas explosivas Parte 18: Proteção de equipamento por
encapsulamento "m"
 ABNT NBR-IEC 60079- 25 - Atmosferas explosivas - Parte 25: Sistemas elétricos intrinsecamente
seguros
 ABNT NBR-IEC 60079- 26 - Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas de gás - Parte 26:
Equipamento com nível de proteção de equipamento (EPL) Ga
 ABNT NBR-IEC 60079- 31 - Atmosferas explosivas - Parte 31: Proteção de equipamentos contra ignição
de poeira por invólucros "t"
 ABNT NBR-IEC 60079- 28 - Atmosferas explosivas - Parte 28: Proteção de equipamentos e de sistemas
de transmissão que utilizam radiação óptica
 ABNT NBR IEC 61241-0 – Equipamentos elétricos para utilização em presença de poeira combustível -
Parte 0: Requisitos gerais
 ABNT NBR IEC 60529 - Graus de proteção providos por invólucros (Código IP)
 ABNT NBR IEC 62444 – Prensa-cabos para instalações elétricas
 NBR-ISO/CIE8995-1 - Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior
 ABNT NBR NM 243 – Cabos e Cordões Flexíveis para Tensões até 750V
 ABNT NBR NM 247-3 – Fios e Cabos com Isolação Sólida Extrudada de Cloreto de Polivinila para
Tensões até 750V
 ABNT NBR NM 60335-1 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares
Parte 1: Requisitos gerais
 ABNT NBR NM ISO7-1 – Rosca para Tubos onde a Vedação é feita pela Rosca
 ABNT NBR-5060 – Guia para Instalação e Operação de Capacitores de Potência
 ABNT NBR-5101 – Iluminação Pública
 ABNT NBR-5261 – Símbolos Gráficos de Eletricidade
 ABNT NBR-5282 – Capacitores de Potência
 ABNT NBR-5349 – Cabos Nus de Cobre Mole para Fins Elétricos – Especificação
 ABNT NBR-5356-1/2/3/4/5 – Transformadores de Potência
 ABNT NBR-5382 – Verificação da iluminância de interiores
 ABNT NBR-5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão
 ABNT NBR-5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas
 ABNT NBR-5422 – Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica
 ABNT NBR-5597 – Eletrodutos Rígidos de Aço-carbono e Acessórios com Revestimento Protetor, com
Rosca ANSI/ASME B1.20.1
 ABNT NBR-5598 – Eletroduto Rígido de Aço Carbono, com Revestimento Protetor, com Rosca NBR-6414
(BSP)
 ABNT NBR-6123 – Forças devidas ao vento em edificações
 ABNT NBR-6509 – Eletrotécnica e Eletrônica – Instrumentos de Medição
 ABNT NBR-6813 – Fios e Cabos Elétricos – Ensaios de Resistência de Isolamento
 ABNT NBR-6881 – Fios e Cabos Elétricos de Potência ou Controle – Ensaio de Tensão Elétrica
 ABNT NBR-7117 – Medição da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos (Wenner)
 ABNT NBR-7195 – Cor na Segurança do Trabalho – Procedimento
 ABNT NBR-7270 – Cabos de Alumínio com Alma de Aço para Linhas Aéreas
 ABNT NBR-7271 – Cabos de Alumínio com Alma de Aço para Linhas Aéreas
 ABNT NBR-7286 – Cabos de Potência com Isolação Extrudada de Borracha Etileno-Propileno (EPR) para
Tensões de 1kV a 35kV – Requisitos de Desempenho
 ABNT NBR-7287 – Cabos de Potência com Isolação Sólida Extrudada de Polietileno Reticulado para
Tensões de 1 a 35kV
 ABNT NBR-7288 – Cabos de Potência com Isolação Extrudada de Cloreto de Polivinila (PVC) ou
Polipropileno para Tensões de 1 a 6kV
 ABNT NBR-7289 – Cabos de Controle com Isolação Extrudada de PE ou PVC para Tensões até 1kV –
Requisitos de Desempenho
 ABNT NBR-7480 – Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras para Concreto Armado
 ABNT NBR-8451 – Postes de Concreto Armado para Redes de Distribuição de Energia Elétrica
 ABNT NBR-9116 – Fio telefônico externo FE, isolado com cloreto de polivinila (PVC), polietileno (PE) ou
copolímero – Especificação
 ABNT NBR-9124 – Cabo telefônico isolado com termoplástico e núcleo protegido por capa APL –
Especificações
 ABNT NBR-9513 – Emendas para Cabos de Potência Isolados para Tensões até 750V
 ABNT NBR-10068 – Folhas de Desenhos – Leiaute e Dimensões
 ABNT NBR-10151 – Acústica – Avaliação de Ruído em Áreas Habitadas, visando o Conforto da
Comunidade – Procedimento
 ABNT NBR-10152 – Níveis de Ruído para Conforto Acústico
 ABNT NBR-10300 – Cabos de Instrumentação com Isolação Extrudada de PE ou PVC para Tensões até
300V
 ABNT NBR-10636 – Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo –
Método de ensaio.
 ABNT NBR-10898 – Sistema de Iluminação de Emergência
 ABNT NBR-11301 – Cálculo da Capacidade de Condução de Corrente de Cabos Isolados em Regime
Permanente (fator de carga 100%)
 ABNT NBR-11836 – Detectores Automáticos de Fumaça para Proteção contra Incêndios
 ABNT NBR-12693 – Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio
 ABNT NBR-13231 – Proteção contra Incêndio em Subestações Elétricas de Geração, Transmissão e
Distribuição
 ABNT NBR-13897 – Duto espiralado corrugado flexível em polietileno de alta densidade, para uso
metroferroviário - Especificação.
 ABNT NBR-13898_Duto espiralado corrugado flexível, em polietileno de alta densidade, para uso
metroferroviário – Método de Ensaio.
 ABNT NBR-14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0 kV a 36,2 kV
 ABNT NBR-14432 – Exigências de Resistência ao Fogo dos Elementos Construtivos das Edificações
 ABNT NBR-15422 – Óleo Vegetal Isolante para Equipamentos Elétricos
 ABNT NBR-15465 – Eletrodutos de PVC Rígido
 ABNT NBR-15688 – Redes de Distribuição Aérea de Energia Elétrica com Condutores Nus
 ABNT NBR-15751 – Sistemas de Aterramento de Subestações
 ABNT NBR-15808 - Extintores de incêndio portáteis
 ABNT NBR-15809 - Extintores de incêndio sobre rodas
 ABNT NBR-16401-1/2/3 – Instalações de centrais de ar condicionado para conforto
 ABNT NBR-17240 – Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio

Internacional e estrangeiras

Nos casos da falta de uma norma específica ou omissão de critério ou dado básico nas normas da ABNT,
deverão ser utilizadas adicionalmente as normas da IEC (International Electrotechnical Commission),
complementadas por normas e recomendações técnicas publicadas por entidades normativas estrangeiras
reconhecidas, as quais são destacadas a seguir, não limitadas ao selecionado:

IEC (International Electrotechnical Commission)


 IEC 60055-1 – Tests on impregnated paper insulated metal sheathed cables - Part 1
 IEC 60079-25 – Electrical apparatus for explosive gas atmospheres - Part 25: Intrinsically safe systems
 IEC60146 - Semiconductor convertors.
 IEC 60241-3 – Electrical apparatus for use in the presence of combustible dust - Part 3
 IEC 60332-1 – Tests on electric and optical fibre cables under fire conditions – Part 1
 IEC 60332-3 – Tests on electric cables under fire conditions – Part 3
 IEC 60364-1 – Electrical installations of buildings, Part 1 – Scope, object and fundamental principles
 IEC 60364-5-52 - Electrical installations of buildings: - Selection and erection of electrical equipment
Wiring systems
 IEC 60417 – Graphical symbols for use on equipment
 IEC 60478 - Stabilized Power Supplies, DC Output
 IEC 60529 - Classification of Protection provided by Enclosures
 IEC 60896 - Stationary Lead Acid Batteries
 IEC 60617-12 – Graphical symbols for diagrams - Part 12
 IEC 60909-0 - Short-circuit currents in three-phase a.c. systems - Part 0: Calculation of currents
 IEC-61000-3-6 - Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 3-6: Limits - Assessment of emission limits for
the connection of distorting installations to MV, HV and EHV power systems
 IEC 61000-4-4 – Electrical Fast Transients (EFT) Burst Immunity Test
 IEC 61312-1 – Protection against lightning electromagnetic impulse, Part 1 – General principles
 IEC 61660 - Short-circuit currents in d.c. auxiliary installations in power plants and substations - Part 1:
Calculation of short-circuit currents
 IEC 61850 – Communication networks and systems in substations
 IEC62040 – Uninterruptible power systems (UPS) - Part 1-1; General and safety requirements for UPS
used in operator access area.
 IEC62040-2 – Uninterruptible power systems (UPS) - Part 2; Electromagnetic compatibility (EMC)
Requirements
 IEC 62086-1 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres – Electrical Resistance Trace Heating -
Part 1: General and Testing Requirements
 IEC 62086-2 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Electrical Resistance Trace Heating -
Part 2: Application Guide for Design, Installation and Maintenance

API (American Petroleum Institute)

 RP-500A – Recommended practice for classification of locations for electrical installation in petroleum
refineries
 RP-500C – Recommended practice for classification of locations for electrical installations at pipeline
transportation facilities
 RP-505 – Recommended practice for classification of locations for electrical installations at petroleum
facilities classified as Class I, Zone 0, Zone 1 and Zone 2
 RP-540 – Electrical installations in petroleum processing plants
 RP-550 – Manual on installation of refinery instruments and control systems
 2003 – Protection against ignitions arising out of static, lightning and stray currents

NFPA (National Fire Protection Association)

 70 – National electrical code (NEC)


 70E – Standard for electrical safety in the workplace
 72 – National fire alarm code
 77 - Recommended practice on static electricity
 78 – Lightning protection code
 90A – Standard for the installation of air conditioning and ventilation
 101 – Code for safety to life from fire in buildings and structures
 496 – Purged and pressurized enclosure for electrical equipment
 497M – Manual for classification of gases, vapors and dusts for electrical equipment in hazardous
(classified) locations
 979 – Guide for substation fire protection

ANSI (American National Standards Institute)

 B1.20.1 – Pipe threads, general purpose


 C136.31 – Roadway lighting equipment – Luminaire vibration
 TIA 569-B - Commercial Building Standard for Telecommunications Pathways and Spaces
 J-STD-607-A – Commercial Building Grounding (Earthing) and Bonding Requirements for
Telecommunications
 TIA/EIA-606-A - Administration Standard for Commercial Telecommunications Infrastructure

ASTM (American Society for Testing and Materials)

 E119 – Fire tests of building construction and materials


 E814 – Fire tests of through-penetration fire stops

EEI (Edson Electric Institute)

 Underground systems reference book

IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers)

 32 – Requirements terminology and test procedure for neutral grounding devices


 62.92.2 – Guide for the Application of Neutral Grounding in Electrical Utility Systems: Part II - Synchronous
Generator Systems”
 80 – Guide for safety in AC substation grounding
 81 – Recommended guide for measuring ground resistance and potential gradients in the earth
 118 – Master test code for resistance measurement
 141 – Recommended practice for electric power distribution for industrial plants
 142 – Recommended practice for grounding of industrial and commercial power systems
 241 – Electric power systems in commercial buildings
 242 – Recommended practice for protection and coordination of industrial and commercial power systems
 515 - Standard for Testing, Design, Installation, and Maintenance of Electrical Resistance Heat Tracing for
Industrial Applications
 519 – Recommended practice and requirements for harmonic control in electrical power systems
 634 – Cable-penetration fire stop qualification test
 979 – Guide for substation fire protection
 1100 – Recommended practice for powering and grounding sensitive electronic equipment
 1584 – Guide for performing arc-flash hazard calculations
ISA (The Instrumentation Systems and Automation Society)

 71.04 – Environmental conditions for process measurement and control system

UL (Underwriters Laboratories)

 1479 – Fire tests of through-penetration fire stops

BS (British Standards)

 467-20 – Fire tests on building materials and structures

NEMA (National Electrical Manufacturers Association)

 VE-1 – Metal cable tray systems

5.2. Referências Externas Complementares (Não Monitoradas)

Corpo de Bombeiros

Deverão ser atendidas também, quando exigido e aplicável, as prescrições contidas nas instruções técnicas
estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros do estado da federação onde a unidade está implantada:

 CBPMBA (Corpo de Bombeiros da Polícia Militar da Bahia)


 CBMA (Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas)
 CBPMESP (Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo)
 CBBMERS (Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul)

5.3. Referências Internas

 PN-0502-00069 - Execução de Caixas de Concreto


 PNE-00-00028 - Pintura de Identificação de Equipamentos e Tubulações
 PNE-60-00040 - Critérios de SSMA para Projetos de Engenharia
 PNE-00-00095 - Pintura industrial
 PNE-00-00069 - Padrões (Templates) dos Documentos de Engenharia
 PNE-00-00101 - Requisitos para Emissão da Documentação de Engenharia
 PNE-70-00065 - Detalhes Típicos de Instalações Elétricas
 PNE-70-00059 - Folhas de especificação de equipamentos elétricos
 PNE-70-00060 - Critérios para especificação de equipamentos e materiais elétricos
 PNE-70-00058 - Materiais Elétricos

5.4. Legislação

NR’s (Normas Regulamentadoras)


Do mesmo modo, deverão ser consideradas e atendidas, onde aplicável, as prescrições vigentes das NR’s do
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, dentre as quais se destacam:

 NR-1 – Disposições Gerais


 NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI
 NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
 NR-12 – Máquinas e Equipamentos
 NR-15 – Atividades e Operações Insalubres
 NR-16 – Atividades e Operações Perigosas
 NR-17 – Ergonomia
 NR-20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
 NR-23 – Proteção contra Incêndios
 NR-26 – Sinalização de Segurança
 NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
 NR-36 – Trabalho em Altura

6. APLICAÇÃO

O projeto de eletricidade deverá abranger as seguintes instalações, quando requerido:


- Classificação ambiental e de áreas
- Aterramento e sistemas de aterramento
- SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas)
- Estudos elétricos
- Subestações primária e secundária
- Geração de energia central e de emergência
- Redes elétricas (eletrovias)
- Distribuição de força e comando
- Distribuição de iluminação e tomadas
- Distribuição de comunicação e redes corporativas
- Circuito fechado de TV (CFTV)
- Sistemas de controle
- Sistemas de sinalização e alarme
- Sistema de detecção e alarme de incêndio
- Pressurização e climatização de salas técnicas
- Proteção passiva de salas técnicas
- Proteção catódica
- Identificação de cabos e bandejamentos elétricos
- Instalações temporárias

7. CONDIÇÕES GERAIS

7.1 SISTEMA DE UNIDADES


Deverão ser adotadas nos projetos de eletricidade as unidades do sistema oficial de medidas SI (Sistema
Internacional de Unidades), com as respectivas abreviações, sufixos e prefixos normalizados.

No caso de dutos e eletrodutos (rígidos ou flexíveis) e seus acessórios, é aceita a sua identificação e de seus
acessórios por diâmetros nominais em polegadas, complementada com a indicação em mm entre parênteses.

Exemplo: Eletroduto de 1" (33 mm).

7.2 IDIOMA, FORMATO E ESCALAS

O idioma utilizado em projetos de eletricidade deverá ser o português falado no Brasil. Como exceção, é aceita
a língua inglesa, somente nos casos de a documentação ser preparada por fabricantes/fornecedores
estrangeiros.

Os desenhos e documentos deverão ser elaborados somente nos formatos padronizados pelo PNE-00-00069
da BRASKEM, para que a cópia em papel possa ser agrupada em pastas, obedecendo-se aos seguintes
critérios:

FORMATO ABNT
ITEM DOCUMENTAÇÃO FABRICANTE/ FORNECEDOR
PROJETISTA
DE QUADRO ELÉTRICO
A1
DIAGRAMA UNIFILAR GERAL SIMPLIFICADO OU
1 (PREFERENCIAL) -
COMPLETO; DIAGRAMA EM BLOCOS (nota 1)
OU A0 (nota 2)
DIAGRAMAS UNIFILARES ESPECÍFICOS A1
2 SIMPLIFICADOS OU COMPLETOS; DIAGRAMAS (PREFERENCIAL) A3
EM BLOCOS (nota 1) OU A0 (NOTA 2)
A1
3 DESENHOS DE INSTALAÇÕES EM GERAL (PREFERENCIAL) -
OU A0 (nota 2)
DIAGRAMAS TRIFILARES, FUNCIONAIS, DE
4 INTERLIGAÇÃO (BORNES), DE LIGAÇÃO, A3 A3
LÓGICOS; LISTAS DE CABOS
LISTAS (DOCUMENTOS, CARGAS, MOTORES,
EQUIPAMENTOS, MATERIAIS DE
INSTALAÇÕES); ESPECIFICAÇÕES E FOLHAS
5 DE DADOS EM GERAL; MEMORIAIS DE A4 -
CÁLCULOS E DESCRITIVOS; RELATÓRIOS,
ESTUDOS E MANUAIS EM GERAL; SIMBOLOGIA
GRÁFICA; DETALHES PADRÕES; OUTROS
LISTAS (DOCUMENTOS, COMPONENTES E
MATERIAIS, ETIQUETAS E PLAQUETAS),
FOLHAS DE DADOS, MEMORIAIS DE CÁLCULOS
E DESCRITIVOS; RELATÓRIOS DE ENSAIOS E
INSPEÇÕES; MANUAIS; SIMBOLOGIA GRÁFICA;
6 - A3
DESENHOS DIMENSIONAIS (EXTERNOS E
INTERNOS; FRONTAL, LATERAL E TRASEIRO);
PLANTAS DE CHUMBADORES E DIVISÃO PARA
TRANSPORTE; DIAGRAMAS ESTÁTICO E
DINÂMICO; OUTROS

Notas:
1. Todo diagrama unifilar deverá ter sua versão simplificada e/ou completa, seja na fase do projeto básico,
seja no detalhamento. Quando requerido diagrama em blocos, este deverá substituir o diagrama unifilar
simplificado e constar, em cada bloco, a identificação do equipamento, tensão nominal, número de fases
e desenho do fabricante/fornecedor correspondente. Sua função é representar a arquitetura topológica
do sistema elétrico, complementado com o endereçamento dos diagramas fornecidos pelos
fabricantes/fornecedores.
2. Excepcionalmente serão aceitos desenhos e diagramas unifilares em formato A1 ou A0 ampliado, desde
que ampliação utilize módulo adicional com formato ABNT padronizado. Ex.: A1 + ampliação com
módulo de formato A4.
3. Para instalações elétricas de pequeno porte, cujo projeto previsto seja de fácil elaboração e leitura, é
aceitável a representação de plantas, cortes, detalhes, diagramas, lista de materiais e outras
informações em um único desenho.
4. Se o fabricante/fornecedor do quadro for a própria PROJETISTA das instalações, ela deverá seguir os
mesmos critérios a ela destinadas.
5. Toda documentação elaborada em projeto deverá ser fornecida com cópia eletrônica, de modo que,
para
- documentos (textos e planilhas): utilizar programas comerciais Word e Excel, da Microsoft; última
versão;
- desenhos em CAD 2D: utilizar programa Microstation, da Bentley, com extensão dos arquivos em
DGN ou programa AutoCad, da Autodesk, com extensão dos arquivos em DWG, última versão;
- desenhos em CAD 3D (*): utilizar programa PDMS(**), da Aveva, com plataforma CAD própria e
banco de dados proprietário (preferível) ou programa PDS (***), da Bentley, com plataforma CAD do
Microstation.
Legenda:
(*) maquete eletrônica
(**) PDMS = Plant Design Management System
(***) PDS = Plant Design System

Deverão ser utilizadas, preferencialmente, as seguintes escalas:


- Para implantação: 1:500, 1:1000
- Para desenhos: 1:50, 1:75, 1:100, 1:250
- Para detalhes: 1:25, 1:50
Toda documentação técnica de engenharia deverá obedecer aos critérios descritos no PNE-00-00101 da
BRASKEM.

7.3 DOCUMENTAÇÂO TÉCNICA


7.3.1 Desenhos e documentos
O projeto como um todo deverá ser elaborado visando a facilidade de sua leitura e interpretação, de modo a
facilitar a execução das instalações projetadas e posterior atualização “como construído”.
As modificações e/ou ampliação das novas instalações deverão seguir a mesma filosofia, critérios e
soluções de engenharia utilizadas nas instalações existentes, desde que atendam às prescrições
normativas.
Os documentos/desenhos elaborados pela PROJETISTA para aquisição de painéis elétricos (diagramas
trifilares, funcionais, esquemáticos etc.), que contenham informações redundantes com os documentos
gerados pelo fabricante ou fornecedor, deverão ser cancelados pela PROJETISTA após a certificação dos
seus documentos/desenhos (DF’s). Para informações complementares, ver o item 7.5.6 deste documento.
A PROJETISTA deverá executar todas as revisões que se fizerem necessárias, de forma a compatibilizar o
teor de toda a documentação das novas instalações executadas com as modificações implementadas na
obra.
Todos os documentos/desenhos do fabricante/fornecedor de equipamentos deverão conter,
obrigatoriamente, as informações descritas no PNE-00-00101.

7.3.2 Simbologia gráfica


- Os documentos / desenhos de fabricantes / fornecedores de equipamentos (DF´s) poderão ser fornecidos
conforme o seu próprio padrão;
- A documentação a ser gerada e revisada deverá utilizar a simbologia gráfica adotada nas normas IEC
60417 e 60617, exceto quando autorizado pela BRASKEM.

7.3.3 Plano de apresentação dos desenhos de instalações


Em função das particularidades das instalações elétricas a serem projetadas, o plano de sua apresentação
poderá ser das seguintes maneiras:

7.3.3.1 Classificação de áreas


- Planta geral (extensões e fontes de riscos);
- Planta(s) de áreas;
- Detalhes padrões de instalação, preferivelmente incorporados nas plantas (caso inviável,
anexados em documento específico).

7.3.3.2 Aterramento e proteção atmosférica


- Malha(s) de terra e SPDA’s (proteção externa), preferivelmente com apresentação em separado;
- Planta geral;
- Planta(s) de malha(s) de terra de áreas / equipamento(s) (proteção e funcional);
- Planta(s) e corte(s) de SPDA’s de áreas / equipamento(s);
- Detalhes padrões de instalação apresentados em documentos específicos, preferivelmente
incorporados nas plantas (caso inviável, anexar em documentos específicos).

7.3.3.3 Diagramas
- Unifilar geral (simplificado ou completo);
- Unifilar(es) específico(s) [simplificado(s) ou completo(s)];
- Trifilar(es) / funcional(ais) / interligações padrão (para motores);
- Trifilar(es) / tabela(s) de cargas (para iluminação);
- Funcionais ou lógicos (para comando e controle);
- Interligações (borne a borne);
- Ligações (motores, transformadores, relés e outros)

7.3.3.4 Distribuição de força, comando e controle


- Apresentação preferivelmente conjunta;
- Planta(s), cortes(s) e detalhe(s) de subestação(ões);
- Planta(s), cortes(s) e detalhe(s) de sala(s) elétrica(s);
- Planta(s) das interligações e alimentações principais;
- Planta(s) e corte(s) de conduto(s) elétrico(s) (leitos, eletrocalhas, eletrodutos e perfilados);
- Planta(s) e corte(s) de rotas de cabos;
- Planta(s) e corte(s) de tomadas (uso corrente e específicas);
- Planta(s) e corte(s) de aterramento (se incluído no detalhamento);
- Planta(s) de localização de painéis, salas elétricas e subestações (quando necessário);
- Corte(s) de prumadas;
- Detalhes padrões de instalação, preferivelmente incorporados nas plantas (caso inviável, anexar
em documentos específicos).

7.3.3.5 Distribuição de iluminação e tomadas


- Distribuição de iluminação e tomadas preferivelmente com apresentação em separado;
- Planta de iluminação externa de ruas e áreas abertas;
- Planta(s) e corte(s) de iluminação de áreas (normal e emergência);
- Planta(s) e corte(s) de tomadas (uso corrente e específicas);
- Planta(s) e corte(s) de tomadas (elétricas, telefônicas e informática);
- Planta(s) de forro(s) (escritório);
- Planta(s) de piso(s) (escritório);
- Corte(s) de prumada(s);
- Diagrama(s) trifilar(es) / tabela de cargas (incluir nas planta(s) somente quando conveniente);
- Detalhes padrões de instalação, preferivelmente incorporados nas plantas (caso inviável, anexar
em documentos específicos).

7.3.3.6 Distribuição de cabeação estruturada para redes e telefonia


- Distribuição de telefonia e redes, preferivelmente com apresentação conjunta;
- Planta geral (entrada e distribuição);
- Planta(s) de área(s);
- Planta(s) de piso(s) (escritórios);
- Corte(s) de prumada(s) (escritórios);
- Diagrama(s) / esquema(s) (incluir na(s) planta(s) somente quando conveniente);
- Detalhes padrões de instalação, preferivelmente incorporados nas plantas (caso inviável, anexar
em documentos específicos).

7.3.3.7 Distribuição de proteção contra incêndio


- Distribuição de sensores, acionadores, sinalizadores, sirene e extintores com apresentação
conjunta;
- Planta geral;
- Planta(s) de área(s);
- Planta(s) de forro(s) (escritório);
- Corte(s) de prumada(s) (escritório);
- Diagrama(s) / esquema(s) (incluindo(s) na(s) planta(s) somente quanto conveniente);
- Detalhes padrões de instalação, preferivelmente incorporados nas plantas (caso inviável, anexar
em documentos específicos).

7.3.3.8 Proteção catódica


- Localização / distribuição / monitoração preferivelmente com apresentação conjunta;
- Planta geral;
- Planta(s) e corte(s) de equipamentos de drenagem por área / equipamentos;
- Planta(s) e corte(s) de distribuição de anodos por área / equipamento;
- Planta(s) e corte(s) de localização / instalação de leitos de anodos, no caso de sistemas por
corrente impressa;
- Diagrama(s) / esquema(s) (incluir na(s) planta(s) somente quando conveniente);
- Detalhes padrões de instalação (apresentados em documentos específicos).
Notas:
1. Evidentemente, em decorrência das características e do porte da obra, uma ou outra instalação
poderá ser incorporada no mesmo desenho, desde que isto não comprometa a leitura e
interpretação do projeto.
2. Nos desenhos do projeto (plantas, cortes e detalhes), deverão ser representados e indicados no
mínimo as seguintes informações, onde aplicável:
- norte magnético / verdadeiro / projeto;
- direção dos ventos predominantes;
- identificação das áreas, edificações e equipamentos de processo;
- identificação dos condutos utilizados (leitos, eletrocalhas, perfilados e eletrodutos);
- identificação do cabeamento (força, comando, controle, aterramento, iluminação, tomadas,
telefonia, interfonia, detecção/alarme de incêndio, dados, controle de acesso, CFTV e outros);
- identificação / indicação dos detalhes padrões;
- indicação dos limites de bateria (área/área, desenho/desenho, instalações novas/existentes,
instalações a manter/a montar, PROJETISTA / terceiro(s) / BRASKEM).
No carimbo dos desenhos:
- identificação do projeto;
- título;
- número de revisões;
- responsáveis técnicos;
- data da emissão inicial.
No módulo do carimbo:
- notas gerais e específicas (ver exemplos abaixo);
- simbologia gráfica;
- desenhos de referência (consultados, a consultar)
- planta de situação / localização / chave;
- destinatários;
- tabela de código de emissão (informação; liberado para construção / compra / fabricação; como
construído; certificado ou outro);
- lista de pendências (quando houver).
Exemplos de notas gerais:
- cotas em milímetros, elevações em metros;
- seção não indicada de cabos e eletrodutos;
- condições ambientais previstas;
- classificação das influências externas (conforme NBR-5410).
Exemplos de notas específicas:
- tipo de proteção da edificação em projeto de SPDA;
- iluminância de ambiente em projeto de iluminação;
- caracterização da classificação ambiental das áreas.
7.3.4 Memoriais
A PROJETISTA deve apresentar durante as diversas fases do desenvolvimento do projeto executivo de
elétrica, no mínimo os Memoriais Descritivos e/ou Memórias de Cálculo para os sistemas de:
a) Força - devem ser elaboradas memórias de cálculos para o dimensionamento dos equipamentos
elétricos principais, devendo ser observadas as considerações feitas pelo IEEE Std 141 e requisitos
particulares definidos no projeto básico;
b) Distribuição - os cabos devem ser dimensionados pelos critérios de capacidade de condução de
corrente, queda de tensão e curto-circuito, devendo prevalecer aquele que resultar na maior seção
nominal. Devem ser observados os requisitos estabelecidos no item 6, para cada tipo de instalação.
c) Aterramento - os procedimentos de cálculos a serem utilizados para o dimensionamento da malha de
aterramento são os estabelecidos pela IEEE nos seus Std 80 e Std 142. Devem ser observados os
requisitos estabelecidos no item 7.4.4.
d) Iluminação - Devem ser observados os requisitos estabelecidos no item 6.10;
e) Proteção - elaborado pela PROJETISTA definindo a atuação de toda a proteção com base na filosofia
determinada no projeto básico e justificando as seções nominais dos cabos, as faixas de regulação dos
relés, os ajustes dos mesmos, a classe de exatidão dos TC’s e dos TP’s, bem como a coordenação e
seletividade entre elementos;
f) Intertravamento – desenvolvido a partir da tabela de causa e efeito, emitida pela PROJETISTA de
Processo;
g) Sinalização e Alarme – deve definir a atuação de todos os dispositivos de sinalização e alarme, com
base na filosofia determinada no projeto básico e justificando o dimensionamento dos cabos,
capacidade dos dispositivos atuantes e atuados, etc.;
h) Proteção contra Descargas Atmosféricas – deve definir claramente as áreas que necessitem de
proteção, indicando os critérios adotados e o material utilizado. Devem ser observados os requisitos
estabelecidos no item 5.4.5;
i) Serviços de Construção, Montagem e Condicionamento – devem definir claramente todas as
tarefas a serem executadas pelas firmas contratadas para a execução da obra, discriminando, em
separado, os serviços de montagem eletromecânica, enfiação, emendas, conexões e terminações,
testes e ensaios, parametrizações de relés, inversores, soft-starter, etc., além das necessidades
especiais como supervisão de montagem pelos fabricantes, andaimes, guindastes, escavações,
sondagens de instalações subterrâneas, etc.;
Devem relacionar cada tarefa aos seus documentos de projeto executivo respectivos, apresentando
ainda, um levantamento quantitativo dos materiais e equipamentos necessários na instalação;
j) Proteção Catódica – deve constituir-se de um documento que contenha de forma sumária e global,
todas as informações pertinentes ao projeto, contendo no mínimo:
 Para o Memorial Descritivo:
 Descrição sumária da estrutura a proteger;
 Levantamento de dados de campo;
 Descrição do projeto;
 Documento de referência.
 Para a Memória de Cálculo:
 Parâmetros e critérios de projeto;
 Cálculo das áreas a proteger com detalhes sobre a área de cada região;
 Cálculo detalhado das correntes de proteção;
 Cálculo da massa, quantidade de anodos, de leito de anodos e cabos e critérios de seleção, no
caso de Sistema Galvânico;
 Dimensionamento dos leitos de anodos, critérios de seleção dos retificadores, anodos e cabos, no
curso de sistemas por corrente impressa;
 Estudo sobre a distribuição de anodos nos Sistemas Galvânicos e sobre a distribuição das fontes de
corrente nos sistemas por corrente impressa;
 Cálculos específicos (ex.: correntes de interferência, etc.).
Devem ser observados os requisitos estabelecidos no item 7.4.3;
k) Sistemas Vitais de Corrente Alternada e Corrente Contínua – banco de baterias, retificadores,
inversores, chaves estáticas, geradores de emergência, etc. Devem ser observados os requisitos
estabelecidos no item 7.4.1.

7.3.5 Revisões de documentação existente


Em empreendimentos de ampliação, modernização ou desativação de áreas e implantação de sistemas e
equipamentos de processo entre outros, deverá ser evitada a criação de novos documentos que abordem
apenas o escopo reduzido das alterações. Nestas situações, deverão ser devidamente atualizados os itens
e desenhos atingidos.
Na atualização de documentos e desenhos, deverá ser resumidamente descrito o motivo da revisão. Não é
permitida a colocação de descrições genéricas do tipo “revisão conforme comentários” ou “revisado onde
indicado”.
Nota:
1. A revisão de documentos/desenhos deve ser conforme definições do PNE-00-00101.
2. A PROJETISTA deverá efetuar levantamentos de campo, com apoio da BRASKEM, em especial em
painéis existentes, para garantir as reais condições dos circuitos, se está VAGO, RESERVA ou
OCUPADA, etc., de forma a confirmar as informações da documentação, analisar as condições dos
materiais instalados e proceder às adequadas recomendações de compras e/ou comissionamento,
caso possa ser utilizado.
3. Para reservar uma gaveta, cubículo ou circuito para uso por um determinado projeto, a PROJETISTA
deve solicitar a instalação de ETIQUETA de RESERVA no frontal da gaveta, contendo no mínimo as
informações listadas abaixo:
 RESERVA DE GAVETA ou CIRCUITO
 Painel / Coluna / Gaveta / Circuito:
 PJ Número:
 PJ Titulo:
 Autorizado por: (UN / Área e Colaborador BRASKEM):
 Reservado por: (Empresa / Nome PROJETISTA)
 Telefone BRASKEM p/ contato
 Telefone da PROJETISTA p/ contato

7.3.6 Destino da documentação elaborada


Uma vez finalizado o projeto de detalhamento, aprovada a documentação do fabricante / fornecedor e
executada a montagem das instalações, deve-se proceder da seguinte maneira com a documentação
tramitada:
FORMATO ABNT
FABRICANTE/ FORNECEDOR
ITEM DOCUMENTAÇÃO
PROJETISTA DE
QUADRO ELÉTRICO
MANTIDOS E
DIAGRAMA UNIFILAR GERAL SIMPLIFICADO
1 ATUALIZADOS “COMO -
OU COMPLETO; DIAGRAMA EM BLOCOS
CONSTRUÍDO”
CANCELADOS E
DIAGRAMAS UNIFILARES ESPECÍFICOS MANTIDOS E
SUBSTITUÍDOS PELOS
2 SIMPLIFICADOS OU COMPLETOS; ATUALIZADOS
DOS FABRICANTES/
DIAGRAMAS EM BLOCOS “COMO CONSTRUÍDO”
FORNECEDORES
MANTIDOS E
3 DESENHOS DE INSTALAÇÕES EM GERAL ATUALIZADOS “COMO -
CONSTRUÍDO”
CANCELADOS E
DIAGRAMAS TRIFILARES, FUNCIONAIS, DE MANTIDOS E
SUBSTITUÍDOS PELOS
4 INTERLIGAÇÃO (BORNES), DE LIGAÇÃO, ATUALIZADOS “COMO
DOS FABRICANTES/
LÓGICOS CONSTRUÍDO”
FORNECEDORES
MANTIDAS E
5 LISTAS DE CABOS ATUALIZADAS “COMO -
CONSTRUÍDO”
LISTAS (DOCUMENTOS, CARGAS,
MANTIDOS E MANTIDOS E
MOTORES, EQUIPAMENTOS); MEMORIAIS
6 ATUALIZADOS “COMO ATUALIZADOS “COMO
DESCRITIVOS; RELATÓRIOS, ESTUDOS E
CONSTRUÍDO” CONSTRUÍDO” (nota 1)
MANUAIS EM GERAL; DETALHES PADRÕES

Notas:
1. Somente para memoriais, relatórios, estudos e manuais em geral, se previstos.
2. Somente para folhas de dados.
3. Todo documento/desenho final deverá ser liberado conforme sua aplicação e fase de implantação do
empreendimento e ser certificado após sua conclusão, conforme definições do PNE-00-00101.
4. A PROJETISTA deverá cancelar as documentações referentes aos equipamentos que forem
desativados e retirados da área pelo projeto.

7.4 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

7.4.1 Classificação ambiental


Todas as áreas / setores existentes nas unidades da BRASKEM deverão ser classificados conforme as
influências externas a que cada uma está sujeita.
Com relação à agressividade e/ou periculosidade, os ambientes deverão ser classificados em um dos quatro
(4) níveis seguintes:

CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL [1] TECNOLOGIA DOS


LOCAL
NÍVEL AGRESSIVIDADE PERICULOSIDADE MATERIAIS [2]

I CORROSIVA ÁREA - PLÁSTICO


II NÃO CORROSIVA CLASSIFICADA - FIBRA DE VIDRO
ÁREAS INDUSTRIAIS - SUPORTAÇÃO /
III CORROSIVA FIXAÇÃO EM AÇO
GALV. A FOGO
- S/E’S
ÁREA NÃO - AÇO GALV. A FOGO
CLASSIFICADA - SALAS TÉCNICAS
- ALUMÍNIO FUNDIDO
IV NÃO CORROSIVA - EDIFICAÇÕES DE
APOIO - FIXAÇÃO EM AÇO
GALV. A FOGO
- UTILIDADES
Legenda:
[1] Em condições normais de operação
[2] Característica básica dos materiais de instalação

Notas:
1.Não confundir o termo “classificação ambiental” com a metodologia “classificação de áreas”, pois esta
última refere-se exclusivamente às áreas sujeitas a incêndio / explosão, devido à presença de produtos
e/ou substâncias inflamáveis e/ou misturas combustíveis que possam gerar atmosfera explosiva.
Conforme definido, a classificação ambiental engloba inclusive a classificação de áreas em questão,
mas não as define segundo Grupo, Zona e correspondente Classe de Temperatura, própria da
classificação de áreas, para as quais, neste caso, deverão ser utilizadas as normas NBR IEC 60079-
14 e 61241-0 e NM-IEC60050-426 (ou NFPA 70/Artigo 500 e 497M/API 500, no caso de unidades
existentes classificadas por esta metodologia).
Quanto às influências externas, os ambientes deverão ser classificados conforme prescrito nos itens 4.3
e 6.1.3 da NBR-5410, referentes às características do meio ambiente (A), utilização pessoal (B) e
construção das edificações (C) e características construtivas dos materiais de instalação.
2.A classificação ambiental das áreas / setores das plantas é função exclusiva das características dos
produtos e substâncias transportadas, transferidas, manuseadas e armazenadas na unidade. Para
substâncias/produtos perigosos, ver os critérios para classificar áreas de risco indicados no item 3.1 –
Classificação de áreas deste documento. Para substâncias / produtos agressivos, a BRASKEM deverá
fornecer a sua relação na fase do projeto básico do empreendimento ou antes, durante o processo
licitatório para a escolha da PROJETISTA.
3.Quando proceder, locais específicos de edificações administrativas ou de apoio, abrigando instalações
sujeitas a atmosfera explosiva e/ou corrosiva, como é o caso de sala de baterias (por exemplo, contendo
acumuladores chumbo-ácidos ventilados), deverão ser enquadrados no Nível I. Nichos semi-abrigados
de botijões e aquecedor(es) a gás combustível, adjacentes a vestiários e cozinha industrial, do mesmo
modo deverão ser classificados como Nível II. Outros locais com riscos similares deverão ser analisados
e justificados como área classificada pela PROJETISTA, mediante estudo e desenhos, antes de
elaborar o projeto de instalação.

7.4.2 Periculosidade e agressividade


No geral, as unidades da BRASKEM estão sujeitas a considerável grau de periculosidade e/ou
agressividade, no caso por:
- substâncias e produtos perigosos típicos de indústrias petroquímicas (Hidrocarbonetos parafínicos,
naftênicos, aromáticos, amônia etc.);
- substâncias e produtos agressivos de indústrias químicas (ácidos sulfúrico, muriático, clorídrico, cloro,
soda cáustica etc.);
- tanto instalações ao tempo quanto instalações abrigadas ou semi-abrigadas sujeitas à umidade excessiva;
- instalações sujeitas à salinidade de atmosfera marinha (dependendo da localização geográfica da
unidade),que, combinadas ou não entre si, podem resultar em condição ambiental extremamente
prejudicial à durabilidade requerida dos equipamentos e materiais de instalações e, conseqüentemente,
comprometer as seguranças pessoal e operacional da planta.
Diante do fato, nos projetos a serem desenvolvidos para qualquer das unidades, deverão ser consideradas,
com especial atenção, as influências externas dos ambientes envolvidos para a definição e especificação
corretas dos componentes e peças, principalmente no que se refere à natureza e/ou tratamento superficial
dos materiais de instalações a serem empregados.
Nos critérios de projeto elétrico a serem elaborados para as unidades da BRASKEM, deverão ser definidas,
por tabulação específica, a classificação ambiental completa de todas as áreas envolvidas no projeto
(identificação, influência externa, classificação de áreas e nível correspondente). Nos casos de dúvida, a
BRASKEM deverá ser consultada.
Nota:
As áreas com classificação ambiental perigosa (área classificada) e agressiva (área corrosiva) deverão
ter seus acessos e no seu interior sinalizados com placas de advertências delimitadoras, cujos pontos de
fixação deverão ser indicados nos desenhos próprios de segurança, com fim de atendimento às normas
do Corpo de Bombeiros do estado onde está implantada a unidade.
Para informação sobre as características dos materiais recomendados para áreas classificadas e não
classificadas, ver o documento PNE-70-00060 - Critérios para especificação de equipamentos e materiais
elétricos.

7.4.3 Condições atmosféricas


Dados referentes às condições atmosféricas, próprias de cada unidade, tais como altitude, temperatura
ambiente (média / máxima no verão, média / mínima no inverno, média anual, bulbo úmido), umidade
relativa (máxima, média, mínima), pressão atmosférica, velocidade e direção predominante dos ventos,
precipitação pluviométrica e outros, deverão ser colhidos na publicação “Normal Climatológica” fornecida
pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), órgão vinculado ao MAPA - Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Dados específicos para projetos poderão ser aqueles indicados em curvas específicas inseridas, por
exemplo, nas seguintes normas da ABNT:
- NBR-5419
Curvas isocerâunicas (número médio de dias de trovoada / ano).
- NBR-6123
Curvas isopletas (velocidade básica do vento).

7.5 SEGURANÇA EM PROJETOS


Todo projeto de instalações elétricas deverá ser elaborado seguindo as recomendações de segurança e
saúde prescritas nas Normas Regulamentadoras do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, em especial
o item 10.3 da NR-10, no que se refere a:
- Prever dispositivos que permitam intertravamento;
- Planejar espaçamento e distanciamento seguros;
- Prever a necessidade de "aterramento elétrico";
- Indicar a posição "liga - desliga" de dispositivos de manobra;
- Planejar prevenção contra as influências ambientais;
- Prever disposições contra incêndios e explosões;
- Descrever o princípio funcional dos elementos de proteção destinados à segurança das pessoas;
- Descrever a compatibilidade dos dispositivos de proteção.

O Memorial Descritivo do Projeto Elétrico, referido nesta norma, deverá possuir um item específico sobre
Segurança das Instalações e Serviços, com destaque para os seguintes tópicos:
- situação geral das instalações com as indicações de todas as edificações, com os respectivos nomes e
localização e, outras informações de sistemas de iluminação interna e externa, subestações e cabines,
salas de CCM’s e PLC’s, redes áreas e enterradas de sistemas elétricos, malhas de aterramentos da
empresa, desenhos de esquemas elétricos, quadros e painéis elétricos e de comandos gerais, tabelas,
especificações, memoriais descritivos e de cálculos, dados com os dimensionamentos e características
de cabos elétricos instalados, etc.
- descrição da instalação de dispositivos de seccionamento de ação simultânea à montante dos pontos de
intervenção, que permita individualmente a aplicação do seu travamento na posição desligado, de forma
a serem travados e sinalizados;
- indicação do distanciamento e do espaço seguros, quanto ao dimensionamento e localização
componentes elétricos e às influências ambientais quando da operação e da realização de serviços de
manutenção;
- descrição dos sistemas de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação do condutor neutro e o
de proteção e da conexão à terra de todas as partes e peças condutoras não destinadas à condução da
eletricidade;
- descrição do aterramento temporário, incluindo rotinas de sua instalação e sua supressão, quando da
desenergização dos circuitos elétricos para intervenções;
- descrição das recomendações, restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes
das instalações;
- descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com as instalações elétricas;
- menção sobre a exigência da indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos
(Verde – “D”, desligado e Vermelho – “L”, ligado). Para informação complementar ver o item 9.9.2.3
deste documento;
- descrição da metodologia de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de
manobra, controle, proteção, condutores e os próprios equipamentos e estruturas, esclarecendo como
tais indicações deverão ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;
- descrição da adequabilidade das instalações quanto à iluminação e posição de trabalho segura
proporcionada aos trabalhadores.
8. CRITÉRIOS GERAIS

8. 1 CRITÉRIOS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA


A seguir estão descritos os critérios mínimos de otimização de eficiência energética a serem aplicados
nas diversas fases de um projeto industrial da BRASKEM.

8.1.1 Sistema Elétrico


O projeto do sistema elétrico deve levar em consideração os aspectos de segurança e continuidade de
fornecimento de energia e também os aspectos que conduzam a uma máxima eficiência energética e a
um mínimo impacto ambiental. O sistema a ser considerado deve atender aos propósitos para os quais
foi projetado e apresentar o menor consumo de energia, atentando, por exemplo, para os itens descritos
a seguir.

8.1.1.1 Geral
Nas ampliações de sistemas elétricos existentes devem ser considerados os aspectos de eficiência
energética global do sistema e dos equipamentos que o compõem como um dos objetivos principais a
serem alcançados, assim como o atendimento das cargas da unidade com qualidade, confiabilidade,
flexibilidade operacional, segurança e menor custo.
Para o projeto e dimensionamento dos equipamentos elétricos, devem-se verificar as demandas elétricas
com cuidado, para que se especifiquem equipamentos que devem funcionar em seu ponto de maior
rendimento.
Os sistemas de partida de motores elétricos devem ser projetados de forma a minimizar as correntes de
partida e, consequentemente, evitar o sobre-dimensionamento do sistema elétrico.

8.1.1.2 Energia Comprada


Quando a unidade industrial for alimentada por meio do sistema elétrico externo, deve-se adotar a maior
tensão disponibilizada pela concessionária compatível com os valores de demanda da unidade.
A curva de demanda da unidade deve ser avaliada visando a sua otimização, para que se consiga o
melhor contrato de fornecimento junto à empresa fornecedora de energia.
No projeto de subestações centros de cargas incluir, sempre que possível, um sistema de controle
automático de rejeição de cargas para reduzir a demanda, principalmente no horário de ponta.

8.1.1.3 Geração Própria


Nas unidades industriais com potencial de geração própria, deve-se observar, na escolha da fonte
energética a ser utilizada, aquelas que lhes confiram melhor desempenho, sem prejuízo do aspecto
ambiental. Devem ser priorizadas as opções de geração a partir de sobras energéticas dos processos.
Quando aplicável, considerar o uso de energias renováveis.

8.1.14 Distribuição
As subestações devem ser posicionadas o mais próximo possível do centro de gravidade das cargas.
O sistema de distribuição a ser considerado deve ser o que conduzir a menor perda de energia com
alimentadores, devendo ser os mesmos, os mais curtos possíveis para minimizar as perdas por efeito
Joule.
As tensões de distribuição e de utilização devem ser consideradas as maiores dentre as tensões
recomendáveis para a carga a ser atendida, visando minimizar as perdas por dissipação térmica. No
entanto, devem-se considerar os impactos nos custos de implantação, operação e manutenção.
Os centros de controle de motores devem possuir dispositivos sensores de corrente de forma que se
possa conhecer em tempo real os parâmetros de operação dos motores e desta forma propiciar um
controle preciso de processo e da procura do ponto de maior rendimento.
8.1.1.5 Fator de Potência
Os sistemas de correção de fator de potência devem ser preferencialmente automáticos e localizados o
mais próximo possível das cargas. Onde necessário, devem ser projetados filtros de harmônicos.

8.1.1.6 Transformadores
Quando dois ou mais transformadores alimentarem uma instalação, deve-se ajustar a operação dos
mesmos, deixando um ou mais transformadores fora de operação em função da demanda, evitando
operação em baixa carga, desde que esse critério não entre em conflito com a confiabilidade operacional
do projeto.
Deve-se estudar também o uso de um transformador de menor porte para alimentação de iluminação e
serviços auxiliares, o qual permaneceria ligado quando a unidade industrial não estivesse em operação.
Os transformadores devem ser dimensionados de tal forma que o seu ponto de funcionamento normal
coincida com o seu ponto de melhor rendimento, buscando preferencialmente aqueles que apresentem
alto rendimento e fator de potência.

8.1.1.7 Motores Elétricos


Devem ser usados motores de alto fator de potência e alto rendimento.
Os motores devem ser especificados para operar próximos da sua potência nominal e,
conseqüentemente, com melhor rendimento e fator de potência.
Adotar, sempre que possível e economicamente viável, variadores de velocidade eletrônicos ou
hidrodinâmicos para controle de capacidade do equipamento acionado.
Em períodos ociosos, prever o desligamento das máquinas eletricamente acionadas, desde que isto não
provoque problemas ao equipamento ou à instalação elétrica.
Os motores devem ser especificados levando-se em consideração as condições ambientais aos quais
estão submetidos.
Evitar a sobreposição de fatores de segurança que resultam em motores superdimensionados. Por
ocasião de uma troca, instalar um novo motor com potência adequada.
Na compra de motores novos, dar preferência ao uso de motores com o Selo PROCEL/INMETRO de
Economia de Energia.

8.1.1.8 Iluminação
Os projetos industriais devem considerar o maior uso possível da luz natural.
O plano onde são instaladas as luminárias deve ser projetado o mais próximo possível do plano de
trabalho a ser iluminado.
Devem ser especificadas as lâmpadas apropriadas para o ambiente, dentre elas, o conjunto lâmpada-
luminária de melhor eficiência. Selecionar reatores que possuam o maior rendimento e maior fator de
potência. Selecionar o conjunto lâmpada-reator de modo a minimizar a geração de harmônicos, que
podem prejudicar o funcionamento de outros equipamentos.
Devem ser projetados meios de interrupção parcial da iluminação de grandes áreas.

8.2 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

8.2.1 Metodologia a ser adotada


Todas as unidades da BRASKEM têm áreas classificadas, algumas delas definidas somente pela
metodologia internacional (conforme as normas NBR IEC 60079 e 61241), outras somente pela metodologia
americana (conforme as normas
NFPA 70 e 497-M e API 500) e mista em algumas delas.
Para a especificação e aplicação de equipamentos, dispositivos, materiais de instalações e métodos de
distribuição de circuitos de força, comando, controle, iluminação, comunicação, instrumentação e outros, só
poderão ser utilizados as normas IEC / ABNT em vigor. Não devem ser utilizadas normas NFPA/API.
Para as unidades industriais existentes, o projeto deverá considerar a classificação de área estabelecida nos
locais envolvidos bem como a simbologia gráfica utilizada. Neste caso, uma ou outra metodologia deverá
prevalecer. Em caso de dúvida, a BRASKEM deverá ser consultada para posicionar-se a respeito.
Para as novas unidades industriais e em reclassificações, com áreas de processo de porte ou
características julgadas procedentes, a classificação deverá ser elaborada somente conforme as prescrições
da IEC / ABNT.
Em ambos os casos, é obrigatória:
- a compatibilidade das características dos equipamentos e materiais especificados, com aquelas exigidas
pela metodologia adotada (as certificações apresentadas pelos fabricantes deverão estar estritamente
de acordo com a área classificada a que se destinam):
- Grupo (I, II), Zona (0, 1, 2, 20, 21, 22), Temperatura (código), conforme IEC / ABNT
- Classe (I, II, III), Divisão (I, II), Grupo (A, B, C, D, E, F, G), Temperatura (código) conforme NFPA / API
- a elaboração, emissão e/ou revisão das listas de equipamentos e de dados para classificação de áreas
similares às apresentadas nos anexos da NBR IEC 60079-10-1.

8.2.2 Etapas e responsabilidades


Todo projeto de classificação de áreas deverá ser dividido em 2 (duas) etapas distintas de elaboração, a
preliminar e a final.
Na preliminar ou fase do projeto básico, os cálculos e desenhos das áreas classificadas deverão ser
elaborados e emitidos pela PROJETISTA com base nas informações e dados de projeto fornecidos pelo
processo, no arranjo físico dos equipamentos previstos no empreeendimento e nas dimensões indicadas
nas figuras padrões definidas nas normas técnicas adotadas. A partir da coleta destas informações (ver nota
1), deverão ser investigadas todas as fontes de risco envolvidas e as correspondentes áreas, volumes e
extensões das áreas definidas como classificadas (ver nota 2).
Na etapa final ou fase do projeto de detalhamento, os desenhos gerados dessas áreas deverão ser
atualizados e reemitidos, constando o arranjo físico com a configuração final dos equipamentos instalados,
tanto da unidade como um todo quanto das suas áreas particulares (nestes últimos é que deverão ser
indicadas todas as fontes de risco acima mencionadas). As figuras padrões também deverão ser atualizadas
para corresponderem fielmente à realidade. Em suma, esta atualização deverá ter característica “como
construído”, devendo ser executada preferivelmente depois de finalizada a obra.
A classificação de áreas requerida deverá envolver conjuntamente PROJETISTA e BRASKEM, que será
representada por um único coordenador ou facilitador ou ainda por um representante de cada setor chave
da unidade: operação, manutenção, engenharia, segurança industrial e processo. Assim como o
coordenador e especificamente o representante da segurança industrial da unidade terão capacitação em
equipamentos e instalações Ex, exige-se que a PROJETISTA apresente igual capacitação devidamente
comprovada do seu pessoal técnico designado para a elaboração desse projeto. É fundamental que todos
os envolvidos tenham treinamento e experiência em instalações de áreas classificadas.
Juntamente com o preenchimento das listas de equipamentos e de dados para a classificação de áreas
referida anteriormente, o pessoal de processo da PROJETISTA e da BRASKEM deverá ter
responsabilidade tanto pelo estudo como também pela verificação da possibilidade de redução e
desclassificação das áreas de risco na unidade projetada. Contudo, caberá à Elétrica da PROJETISTA a
responsabilidade pela geração e revisão dos desenhos de classificação de áreas, assim como pela
coordenação de toda documentação a ela pertinentes. Pela sua importância e uso comum pelas diversas
disciplinas, esta documentação deverá ser a primeira a ser elaborada e emitida.
Através dela, toda instalação elétrica em unidades da BRASKEM, incluindo-se as instalações de
instrumentação / automação, comunicação / intercomunicação, controle de acesso, CFTV e detecção /
alarme de incêndio nas áreas, deverá ser projetada e executada considerando-se as informações e dados
contidos no projeto de classificação de áreas.
Ela permitirá que a unidade indique corretamente a sinalização visual das suas áreas classificadas, de forma
a identificar facilmente os seus limites a quem transitar ou nela executar serviços de qualquer natureza.
Notas:
1. Nos desenhos da etapa preliminar, deverá constar uma nota alertando que a classificação de áreas
foi emitida apenas como referência, não sendo válida para a operação da planta ou sinalização dos
seus limites.
2. Deverão ser registradas as condições operacionais e as sugestões dadas pelo coordenador
responsável ou pelos responsáveis acima referidos, as quais servirão de premissas básicas à
classificação de áreas do projeto preliminar e como memória para eventuais modificações ou
ampliações posteriores. Deverão ser consideradas como condições operacionais os seguintes dados
e informações:
- taxas de falhas dos componentes;
- disponibilidade de recursos para manutenção na unidade;
- informação de acidentes na unidade e em outras unidades equivalentes;
- procedimentos e instruções operacionais.

8.2.3 Redução e desclassificação de áreas de risco


Com vistas à simplificação das instalações e redução dos custos com equipamentos e materiais tipo Ex,
deverá haver preocupação e consenso entre as disciplinas envolvidas (elétrica, instrumentação, tubulação,
processo, mecânica e outra eventual) em reduzir ou desclassificar as áreas de risco, sempre que isto for
possível. Para tanto, desde que não haja comprometimento do desempenho, operação e segurança do
processo, deverá ser verificada, na fase de projeto básico, a possibilidade de:
- substituição da tecnologia de processo para a diminuição das fontes de risco;
- remanejamento de layouts de equipamentos de processo;
- alteração da arquitetura das edificações previstas;
- redução das extensões de área classificada pela previsão de diques de contenção adequados ao redor de
equipamentos, tanques, vasos de processo e outros;
- instalação de sistema de pressurização de ambientes;
- utilização de equipamentos elétricos que tenham sido projetados segundo uma norma industrial, sem
marcação para áreas classificadas, em uma Zona 2, conforme estabelecido pela portaria INMETRO nº
179, de 18 de maio de 2010, item 5.2.1;
- outra solução específica.
A aplicação de uma ou de outra alternativa ou a combinação delas entre si deverá proporcionar o seguinte
resultado:

CONFORME DE PARA
NORMAS PERICULOSIDADE MAIOR PERICULOSIDADE MENOR
ZONA 1 (21), ZONA 2 (22) OU
ZONA 0 (20)
ÁREA NÃO CLASSIFICADA
ZONA 2 (22) OU
IEC / ABNT ZONA 1 (21)
ÁREA NÃO CLASSIFICADA

ZONA 2 (22) ÁREA NÃO CLASSIFICADA

Importante:
Igual cuidado deverá ter-se com relação às instalações sujeitas à agressividade do meio ambiente causador
de corrosão: redução das influências externas pela disciplina, antes da adequação necessária dos
equipamentos e instalações pelas demais disciplinas dos seus efeitos nocivos.
O mesmo deverá acontecer com as partes metálicas com proteção catódica, que devem ser consideradas
como potencialmente perigosas pela PROJETISTA e BRASKEM, especialmente se forem protegidas pelo
método da corrente impressa. Idem com projetos de SPDA, no qual deverão ser previstos meios que evitem
arcos e centelhas passíveis de causar ignição de mistura inflamável.
8.2.4 Fontes de Risco
As áreas aqui apresentadas são aquelas encontradas normalmente nas unidades da BRASKEM, onde
existem equipamentos que operam em condições normais e que possuem proteção contra condições
anormais previstas. Não se consideram aqui possíveis catástrofes tais como ruptura de reservatórios com
liberação incontrolada de material inflamável. Para essas condições são necessárias medidas de controle de
emergência ao tempo da ocorrência e que fogem ao objetivo da classificação de área.

8.2.4.1 Áreas não classificadas.


A experiência tem mostrado que, independentemente da ventilação local, a ocorrência de gases ou vapores
inflamáveis liberados de alguns equipamentos é tão raro que tais locais podem ser não classificadas.
Exemplo:
d) locais onde as substâncias inflamáveis estão contidas em:
 sistemas de tubulação fechados, totalmente soldados sem válvulas e acessórios de tubulação,
flanges ou dispositivos similares; ou
 tubos metálicos contínuos sem válvulas, acessórios, flanges ou dispositivos similares;
b) locais onde os líquidos, gases ou vapores inflamáveis estão contidos em recipientes aprovados por
normas específicas.
c) áreas ao redor de uma fonte de ignição permanente de origem não elétrica.
Locais ao redor de fontes de ignição contínua e intermitente tais como vasos não protegidos contra chama,
e extremidades de “flare”, podem ser áreas não classificadas.
Outros locais não fechados e que contém equipamentos de manuseio de hidrocarbonetos podem ser não
classificados.
As áreas abaixo mencionadas são consideradas como áreas não classificadas:
a) áreas adequadamente ventiladas onde as substâncias inflamáveis estão contidas em sistemas de
tubulação fechados sujeitos à manutenção adequada e nos quais estão incluídos apenas tubos, válvulas,
flanges, medidores e acessórios de tubulação;
b) áreas com ventilação limitada ou impedida onde as substâncias inflamáveis estão contidas em sistemas
de tubulação fechados sem válvulas, flanges e acessórios de tubulação;
c) áreas onde as substâncias inflamáveis são armazenadas e/ou transportadas em recipientes
especificamente aprovados para tal fim por entidade certificadora credenciada;
d) áreas ao redor de uma fonte de ignição permanente de origem não elétrica.

8.2.4.2 Fontes de Risco de Grau Contínuo


Espaço contido interna e acima da superfície de líquido inflamável em tanques de armazenamento ou em
vaso de processo.

8.2.4.3 Fontes de Risco de Grau Primário


a) equipamentos de processo e suas partes, destinadas a produção, manuseio ou armazenamento de
substâncias inflamáveis nos quais a liberação desta substância para a atmosfera se dá com elevada
freqüência e em grandes quantidades, tais como:
 bocais de carregamento de caminhões-tanques e navios, para operação de carga e descarga ao ar
livre;
 dispositivos de descarga para a atmosfera sujeita a operações de manobra por um período total de
20 minutos a cada 24 h;
 equipamentos abertos;
 respiros (“vents”);
 tanques abertos de armazenamento de substâncias inflamáveis;
 separadores;
 equipamentos para lançamento e recebimento de esferas (“scrapers”).
b) máquinas e equipamentos associados, destinados a produção, manuseio ou armazenamento de
substâncias inflamáveis com possibilidade de liberação destas substâncias em condições normais de
operação, porém em menor quantidade que os indicados no item a) tais como:
 gaxetas de vedação de máquinas tais como bombas, compressores, misturadores, sem “vents” ou
dispositivo de vedação de segurança como pressurização, lavagem;
 são excluídos os selos mecânicos previstos sem perdas;
 gaxetas de vedação de válvulas de controle automático ou manual e de válvulas de interrupção
automática que operam durante o funcionamento normal da unidade;
 respiros (“vents”) das válvulas de segurança e discos de ruptura abertos para a atmosfera;
 respiros (“vents”) dos “flares” sem queimador piloto aceso permanentemente;
c) máquinas e equipamentos ou as suas partes, destinadas à produção, manuseio ou armazenamento de
substâncias inflamáveis que podem ser liberadas durante operações de controle ou manobra, por um
período total entre 5 min a 20 min a cada 24 h tais como:
 bocas de visita e janelas de inspeção para acesso à parte interna das máquinas e recipientes
manualmente fechados;
 respiros abertos e drenos de equipamentos do processo;
 pontos de amostra de gases ou de líquidos com ponto de fulgor menor ou igual a 21 °C;
 pontos de amostra de líquidos com ponto de fulgor maior que 21 °C, sem dreno;
 drenos de equipamentos de controle de nível de líquidos; exemplo: indicadores de nível.

8.2.4.4 Fontes de Risco de Grau Secundário


a) máquinas, equipamentos e suas partes associadas destinadas à produção, manuseio ou armazenamento
de substâncias inflamáveis que possam liberar tais substâncias apenas em condições anormais de
operação dos dispositivos de vedação e segurança tais como:
 dispositivos de controle de vidro (visores de vidro, rotâmetros, indicadores de níveis);
 dispositivos de conexão (flanges, juntas flexíveis, uniões);
 gaxetas de vedação de máquinas (bombas, compressores, misturadores) com tubulação de
segurança ou com dispositivos tais como: pressurização, lavagem, bem como vedações
mecânicas do tipo sem vazamentos;
 gaxetas de vedação de válvulas de operação manual sem tubulação ou dispositivo de segurança;
 gaxetas de vedação de válvula de controle automático ou manual ou válvulas de fechamento
automático localizadas na saída ou entrada de equipamentos ou que operem somente para
bloqueio ou fechamento, no caso de avarias;
 selos mecânicos, previstos sem perdas, de máquinas ou de válvulas;

b) máquinas, equipamentos e as suas partes destinadas a produção, manuseio ou armazenamento de


substâncias inflamáveis que podem ser liberadas durante operações de controle ou manobra, por um
período total de 5 min em cada 24 h tais como:
 portas para acesso a parte interna de máquinas e recipientes normalmente fechados;
 acessórios de tubulação de drenagem de equipamentos de processo;
 pontos de amostra de gases ou de líquidos com ponto de fulgor menor ou igual a 21 °C;
 pontos de amostra de líquidos com ponto de fulgor maior do que 21 °C sem dispositivo de
drenagem;
 pontos de drenagem de condensado e instrumentos de controle de líquido.
8.2.4.5 Áreas Internas
As salas de depósito de amostras bem como para ensaios, pequenas e com ventilação limitada ou
impedida, contendo quantidade que gere substâncias inflamáveis, podem ser classificadas como área Zona
1.
Os grandes prédios utilizados como almoxarifados, com ventilação artificial ou tendo muitas portas ou
janelas que podem promover um substancial grau de ventilação que, juntamente com fatores tais como
volume interno do prédio, área do piso, dimensões das paredes e pé direito que pode levar a um tratamento
idêntico ao de uma área aberta.

8.2.5 Especificações
Conforme mencionado no item anterior, as especificações dos equipamentos e materiais de instalações
deverão ser feitas levando-se em conta a classificação de áreas e as condições de agressividade do meio
ambiente, se houver no local da instalação. Em locais ao tempo ou abrigadas sujeitos à umidade, deverão
ser previstos ainda drenos nos invólucros dos equipamentos e materiais.
Estas especificações deverão ser reproduzidas nos desenhos na forma da tabulação, na qual sejam
indicados os tipos de equipamentos e materiais elétricos recomendados para cada Zona (Ex-ia, Ex-d, Ex-ib,
Ex-e, Ex-p, Ex-o, Ex-m, Ex-n).
Cada equipamento, material, dispositivo e acessório, próprio para instalação elétrica em atmosferas
potencialmente explosivas, deverá possuir obrigatoriamente o correspondente Certificado de Conformidade
emitido por organismo certificador credenciado pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização, Qualidade Industrial, conforme exigência da portaria N° 179, de 18/05/2010, ou sua última
revisão, e em atendimento ao item 10.9.3 da NR-10, do MTE.
Quando o motor estiver instalado em área classificada e for acionado por inversor de freqüência, mesmo
que o inversor de freqüência esteja na sala elétrica, o conjunto motor/inversor deverá ser certificado em
conjunto.
Deve ser exigido dos fornecedores, além do Certificado de Conformidade completo (não deve ser aceito
apenas o número do certificado), o fornecimento do ensaio comprobatório do grau de proteção do
equipamento (IP), com base nas normas ABNT/IEC.
Os requisitos construtivos deverão atender às exigências das normas ABNT/IEC, adotadas nos projetos.

8.2.6 Documentação requerida


A documentação técnica exigida neste projeto deverá se constituir basicamente do estudo e desenhos
dimensionais de classificação de áreas anexos.
O estudo de classificação de áreas deverá ter características de laudo técnico, estruturado com a seguinte
itemização:
1) Objetivo
2) Conclusões e recomendações:
- classificação de áreas final (com indicação dos desenhos correspondentes);
- classe de temperatura adotada;
- características elétricas requeridas (com indicação do tipo de equipamento por Zona ou Divisão);
- as notas e observações que complementarão as informações e dados indicados e que serão necessários
aos projetos de detalhamento, fornecimento, montagens e instalações dos equipamentos e materiais;
- a relação de eventuais pendências (se houver).
3) Referências técnicas (normas e recomendações técnicas)
4) Glossário técnico
5) Dados e informações gerais:
- características dos locais (construtivas, ventilação etc.);
- características dos processos (contínuo, batelada, pressões, volumes, vazões, temperaturas, limites
operacionais máximos permitidos pela segurança, velocidade média do vento adotada no estudo e grau
de risco);
- características do sistema de VAC (para recintos fechados pressurizados ou climatizados sob influência
de uma área classificada): o número de trocas de ar/hora; a faixa de pressão a ser mantida de modo a
garantir a classificação dada à área; a memória de cálculos; as especificações técnicas dos
equipamentos de ventilação/exaustão; localização dos alarmes dos dispositivos de monitoração da
pressão, ventilação e exaustão; intertravamentos entre a pressão do recinto com a energização dos
equipamentos elétricos nele instalados; localização do(s) ponto(s) de tomada de ar para ventilação e
exaustão como cogumelos, janelas, venezianas etc., forçada ou não; o sentido da abertura das portas
de acesso; localização das antecâmaras – “air-lock” (ver notas 1 e 2 abaixo);
- características do material perigoso (tabela das grandezas físico-químicas por equipamento e das
correspondentes fontes de risco; classificações de áreas correspondentes;
- características dos tipos de equipamentos e materiais recomendados para cada Zona (Ex-ia, Ex-d, Ex-ib,
Ex-e, Ex-p, Ex-d, Ex-m, Ex-n), das áreas classificadas;
- outros dados relevantes necessários para permitir adequada especificação e instalação de equipamentos
e materiais Ex.
6) Premissas básicas com considerações gerais:
- classificação de área individual por fonte de risco e global por combinação entre elas interagindo no
ambiente;
- classificação de área decorrente da influência de áreas classificadas originadas por fontes de risco
existentes em áreas adjacentes;
- combinação de classificações de área com material perigoso do Grupo (IEC / ABNT) ou da Classe
(NFPA / API) distintas;
- classificação de áreas definida considerando-se a unidade operando em condições normais (Zona 0/1 ou
20/21) e em condições anormais ou acidentais (Zona 2 ou 22) devido à presença de material perigoso
(inflamável, combustível e explosivo);
- classificação baseada na análise físico-química dos materiais perigosos;
- definição da classe de temperatura baseada nas características do material mais crítico;
- memória de cálculo (volume de risco para ambientes externos / equipamentos de processo etc.);
- anexos (desenhos de classificação de áreas, tabelas de normas etc.).
Notas:
1. Recintos com pressurização positiva, aplicada para reduzir a criticidade na classificação de área,
deverão ter suas portas de acesso fechadas pela própria pressão do ar injetado.
2. Todos os pontos de tomada de ar deverão ser monitorados automaticamente por detectores de gás
(com certificado de conformidade válido), de modo que as suas atuações sejam utilizadas para a
proteção do recinto.

Quanto aos desenhos dimensionais de classificação de áreas, eles deverão ser gerados ou atualizados,
constando:
1) Todos os equipamentos de processo indicados (tanques, vasos, bombas, torres, silos, manifolds,
compressores, trocadores de calor etc.) e respectivas fontes de risco neles localizadas (respiros, selos,
engates, válvulas, flanges, psv’s, prv’s, canaletas de piso, caixas subterrâneas, drenos, flanges,
mangueiras, tampas e aberturas, local para abertura de sacos, vasilhames contendo materiais perigosos
etc.).
2) Todas as edificações e equipamentos elétricos principais previstos e identificados (subestações, salas
elétrica e de controle, casa de bombas, sala de compressores, motores, rota de leitos e eletrodutos,
dutos subterrâneos, posteamento de iluminação externa e viária etc.) inseridos e adjacentes às áreas
classificadas.
3) Todas as áreas classificadas e não classificadas, identificadas em plantas-baixas e vistas ou cortes
verticais, executadas em escala claramente indicada. Deverão ser elaboradas plantas-baixas para cada
área (ou módulo) e planta-baixa da unidade. As plantas-baixas das áreas deverão ser completas
(inclusive com indicação das fontes de risco, conforme a lista de dados para classificação de área) e a
planta-baixa geral deverá ser simplificada, indicando apenas as maiores extensões de área classificada
originada por cada área a ela pertencente, com indicação de uma nota mencionando que “para
informação detalhada consultar as plantas específicas das áreas”.
4) Todos os detalhes específicos e padrões necessários ao completo entendimento dos desenhos,
preferivelmente inseridas nos desenhos ou anexo ao estudo. Será permitido incluir como detalhe padrão
as figuras constantes nas normas técnicas adotadas como metodologia apenas na fase preliminar do
projeto. Na fase final, todas elas deverão ser substituídas por detalhes que condigam com as
características reais e dimensionais do equipamento / instalação em estudo.
5) As áreas classificadas devido à presença de gases e vapores inflamáveis na atmosfera, conforme NBR
IEC 60079-0: Grupo I, IIA/IIB/IIC, Zona 0/1/2, Classe de temperatura (código).
6) As áreas classificadas devido à presença de pós e poeiras combustíveis na atmosfera, conforme NBR
IEC 61241-0: Zona 20/21/22, Classe de temperatura (°C).
7) As áreas classificadas devido à presença de fibras e partículas leves de fácil ignição suspensas na
atmosfera, conforme NBR IEC 61241-0: Zona 20/21/22, Classe de temperatura (°C).
8) A extensão das áreas classificadas devido à presença de gases e vapores inflamáveis a partir das
fontes de risco, nos planos horizontal e vertical, com as respectivas cotas dadas em metro.
9) A abrangência das áreas classificadas de locais fechados contendo equipamentos de processo
emissores de pós e poeiras combustíveis ou fibras e partículas leves de fácil ignição a partir das fontes
de risco nos planos horizontal, limitadas pelas dimensões internas do ambiente.
10) Caracterização dos desenhos específicos de classificação de áreas:
- vista (corte) das elevações e equipamentos de processo;
- vista (corte) dos níveis que possuem acessos interligados;
- vista (corte) das canaletas e depressões existentes na área ou unidade;
- outros requisitos indicados no item 7.5.3.1 deste documento, incluindo as notas;
- dados constantes no estudo, tais como identificação do(s) grupo(s) a que pertencem as substâncias e
produtos; identificação da classe de temperatura para os equipamentos e materiais Ex recomendáveis
para cada área.
11) Simbologia gráfica distinta para a representação das respectivas áreas classificadas como Zona 0/1/2,
20/21/22 e áreas não classificadas.
12) Limites de bateria (linhas tracejadas para delimitar):
- divisa entre setores (ou áreas) da planta;
- divisa entre desenhos;
- divisa entre áreas existente e nova;
- divisa entre áreas (ou instalações) a manter e áreas (instalações) a serem implantadas ou reformadas;
- escopo PROJETISTA / terceiros / BRASKEM.
13) Por tabulação, as características dos equipamentos/operações geradoras de riscos de
incêndio/explosão, com indicação:
- equipamentos (identificação / descrição / localização);
- materiais perigosos (inflamável / combustível / explosivo / fácil ignição);
- temperatura / pressão / volume de operação;
- ventilação local;
- fontes de risco (descrição / grau);
- distância horizontal em metros entre zonas ou divisões.
14) Por tabulação, as características do processo e locais, com indicação de:
- ventilação do local, número de trocas de ar/hora;
- processo contínuo ou batelada;
- pressão, volume e temperatura dos processos;
- magnitude do risco (grau contínuo, primário, secundário);
- grupo e classe de temperatura das substâncias e/ou produtos perigosos.
15) Por tabulação, os tipos de equipamentos e materiais elétricos recomendados para cada Zona (Ex-de,
Ex-d, Ex-ib, Ex-e, Ex-p, Ex-o, Ex-m, Ex-n) das áreas classificadas.
16) Nos casos de ampliação ou reforma, a indicação de:
- local / área devidamente identificada na planta-chave;
- natureza da obra (civil, arquitetônica, processo, elétrica, instrumentação/automação, tubulação, utilidades,
controle ambiental);
- ocupação do pessoal envolvido no local (operação, manutenção);
- permanência do pessoal no local pré e pós obra (fixa ou temporária);
- parecer sobre segurança (laudo de conformidade).
17) As notas e observações que complementarão as informações e serão úteis ao projeto de detalhamento,
especificações, folha de dados, aquisição de equipamentos e materiais, montagem e instalações. Não
será aceita a inclusão de notas genéricas, contidas nas normas referenciadas, do tipo “as distâncias
mostradas deverão refletir as características e dimensões próprias da instalação sob estudo”. O projeto
deverá ter concepção e execução com caráter conclusivo, apresentando características reais,
particulares e dimensionais do equipamento/instalação em estudo.
18) A relação de pendências (quando houver).
Nota:
Classificação de áreas representada em desenhos CAD-3D será aceita desde que esteja prevista
“maquete eletrônica” no escopo do projeto do empreendimento. Sua finalidade deverá ser a de
complementar a representação da classificação dada em plantas e cortes (CAD-2D). Neste caso, a sua
elaboração deverá ser a título de investigação particular de áreas, seções ou equipamentos específicos.
A representação poderá utilizar sistema PDMS ou PDS. A simbologia gráfica das linhas e curvas que
delimitam as áreas classificadas e extensões deverá ser indicada unicamente por cores distintas.

8.2.7 Simbologia gráfica


Para a diferenciação entre si das áreas classificadas deverão ser utilizadas diferentes simbologias com
correspondentes extensões de área devidamente dimensionadas, as quais não deverão ocultar os
equipamentos, prédios e outras referências físicas.
Preferivelmente as linhas delimitadoras das áreas classificadas deverão ser representadas pela faixa da
simbologia correspondente, correndo internamente junto às bordas (nas plantas e cortes).
Para não haver dúvidas ou erros de interpretação da classificação dada às áreas, deverão ser evitadas
hachuras ou outras representações gráficas parecidas com a simbologia gráfica empregada nas
classificações, como por exemplo, grades de piso indicadas em plantas-baixas e nos cortes e detalhes. Para
tanto, a “máscara” de arranjo das edificações e layouts deverá ser a mais “limpa” possível.
No caso da utilização da metodologia IEC / ABNT, a simbologia para a classificação das áreas de novas
unidades envolvendo líquidos, gases e vapores inflamáveis (Grupo II) deverão obedecer ao seguinte
padrão:
ZONA - 0
GRUPO II A GRUPO II B GRUPO II C

ZONA - 1
GRUPO II A GRUPO II B GRUPO II C

ZONA - 2
GRUPO II A GRUPO II B GRUPO II C

ÁREA NÃO CLASSIFICADA

ÁREA NÃO CLASSIFICADA, DESDE QUE MANTIDA SOB PRESSÃO POSITIVA

ÁREA CUJA CLASSIFICAÇÃO SOMENTE É VÁLIDA COM USO DE PRESSURIZAÇÃO NEGATIVA

P -

Notas:

1. No caso de regiões pressurizadas, a classificação da área deverá ser expressa por extenso no
documento, juntamente com o grupo do gás e o código da temperatura de superfície permitida aos
equipamentos Ex designados para o local.
2. Recomenda-se a utilização da cor vermelha para a simbologia apresentada acima.
3. Outros símbolos complementares poderão ser adotados além dos indicados, desde que constem em
todos os desenhos de classificação de áreas e permitam claro reconhecimento, tanto em
representações com cores quanto em preto e branco.

8.3 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ELÉTRICO

8.3.1 Tensões padronizadas


Para seleção da tensão nominal dos sistemas elétricos e equipamentos devem ser utilizadas as definidas
pelas normas da ABNT. As tensões utilizadas nas unidades da BRASKEM, aplicadas conforme as
características particulares do sistema elétrico de cada uma delas, devem ser preferencialmente as listadas
a seguir.
8.3.1.1 Tensões de Sistemas

Dispositivo TENSÃO
Transmissão e suprimento de energia elétrica pela
230 kV / 138 kV / 88 kV, 3 fases, 3C, 60 Hz
concessionária
Distribuição de energia elétrica a partir de 15MW de 69 kV  5%, 3 fases, 3C, 60 Hz, neutro
demanda solidamente aterrado
34,5 kV  5%, 3 fases, 3C, 60 Hz, neutro
Distribuição de energia elétrica aterrado por resistor de baixo valor (400 A / 10
s)
Distribuição de energia elétrica, alimentação de 13,8 kV  5%, 3 fases, 3C, 60 Hz, neutro
motores com potência superior a 5152 kW (7000 CV) aterrado por resistor de baixo valor (400 A /
e geração de energia elétrica 10s)
6.900 V  10%, 3 fases, 3C, 60 Hz, neutro
Alimentação de motores com potência superior a 2944
aterrado por resistor de baixo valor (a ser
kW (4000 CV) e abaixo de 5152 kW (7000 CV)
definido)
4.160 V / 2400 V  10%, 3 fases, 3C, 60 Hz,
Alimentação de motores com potência superior a 150
neutro aterrado por resistor de baixo valor (800
kW (200 CV) e abaixo de 2944 kW(4000 CV)
A / 10s)
Alimentação de motores com potência igual ou inferior
a 150 kW (200 CV), válvulas motorizadas, cargas
480 V  10%, 3 fases, 3C, 60 Hz, neutro
resistivas, iluminação de arruamento, tomadas de
aterrado por resistor de alto valor
solda, proteção catódica, retificadores, UPS e geração
de energia elétrica de emergência
Alimentação de resistências de aquecimento de
equipamentos elétricos (disjuntores de alta tensão,
chaves seccionadoras de alta tensão, painéis,
220/127 V  10%, 3 fases, 4/3/2C, 60 Hz,
motores, etc.), aquecedores de óleo, motores abaixo
neutro solidamente aterrado
de 3 kW, Tracing elétrico, iluminação e tomadas de
áreas externas e internas de prédios administrativos
ou de processo
Alimentação de painéis de controle de instrumentação,
208/120 V  10%, 3 fases, 4/3/2C, 60 Hz,
instrumentos, automação de processo, DCS I/O, ESD,
neutro solidamente aterrado, a partir de UPSs
PLC, SDCD, CPD, segurança (CFTV, detecção/alarme
com ou sem estabilizadores de tensão
de incêndio, controle de acesso, etc), comunicação de
estáticos
voz e dados
Nota: As potências motoras podem ter variações, dependendo das capacidades e características do
sistema. Devem ser efetuados modelagem e estudos de estabilidade e partidas de grandes máquinas, com
análise de repercussão em tensão nas barras do sistema.

8.3.1.2 Tensões de controle

Dispositivo TENSÃO
Tensão de comando e controle de disjuntores, bobinas
de abertura, fechamento e motor de carregamento das
molas dos disjuntores de baixa, média e alta tensão,
125 Vcc, pólos não aterrados
relés, alarmes e sinalizações da subestação,
iluminação de emergência de subestações, circuitos
de controle de contatores de média tensão
Tensão de comando e controle dos equipamentos e 120 Vac, 1 fase, 60 Hz, neutro solidamente
motores alimentados em baixa tensão aterrado
Painéis de controle de instrumentação, instrumentos,
24 Vcc, pólos não aterrados
automação de processo, DCS I/O, ESD, SDCD

8.3.2 Condições gerais


Toda ampliação ou modificação prevista em qualquer das unidades da BRASKEM deverá ser representada
em diagrama unifilar particular, iniciado a partir do ponto de conexão ao sistema elétrico existente da área
correspondente, seja em AT ou BT, respeitando-se o critério de distribuição de energia elétrica adotada na
unidade, desde que ela esteja de acordo com as normas e recomendações técnicas vigentes.
Na implantação de sistemas elétricos novos, deverão ser considerados:
- segurança pessoal, patrimonial e ambiental;
- confiabilidade (continuidade operacional) adequada ao processo de fabricação;
- facilidade de operação e manutenção;
- obediência normativa;
- compatibilização das características das novas obras civis e dos novos equipamentos e materiais de
instalações previstos com as características das construções e instalações existentes (ver nota), desde
que não haja indicação contrária da BRASKEM;
- escolha das soluções de engenharia as mais tradicionais e práticas possíveis (ver nota), restritas
exclusivamente às áreas envolvidas, de modo a causar as menores paradas possíveis na implantação e
as menores perturbações possíveis nas atividades regularmente desenvolvidas na unidade;
- especificação de equipamentos e materiais de instalações fabricados em série (ver nota) e facilmente
encontrados no mercado, devendo ser preferencialmente nacionais e de qualidade reconhecida,
similares àqueles relacionados no “Cadastro de Materiais Elétricos Padronizados”;
- otimização dos custos das instalações previstas.

Nota:
Exceto aquelas instalações e componentes que requeiram solução / especificação distinta das
instalações existentes, de modo que possam apresentar desempenho superior no quesito durabilidade,
como é o caso das unidades contendo áreas específicas com condições ambientais altamente
agressivas, resultado da combinação de fontes externas inalteráveis e/ou incontroláveis (p. ex.:
ambientes de instalação ao tempo, sujeitos simultaneamente à atmosfera marinha e atmosfera contendo
gases / vapores corrosivos provenientes de equipamentos / instalações nas imediações). Nestas
condições, materiais especiais deverão ser especificados para suportar os efeitos do meio ambiente. No
caso de dúvida, a BRASKEM deverá ser consultada.
Na conexão ao sistema elétrico da planta, basicamente deverão ser considerados:
- os níveis de tensão adotados na unidade (nominal e efetivo) para força, comando e controle, iluminação e
tomadas, aquecimento interno (equipamentos e motores) em c.a. e em c.c.
- as correntes de curto-circuito trifásico e fase-terra, a componente de corrente contínua (%) e as correntes
de arco elétrico (arcing-fault) previsíveis atuais e futuras nos barramentos previstos, tanto os valores
máximos / mínimos de sua conexão à rede concessionária quanto aqueles decorrentes de sua conexão
à eventual geração própria, ou ainda devido à combinação operacional dos diversos sistemas que
compõem o sistema elétrico existente, a partir da operação conjunta das fontes desta energia;
- a operação coordenada e seletiva dos dispositivos de proteção elétrica previstos na interface dos sistemas
existente e novo, tanto na proteção fase-fase quanto nas proteções fase-neutro e fase-terra;
- os níveis de tensões e correntes harmônicas medidos ou estimados no PAC (Ponto de Acoplamento
Comum), tanto aqueles da conexão concessionária x unidade quanto aqueles dos diversos barramentos
do sistema elétrico da unidade;
- o fator de potência mínimo esperado nos referidos PAC’s, cuja eventual correção por capacitores de
potencia deverá levar em conta a presença de eventuais harmônicos nocivos, sejam eles oriundos da
rede externa ou gerados por cargas elétricas deformantes a serem instaladas no sistema em
implantação;
- o esquema de aterramento do sistema em particular, seja ele “IT” (quando o neutro do secundário de
transformador de potência em AT ou BT estiver aterrado por resistor de aterramento), seja “TN” (quanto
o neutro estiver aterrado diretamente);
- os níveis de surtos elétricos previsíveis advindos da interface com a rede elétrica, para efeito da previsão
de dispositivos e sistemas de proteção contra surtos;
- a necessidade geração de emergência, destinada às cargas consideradas prioritárias (cuja falha
prolongada no recebimento de energia elétrica poderá comprometer a operação dos sistemas de
processo e/ou de segurança);
- a necessidade de energia ininterrupta e estabilizada destinada às cargas essenciais (cuja interrupção
momentânea de energia elétrica poderá comprometer a operação e/ou a segurança).

8.3.2.1 Sistemas de pintura e codificação de cores


Deverá ser seguido o padrão normativo de engenharia da BRASKEM sobre pintura industrial PNE-00-
00095, que estabelece as cores e os procedimentos de preparação de superfícies e de pintura a serem
seguidos pelos fabricantes de equipamentos elétricos.
O sistema de pintura do fabricante somente poderá ser utilizado mediante avaliação e autorização prévia da
BRASKEM. Entretanto, as cores deverão ser obrigatoriamente aquelas definidas no padrão normativo de
engenharia da BRASKEM acima referido.
Cores adotadas para pintura de acabamento de painéis elétricos (*):
SUPERFÍCIE COR NOTAÇÃO MUNSELL
EXTERNA / INTERNA DO INVÓLUCRO,
CINZA CLARO N 6,5
BASE E LONGARINAS INTERNAS
CHASSIS DE MONTAGEM ALARANJADO-SEGURANÇA 2,5 YR 6/14
FASE A VERMELHA 5 R 4/14
FASE B BRANCA N 9,5
FASE C MARRON 2,5 YR 2/4
BARRAMENTOS CA NEUTRO AZUL CLARO 2,5 PB 8/4
(conf. NBR-14039) TERRA DE
VERDE-SEGURANÇA 10 GY 6/6
PROTEÇÃO
TERRA
VERDE CLARO 5 G 8/4
“ELETRÔNICO”
POSITIVO VERMELHA 5 R 4/14
BARRAMENTOS CC
NEGATIVO PRETA N1
(*) Válido para painéis de AT e BT
Notas:
1.Se requerido barramento pintado, a identificação de cada barra deverá ser feita preferivelmente ao longo
de toda a peça ou, na impossibilidade, parcialmente representada por uma faixa “zebrada” (largura 100
mm, intervalo 500 mm inclinação 45°) na cor correspondente, tanto nas barras horizontais quanto nas
verticais.
2.Se requerido barramento isolado, a cor do isolante utilizado deverá corresponder à codificação definida
acima. O mesmo é válido para os cabos com condutores isolados coloridos, os quais deverão manter
esta correspondência o melhor possível. No caso em que o isolamento dos barramentos for feito com
tubos termocontráteis, aplicam-se os mesmos critérios da nota 1 acima.

8.3.3 Condições específicas

8.3.3.1 Alimentação
A alimentação de S/E’s das áreas de processo deverá ser dupla, nos níveis em AT (34,5; 13,8; 6,9; 4,16 e
2,4 kV) ou em BT (480 V), as quais deverão ser compostas por painéis de distribuição para uso interno,
associados a transformadores de potência para uso externo ou interno, dimensionados e quantificados de
forma a propiciar uma redundância de 100%.
Os transformadores deverão ser ligados aos painéis secundários por meio de dutos de barras isoladas.
Nos níveis de distribuição em 13,8; 6,9; 4,16 e 2,4 kV e 480 V, os Centros de Cargas deverão ser do tipo
“secundário seletivo redundante”, ou seja, qualquer um dos 2 (dois) transformadores deverá ser capaz de
atender à carga titular total dos 2 (dois) barramentos a eles ligados no seu secundário.
Geralmente, ambos transformadores de potência operam com carga e isolados eletricamente um do outro,
estando os disjuntores das entradas fechados e o de interligação de barramentos de cada Centro de Cargas
aberto, intertravados uns aos outros de modo a permitir operação simultânea com dois (2) disjuntores NF e
um (1) disjuntor NA (operação em “II” ou “L").
Distribuição das cargas
- Nenhuma carga de processo poderá ser ligada em painéis de iluminação nem vice versa.
- Em CCM's: os alimentadores dos motores até 55 kW (inclusive), os transformadores monofásicos de 480-
240/120 V, retificadores, “no-breaks” e demais cargas de 480 V. Deverão existir transformadores para
alimentar exclusivamente os circuitos de iluminação e exclusivamente os circuitos de instrumentação e
controle.
- Os motores maiores que 55 kW até 92 kW (inclusive) com partida direta, os motores maiores que 92 kW
até 370 kW com partida por conversor de freqüência ou por dispositivo de partida suave e demais
cargas maiores que 55 kW até 92 kW (inclusive) serão alimentados diretamente do Centro de Carga de
480 V (PNBT).
- Conversores de freqüência de corrente nominal acima de 100 A (80 kW) até 370 kW deverão ser
alimentados em 480 V diretamente dos PNBTs através de disjuntor power e proteção digital especifica
para conversores de freqüência.

8.3.3.2 Aterramento do neutro


A definição do tipo de aterramento de neutro depende de vários fatores dentre eles os mais comuns são
citados a seguir:
- O nível de tensão do sistema elétrico.
- Possibilidade de sobretensões durante uma falta;
- Continuidade operacional requerida;
- Segurança relativa a incêndio e choque elétrico;
- Niveis de danos e energia incidente aceitáveis;
- Efeito da queda de tensão durante a falta;
- Método usados nos sistemas existentes;

Sistemas com neutro solidamente aterrado (tipo TNS):


Neste sistema solidamente aterrado podemos utilizar o condutor neutro para alimentação de cargas, a
limitação de corrente de curto circuito se dá pelos transformadores rebaixadores de tensão e neste tipo
de aterramento não se tem problemas de sobretensão.

- 208Y/120 V, 3 fases, 4 fios.


- 220Y/127 V, 3 fases, 4 fios usado em iluminação/tomadas de prédios administrativos e áreas
operacionais.

Sistemas com neutro aterrado por resistência de baixo valor (tipo IT):
Neste tipo de sistema, a função do resistor é limitar a corrente de curto-circuito sem deixar de permitir a
sua detecção por relés de sobrecorrente. Neste tipo de sistema as sobretensões também não são um
problema.

- 4.16 kV, 2.4 kV. O resistor deve ser dimensionado para limitar a corrente de curto fase-terra a 600 A ou
800 A.
- 6.9 kV, 13.8 kV. O resistor deve ser dimensionado para limitar a corrente de curto fase-terra a 400 A.
Sistemas com neutro aterrado por resistência de alto valor (tipo IT):
Neste tipo de sistema a falta é fácil de localizar devido ao baixo valor da corrente e permite a
continuidade operacional, porem tomados devem ser tomados conforme descrito a seguir:

- 480 V alimentando motores de processo. O resistor deve ser dimensionado para limitar a corrente de curto
fase terra a 5 A.
- Deve ser previsto a instalação de sistemas de monitoramento e supervisão de correntes de falta a terra
(curtos-circuitos fase-terra e baixa isolação) e pesquisa de curtos fase terra nos sistemas de 480 V
(PNBTs e CCMs), que permitam a rápida localização do circuito defeituoso (ver figura 2).
- Deve ser previsto na isolação dos equipamentos o valor da tensão fase-fase.
- Os sistemas devem ser dimensionados de forma a limitar as sobretensões nas fases sãs na eventual
ocorrência de defeitos fase-terra, como também as correntes fase-neutro e, conseqüentemente, as
sobretensões transitórias devidas a falhas para a terra, originadas a partir de arcos intermitentes, em
níveis compatíveis com o do isolamento dos equipamentos (ver figura 1).
- Pela norma ABNT NBR IEC-60079-14 de instalações elétricas em áreas classificadas, um dispositivo de
monitoramento de isolação deve ser instalado para indicar a primeira falta à terra, pois se a primeira
falta não for removida, a falta subsequente na mesma fase não será detectada, possivelmente levando a
uma situação de risco.
- Pela NBR-5410
Deve ser observado o capitulo 5 “Proteção para garantir segurança” Onde em resumo não é imperativo
o seccionamento automático da alimentação, se satisfeita as condições:
 UL, que é a tensão de contato limite, não for atingida;
 Seccionamento automático no caso de uma segunda falta;
 Deve ser previsto um dispositivo supervisor de isolamento (DSI), para indicar a ocorrência de
uma primeira falta à massa ou à terra. Esse dispositivo deve acionar um sinal sonoro e/ou
visual, que deve perdurar enquanto a falta persistir. Caso existam as duas sinalizações, sonora
e visual, admite-se que o sinal sonoro possa ser cancelado, mas não o visual, que deve
perdurar até que a falta seja eliminada.
CONDIÇÃO P/ OPERAÇÃO: IR  IAG + IAB

SUPERVISÃO

QD

P/ SINALIZAÇÃO

480V

CCM

480V

M M OUTRAS
CARGAS

APLICAÇÃO
Sistemas com neutro Isolado:

Sistemas com neutro isolado não serão permitidos em novas instalações.

8.3.3.3 Paralelismo
Não é permitido paralelismo em sistemas de 34,5 kV e 13,8 kV.
Nos níveis de 6,9 kV, 4,16 kV, 2,4 kV e 480 V, somente será permitido paralelismo tipo “momentâneo” dos
transformadores, pelo fechamento dos disjuntores de entrada e de interligação dos centros de cargas ao
mesmo tempo, nas manobras de transferência das cargas de um barramento para outro.
A abertura do disjuntor de entrada correspondente ao transformador a ser desenergizado deverá se dar por
meio de chave seletora manual e botão de acionamento, de modo que possa ocorrer automaticamente a
transferência (manual / automática), cujo tempo deverá ser definido para atender a eventual padrão da
concessionária e/ou as características operacionais dos disjuntores acima referidos, porém não superior a
0,5s (30 ciclos), desde que não esteja atuada nenhuma proteção contra curto-circuito ou sobrecarga
momentânea prolongada em qualquer uma das barras.
O paralelismo momentâneo deverá ser implementada através de lógicas nos relés digitais de proteção das
entradas e interligação, usando para tanto, onde necessário, entradas discretas de dispositivos externos
(relés, chaves, seletoras, contatos auxiliares, etc) para efetivação da lógica do esquema.
A permissão para o paralelismo momentâneo entre as barras deverá ser condicionada a posição de um relé
de cheque de sincronismo (25), dos relés digitais instalados nos painéis, comum a ambas as seções da
subestação.
Uma vez efetuado o paralelismo, deverá ser automaticamente dado o comando de abertura de um dos três
disjuntores do painel, cuja escolha será feita por meio de uma chave (43 LB) de três posições (A/B/C),
exclusiva por painel, correspondendo as seleções locais A/B/C, ou seleção remota via SCADA.
A chave 43LB deverá disponibilizar contatos fechados, os quais permitirão ao sistema SCADA identificar a
posição da chave.

8.3.3.4 Transferência automática


Deverá ser previsto esquema de transferência automática entre as fontes dos centros de carga de 6,9kV,
4,16kV, 2,4kV e 480 V, o qual atuará em duas configurações básicas:
- Se uma seção de carga estiver operando em duplo “I”, ou seja, com os dois disjuntores de entrada
fechados e o disjuntor de interligação aberto, a transferência se dará no sentido de abrir o disjuntor de
painel no lado respectivo em que se verifica a falta de tensão e fechar o disjuntor de interligação.
- Caso o painel esteja em “L”, ou seja, alimentador por um disjuntor de entrada e o disjuntor de interligação
fechado, a transferência se dará no sentido de abrir o disjuntor do lado do alimentador em que se
verifica a falta de tensão e fechar o disjuntor do outro lado.
A transferência automática deverá ser implementada através de lógicas nos relés digitais de proteção das
entradas e interligação, usando para tanto, onde necessário, entradas discretas de dispositivos externos
(relés, chaves, seletoras, contatos auxiliares, etc) para efetivação da lógica do esquema.
O sistema de transferência automática será executado pela função (27) do relé digital, esta função deverá
atuar quando a tensão de uma fase cair abaixo do valor ajustado entre 0 e 70% da tensão nominal e
promovendo desde que haja tensão do outro alimentador, a abertura do respectivo disjuntor. Internamente
ao relé, após a operação da unidade de subtensão, deverá ser programada uma temporização de 0 a 5 seg.
destinada a garantir um decaimento da tensão residual no barramento. Após esta temporização, um contato
“NA” específico do relé de proteção, energizará um relé auxiliar, que por sua vez permitirá o fechamento do
disjuntor devido (conforme a configuração do centro de carga) por meio de transferência automática.
A transferência automática terá início quando um dos relés de entrada atua por subtensão e só será
efetuada se:
- A chave 43CS (Automático/Manual) ou seleção do SCADA da seção respectiva estiver na posição
automático,
- O contato temporizado da função de subtensão do relé de proteção do lado oposto estiver aberto,
- Nenhuma das unidades de proteção de sobrecorrente das duas barras da seção estiver atuada (função
86),
- O estado dos disjuntores de interligação e de entrada do lado oposto forem mutuamente excludentes (um
fechado e outro aberto),
O relé do lado com subtensão deverá desligar o respectivo disjuntor de entrada, o relé do lado oposto
deverá fechar o respectivo disjuntor que estava aberto, desde que todas as condições para a transferência
sejam satisfeitas.
O relé não deverá atuar em caso de falha de sua alimentação auxiliar nem quando de sua extração para
manutenção.

8.3.3.5 Seletividade Lógica


A seletividade lógica é um esquema de comunicação entre relés de sobrecorrente instalados em cascata em
pontos de um mesmo circuito com intuito de possibilitar a utilização de suas unidades instantâneas de
proteção sem perda da seletividade, diminuindo assim os tempos dos “steps” de proteção e, por
conseguinte, o tempo de eliminação de faltas.
Na prática, esta função traduz-se no envio de um sinal discreto (contato seco ou mensagem GOOSE do
IEC-61850) de um determinado relé sensibilizado por uma corrente de falta a um relé a montante, o qual
também está sentindo uma falta suficiente para sensibilizar qualquer uma de suas unidades instantâneas.
O relé a montante, tão logo perceba através de uma entrada lógica, que o relé a jusante está sensibilizado
para atuação, bloqueará o “trip” de suas funções instantâneas.
A seletividade lógica poderá existir em diversos degraus. Assim, é necessário que o relé, ao sentir a entrada
de seletividade lógica fechada indicando que um relé a jusante está sentindo a falta, deverá bloquear
somente a atuação de “trip” de suas funções instantâneas. Caso estas funções instantâneas também sejam
sensibilizadas por correntes de valor maior do que o seu “pick-up”, a saída de seletividade lógica deverá
fechar para bloquear o relé que está no próximo degrau de seletividade. Ou seja, o bloqueio interno do relé
quando de sua entrada de seletividade lógica estiver fechada bloqueará o “trip” das funções instantâneas
durante o tempo especificado, mas não o fechamento de saída auxiliar de seletividade lógica para o relé à
sua montante.
As funções temporizadas dos relés continuarão a atuar como retaguarda da proteção do relé à jusante.
Tempos de Seletividade
As funções temporizadas em série deverão ser coordenadas com os seguintes tempos:
 Relé e disjuntor de baixa tensão: 300 ms
 Relé e relé: 300ms
 Relé e curva superior de fusível: 200 ms
As funções instantâneas deverão ser habilitadas conforme o esquema de seletividade lógica descrito
acima. Neste caso o tempo entre dois relés deverá ser somente o tempo de fechamento do relé de saída
de seletividade lógica e uma margem de segurança.

8.3.3.6 Falha de Disjuntor


A função falha de disjuntor (50BF) fará com que o relé feche uma saída auxiliar ou gere uma mensagem
GOOSE quando comandar o “trip” do disjuntor e este não abrir. Esta função deverá ser tal que o relé
continuará a supervisionar o circuito após comando de “trip” de sobrecorrente. Se a corrente continuar
acima do valor ajustado, decorrido o tempo ajustado após o “trip”, o relé fechará o contato auxiliar ou
gerará uma mensagem GOOSE que comandará a abertura de um disjuntor a montante.

8.3.3.7 Dimensionamento e especificação


Os componentes de potência deverão atender à classe de tensão e NBI prescritas nas normas pertinentes.
Conforme mencionado anteriormente, os sistemas deverão ser dimensionados para atender aos valores
máximos e mínimos das correntes de curto-circuito trifásico e fase-terra nos diversos níveis de tensão, as
quais deverão ser calculadas nas diversas condições operacionais do sistema, a partir das impedâncias
equivalentes no ponto de conexão com a concessionária e/ou com a geração própria.

8.3.4 Subestações de Alta Tensão (tipo abrigado)

8.3.4.1 Localização
Preferivelmente, as subestações novas deverão ser localizadas em pontos da unidade que permitam:
- Fácil e adequado acesso subterrâneo ou aéreo à rede de distribuição em AT existente na planta;
- Fácil e adequado acesso pessoal e por veículos, incluindo áreas para manobra;
- Fácil e rápido acesso pessoal às rotas de fuga nas redondezas;
- Fácil e rápido acesso a equipamentos de combate a incêndio localizados nas redondezas;
- A disposição das salas dos transformadores de potência voltadas para a face sul magnética,
independentemente da localização da unidade no país;
- A localização afastada ou adequadamente isolada por paredes corta-fogo, de equipamentos e instalações
de fontes alternativas de emergência contendo equipamentos estáticos de Sistema de Energia
Ininterrupta (UPS, carregadores de bateria e baterias) e/ou equipamentos dinâmicos de Sistema de
Geração de Emergência (grupos moto-geradores);
- A localização da sala de bateria(s) e de gerador(es) de emergência nas extremidades internas da
edificação e adjacente à área externa (para permitir iluminação e ventilação naturais e facilitar as
instalações do sistema de VAC e o combate a eventual incêndio);
- A localização da bateria de cilindros de CO2 próxima à sala ou ao local dos painéis de AT (para o
monitoramento / combate a eventuais arcos elétricos ocorridos nestes equipamentos pelo sistema de
inundação total por CO2);
- Imunidade contra inundações e impermeabilidade a lençol freático;
- O arejamento, com vistas a evitar a formação de água condensada, bolor e mofo no interior da edificação;
- A construção da edificação em terreno consolidado por suas qualidades topográfica e geológica;
- Expansão construtiva e/ou espaço externo livre para instalação anexa de futuros equipamentos auxiliares
pertinentes à subestação, incluindo inclusive a ampliação de bandejamentos subterrâneos e/ou aéreos
adjacentes (isto é válido também para o espaço interno livre nas salas técnicas quanto à previsão de
ampliações futuras);
- Haver distância segura das fontes emissoras de poluentes agressivos e/ou fontes de risco próprias de
áreas classificadas nas proximidades (visando a desclassificação da subestação);
- Haver distância segura das áreas de segurança e áreas de risco, que não poderão ficar sujeitas a
eventual incêndio / explosão proveniente da própria subestação;
- A localização da subestação a favor dos ventos predominantes (para não ficar sujeita às emanações de
produtos e substâncias perigosas ou agressivas na atmosfera, emitidas por equipamentos / instalações
vizinhas);
- A localização baricêntrica da subestação (eqüidistante das maiores cargas ou grupo(s) de cargas
elétricas).

8.3.4.2 Características do controle


As novas subestações deverão ser concebidas com sistema digital de monitoramento e controle que permita
realizar, de forma remota, as seguintes tarefas (diretamente da sala de controle geral da unidade):
- Operar e monitorar os equipamentos de 230 / 88 / 69kV;
- Operar e monitorar as entradas, interligações e saídas dos painéis de 34,5 / 13,8 / 6,9 / 4,16 / 2,4kV
(PNAT’s);
- Operar e monitorar as entradas e a interligação dos painéis de 480V (PNBT’s);
- Monitorar transformadores de potência em geral (AT/BT);
- Monitorar os alarmes e as proteções das barras de 230 / 88 / 69 / 34,5 / 13,8 / 6,9 / 4,16 / 2,4 / 0,48kV,
com registro de eventos.
Este sistema deverá ter ainda as seguintes características:
- Permitir a interligação das diversas funções realizada por meio de “softwares” dedicados, com objetivo de
eliminar fiação, cabos, relés multiplicadores de contato, temporizadores, chaves etc.;
- Permitir que o sistema faça contínuo auto-teste e auto-diagnose dos ”hardwares” e “softwares” utilizados;
- Permitir a implementação de novas funções, no futuro, sem grandes alterações no sistema;
- Verificação permanente da consistência dos dados de entrada;
- Permitir a impressão de relatórios, tais como listas de eventos, valores de corrente e tensões (antes,
durante e após uma falta), tempos de operação de relés, disjuntores etc.;
- Possibilitar a implementação de rotinas operacionais automáticas, com vistas à simplificação e aceleração
das seqüências operativas;
- Permitir imediata e completa avaliação de todas as informações e medições;
- Incorporar todos os intertravamentos da subestação;
- Ter recursos para reconhecer as situações anormais e rapidamente tomar as medidas adequadas para
que a instalação volte ao normal;
- Possibilitar a análise do histórico e das condições de operação de cada equipamento antes do início da
manutenção.
As unidades ou relés de proteção deverão ser do tipo digital multifunção (proteção, medição,
intertravamento, comando, controle, sinalização e monitoração integrados num único dispositivo). A
conversão analógico-digital das medições deverá ser processada por unidades de “hardware”
microprocessadas. Os dados oriundos desta conversão deverão ser utilizados nos algoritmos de proteção e
nas demais funções.
Estas unidades deverão possuir também recursos próprios para comunicação com as demais unidades do
mesmo sistema, de modo a permitir implementação de lógicas de proteção que possibilitem a detecção de
eventual falha e da atuação de relé(s) à jusante, no menor tempo possível (ex.: aplicação de seletividade
lógica da proteção elétrica).
A comunicação entre os diversos componentes do sistema deverá ser feita através de redes de
comunicação, via relés multifunção com processador IEC 61850, com protocolo padronizado e aberto,
padrão IEC 61850, velocidade de 100Mbps, padrão Ethernet, TCP/IP, funções de mensagem
GSSE/GOOSE, funções de proteção ANSI (mínimas): 50/51, 50/51N, 68, 50BF, 43, 27, 86, “load shedding”,
94 e apto a trabalhar com “switches” ópticos gerenciáveis.
Os relés deverão possuir interface de acesso localizada na sua face frontal, para permitir parametrização
local e leitura dos dados através de microcomputadores PC ou “notebooks”. Os programas de
parametrização deverão ser adequados a rodarem em PC’s / Notebooks padrão IBM.
NOTA: Cabos provenientes de área industrial ou que percorra longas distâncias não devem ser conectados
diretamente em entradas de equipamentos digitais (relés, etc). Para esta situação devem ser instalados
relés de interposição eletromecânicos com o objetivo de evitar que tensões capacitivas e/ou indutivas
espúrias, transmitidas via cabo, sensibilizem indevidamente as entradas digitais destes equipamentos.

8.3.4.3 Características construtivas


As subestações novas poderão ser construídas:
- Dentro de outras edificações, tanto no seu interior quanto preferivelmente na sua periferia interna (a
definição dependerá das características do sistema elétrico projetado, dos seus equipamentos
especificados e da área disponível) ou
- Em edificação própria, adjacente ou isoladamente de outras edificações
Em função da área disponível no terreno, poderá ser uma construção horizontal (preferível) ou vertical. Em
qualquer das alternativas, deverão ser claramente definidos os espaços reservados aos equipamentos
atuais e futuros. Em ambas alternativas, as portas de acesso pessoal às salas elétricas deverão se abrir
para fora e serem todas do tipo corta-fogo, com barra antipânico e visor de vidro.
Na construção horizontal, deverão ser previstos os seguintes espaços (mínimo):
- No térreo externo adjacente / subsolo: pátio/ cela(s) com paredes corta-fogo para transformador(es)
com óleo mineral ou vegetal / resistor(es) de aterramento; cela(s) com paredes corta-fogo para
capacitor(es); tanque de combustível; caixa de coleta de líquido isolante; caixa de fumaça;
equipamentos de VAC (torre(s) de resfriamento; filtro de ar);
- No subsolo (térreo): piso / porão / ala para cabos de AT e BT, fechado ou aberto;
- No térreo (1° piso): ala / sala para equipamentos de AT + medição + supervisão; ala / sala para
equipamentos de BT + serviços auxiliares [UPS’s, estabilizador(es), carregadores de bateria]; sala para
painéis de interface; sala de bateria(s); sala de VAC [unidade(s) de resfriamento, ventilador / exaustor];
sala de gerador(es);
- Na cobertura: talha(s) elétrica(s) ou manual(is); equipamentos de VAC (compressor(es); torre(s) de
resfriamento; filtro de ar).
Na construção vertical, deverão ser previstos os seguintes espaços e acessos (mínimo):
- No térreo externo adjacente / subsolo: tanque de combustível; caixa de líquido isolante; caixa de
fumaça; torre(s) de resfriamento, filtro de ar;
- No térreo: pátio / cela(s) com paredes corta-fogo para transformador(es) com óleo mineral ou vegetal /
resistor(es) de aterramento; sala de gerador(es); cela(s) de capacitores; sala de bateria(s) com paredes
corta-fogo; sala de painéis; sala de VAC (unidades de resfriamento);
- No 1° piso: sala para cabos de AT;
- No 2° piso: sala para equipamentos de AT + medição + supervisão; sala de VAC [ventilador(es) /
exaustor(es)];
- No 3° piso: sala para cabos de BT;
- No 4° piso: sala para equipamentos de BT + serviços auxiliares [UPS’s, estabilizador(es), carregador(es)
de bateria]; sala para painéis de interface; sala de VAC (unidades de resfriamento);
- Na cobertura: talha(s) elétrica(s); ponte rolante; equipamentos de VAC (compressor(es); torre(s) de
resfriamento; filtro de ar);
Nota:
1- Todos os níveis da edificação deverão ter acesso externo via escadaria comum.
2- A necessidade de utilização de paredes corta fogo deverá ser confirmada pela PROJETISTA. Devem
ser avaliadas as distâncias de isolação, utilização de trafos secos, óleo vegetal, etc.

8.3.4.4 Área mínima de cada ambiente


Critérios para definição de área mínima de cada ambiente destinado a equipamento(s) elétrico(s) de
potência e bandejamentos para cabos (leitos e eletrocalhas):

 (Área ocupada por equipamentos auto-sustentados)* ≤ 40% x (Área do ambiente)

 (Área ocupada pelo bandejamento) ≤ 40% x (Área do Ambiente)

Nota:
(*) Excluindo o espaço livre ao redor dos equipamentos.
Em função da periculosidade e/ou agressividade da atmosfera próxima e externa à subestação e da
temperatura da região, as salas contendo painéis elétricos deverão ser pressurizadas e/ou climatizadas:
- Porão / sala(s) de cabos fechada(s) deverá(rão) ser pressurizada(s) (sistema de pressurização conforme a
norma NFPA-496);
- As salas dos equipamentos de AT e BT deverão ser climatizadas;
- A tomada de ar deverá ser previamente filtrada (filtro de ar seco ou químico), cuja entrada evidentemente
deverá ser fora da área classificada ou de poluente agressivo.
Nota:
Para outras informações sobre pressurização e climatização de salas elétricas, ver o item 5.4.7 deste
documento.
Deverá ser mantida uma distância livre mínima ao redor dos equipamentos:
- Painéis de AT e CDC’s em 480V:
Face contendo equipamentos removíveis 1500 mm
Demais faces 1000 mm
- CCM’s em 480V 1000 mm
- Transformadores de potência (a partir da parte mais afastada da linha de centro,
como radiadores e caixas de proteção das buchas):
Lado da caixa de AT 1200 mm
Demais faces 1000 mm
- Resistores de aterramento 1000 mm
Deverá ser mantida uma distância vertical livre mínima de 1000mm entre o topo do equipamento interno
mais alto e o ponto mais baixo do teto da subestação (incluindo as vigas), assim como a parede das celas
dos transformadores, a 400mm acima do topo deste equipamento, referente ao seu ponto mais alto.
Independentemente da natureza do meio isolante dos transformadores de potência, estes equipamentos
deverão ser instalados em celas individuais com paredes tipo corta-fogo de altura padronizada, baseando-se
no ponto mais alto da maior unidade.
As bases de concreto para os equipamentos externos da subestação deverão ter uma altura mínima de 150
mm acima do solo, já considerando os recobrimentos finais. O piso das celas de transformadores, assim
como os trilhos que os sustentam, deverão estar neste mesmo nível.
As áreas do piso ao redor dos painéis, utilizadas para remoção de equipamentos, deverão ficar no mesmo
nível do equipamento a ser removido. No caso de equipamentos extraíveis com montagem elevada, deverá
ser fornecido mecanismo adequado para a extração do componente no seu nível de montagem. Num
mesmo piso no interior da subestação, em hipótese alguma não poderá haver desnível entre as salas.
Deverá ser garantido pela construtora da edificação o nivelamento exato do piso de salas elétricas,
especialmente daquelas onde serão montados painéis auto-suportados modulares e acopláveis entre si.

8.3.4.5 Itens de segurança


A proteção contra incêndio em subestações deverá atender às prescrições da NBR-13231.
Sistemas de detecção, alarme e combate contra incêndio devem ser instalados nas salas de cabos das
subestações.
As salas contendo painéis elétricos deverão ter no mínimo 2 (duas) portas de acesso externo, sendo uma
para entrada de equipamentos e outra somente para pessoal, ambas abrindo para fora e com vedação
contra a entrada de pós e trava antipânico nas respectivas portas.
Os corredores formados por equipamentos e painéis elétricos, como também pelos bandejamentos para
cabos, deverão ser dirigidos no sentido das rotas de fuga e saídas de emergência.
O fechamento das portas abertas de painéis elétricos deverá se dar no sentido das rotas de fuga e saídas
de emergência (preferencialmente, as portas dos painéis deverão ter abertura de 180°).
As salas de painéis elétricos deverão possuir aberturas fechadas por caixilhos fixos com vidro translúcido e
luz de emergência.
O acesso à sala de cabos deve ser executado pelo interior da sala de painéis. No lado aposto ao acesso
principal deve ter uma saída de emergência em escada tipo marinheiro.
Nas proximidades de todos os compartimentos da subestação, deverá ser previsto um ou mais
extintores de incêndio portáteis e/ou sobre rodas de CO2 e/ou pó químico seco, de acordo com as normas
NBR-15808, 15809 e 12693. No interior das salas de AT e BT, deverá ser previsto um (1) ponto de ar
comprimido seco (de instrumentação).
Toda subestação deverá ser externamente identificada, em local ou locais facilmente visíveis.
Todo bandejamento para cabos, facilmente acessíveis no interior da subestação, deveré ser protegido por
tampas e/ou defensas metálicas aterradas.
Todos os eletrodutos que chegam e saem da subestação deverão ser selados internamente, assim como
toda abertura interna ou externa em paredes, pisos e tetos para passagem de bandejamentos para cabos,
tais como leitos, eletrocalhas e perfilados, deverão ser vedados com material antichama (proteção passiva).
Para informação a este respeito, ver o item 8.4.9 deste documento.
Todas as interligações de sistemas de controle dos equipamentos e painéis da subestação deverão ser
feitas por intermédio de caixa(s) de junção ou painel ou painéis de interface, instalado(s) no interior da
edificação. Este mesmo critério deverá ser seguido para as interligações dos painéis elétricos com os
sistemas supervisórios e de controle remotos (instrumentação / automação).
Subestações a serem instaladas em área classificada deverão ser pressurizadas e climatizadas
adequadamente, devendo suas instalações elétricas externas ser apropriadas à área classificada. Estas
devem ter pressurização monitorada e com alarme de falha no SDCD. Deve seguir rigorosamente a norma
ANBT NBR-IEC60079-13 (Atmosferas explosivas – Parte 13: Construção e utilização de ambientes ou
edificações protegidas por pressurização). A transição de cabos entre as áreas externa e interna à
subestação deverá ser por meio de caixas de areia ou pela tecnologia MCT – Multiple Cable Transit.

8.3.4.6 Arco elétrico


No projeto e construção de ambientes de painéis elétricos de alta e baixa tensão devem ser considerados os
requisitos mínimos de segurança a fim de eliminar ou evitar, e na impossibilidade desta situação, minimizar
os danos às pessoas e às instalações elétricas, causados por arco elétrico.
Para novos projetos de sistema elétrico deve-se buscar atingir o nível de categoria de risco II até 33,47
J/cm2 (ou 8 cal/cm2). Para instalações existentes não devem ser admitidos valores acima de 167,36 J/cm2
(ou 40 cal/cm2), conforme estabelecido para categorias de risco IV, da norma NFPA 70E.
Para atingir os valores especificados acima, deve-se:
a) Reduzir o tempo de atuação dos dispositivos de proteção para as correntes de curto-circuito a arco
elétrico;
b) Reduzir a corrente de curto-circuito a arco elétrico;
c) Instalar monitores de arco nos painéis com tensão maior ou igual a 480 V;
d) Reduzir a energia térmica do arco elétrico incidente na distância de trabalho, através da avaliação da
necessidade de trabalho perto de equipamentos energizados.
A instalação elétrica projetada deve ser calculada conforme norma IEEE 1584 para emissão do documento
de projeto elétrico “Estudo do potencial de risco de arco elétrico no sistema elétrico da instalação”, o qual
deverá conter o cálculo da distância segura de aproximação, conforme norma IEEE 1584 e as etiquetas de
identificação dos painéis indicando o nível de energia incidente e a distância segura de aproximação,
conforme exemplo abaixo:

PERIGO
Painel: P-9591 (Painel de 480Vca da
Oficina)

Perigo de Descargas e Choques


Elétricos
NECESSÁRIO EPI ESPECÍFICO
2
0
Zona Limite de
9
Proteção ao Arco
elétrico
c
m
6 Energia do Arco a
1 (457) mm em J/cm2

Categoria 3
4
8
0 Perigo de Choque
com Tampa
V Removida
A
C
1
0
6
Zona Controlada
7
(NFPA70E 51)

m
m
3
0
5 Zona de Risco de
Choque Elétrico
m
m

2
5
Zona Proibida
(Linha Viva)
m
m

8.4 REQUISITOS GERAIS

8.4.1 Sistemas vitais


No caso específico de subestações, o sistema de corrente contínua deve alimentar as bobinas de abertura,
fechamento e motor de carregamento das molas dos disjuntores, relés, alarmes e sinalizações da
subestação, a remota ali instalada, bem como a iluminação de emergência interna da subestação e da casa
de controle. O sistema deve preferencialmente possuir tensão nominal de 125 Vcc, com redundância
(topologia abaixo orientativa, em maiores detalhes na PNE-70-00060).
O tempo de operação requerido para os Sistemas Ininterruptos de Alimentação Elétrica, após a interrupção
total do fornecimento de energia em CA, deve ser definido pela Engenharia de Manutenção e Confiabilidade,
Automação e Engenharia de Processo da planta, considerando as necessidades das unidades atendidas e o
tempo máximo para o retorno do suprimento externo de energia. O tempo mínimo é de 30 minutos.
Em sistemas de controle de processo e subestações não devem ser utilizadas baterias seladas (VRLA). Em
CPDs ou outros sistemas administrativos existentes, onde não haja espaço adequado para baterias
ventiladas, poderão ser utilizadas baterias seladas, com autorização da BRASKEM.
Sistemas de controle, instrumentação / automação de processos (PLC, SDCD), devem ser supridos
preferencialmente por 125Vcc (sistemas críticos A e B). CPD, comunicação de voz de dados, segurança
(CFTV, detecção / alarme de incêndio, controle de acesso etc.) e outros sistemas similares, que requeiram
alimentação confiável e estabilizada, deverão ser alimentados através de fontes alternativas.

DIAGRAMA UNIFILAR SISTEMA VITAL DE CORENTE CONTÍNUA PARA


SUBESTAÇÕES E SISTEMAS DE CONTROLE DE PROCESSO
Notas
1- Deve ser fornecido intertravamento elétrico para impedir o fechamento simultâneo dos disjuntores.
2- Caso os painéis de cargas sejam próximos, os disjuntores assinalados por NF, normalmente fechados,
podem ser substituídos por um único disjuntor localizado no painel de By-pass (prática recomendada).

DIAGRAMA UNIFILAR SISTEMA VITAL DE CORENTE ALTERNADA PARA SISTEMAS


DE CONTROLE DE PROCESSO

Para sistemas alimentados


- Em c.c. (24, 48 ou 125Vcc, conforme padrão da unidade), deverão ser previstos conjuntos exclusivos
constituídos de carregador / retificador(es) e bateria(s) de acumuladores;
- Em c.a. (120 e/ou 208v, conforme o padrão da unidade), deverão ser previstos conjuntos exclusivos
constituídos de UPS(s) (no-break’s) com ou sem estabilizador(es) de tensão estáticos.
Em ambos os sistemas, deverão ser atendidos os seguintes requisitos, quando solicitado:
- Potência nominal do equipamento ≥ 20% acima da potência nominal total (ou ≥ 40% acima da demanda)
das cargas a serem alimentadas (opção pelo maior resultado); requisito válido para a bateria e o
carregador;
- Tecnologia pwm para o módulo inversor;
- Baixo nível das harmônicas de tensão e corrente (mesmos adotados para os pac’s definidos na ieee 519)
na entrada do equipamento / sistema como também na saída, no caso de ups’s;
- Alto mtbf (mean time between failure), mínimo de 150.000 h;
- Baixo mttr (mean time to repair), máximo de 15 minutos;
- Proteção contra surtos elétricos e rádio-freqüência na entrada;
- Proteção com fusíveis ultra-rápidos na entrada;
- Alta cem - compatibilidade eletromagnética;
- Altas regulações estática e dinâmica de tensão;
- Alta capacidade de sobrecarga momentânea;
- Recursos para operação nas seguintes configurações operacionais (arquitetura topológica): simples,
isolada redundante, paralela redundante ou primário seletivo para equipamento com operação simples
por entrada;
- Opção por simplicidade operacional;
- Características para trabalhar diretamente com a rede e com gerador(es) de emergência;
- Equipamentos com características próprias para trabalhar com acumuladores de qualquer tecnologia
(alcalina ou chumbo-ácida ventilada ou selada).
- Para acumuladores de chumbo-ácida para sistema nominal de 125 Vcc, definir prefernicalmente com 64
elementos (ao invés de 60 u 62) permitem folga adicional de tensão final de descarga em 112 Vcc ao
invés de 105 Vcc. Em regime normal podemos retirar baterias em falha e ainda ter condições e
operação do sistema dentro de valores adequados.

Para a instalação de sistemas vitais, preferencialmente requer-se:


- Localização dos equipamentos o mais próximo possível das cargas a serem alimentadas e baricêntrica
(eqüidistante dos maiores consumidores ou grupo de cargas);
- Independentemente do porte do sistema ou da tecnologia dos acumuladores, a(s) bateria(s) deverá(rão)
ser instalada(s) separadamente do(s) equipamento(s) a eles acoplados;
- Localização adjacente entre si e em ambiente climatizado do(s) equipamento(s) e correspondente(s)
painel(éis) de distribuição do sistema vital;
- A(s) bateria(s) de acumuladores chumbo-ácidos tipo ventilado deverá(rão) ser instalada(s) em sala
exclusiva ou em áreas abertas bem ventiladas, sem nenhum equipamento elétrico faiscante ou não
faiscante nas proximidades e com iluminação natural adequada no horário diurno e artificial indireta
adequada no horário noturno. Para bateria(s) de acumuladores chumbo-ácidos tipo selado requer-se
também sala exclusiva, porém sem as salvaguardas mencionadas acima;
- As respectivas áreas reservadas ao(s) equipamento(s) e bateria(s) deverão ambas permitir expansões
futuras.
Especialmente para as salas de bateria(s):
- O corredor interno da sala de bateria(s) de acumuladores formado pelas estantes dos elementos deverá
ser direcionado no sentido da porta de acesso (no sentido da rota de fuga, para não dificultar a saída do
operador nas emergências);
- Paredes, teto e piso adequados às emanações de acumuladores chumbo-ácidos tipo ventilado;
- Porta de acesso único do tipo corta-fogo e com abertura para fora, barra antipânico e visor de vidro;
- Janela de abertura com iluminação natural e localização oposta à porta de acesso (para permitir
ventilação cruzada através dos acumuladores);
- Tomada de ar de entrada limpo na sala de bateria(s) e saída dos gases ácidos e de hidrogênio gasoso
para ambientes abertos, sem fontes de risco nas vizinhanças;
- Teto sem vigas internas e inclinado na direção da janela (para evitar a retenção de bolsão de hidrogênio
gasoso);
- Piso inclinado na direção da caixa de coleta de água de lavagem, do tipo estanque para evitar infiltração
no subsolo;
- Volume interno da sala dimensionado para ser ≥ 2x o volume mínimo de hidrogênio gasoso gerado pelos
acumuladores, após 8h de recarga (a concentração máxima de h2 no ambiente deverá ser de 1% em
volume), em caso volumes superiores, considerar a sala como área classificada e garantir toda a
instalação para esta situação.
- A taxa de ocupação da área da(s) estante(s) da(s) bateria(s) deverá ser ≤ 40% da área interna total da
sala;
- Quanto à ventilação / exaustão mecânica, o(s) ventilador(es) / exaustor(es) quando necessários
deverá(ão) ser anti-centelhante(s) e anti-corrosivo(s), montado(s) no interior do duto de ar e acionado(s)
via correia por motor(es) elétrico(s) instalado(s) externamente ao duto e à sala de bateria(s), do tipo
TFVE, IPW-55.
A PROJETISTA deverá emitir uma memória de cálculo da seletividade entre disjuntores, ou fusíveis, dos
sistemas vitais.
Em sistemas vitais de processo e de subestações devem ser adotados os seguintes critérios:
- Os cabos dos circuitos de distribuição deverão ter isolação 0,6/1kv;
- As barras dos painéis de distribuição devem ser isoladas com tubos termocontráteis;
- O espaçamento entre disjuntores dos painéis de distribuição deve ser no mínimo equivalente a um
disjuntor monofásico. Não serão aceitáveis disjuntores justapostos;
- Todos os circuitos de saída dos painéis de distribuição devem ser levados a bornes do tipo olhal fechado;
- Deve ser avaliado pela PROJETISTA a implantação de sistemas de detecção de positivo ou negativo a
terra em cada circuito de saída dos principais painéis de distribuição de corrente contínua.

8.4.2 Reaceleração seletiva automática


Nos casos de súbita falta de energia elétrica nos sistemas de AT e BT, deve ser avaliada a necessidade de
implantação de um sistema de reaceleração seletiva automática de determinadas cargas elétricas, em
grupos ou escalonadas, após o retorno da energia, em tempos predeterminados, por meio de controladores
lógicos programáveis (CLP’s) dedicados ou similar.
A definição dos grupos de motores, do tempo entre a energização de cada grupo e do tempo de espera do
retorno da tensão de alimentação deverá ser feita com base nas características do sistema elétrico da
unidade e nas informações da engenharia de processos envolvida. No caso de dúvida, a BRASKEM deverá
ser consultada.
Em cada CCM de AT e BT e painel de acionamento envolvido, deverá ser eleito um ou mais compartimentos
(ou gavetas) para a instalação de CLP’(s) dedicado(s) à reaceleração, com redundância ou não.
Determinadas concessionárias de energia elétrica requerem o conhecimento prévio das cargas reaceleradas
automaticamente pelo consumidor, bem como eventual previsão ou reajuste do releamento de proteção no
PAC rede pública x unidade. Nestes casos, a PROJETISTA ficará encarregada de tramitar correspondência
e documentação técnica para cumprir formalmente as exigências pertinentes. Caso necessário, a
BRASKEM poderá participar das tratativas técnicas iniciais entre as partes.
8.4.3 Proteção catódica
Deverá ser previsto sistema de proteção catódica por corrente impressa, com ânodos de grafite ou ferro-
silício, para as tubulações enterradas, fundos de tanques e quaisquer outras estruturas metálicas sujeitas à
corrosão.
Notas:
1. A implementação de proteção catódica para a proteção de instalações subterrâneas e de qualquer
equipamento com interligação subterrânea deverá levar em conta a sua compatibilidade operacional
com a do sistema de proteção elétrica fase-terra da unidade.
2. O carregador de bateria da proteção catódica deverá ser desligado sempre antes da abertura de
algum flange de tubulação protegida contra corrosão pelo sistema de proteção catódica se nela for
necessári algum serviço de manutenção (para evitar abertura de arcos elétricos desnecessários e
perigosos em áreas classificadas).

8.4.4 Aterramento

8.4.4.1 Sistemas de aterramento


Toda expansão prevista nas unidades da BRASKEM deverá possuir sistemas de aterramento exclusivos
(proteção e funcional), na forma de malha, anel ou linhas, calculada e dimensionada de acordo com as
normas e recomendações pertinentes, devendo ser interligados à malha geral de aterramento existente na
unidade em pelo menos 2 (dois) pontos, visando assegurar a continuidade elétrica das malhas, diminuir
adicionalmente a sua resistência de aterramento equivalente e equalizar o melhor possível os potenciais dos
diversos sistemas de aterramento instalados na planta.
Nota:
A malha geral é o resultado da interligação, uma às outras, das diversas malhas de terra, ferragem de
pilares e tubulações de edificações, subestações e equipamentos de porte e de sistemas de aterramento
dedicados.
No caso de pequenas expansões, a instalação de um quilá de aterramento (instalação de três (3) hastes
interligadas umas às outras através de cabo de cobre nu, com distância mínima de 3,0 metros entre si,
podendo estar dispostas em linha reta ou formar um triângulo quilátero) é uma solução aceitável, desde
que ele seja interligado à malha geral de aterramento através de cabo de cobre nu, dimensionado
adequadamente para que a corrente que se deseja escoar não cause diferenças significativas de potenciais
entre as malhas de terra, que poderão ser prejudiciais à operação do sistema elétrico da unidade.
Nestas malhas de terra, deverão ser devidamente conectadas:
- A carcaça de todos os equipamentos elétricos de potência (AT e BT), controle, proteção, medição,
sinalização e alarme;
- A carcaça de todos os equipamentos eletromecânicos de processo;
- A carcaça de todos os equipamentos de processo (tanques, tubulações, máquinas, etc.) Para eliminar
eletricidade estática;
- O neutro de transformador de potência (direta ou indiretamente via resistor de aterramento);
- As colunas metálicas de edificações e ferragens de estruturas aparentes e em concreto armado e de
fundações;
- Todas as peças e partes metálicas não utilizadas em eletricidade (cercas, corrimãos, escadas,
suportações de utilidades etc.);
- O aterramento funcional de instalações e equipamentos eletro-eletrônicos tipo ETI (direta ou indiretamente
via MTRS – Malha de Terra de Referência de Sinal);
- A blindagem de cabos;
- Todos os condutos (leitos, eletrocalhas, eletrodutos e perfilados);
- SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, tanto a proteção externa por captores e
descidas quanto as proteções internas por dispositivos e sistemas de proteção contra surtos elétricos);
- Quaisquer esquemas de aterramento em AT (TNR, TT e IT) e em BT (TN, TT e IT) com suas respectivas
variações, desde que devidamente interligados à malha geral de aterramento.
A malha de terra mencionada refere-se à malha subterrânea feita com cabos de cobre nus enterrados,
devidamente conectados entre si e à hastes de terra. Elementos a ela agregados, tais como cabos de
aterramento aparentes, ferragens de fundação e de estruturas metálicas, pilares e vigas em concreto
armado e outros, embora participem significativamente na melhoria da resistência ôhmica da malha de terra,
não deverão ser considerados como eletrodos no seu dimensionamento.
Nota:
Em áreas com meio ambiente agressivo, nas quais não haja possibilidade de evitar vazamentos, purgas
e emanações gerais de substâncias / produtos agressivos (via tecnologia de processo) e que possa
causar problemas de corrosão devido ao ataque ao cobre (tanto na atmosfera quanto infiltrada no solo),
alguns cuidados deverão ser tomados por ocasião do projeto das instalações, agindo isolada ou
conjuntamente em benefício da durabilidade da malha de terra e dos pontos de conexão a ela aparentes.
A escolha por uma ou mais das soluções abaixo, poderá ser adotada em função das características do
processo, das substâncias / produtos envolvidos, do arranjo dos equipamentos e das condições e
espaços disponíveis:
- Localização da malha de terra em um nível mais alto no subsolo do terreno e devidamente afastada
dos equipamentos e instalações de processos poluidores;
- Uso de manta plástica cobrindo e protegendo adequadamente a malha de terra, caso não seja
possível o seu afastamento da área;
- Uso de cabos isolados nos afloramentos do aterramento de equipamentos e instalações e nas
descidas do sistema de proteção externa de spda (visando reduzir ao máximo as peças e partes
metálicas expostas e sem proteção no ambiente);
- Proteção de conectores e pontos de solda aparentes dos cabos de aterramento pela aplicação de
massa asfáltica, graxa, silicone, epóxi ou outro produto apropriado a cobri-los e isolá-los da ação
corrosiva do poluente;
- Uso de proteção catódica específica para a malha de terra.
Importante:
Para empreendimentos cujas obras de implantação ocorram praticamente paralelas ao projeto de
detalhamento, o projeto do sistema de aterramento deverá ser o primeiro a ser elaborado e liberado para
construção, tendo em vista a sua importância em permitir o aterramento provisório, mas seguro, de
edificações e estruturas metálicas em geral (ainda em fase de construção), de ferramentas elétricas
portáteis em geral (como máquinas de solda) e outras aplicações típicas e necessárias aos serviços de
montagem industrial, bem como permitir a liberação para concretagem de pisos de áreas de processo e
pavimentação de arruamento interno da unidade, se necessário.

Materiais básicos das malhas de terra:


- Cabos de cobre com seção 50 ou 70 mm²;
- Hastes de aterramento tipo “copperweld”, dimensões ø1/2”, 5/8” e 3/4” x 3000 mm (ou ø13, 16 e 20 mm x
3000 mm);
- Barras de distribuição (chapeiras).

8.4.4.2 Dimensionamento
Somente como referência, as malhas de terra deverão ser dimensionadas segundo a norma IEEE 80, com
características próprias que permitam dispersar para a terra propriamente dita as sobretensões e
sobrecorrentes de curto-circuito fase-terra, de falhas de isolação dos sistemas de BT e AT existentes no
sistema elétrico a ser implantado e de descargas atmosféricas.
Para efeito de verificação, o dimensionamento destes sistemas deverá ser tal que os potenciais de toque e
de passo, em qualquer ponto do sistema elétrico por eles atendidos, resultem em valores dentro das faixas
admissíveis estabelecidas na norma acima referida. As características de agressividade do solo (umidade,
Ph) deverão ser consideradas na definição dos materiais a serem empregados na sua constituição.
Os dimensionamentos deverão ser elaborados somente com os dados colhidos via medição exclusiva das
resistividades do terreno onde a malha será implantada.
No dimensionamento, deverá ser adotado um tempo de eliminação da falha compatível superior aos tempos
de atuação dos dispositivos de proteção a serem utilizados no sistema de alimentação elétrica em AT e BT.
Para o dimensionamento de um sistema de aterramento, recomenda-se a medição prévia da resistividade
do solo pelo método dos 4 (quatro) pontos (método geral de Wenner), que deverá ser realizada em 2 (dois)
sentidos de direção por ponto, após 5 dias de estiagem no mínimo, utilizando-se de terrômetro aferido.
Após a instalação da malha de terra projetada, deverá ser realizada a medição da resistência de contato
entre a malha e o solo, bem como a medição de continuidade entre os pontos de aterramento e as hastes,
utilizando-se do método dos 3 (três) pontos, com terrômetro aferido. No relatório de medição, deverão
constar, além dos valores de medição das resistividades do terreno, os valores de medição acima referida.
Se a resistência de malha exceder a 5 Ohm, conforme prescrito na NBR-7117, deverão ser instaladas
hastes adicionais e/ou hastes mais profundas ou ainda aumentado o reticulado interno da malha de terra
para que o seu comprimento total seja maior, de modo a ser atendido este requisito da norma. Somente em
último caso, a malha poderá ser corrigida com tratamento químico, bentonita ou sal. Em hipótese alguma,
este atendimento poderá ser conseguido pela interligação com a malha geral de aterramento da planta.
Os cabos de malha de terra deverão ser instalados a 600 mm de profundidade e a 450 mm na passagem de
ruas, não devendo haver cortes nem emendas. Deverão ser previstos cabos de aterramento ao longo dos
“envelopes” de dutos subterrâneos.

8.4.4.3 Características das instalações


Para a requerida interligação da malha nova à malha geral de aterramento existente, somente nos casos de
distâncias a serem percorridas 100 m, empecilhos enterrados intransponíveis e/ou pisos acabados
(concreto e asfalto), considerados irremovíveis pela BRASKEM, é que se permitirá a interligação aérea
entre malhas de terra via condutos para cabos (leitos, eletrocalhas e eletrodutos). Neste caso, cabos e
condutos deverão ser apropriados às condições de influências externas por onde passarem, assim como a
interligação deverá ser através de terminal ou barra de aterramento principal previsto nas extremidades,
junto de cada malha, conforme o item 6.4.2.4.1 da NBR-5410.
Cabos de aterramento a serem instalados sobre condutos do tipo leito e eletrocalha, além das extremidades,
deverão também ser conectados à malha de terra ou a triodos de aterramento intermediários a cada 20 m,
com seção de acordo com as normas técnicas.
Qualquer que seja a instalação interna e onde aplicável em áreas externas, para esta malha deverá ser
previsto um ou mais terminais ou barras de aterramento principal acessíveis, nas quais deverão ser
conectados os seguintes condutores:
- Condutor de aterramento;
- Condutores de proteção principais;
- Condutores de equipotencialidade;
- Condutores de aterramento funcional;
- Eletrodos de aterramento de outros sistemas.
Cada terminal ou barra de aterramento deverá permitir a medição da resistência de aterramento da malha,
soltando-se os diversos condutores a ele conectados.
Deverão ser previstos pelo menos quatro (4) terminais ou barras de aterramento no porão de cabos sob sala
elétrica de subestação.
Em pontos estratégicos da malha, as hastes de terra deverão ser acessíveis para inspeção e manutenção
(poços de terra) construídos de manilha de barro ou plásticas, com 300 mm de diâmetro e 300 mm de altura
e com tampa em ferro fundido, preenchida com pedra britada (#2) de modo a ficarem descobertas a
cabeça da haste e a sua conexão ao cabo da malha de terra.
O eletrodo de aterramento em uma edificação poderá ser constituído de eletroduto específico (preferível) ou
ainda pelas armaduras (ferragens) de aço embutido no concreto da sua fundação, conforme o item 6.4.2.2
da NBR-5410, as quais deverão ser utilizadas sempre que possível.
Para as instalações de energia em AT e BT (áreas industriais), o esquema de aterramento deverá ser tipo
“IT” (devido o uso de resistor de aterramento) e para as instalações eletro-eletrônicas em geral (automação,
comunicação, telecomunicação, CFTV, inversores de freqüência, conversores CA, UPS, estabilizadores
etc.) do tipo “TN-S”, conforme as normas NBR-14039 e NBR-5410 respectivamente.
Para as seções mínimas dos condutores de proteção, deverão ser seguidos os requisitos do item 6.4.3 da
NBR-5410. Abaixo, como referência, alguns critérios e seções a serem seguidos e utilizados:
- O neutro de transformadores de potência e de turbo-geradores deverá ser ligado à malha de terra através
de resistor de aterramento, com resistência própria para limitar o valor da corrente de falta à terra. A
carcaça deverá ser ligada diretamente à malha de terra através de cabos de 70mm² no máximo, em dois
(2) pontos distintos;
- Nos transformadores com secundário em 220v, o neutro e a carcaça deverão ser ligados diretamente à
malha de terra (solidamente aterrados). A carcaça poderá ser ligada à malha de terra através de um
único cabo de 70mm² no máximo;
- Os centros de cargas e ccm’s de at e bt deverão ser aterrados através de cabos de 70mm² no máximo,
em 2 (dois) pontos distintos (gavetas extraíveis e fixas deverão ser solidamente conectadas à malha de
terra, via terminal ou barramento de aterramento principal). Todas as saídas para alimentação de
painéis secundários, equipamentos e máquinas deverão possuir um condutor de proteção específico
(com seção igual ou superior à da fase e mínima de 70mm² e capa em pvc na cor verde), para a
interligação e equalização de potencial dos barramentos de segurança (pe) e das massas metálicas;
- Todos os painéis de controle em ca e cc deverão ser aterrados com cabos de seção máxima de 70mm²;
- As caixas de comando local deverão ser aterradas com cabos de seção máxima de 16mm²;
- Os motores de bt 440 (preferencial) e 220 v das áreas de processo deverão ser aterrados diretamente a
malha de terra da unidade, caso utilizado cabo Tetrapolar deverá ser internamente a caixa de ligação
pelo quarto condutor (PEN), e da mesma forma aterrado externamente por cabo de cobre nú. Para
áreas agressivas deverão ser utilizado cabos isolados.
A seção do cabo de aterramento para motores de baixa tensão deverá seguir as seguintes
recomendações:

CABO TERRA (mm²)


Seção dos condutores de
fase S (mm2)
Interno cx.ligação Externo
(isolado) (nu ou isolado)
S 16 S 16

16 S 35 16 35
S 35 S/2 70

- Os motores de AT (4,16 ou 2,4 kV) deverão ser aterrados internamente por cabo isolado e externamente
por dois (2) cabos de cobre nu (para áreas não agressivas) ou isolados (para áreas agressivas) de
seção 70mm², independentemente da sua potência nominal ou se a área é classificada ou não.
Notas:
1. Para áreas agressivas, o conector de aterramento externo dos motores deverá ser devidamente
coberto com produto protetor (massa asfáltica, graxa, silicone, epóxi ou outro produto).
2. Os cabos das fases deverão ser tripolares até a seção de 120mm² e unipolares a partir desta seção,
independentemente da classe de tensão.
Aterramento da blindagem de cabos
- Cabos de AT: aterramento de uma única extremidade (lado da origem; lado dos TC´s de proteção) quando
houver proteção tipo “ground-sensor” (50 ou 51GS) no alimentador; caso não houver esta proteção,
aterramento de ambas extremidades;
- Cabo de controle (inclusive PT100): aterramento de uma única extremidade (lado da origem).
Generalidades
- Tanques de armazenamento, torres e equipamentos de grande porte deverão ser sempre aterrados em
dois (2) pontos diametralmente opostos;
- Tubulações de processo conduzindo material sólido, como polímeros, para a eliminação de eletricidade
estática;
- Tubulações metálicas conduzindo líquidos inflamáveis ou não inflamáveis geram também eletricidade
estática. Portanto para estações de carga / descarga deverão ser previstas chapeiras para o
aterramento temporário de caminhões ou outros veículos de transporte de substâncias e produtos
perigosos.
- Dispositivos elétricos operando com tensão ≤ 250V, tais como luminárias, tomadas de utilização geral etc.,
são considerados suficientemente aterrados pelo próprio eletroduto e pelo cabo terra instalado no seu
interior;
- Deverá ser observada cuidadosamente a continuidade elétrica de eletrodutos, leitos, eletrocalhas e
estruturas metálicas;
- Os eletrodutos deverão ter pelo menos um dos seus extremos rigidamente interligado ao sistema de
aterramento, exceto quando originados em equipamentos aterrados e com entradas rosqueadas;
- A continuidade elétrica dos leitos e eletrocalhas deverá ser garantida através de "jumper" entre as peças e
entre os vários níveis quando superpostos uns aos outros;
- A conexão entre os próprios cabos da malha de terra e entre estes e estruturas ou equipamentos fixos
(como vasos e tanques), deverá ser feita através de solda exotérmica. As conexões à hastes, painéis ou
quaisquer equipamentos passíveis de remoção, deverão ser feitas através de conectores mecânicos
apropriados;
- A partir da barra de terra da S/E e ao longo de todos os dutos subterrâneos para cabos, deverá ser
instalado um cabo de aterramento de seção  70mm², no qual serão interligadas as peças metálicas, os
leitos e eletrocalhas próprios das caixas de passagem subterrâneas;
- O aterramento externo da carcaça de motores, das demais cargas não motoras, de equipamentos,
estruturas e peças metálicas em geral deverá ser executado no eletrodo da malha de terra, situado o
mais próximo possível;
- O cabo de interligação desse condutor e os equipamentos deverá ser em cobre nu, têmpera meio-dura,
encordoamento Classe 2, com seção compatível às características do elemento a ser aterrado (ver do
documento PNE-70-00060 - Requisitos mínimos para especificação de equipamentos e materiais
elétricos);
- Caso um ramal de aterramento atenda a mais de um equipamento, este deverá formar uma malha para
assegurar o aterramento de todos os equipamentos através de dois (2) pontos. A seção mínima a ser
adotada nos ramais de aterramento de equipamentos elétricos deverá ser de 16mm²;
- As partes metálicas dos leitos e eletrocalhas não deverão ser consideradas unicamente como condutoras
de aterramento. Poderá ser previsto também, como opção, um cabo terra por bandejamento,
independentemente da sua seção transversal. Para leitos e eletrocalhas em fibra de vidro, este cabo
deverá ser previsto em toda a sua extensão (proteção contra eletricidade estática);
- A continuidade elétrica de eletrodutos em “pull-points” deverá ser garantida através da interligação, por
meio de cabo de cobre nu, seção mínima de 16mm², entre todos os eletrodutos que chegam ou saem
dos “pull-points”, incluindo os reservas;
- O aterramento de sistemas elétricos com fonte alternativa (rede x gerador) deverá ser previsto com
características que atendam ao modo de aterramento do neutro do transformador e gerador(es)
alimentando cargas 3F+N+T e 3F+T, prioritárias e não prioritárias:
a) Neutros solidamente aterrados
REDE x GERADOR / CARGAS 3F+N+T
REDE x (2) GERADORES / CARGAS 3F+N+T
REDE x GERADOR / TRANSFORMADOR ISOLADOR
REDE x GERADOR / CARGAS 3F+T

b) neutros aterrados por resistores de aterramento


REDE x GERADOR / CARGAS 3F+T

Notas:
1. Prever relé de proteção de falta à terra neste ponto.
2. Este diagrama é válido também para fonte alternativa tipo rede x no-break, no caso substituindo-se o
gerador por no-break em série com transformador isolador delta-estrela aterrada.
3. Resistor de aterramento de alta impedância não é permitido caso a tensão FN 150V.

8.4.4.4 Aterramento eletrônico (ou “digital”)


Os equipamentos / componentes eletro-eletrônicos do tipo ETI (Equipamentos de Tecnologia da
Informação), típicos de processos e instalações industriais e prediais (instrumentação, automação,
comunicação de voz e dados, intercomunicação, segurança, CPD´s, informática etc.), comumente referidos
como equipamentos eletrônicos sensíveis (EES), instalados em subestações, salas elétricas, sala de
controle, escritórios etc., deverão ser todos conectados à uma malha de terra dedicada chamada MTRS -
Malha de Terra de Referência de Sinal que trabalhará como aterramento funcional para sinais de alta
freqüência, com objetivo de servir de terra de referência para os referidos EES’s e absorver eventuais sinais
de rádio-freqüência que penetrarem no sistema elétrico de modo comum, i.e. via terra com retorno à fase ou
ainda por outra interface existente (p.ex. comunicação de voz e de dados).
Esta interligação deverá ser feita por meio de “barras eletrônicas” específicas com fim de aterramento de
componentes e sistemas eletro-eletrônicos (aterramento funcional) conforme mencionado acima, previstas
no interior dos próprios equipamentos ou dos painéis que abrigarem tais componentes, ou ainda de uma ou
mais barras aparentes com montagem em parede (chapeira), quando forem comuns a grupos de EES’s.
Esta metodologia deverá atender às prescrições dadas no item 6.4 da NBR-5410.
Cada uma das especialidades relacionadas acima deverá ter sua(s) “barra(s) eletrônica(s)” exclusiva(s). Ver
o Esquema de Aterramento a seguir:
ESQUEMA DE ATERRAMENTO DE EQUIPAMENTOS ELETRO-ELETRÔNICOS
À MTRS deverão ser conectadas também todas as carcaças dos equipamentos e componentes eletro-
eletrônicos, assim como as partes metálicas e demais equipamentos e materiais de instalações integrantes
do ambiente, como painéis de distribuição / controle / instrumentação, eletrodutos, leitos e eletrocalhas,
ferragem de colunas e/ou pisos em concreto armado, suportes de piso falso, equipamentos de VAC,
tubulações de água e de incêndio, armários metálicos diversos etc. Essas conexões deverão ser executadas
preferivelmente via “barras eletrônicas” comuns com montagem em parede (chapeira), por meio de fitas ou
cordoalhas curtas de cobre isolado ( 500 mm).
Notas:
1. Os suportes metálicos de pisos falsos (macaquinhos) poderão ser utilizados como parte integrante
da MTRS;
2. Eletrodutos, leitos e eletrocalhas de cabos elétricos deverão ser conectados paralelamente também
à malha de terra da edificação ou malha geral de aterramento.
3. Tomadas tripolares específicas de salas elétricas contendo MTRS deverão ter seu pino terra
conectado paralelamente tanto na referida MTRS quanto na barra de terra do(s) painel(éis) de
distribuição que alimenta(m) estas tomadas.

A MTRS deverá se localizar no interior de cada sala técnica que contenha equipamentos eletrônicos
sensíveis e ser feita de uma das quatro (4) maneiras:
- Preferivelmente de chapa em aço galvanizado, espessura 0,5 mm e com dimensões externas
equivalentes à área interna da sala;
- Malha feita de fita ou cordoalhas de cobre estanhado, seção de 20x0,5mm, com reticulado (trama) de lado
máximo 500mm e com dimensões externas equivalentes à área interna da sala, sendo os nós
devidamente soldados com solda latão;
- Malha feita de cabos de cobre estanhado, seção de 6 a 16 mm², com reticulado de lado máximo 500mm e
com dimensões externas equivalentes à área interna da sala, sendo os nós devidamente soldados com
solda latão;
- Malha feita de tela de arame soldado, em aço galvanizado (ca 60, conforme nbr-7480) e revestido em pvc
(espessura de 0,3 mm mínima), fios com diâmetro 10 BWG, com reticulado retangular de 100x50 mm e
com dimensões externas equivalentes à área interna da sala.
A MTRS deverá ser instalada preferivelmente sob os EES’s a serem aterrados, afastada de uma distância
máxima igual ao lado do seu reticulado (≤ 500 mm). Para tanto, poderá ser utilizada uma das seguintes
soluções:
- Sob piso falso, com a MTRS montada entre ele e o piso acabado da sala técnica que abriga tais
equipamentos (esta malha deverá ser executada antes da instalação dos cabos de sinais);
- Suspensa escondida, fixada adequadamente por conectores nos macaquinhos de suportação dos pisos
falsos (quando estes forem existentes, já com os cabos de sinais instalados);
- Suspensa aparente, fixada adequadamente por conectores apropriados no teto do piso/andar existente
logo abaixo da sala técnica que abriga EES’s.
- Embutida na superfície do piso acabado da sala, acima do piso estrutural (pontos de conexão à MTRS
deverão ser previstos e conectados às “barras eletrônicas” comuns anteriormente mencionadas);
A interligação do “terra lógico” dos EES’s às “barras eletrônicas” e destas à MTRS deverá ser através da
tecnologia do “aterramento por ponto único” (distribuição radial). As “barras eletrônicas” não deverão ser
interligadas umas às outras para serem evitados “loops” de correntes espúrias via MTRS.
A MTRS deverá ser ligada à malha de terra da edificação e/ou à malha geral de aterramento da planta com
fim também de equalização de potencial, apenas por questão de segurança pessoal. A interligação destas
malhas deverá feita ser por meio de duas (2) vias no mínimo, com cabo de cobre isolado, seção máxima de
50 mm², capa de cor verde.
As conexões à MTRS das “barras eletrônicas” dos equipamentos e painéis acima mencionados, incluindo-se
o “terra lógico” dos componentes, deverão ser feitas preferivelmente com fita ou cordoalha curta de cobre
isolada, seção de 20x5mm, cujo comprimento máximo não poderá exceder ao comprimento do lado do
reticulado da MTRS (≤500mm). Quando o comprimento desta interligação for superior ao comprimento
referido, deverá ser utilizada fita ou cordoalha com largura ≥ 40mm.
A “barra eletrônica” com montagem em parede poderá ser uma ou mais peças, em função das dimensões
da sala técnica e/ou quantidade de equipamentos eletrônicos sensíveis previstos no ambiente. Deverá ser
construída com uma barra chata em cobre estanhado, seção de 20x0,5mm, e ser fixada à parede por meio
de isoladores tipo bujão, a uma distância da MTRS não mais que o comprimento do lado do seu reticulado
(≤500mm) e situar-se preferencialmente sob pisos falsos facilmente acessíveis.
Em sistemas elétricos com esquema de aterramento “TN-S”, especial atenção deverá ser dada à
distribuição necessariamente separada dos condutores neutro e de proteção (PE), desde as tomadas
tripolares (F+N+T) até suas conexões às respectivas barras nos painéis alimentadores, para evitar possíveis
inversões de funções (neutro fazendo papel de terra e vice-versa).
Nota:
A distribuição dos condutores de proteção (PE) pelas tomadas deverá ser radial, sem formar “loops” de
correntes.
Faz parte do projeto e da instalação de sistemas de aterramento para sistemas e equipamentos eletro-
eletrônicos sua imunidade contra os efeitos causados por Interferências Eletromagnéticas (IEM), tensões e
correntes harmônicas e descargas atmosféricas. A imunidade deverá ser obtida
- Pelo seu esquema de aterramento elétrico, considerando sua topologia (configuração projetada para evitar
acoplamento resistivo pelo aterramento) e “loops” de corrente,
- Pela previsão de DPS - Dispositivos de Proteção contra Surtos apropriados, instalados junto a estes
sistemas e equipamentos eletro-eletrônicos,
de modo a atender, ao mesmo tempo, aos requisitos exigidos na proteção contra surtos previstos no
SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, conforme a norma NBR-5419, e de
Compatibilidade Eletromagnética (CEM).

8.4.4.5 Recomendações para controle de eletricidade estática


A PROJETISTA deve definir os requisitos de segurança a serem observados já na etapa de projeto das
instalações com o objetivo de evitar riscos de ignição e choques elétricos decorrentes da eletricidade
estática, bem como estabelecer requisitos operacionais necessários para garantir o uso seguro de
equipamentos, produtos ou processos.
O projeto deve atender as recomendações do NFPA-77 e da API RECOMMENDED PRACTICE 2003 que
trata da Proteção Contra Ignições Provenientes de Eletricidade Estática, Raios e Correntes de Fuga.
As recomendações a seguir de interligação equipotencial e aterramento são para permitir um caminho de
dissipação de cargas e evitar a possibilidade de centelhas na vizinhança da abertura de enchimento.
a) Tanques de Teto Flutuante
O teto deve estar unido à massa do casco.
 Tanques de Teto Flutuante Aberto
Utilizar um shunt entre o teto ou tampa flutuante e a parede do tanque;
 Tanques de Teto Flutuante Interno
Utilizar um shunt ou cabo metal entre o teto ou tampa flutuante e o teto fixo ou casco.
b) Carregamento de caminhões-tanque (com compartimento condutivo)
Quando o carregamento for por cima, onde vapores inflamáveis provavelmente estão presentes, deve
ser feito a interligação equipotencial do caminhão-tanque ao tubo de enchimento vertical, à tubulação
ou plataforma de carregamento de aço. Esta interligação deve ser realizada antes que a tampa do
domo seja aberta e deve permanecer conectada até que a tampa do domo tenha sido seguramente
fechada depois que o carregamento estiver terminado. Esta interligação elimina a possibilidade de
descargas entre o tubo de enchimento vertical e o corpo do caminhão-tanque. O aterramento do
sistema de carregamento (ou seja, plataforma, tubulação, e tubo de enchimento vertical) não oferece
proteção adicional aos riscos de ignição eletrostática, entretanto é necessário para segurança elétrica.
Uma interligação equipotencial deve ser prevista para todas as situações, mesmo em carregamento de
produtos de condutividade alta (> 50 pS/m), para evitar erros de carregamento e padronização de
procedimentos. Correntes metálicas não devem ser utilizadas para interligações, pois o caminho
condutivo não pode ser garantido. Deve ser garantida a continuidade elétrica de todas as partes
metálicas do tubo de enchimento vertical a jusante da interligação equipotencial.
c) Carregamento de vagões-tanque
Deve ser feito a interligação equipotencial entre o corpo do vagão-tanque, tubulação de enchimento e a
plataforma. Para evitar um perigo de ignição como resultado de correntes parasitas, as linhas de
carregamento devem estar interligadas aos trilhos. Deve ser garantida a continuidade elétrica de todas
as partes metálicas do tubo de enchimento vertical a jusante da interligação equipotencial.
d) Manuseio de carga e lastro em navios
Deve ser previsto a interligação elétrica para aterramento de todos os objetos metálicos (em navios,
aterrar é simplesmente conectar objetos metálicos à estrutura do navio), tais como máquinas portáteis
de limpeza de tanque, equipamentos portáteis condutores para medição e amostragem, acoplamentos
e flanges de mangueiras se mais de um lance de mangueiras não-condutivas ou tubulações é usado
na interligação.
Nota:
Altas correntes elétricas entre navio e terminal podem fluir em mangueiras flexíveis e tubulações
eletricamente condutoras em decorrência de sistemas de proteção catódica, diferenças de potencial
galvânico entre navio e terminal e efeitos de fuga de fontes de alimentação. Por esta razão, é recomendado
o uso de flanges isolantes nas tubulações e mangueiras de conexão entre navio e terminal.

8.4.4.6 Sistemas de aterramento para blindagem de cabos de média tensão

8.4.4.6.1 Aterramento em apenas uma extremidade (Single Point)

A projetista deverá aterrar em apenas uma das extremidades dos condutores é a técnica mais simples de
aterramento da blindagem e consiste no aterramento único das blindagens dos três condutores de fase
em apenas um ponto, comum, ao longo de toda a rota do cabo. Neste tipo de instalação, uma tensão é
induzida na blindagem dos cabos, durante a operação normal, sendo que esta aumenta gradativamente
conforme se distância do ponto de aterramento, atingindo o máximo na extremidade oposta do cabo.
Neste caso as blindagens devem possuir isolação adequada para a tensão induzida nas mesmas, e uma
vez que não há um caminho para circulação de correntes, as perdas causadas por estas são eliminadas.
A utilização deste método é preferida para cabos não muito longos, quando não há emendas no circuito,
e sua aplicação é limitada pelo comprimento do circuito tendo em vista os limites de tensão de segurança
estabelecidos nas normas de referência.
A utilização deste método é preferida para cabos não muito longos, quando não há emendas no circuito,
e sua aplicação é limitada pelo comprimento do circuito tendo em vista os limites de tensão de segurança
estabelecidos nas normas de referência. A projetista deverá considerar a tensão induzida gerada em
situação de curto circuito no sistema com valor máximo de 50 Vca.
Vale ressaltar que é recomendada a instalação de um quarto condutor a fim conduzir a corrente de
sequência zero em casos de faltas envolvendo a terra à jusante do condutor.
Este condutor adicional deve ser aterrado em ambas as extremidades, deve possuir uma seção
adequada para o nível de curto-circuito considerado e deve estar espaçado o suficiente dos demais
condutores de tal forma a limitar as tensões induzidas pela corrente de defeito quando da ocorrência de
uma falta monofásica.
O esquema de ligação da blindagem, indicando os limitadores de tensão é apresentado na Figura abaixo.
8.4.4.6.2 Aterramento em ambas as extremidades (Both End)

O aterramento em ambas as extremidades dos condutores visa à eliminação da tensão residual no


condutor, igualando as tensões das extremidades da blindagem ao potencial da terra. No entanto, o fato
de aterrar a blindagem em dois pontos distintos estabelece um caminho para circulação de corrente, cujo
aquecimento produzindo por esta afeta a capacidade de condução de corrente do cabo.
A intensidade da corrente depende do espaçamento entre os cabos e da resistência da blindagem a qual
deve ser dimensionada para suportar a corrente de curto-circuito monofásico. As perdas nas blindagens
aumentam com o aumento do espaçamento dos cabos, porém a aproximação dos mesmos é
desfavorável para a dissipação do calor gerado pelo cabo ao todo.
Uma vantagem deste método é a não utilização de limitadores de tensão e do quarto condutor.
O esquema de ligação da blindagem, indicando os limitadores de tensão é apresentado é apresentado
na Figura abaixo.

8.4.4.6.3 Aterramento Transposto (Cross-Bonded)

O aterramento transposto consiste em efetuar a transposição das blindagens dos condutores nas
emendas dos cabos, sendo que deve haver ao menos 3 (três) lances iguais de cabos para formar uma
seção completa de transposição, de forma a minimizar a tensão induzida ao longo desta seção.
Em condições ideais não haverá circulação de corrente induzida na seção, logo as perdas por circulação
de corrente na blindagem podem ser desprezadas. No caso de desequilíbrio entre os trechos menores
haverá indução de corrente, conforme a proporção de comprimento dos trechos, podendo afetar a
capacidade de condução dos cabos.

Neste tipo de aterramento a blindagem é conectada em ambas as extremidades dos cabos e


pode servir como condutora da corrente de curto-circuito, caso seja adequada para tal
finalidade, evitando a necessidade de inclusão do quarto condutor.

O esquema de ligação da blindagem com Aterramento Transposto é apresentado é apresentado na


figura abaixo.
8.4.4.6.4 Tabela resumo dos métodos de aterramento

8.4.4.7 Tensão Induzida na Blindagem

As blindagens dos cabos são sujeitas a tensões induzidas devido à circulação de corrente nos
condutores. Esta tensão é dependente tanto da corrente conduzidas nos condutores, a qual irá
gerar um campo magnético no local, como quanto da distância em que as blindagens se
encontram de tais condutores. Conforme apresentado na IEEE Std 575, a tensão induzida por
um condutor " j " em um condutor " i " que percorra paralelamente à este, pode ser calculada
por:

Onde é a frequência angular do sistema, é a corrente do condutor j e dij é a distância entre os


centros dos condutores i e j e Eij é a tensão induzida no condutor i pelo condutor j dada em V/m.
Assim, para o cálculo da tensão induzida na blindagem de um cabo, considerando esta como um
condutor, deve-se somar as parcelas de tensão induzida por todos os demais condutores da
proximidade.

Para o caso específico de circuitos trifásicos compostos por 3 (três) cabos unipolares dispostos
na horizontal e cujos condutores das extremidades estão igualmente espaçados do condutor
central por uma distância s, a tensão induzida nos condutores pode ser determinado por:
Onde Ea,Eb e Ec são as tensões induzidas nas blindagens de cada fase, dado em V/m, quando os
condutores estão carregando respectivamente as correntes Ia, Ib e Ic, e ds é o diâmetro médio da
blindagem.

8.4.4.7.3 Limitadores de Tensão da Blindagem

Sabe-se que picos de tensão podem ser verificados nas blindagens quando estas são aterradas em
apenas uma extremidade ou são transpostas de modo a reduzir ou eliminar a corrente induzida nas
mesmas. Os limitadores de tensão da blindagem (Sheath Voltage Limiters - SVL) são utilizados para
proteger as blindagens das tensões elevadas induzidas quando da ocorrência de um curto-circuito,
transitórios de chaveamentos e descargas atmosféricas em caso de linhas aéreas.

Dentre os principais tipos de limitadores de tensão destacam-se as resistências não lineares


tais como Metal Oxide Varistors (MOVs), usualmente aplicadas em para-raios convencionais.
Estes limitadores devem ser adequados para dissipar a energia associada ao transiente de
tensão que o mesmo estará sujeito.
No caso de sistemas cuja blindagem é aterrada em apenas uma extremidade, os SVLs são conectados
na extremidade oposta do cabo, conectando a blindagem ao solo. É recomendada a instalação dos
limitadores de tensão em locais não acessados pelo público geral, estando preferencialmente dentro de
uma subestação ou outro local protegido, visto que há risco de explosão.
No caso de cabos diretamente enterrados, a transposição das blindagens ocorre em caixas de conexão
instaladas na superfície do solo, de modo que as blindagens podem ser facilmente isoladas para
verificação. Nestes casos, recomenda-se a instalação dos limitadores de tensão nestas caixas de
conexão.

Na figua abaixo é apresentado um exemplo de caixa de conexão para transposição das


blindagens incluindo os dispositivos limitadores de tensão.
8.4.4.8 Corrente Induzida na Blindagem

Conforme citado anteriormente o aterramento das blindagens pelo método de transposição ("cross-bonded")
visa reduzir ou até eliminar a circulação de corrente nas blindagens em condições normais de operação. A
eliminação total da corrente de blindagem só ocorrerá caso os trechos de transposição tenham exatamente
o mesmo comprimento, o circuito não sofra interferência de alimentadores próximos e os condutores das
três fases estejam instalados equidistantes uns dos outros.

Assim, o cálculo da corrente induzida nas blindagens deve considerar a tensão induzida em
cada um dos trechos de transposição, as impedâncias próprias e mútuas dos condutores e as
diferenças entre os comprimentos de cada trecho no caso da instalação com transposição,
sendo calculada através da resolução do seguinte sistema matricial:

Onde [∆E] é a matriz de diferença de potencial em volts dada entre dois pontos distintos, [Z] é a matriz de
impedâncias dada em ohms (incluindo as impedâncias próprias e mútuas entre condutores e blindagens
para o trecho em questão), [ I ] é a matriz de correntes dada em Ampères e j é a quantidade de condutores
(núcleo e blindagem).

8.4.5 Proteção atmosférica

8.4.5.1 Proteção externa


Na execução das instalações dos sistemas externos do SPDA (captores e descidas), contra incidência
direta de raios (descarga direta), deverão ser obedecidas as prescrições dadas no item 5.1 da NBR-5419.
Toda ampliação prevista nas unidades da BRASKEM deverá ser precedida de verificação da necessidade
de um SPDA, com base na definição do respectivo nível de proteção, segundo o Anexo B da referida norma.
Sempre que o resultado dos cálculos chegar a um valor entre 10 -5 e 10-3, deverá ser provida proteção
externa contra descargas atmosféricas, a menos que a BRASKEM discorde de sua instalação. O relatório
desta verificação deverá ser apresentado juntamente com os seguintes documentos:
- Memorial de cálculo do SPDA, com os desenhos mostrando os volumes da proteção, dimensões,
materiais e posições de todos os componentes, inclusive eletrodos de aterramento;
- Dados sobre a natureza e resistividade do solo (indicando sua agressividade), obtidos previamente por
medições exclusivas e anotados no relatório de campo a ser fornecido como documentação de projeto;
- Registro dos valores medidos de resistência de aterramento, inclusos no relatório referido acima.
Nenhum ponto das edificações e dos locais a serem protegidos poderá ficar fora do volume de proteção do
sistema de proteção atmosférica, tanto em projetos de SPDA não isolado do volume a proteger quanto em
SPDA isolado do volume a proteger.
A execução das instalações deverá ser precedida de projeto contendo todos os elementos necessários ao
seu completo entendimento. Nenhuma modificação com relação a este projeto poderá ser executada sem a
aprovação por escrito da BRASKEM.
O sistema de proteção externa contra descargas atmosféricas deverá ser definido conforme as prescrições
da NBR-5419 e, nas omissões, conforme as recomendações da NFPA 78. Preferivelmente, deverá ser
utilizado o método “Gaiola de Faraday”, de acordo com as características físicas das edificações, e as
técnicas descritas no Anexo “A” da referida norma.
Para os prédios de subestação, casa de controle e salas técnicas em geral, deverá ser considerado o Nível
de Proteção I, conforme definido na NBR-5419.
A malha de terra do SPDA deverá ser interligada à malha geral de aterramento da planta.
Deverão constar no projeto os captores e condutores de descida, a localização dos eletrodos de terra, todas
as ligações necessárias, bem como os volumes de proteção estabelecidos nos planos vertical e horizontal.
Na execução das instalações dos sistemas externos do SPDA, além dos pontos mais elevados das
edificações, deverá ser considerada a distribuição das massas metálicas, tanto interiores como exteriores, e
as condições do solo.
As descidas acessíveis deverão ser protegidas até 3,0 metros de altura a partir do solo, por tubo isolante em
PVC (no caso de cabos) ou calhas plásticas em PVC (no caso de fitas de aço galvanizado a fogo). Qualquer
que seja o número de descidas, cada uma deverá possuir o seu próprio sistema de hastes, seja acessível
via poço de terra ou não, e constar indicadas em projeto.
Nas descidas e nas conexões, deverão ser utilizados cabos de cobre nu, encordoamento Classe 2, ou em
fita de aço galvanizado a fogo ( 78 microns), com seção não inferior a 35 mm² em ambas as técnicas.
É proibido o uso de emendas nas descidas, conforme a NBR-5419.
Quando for exigido preservar a estética das edificações a serem protegidas, em função das suas
características arquitetônicas e construtivas, poderão ser utilizadas como descidas preferivelmente as
ferragens das armações de suas colunas e vigas em concreto armado, com eletrodo dedicado inserido
nelas. Somente no caso de esta tecnologia não ser passível de execução em construções novas ou em
edificações existentes sem SPDA, é que será permitido o uso de fitas metálicas externas. Nestas condições,
a instalação de cabos nus como descidas aparentes somente será autorizada mediante consulta prévia à
BRASKEM.
As interligações da gaiola ou para-raios à malha de terra das edificações deverão ser feitas de maneira
durável através de solda exotérmica “Cadweld“ ou prensadas, exceção feita à descida destinada à medição,
a qual deverá ser executada por conector apropriado.
Deverá ser instalado pelo menos um poço/ponto de terra de medição em cada conjunto de aterramento. A
conexão da medição deverá estar localizada o mais próximo possível do conjunto de eletrodos de terra, em
local acessível e protegido.
O número dos eletrodos de terra dependerá das características do solo. A resistência de terra não deverá
exceder a 10 Ohm em qualquer época do ano, conforme o item 5.1.3.1.2 da NBR-5419.
Todos os condutores da Gaiola de Faraday e de descidas em áreas não agressivas deverão ser em cabo de
cobre nu ou fita de aço nu. Em áreas agressivas, tais condutores e descidas deverão ser isoladas (PVC, 750
V, 70°C) e com seções conforme indicado na NBR-5419. Os condutores empregados em instalações de
torres e chaminés deverão ter seção máxima de 70mm².

8.4.5.2 Proteção interna


Na execução das instalações dos sistemas internos de um SPDA, deverão ser obedecidas as prescrições
dadas no item 5.2 da NBR-5419, no que se refere a:
- Equalização de potencial através de ligação equipotencial dos sistemas externos do SPDA à armadura
metálica das estruturas (incluindo ferragens de colunas e vigas em concreto armado), das suas
instalações metálicas em geral (elétrica, hidráulica, VAC, segurança e outros), da blindagem de
condutores de potência e de sinal e das massas metálicas em geral (corrimão, escadas, portões etc.)
Localizadas dentro do volume a proteger.
- Aplicação de DPS’s – Dispositivos de Proteção contra Surtos elétricos para a redução dos efeitos elétricos
e magnéticos da corrente de descarga atmosférica de origem direta (incidência direta) ou de origem
induzida ou irradiada (incidência indireta). Sua aplicação deverá visar a redução dos seus “efeitos
colaterais”, tais como DDP’s e correntes de descarga, entrando no volume a proteger pelas interfaces
elétrica e telefônica (redes concessionárias e/ou redes internas aparentes existentes na unidade) e
equipamentos de transmissão / recepção de dados e imagem (antenas), atingindo em especial
instalações ou componentes de EES’s, “queimando-os” ou deixando-os indisponíveis operacionalmente.

Aplicação de DPS´s
Especificamente com relação aos DPS’s, deverá ser empregada a técnica de proteção por CEM –
Compatibilidade Eletromagnética, não detalhada ainda pela norma brasileira /acima referida, mas definida
pela IEC, que utiliza o conceito de ZPR’s – Zonas de Proteção contra Raios (conforme consta na norma IEC
61312-1) e prescreve os limites das classes de Sobretensão das Instalações (conforme está estabelecido na
norma IEC 60364-1).
Classes de sobretensão
Deverão ser adotadas as quatro (4) Classes de Sobretensão das Instalações definidas na norma IEC 60364-
1 (IV, III, II e I), correspondendo cada uma delas à tensão suportável de impulso (NBI) entre fase e neutro
(em Volt), com forma de onda 1,2/50 s, as quais, quando as instalações ficarem sujeitas a surtos elétricos,
não poderão sofrer perfuração da isolação nem descarga disruptiva externa sob determinadas condições
(dependerão dos equipamentos a serem protegidos).
Por exemplo, o valor do NBI de cada classe, para os níveis de tensão 127/220V, é o seguinte:

CLASSE NBI (kV)

IV 4

III 2,5

II 1,5

I 0,8

Graficamente, as classes de sobretensão são representadas da seguinte maneira:

CLASSES DE SOBRETENSÃO EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Notas:
1. Sob a óptica da proteção por CEM, pára-raios tipo estação de AT e relés de sobrecorrente / fusíveis
de proteção instalados na entrada de um sistema elétrico podem ser considerados DPS’s de Classe
IV. Os pára-raios de BT são também enquadrados nesta classe.
2. Se os equipamentos e/ou aparelhos a serem protegidos não forem capazes de suportar os valores
estipulados, deverão então ser instalados DPS´s e/ou sistemas de DPS´s que eliminem, reduzam,
bloqueiem ou isolem adequadamente os EES’s de surtos (pulsos elétricos de origem atmosférica ou
decorrentes de manobras em equipamentos elétricos) e de ruídos elétricos (trânsito de correntes
elétricas de natureza indefinida, chamadas de correntes espúrias, entre sistemas de aterramento e
equipamentos / componentes dos EES´s).
Zonas de proteção contra raios
As ZPR´s deverão ser limitadas por sistemas de prevenção (barreiras físicas), representados por
encapsulamentos metálicos (fachadas metálicas, invólucros metálicos etc.), conforme ilustrado na figura
abaixo:

ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS (ZPR´s)

As zonas de proteção deverão ser indicadas por números de 0 a 3, acompanhadas ou não da classificação
dos DPS´s, sendo:

Zona 0A
Local onde poderá haver incidência direta da descarga atmosférica e, em conseqüência, a irradiação de
campos eletromagnéticos. Exemplo de local: local externo ao volume a proteger.

Zona 0B
Local que não receberá incidência direta da descarga atmosférica, porém poderá sofrer os efeitos de
severos campos eletromagnéticos. Exemplo de local: local interno ao volume a proteger.

Zona 1 (Proteção pelo edifício)


Localizada no interior da edificação, imediatamente atrás do 1° sistema de prevenção (p.ex. parede externa,
estrutura da fachada em concreto), sob incidência de campo eletromagnético reduzido (típico de 30 dB).

Zona 2 (Proteção pela sala)


Localizada no interior de salas elétricas no interior da edificação, sob intensidade do campo eletromagnético
extremamente reduzido.

Zona 3 (Proteção pela carcaça do equipamento)


Localizada no interior de equipamentos, considerada aquela como a proteção máxima contra os efeitos de
campos eletromagnéticos originados pelas descargas atmosféricas.

Enquadramento da proteção
Com base nas Classes de Sobretensão e nas ZPR’s, todas as instalações que possuam sistemas e/ou
equipamentos eletrônicos sensíveis nas unidades da BRASKEM, tais como inversores de freqüência,
UPS’s, centrais telefônicas, equipamentos de segurança, equipamentos tipo ETI etc., deverão ter
enquadramento da proteção, conforme definido nas normas da IEC, devidamente indicado no projeto.
Exemplo 1: Instrumento instalado em campo aberto
Enquadramento: Classe III, Zona 0A
Exemplo 2: EES montado em transformador de potência adjacente de subestação
Enquadramento: Classe III, Zona 0B
Exemplo 3: EES montado no interior de painel de AT instalado em sala elétrica de subestação
Enquadramento: Classe IV, Zona 3

Características dos sistemas de proteção contra surtos


Os DPS’s e sistemas de DPS’s são elementos elétricos e eletrônicos utilizados individualmente ou
combinadas entre si, que possibilitam limitar sobretensões e reduzir sobrecorrentes de um nível de tensão
(com uma determinada forma de onda) para um nível menor (com outra forma de onda) e, ao mesmo tempo,
drenando-as com segurança para terra, se for o caso.
Para a implantação de um sistema de proteção, poderão ser utilizadas as seguintes técnicas:
- Blindagem (“screening”) e desacoplamento (anti “cross-talk”) dos cabos elétricos;
- Eliminação de “loops” de referência (trechos de impedância comum);
- Barreiras de “modo comum” ou “modo diferencial” nos enlaces dos cabeamentos;
- Aplicação adequada dos aterramentos elétricos (60Hz ou de baixa frequência, por Malha de Terra) e
eletrônicos (alta frequência, por MTRS – Malha de Terra de Referência de Sinal).

A escolha técnica de proteção contra surtos deverá ser feita com base nas características operacionais
intrínsecas dos elementos que compõem os DPS’s ou sistemas de DPS’s, em função das características do
sistema ou equipamento a ser protegido (elétrico, comunicação de voz ou dados).
Qualquer solução adotada deverá considerar como primordial o atendimento aos seguintes requisitos:
- Adequabilidade e confiabilidade na proteção proposta
- Velocidade de drenar sobrecorrentes (ou energia)
- Grau mínimo de imunidade intrínseca (recomendada pelas normas IEC) do protegido e da proteção
- Baixo custo de implantação da proteção [baixa relação custo da proteção / custo do sistema (ou
equipamento) a ser protegido]
Importante:
O grau de imunidade requerido para qualquer sistema (ou equipamentos) a ser protegido por um sistema de
proteção contra surtos elétricos deverá ser definido não só pela imunidade intrínseca normativa do protegido
e na adequabilidade / eficiência da proteção, mas também, e principalmente, por procedimentos profiláticos
de projeto e montagem que considerem os princípios de CEM – Compatibilidade Eletromagnética, sem os
quais os DPS’s ou sistemas de DPS’s não terão nenhuma eficácia.

Características dos sistemas de DPS’s


Quando o sistema (ou equipamento) a ser protegido trabalhar com tensão > 100 V, os centelhadores a gás
poderão ser escolhidos para a sua proteção contra surtos elétricos. No entanto, se a tensão for < 100 V ou
se o sistema (ou equipamento) abrigar (ou for) EES, os centelhadores deverão ser combinados com DPS´s
(protetores e/ou filtro), pois, sozinhos, não oferecem proteção completa; no caso, não atendem aos
parâmetros fundamentais nem às características de suportabilidade de tensão da instalação a proteger. Daí
a necessidade de sistemas de DPS´s, normalmente constituídos de três (3) estágios: proteção primária,
filtro e proteção secundária (proteção em cascata ou híbrida), conforme o esquema básico mostrado
abaixo:
I) Proteção primária
- Deverá ter grande capacidade de condução de corrente (energia)
- Deverá apresentar nível de tensão de operação (tempo de resposta) normalmente superior ao suportado
pelo sistema (ou equipamento a proteger)
- Normalmente tem velocidade de operação menor que a requerida
- DPS´s normalmente utilizados: centelhadores a gás (bipolar ou tripolar) e/ou varistores de ZnO ou SAD

II) Filtros
- Poderão ser indutores e/ou resistores, associados ou não a capacitores
- Poderão ter formato em “L” ou “π”
III) Proteção secundária
- Deverá possuir maior velocidade de resposta que a proteção primária
- Deverá apresentar nível de atuação (tensão de disparo) preciso e compatível com o nível de
suportabilidade de tensão do sistema (ou equipamento) a proteger
- Normalmente tem baixa capacidade de condução de corrente
- DPS´s normalmente utilizados: diodos zener (associados ou não a ponte de diodos), Tranzorbs e
varistores de ZnO ou SAD
Notas:
1. A atuação dos sitemas de DPS´s deverá se processar no sentido da proteção secundária para a
primária, de modo que, primeiramente, atua a mais rápida (iniciando a drenagem para terra da
corrente de surto), embora tenha menor capacidade de escoamento. Para que esta parte do sistema
não se danifique, deverão agir os filtros retardando o seu disparo, de modo a defasar e dividir a
tensão da corrente em um tempo suficiente para permitir a atuação da parte secundária, até que
ocorra atuação da parte primária (polarização do centelhador), pois ela deverá ter maior capacidade
de escoamento.
2. Colocada de outra maneira, a operação de um sistema de DPS´s deverá ser a seguinte:
- Na ocorrência de um surto elétrico, os semicondutores deverão atuar primeiramente (devido à sua
baixa tensão de corte e alta velocidade);
- Uma vez atuados, sua resistência interna deverá cair praticamente a 1 ohm, fazendo com que a
corrente do surto alcance a terra, através dos próprios semicondutores e da impedância do
cabeamento inserido entre eles;
- À medida que a corrente do surto aumentar, a tensão “vista” pelos eletrodos do centelhador deverá
aumentar proporcionalmente, pois estes deverão estar em paralelo com a impedância resultante
da referida impedância do cabeamento em série com os semicondutores;
- se a corrente chegar a um valor suficiente para provocar o aparecimento de tensão nos eletrodos
do centelhador, ele irá disparar e atuar drenando todo o excesso de energia para a terra e, assim,
fornecer a proteção extra necessária para que os semicondutores não se danifiquem.
Especificações de DPS´s, conforme as normas IEC 61643-1 e 61000-4-5:
Nas unidades da BRASKEM, deverão ser utilizados DPS´s próprios para as Classes I e II, em sistema com
tensão nominal até 440V, com as seguintes características:

GRANDEZ
ITEM VALORES
A
TENSÃO NOMINAL DO
V 127 127/220 220/254
SISTEMA
APLICAÇÃO - F-N, F-PE-F-PEN F-N, F-PE-F-PEN F-N, F-PE-F-PEN
MÁXIMA TENSÃO DE
V 127 127/220 220/254
OPERAÇÃO
TENSÃO DE
GRAMPEAMENTO V 455 710 1240
@ 8/20 ΜS
MÁXIMA TENSÃO DE
KV 0,7 1,2 1,8
OPERAÇÃO
NÍVEL DE PROTEÇÃO KV 0,8 1,5 2,0
CORRENTE NOMINAL DE
KA 30 30 30
DESCARGA @ 8/20 ΜS
MÁXIMA CORRENTE DE
KA 60 60 60
DESCARGA @ 8/20 ΜS
MÁXIMA SUBSEQUENTE
KA 5 5 5
DE IINTERRUPÇÃO
< 25 ns (ZnO) < 25 ns (ZnO) < 25 ns (ZnO)
TEMPO DE RESPOSTA -
< 1 ps (SAD) < 1 ps (SAD) < 1 ps (SAD)

8.4.6 Sistemas de detecção e alarme de incêndio

8.4.6.1 Aplicação
Em todas as edificações fechadas, existentes nas unidades da BRASKEM, consideradas relevantes à sua
operação e segurança, deverão ser previstos sistemas completos de detecção e alarme de incêndio,
constituídos de detectores automáticos, acionadores manuais, painel central de alarme e indicadores visuais
e audiovisuais.
Em ambientes abertos, considerados de igual relevância, independentemente de estarem ou não
localizados em área classificada, deverão ser previstos sistemas constituídos de sistema de detecção de
gás perigosos específicos e acionadores manuais, atuando no painel central de alarmes e em indicadores
visuais e audiovisuais.
Notas:
1. Entendem-se como detectores automáticos todos os sensores de temperatura, termo-velocímetros e
de fumaça. As especificações destes elementos, assim como as dos indicadores visuais e
audiovisuais, deverão ser compatíveis com as condições ambientais dos locais em que serão
instalados.
2. Os indicadores e o painel de alarme poderão ser existentes na área onde os detectores e
acionadores serão instalados (na sala de controle da área). Neste caso, estes elementos deverão
ser compatíveis e similares entre si para o desempenho adequado dos sistemas de detecção e
alarme de incêndio como um todo para garantir a sua performance.
8.4.6.2 Características básicas dos sistemas
Os sistemas deverão ser projetados utilizando-se da melhor técnica e considerando-se as condições de
cada local e suas variáveis, tais como:
- Limpeza;
- Prioridade operacional;
- Velocidade e variação da velocidade de ar;
- Trocas de ar no ambiente;
- Dificuldade de acesso para combater incêndio.
Preferencialmente, os sistemas deverão obedecer ao circuito de detecção Classe A, conforme a NBR-9441,
para o qual deverá haver fiação de retorno dos detectores e acionadores à central de alarmes com trajeto
distinto da fiação proveniente da central, de forma que uma eventual interrupção em qualquer ponto deste
circuito não implique na paralisação seja parcial ou total do seu funcionamento.
O sistema deverá prever ainda protocolo aberto de comunicação, próprio para futura expansão e/ou
interligação com sistemas supervisórios remotos existentes na planta.
O tipo de sistema de detectores deverá ser o de laços cruzados em todos os ambientes, onde houver
previsão de Sistema de Ventilação e Ar Condicionado (detecção / alarme de incêndio com desligamento do
sistema de VAC). Para outras informações a respeito, ver o item “Sistema de pressurização e climatização
de subestações e salas técnicas” no item 8.4.7 a seguir deste documento.
Todos os equipamentos e partes do sistema deverão ser adequadamente aterrados via “barra de terra
eletrônica”, que, por sua vez, deverá estar conectada à malha de terra da edificação pela técnica de
“aterramento por ponto único”.
Em salas de turbo-geradores e geradores de emergência, deverá ser previsto em cada uma delas um
sistema que detecte o princípio de incêndio na condição de equipamento em repouso e em funcionamento à
plena carga.
O sistema de detecção e alarme de incêndio deverá operar, sem alteração no seu funcionamento, com a
rede de alimentação sob Distorção Harmônica Total da Tensão (THD) em 5%. Deverá também suportar
transientes rápidos que eventualmente surgirem na referida rede ou em cabos de comunicação, conforme a
norma IEC-61000-4-4.
O painel central de alarmes deverá controlar todos os detectores, acionadores e indicadores visuais e
audiovisuais e ter capacidade de transmitir ao sistema supervisório central da planta, no mínimo, os
seguintes eventos:
- Funcionamento normal;
- Avaria geral;
- Avaria na rede de alimentação;
- Avaria em laço;
- Incêndio por laço.
Quando um detector ou acionador for ativado, ele deverá emitir um sinal ao painel central de alarmes que,
por sua vez, enviará um sinal tanto ao sistema de VAC desligando-o quanto aos indicadores audiovisuais
(além do próprio detector ou acionador atuado).
O mecanismo de operação do alarme deverá ser capaz de repetir o código de alarme designado quantas
vezes foi requerido pelos padrões da BRASKEM. O sistema de alarme deverá ter recursos que permitam
testes periódicos, incluindo o da fiação.
A comunicação entre o painel central e o supervisório central deverá ser por cabo de fibra óptica. Este cabo
deverá ser previsto para evitar interferências eletromagnéticas e/ou cargas residuais provenientes de
descargas atmosféricas e, consequentemente, evitar eventuais danos, falhas e falsos alarmes. O
supervisório Central deverá ser instalado em local com presença humana 24 horas x 7 dias (isto é, sob
vigilância humana constante), enquanto o Painel Central de Alarmes deverá estar em local cuja presença
humana é esporádica, basicamente pelo pessoal de manutenção. Nele, a comunicação dos sinistros
remotos deverá ser feita por meio de um quadro sinótico de todas as áreas protegidas por este tipo de
sistema.
O sistema de alarme local, a ser instalado nas áreas de processos e/ou externamente à edificação de
sala(s) de controle, deverá ser composto de 2 (dois) conjuntos audiovisuais, dispostos preferivelmente
próximos às suas portas de acesso principal. Nas áreas de processo, a localização dos alarmes deverá ser
definida na fase de projeto.
Todas as aberturas e furações necessárias para a passagem de eletrodutos deste sistema por paredes e
lajes das Salas Elétricas, Porão/ Salas de Cabos e Salas de Controle deverão ser adequadamente vedadas
por terceiros, a cargo da BRASKEM, com material anti-chama (proteção passiva).
As sinalizações visuais (“leds”) a serem incorporados ao painel central de alarmes, detectores e acionadores
deverão atender ao seguinte critério de cores:
- Vermelho = ativado;
- Verde = atuado;
- Amarelo = falha.

8.4.6.3 Características básicas dos componentes


Painel central de alarmes
Deverá ter as suas características construtivas conforme a NBR-9441 e adicionalmente atender aos
requisitos abaixo indicados:
- Construção adequada à sua manutenção, sem que haja necessidade de sua remoção do local onde será
instalado;
- Localização de fácil acesso, próximo ao percurso da rota de fuga, mas não em local de passagem
pessoal;
- Face frontal protegida contra operações acidentais ou dolosas, permitindo a leitura das indicações visuais
existentes no interior (sem a necessidade de abertura da porta) e impedindo o acesso de pessoal não
autorizado e ao manuseio indevido dos instrumentos e controles;
- Possuir compartimento adequado para o alojamento da bateria de acumuladores ou tê-la preferivelmente
montada em suporte próprio, externo e acima do painel;
- Possuir meios de identificação dos circuitos de detecção e indicação do respectivo local em estado de
emergência, permitindo fácil entendimento do pessoal de supervisão e de intervenção, mesmo que este
não seja familiarizado com a instalação;
- Dimensões compatíveis com a quantidade de circuitos de detecção, alarmes e auxiliares, inclusive com
espaço e recursos internos nos componentes para ampliação para a capacidade final do sistema em
20%, no mínimo;
- Bornes e barras adequadas para os aterramentos elétrico e “eletrônico” de todos os componentes internos
(esta última destinada aos dispositivos eletrônicos e protetores de surtos);
- Todas as interligações do painel com os dispositivos externos deverão ser executadas através de blocos
conectores apropriados e devidamente identificados (tipo de circuito, local atendido, polaridade, corrente
máxima e outras recomendações);
- Os dispositivos eletrônicos deverão ser montados adequadamente separados dos componentes elétricos
e devidamente protegidos por protetores de surtos (para-raios de linha, varistores, isoladores ópticos
e/ou outros), para todos os sinais que entram e saem de cada unidade;
- A fiação interna deverá ser disposta de maneira adequada para não sofrer danos ou causar falhas ou
falsos alarmes no sistema, devido à emissão própria ou externa advinda de IEM-Interferências
Eletromagnéticas ou de IRF-Rádio-Freqüência, características dos surtos elétricos.
- Os painéis de sistemas de detecção e combate a incêndio nas áreas de processos devem ter alimentação
externa de backup em 125 Vcc.

Indicadores visuais e audiovisuais


Os indicadores visuais e sonoros deverão atender aos seguintes requisitos:
- Ter características de audibilidade (sirene eletrônica ajustável ou do tipo “apito a vapor” com > 85 db/1m)
e visibilidade 2 (duas) lâmpadas com acendimento alternado) compatíveis com o ambiente onde serão
instalados, de forma a serem ouvidos e/ou vistos a partir de qualquer ponto da área que estão cobrindo.
Tais dispositivos deverão ser alimentados pelo Painel Central, de acordo com a NBR-9441;
- Resistência mecânica, à umidade e à oxidação dos contatos elétricos, garantindo vida útil de no mínimo 5
(cinco) anos na área onde serão instalados;
- Local com identificação após a sua instalação;
- Conter instruções impressas em português no próprio corpo, de forma clara e em lugar facilmente visível;
- Deverão ser previstos sinalizadores de indicação de incêndio e sinalizadores de rotas de fuga, onde
aplicável.

Detectores de fumaça e termo-velocimétricos


Os detectores deverão ser eletrônicos; os de fumaça do tipo fotoelétrico e os termo-velocimétricos
detectores de calor com temperatura fixa e gradiente (∆t°C/min) e atender ainda aos seguintes requisitos:
- Serem resistentes às mudanças da temperatura ambiente, não acarretando alarmes falsos, defeitos ou
alteração da sensibilidade;
- Serem resistentes à umidade e corrosão existentes nas áreas onde serão instalados e atenderem aos
limites previstos na nbr-11836. A vida útil deverá ser de no mínimo cinco (5) anos, considerando as
condições ambientais;
- Terem identificação do seu fabricante, tipo faixa ou parâmetro para atuação, ano de fabricação, vida útil e
entidade homologadora convenientemente impressos em seu corpo;
- Conter indicação de alarme visual adequado (“led” pisca-pisca), que opere automaticamente no caso de
alarme, previsto no próprio corpo do detector ou em sua base; com memória de alarme que deverá ser
desligada quando da interrupção da tensão de alimentação da sua linha de detecção.

Sistema de detecção de gases perigosos


Este tipo de sistema basicamente deverá ser constituído de duas (2) partes distintas: elementos sensores
(localizados nos locais a serem monitorados) e controladores dedicados (situados na Sala de Controle da
área, podendo ser instalados em painel de controle próprio ou no Painel Central de Alarmes). Deverá
atender aos seguintes requisitos:
- Sensores modulares montados em caixa à prova de explosão;
- O controlador deverá ter função dupla: monitorar os sinais emitidos pelos sensores e ativar as saídas, em
resposta à detecção de concentrações excessivas do gás monitorado; canais providos de ajuste de
alarme alto em ppm’s e “led” para identificação do sensor atuado; circuitos eletrônicos com identificação
do fabricante, faixa de parâmetros, ano, vida útil, entidade homologadora.

Circuitos do sistema
- Quando forem utilizados fios condutores de par trançados, com blindagem eletrostática, esta deverá ser
interligada ao Painel Central, no ponto de aterramento comum do sistema. Fica então proibida a
utilização de vários pontos de aterramento nos distribuidores do sistema instalado;
- A distância entre os cabos de energia de 220 / 117V e os eletrodutos que contêm a fiação do sistema de
detecção / alarme deverá ser de no mínimo 20 cm, para se evitar indução eletromagnética;
- Eletrodutos, cabos e/ou fios deverão ser de uso exclusivo do sistema e independentes das demais
instalações elétricas previstas na edificação. As ligações entre eletrodutos e conduletes / caixas de
passagem deverão ter vedação interna com a finalidade de impedir a eventual passagem de gases e a
umidade formada por condensação interna;
- Os eletrodutos deverão ser metálicos, com rosca NPT (5 fios) e identificados por anéis pintados na cor
vermelha (2 cm de largura, pintados a cada 1 metro), conforme a NBR-9441. Próximo ao detector de
incêndio, deverá constar a inscrição do laço a que pertence e o seu respectivo endereço. As caixas de
passagem também deverão ter as tampas pintadas na mesma cor do eletroduto;
- A interligação entre eletrodutos e qualquer dispositivo deverá ser executada através de eletroduto rígido
ou flexível roscado nas extremidades. A fixação deverá ser realizada adequadamente nos tetos e/ou
paredes. No caso em que conduletes ou caixas de passagem conterem componentes como sirenes,
detectores, acionadores manuais etc., estes deverão ser fixados ao eletroduto de tal modo que o
componente possa suportar uma força de 75 kgf;
- Os detectores e sirenes deverão ser montados de maneira segura para resistir a eventuais impactos
mecânicos (apoio acidental do pessoal da instalação, atividade de manutenção ou de combate a
incêndio etc.);
- A utilização de qualquer dispositivo de seccionamento ou bloqueio nos circuitos de detecção, alarme e
comandos auxiliares fica condicionada à existência de sinalização adequada na Central;
- Todas as interligações de fiações e componentes deverão ser executadas com terminais ou conectores
apropriados. Para facilitar a manutenção, sem a necessidade de desligar individualmente os fios ou
cabos nos terminais dos distribuidores, todos os circuitos deverão ser interligados eletricamente via
bornes terminais apropriados;
- Não será permitida emenda dos fios ou cabos dos circuitos de detecção / alarme mas, se for inevitável,
esta deverá ser executada com terminais apropriados, dentro das caixas de passagem e em locais de
fácil acesso;
- Todos os circuitos deverão ser devidamente identificados no Painel Central e em todas as caixas de
distribuição, devendo conter os bornes de ligação indicando o tipo, o número da linha, a polaridade e a
direção do sinal.

Conexões
- Para a conexão dos cabos no Painel Central, deverão ser utilizados conectores múltiplos, blocos terminais
ou terminais, assegurando-se, em cada caso, a identificação do terminal, pino ou dispositivo de
conexão;
- Tal identificação deverá corresponder-se fielmente à identificação dos condutores e terminais indicada nos
diagramas elétrico e funcional;
- Cada régua ou bloco de terminais deverá possuir uma reserva mínima de 20% do número total de
terminais utilizados e não menos do que duas (2) peças. Em hipótese alguma, poderá ser empregado
mais de um condutor ligado em uma única terminação;
- A variedade dos tipos de conectores deverá ser limitada ao mínimo possível, cuja seção deverá ser
adequada à seção do condutor;
- Os conectores de cabos, circuitos impressos e conjuntos modulares de encaixe (“plug-in”) deverão ser
resistentes a desgastes e à deterioração provocada pelas condições ambientais locais e não deverão
ser submetidos à ação da fadiga ou oxidação;
- Neste caso, os cabos e conexões, bem como as próprias unidades removíveis do equipamento, deverão
ser protegidas contra danos provocados pela eventual remoção, efetuados com equipamento ligado;
- Possuir identificação individual e exclusiva, de acordo com a localização da instalação;
- Detectores instalados fora do campo visual deverão possuir sinalização paralela, para permitir facilmente a
visualização de sua atuação e funcionamento;
- Todas as bases de suporte de detectores deverão ser aparentes; portanto, montadas sobre um adaptador
com os furos para passagem dos eletrodutos e dos cabos. Este adaptador deverá ser fixado diretamente
nas lajes de concreto ou sobre as caixas de passagem de alumínio, no caso de instalação aparente;
- A base deverá ter encaixe para fácil substituição ou manutenção dos detectores.

Acionadores manuais
Os acionadores manuais deverão atender aos seguintes requisitos:
- Serem confeccionados com carcaça rígida, que impeça danos mecânicos aos dispositivos de
acionamento, possuir sinalização de alarme (“led” pisca-pisca) e funcionamento de acordo com as
normas NBR-9441 e NBR-11836. No caso de carcaças metálicas, a isolação entre a fiação e a carcaça
deverá atender à norma NBR NM 60335-1;
- Conterem instruções de operação impressa em português no próprio corpo, de forma clara e em lugar
facilmente visível;
- Terem dispositivos que dificultem o acionamento acidental, porém facilmente destrutível no caso de
operação intencional;
- Serem do tipo “Quebre-o-Vidro”, permitindo a identificação do acionador, operando de modo que o rearme
seja feito no próprio acionador e no Painel Central;
- Terem vida útil de no mínimo cinco (5) anos, para as condições ambientais do local onde serão instalados;
- Serem previstos em locais acessíveis, para facilitar a sua identificação após a instalação;
- Facilitar a realização de ensaios de funcionamento, sem que seja necessária a sua desmontagem.

Fiação
- Poderão ser utilizados cabos ou preferivelmente fios condutores trançados em pares com blindagem
eletrostática nos diversos circuitos dos sistemas a serem fornecidos;
- Todos os cabos ou chicotes previstos nos equipamentos e entre estes e os componentes externos
deverão ser identificados.

Interfaces elétricas
Os limites de bateria do sistema de detecção e alarme de incêndio deverão ser os seguintes:
- Terminais de entrada do dispositivo geral de proteção e manobra do Painel Central de alarmes, que
deverá estar no escopo de fornecimento da PROJETISTA;
- Bornes terminais de controle exclusivo para intertravamento / sinalização remota em sistemas de
pressurização e climatização de salas elétricas cobertos pelo referido sistema de detecção e alarme.

8.4.7 Sistemas de pressurização e climatização de subestações e salas técnicas

8.4.7.1 Premissas básicas


Estes sistemas deverão ser projetados considerando-se que a pressurização e a climatização de ar
adequadas aos respectivos ambientes devem ser alcançadas sem que sejam criadas condições
desagradáveis devidas à velocidade do ar excessiva e/ou a níveis de ruído elevados, tanto nas áreas
internas quanto nas externas a esses ambientes.
Para tanto, deverão ser observadas rigorosamente as recomendações prescritas nas normas NBR-16401,
NBR-10151 e NBR-10152, o mesmo devendo ocorrer com a utilização dos equipamentos e materiais
previstos para evitar a retenção de particulados e/ou condensação da umidade pelo sistema de dutos de
distribuição de ar, proporcionando fácil remoção nos serviços de limpeza (solução integrada com as
soluções arquitetônicas) entre outros requisitos. Em suma, que sejam tomadas todas as medidas
necessárias que atendam às atuais recomendações e legislações sobre a prevenção contra a “Síndrome
dos Edifícios Doentes” (conforme a norma ISA-71.04).
Deverá ser previsto um Sistema de Ventilação / Exaustão completo para Porões / Salas de Cabos fechados
assim como um Sistema de Ar Condicionado completo para Salas Elétricas, de modo a constituir um
Sistema de Ventilação e Ar Condicionado completo (Sistema de VAC).

Características operacionais básicas requeridas de cada sistema


- O Sistema de Ventilação / Exaustão deverá tanto remover o ar quente gerado pelos cabos elétricos
instalados nos porões/ salas de cabos como garantir-lhes pressão positiva. Este sistema deverá
distribuir e manter o ar sob pressão homogênea em todo o ambiente. Operação contínua 24 h/dia;
- O Sistema de Ar Condicionado deverá controlar automaticamente a temperatura e a umidade ambiente e
renovar o ar para o conforto humano. Este sistema deverá proporcionar o condicionamento do ar de
modo homogêneo em todo ambiente e inclusive no interior de painéis elétricos. Operação contínua 24
h/dia.
Em ambos sistemas, todas as instalações previstas (VAC, elétrica e tubulação) deverão ser totalmente
aparentes, salvo aquelas embutidas p.ex. em passagem por paredes e lajes (ver a nota 4).
Notas:
1. Os sistemas de VAC deverão ser destinados exclusivamente à pressurização e climatização de
ambiente, não devendo atender a equipamentos em particular, a não ser que haja solicitação
específica neste sentido. Se necessária climatização de equipamentos, preferivelmente deverá ser
por meio de sistema de VAC específico.
2. Equipamentos de redes, UTRs, IHMs, CCMs inteligentes, Painéis com relés ou medidores
microprocessados, Conversores de freqüência e Dispositivo de Partida suave deverão ser
obrigatóriamente instalados em salas climatizadas.
3. Nenhum equipamento reserva deverá ser previsto em ambos sistemas;
4. Os equipamentos dos sistemas de VAC deverão ser do tipo refrigerado a ar;
5. Todas as aberturas e furações necessárias para a passagem de dutos de ar, tubulações e
eletrodutos dos Sistemas de VAC pelas paredes e lajes das Salas Elétricas e Porões/ Salas de
Cabos deverão ser adequadamente vedadas por terceiros (a cargo da BRASKEM), com material
antichama (proteção passiva). Para informações a este respeito, ver o item 5.4.9 deste documento.
Para as áreas com ambiente adjacente agressivo nas proximidades da edificação, a tomada de ar externo
deverá ser comum para ambos os sistemas em um ponto fora desta área. Na impossibilidade, o ar deverá
ser prévia e adequadamente tratado por meio de filtro de ar seco ou químico. Este equipamento e seus
acessórios deverão ser dimensionados, fornecidos e instalados pela contratada pelo fornecedor do pacote.
Os Sistemas de VAC deverão operar, sem alteração no seu funcionamento, com a rede de alimentação sob
Distorção Harmônica Total de Tensão (THD) de 5%. Deverá também suportar transientes rápidos que
eventualmente surgirem na referida rede ou em cabos de comunicação, conforme a norma IEC 61000-4-4.
Os painéis elétricos deverão ter recursos para permitir a transmissão de dados ao Sistema Supervisório
Central da planta, no mínimo os seguintes eventos (os sinais dos painéis de controle deverão ser
centralizados nos respectivos painéis elétricos):
- Funcionamento normal
- Avaria geral por sistema
- Avaria na rede de alimentação
A comunicação entre os painéis elétricos e o Supervisório Central deverá ser feita por cabo de fibra óptica, a
cargo e por responsabilidade da BRASKEM. Este cabo é previsto para evitar interferências
eletromagnéticas e/ou cargas residuais provenientes de descargas atmosféricas e, conseqüentemente,
evitar eventuais danos, falhas e falsos alarmes. O Supervisório Central deverá ser instalado em local com
presença humana 24 horas x 7 dias (i.e. sob vigilância constante), enquanto os painéis elétricos deverão
estar em local cuja presença humana é esporádica, basicamente pelo pessoal de manutenção.
Todos os componentes eletrônicos de painéis elétricos, assim como de painéis de controle, deverão ser
adequadamente aterrados via “barra de terra eletrônica”, que, por sua vez, deverá ser ligada à malha de
terra existente ao redor do edifício pela técnica do “aterramento por ponto único”.
Se necessário, os conjuntos de equipamentos de ventilação e ar condicionado poderão ser enclausurados
para que sejam atendidos os níveis de ruído normalizados. Os equipamentos e eventuais enclausuramentos
deverão se ajustar, em termos de “layout”, perfeitamente às particularidades físicas do local e dos
equipamentos envolvidos.

Controle de ar
- O Sistema de Ventilação deverá ser dimensionado para prover ao ambiente dez (10) trocas de ar/hora;
- A velocidade do ar no ambiente não deverá exceder a 0,3 m/s.

Alimentação elétrica
- Motores: 440V / 3F / 60Hz ou 220V / 3F / 60Hz
- Aquecedores: potência  2 kw: 220V / 1F / 60Hz
potência  2 kw: 220V / 3F / 60Hz
- Instrumentos: 120V / 1F / 60Hz ou 24Vcc

Proteção mecânica (ABNT)


- Motores: IPW-55 e IP-65 (zona 22)
- Chaves-limite: IP-55
- Painéis elétricos: IP-41
- Instrumentos: IP-65

Na fase de projeto de detalhamento das instalações de VAC, elétricas e de tubulações, a BRASKEM ficará
encarregada de fornecer:
- Os pontos de eletricidade e a drenagem da água de condensação, conforme as necessidades requeridas
pelo sistema de ar condicionado projetado;
- Dados técnicos como carga térmica dos equipamentos e cabos elétricos a serem previstos nos
respectivos porão de cabos e salas elétricas, condições ambientais da área na qual o edifício será
construído e outros itens de interesse, serão fornecidos e confirmados por ocasião do início dos
trabalhos.

Características das instalações:


A PROJETISTA deverá localizar e dimensionar todas as aberturas e furos em paredes e lajes por onde
passarão os dutos e as tubulações desses sistemas, cujas dimensões sejam consideradas grandes. Estas
informações deverão ser passadas à BRASKEM via projeto de detalhamento das instalações, para a
execução pelo responsável da construção do edifício.
A contratada pelo fornecimento dos Sistemas de VAC deverá executar as aberturas consideradas pequenas
previstas para a passagem dos eletrodutos e tubulações desses sistemas. Nestes casos, caberá também a
ela o fechamento adequado destas furações, de modo a serem mantidas as características originais da
construção, em termos de materiais e acabamento, inclusive pintura.
Será também de sua responsabilidade coordenar e verificar a instalação dos detectores de fumaça nos
dutos de ar, que deverá ser executado pelo pessoal do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio no
edifício. A instalação de cada unidade deverá ser completa, incluindo tubos para amostra, atendendo às
instruções do fabricante e às prescrições da norma NFPA 90A.
Informações básicas sobre estas instalações específicas:
- O tubo para amostra na entrada deverá abranger toda a largura do duto de ar;
- Os detectores de fumaça possuirão câmeras de ionização tipo dual e contatos de falha / alarme para
operação remota;
- O controle deverá ser isolado e ter dois (2) conjuntos de contatos spdt operados por sinal de alarme de
3a / 120v e sinalização por “led”;
- Quando algum detector acusar gases de combustão, os ventiladores / exaustores deverão ser desligados
incondicionalmente (operação tipo “laço cruzado” dos detectores com os sistemas de vac);
- Do mesmo modo, quando algum detector de arco elétrico no interior de quadros de at e bt ou no porão de
cabos operar ativando o sistema de co2, os ventiladores / exaustores deverão também ser desligados
automaticamente;
- A interligação dos detectores ao Painel Central de Alarmes será executada pelo referido pessoal do
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio.
Para efeito de confiabilidade, operacionalidade e manutenção dos sistemas e equipamentos eletrônicos a
serem instalados nas Salas Elétricas de AT e BT, caberá à contratada pelo fornecimento dos Sistemas de
VAC requeridos a responsabilidade de liberar suas instalações aos usuários somente na condição
completamente “pronta e testada”, inclusive com o filtro de ar seco ou químico operando, se estiver incluído
no sistema.

Entrega das instalações:


As instalações dos Sistemas de VAC serão consideradas totalmente concluídas e aprovadas após a
conclusão dos seguintes eventos:
- Realização de todos os testes previstos;
- Execução dos desenhos “como construído”, sem nenhum ponto pendente;
- Equipamentos, componentes, eletrodutos e fiações identificadas;
- Sistemas operando sem nenhum problema;
- Intertravamentos testados e verificados;
- Alarme, controle e proteção testados e verificados;
- Medição e balanço de fluxo de ar de cada equipamento, difusor e válvula;
- Verificados e registrados a pressão nas salas e o consumo elétrico;
- Verificações gerais.

Características básicas dos componentes das instalações:


- Ventiladores/ exaustores centrífugos; conjunto em chassi metálico único; sucção simples ou dupla; polia e
correia de transmissão e acessórios;
- Sistema “split” tipo industrial / comercial; módulo evaporador remoto em gabinete metálico, auto-
sustentado, com tratamento interno termo-acústico; velocidade do ar ajustável, ventiladores centrífugos,
funções programáveis e acessórios; módulo condensador montado em estrutura auto-sustentada,
fixação sobre coxins antivibratórios, fluido de refrigeração ecológica, compressor hermético e
acessórios;
- Dutos de ar completos (grelhas, “dampers”, “splitters”, venezianas, tomadas de ar etc.), fixação entre si
por flanges e suportação por tirantes, seção retangular ou circular, em chapas de aço galvanizadas,
projeto conforme a nbr-6401, pintura de acabamento extensão, portas de acesso tipo “vent-lock”; em
instalação externa deverá ser à prova de tempo;
- Difusores retangulares ou quadrados, em alumínio extrudado, “dampers” de controle com lâminas
opostas, montagem na face lateral ou interior do duto, registro com acabamento “off-white”;
- “dampers” de regulagem do tipo pesado com lâminas opostas, mancais anti-atrito e selagem, perfil
aerodinâmico;
- Fiação de acordo com as especificações indicadas no documento “critérios de padronização das
características técnicas de equipamentos e materiais elétricos“;
- Eletrodutos conforme as especificações dadas no documento acima, exclusivos para os sistemas de vac;
- Conexões da fiação por conectores múltiplos, blocos terminais ou terminais;
- Painéis elétricos conforme as especificações dadas no documento acima;
- Tubulações com especificações e trajeto indicados no projeto de vac, tubulação do sistema de
resfriamento (inclusive a da drenagem de água de condensação das evaporadoras) deverão ser
isoladas.

Interfaces elétricas:
Os limites de bateria dos sistemas de VAC são os seguintes:
- Terminais de entrada do dispositivo geral de proteção e manobra do painel de distribuição de força, que
deverão estar no o escopo de fornecimento da contratada pelo fornecimento dos Sistemas de VAC;
- Bornes terminais de controle próprios para cabos de fibra óptica exclusivos para intertravamento /
sinalização remota no sistema de detecção de alarme de incêndio da área ou planta.

8.4.8 Sistemas de distribuição de telecomunicação, redes corporativas e CFTV

8.4.8.1 Sistemas de telecomunicação e de rede corporativa


A especificação e definião das características dos sistemas de telecomunicação e das redes corporativas
são de responsabilidade da BRASKEM. Ao PROJETISTA caberá apenas o desenvolvimento do projeto do
sistema de distribuição dos cabos e equipamentos definidos pela BRASKEM.

Distribuição de telecomunicação e de rede corporativa em interiores


As redes de telecomunicação e de rede corporativa deverão ser do tipo cabeação estruturada, constituídas
de cabos metálicos tipo UTP, STP ou cabos de fibra ótica, perfilados, leitos, caixas de passagem, caixas de
distribuição e acessórios.
Deverá apresentar as seguintes características:
- Previsão de instalações de pontos para telecomunicação e rede em todas as dependências, tais como
escritórios, laboratórios, salas de controle, subestações, cabines de instrumentação e de operação etc.;
- As instalações de telecomunicação e rede nos prédios administrativos deverão ser em eletroduto
embutido em alvenaria e exposto nos demais casos, interligando tomadas com terminal rj45 montado
em caixas de pvc 4”x2”; as tomadas deverão ser embutidas em parede e ficar a 30 cm do piso acabado;
- Todas as dependências que tiverem mais de quatro tomadas de telecomunicação e rede deverão ter um
centro de distribuição (patch panel), com acesso externo para o cabo de entrada;
- Dependências com menos de quatro tomadas, não adjacentes a edifícios, deverão ser interligadas à rede
por meio do centro de distribuição mais próximo;
- Eletrodutos para cabos de telecomunicação e rede não poderão conter cabos de outras aplicações;
- A infraestutura de telecomunicação e rede deverá ser exclusiva para tal, não devendo ser compartilhado
por sistemas elétricos. Porém, excepcionalmente, os cabos de telecomunicação poderão caminhar
conjuntamente em leitos ou eletrocalhas para cabos de sinal (sinais analógicos menores que 50vcc e
digitais menores que 12vcc);
- Em áreas classificadas como grupo ii, zona 1 (ou classe i, divisão i), deverão ser utilizadas caixas de
distribuição e passagem de alumínio fundido à prova de explosão (ex-d);
- Em todos os lances de eletroduto, deverão ser passados arames guia em aço galvanizado de 1,65mm de
diâmetro, que deverão ficar dentro das tubulações, presos na entrada e saída do eletroduto, até a sua
utilização no puxamento dos cabos;
- Para dimensionamento da infraestrutura consultar as normas ansi/eia/tia 569-b;
- Longos trechos de cabos de telecomunicação em paralelo a linhas aéreas de energia ou alimentadores de
pontes rolantes deverão ser instalados em eletrodutos ou em eletrocalhas metálicas com tampa.

Rede de telecomunicação externa


Deverá apresentar as seguintes características:
- Constituir-se da distribuição de cabos de telecomunicação ao longo de ruas, em posteação ou externa a
galpões, dentro do perímetro da planta, e que se interligam com o centro de distribuição;
- Deverão ser aproveitados, sempre que possível, os fechamentos laterais e as colunas dos galpões
industriais da planta no caminhamento da rede de cabos, evitando as posteações de iluminação e de
energia elétrica;
- Quando for necessário o uso de postes, estes deverão ser em concreto armado, para 300 daN no mínimo,
mantendo-se um afastamento do cabo de telecomunicação com linhas de iluminação de 500 mm e para
as demais linhas de 1000 mm;
Nota:
Poderão ser utilizadas eletrocalhas fechadas somente onde não houver espaço físico para instalação de
dutos subterrâneos.
- Não poderão ser utilizados cabos de energia em eletrodutos de uso de telecomunicação, nem cabos de
telecomunicação em eletrodutos para cabos de energia, em quaisquer níveis de tensão, porém a
instalação dos respectivos eletrodutos no mesmo banco de dutos é permitida desde que sejam previstas
caixas de passagens independentes para este sistema;
- Todas as instruções necessárias para instalação de dutos de telecomunicação subterrâneos deverão ser
aquelas descritas no item 6.1 – rede de distribuição elétrica a seguir, tais como poços de inspeção,
profundidade dos dutos etc.;
- As redes de telecomunicação aéreas deverão ser instaladas a 6,0 m do piso, no mínimo;
- Redes aéreas em postes e estruturas isoladas deverão sustentar cabo de telecomunicação através de
cabos de aço guia; redes aéreas em fechamentos laterais de galpões e paredes deverão sustentar o
cabo por meio de anel de sustentação;
- As cordoalhas de aço poderão ter lances de no máximo 300 m, sendo previsto tensor em uma das
extremidades;

8.4.8.2 Sistema de circuito fechado de TV (CFTV)


Sistema de circuito fechado de TV a ser instalado nas unidades da BRASKEM deverá ter finalidade de
vigilância e segurança pela visualização remota das áreas, equipamentos e manobras operacionais nas
diversas áreas, através de câmeras locadas em pontos estratégicos na unidade e monitor(es) de vídeo
instalado(s) na sala de controle supervisório central.

Características
Este sistema deverá prover as seguintes facilidades:
- Varredura temporizada e automática das imagens nos vários monitores;
- Seleção manual de câmeras para projeção no monitor principal;
- Gravação de imagens em fita de vídeo, cd ou dvd, por operação automática ou manual. A gravação
automática deverá ser operada via sistema supervisório principal (provido pela braskem), a partir de
alarme ou ocorrências que deverão ser definidas no projeto de detalhamento;
- Computador profissional dedicado, com microprocessador, disco rígido, cd-rom, placa de vídeo,
conversação e rede, memória ram e demais periféricos; deverá ser atualizado em relação ao melhor
disponível no mercado na época da implantação do sistema;
- O “software” do sistema deverá permitir a monitoração, gravação, seleção de câmeras e monitor(es) e
todos os recursos necessários ao perfeito desempenho do sistema;
- Controle remoto de monitoração do cftv, funcionando através de recursos tais como zoom de imagens,
varredura horizontal e vertical (pan-tilt) e outros, via painel de controle instalado em um console de
operador supervisório;
- Detector de movimentos que analisa as variações nas imagens, gerando sinais de alarmes luminosos e
sonoros e comando para ligar o gravador de vídeo e matriz de seleção.
O sistema de cftv deverá ser provido de no mínimo os seguintes componentes, com as características
básicas descritas abaixo. No entanto, as características finais deverão ser definidas de acordo com a
necessidade de cada projeto.
- Câmeras coloridas de alta resolução, velocidade  24 quadros/s, com CCD (Charge Couple Dividers),
sensores de imagens em estado sólido, iris automático, zoom (10x), pan-tilt, sensibilidade adequada à
iluminação das áreas visualizadas e limpadores de lentes das câmeras com spray e tanque de água.

Nota:
Em áreas de fornos, deverá haver uma câmera para cada forno, com o propósito de visualizar os
queimadores para acompanhamento efetivo da queima e da faiscação, ar excedente, desalinhamento
dos queimadores, monitoração do impacto das chamas nos tubos, monitoração do acendimento dos
queimadores, defeitos na tubulação (empenamento, dilatação etc.)
- Monitor(es) colorido(s) de alta definição, nível profissional, com 17 polegadas ou maior(es);
- Todos os equipamentos instalados na área industrial deverão ser apropriados para o ambiente onde estão
instalados (área classificada, com atmosfera altamente corrosiva etc.) E deverão ter no mínimo grau de
proteção ip-66;
Além das características descritas nos parágrafos anteriores, as seguintes recomendações deverão ser
observadas quando da preparação do projeto e da especificação dos componentes:
- O sistema deverá permitir expansão futura, em termos de câmeras e monitores (cada monitor deverá
apresentar no máximo dezesseis (16) quadrículas por tela;
- O sistema de seleção de imagem deverá permitir que o operador selecione qualquer câmera de qualquer
seletor;
- O painel de controle deverá indicar no display o número da câmera e do monitor selecionado;
- O(s) monitor(es) e respectivo(s) controle(s) deverão estar em harmonia estética com os consoles
supervisórios e ergonometricamente apropriados à sua operação;
- A posição das câmeras, a definição da área, do equipamento ou da operação a ser supervisionada, o
arranjo dos monitores e unidades de controle remoto deverão ser definidos durante o projeto de
detalhamento;
- Os equipamentos deverão ser alimentados em 220v por fonte alternativa confiável (sistema de energia
ininterrupta e sistema de geração de emergência);
- A fonte conversora c.a./c.c. De cada câmera deverá ser instalada junto a cada unidade, dentro de caixa
apropriada ao ambiente e alimentada preferivelmente de modo individual a partir de painel de iluminação
da área ou de painel específico para este sistema;
- Todos os cabos deverão ser alojados em eletrodutos de aço galvanizado a fogo (78 microns) e pintados
de acordo com as normas aplicáveis; os cabos de sinal e os cabos elétricos deverão ocupar eletrodutos
distintos.

8.4.9 Proteção Passiva


Consideração
Proteção passiva é todo conjunto de medidas cuja aplicação tem a finalidade de evitar, isolar e/ou retardar a
ação do fogo ou calor excessivo e de propagar fumaça, chamas ou gases tóxicos e quentes,
independentemente da ação de pessoas, sistemas ou equipamentos. Neste contexto, incluem-se as
seguintes metodologias de proteção passiva:
- Classificação de áreas;
- Arranjo físico das áreas e equipamentos;
- Paredes corta-fogo;
- Portas corta-fogo;
- Revestimento corta-fogo;
- Tratamento ignifugantes etc.
Para efeito de aplicabilidade, este item refere-se exclusivamente à proteção passiva por revestimentos
corta-fogo, fabricados com materiais não combustíveis aprovados, que não se queimam nem desprendem
gases ou vapores inflamáveis em quantidade suficiente para se inflamarem espontaneamente quando
levados a uma temperatura de cerca de 750°C.

Fechamento de aberturas para passagem de condutos


Todas as aberturas existentes ou a serem feitas em lajes e paredes convencionais ou do tipo corta-fogo de
subestações (celas de transformadores e salas elétricas) e salas técnicas (salas elétricas, de controle, de
painéis de interface e rearranjo, de instrumentação/automação), necessárias para a passagem entre elas de
condutos destinados às instalações:
- Elétricas, de instrumentação/automação e comunicação (dutos de barras, leitos, eletrocalhas, perfilados,
eletrodutos e canaletas);
- Ventilação, exaustão e ar condicionado (dutos e tubulação);
- Hidráulicas (tubulações);
que possam conduzir e propagar o fogo, deverão ser devidamente fechadas (seladas) com material
resistente a fogo (antichama), reconstituindo parcial, temporária e satisfatoriamente as características
construtivas originais, no que tange à estanqueidade de ambientes compartimentados adjacentes entre si,
seja horizontal (entre ambientes num mesmo andar) ou verticalmente (entre andares), permitindo também
sua vedação pelo impedimento e retardamento a propagação de fumaça, chamas e gases tóxicos e quentes
originados a partir de eventual incêndio que venha a ocorrer nestas instalações.
Este fechamento com isolamento térmico e vedação de aberturas constitui-se na proteção passiva tipo “Fire-
stop”, embora possa também ser aplicado com finalidade de isolamento acústico, de proteção contra a
entrada de pós poluentes e respingos de água e de vedação para sistemas de pressurização e climatização
de subestações e salas técnicas. Quando requerida pela BRASKEM, a proteção passiva poderá ser
aplicada também adequada e diretamente no interior de painéis e equipamentos elétricos.
Notas:
1. A proteção passiva não desobriga o uso necessário de barreiras internas em condutos do tipo duto
de barras e eletrodutos, para a prevenção contra a condução e propagação de fogo, fumaça,
chamas e gases tóxicos advindos de eventual incêndio de origem elétrica, como curtos-circuitos e
arcos elétricos. Para dutos de barras recomenda-se o uso de “barriers” e para eletrodutos o uso de
unidades seladoras.
2. O mesmo se requer dos cabos instalados em áreas sujeitas a fogo ou que façam parte de circuitos
que, por questão de segurança, necessitem continuar em operação por determinado tempo, mesmo
sob condição de fogo. Tais cabos deverão ter isolação mineral com as seguintes características:
- Material da isolação em óxido de magnésio (mgo);
- Cobertura metálica: sem costura em liga resistente à corrosão à base de níquel;
- Número de condutores: 1 a 7, fabricados em cobre, cobre com cobertura de níquel ou em
níquel;
- Não permitir o fluxo ou a transmissão de gases explosivos através da rota de fiação;
- Configurações adequadas para instalação em áreas classificadas ou não classificadas;
- Seção nominal dos condutores para cabos com isolação de 300 V: 0,5 a 4,0mm²;
- Seção nominal dos condutores para cabos com isolação de 600 V: 1 a 240mm²;
- Temperatura de exposição contínua de 250°C;
- Temperatura de exposição máxima: superior a 1010°C;
- Conectores de terminação fabricados em latão;
- Os cabos com isolação mineral para operação em condições de fogo deverão ter sido
ensaiados e aprovados de acordo com os requisitos das normas UL 1709 e UL 2196;
- Deverão ser apresentados os respectivos certificados, atestando o atendimento aos requisitos
das normas citadas acima.

Constituição e aplicação
O material do isolamento térmico poderá ser sólido e líquido:
- Quando sólido, deverá ser fabricado sob forma de flocos, mantas e placas (fibras cerâmicas sílico-
aluminadas); tijolos, massas e argamassas, espumas e selantes intumescentes, elastomérico e acrílico;
Aplicação: fechamento de aberturas em lajes e paredes ao redor do conduto passante.
- Quando líquido, deverá ser aplicado como pintura intumescente (para áreas internas) e ablativa (para
áreas externas).
Aplicação: diretamente sobre o bandejamento e cabos (no caso de leitos e eletrocalhas), tanto interna
quanto externamente às aberturas em lajes e paredes (proteção complementar à proteção sólida).
Externamente recomenda-se sua aplicação ao longo de um trecho de 5m aproximadamente e
internamente num trecho mínimo de 3 m.
Notas:
1. Caso o limite de resistência a fogo de lajes e paredes não atender aos requisitos de segurança, a
PROJETISTA deverá propor solução no sentido de adequar esta situação às prescrições
estabelecidas nas normas referidas acima.
2. Em função das necessidades, condições ambientais e características específicas das instalações
locais da unidade, o atendimento normativo da proteção passiva requerida poderá ser distinto
daquele acima indicado, desde que seja mais eficaz e/ou mais adequada, justificada prévia e
tecnicamente pela PROJETISTA.

Especificações básicas
Conforme requerido, todos os materiais de isolamento aplicados na proteção passiva deverão ter
capacidade de proteção contra a ação do fogo (característica corta-fogo ou “fire-stop”), contra a propagação
de fumaça, chamas e gases tóxicos quentes e tóxicos (característica de vedação) e mais as seguintes
características:
- F-rating (integridade) = 3h (limitada à resistência da laje ou parede);
- T-rating (isolamento) = 1/2h (limitada à resistência da laje ou parede);
- Resistência a choques térmicos e temperatura limite de 1260°C;
- Ser isento de asbestos solventes inflamáveis ou tóxicos e não produzir gases inflamáveis ou tóxicos
durante a secagem ou processo de cura;
- Garantir estanqueidade à passagem de gases, fumaça, água, óleo e umidade (em locais sujeitos a
intempéries e umidade);
- Em locais sujeitos a intempéries, o selo deverá ser provido de acabamento também resistente a elas;
- Não requerer manutenção periódica;
- Permitir a passagem de novos cabos/dutos, sem afetar a aplicação já efetuada;
- Possuir baixa condutividade térmica;
- Ser de fácil aplicação (não requerer a utilização de nenhum equipamento ou ferramenta especial);
- Manter a performance operacional dos cabos protegidos;
- Ser inofensivo ao material isolante dos cabos;
- Ter resistência ao fogo, comprovada através de testes e metodologias padronizadas, realizados por
laboratórios nacionais e estrangeiros reconhecidos;
- Ter resistência à corrosão causada por ambientes agressivos, se solicitado;
- Ter certificado de testes de envelhecimento para comprovar a manutenção de suas propriedades por
determinado período de tempo;
- Ter certificação compatível com a aplicação a que se destina (certificação de conformidade);
- Relativo às funções de proteção contra fogo (especificações técnicas, características e tipos de materiais
a serem utilizados, ensaios, facilidades de instalação, inspeção e efeitos do longo tempo de exposição),
deverá atender à norma API 2218;
- Relativo à propagação de fumaça, chamas e gases tóxicos quentes (selantes, revestimentos ou bolsas
intumescentes, argamassa corta-fogo, massa moldável e tijolos refratários), deverá atender às normas
UL 1479 e UL 2079;

Aplicação dos materiais de isolamento


Os isolamentos sólidos tipo flocos, mantas, bolsas, placas e outros, combinados com pintura corta-fogo,
deverão ser utilizados no fechamento de médias e grandes aberturas em pisos e paredes. Isolamento tipo
massa, argamassa e espuma em vãos e furos de tubulações e eletrodutos. Isolamento tipo selante para o
fechamento de juntas de baixa ou alta movimentação (ver Desenho nº 1).
O isolamento líquido poderá ser utilizado não só como complementação do isolamento sólido mencionado
acima, como também ao longo dos cabos lançados em leitos e eletrocalhas, com vistas a inibir a
propagação do fogo ao longo dos mesmos, independentemente da extensão da proteção. A decisão ficará a
critério da BRASKEM (ver Desenho nº 2).
Todo trabalho de proteção passiva nas unidades da BRASKEM deverá ter os tipos de isolamento e pontos
de aplicação claramente definidos pela PROJETISTA.
Após a execução dos serviços, a contratada pela aplicação da proteção passiva deverá afixar, junto a cada
abertura fechada, um selo de conformidade da proteção passiva nela aplicada.
No encerramento dos trabalhos, caberá a ela também dar treinamento ao pessoal de manutenção da
unidade no sentido da preservação desta proteção nos casos de instalação de novos cabos e/ou remoção
de cabos existentes, assim como de condutos.

Proteção por mantas cerâmicas


Quando a proteção passiva utilizar mantas cerâmicas protetoras, os seguintes critérios deverão ser
atendidos:
- Composição química (% em peso, após exposição ao fogo): 45% de alumina, 53% de sílica e 1% a 2% de
outros materiais;
- Propriedades físico-químicas: cor branca, temperatura de serviço até 1200°c, temperatura de fusão
1760°c, densidade de 128kg/m²; resistência a ataques químicos, não ser afetada por água e óleo,
propriedades térmicas e físicas restauradas após a secagem;
- Flamabilidade conforme as normas astm e84 e ul 723 com propagação de chama, fumaça e gases
desenvolvidos, todos nulos;
- Coberturas testadas e aprovadas de acordo com as normas astm e119 e ul 1709;
- Cobertura externa de ambos os lados em folhas de alumínio ou aço inoxidável (preferivelmente aisi 316),
com espessura de 2 mils (0,0508mm);
- Tempo de resistência térmica de proteção contra exposição direta ao fogo de hidrocarbonetos (110°c) de
20 minutos (considerando mantas de 38mm de espessura) ou de 30 minutos (mantas de 50mm de
espessura), de acordo com os ensaios prescritos na norma UL 1709. Nestas condições de fogo, a
temperatura máxima na cobertura dos cabos deve ser 70°C.
As mantas deverão ser aplicadas envolvendo o sistema de condutos, inclusive sobre caixas de junção,
obedecendo-se as recomendações de quantidade de camadas de aplicação e de sobreposição longitudinal
e radial indicadas nas instruções do fabricante.
Após a instalação sobre os condutos, as mantas deverão ser devidamente amarradas com cinta metálica
em aço galvanizado ou inoxidável, largura 20mm e espessura 0,4mm, com espaços máximos entre as
cintas de acordo com as recomendações do fabricante (ver Desenho nº 3).
A instalação das mantas deverá ser feita por pessoal qualificado, com treinamento ministrado pelo fabricante
ou por seu representante autorizado.

Contração e expansão térmica de bandejamentos


Para contornar a contração e expansão previsíveis de sistema de bandejamentos, deverá ser previsto um
trecho descontínuo de 25 mm a cada comprimento de trecho reto, definido da seguinte maneira:

COMPRIMENTO MÁXIMO PERMITIDO DE TRECHO


RETO P/ DILATAÇÃO TÉRMICA DE 25mm
(m)
DIFERENÇA DE
TEMPERATURA t AÇO FIBRA DE VIDRO
(°C)
14 156 203
28 78 102
42 52 68
56 39 51
70 31 41
83 26 34
97 22 29

Para bandejamentos metálicos utilizados com condutor de aterramento, deverão ser previstas cordoalhas
nos trechos descontínuos para a garantia da continuidade elétrica.
Para que haja movimento longitudinal livre de contração e expansão térmica do bandejamento, no trecho
protegido por manta, a suportação deverá ser livre de fixação pelo uso de suporte-guia (nos demais trechos,
apenas fixação rígida em um dos suportes).
DESENHO N° 1
PROTEÇÃO PASSIVA

Fechamento de abertura em alvenaria por argamassa intumescente


Fechamento de abertura em alvenaria por placas de lã de rocha
e tinta intumescente

DESENHO N° 2
PROTEÇÃO PASSIVA

Aplicação de tinta intumescente por pistola e por pincel

DESENHO N° 3
PROTEÇÃO PASSIVA
Legenda:
1– Bandejamento
2– Cabos
3– Malha em fio galvanizado com largura de 1200 mm (2kg/m²)
4– Duas camadas de manta com densidade # 8 e espessura 25 mm
5– Junta de vedação longitudinal 75 mm a 150 mm com fitas de alumínio
6– Cinta de amarração em aço inoxidável 316, com 20 mm de largura e 0,4mm de espessura mínima

8.4.9.1 Parede tipo corta-fogo


Nos casos específicos em que não são respeitadas as distâncias mínimas entre de separação entre
transformadores e edificações, distâncias mínimas de separação entre transformadores e equipamentos
adjacentes e as recomendações mínimas para transformadores em instalações internas, conforme
estabelecido na ABNT NBR 13231-2014, deve ser providenciado o uso de paredes do tipo corta-fogo para
impedir a propagação de incêndio de um equipamento a uma edificação ou a outro equipamento adjacente.
A principal propriedade física da parede corta-fogo é a de que ela tem que resistir ao fogo por 2 (duas) horas
e não pode permitir a passagem de calor e chamas para locais próximos.
Preferencialmente elas são construídas de blocos de concreto ou concreto armado. No caso das paredes
corta-fogo construídas com materiais diferentes de blocos de concreto ou concreto armado devem ser
capazes de suportar 2 (duas) horas de exposição ao fogo de óleo mineral em ambos os lados, sem a
penetração de chama ao lado exposto, conforme ABNT NBR 10636.
NOTA: Soluções como Muro anti-fogo, por exemplo, constituído por duas chapas de aço mecanicamente
ligadas a um núcleo de fibra de cimento, disponíveis em módulos, desmontáveis e realocáveis instalados
sobre colunas ou fundações de cimento, é aceitável desde que tenham certificado de qualidade de produto
emitido por órgão certificador nacional. Esta solução é muito aplicada em área com restrição para
movimentação de cargas.
8.4.10 Sistema de aquecimento com traço elétrico

8.4.10.1Considerações gerais
A alimentação principal do sistema deve ser em 440 Vca, porém os circuitos de campo dos traços em 127
ou 220 Volts, 1 fase, 60 Hz.
Devem ser consolidados com os suários os requisitos do projeto: tipo do controle (I, II ou III), número de
circuitos, dados do processo, sinalizações em SDCD, redundâncias, etc..
As aplicações de traço elétrico aqui abordado se aplicam para: Linha de processo, válvulas, flanges,
bombas, instrumentos, amostras de analisadores, Instrumento de tubulação, tubulações e outros.

8.4.10.2 Normas aplicáveis


Além das normas ABNT devem se observadas as abaixo listadas:
IEC 62086-1 – Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres – Electrical Resistance Trace Heating –
Part 1: General and Testing Requirements
IEC 62086-2 – Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres – Electrical Resistance Trace Heating –
Part 2: Application Guide for Design, Installation and Maintenance
IEEE Std 515 – Standard for Testing, Design, Installation, and Maintenance of Electrical Resistance Heat
Tracing for Industrial Applications

8.4.10.3 Requisitos de projeto


O sistema deve ser claramente classificado conforme norma IEEE 515 com um dos tipos a seguir:
 Tipo I: O processo exige temperatura a ser mantida acima de um ponto mínimo.
 Tipo II: O processo exige temperatura a ser mantida dentro de uma faixa moderada.
 Tipo III: O processo exige temperatura a ser mantida dentro de uma banda estreita.
Nota: Os sistemas do tipo III, para boa operação, requerem especificação detalhadas de equipamentos
e processos, assim como manutenção dos sistemas de isolamento térmico, com um elevado grau de
integridade.
O tipo de traço elétrico, lay out do sistema, diagramas unifilares, distâncias, potências por circuito, lista de
linhas e suas características do processo, equipamentos associados, entre outras infomações devem
constar de especificações de projeto para o sistema.
Os documentos aplicáveis e desenhos devem ser atualizados ao longo estágios equipamentos de
engenharia, fabricação e instalação.
Proteções de falta à terra, deverá prever as resistências dos materiais utilizados para atuação das proteções
nos tempos exigidos por norma, de forma a garantir a proteção pessoal (30 mA).
Todo circuito elétrico de campo deve estar protegido contra falta a terra e com proteção residual de 30 mA
conforme NBR-5410 e IEEE STD 515.
A isolação e qualidade dos traços e demais componentes dos circuitos devem prever a não atuação dos
dispositivos residuais (DRs) por correntes de fugas.
Instrumentos, caixas e conexões devem estar afastados dos equipamentos de processo para fácil acesso de
manutenção.
Aqueles que requeira calibração devem ter projeto para fácil remoção.
Todos os equipamentos e sistemas metálicos devem estar solidamente aterrados e documentados.
Revestimentos externo do traço, metálico, eletricamente condutor deve ser ligado ao sistema de ligação à
terra para proporcionar uma passagem efetiva.
Em aplicações onde o caminho para terra dependente do revestimento metálico, estes devem ser
resistência química a exposição a vapores ou líquidos corrosivos podem ocorrer.
Os circuitos devem ser especificados e montados prevendo que todo os circuitos (cabos de alimentação,
conexões e traços elétricos), não apresentem fugas por efeito capacitivo e ou por isolação que venha
provocar atuação indevida dos protetores DR.
Cada circuito de campo deve ter possuir seu disjuntor individual.
Transformadores de potência devem atender aos itens abaixo:
 Tipo seco, encapsulado epóxi.
 Tensão 480220Y/127 Volt, 3 fases, 4 fios, conexão delta-estrela
 Potência máxima individual de 75kVA.
 Prever tap para ajuste de tensão.
 A carga instalada inicial do projeto, para cada transformador, não deve ultrapassar 80% de sua
potência de placa.
 O enrolamento secundário do transformador de distribuição deverá ser aterrado.
Os painéis devem atender a itens de segurança pessoal em acordo com NR-10, em compartimentação e
viabilidade instalação de cadeados individuais terão bloqueios em disjuntores desligados.
Cada circuito não deverá possuir disjuntor com capacidade nominil superior a 20 A.
A queda de tensão em pontos do circuito de potência não deve ser superior a 2%.
Todo circuito deve possuir condutor terra na cor verde até o seu destino final
A instalação do sistema de manutenção de temperatura com traceamento elétrico auto-regulável tem por
objetivo manter o fluido na temperatura de operação desejada. O traceamento elétrico auto-regulável irá
repor esta energia térmica perdida que o isolamento térmico não consegue reter. Para o cálculo da perda de
calor se considera o pior caso, isto é, quando o fluido está parado na tubulação e na mínima temperatura
ambiente. O cálculo da perda de calor deve considerar a atuação dos seguintes fatores:
 Diferenças entre a temperatura do fluído e a temperatura ambiente;
 Dimensões e material de fabricação das tubulações, equipamentos e acessórios;
 Espessura, tipo e características do material do isolamento térmico;
 Quantidade e tipos de válvulas, acessórios de tubulação e suportes;
 Velocidade do vento no local da instalação;
 Características do fluído e do tipo de escoamento.
 Folha de Dados do fluido (exemplo: temperatura de cristalização, craqueamento, encrostamento,
temperatura de alta ignição, viscosidade, etc.
 Temperatura de exposição do processo
Os componentes devem ser dispostos de tal forma que qualquer um dos componentes pode ser isolado a
partir de fonte de alimentação e removido, substituído ou reparado, sem afetar alimentação de outros
componentes.
O projeto deve prever no escopo de fornecimento os itens abaixo listados
 Transformador adaptador de tensão, trifásico, com tensão primária de 480 V, secundário em 220/127
V, 60 Hz, grau de proteção IP-54 (folha de especificação em separado).
 Painel de comando, proteção e controle de temperatura do traço elétrico, com tensão nominal de
220/127 V (folha de especificação em separado).
 Fornecimento dos traços elétricos
 Sensores de temperatura para controle das linhas de traço elétrico, sendo no mínimo em mesmo
numero que os circuitos de aquecimento;
 Caixas de ligação e de todos os acessórios necessários para a montagem, fixação e identificação dos
cabos, de modo a permitir o perfeito funcionamento do sistema;
 Etiquetas de advertência de “Linha Eletricamente Traceada” em quantidade necessária ao
atendimento das normas vigentes.
 Supervisão dos serviços de montagem (orçar valores unitários em separado);
 Serviços de montagem dos elementos de aquecimento, painel de controle e demais serviços
necessários para a operação do sistema
 Comissionamento e testes das instalações
 Acompanhamento à “Posta em Marcha”
Para requisição de compra o projeto deve prever cláusula de garantia, certificação e aceite pelo cliente para
desempenho, tais como:
 Temperatura do processo dentro do especificado
 Temperatura dos paineis e contatores dentro de especificação.
 Todos os dispositivos de falta à terra devem operar e alarmar corretamente
 Funcionalidade e precisão dos controladores em todos os valores
 Alarmes e fiações com SDCD
 Medições e integridade dos RTDS.
 Alarmes visuais e funcionalidades
 Leituras RTD a controladores são comparáveis à temperatura do processo.

8.4.10.4 Instalações em áreas classificadas


Indispensável envio ao fornecedor do pacote as plantas de classificação de áreas com informação das
temperaturas do grupo.
Os painéis e equipamentos, bem como os cabo de aquecimento deve possuir certificado de conformidade
emitido por Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO, com tipo de proteção adequado
para uso em área e zona especifica.
A classe de temperatura de ignição (“T-Rating”) do cabo de aquecimento a ser utilizado no projeto deve
obedecer aos requisitos da classificação de áreas do local da instalação, conforme indicado na tabela
acima. As Classes de temperatura devem estar de acordo com as determinações da normas ABNT e ou
IEC;
A classe de temperatura de ignição (“T-Rating”) ou a temperatura de auto-ignição de cada área deve ser
informada na lista de linhas (documento a ser entregue ao fornecedor);
Os métodos de conexão (caixas de ligação e bornes terminais) a serem utilizados para os cabos de
aquecimento devem ser compatíveis com os dados de classificação de área (tal como tipo de proteção
segurança aumentada, por exemplo) e devem estar certificados como parte do sistema fornecido para uso
em áreas classificadas.
O sistema de traceamento elétrico deve ser projetado de tal maneira que a temperatura de capa dos cabos
de aquecimento não exceda a classe de temperatura de auto-ignição da respectiva atmosfera.
Em áreas classificada Zona 2, a temperatura máxima do equipamento e do cabo de aquecimento deve ser
calculados com base na temperatura de operação da respectiva tubulação, na condição de cabo de
aquecimento energizado na tensão nominal.
Sempre que possível todos os materiais e equipamentos tais como: sensores de temperatura, terminações e
as caixas de ligação devem ser instaladas fora da área classificada.
A utilização de controladores, sistema de monitoração e sistemas de alarmes devem ser cuidadosamente e
seriamente analisadas quanto a manutenção da integridade de todo o sistema, durante toda a sua vida útil.
Para cabos de aquecimento controlados por meio de sensores de temperatura ambiente, a temperatura
máxima de capa deve ser adotada com base no cabo energizado na tensão nominal, na condição de
inexistência de fluxo do produto na tubulação (produto estático), na temperatura máxima de processo e com
o cabo de aquecimento energizado na tensão nominal.
Para cabos de aquecimento sem controle de temperatura, a temperatura máxima da capa do cabo de
aquecimento deve ser adotada com base na temperatura máxima para a qual o cabo pode elevar a
tubulação na condição de inexistência de fluxo de produto na tubulação (produto estático) e na temperatura
ambiente mais alta, na estação do verão.
A instalação de sistemas de traceamento elétrico auto-regulável não controlados ou controlados por
sensores de temperatura ambiente somente são permitidos para instalação em áreas classificadas Zona 2
deve ser tipo termoresistência com cabeçote, ou termostato “Ex” (com certificado conforme construído para
operar em atmosfera explosiva).
O projeto do sistema de traceamento elétrico deve ser executado por pessoal qualificado e deve ser
inicialmente e basicamente documentado de acordo com as informações indicadas.
A documentação de projeto, tais com desenhos, instruções de montagem deve mencionar que, quando
utilizadas, as unidades seladoras à prova de explosão devem ser devidamente seladas de acordo com as
recomendações do fabricante, utilizando massa seladora adequada.
A documentação de projeto com instruções de instalação deve mencionar que após a conclusão da
montagem e dos ensaios em todas as instalações elétricas em áreas classificadas Zona 2, devem ser
totalmente aplicados os procedimentos de inspeção e preenchidos os relatórios e listas de verificação
(“check-list”) indicados na norma IEC 60079-17. Tais relatórios devem ser apresentados para aprovação
pela fiscalização antes término da obra.
As temperaturas especificadas devem atender a requisitos operabilidade para todas as condições dos
processos.

8.5 MODELAGEM E ESTUDO ELÉTRICOS

As plantas industriais Braskem devem ter suas instalações elétricas (subestações, sistemas de distribuição,
gerações e cargas), modeladas em softwares de engenharia.
As modelagens viabilizam massa de dados organizadas e de fácil acesso para extratos, verificações e
revisões, rápidas e confiáveis simulações, cálculos e resultados. Permitem avaliações de impactos em
estudo de projetos e/ou operação e/ou manutenção, obter de forma instantânea novos valores para falhas,
carregamentos de equipamentos, tempos de atuação das proteções para diferentes topologias e mesmo em
diferente contingência, verificar se adequadas as atuações ocorridas de proteções em eventos e breve
obtenção de dados para relatórios de ocorrências, entre outras várias vantagens.
Para plantas novas os trabalhos já devem ser efetuados com estas ferramentas, porém para plantas antigas
deve ser previsto trabalhos de migração conforme viabilidade e porte do trabalho.

8.5.1 Estudos Para Plantas e/ou Subestações Antigas

a) As modernizações por estas ferramentas se justificam cada vez mais, isto face a constante e
progressiva desatualização dos estudos, em papel difíceis de revisões, inconsistência entre estudo e
físico agravado por necessidade inerente dos “retrofits” de painéis, com novas capacidades, TC´s e
reles, assim com alterações de valores de curto da concessionária.
b) Em plantas e subestações existentes, onde Memórias de Cálculos, simulações e banco de dados
(informações) são ainda em papel ou planilhas eletrônicas, estas devem gradativamente serem
convertidas em uma das ferramentas de modelagem e seus estudos emitidos com os recursos e em
acordo com normas ABNT vigente ou na ausência destas, em normas internacionais (IEC, IEEE,
ANSI, etc.) aplicáveis.
c) Para instalações muito antigas e/ou trabalhos maiores, antes do início dos trabalhos devem ser
consolidar quais informações demandarão de levantamento e verificação de “As Built”, muito provável
para boa parte das demandas. Esta ação é preponderante para “confiabilidade” requerida.
 Abaixo os estudos mínimos recomendados:
 Curto-Circuito;
 Fluxo de Carga;
 Coordenação e Seletividade;
 Energia Incidente (Arco Elétrico);
 Partida de grandes máquinas.

d) Quando compra de novos equipamentos (painéis, TC´s, transformadores, grandes motores, etc.),
“obrigatoriamente” após consolidação dos desenhos em “Certificados”, deve-se revisar os estudos e
redefinido os ajustes. Esta ação deve ocorrer antes das atividades Teste de Aceitação de Campo
(TAC) e comissionamento.

8.5.2 Estudos Para Planta e/ou Subestações Novas

a) Plantas “novas” inerentemente apresentam em seus dados de projeto elevado grau de incertezas
(grande parte dos ativos e instalações projetadas). As características elétricas não são as “finais e
consolidadas” (reais). Como exemplo temos que os cabos podem não ser as seções, comprimentos
e/ou condições de instalações do primeiro estudo. Painéis, Motores e geradores com projetos
específicos para a Braskem e ainda não tiveram finalizados seu Testes de Aceitação de fabrica
(TAF), logo sem valores finais de capacidades, temperaturas finais, suportabilidades, impedâncias,
etc.
b) As questões acima, mesmo que projeto congelado, adicionalmente podem ter possivelmente
alteração de topologias ou forma de operação, que todas somadas, trazem variações que podem se
significativa nos cálculos e definições de ajustes e/ou definições, e mesmo limitações nas condições
operacionais.
c) Face ao acima exposto, para “Emissão Final” dos estudos, estes somente podem ser de forma
confiável, após rodado os programas com valores de ensaios e garantidos. Antes desta fase os
estudos devem ser emitidos como “Emissão Preliminar”.
d) Importante então rodarmos os programas com massas de dados atualizados (reais) e não previstos.
e) Abaixo (de forma simplificada) os estudos mínimos recomendados:
 Curto-Circuito;
 Aterramento;
 Fluxo de Potencia;
 Coordenação e Seletividade;
 Energia Incidente (Arco Elétrico);
 Partida de grandes máquinas.
 Seletividade e proteção para cargas de media tensão
f) Para plantas com cogeração adicionalmente recomendado os estudos abaixo:
 Estabilidade;
 Confiabilidade;
 Transitório eletromagnéticos;
 Rejeição de cargas;
 Reaceleração.

Nota: Dependendo de particularidades como por exemplo aplicação de máquinas síncronas, sistemas
desequilibrados, cargas significativas não lineares, aplicações de banco de capacitores, muitos outros
estudos podem ser demandados como a de Harmônicas.

g) Não foram citados acima outras funcionalidades inerentes aos softwares de


projetos, mas que podem e usualmente são efetuados manualmente ou por outras ferramentas (mais
simples e de menor custos). Porém estes aqui presumidos devem ter sua especificação após finalizados
cálculos e que devem ter emissão de suas Memórias de Cálculos”. Como exemplo podemos citar:
dimensionamento de cabos, sistemas de corrente continua, cálculos luminotécnicos, seletividade e
coordenação de cargas (motoras ou não) de baixa tensão.

8.5.3 Norma Aplicáveis e Diretrizes Técnicas

8.5.3.1 Para estudos de curto circuito:


a) Para cálculos e estudos de corrente alternada aplicar a norma IEC 60909 e para corrente continua IEC
61660.
b) Para cálculos e dimensionamento de malhas de aterramento aplicar a norma IEEE Standard C62.92.2 –
IEEE Guide for the Application of Neutral Grounding in Electrical Utility Systems, Part II--
Synchronous Generator Systems.
c) Estas devem ser simuladas em três condições de contingencia de atuações para o mesmo curto. Devem
ser para as mais várias situações tais como curto com abertura e isolação da falta com tempo: “normal”
das proteções, seletividade “lógica” (retaguarda) e por fim a a proteção de “retaguarda normal” ou
segunda proteção (temporizada convencional) em seu tempo máximo.
d) O estudo deve avaliar e emitir relatório para adequada especificação, suportabilidades de todos os
componentes do sistema elétrico, assim como análise de saturação de TCs.

8.5.3.2 Para estudos de fluxo de potência

a) Para cálculos e dimensionamento de Dimensionamento de condutores: IEC 60364-5-52,

b) Queda de tensão: Abaixo avaliações a serem efetuadas:


 Avaliação de quedas de tensão em operação em todos segmentos de barras e com várias posições
de TAP´s dos transformadores carregados.
 Deve prever análise de queda de tensão face a magnetização dos transformadores do sistema.
 Antes das simulações deve ser consolidado com a Braskem quais as topologias viáveis de operação
os funcionais permitem, quanto a paralelo momentâneo das barras e/ou transferência automática,
assim como topologias preferenciais.

c) Fator de potência: Memória de cálculo do fator de potência real e de deslocamento dos painéis
elétricos de entrada da unidade. Este estudo deverá contemplar ainda as alternativas de solução para
mitigação de baixo fator de potência, a especificação e dimensionamento de dispositivos internos à
unidade, que cumpram este objetivo. Caso seja necessária a instalação de tais equipamentos, o estudo
de interferência harmônica deverá incluir as análises relativas à ocorrência de possíveis ressonâncias
no sistema em questão;

8.5.3.3 Para estudos de Coordenação e Seletividade

a) Para estudos de coordenação de coordenação de proteções e seletividade utilizar a norma IEEE Standard
242 - IEEE Recommended Practice for Protection and Coordination of Industrial and Commercial
Power Systems

b) O estudo deve contemplar todos os dispositivos de proteção do sistema elétrico, com suas curvas
características (instantânea e temporizada), permitindo e viabilizar caso necessários função de
seletividade lógica, curvas e valores de limites de operação seguro dos equipamentos, tabelas de ajustes
dos diversos relés e dispositivos relativos à condição operacional normal e possíveis senários de
contingências operacionais. Deve conter todos os parâmetros de ajustes para cada dispositivo de
proteção. Diagramas de blocos das funções entre reles em uma seletividade logica.

8.5.3.4 Para estudos de energia incidente (Arco Elétrico);

a) Para corrente alternada aplicar a normas abaixo:


 Sistema Corrente Alternada (Vca): Aplicação da norma IEEE 1584. Esta aplicasse para: Tensão
entre 208 V e 15.000 V, Espaçamento entre condutores de 13 mm a 152 mm e corrente de curto-
circuito de 700 A a 106 kA;
 Sistema Corrente Continua (Vcc): Aplicação da norma NFPA 70E. Esta recomendada para
sistemas de corrente contínua com tensão nominal de até 1.000 Vcc.

b) Distâncias do trabalhador: Devem ser consideradas a partir do ponto de origem do arco até o ponto em
que a tarefa será executada:

Notas:

1) Ambas normas NFPA 70E e IEEE 1584 define como distância segura de aproximação a distância
da fonte do arco na qual uma energia de calor de 1,2 (cal/cm²), ou 5,0 (J/cm²), incide sobre uma
pessoa sem equipamento de proteção, causando-lhe queimadura de segundo grau.
2) As distâncias típicas de trabalho utilizadas para os cálculos de energia incidente são:
 Painel de média tensão (acima de 600 V): 910 mm
 Painel e CCM´s de baixa tensão (até 600 V): 455 ou 610 mm

c) Vestimentas: Estudos que venham a resultar em vestimenta superior a nível 2, deve ser avaliado coma
Braskem soluções. Para casos de roupa acima de 4 (inclusive) deve ser recomendado, em capitulo
especificou nas “Conclusões” recomendações de quais modificações resultariam em solução, a exemplo
de fusíveis ou sensores de arco.

d) Tempos de eliminação de falta: Devem ser automaticamente calculados a partir dos ajustes de proteção
definidos para os equipamentos de disjunção (disjuntores) ou de interrupção (fusíveis) devido ao nível de
curto-circuito equivalente do arco-elétrico. Serão acrescidos a estes tempos de atuação, os tempos de
acionamento dos disjuntores ou no caso dos fusíveis, o tempo de extinção.

Abaixo definições da norma IEEE-1584:

 Fusíveis:
Será utilizado os tempos de fusão e extinção caso seja informado nas curvas dos fabricantes.
Caso contrário será acrescido aos tempos médios, 15% até 2 ciclos e 10% acima de 2 ciclos. Caso a
corrente de arco-elétrico for superior ao tempo total de ½ ciclo, então será utilizado 10ms.
 Disjuntores:
Para entrada dos paneis de baixa tensão será considerado o tempo de abertura, 3 ciclos ou 50ms.
Para media tensão na ausência de valores reais poderá ser adotado conservativamente 5 ciclos ou
80ms.

8.5.3.5 Para estudos de partida de grandes máquinas.

a) Para cada painel (condições para cada barra), prever estudo de aceleração para o maior motor, (PN
QF, CCM de baixa ou média tensão). Devem ser simulados partida para condições nominais e outras
contingências operacionais previamente discutidas com a Braskem. Avaliar impacto em AVR no
sistema de geração considerando variação de carga na máquina.

b) Nas condições citadas devem ser avaliadas as condições de subtensão não somente nesta barra (mesma
em motor partindo) mas demais barras do sistema, ou seja, nas condições mais críticas que o sistema
pode apresentar.

8.5.3.6 Para estudos de Estabilidade (caso de geração própria)

8.5.3.6.1 O estudo deve avaliar e atender os requisitos da concessionária local para acesos a rede.

8.5.3.6.2 A empresa de consultoria deve “garantir através de seus estudos a estabilidade do sistema
elétrico” e, no caso de cogeração ou geração termelétrica, a estabilidade do sistema térmico
associado.

8.5.3.6.3 Deve ser efetuado avaliações de estabilidade para condições: geração isolada (em ilha) e com e
geração em paralelismo com concessionária.

8.5.3.6.4 Estudos de estabilidade dinâmica (transitória), este deve ser previsto para caso de geração própria
e motores síncronos. Para esta simulação deve ser rodado o programa com as tolerâncias
possíveis para a piores situações, avaliar a estabilidade no mínimo para as contingências abaixo:

a) Perda de geração:
 Com demanda máxima no sistema, a perda de uma das gerações, por problema “não” elétrico
(acionador), nesta situação ocorrendo descarte de cargas (rejeição) e avaliando impactos no sistema
resultante, outros geradores e cargas ainda em operação.
 Com demanda máxima no sistema, a perda de uma das gerações, por problema “exclusivamente
elétrico” (no gerador), nesta situação ocorrendo descarte de cargas (rejeição) e avaliando impactos
no sistema resultante, outros geradores e cargas ainda em operação.

b) Chaveamento: Ocorrência de chaveamentos de cargas e energização de transformadores de potência em


decorrência de correntes transitórias de magnetização impostas

c) Partidas, degrau positive de cargas: Avaliar efeitos e estabilidade na partida e reaceleração de motores
assíncronos (motores de indução).

d) Perda da concessionária (abertura de paralelo): com descarte interno (na planta ou plantas) com
reacelerações necessárias para estabilidade.

e) Para várias situações avaliações de:


a. Tensão: das oscilações de tensão e ângulos de fase nas barras dos geradores e cargas.
b. Frequências: oscilações frente as diferentes contingências propostas
c. Fluxos de cargas: Avaliação dos fluxos de cargas no sistema
d. AVRs: Avaliação de reposta das excitatrizes e reguladores de velocidade da maquinas.
e. Geradores: Características de entrada e saída nas máquinas.
f. Motores de indução: Escorregamentos, conjugados e tempos de aceleração.

8.5.3.7 Para estudos de Confiabilidade

a) Este estudo deve contemplar todas as instalações até entrada de painéis de 480 Vca. Exceto informado
pela Braskem, para esta avaliação utilizar valores e taxas do IEEE.

b) Avaliar das principais topologias escolhidas com a Braskem. Recomendação da melhor relação custo
benefício no diagrama e topologia do sistema, assim como estabelecer as melhores formas de operação
para as contingencias definidas em conjunto com a Braskem.

c) Avaliação e recomendação das condições para a partida do primeiro gerador, posto em paralelo com a
concessionária, assim como na sequência, a partidas e paralelo dos demais geradores com o sistema já
em paralelo, primeiro gerador com concessionaria, (“black starting”).

8.5.3.8 Para estudos de transitórios eletromagnéticos

O estudo deve ser efetua para mínimo para situações abaixo:

a) Energizar todos os transformadores sobre um único gerador

b) Eliminação de faltas e determinação das TRV´s (Tensões Transitórias de Recuperação) associadas aos
disjuntores.

c) Estudo dos valores esperados para as TRV´s, impostas aos meios isolantes dos equipamentos de
interrupção de média tensão e sugestão da alteração da tensão nominal destes equipamentos, de modo a
suportar os parâmetros obtidos através deste estudo.

d) Interrupções de correntes indutivas de baixo valor (desenergização de transformadores em vazio) e


determinação das TRV´s associada aos disjuntores;

e) Chaveamento dos geradores e motores de média tensão e determinação das características adequadas dos
dispositivos de proteção, contra surtos para esses equipamentos.

8.5.3.9 Para estudos de Rejeição de cargas

f) Primeiramente a empresa de engenharia (projetista) deve avaliar a real necessidade de implantar sistema
de rejeição de cargas.

g) Em função se estudo de estabilidade das máquinas e características obtidas nas simulações, (modelos
matemáticos da máquinas e controles) definir grupos de cargas e capacidades requeridas a serem
rejeitadas de formas a manter maior parte do sistema ou mais importantes, com base nas várias ilhas de
geração próprias do sistema.

h) Avaliação dos processos, cargas suas funções, de evitar à máxima a perda de produção, mas em especial
a segurança dos processos e pessoas.

i) Para pior situação, prover uma parada segura das instalações e;/ou manter sistema em hibernação e
reduzindo os tempos de recomposição dos sistemas.
j) Cuidados especiais devem ser tomados com cargas muitas vezes pequenas, mas nobres e com funções
imprescindíveis tais como: lubrificação de mancais, sistemas de segurança de processo, iluminação de
emergências, etc.

8.5.3.10 Para estudos de Reaceleração

a) Avaliação e simulações sobre a modelagem (considerados modelos matemáticos das gerações, seus
controles e excitatrizes), recomendando os grupos, montantes e respectivos intervalos de tempos de
forma garantir para manter a estabilidade da geração.

b) Avaliações profundas de processo industrial, cargas e suas funções são intrínsecos ao sucesso e sucesso
prático da aplicação da reaceleração em plantas industriais.

c) São importantes para as definições informações tais como: tempos de inercia de ventiladores após
desenergização de motores, posições de damper´s, condições de processo (pressões, temperaturas),
vazões mínimas requeridas, para uma reaceleração de cargas válidas ao processo.

8.5.4 Documentos e Entregáveis

a) Trabalhos de consultoria e/ou engenharia, assim como revisões internas, devem atender aos itens aqui
mencionados:

b) Somente devem ser contratados serviços mediante compromisso de manutenção de nossos arquivos
magnéticos atualizados e no SGE.

c) Entregas de desenhos, relatórios em arquivos predefinidos nos formatos e versões acordados.

d) Para o software somente poderão ser contratados serviços com entrega a Braskem de sua massa de dados
e nos formatos pré-estabelecidos. Massa de dados, arquivos gerados nos softwares assim como
relatórios, simulações e estudos são de propriedade exclusivas da Braskem.

e) Geração de Banco de Dados: Devem ser gerados e/ou revisados massa de dados confiável e atualizados
permanentemente, conforme segue:

 Dados com principais parâmetros e modelos elétricos de cada componente do sistema deve ser gerado
e/ou revisado. Estes requeridos para viabilizar tecnicamente todos estudos, simulações e memória de
cálculo. Este deve ser atualizado permanentemente a cada alteração do projeto ou modificação em
campo.

 Listas e/ou tabelas com critério relevantes ou base para “descarte de cargas” de cada unidade de
processo e/ou utilidades especificas para descarte total da planta e parâmetros/regras para implementar
o controle

f) Valores para simulações e admissíveis, utilizados em cálculos, exceto claros bem definidos em
normas, devem ter valores pré-acordados com a engenharia da Braskem. Estes valores devem ser
padronizados com os de referência já adotados na mesma instalação, com exceção de particularidades da
planta e/ou equipamento.

g) Relatórios serão em aplicativos conhecidos, de acesso a qualquer técnico Braskem sem necessidade do
aplicativos, este somente em Microsoft (Word e Excel).
h) Valores do estudos que causem necessidade de alterações nos ativos e/ou forma de operação, que
comprometam segurança pessoal, integridade de equipamento ou perda de produção, devem ter capítulo
especifico, em lista de ações e alterações, preferencialmente com tabelas “De  Para”, de forma a
estabelecer “clara e objetivamente” lista de serviços.

Notas:

1) Como exemplo, alterações de ajustes, novos valores de energia incidente (placas), vestimenta
superior anterior, recomendações operacionais

i) As modelagens não podem ser entregues sem livrarias, bibliotecas de dispositivos/equipamentos da


instalação (disjuntores, fusíveis, reles, TC’s e outros), assim como não serão aceitas simplificações e/ou
omissões de itens como cabos e barras exceto muito curtos e/ou baixíssima impedância sendo aprovado
pela Braskem:
 Nos memoriais dos estudos devem obrigatoriamente constar;
 Estudos de origem;
 Diagramas unifilares;
 Lista de equipamentos (motores, reles, outros);
 Normas adotadas;
 Valores acordados como admissíveis e ou nominais;
 Formas e topologias de operação;
 Premissas diversas;
 Atas de reuniões;
 Catálogos;
 Outros.

9 REQUISITOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

9.1 REDE DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA


Nas unidades da BRASKEM, a rede de distribuição elétrica (eletrovia), destinada à distribuição de circuitos
elétricos, comunicação, intercomunicação e segurança pela área ou unidade, a partir de subestações, salas
técnicas e/ou prédio administrativo, poderá ser:
- Subterrânea, em bancos de dutos ou diretamente enterradas;
- Aparente, em bandejamento (leitos e eletrocalhas) e/ou eletrodutos instalados sobre estruturas de “pipe-
rack” (ponte de tubulações, geralmente altas) e “pipe-rack” (ponte de tubulações, geralmente baixas).
Notas:
1. Abrangência da rede de distribuição elétrica:
- Circuitos elétricos: potência (AT e BT), comando, controle, iluminação (externa e viária) e
tomadas (uso corrente e específicas) e cabos de aterramento, se necessário;
- Circuitos de comunicação: voz e dados;
- Circuitos de intercomunicação: interfonia e alarme;
- Circuitos de segurança: sinalização, detecção/alarme de incêndio, controle de acesso e CFTV.
2. Circuitos de potência (AT e BT) são aqueles destinados às cargas motoras (motores e painéis de
força de equipamentos motorizados) e cargas não motoras (tomadas de solda, transformadores de
equipamentos eletromecânicos, painéis de força de equipamentos, transformadores de luz e
tomadas), todos localizados no campo ou nas subestações e em salas técnicas.
3. Circuitos de comando são aqueles destinados às botoeiras (tipo L/D) e chaves seletoras (tipo L/R) e
circuitos de controle são para sensores térmicos de motores (enrolamentos e mancais) e
amperímetros, todos localizados no campo.
4. Eventualmente, circuitos de instrumentação/automação poderão utilizar as mesmas rotas da rede de
distribuição elétrica, desde que, como os demais circuitos, ocupem bandejamento específico e
mantenham-se devidamente deles afastados.
5. Os tipos de cabos liberados para utilização nas unidades da BRASKEM estão listados na norma
PNE-70-00058. Em circuitos de potência não deve ser utilizado cabos armados ou com capa de
chumbo.
Em áreas novas a serem implantadas nas unidades, é dada preferência às instalações totalmente
aparentes, desde que elas sejam viáveis técnica e economicamente com relação às instalações
subterrâneas.
Uma rede de distribuição de energia elétrica pode ser dividida em dois (2) tipos: rede principal e rede
secundária. A rede principal interliga a Central de Geração e/ou S/E Principal (conectada à rede de energia
elétrica da concessionária local) com as diversas subestações secundárias que compõe o sistema elétrico
de distribuição. A rede secundária complementar interliga as subestações secundárias às diversas cargas
ou a outras subestações auxiliares da planta.
A mesma analogia pode ser feita com as demais instalações mencionadas acima, considerando a rede
principal como aquela que interliga a fonte de sinal (ou de controle) com as diversas caixas de distribuição
de sinal (ou de controle) com as diversas caixas de distribuição de sinal (ou de controle) e a rede secundária
como aquela que interliga as referidas caixas de sinal (ou de controle) aos respectivos aparelhos ou
dispositivos distribuídos na(s) área(s) (telefone, interfone, detectores, acionadores manuais, câmeras e
alarmes visual/sonoro) ou a outras caixas auxiliares. Geralmente, os painéis centrais e respectivos
periféricos dos sistemas de comunicação, intercomunicação, detecção/alarme de incêndio e CFTV são
previstos na Sala de Controle de cada área e está interligada à Sala do Supervisório Central da unidade.

9.1.1 Escolha do tipo de rede


e) Cabos em dutos subterrâneos
Poderá ser adotado nos seguintes casos:
- Existência deste tipo de instalação na unidade;
- Exigência de normas técnicas da concessionária local, p. Ex. Na conexão da rede pública com o sistema
correspondente da braskem (eletricidade, telefonia);
- Recomendável para proteção contra os efeitos colaterais das descargas elétricas nas proximidades da
unidade;
- Indicação dada através de estudo técnico-ecômico específico.

f) Cabos lançados diretamente no solo


Poderá ser adotado somente se ocorrerem as seguintes condições:
- Existência deste tipo de instalação na unidade;
- Solo sem contaminação química ou de constituição físico-química não agressiva aos cabos;
- Disponibilidade de área e sem empecilhos instransponíveis nas rotas previstas;
- Instalação externa às áreas de processo;
- Indicação dada através de estudo técnico-econômico específico.
Notas:
1 - Solo pantanoso com recalque contínuo e terreno com perfil acidentado são exemplos de solo
inadequado para cabos diretamente enterrados.
2 - Em sistemas de distribuição com cabos diretamente no solo ou em trincheiras, não deve ser utilizado
cabos capa de chumbo. Nas áreas de processo com possibilidade de contaminação não deve ser
permitido cabos diretamente no solo ou em trincheiras.

g) Cabos em leitos, eletrocalhas e eletrodutos aparentes


Conforme mencionado, este tipo de instalação deverá ser adotado preferencialmente. Seu uso é obrigatório
quando da:
- Existência de “pipe-rack” ou “pipe-way” nas redondezas das edificações que abrigam fontes de energia, de
sinal e de controle;
- Existência de infiltração de produtos agressivos (corrosivos) no solo;
- Classificação ambiental (área classificada e área corrosiva), se obtiver cobertura normativa para sua
aplicação;
- Instalação em porões de cabos de subestações.
Nota:
Estes tipos de condutos são obrigatórios também no interior de canaletas de piso tampadas, galeria de
cabos e caixas de passagem subterrâneas tipo “manholes” e excepcionalmente “handholes”.

9.1.2 Contornando obstáculos


Deverá ser previsto rastreamento em todo o percurso dos dutos ou cabos, para confirmar, identificar e
localizar as interferências ao longo do traçado e no perímetro a ser trabalhado, identificando-as no projeto e
marcando no local. Para isto, devem ser utilizados métodos não destrutivos como, por exemplo,
equipamentos tipo GEORADAR (GPR - Ground Penetrating Radar).
A escolha da rota da rede principal deverá atender aos seguintes critérios:
a)Evitar instalação:
- No mesmo plano ou abaixo de tubulações subterrâneas de processo e de utilidades;
- Sob tubulações de processo aparentes;
- Em áreas sujeitas ao ataque de substância / produtos agressivos (corrosivos)
- Em áreas destinadas a futuras instalações.
b)Evitar passagem:
- Em áreas restritas de processo;
- No interior de dique(s) de construção de tanques;
- Sob casas de bombas e equipamentos em geral, independentemente do seu porte;
- Em áreas destinadas à instalação de equipamentos externos de subestações
- Em áreas pavimentadas, a não ser arruamentos.
c)Permitir fácil e rápido acesso aos cabos e ampliações posteriores.
d)Minimizar o comprimento da rede, as mudanças de direção, o volume de escavação de terra e os serviços
de recomposição do terreno.
e)Facilitar o lançamento de cabos na implantação e nas ampliações futuras, bem como a sua manutenção
em qualquer época.

A escolha da rota da rede secundária deverá atender aos seguintes critérios:


a)Evitar passagem:
- Em áreas restritas de processo;
- No interior de dique(s) de construção de tanques;
- Sob casas de bombas (sistema de combate a incêndio) e equipamentos em geral, independentemente do
seu porte e função;
- Em áreas destinadas à instalação de equipamentos externos de subestações
- Em áreas pavimentadas, a não ser passagem por arruamentos.
b)Permitir fácil e rápido acesso aos cabos e ampliações posteriores.
c)Minimizar o comprimento da rede, as mudanças de direção, o volume de escavação de terra e os serviços
de recomposição do terreno.
d)Facilitar o lançamento de cabos na implantação e nas ampliações futuras, bem como a sua manutenção
em qualquer época.
e)Manter espaçamento adequado de:
- Tubulações de processo que operam com temperatura externa acima da temperatura ambiente, isoladas
termicamente ou não;
- Cabos de sistemas de comunicação, intercomunicação, instrumentação/automação, detecção/alarme de
incêndio, controle de acesso, CFTV e de outros sistemas eventuais.

9.2 CABOS EM DUTOS SUBTERRÂNEOS

9.2.1 Condições gerais


As caixas de passagem deverão permitir a execução do raio mínimo de curvatura para os cabos que irão
ocupá-las.
Circuitos de força, controle e aquecimento de um mesmo motor de BT poderão ocupar o mesmo eletroduto,
desde que os cabos de potência possuam seção  35 mm². Para motor acionado por inversor de freqüência,
independentemente da seção, os cabos de potência deverão ser mantidos em eletrodutos separados.
Um mesmo eletroduto ou caixa de enfiação não deverá ser ocupado por circuitos pertencentes a mais de
um motor ou equipamento elétrico. Motores para determinado estágio de ventilação forçada de
transformador de potência poderão ser considerados como uma exceção a esta regra.
Nos eletrodutos reservas, deverão ser deixados fios guias de nylon, com resistência o suficiente para o
puxamento do maior cabo previsto no banco de dutos. Esta notação deverá constar indicada em projeto.
As caixas de passagem ou de derivação dos cabos deverão ser locadas e dimensionadas levando-se em
conta as condições dos esforços de puxamento dos cabos (comprimentos máximos admissíveis e raios de
curvatura) e as facilidades de manutenção necessárias.
Deverão ser previstas caixas de derivação na proximidade dos pontos onde haja possibilidade de futuras
ampliações.
A rede externa de dutos deverá se interligar à subestação através de janelas laterais na parede para permitir
a interligação com canaletas.
O porão de cabos de subestações deverá possuir altura adequada (distância do piso ao teto), piso com
caimento e caixa de coleta rebaixada para a instalação de bomba de recalque no caso de eventual
infiltração de água.
No caso de motores alimentados por inversores de freqüência, os cabos de força e controle para os motores
deverão ser mantidos separados, independentemente de suas seções. Os cabos de força deverão ser
mantidos dentro de eletrodutos metálicos ou providos de algum meio que promova blindagem eficiente em
todos os trechos, inclusive no porão de cabos da subestação.
Os eletrodutos dos envelopes da rele elétrica principal, ocupados por cabos de AT (34,5, 13,8, 6,9, 4,16 e
2,4 kV) deverão possuir diâmetro de 4” (114 mm) ou maior.
A resistência característica do concreto a ser usado na construção dos envelopes deverá ser de no mínimo
13,5 MPa.
Os envelopes não deverão passar sob bases de equipamentos, assim como os eletrodutos não deverão
ficar embutidos no seu interior conforme mencionado anteriormente.
A taxa máxima de ocupação dos dutos por cabos de AT e BT deverá ser conforme item 6.2.11.1.6 (a) da
NBR-5410. No caso de eletrodutos de aço, a área correspondente a 100% da seção reta de cada diâmetro
de eletroduto (a ser considerada nos cálculos) não deverá exceder aos valores indicados na tabela abaixo:

DIÂMETRO NOMINAL 100% DA ÁREA


POLEGADA mm (mm²)
3/4" 27 360
1” 33 585
1 1/2" 48 1350
2” 60 2205
2 1/2" 73 3295
3” 89 5090
4” 114 8610

9.2.2 Material e formação de dutos subterrâneos


Áreas não classificadas:
Os dutos destinados aos sistemas elétricos de potência de AT e BT, incluindo tomadas de solda, poderão
ser construídos com eletrodutos em PVC rígido, dutos lisos ou corrugados de PEAD (Polietileno de Alta
Densidade) ou em aço galvanizado a fogo (espessura ≥78 microns), com seus respectivos acessórios
padronizados.
Os dutos dos sistemas de iluminação / tomadas de uso corrente, comunicação / intercomunicação,
segurança e de instrumentação / automação poderão ser nestes mesmos materiais. Assim, num mesmo
envelope de concreto, poderão ser instalados dutos de material distinto entre si.

Áreas classificadas:
Todos os dutos deverão ser em aço galvanizado a fogo (≥78 microns).
A menos que indicado em contrário, os dutos em aço galvanizado deverão ser com costura e rosca ANSI
B1.20.1 (NBR-5597), da série pesada (schedule 40), conforme a norma NBR-5598. Os dutos em PVC
deverão ser próprios para eletricidade (conforme a NBR-6150) e envelopados em concreto, ao longo de todo
o trajeto, e os dutos corrugados (conforme a NBR-13897) somente nas travessias de ruas e onde circule
veículos com ou sem carga pesada. Nestes locais, os envelopes de concreto deverão ser suficientemente
armados, com vistas a absorverem os esforços provenientes das sobrecargas que porventura ocorrerem
durante as fases de construção e operação.
Dependendo do material utilizado, todo banco de dutos subterrâneos deverá ser devidamente identificado:
- Quando aparente, por placas de segurança do tipo “Perigo de Morte” afixada ao duto (travessia sobre
tubovias);
- quando subterrâneo, por marco com placa de identificação (aço inoxidável AISI 316), afixada em
cantoneiras de aço galvanizado ou chumbada diretamente na superfície de pisos pavimentados, ao
longo de todos os percursos, complementado por pigmentação vermelha (vermelhão) na face superior
dos envelopes de concreto dos dutos não metálicos e das lajotas de proteção dos dutos metálicos e
corrugados, a qual poderá ser dispensada nos trechos do trajeto onde o piso será concretado ou
pavimentado posteriormente.
Mesmo assim, recomenda-se que todas as redes de banco de dutos sejam devidamente sinalizadas e
perpetuadas, tanto na superfície de terrenos abertos quanto nas áreas onde houver previsão de piso
pavimentado.
A formação dos bancos de dutos deverá seguir os seguintes critérios:
- Os envelopes de concreto deverão ser construídos com formação retangular ou quadrada e conter no
máximo vinte e cinco (25) dutos, com diâmetro mínimo de Ø1” (33 mm) para duto em aço galvanizado e
para duto não-galvanizado Ø2” (60 mm);
- Deverá haver dutos exclusivos e distintos para:
- Cabos elétricos de força, comando e controle
- Cabos de iluminação e tomadas de uso corrente
- Cabos de instrumentação e automação
- Cabos de comunicação e intercomunicação
- Cabos de sistemas de segurança
- Deverá haver quatro (4) categorias de caixas de passagem subterrâneas e caixas de passagem “pull-box”:
- Caixa comum para cabos elétricos de força, comando e controle
- Caixa comum para cabos de instrumentação e automação
- Caixa comum para cabos de comunicação, intercomunicação e segurança
- Caixa comum para cabos de iluminação de uso corrente
Notas:
1. As caixas de passagem comuns de iluminação (externa e viária) e de tomadas de uso corrente são
pequenas (dimensões internas máximas AxLxC = 300X300X300mm). A rota destes circuitos
geralmente é distinta da rota dos demais circuitos (tanto a rede principal quanto a rede secundária),
pois necessariamente corre ao longo das vias internas da unidade e na periferia de áreas abertas e
pátios em geral. Eventualmente, poderão correr, em pequenos trechos, junto à rota dos demais
circuitos.
2. As caixas de passagem comuns dos demais circuitos são maiores (dimensões internas máximas
AxLxC = 3000x5000x3000mm com pescoço de 1000mm para “manhole” e 1000x1000x1000mm para
“handhole”). A rota da rede principal praticamente é única, pois parte de fontes localizadas em
pontos próximos entre si e chegam a pontos circunscritos em uma mesma área.
- Os dutos dos sistemas de instrumentação e comunicação deverão se situar na parte superior do envelope;
- Os dutos ocupados por cabos de força deverão se situar na periferia do envelope;
- Deverá ser observada a posição do duto com relação à direção de sua ramificação, tendo em vista evitar
cruzamentos e interferências, principalmente no caso dos “pull-points”;
- Em qualquer ponto do percurso, a seção reta do envelope deverá ser regular, sem dentes, para manter a
formação retangular ou quadrada, pela disposição e quantidade de dutos, com fim de evitar o perfil
recortado desta seção.
Os dutos deverão ser assentados com espaçadores de madeira em intervalos de dois (2) metros, para
permitir paralelismo entre os dutos e a inclinação necessária de uma caixa para outra.
As extremidades dos dutos deverão ser tamponadas adequada e provisoriamente na fase de construção e
definitivamente na liberação das instalações com peças padronizadas pelo fabricante dos dutos, a fim de
não permitir a entrada de entulhos da construção, objetos estranhos, roedores ou insetos.
Em nenhuma hipótese, será permitido reparo em dutos. Toda peça danificada, em qualquer fase da
construção, deverá ser totalmente substituída.

9.2.3 Afloramento de eletrodutos


Todo afloramento de dutos subterrâneos deverá ser feito através de eletrodutos em aço galvanizado a fogo
(≥78 microns), série pesada (schedule 40), devidamente protegido por envelope de concreto, com saída na
vertical ou horizontal. Na vertical, a extremidade livre do eletroduto deverá situar-se a 300 mm acima do piso
acabado e dotada de luva roscada. Na horizontal, deverá ser protegida preferencialmente ao longo de todo
o trajeto a qual se mantém aparente, como é o caso de travessias de tubovia. Isto é válido para instalações
em áreas não classificadas e classificadas.
Deverá ser prevista também luva ou peça adequada que permita, nos pontos de afloramento, o acoplamento
adequado do duto subterrâneo (aço galvanizado, PVC ou corrugado) com o eletroduto aparente metálico
correspondente (aço galvanizado ou alumínio). Esta peça deverá ser embutida no concreto, a 50 mm da
superfície de afloramento (para permitir fácil substituição posterior de eventuais eletrodutos acoplados que
sofrerem corrosão).
A profundidade do banco de dutos nos pontos de afloramento deverá permitir a execução do raio de
curvatura dos eletrodutos de proteção dos cabos, de modo que a curva se inicie e termine abaixo do nível
de terreno. O raio mínimo de curvatura deste eletroduto deverá ser compatível com o raio mínimo de
curvatura do(s) cabo(s) passante(s).

Dutos de reserva
Como critério de reserva técnica, além dos dutos efetivamente a serem ocupados, deverão ser previstos no
projeto no mínimo os seguintes dutos por envelope:
- Vinte por cento (20%) de dutos reservas para envelopes contendo três (3) ou mais dutos ocupados
- Quatro (4) para sistemas em 2,4, 4,16, 13,8 e 34,5 kv
- Dois (2) para os outros sistemas (iluminação, comunicação, comando/controle etc.), com diâmetro
equivalente ao dos dutos ocupados
Os dutos reservas deverão ser projetados e executados sob os mesmos critérios e cuidados dos demais.
A princípio, estes critérios deverão ser atendidos ao longo de todos bancos de dutos principais, desde a
extremidade final até a subestação da área ou unidade envolvida, aflorando de forma distribuída no seu
interior.

Caminhamento
No caminhamento da rede de dutos principais, além de atender aos critérios pertinentes dados no subitem
6.1.2 anterior, deverá considerar a utilização de caixas de passagem tipo “manhole” (para cabos elétricos) e
tipo “handhole” (distintas para cabos de instrumentação, comunicação etc.).
No caminhamento da rede de dutos secundários, deverá atender ao que foi mencionado acima, exceto no
que se refere ao uso de somente caixas de passagem tipo “handhole” (distintas para cabos elétricos,
instrumentação, comunicação etc.).
A distância mínima entre bancos de dutos adjacentes entre si deverá ser de 500 mm.
A distância horizontal entre a parede da vala a ser construído o banco de dutos e as redes de esgoto,
drenagem e tubulações subterrâneas e as fundações de edificações não deverá ser inferior a 300 mm,
assim como não deverá ser inferior a 600 mm a distância do envelope de concreto pronto às referidas
instalações e construções.
A profundidade mínima do topo dos envelopes de concreto deverá ser de 600 mm em relação à superfície
do terreno, sendo admitida excepcionalmente a profundidade de 450mm nos casos da necessidade de
eliminação de interferências físicas.
A distância máxima permitida entre caixas de passagem consecutivas da rede principal deverá ser de 100 m
para trechos retos e de 60 m para trechos curvos e ainda 60 m para redes secundárias. Distância maior que
100 m para as redes principais são permitidas desde que previamente justificadas pela PROJETISTA
mediante memória de cálculo.
O procedimento de cálculo para determinação dos esforços de puxamento dos cabos a ser utilizado é o
estabelecido pelo “Underground Reference Book to Edson Electric Institute”.
A localização das caixas de passagem tipo “manhole” (M) e “handhole” (H) deverá ocorrer preferivelmente
em pontos distintos no trajeto dos bancos de dutos compartilhados. Nestes casos, os dutos de
instrumentação e automação (I) e os dutos de comunicação e intercomunicação e segurança (CS) deverão
ser desviados para estas caixas de forma tal que as curvas sejam suaves e em concordância geométrica,
com relação aos dutos elétricos de força, comando, controle e iluminação (E), conforme os seguintes
esquemas:

CS CS
H H
E E E
M

I H I H I H
No caso de dutos elétricos, de instrumentação e de comunicação adjacentes entre si, o espaçamento entre
as suas faces externas deverá ser no mínimo de 100 mm.
No caso de travessia aparente sobre tubovias, o banco de dutos deverá aflorar e passar acima do dormente
da tubovia a 1600 mm, no mínimo (medida entre a parte superior deste dormente e a parte inferior da
estrutura em concreto de sustentação do banco de dutos).
Os bancos de dutos deverão ser projetados de maneira a não haver acúmulo de água no interior das caixas
de passagem subterrâneas e nos próprios dutos. Para tanto, não deverá haver pontos baixos no trajeto de
bancos de dutos interligando duas (2) caixas de passagem subterrâneas consecutivas, como também
deverá ser verificado o tipo mais apropriado de sistema de drenagem das caixas.
As declividades mínima e máxima deverão ser de 0,25% a 20%, respectivamente. Por outro lado, a
extremidade dos eletrodutos de afloramento não deverá ficar num nível mais baixo que a caixa de onde
parte o segmento do banco de dutos.
A soma de todas as deflexões previstas no trecho do envelope compreendido entre duas (2) caixas de
passagem subterrâneas consecutivas não deverá ultrapassar a 270°. Os esforços de tração no puxamento e
o esforço lateral decorrentes deverão ser também previamente verificados por cálculo.

Caixas de passagem subterrâneas:


Deverão ser dimensionadas de acordo com as recomendações dadas no Cap. 7 da publicação
“Underground Systems Reference Book”.
As caixas de passagem subterrâneas deverão ter as coordenadas do centro da tampa de acesso definidas
nas plantas distribuição, de forma a facilitar a localização por GPS.
Os acessórios a serem utilizados nessas caixas (suportes, leitos, chumbadores, alça de enfiação, barra de
terra e tampão) deverão ser aqueles definidos nos “Critérios de padronização de características técnicas dos
equipamentos e materiais elétricos”.
Quando possível, as caixas de passagem subterrâneas deverão ser drenadas para caixas ou canaletas de
águas pluviais de tubovias situadas em nível inferior a elas, tomando-se o cuidado para evitar que eventual
inundação nestas últimas venha inundá-las também como conseqüência. A interligação deverá utilizar um
tubo em PVC de diâmetro nominal 2” (50 mm), tipo ponta e bolsa. No interior da caixa de passagem, a
extremidade deste tubo deverá ser fechada por uma tela ou grade em aço galvanizado a fogo (≥78 microns),
para proteção contra a entrada de roedores e insetos.
Evidentemente, não deverá ser utilizado dreno quando o nível inferior da caixa de passagem estiver abaixo
do nível inferior da caixa ou canaleta de tubovia. Nestes casos, em condições especiais e quando exigido, a
drenagem deverá ser forçada.
A codificação das caixas de passagem deverá seguir os critérios adotados na unidade. Na ausência de
critérios, para efeito de definição das rotas em listas de cabos, as caixas de passagem deverão ser
numeradas em ordem crescente por via, por exemplo, no sentido oeste-leste (vias horizontais) e no sentido
norte-sul (vias verticais). Para outras informações ver item 6.7.
Nota:
Nos cruzamentos das vias, deverá prevalecer a numeração das vias horizontais.
A altura das caixas de passagem deverá ser padronizada se possível, no máximo, em três (3) valores: 2400
mm, 2800 mm, 3000 mm. A mesma preocupação deverá ser tida em limitar o comprimento do pescoço das
caixas também de três (3) valores: 0 mm, 500 mm e 1000 mm.
Para caixas do tipo “handhole”, deverão ser respeitados os seguintes critérios:
- A distância mínima entre a face interior do envelope de concreto e o piso da caixa deverá ser de 200 mm;
- A distância mínima entre a face lateral do envelope de concreto e a lateral interna da caixa deverá ser de
300 mm.

Aterramento:
O sistema de aterramento dos bancos de dutos metálicos e das ferragens previstas nas caixas de
passagem subterrâneas deverá utilizar de um cabo de cobre, lançado diretamente no solo, na mesma
profundidade dos envelopes (parte inferior), correndo externamente aos envelopes em concreto. As
interligações com as caixas de passagem deverão ser através de haste de aterramento com poço de terra.

9.2.4 Dimensionamento de cabos


A capacidade de condução de corrente dos cabos instalados em dutos subterrâneos deverá ser calculada
conforme a NBR-11301 ou IEC 60287.

9.3 CABOS LANÇADOS DIRETAMENTE NO SOLO

9.3.1 Caminhamento e disposição


Na escolha do caminhamento e profundidade da rede, deverão ser considerados os seguintes raios de
curvatura dos cabos:
- Cabo isolado não armado = (8x) diâmetro externo do cabo
- Cabo isolado armado ou blindado = (12x) diâmetro externo do cabo
Nota:
Se houver necessidade de instalação de cabo isolado com papel impregnado, considerar raio de
curvatura de (12x) diâmetro externo do cabo.
O espaçamento horizontal mínimo entre a parede da vala aberta para o lançamento dos cabos e redes de
esgoto, drenagem, tubulações subterrâneas e fundações de edificações e de estruturas deverá ser de 300
mm.
O espaçamento horizontal mínimo entre os cabos de diferentes aplicações deverá ser conforme a tabela
abaixo:

APLICAÇÃO ESPAÇAMENTO MÍNIMO (mm)


ENTRE CABOS DE POTÊNCIA UNIPOLARES 200
ENTRE CABOS DE POTÊNCIA E CONTROLE 150
ENTRE CABOS DE CONTROLE 100

Nota:
Dois (2) ou três (3) cabos unipolares em formação plana ou em trifólio deverão ser tratados como um
único cabo para efeito de atendimento aos valores acima, considerando-se os espaçamentos dos cabos
de fases distintas mais próximos entre si.
O afloramento dos cabos deverá ser feito unicamente por meio de eletroduto metálico embutido em
envelope de concreto.
Notas:
1. Os cabos deverão ser cobertos com areias naturais com granulometrias distintas, indicando-as em
projeto, de modo que misturadas umas às outras permitam alto grau de compactação do solo e com
elevada densidade a seco, mesmo que protegida por lajotas de concreto. Acima destas lajotas,
deverá ser depositada areia compactada até o nível do terreno ou do piso.
2. Cabos de aterramento utilizados para interligação à malha de terra poderão correr na mesma vala
dos cabos isolados, porém deverão ser dispostos nos cantos inferiores. Não é permitido o
lançamento nas valas dos cabos integrantes da própria malha de terra.
Nos casos da necessidade de redução da profundidade da vala dos cabos, poderão ser utilizadas lajotas de
proteção de concreto a eles sobrepostas. Para tanto, deverá ser adotada a seguinte relação, tendo-se o
cuidado de mantê-las afastadas entre si no mínimo 150 mm: para cada 50 mm de espessura da lajota, a
profundidade poderá ser reduzida de 150 mm.
Nota:
A profundidade máxima da vala deverá ser de 1200 mm. O recobrimento deverá obedecer às cotas
indicadas nas tabelas n° 300-5 e 710-4 da norma NFPA 70.
A rota dos cabos diretamente enterrados deverá ser identificada ao longo do percurso, por marcos afastados
no máximo de 30 m uns dos outros.
Notas:
1. Nos trechos em que os cabos passarem sob pisos pavimentados, os marcos poderão ser
substituídos por placas em aço inoxidável (AISI 316), diretamente chumbadas na superfície do piso
acabado, com as mesmas características da placa indicada no desenho referido acima.
2. Nas placas dos marcos afixadas em pedestal ou chumbadas no piso, deverão constar no mínimo: o
número de identificação da placa, identificação do cabo (n°, tipo e tensão), dimensões da vala
(largura e profundidade) e sentidos de direção (para frente, para trás, para esquerda, para direita),
todas gravadas por punção.
3. Os marcos e placas deverão ser previstos também em todos os pontos de derivação.

9.3.2 Dimensionamento de cabos


A capacidade de condução de corrente de cabos diretamente enterrados deverá ser calculada conforme a
NBR-11301 ou IEC 60287.

9.4 CABOS EM LEITOS E ELETROCALHAS

9.4.1 Condições gerais


Poderão ser utilizados os seguintes tipos de leitos e eletrocalhas, conforme definido na norma NEMA VE-1:
- Escada para cabos (leitos) e/ou
- Dutos perfurados ou lisos (eletrocalhas),
Com ou sem tampas e septos divisores, metálicos e em fibra de vidro, tipos leve, semipesado e pesado, em
locais abrigados ou ao tempo, em áreas não classificadas ou classificadas e em áreas não agressivas ou
agressivas.
O tipo do bandejamento a ser adotado deverá ser em função da carga distribuída dos cabos e do
espaçamento entre suportes. Caso estiverem previstos muitos e acentuados desvios de direção, a escolha
deverá recair em eletrocalhas, independentemente da carga e do espaçamento mencionados.
O tipo do material do bandejamento e das suas suportações e fixação a serem adotadas dependerá
exclusivamente das características de agressividade do meio ambiente. Os materiais padronizados em
instalações novas a serem implantadas nas unidades da BRASKEM deverão ser em aço galvanizado a fogo
(78 microns) para qualquer tipo de ambiente, exceto aqueles agressivos (corrosivos) ao aço galvanizado,
nos quais deverão ser utilizados bandejamentos em fibra de vidro.
Excepcionalmente, em alguns casos, por motivo de compatibilidade com instalações existentes, poderão ser
definidos bandejamentos em aço inoxidável, alumínio ou ferro de construção (leito aramado). Para estes
casos, a BRASKEM se posicionará a respeito por ocasião do projeto, em decorrência do desempenho das
instalações existentes.
Notas:
1. Bandejamentos em fibra de vidro poderão ser utilizados também em ambientes não agressivos,
quando for necessária a redução do peso do conjunto de suportação de cabos ou onde se requeira
isolamento de tensão. Para aplicação ao tempo, estes bandejamentos deverão ser certificados e
marcados como adequados a seres expostos à luz solar. A temperatura máxima de operação deverá
também constar no referido certificado.
2. Em função do local onde serão instalados, ambos bandejamentos poderão ser suportados por perfis
atirantados e/ou por mensolas (mãos-francesas).
A disposição das ferragens das suportações deverá atender às seguintes determinações:
- não deverá interferir com a instalação e/ou manutenção dos cabos;
- o tipo de suportação adotado e a sua correspondente fixação deverão suportar, com margem de
segurança, os esforços previstos e garantir a rigidez mecânica do conjunto.
3. Todas as peças e acessórios que compõem um sistema de leitos e eletrocalhas, assim como as
peças e acessórios apropriados à sua suportação e fixação, deverão ser padronizados para serem
facilmente encontrados no mercado. Não é permitido o uso de peças e partes de fabricação especial,
exceto somente nos casos estritamente necessários, autorizados pela BRASKEM.
4. Todas as ferragens e peças para suportação e fixação de leitos para cabos deverão ser as mesmas
para suportação e fixação de eletrocalhas, tanto no formato como no tipo do material empregado,
salvo aquelas peças específicas próprias de ambas.
5. Em ambientes agressivos, nos quais os bandejamentos em fibra de vidro são recomendáveis, o
material da suportação e fixação, incluindo porcas, parafusos e arruela, poderá ser em aço
galvanizado a fogo com as características citadas acima.
Basicamente, as características construtivas e de instalação de leitos e eletrocalhas deverão ser as
seguintes:
CARACTERÍSTICAS METÁLICOS FIBRA DE VIDRO
ALTURA INTERNA LIVRE (mm) 100 100
LARGURA INTERNA LIVRE (mm) 100-1000 100-1000
CORPO 14 e 12 MSG 14 e 12 MSG
ESPESSURA MÍNIMA
TAMPA 14 e 12 MSG 14 e 12 MSG
DISPOSIÇÃO DAS ABAS P/ FORA P/ DENTRO
COMPRIMENTO (mm) 3000 e 6000 3000 e 6000
ENTRE
150-450 150-450
DEGRAUS
ESPAÇAMENTO (mm)
ENTRE 2,5 m P/ LEITOS 2,5 m P/ LEITOS
SUPORTES 2,0 m P/ ELETROCALHAS 2,0 m P/ ELETROCALHAS
ÂNGULO DAS CURVAS 45° e 90° 45° e 90°

Notas:
1.O comprimento de 6000 mm poderá ser empregado somente em caso excepcional, como por exemplo
lances retos  60 m, quando a necessidade da rapidez de montagem justificar o seu emprego.
2.Especificações básicas do sistema de bandejamentos:
a) Aço carbono galvanizado
Chapas dobradas, conforme a norma ASTM A36, com limite de resistência de 370 N/mm² (MPa).
Galvanização a quente por imersão após a fabricação de acordo com a norma ASTM A123.
Densidade média de disposição da película de massa de zinco para chapas e componentes com
espessura:
- < 3 mm = 400 g/m² (espessura de 50 m)
-  3 mm = 600 g/m² (espessura de 78 m)
b) Aço inoxidável
Chapas dobradas, fabricadas conforme as normas ASTM A240, A480 e A666.
Ambientes não-agressivos: tipo AISI 304, com limite de resistência de
515 N/mm² (MPa).
Ambientes agressivos: tipo AISI 316, com resistência de 515 N/mm² (MPa).
c) Alumínio
Chapas dobradas, fabricadas conforme a norma ASTM B221, com liga 6063, tipo “cooper free”.
d) Ferro de construção
Vergalhões dobrados, fabricados conforme a norma ASTM A35, tipo CA-25 (NBR-7480), diâmetro
mínimo de Ø1/4” (6 mm).

9.4.2 Aplicação
Sistemas de distribuição por leitos e/ou eletrocalhas poderão ser utilizados nos seguintes locais:
- Porão de cabos de subestações, salas técnicas (elétricas, controle, instrumentação);
- Interior de galerias de cabos, caixas de passagem subterrâneas (“manholes” e “handholes”), canaletas de
piso para cabos e sob pisos falsos;
- Em áreas não classificadas e classificadas (ver nota 1), não agressivas ou agressivas (corrosivas) [ver
nota 2], abrigadas e ao tempo;
- Compartilhadas com outras instalações, tanto sobre estruturas tipo “pipe-rack” e “pipe-way” quanto
suportações metálicas exclusivas, desde que com salvaguardas (ver o item 3.4.4.3 a seguir).
Notas:
i. Desde que os cabos utilizados sejam adequados à área classificada.
ii. Desde que a instalação dos cabos utilizados seja apropriada à agressividade do
ambiente.
Os locais onde não deverão ser utilizados sistemas de distribuição por leitos e/ou eletrocalhas são os
seguintes:
3. Áreas de içamento de cargas ou em locais onde o bandejamento poderá sofrer severos danos físicos,
como por exemplo local de passagem de veículos;
4. Dentro de dutos e câmaras projetadas para sistemas de vac;
5. Locais sujeitos à luz solar para os quais o bandejamento em fibra de vidro não está certificado;
6. Locais sujeitos à temperatura ambiente acima daquela certificada para bandejamento em fibra de vidro;
7. Ambientes agressivos para os quais o bandejamento em fibra de vidro não é adequado;
8. Áreas classificadas para as quais os cabos não são adequados.

A utilização destes bandejamentos é permitida como sistema de suportação para cabos de circuitos de:
9. Força para alimentadores e ramais em AT e BT;
10. Comando e controle em c.a. E c.c.;
11. Serviços auxiliares (fontes alternativas em c.a. E c.c., estabilizadas ou não, ininterruptas ou não);
12. Instrumentação e automação (sinal analógico de 4-20 ma, sinal de termopares e outros sinais);
13. Sistemas de luz de emergência e intertravamentos críticos – ver notas 1 e 2;
14. Sistemas de comunicação e intercomunicação – ver notas 1 e 2;
15. Sistemas de segurança (detecção/alarme de incêndio, controle de acesso, sinalização e alarme, CFTV)
– ver notas 1 e 2.
Notas:
i. Instalados em bandejamento exclusivo ou compartilhado com circuitos de outras
funções permitidas no mesmo conduto, porém separados entre si por septo divisor.
ii. Instalados em eletrodutos exclusivos, fixados embaixo do corpo do bandejamento e
correndo ao longo do seu trajeto.
É permitida a instalação dos seguintes tipos de cabos em ambos os tipos de bandejamento (ver notas):
16. Cabos isolados multipolares (potência, controle e sinal);
17. Cabos isolados blindados (controle e sinal);
18. Cabos isolados armados (instrumentação);
19. Cabos com isolamento mineral e capa metálica;
20. Cabos de comunicação (voz e dados);
21. Cabos de fibra óptica;
22. Cabos de cobre nu (aterramento);
23. Outros.
Notas:
i. Em áreas onde as condições de manutenção e supervisão asseguram acesso somente
a pessoal qualificado, poderão ser utilizados os tipos de cabos relacionados acima em leitos abertos
e eletrocalhas perfuradas abertas, como é o caso de porão de cabos.
ii. Em áreas com alto risco de incêndio, como por exemplo parque de bombas para
produtos perigosos e equipamentos com grandes inventários, somente deverão ser utilizados cabos
com características retardantes à propagação de chama, compatíveis com os ensaios prescritos nas
normas IEC 60332-1 e 60332-3.
iii. Em locais fechados, sob ventilação considerada insuficiente, como é o caso de galeria
de cabos sem ventilação / exaustão mecânica, os cabos deverão ter isolação não-halogenada.
iv. Leitos e eletrocalhas deverão ter identificação conforme critérios descritos no item 6.8.3
deste documento. Leitos de cabos de AT adicionalmente deverão ter faixa “zebrada” pintada,
conforme mencionado neste mesmo item.

As tampas de leitos e eletrocalhas deverão ser aplicadas nas seguintes condições:


24. Em instalações localizadas em área ou local onde haja risco de ocorrência de danos nos cabos devido à
queda de objetos, respingos de solda ou de líquidos corrosivos e/ou irradiação solar;
25. Em instalações ao tempo, sendo não contínua para bandejamentos metálicos, porém devendo os
trechos contínuos ser aterrados;
26. Em instalações com trechos retos longos, devendo ser em fibra de vidro para bandejamento metálico
(para evitar o efeito de diafonia entre cabos);
27. Em instalações próximas a fontes de interferência eletromagnética (iem), devendo o conjunto
bandejamento e tampa ser metálico (para a blindagem externa dos cabos).
Notas:
i. Em locais abrigados limpos, como porão de cabos, as tampas são dispensáveis.
ii. As tampas poderão ser do tipo reta ou cumeeira lisa, devendo esta última ser utilizada
preferivelmente em instalações ao tempo ou em locais considerados sujos, para se evitar o acúmulo
de água parada de chuva ou disposição de pós e poeiras sobre elas.
iii. Quando ao tempo, as tampas deverão ser amarradas ao bandejamento por cintas
plásticas ao redor, pelo menos e em dois (2) pontos nas peças de 3000 mm e em três (3) nas peças
de 6000 mm.
Os leitos e eletrocalhas deverão ter sua utilização devidamente indicada na documentação do projeto
(plantas, cortes, detalhes, listas de cabos e de materiais).

9.4.3 Disposição e caminhamento


O caminhamento do bandejamento deverá seguir as seguintes regras básicas:
- Ser o mais reto e curto possível, evitando porém locais com condições ambientais agressivas, como calor
e umidade excessiva e atmosfera corrosiva; fontes de interferências eletromagnéticas; e danos por
choque mecânico;
- Seguir rotas através das áreas com menor risco de incêndio;
- Respeitar os gabaritos mínimos das áreas de circulação e passagens para manutenção de
equipamentos/instalações e acessos principais e secundários;
- Ser facilmente acessível em qualquer ponto do trajeto para permitir sua instalação, inspeção, manutenção
e instalação de novos cabos;
- Evitar passagem em local próximo de tubulações quentes, mesmo estas estando isolada termicamente;
- Evitar áreas onde haja risco de vazamentos perigosos de hidrocarboneto ou outros produtos químicos cuja
emanação na atmosfera cause a corrosão da isolação de cabos;
- Evitar locais próximos ou sobre equipamentos mecânicos, como trocadores de calor ou qualquer outro
equipamento que necessite de intervenções de processo ou de manutenção periódica;
- Preferivelmente, seguir as rotas e compartilhar adequadamente com instalações próprias de tubulações
de processo como “pipe-rack” e/ou “pipe-way”.
No interior de porão de cabos, a disposição dos leitos e/ou eletrocalhas deverá respeitar os afastamentos
mínimos necessários com relação a si mesmos e com câmaras de exaustão de painéis resistentes a arco ou
sistema de combate por CO2, dutos de barras, dutos de ventilação/exaustão, sistema de iluminação e outros
eventuais obstáculos. Estes afastamentos deverão criar corredores naturais, dispostos a deixarem livres os
acessos à rota de fuga e a permitirem livre circulação de pessoas, assim como espaços ao redor para
manutenção, movimentação de ferramentas móveis e portáteis e remoção de equipamentos ou parte deles.
Não é permitido encaminhamento de leitos e eletrocalhas através de sala de baterias. Quando isto não for
possível, as aberturas nas suas paredes ou pisos, assim como os próprios cabos, deverão receber
tratamento e proteção passiva para resistir, por tempo pré-definido, à ação direta de fogo de Hidrocarboneto
e à passagem de fumaça, chamas ou gases tóxicos quentes entre ambientes confinados (para maiores
detalhes, ver o item 8.4.9 deste documento).
Em áreas externas, a partir da subestação, os leitos e/ou eletrocalhas deverão ter instalação preferivelmente
aérea, conforme fora mencionado anteriormente. Neste caso, conforme mencionado, elas deverão ser
montadas sobre estruturas metálicas de “pipe-rack” e/ou “pipe-way” ou em estruturas semelhantes àquelas
compartilhadas ou não com instalações de instrumentação / automação.
Em áreas congestionadas, poderão ser preferivelmente projetadas junto a paredes, vigas e colunas de
concreto e vigas, longarinas e colunas de estruturas metálicas. Neste caso, o tipo de suportação
recomendada para esta instalação deverá ser a mensola e a disposição dos bandejamentos deverá
obrigatoriamente ser paralela ou perpendicular a esses elementos de construção.
Em função das características adotadas para construção da subestação e/ou salas técnicas [horizontal ou
vertical, com porão (ou sala) de cabos, abaixo ou acima do nível do terreno] e do número, tipo, seção e
aplicação dos cabos especificados, a sua conexão ao “pipe-rack” e/ou “pipe-way” poderá ser tanto aérea
(com uso de estruturas adicionais semelhantes àquelas para a devida transposição) quanto subterrânea
(uso de galeria de cabos ou dutos subterrâneos com caixas tipo “manhole”) a partir do referido porão (ou
sala) de cabos. As aberturas em paredes e pisos para a passagem de cabos deverão também ter proteção
passiva.
Em função das características físicas e da localização das cargas, como também das condições da área
onde elas estarão instaladas (classificadas ou não, agressivas ou não), a conexão do “pipe-rack” (ou “pipe-
way”) poderá ser de modo similar ao descrito acima:
- Aérea (via estruturas menores do tipo pedestal, construídas em cantoneiras metálicas fixadas em base de
concreto) e finalizando com descida por eletrodutos rígidos até próximo aos terminais das cargas;
- Subterrânea (via dutos subterrâneos, sem ou com caixas de passagem tipo “handhole” ou menores) e
aflorando com eletrodutos rígidos próximos aos terminais das cargas;
- Em ambas alternativas, os eletrodutos deverão ser finalizados em caixas ou conduletes adequadas ao
ambiente e munidos de prensa-cabos, antecedidos ou não de unidades seladoras, isto decorrente de a
área ser ou não classificada.
Notas:
1. Eletrodutos flexíveis não deverão ser utilizados na conexão entre eletrodutos rígidos e caixa de
ligações de motores e geradores. A conexão do cabo alimentador deverá ser direta através de
prensa-cabo.
2. O uso de eletrodutos flexíveis deverá se restringir apenas às instalações consideradas especiais em
que os cabos devem ser totalmente protegidos ao longo do percurso de eletrodutos fixos e rígidos,
passando por exemplo em juntas de expansão de construções ou instalações internas a
equipamento, cuja recomendação parta do próprio fabricante/fornecedor.
Nas transposições da rede de cabos em leitos e/ou eletrocalhas, tanto no sentido porão de cabos 
estruturas de “pipe-rack” (ou “pipe-way”) quanto no sentido estruturas de “pipe-rack” (ou “pipe-way”) 
cargas, a:
- Suportação, fixação e proteção dos cabos e dos próprios condutos;
- Disposição, posicionamento e identificação dos cabos no interior dos bandejamentos e dos próprios
condutos;
- Ocupação dos cabos nos dutos subterrâneos e eletrodutos aparentes
Deverão constar claramente indicadas nos projetos de instalações, com todos os detalhes e informações
específicas necessárias ao seu perfeito entendimento e aplicação. A PROJETISTA deverá harmonizar e
simplificar o máximo possível tais instalações, evitando as soluções complicadas e/ou onerosas para sua
montagem e manutenção. Cruzamento de cabos de diferentes circuitos, aplicações e tensões é exemplo de
instalação a ser evitada.
A ocupação dos cabos nos dutos subterrâneos ou nos leitos e/ou eletrocalhas externas deverá reproduzir,
tanto quanto possível, a seqüência e o posicionamento que ocupam nos leitos e/ou eletrocalhas instaladas
no porão de cabos da subestação ou das salas técnicas.
Deverá ser possível o acesso de pessoas ao longo de todo o trajeto de leitos e/ou eletrocalhas, dos painéis
às cargas. Trajetos em níveis elevados, acima de 5m, deverão contar com passarelas adequadas
lateralmente aos condutos, ao alcance das mãos.
Nos casos em que for inevitável a instalação de sistema de bandejamentos próximos de fontes de calor
severas (como fornos e caldeiras) deverá ser prevista isolação térmica comum para bandejamentos e cabos
nestes trechos do tipo proteção passiva (ver o item 5.4.9 deste documento).
Bandejamentos de natureza elétrica a serem instalados em estruturas próprias para tubulações de processo
(“pipe-rack” e “pipe-way”), configurando instalação compartilhada, deverão situar-se preferivelmente em um
nível acima das tubulações ou na impossibilidade ao seu lado, desde que devidamente afastados da
tubulação mais próxima (300mm mínimo entre faces externas).

Caixas de areia
O caminhamento do bandejamento através de aberturas em paredes que separem áreas classificadas de
áreas não classificadas deverá ser efetuado por meios físicos selantes que impeçam a passagem de gases
e vapores perigosos para a área não classificada, conforme requerido na norma IEC 60079-14 (como é o
caso das subestações e salas técnicas), nas quais deverão ser empregadas caixas de areia (preferível),
MCT (Multi Cable Transit) ou outra solução para se resolver o problema de isolamento entre essas áreas,
desde que haja aprovação prévia da BRASKEM.
Quando utilizadas, as caixas de areia deverão ser fabricadas com chapas e perfis em aço galvanizado a
fogo (78 microns).
A definição do local adequado para a construção e instalação das caixas de areia na parede, em relação ao
teto, preferivelmente deverá ser em ponto alto, de fácil acesso, visando facilitar posterior remoção da areia
para a passagem de novos cabos.
O projeto e a instalação das caixas de areia deverão observar os seguintes itens:
- Em ambos os lados, externo e interno, deverá ser prevista portinhola ou flange com tampa deslizante na
parte inferior, localizada em ponto afastado dos cabos passantes, para permitir a drenagem e a remoção
da areia, quando necessário. As dimensões desta portinhola deverão ser de 150x150 mm.
Internamente, deverá ficar afastada de painéis elétricos;
- A disposição física dos cabos passantes, no lado externo da caixa (com relação à construção), deverá ser
tal que a água de chuva que escorrer pelos cabos goteje externamente a ela, bem como o estado seco
da areia não seja prejudicado por eventual entrada de água (o lado externo da caixa deverá ser
protegido por pingadeira);
- Todas as partes e peças metálicas deverão ser aterradas;
- Preferivelmente, o lançamento dos cabos deverá ser de fora para dentro da edificação;
- Os cabos passantes deverão ser instalados com afastamento mínimo de 20 mm em relação às laterais da
caixa;
- A caixa de areia deverá ser preenchida com areia até a borda superior das paredes laterais; a areia
deverá ser seca, limpa e isenta de impurezas, composta de quartzo fino, com granulometria abaixo de
0,5 mm;
- Após o lançamento dos cabos, a carga de areia deverá ser introduzida na caixa com percussão, de modo
a deixá-la compactada no seu interior (espaços vazios e lacunas entre grãos praticamente preenchidos).

9.4.4 Dimensionamento
a) Leitos e eletrocalhas
A largura de leitos e eletrocalhas deverá ser definida com base nos seguintes critérios:
- A cota superior da lateral interna do bandejamento deverá estar acima da do plano superior do cabo de
maior diâmetro;
- Os cabos de potência deverão ser dispostos no fundo do bandejamento em camada única; cabos
unipolares de fases distintas de um mesmo circuito trifásico deverão ser unidos em formação triangular
(trifólio) e posicionados como se fossem um cabo tripolar para efeito de atendimento ao critério de
camada única.
- Atender às prescrições dos itens 318-8 e 318-9 da norma ansi c1 (nec);
- Prever ampliação mínima de 20% do espaço ocupado pelos cabos efetivos;
- As derivações deverão atender aos raios de curvatura dos cabos transportados:
- Cabos não armados  (8x) o diâmetro externo do cabo
- Cabos armados  (12x) o diâmetro externo do cabo
b) Cabos a serem instalados em leitos e eletrocalhas
A capacidade de condução de corrente dos cabos (ampacidade) deverá ser determinada a partir das
prescrições dadas nas normas:
- NBR-5410 = para circuitos com tensão < 1 kV
- NBR-14039 = para circuitos com tensão entre 1 e 3,6 kV
Os métodos de instalação aceitáveis são:
- NBR-5410 = 12, 13, 14, 16, 31, 32, 31A, 32A, 35 36
- NBR-14039 = A, B
Os critérios para determinação da ampacidade dos cabos e dos fatores de correção deverão estar de
acordo com os métodos de instalação citados nas normas acima.
Notas:
i. Para circuitos com tensão > 36,2 kV, os critérios de ampacidade deverão ser definidos
em conjunto entre a PROJETISTA e a BRASKEM.
ii. Cabos a serem expostos a raios solares diretos deverão ser especificados e possuírem
marcação na capa externa atestando sua resistência à radiação ultravioleta.

9.4.5 Aterramento
O aterramento de leitos e eletrocalhas poderá ser feito de uma das duas (2) maneiras:
28. Utilizando o próprio bandejamento quando metálico como condutor de aterramento
29. Preferivelmente, utilizando cabo terra ao longo de todo o seu percurso.
Independentemente da técnica adotada, tanto o bandejamento metálico utilizado como condutor de
aterramento quanto o cabo terra, ambos deverão ser interligados à malha de aterramento da área nas
extremidades e em intervalos de 20m, ao longo do trajeto. Adicionalmente, todos os suportes metálicos dos
bandejamentos deverão ser interligados ao próprio bandejamento ou ao cabo terra. O mesmo é válido com
todas as tampas do conduto. Para sistemas e bandejamentos em níveis, o aterramento deverá atingir a
todos os bandejamentos dos níveis no mesmo ponto.
Sistema de bandejamentos em fibra de vidro deverá, por sua vez, ser também aterrados pela técnica do
cabo terra ao longo do percurso. A finalidade é drenar para terra eventual eletricidade eletrostática nela
acumulada.
a) Para utilizar a própria ferragem do leito e eletrocalha como condutor, dois (2) requisitos deverão ser
atendidos:
1°) a seção transversal livre do bandejamento deverá ser igual ou maior ao indicado na Tabela I abaixo:
TABELA I
MÁXIMA CORRENTE NOMINAL DO FUSÍVEL
SEÇÃO TRANSVERSAL LIVRE MÍNIMA
AJUSTE DE DISPARO DO DISJUNTOR DO BANDEJAMENTO METÁLICO (mm²)
AJUSTE DE DISPARO DO RELÉ DE PROTEÇÃO
PARA FALTA À TERRA EM QUALQUER CIRCUITO ALUMÍNIO
DO BANDEJAMENTO AÇO
(VER NOTA)
(A)
60 130 130
100 260 130
200 450 130
400 650 260
600 670 260
1000 - 390
1200 - 650
1600 - 970
2000 - 1290
Legenda:

SEÇÃO TRANSVERSAL
LIVRE DE LEITO

SEÇÃO TRANSVERSAL
LIVRE DE ELETROCALHA

Nota:
Dado passado apenas como referência
Importante:
Nos pontos de conexão do aterramento, o sistema de pintura ou de cobertura similar não condutora
deverá ser adequadamente removida para garantir o contato metal a metal dos elementos utilizados no
aterramento. Este cuidado deverá abranger roscas, pontos e superfícies planas de contato, a não ser
que se usem acessórios que tornem tal remoção desnecessária.
Casos as peças e acessórios em cobre sejam agredidos pelas condições ambientais, devido a
substâncias corrosivas na atmosfera, os pontos sujeitos ao ataque deverão ser devidamente protegidos
por massa epoxídica, graxa, silicone ou outro material apropriado.

2°) os módulos e peças unidas entre si, formando o bandejamento, deverão ser adicionalmente
interligados uns aos outros por cordoalhas ou cabos de cobre nu, em ambos os lados e ao longo de
todo o trajeto, para garantir a continuidade elétrica de todo o conjunto. Para a especificação da
seção mínima das cordoalhas, deverão ser utilizados os valores indicados na Tabela II abaixo:
TABELA II
MÁXIMO VALOR DE AJUSTE DO DISPOSITIVO DE SEÇÃO TRANSVERSAL DA
PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE À MONTANTE CORDOALHA OU
DO CIRCUITO CABO EM COBRE NU
(A) (mm²)
15-300 26
400 35
500 35
600 50
800 70
1000 70
1200 95
1600 120
2000 150
2500 185
3000 240
4000 300
5000 400
6000 400

Nota:
Bandejamentos do tipo leito aramado não deverão ser utilizados como condutor de aterramento.

Se a seção transversal livre do leito ou eletrocalha não for superior aos valores de corrente indicados para o
dispositivo de proteção, o sistema de bandejamentos não deverá ser utilizado como condutor de
aterramento. Neste caso, um cabo terra em separado deverá ser lançado conforme descrito no subitem (b) a
seguir.

Notas:
i. Bandejamentos de aço não deverão ser utilizados como condutor de aterramento para
circuitos com dispositivo de proteção contra falta à terra > 600 A (ou > 2000A);
ii. Nas plaquetas de identificação de bandejamentos, deverá ser indicada a área da sua
seção transversal livre;
iii. Desde que seja garantida a continuidade elétrica do bandejamento pelos meios
descritos acima, é permitida a utilização do sistema de bandejamentos como condutor de
aterramento para circuitos de instrumentação / automação, comunicação / intercomunicação,
segurança, comando / controle para sistemas elétricos aterrados por resistor de alta impedância;
iv. Em junções rígidas de bandejamentos em aço inoxidável (se empregado), deverão ser
utilizadas cordoalhas de aterramento tipo isolada, nua ou trançada.
b) Para aterramento de leitos e eletrocalhas por cabo terra ao longo de todo o trajeto, deverão ser
atendidos os seguintes critérios:
30. todos os módulos e peças que compõem o bandejamento deverão ser fixadas individualmente ao
cabo terra por conectores de aterramento adequados;
31. a seção nominal mínima do cabo terra deverá ser aquela indicada na Tabela II anterior.
Nota:
Dispensam-se cordoalhas de aterramento nas junções caso seja garantida a conexão do cabo terra em
todos os módulos e peças de bandejamento metálico.
c) Para o aterramento de leitos e eletrocalhas em fibra de vidro, por cabo terra ao longo de todo o trajeto,
deverão ser atendidos os seguintes critérios:
32. Todos os módulos deverão ser aterrados através da sua própria suportação metálica de maneira
alternada, i.e. a cada dois (2) suportes, um (1) suporte deverá ser utilizado para aterramento. O
ponto de conexão entre bandejamento, suporte e cabo terra deverá ser executado o mais
perfeitamente possível, inclusive o acabamento final do suporte metálico refeito;
33. o cabo terra de cobre nu deverá ter seção mínima de 25 mm².
Notas:
i. Evidentemente, suportes em fibra de vidro não são aceitos como pontos de aterramento
de sistemas com bandejamentos deste material.
ii. Evidentemente, dispensam-se cordoalhas de aterramento nas junções de
bandejamentos em fibra de vidro.
Os sistemas de bandejamento instalados em área classificada, suscetíveis a descargas atmosféricas,
deverão possuir requisitos de proteção que atendam às prescrições da norma IEC 60079-25.

9.4.6 Suportação mecânica


Leitos e eletrocalhas poderão ser suportados por sistemas de tirantes e/ou de mensolas, de tal modo que,
em ambas as maneiras, o ponto de suportação fique afastado a 1/4 do comprimento do módulo reto do
bandejamento, conforme mostrado abaixo:

Tanto tirantes quanto mensolas, deverão atender ao esforço mecânico somado à carga de trabalho segura,
como também à ação dos ventos e das interferências mecânicas.
Sistema de suportação tipo pedestal não deverá ser instalado em áreas reservadas para a expansão de
“pipe-rack” e/ou “pipe-way” ou ainda em tubovias.
Não é permitido(a):
34. Que leitos e/ou eletrocalhas, assim como seus suportes, se apóiem sobre tubulações de processo;
35. A instalação de bandejamentos diretamente sobre piso acabado ou paredes, sendo obrigatório o uso de
perfilados galvanizados a fogo como suporte, inclusive em canaletas de piso e pisos falsos.
A localização de suportes em trechos curvos de bandejamentos deverá ser da seguinte maneira:
36. Curva horizontal
Suporte de curva 90°/60°/45°/30° = no ponto de arco 45°/30°/22,5°/15° respectivamente
Suporte de junção = a 600 mm no máximo de cada elemento de junção da curva
37. Curva “t” horizontal
Suporte em cada face do “t”, formando um triângulo
Suporte de junção = a 600 mm no máximo de cada elemento de junção do “t”
38. Curva “x” horizontal
Suporte em cada face do “x”, formando um quadrado (ou retângulo)
Suporte de junção = a 600 mm no máximo de cada junção do “x”
39. Curva “y” horizontal
Suporte na bissetriz do maior ângulo do “y”
Suporte de junção = a 600mm no máximo de cada junção do “y”
40. Curva “t” vertical
Suporte de junção = a 600mm no máximo de cada junção

9.4.7 Instalação de cabos


Tanto leitos como eletrocalhas deverão ser projetados com uma seção reserva de no mínimo 20% da seção
transversal livre do bandejamento permitida para instalação de cabos conforme indicado abaixo:

Todos os cabos deverão ser fixados ao leito ou eletrocalha a cada metro de percurso, por meio de
abraçadeiras de aço inox sem cantos vivos, específicas para esta finalidade. Em toda amarração, deverá ser
colocado um anteparo sobre o cabo para a sua proteção no ponto de contato.
Os cabos multipolares deverão ser fixados individualmente no bandejamento. Os cabos multipolares dos
circuitos trifásicos de potência deverão ser encaminhados e fixados em trifólio no fundo do bandejamento.
Os cabos deverão ser identificados conforme relacionado na lista de cabos, nas extremidades de cada
circuito e ao longo do trajeto, pelo menos a cada 5 m dentro da subestação e salas elétricas e a cada 15 m
dentro da área de processo. Em percursos verticais, a cada 450 mm. O critério de identificação dos circuitos
é aquele descrito no item 9.6.3 deste documento.
Nota:
A amarração dos cabos deverá ser executada mantendo-se o afastamento constante entre os cabos
para confiná-los dentro de uma área restrita e evitar, nos cabos de potência, os movimentos devidos a
forças magnéticas durante uma eventual falta.
Nos trechos de descidas longas, para que o peso próprio do cabo não exceda a sua capacidade máxima de
tração, deverão ser instalados suportes intermediários para que haja divisão do peso em vários segmentos.
Estes suportes deverão ser previstos nos leitos e nas eletrocalhas antes do lançamento dos cabos.
O lançamento dos cabos nos bandejamentos deverá ser efetuado mediante planejamento prévio das
dificuldades a serem contornadas ao longo do percurso, visando evitar retrabalhos e eventuais danos nos
próprios cabos e nos bandejamentos devido a eventuais remoções e relançamentos posteriores. Esta
notação deverá ser indicada no projeto.
Os comprimentos dos lances indicados na lista de cabos deverão ser confirmados antes do corte. Esta
notação deverá ser indicada no projeto e na referida lista.
A instalação de cabos dos circuitos de diversas aplicações em bandejamentos instalados em níveis deverá
obedecer à seguinte seqüência, de cima para baixo, válida em qualquer ponto das instalações na planta:
41. Circuitos de potência de AT.
42. Circuitos de potência de BT, comando, controle, proteção e serviços auxiliares (iluminação e tomadas);
43. Circuitos do sistema de segurança (iluminação de emergência, intertravamentos críticos,
detecção/alarme de incêndio, controle de acesso, sinalização e alarme, CFTV);
44. Circuitos de comunicação / intercomunicação (usar apenas eletrocalhas metálicas com tampa);
45. Circuitos de instrumentação / automação (usar apenas eletrocalhas metálicas com tampa);
O espaçamento mínimo entre níveis de bandejamentos consecutivos deverá ser de 300 mm, para facilitar o
acesso aos cabos.
Eletrocalhas para cabos de sinal deverão estar afastados a uma distância mínima de 1,5m de fontes de
ruído e interferências (motores, geradores e transformadores de AT). Caso estes cabos sejam instalados em
eletrodutos metálicos, esta distância poderá ser reduzida à metade.
Notas:
1. Cabos de circuitos de AT e BT não deverão ser instalados juntos no mesmo conduto, exceto se for
adotado um dos seguintes procedimentos:
46. Uso de septo divisor (barreira de separação), dividindo o bandejamento em duas (2) partes para
que os circuitos de mesma tensão ocupem uma única parte; cabos de AT com blindagem
metálica (juntas entre si porém separados dos cabos de BT, sem septo-divisor).

2. Não é permitida a instalação direta de cabos de qualquer aplicação na face inferior do conduto,
exceto se eles forem instalados em eletrodutos metálicos devidamente fixados a ele.
3. Instalação de cabos adicionais em bandejamentos existentes deverá ser precedida de verificação
particular do espaço interno disponível, cuidando para que o nível do plano do cabo mais alto não
ultrapasse a altura interna disponível do bandejamento e que o peso a ser adicionado não ultrapasse
a capacidade de suportação do sistema de suportes.

O espaçamento entre bandejamentos metálicos com tampa para cabos de potência e eletrocalhas
metálicas fechadas e com tampa para cabos de sinal do tipo par trançado, com ou sem blindagem,
deverá atender aos valores indicados na Tabela III abaixo. Não deverá ser concebidas instalações com
bandejamentos metálicos ou não metálicos, com ou sem tampa, para cabos de sinal instalados nas
vizinhanças de equipamentos elétricos, eletrodutos ou bandejamentos para cabos de potência.
NÃO ACEITÁVEL ACEITÁVEL
SISTEMAS PARA INSTALAÇÃO DE CABOS DE SINAL

TABELA III
ESPAÇAMENTO ENTRE BANDEJAMENTOS
TENSÃO DOS P/ CABOS DE POTÊNCIA E ELETROCALHAS DE SINAL (mm)
CABOS DE POTÊNCIA
SINAIS DE BAIXO NÍVEL (mV) SINAIS DE MÉDIO NÍVEL (mA)

< 125V e 20A 750 375


125 < V < 500 e 200A 1000 750
> 500V 1500 1500

O espaçamento entre eletrodutos para cabos de potência e eletrocalhas para cabos de sinal (tipo par
trançado com blindagem eletrostática), assim como leitos e eletrocalhas para cabos de potência e
eletrodutos para cabos de sinal (tipo par trançado com blindagem eletrostática), deverá atender aos valores
indicados na Tabela IV abaixo:
TABELA IV
ESPAÇAMENTO ENTRE BANDEJAMENTOS E ELETRODUTOS P/
TENSÃO DOS CABOS DE POTÊNCIA E ELETROCALHAS DE SINAL (mm)
CABOS DE POTÊNCIA
SINAIS DE BAIXO NÍVEL (mV) SINAIS DE MÉDIO NÍVEL (mA)

< 125V e 20A 750 375


125 < V < 500 e 200A 750 375
> 500V 1500 750

Legenda:
1. Sinais de baixo nível
47. Sinais de termopares;
48. Sinais de saída de ponte do tipo “strain gauge”;
49. Sinais de pulsos digitais, próprios de rede de transmissão de voz e dados e de CFTV
b) Sinais de médio nível
b) Sinais analógicos tipo 4-20ma (ou tipo 10-50V);
c) Sinais de instrumentos eletrônicos em c.c., sensores de temperatura por resistência (RTD), circuitos
de sinalização ou chaveamento em tensão  28 Vcc.
Recomenda-se que o agrupamento do cabeamento dos circuitos de sinal seja feito por tipo de circuito e
nível de sinal. Os sinais de baixo nível deverão ficar o mais distante possível dos circuitos de potência.
A partir dos sinais de baixo nível, deverá ser adotada a seguinte ordem:
d) Sinais analógicos de 4-20 ma;
e) Sinais de alarme em 24 Vcc;
f) Sinais de alarme em 120 V;
g) Sinais para solenóides e válvulas de controle.

Nos sistemas de bandejamento em áreas classificadas, é permitida a utilização de cabos com capa com as
seguintes especificações:
h) Capa metálica e isolamento mineral;
i) Capa de material termoplástico;
j) Capa de material termofixo;
k) capa de material elastomérico.
O cabeamento dos circuitos de instrumentação de campo e o cabo terra de bandejamentos conectados a
sistemas intrinsicamente seguros deverão atender às prescrições da IEC 60079-25.

9.5 CABOS EM ELETRODUTOS APARENTES

9.5.1 Condições gerais


Para instalação de eletrodutos e acessórios aparentes a serem utilizados em áreas industriais não
classificadas, abrigadas e ao tempo, não agressivas e agressivas, deverão ser seguidas as prescrições
dadas no item 6.2.11 da NBR-5410.
Para instalações abrigadas e ao tempo de áreas
- não agressivas, deverão ser utilizados eletrodutos tipo pesado (schedule 40) em aço galvanizado a fogo
(78 microns), caixas e conduletes em alumínio fundido e suportação e acessórios de fixação em aço
galvanizado a fogo.
- agressivas, deverão ser utilizados eletrodutos, caixas e conduletes em fibra de vidro ou aço galvanizado a
fogo.
Os eletrodutos e materiais galvanizados a fogo deverão ter as características descritas no item 6.4.1
anterior, onde aplicável.
As caixas de passagem e conduletes para eletrodutos deverão ser próprias para instalação ao tempo,
independentemente do local de aplicação, devendo ter as mesmas especificações de como se fossem
destinadas para áreas classificadas como Zona 2 (Divisão 2) ou não classificadas. Já para as áreas
classificadas como Zonas 0 e 1 (Divisão 1), elas deverão ser do tipo Ex-d e TGVP (à prova de explosão e ao
tempo), simultaneamente.
O diâmetro nominal mínimo de eletrodutos e furações deverá ser Ø3/4” (27 mm), exceto nos casos em que
a instalação de eletrodutos e acessórios seja parte integrante de equipamentos montados em fábrica, onde
se admite Ø1/2” (20 mm), desde que seja observada a ocupação interna máxima recomendada aos cabos.
O caminhamento dos eletrodutos deverá ocorrer paralela ou perpendicularmente a paredes, lajes, vigas e
estruturas.
Deverão ser fixados aos suportes através de grampos ou abraçadeiras adequadas às condições de
agressividade do meio ambiente, não sendo admitido o emprego de solda.
Os eletrodutos e seus suportes não deverão ser suportados por tubulações de processo, tanto aquelas
consideradas não-removíveis, quanto aquelas quentes isoladas termicamente. A suportação deverá ser
exclusiva ao sistema de distribuição por eletrodutos aparentes.
O raio de curvatura dos eletrodutos deverá ser compatível com o raio de curvatura do cabo nele a ser
instalado.
Deverá ser observada a capacidade de dobramento dos eletrodutos sem que ele sofra danos mecânicos por
compressão e/ou estiramento.
O número de curvas e desvios deverá ser reduzido ao mínimo, desde que se cumpra às prescrições
normativas. Neste caso, deverão ser empregadas caixas para puxamento ou para a execução de emenda e
demais acessórios onde necessário.
Os eletrodutos poderão ser instalados isoladamente ou em feixes. A suportação, fixação, caminhamento,
rota etc. deverão seguir as prescrições dadas no item 6.4 anterior deste documento, onde pertinente.
Os eletrodutos poderão ser utilizados em todos os tipos de instalação elétrica, conduzindo circuitos de
potência, comunicação, controle, sinalização e alarme, comunicação e intercomunicação, detecção / alarme
de incêndio, controle de acesso e CFTV, geralmente complementar às instalações de bandejamento.
Poderão ser utilizados também como proteção mecânica de instalações de aterramento.
Nas instalações ao tempo, deverão ser verificados os efeitos de expansão térmica dos eletrodutos
instalados em trechos longos, bem como verificados os eventuais movimentos e esforços sobre os suportes
de sustentação, tais como oscilações devidas ao vento. Se necessário, deverão ser previstos eletrodutos
flexíveis caso seja requerida sua proteção do cabo ao longo de todo o trajeto ou outras situações
específicas, conforme fora comentado anteriormente.

9.5.2 Instalações específicas


Deverá ser evitada a instalação de eletrodutos em áreas onde a temperatura ambiente seja normalmente
elevada ou possa se tornar eventualmente elevada. Nos casos em que isso seja inevitável, deverá ser dado
tratamento adequado no que se refere ao dimensionamento da seção dos condutores e à escolha da
isolação dos cabos, os quais deverão ser complementares e termicamente protegidos através do uso de
barreiras contra a propagação de calor.
Em locais abertos ou fechados sujeitos à umidade interna, deverão ser previstos drenos nos invólucros de
equipamentos elétricos externos e nos pontos baixos da instalação de eletrodutos e caixas de passagem.
Esta notação deverá constar indicada em projeto, assim como o material correspondente incluído na lista de
materiais.
Caso seja necessário evitar a entrada de água via eletrodutos no interior de caixas à prova de tempo,
independentemente da área ser ou não classificada, contendo ou não componentes elétricos, poderá ser
previsto o uso de unidades seladoras na entrada da caixa. Este tipo de instalação deverá ser indicado em
projeto.

9.6 IDENTIFICAÇÃO DE CABOS DE ELETRICIDADE

9.6.1 Aplicação
Todos os circuitos de distribuição (cabos e respectivos condutores ou veias) de sistemas de potência (AT e
BT), incluindo comando, controle, iluminação e tomadas, sistemas de comunicação (voz e dados) e
sistemas de segurança (alarme de incêndio, CFTV, controle de acesso e outros), em c.a e c.c, deverão ser
identificados.
Deverão ter identificação todos os circuitos efetivamente utilizados (energizados ou ativos), os circuitos
reservas (não energizados ou não ativos) e os circuitos desativados (existentes não utilizados e não
removidos), sejam eles unipolares ou multipolares, instalados em linha, trifólio ou camadas.
A codificação dos circuitos e cabos deverá ser alfanumérica e a codificação das veias tanto numérica quanto
alfanumérica, combinada ou não com condutores com isolação colorida ou numerada, devendo a
codificação, contudo, ser idêntica àquela indicada na(s) lista(s) de cabos, exceto as veias de cabos de
controle multipolares, cuja identificação de circuitos e cabos deverá ser a mesma em ambas extremidades.
As fases (A,B,C), o neutro (N) e o terra (PE, “eletrônico”) de circuitos elétricos de potência, formados
individualmente com um ou mais cabos unipolares ou inseridos em cabos multipolares coloridos ou
numerados, deverão ter também marcação exclusiva em complemento à marcação do circuito como um
todo, nas extremidades e ao longo do percurso.
A identificação dos circuitos, cabos e veias deverá seguir o padrão adotado na unidade. Em plantas novas
ou ampliações, deverão ser utilizados os critérios descritos a seguir.

9.6.2 Locais e pontos de uso


A identificação deverá utilizar marcadores apropriados nos circuitos instalados em:
- Painéis elétricos (entrada e saídas);
- Caixas de passagem subterrâneas e aparentes (entrada e saída);
- Caixas de equipamentos e de instalações aparentes em eletrodutos (entrada e saída);
- Condutos (leitos, eletrocalhas, perfilados e eletrodutos aparentes em instalação aérea ou dentro de caixas
de passagem, galerias ou canaletas subterrâneas para cabos).
Assim como utilizar marcadores, conforme acima mencionado, nos próprios cabos e condutores desses
circuitos previstos nas:
- Fases a, b, c (com um ou mais condutores por fase), neutro e terra de proteção (pe) e funcional
(“eletrônico”)
- Veias de cabo multipolar (coloridas ou numeradas)
e onde mais se fizer necessário, desde que sejam para auxiliar nas seguranças pessoal e operacional
quando do trato com equipamentos e instalações elétricas.
A localização dos marcadores deverá sempre ocorrer em ponto visível, sem ou com uso de lanterna portátil
ou outro meio de iluminação artificial, sejam eles acessíveis à distância das mãos ou dos olhos.
Neste caso, deverão ser afixados:
- Dentro e fora de painéis de AT e BT, auto-sustentados ou com montagem em parede ou ainda em
equipamentos, independentemente do porte ou importância no contexto de sua inserção no sistema
elétrico da unidade;
- Ao longo de leitos, eletrocalhas, perfilados aparentes (com ou sem tampas) ou subterrâneas e em todas
as suas derivações, bem como criteriosamente em seus lances retos, cuidando-se nestes últimos de
agrupar a marcação externa de cada circuito nos mesmos pontos, em trechos preferivelmente
eqüidistantes, de modo a facilitar na sua identificação;
- Dentro de caixas de passagem subterrâneas (“manhole” ou “handhole”), com ou sem leitos e eletrocalhas
no seu interior;
- Dentro e/ou fora de caixa(s) de passagem de equipamentos (cargas motoras ou não- motoras) ou de
instalações em eletrodutos aparentes;
- Dentro de galerias e canaletas subterrâneas para cabos, com ou sem leitos no seu interior.
Nota:
Para codificação de bandejamentos de eletricidade, ver o item 6.8.3 a seguir.

9.6.3 Metodologia para codificação


A origem do código do circuito deverá ser definida pelo “painel do equipamento fonte” da energia ou do
sinal.

9.6.3.1Identificação de circuitos elétricos


a. Para os equipamentos de mesma classe, a codificação deverá ser formada pela sigla do
painel/equipamento designado como origem e em seguida o painel/equipamento de destino (ver nota)
seguida do número equenciai, que deverá se iniciar por 01, sendo obrigatório o uso de no mínimo dois
(2) dígitos.
Nota:
Para codificação de subestações e equipamentos elétricos deverá ser utilizado o programa SPF – Smart
Plant Foundation, acessando diretamente o banco de dados da BRASKEM.
b. A função dos circuitos deverá ser designada pelas seguintes letras:
F – força
C – comando, controle, sinalização, alarme, medição e proteção
Especificamente para circuitos de iluminação e tomadas:
L – circuito de luz e tomadas de uso corrente
E – circuitos de luz de emergência (tomadas específicas)
No caso de painéis com duplo barramento e dispositivo de interligação (“tie”), os números equenciais
ímpares deverão ser usados para os circuitos conectados à barra “A” e os números equenciais pares para
os circuitos conectados à barra “B”.
Notas:
1. A codificação completa de um circuito é indicação conjunta dos itens “a” e “b” separados por hífen.
2. A atribuição dos códigos dos circuitos deverá considerar, como referência, a localização física do
dispositivo de seccionamento do circuito no equipamento fonte (painel). Em painel com barramento
único, a codificação deverá se iniciar pela gaveta de compartimento ou parte superior do chassi de
montagem localizada(o) acima e à esquerda do painel (referente à vista frontal), a partir do seu
dispositivo de seccionamento geral, nos sentidos de cima para baixo e da esquerda para a direita.
Em painel com barramento duplo, o mesmo critério deverá ser seguido, primeiro os da barra “A” e por último
os da barra “B”.
Em painel de iluminação e tomadas com barramento NEMA (vertical), a codificação deverá ser a mesma,
ficando os circuitos ímpares à esquerda e os pares à direita, tal como os disjuntores. Com barramento IEC
(horizontal), a codificação dos circuitos e disjuntores deverá ser da esquerda para a direita e de cima para
baixo. Em ambos os tipos, os disjuntores / circuitos de iluminação deverão ocupar a parte superior do painel
e os de tomadas na sua parte inferior.

Exemplo 1: CCM1103A-GAM1410-01F
Significado: circuito de força n° 01, proveniente do CCM-1103ª, alimentando o GAM-
1410.
Exemplo 2: PNBT3101A-GBM1900-04C
Significado: circuito de comando n° 04, proveniente da barra “A” do painel PNBT-
3101, do GBM-1900

9.6.3.2 Identificação de circuitos de comunicação (voz e dados)


Tal como na identificação de circuitos elétricos, a identificação desses circuitos deverá seguir os mesmos
critérios descritos nos itens “a” e “b” anteriores, porém a função de cada circuito deverá ser designada pelas
seguintes letras:

T – telefonia
IC – intercomunicação
D – transmissão de dados

Quando se tratar de circuitos gerais, alimentando vários pontos de utilização, não deverá ser incluído o
painel/equipamento de destino.

Exemplo 1: DG01-01T
Significado: circuito telefônico n° 01, proveniente do Distribuidor Geral da
concessionária.
Exemplo 2: CPCT-01T
Significado: circuito telefônico n° 01, proveniente do Distribuidor Geral da Central
Privada de Comutação Telefônica
Exemplo 3: DG01-CS07-17T
Significado: circuito telefônico n° 17, proveniente do Distribuidor Geral DG-01,
interligando à Caixa de Saída CS-07.
Exemplo 4: CD01-03D
Significado: circuito de transmissão de dados n° 03, proveniente da Caixa de
Distribuição de Dados CS01

9.6.3.3 Identificação de circuitos de segurança (detecção/alarme de incêndio, CFTV, controle de


acesso e outros)
Os critérios de identificação desses circuitos deverão seguir também os critérios de circuitos de
comunicação, porém a função de cada circuito deverá ser dada pelas seguintes letras:

SI – circuito de detecção de alarme e incêndio


ST – circuito de CFTV
SA – circuito de controle de acesso
SX – circuito de segurança indefinido

Exemplo 1: PN01-01SI
Significado: circuito de detecção/alarme de incêndio n° 01, proveniente do Painel de
Alarme de Incêndio PN-01
Exemplo 2: PN-01ST
Significado: circuito de CFTV n° 01, proveniente do painel PN
Exemplo 3: CD07-02ST
Significado: circuito de CFTV n° 02, proveniente da caixa de distribuição CD-07do
sistema de CFTV
Exemplo 4: PN-01SA
Significado: circuito de controle de acesso n°01, proveniente do painel de controle de
acesso do sistema
Exemplo 5: PN0070103-CS09-03SA
Significado: circuito de controle de acesso n° 03, proveniente do painel PN-0070-103
até a caixa de saída do sistema CS-09.

9.7 CODIFICAÇÃO DE CAIXAS DE PASSAGEM

9.7.1 Subterrâneas
Composição: conjunto alfanumérico composto por três (3) campos separados por hífen (x-xx-xx), sendo:

1° campo: letra maiúscula indicativa do bloco do desenho da planta baixa onde está
localizada a caixa.

2° campo: letra M (“manhole”) ou H (“handhole”) representando o tipo de caixa, seguida


da letra E (“elétrica”) ou T (comunicação de voz e dados) para definir qual das eletrovias
pertence.

3° campo: seqüencial numérico iniciado por 01, representando cada caixa contida naquele
bloco.

Exemplo 1: A-ME-01
Significado: primeira caixa da elétrica, tipo “manhole”, localizada no bloco “A” da
planta baixa
Exemplo 2: B-HT-03
Significado: terceira caixa de comunicação, tipo “handhole”, localizada no bloco “B” da
planta baixa
9.7.2 Aparentes
Composição: idem item “a”, exceto o 2° campo, no qual a 1° letra deverá ser substituída pelas letras PB
(“pull-box“)
Exemplo: G-PBE-07
Significado: sétima caixa da elétrica, tipo “pull-box”, localizada no bloco “G” da planta
chave
Notas:
1. Para ambos os tipos de caixas, deverá ser apresentada a relação completa dessas caixas um
documento chamado Listas de Caixas Subterrâneas, no caso das caixas subterrâneas, ou Listas de
Caixas Aparentes, no caso de “pull-points”.
2. Toda vez que uma nova caixa for colocada numa planta baixa, a respectiva lista deverá ser
atualizada.
3. Para facilitar na identificação de caixas de passagem subterrâneas, ao lado da tampa de acesso,
deverá ser afixada no concreto uma (1) placa de identificação de 50 x 100 mm, em aço inoxidável
(AISI 316), com o seu código correspondente. Está preocupação deverá ser estendida ao seu
interior, em local facilmente visível. Para as caixas “pull-box”, uma plaqueta menor, de 25 x 50 mm,
do mesmo material, deverá ser afixada na parte superior interna do corpo de cada caixa. Caixas
situadas nas proximidades de área corrosiva, sujeitas aos efeitos de produto(s) agressivo(s)
presente(s) na atmosfera, identificadas com placas feitas com material anticorrosivo compatível ou
pintadas com tintas apropriadas.

9.8 CODIFICAÇÃO DE CORTES (SECÇÕES)

9.8.1 Dutos subterrâneos


Composição: conjunto alfanumérico composto por dois (2) campos separados por hífen (x-xx), seguido
da identificação do número do desenho no qual está indicado o corte, sendo:
1° campo: letra maiúscula indicativa do bloco do desenho da planta baixa onde está
localizada a secção feita no envelope de concreto
2° campo: seqüencial numérico da secção, iniciado por 01

Exemplo: H-01 (ver desenho n° xxx)


Significado: Primeira secção do bloco “H”
Notas:
1. Na planta baixa, a indicação da inclinação e das secções dos envelopes de concreto de banco de
dutos deverá ser dada em todos os lances de dutos e em todas as derivações ou afloramentos de
envelope.
2. A secção deverá indicar, em desenho particular, o corte transversal do envelope, identificar a
formação e ocupação dos dutos que constituem o envelope e referir-se à planta baixa
correspondente. Os dutos elétricos deverão ser assinalados por número seqüencial iniciado por 01,
indicados da esquerda, para direita e de cima para baixo. Os dutos de comunicação (voz e dados) e
de segurança (alarme de incêndio, CFTV, controle de acesso e outros) deverão ser compostos pela
sigla correspondente relacionada anteriormente seguida do seqüencial numérico iniciado por 01,
também indicados da esquerda para direita e de cima para baixo.
Este desenho deverá conter ainda o diâmetro e o material dos dutos e as principais cotas (distâncias entre
tubos e destes com as extremidades do envelope e sua profundidade).
Exemplo 1: 11
Significado: Duto Elétrico n° 11

Exemplo 2: T-09
Significado: Duto Telefônico n° 09
Exemplo 3: D-17
Significado: Duto de Dados n° 17
Exemplo 4: SI-03
Significado: Duto de Alarme de Incêndio n° 03
Exemplo 5: ST-01
Significado: Duto de CFTV n° 01
Exemplo 6: SE-04
Significado: Duto de Controle de Acesso n° 04
3. Circuitos que passarem por dutos subterrâneos, deverão ser listados num documento chamado LR-
Lista de Secções, conforme o modelo abaixo:

DESENHO
DUTO SUBTERRÂNEO CIRCUITO N° EQUIPAMENTO
N° DA N°
SECÇÃO N° COMPR.
N° TIPO
ANTERIOR (m)
H-01 11 4” AG 90 PN01-01F MB-1270A X

J-03 T09 2” PVC 45 DG-01T CPCT-01T XX

1”
M-08 ST01 10 1103-C5-30ST CAM 01 XXX
PEAD

Onde:
1° campo: número da secção indicada no desenho de secções (desenho n° x)
2° ao 5° campo: dados do duto
2° campo: número do duto indicado no desenho de secções acima, antecedido pela letra que define a
função do circuito (no caso de duto de elétrica, indicar somente o número seqüencial)
3° campo: utilizado quando for duto existente renomeado.
4° campo: diâmetro e sigla do material do duto
5° campo: distância do percurso entre caixas de passagem
6° campo: número(s) do(s) circuito(s) que passa(m) pelo duto
7° campo: identificação do equipamento em que o circuito está ligado
8° campo: número do desenho X

9.8.2 Eletrodutos aparentes


Composição: similar aos critérios descritos para os dutos subterrâneos
Exemplo: B-03 (ver desenho xx)
Significado: Terceira secção do bloco “B”
Notas:
1. Onde aplicável, ver as notas indicadas para os dutos subterrâneos
2. Nas instalações de feixe de eletrodutos (grupo(s) de matriz máxima 3x3), nos pontos de derivação e
ao longo de grandes trechos retos (agrupados em pontos estratégicos), deverá ser feita a
identificação de cada um dos eletrodutos pela técnica indicada no desenho DTF-55-A. Em áreas
corrosivas, o material dos componentes de identificação deverá ser adequado aos efeitos de
agressividade do(s) produto(s) presente(s) na atmosfera.
9.8.3 Leitos (escadas), eletrocalhas e perfilados (condutos)
Composição: similar aos circuitos descritos para os dutos subterrâneos, com a diferença que a letra “L”
(genérica para leitos, eletrocalhas e perfilados) vem depois da letra indicativa do bloco do
desenho da planta baixa onde está localizada a secção feita no banco do(s) conduto(s)
aparente(s)
Exemplo: BL-02 (ver desenho xx)
Significado: Segunda secção de leitos do bloco “B”
Notas:
1. Onde aplicável, ver as notas indicadas para os dutos subterrâneos
2. Os circuitos que passarem pelos bandejamentos deverão ser listados em um documento do tipo LR
mencionado anteriormente, porém conforme o modelo abaixo:

CIRCUITO DESENHO
CONDUTO EQUIPAMENTO
N° N°
N° DA
SECÇÃO DIM.
COMPR.
N° (mmxmm TIPO
(M)
)
BL-02 01 300x100 AG 50 CI-10IC AP-1344 X
BL-02 02 200x100 AG 30 CD01-03D EQ 907 Y

CCM01-
BL-02 05 600x100 AG 70
G11F-01C
PI-101 Z

3. Todos os bandejamentos aparentes, conduzindo circuitos de AT (leitos, eletrocalhas e eletrodutos)


deverão ter sinalização de advertência visível, em faixas zebradas em amarelo, com largura de 100
mm e distanciadas uma das outras em 100 mm para trechos longos e em 500 mm para trechos
curtos.
4. Nas instalações de feixe de leitos e eletrocalhas (grupo(s) de matriz máxima 3x3), nos pontos de
derivação e ao longo de grandes trechos retos (agrupados em pontos estratégicos), deverá ser
afixada, na lateral de cada peça e cada nível, uma placa de identificação de 50x100 mm, aço
inoxidável (AISI 316), com seu código correspondente. Em áreas corrosivas, o material dos
componentes de identificação deverá ser adequado aos efeitos da agressividade do(s) produto(s)
presente(s) na atmosfera. Nestes casos, as placas deverão ser feitas com o mesmo material do
bandejamento superior. Pintura do código de identificação com tinta apropriada é recurso aceitável.

9.9 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE FORÇA E CONTROLE

9.9.1 Configuração operacional


Toda ampliação ou modificação prevista nas unidades da BRASKEM, com vistas ao aumento de produção,
melhoria de desempenho, atualização tecnológica e/ou outro motivo que envolva o sistema elétrico, deverá
seguir as particularidades da configuração operacional (topologia arquitetônica) vigente no sistema elétrico
da unidade, a menos que alguma alteração seja solicitada formalmente pela BRASKEM ou recomendada
pela PROJETISTA, desde que seja ela embasada em justificativa técnico-econômica.
9.9.2 Características elétricas básicas

9.9.2.1 Sistemas elétricos de potência


- Distribuição radial, a partir da rede concessionária e/ou central de geração;
- Entrada de energia em at, com primário seletivo;
- Energia alternativa rotativa (geradores de emergência) em regime de operação “stand-by” (operação
somente na falha da rede);
- Energia alternativa estática (“no-break”(s), estabilizador(es), carregador(es)/ bateria) em regime de
operação “hot stand-by” (operação por tempo determinado na falha da rede);
- Tensões utilizadas nas unidades da BRASKEM, conforme item 5.3.1, aplicadas conforme as
características particulares do sistema elétrico de cada uma delas (a PROJETISTA deverá certificar-se
previamente dos níveis de tensão utilizados, bem como dos níveis de curto-circuito presumíveis nos
correspondentes barramentos);

9.9.2.2 Esquemas de aterramento


- Tipo “IT” em AT, com resistor de baixa impedância e monitoração de correntes de fuga a terra;
- Tipo “IT” em BT (nível 440V) para instalações em áreas de processos, utilidades e controle ambiental, com
resistor de alta impedância e monitoração de correntes de fuga a terra;
- Tipo “TNS” em BT (nível 440V) para instalações em áreas de processo de plantas existentes (quando
houver este tipo);
- Tipo “TNS” em BT (nível 220V) para instalações auxiliares (iluminação e tomadas de uso corrente) das
áreas edifícios administrativos e de apoio e salas técnicas (salas elétricas, salas de controle, CPD etc.).
Nota:
Para outras informações ver o item 5.3.3.2.

9.9.2.3 Sistemas de comando e controle


- Comando local de motores das áreas de processo, utilidades e controle ambiental: manual via botoeira
liga/desliga e chave seletora local/remoto, com ou sem amperímetro, com ou sem sinaleiro, com ou sem
botão de emergência (tipo soco) (comando mandatório pelo campo);
Nota:
Cores de botões e sinaleiros:
- Botão desliga e sinaleiro desligado “D” – verde
- Botão liga e sinaleiro ligado “L” – vermelho
- Botão de emergência desliga – vermelho
- Botão teste lâmpadas – branco
- Botão teste/cala alarme – amarelo
- Sinaleiros de falhas – amarelo
- Sinaleiro de energizado – vermelho
- Comando / controle remoto de motores: automático via sistemas de controle e supervisório da área e/ou
central, atuando diretamente em ccm’s e painel(éis) de acionamento através de utr’s – unidade terminal
remota (se houver), responsáveis pelo descarte de cargas e pela reaceleração de cargas (não deverão
fazer intertravamentos); partida somente se houver permissão pelo campo;
- Proteção, medição, sinalização e alarme: via sensores, dispositivos e aparelhos dedicados instalados no
campo;
- Tensões e sinais de controle e supervisão adotados nas unidades da braskem, aplicadas conforme o
padrão de cada unidade (a projetista deverá certificar-se previamente dos valores e existência);
- Controle (painéis e ccm’s em at) = 125vcc, 2 fios, não-aterrado, fonte externa;
- Controle (cdc’s e ccm’s em bt) = 120v, 60hz, 1 fase, 2 fios, fonte externa, controle (painéis de supervisão/
controle);
- Entradas digitais = 125 ou 24 vcc, 2 fios, não- aterrado, fonte externa ou 120v, 60hz, 1 fase, 2fios, fonte
externa;
- Saídas digitais = contato seco (relé);
- Entradas analógicas = 4-20 ma;
- Saídas analógicas = 4-20 ma;
- Aquecimento interno (painéis e motores em geral)= 220 ou 120v,60hz, 2 ou 1 fase, 2 fios, fonte externa;
- Iluminação interna (painéis não-compartimentados em geral)= 220 ou 120V,60Hz, 2 ou 1 fase, 2 fios, fonte
externa.

9.9.2.4 Interfaces e Interligações


a) Força
- Entre painel(éis) de AT e transformador(es) de potência: uso de cabos de potência, com classe de tensão
adequada a operar com esquema de aterramento tipo IT (processos, utilidades e controle ambiental) e
tipo TNS (iluminação, tomadas e serviços auxiliares de edifícios administrativos, apoio, áreas de
processo, utilidades e controle ambiental e salas técnicas) e especificações que atendam às condições
elétricas previstas (ver nota 1);
- Entre transformador(es)de potência e CDC’s – Centro de Distribuição de Cargas em AT: uso de duto de
barras com características que atendam às condições elétricas previstas (ver nota1);
- Entre transformador(es) de potência e CDC’s de BT: para CDC’s com barramento 600 A uso de dutos de
barras; para CDC’s com barramento < 600ª uso de cabos de potência com características que atendam
às condições elétricas previstas (ver
nota 1);
- Entre CDC’s e CCM’s (AT e BT): uso de cabos de potência com características que atendam às condições
elétricas previstas (ver nota 1);
- Entre CCM’s (AT e BT) e cargas motoras e não-motoras: uso de cabos de potência com características
construtivas que atendam às condições elétricas previstas (ver notas 1, 2 e 3).
b) Comando e Controle
- Entre equipamentos elétricos da própria S/E: uso de caixa(s) e/ou painel(éis) de blocos terminais
instalado(s) na S/E; uso de cabos de controle múltiplo, com ou sem blindagem e dreno (ver nota 1);
- Entre equipamentos elétricos da S/E e sistema(s) supervisório e de controle remoto(s) localizado(s) no
campo e/ou em sala de controle de áreas e central: uso de painel(éis) de Interface ou rearranjo
contendo blocos terminais instalado(s) em sala própria dentro da S/E (liga/desliga cargas); uso de cabos
de controle múltiplo com ou sem blindagem e dreno, e/ou cabos de fibra óptica (ver notas 1e 2);
- Entre equipamentos elétricos da S/E e sistema supervisório e de controle central da unidade: uso de
UTR’s – Unidade Terminal Remota (armário de controladores) instalada(s) na sala mencionada acima
(descarta/reacelera cargas) uso de cabos de controle múltiplos, com ou sem blindagem e dreno, e/ou
cabos de fibra óptica (ver notas 1 e 2);
- Entre equipamentos elétricos da S/E e equipamentos no campo: uso de caixa(s) de bornes terminais
montada(s) nos equipamentos e caixa(s) de blocos terminais dedicadas a grupo de equipamentos da
mesma classe instalados no campo; uso de cabos de controle múltiplos, com ou sem blindagem e
dreno, e/ou cabos de fibra óptica (ver notas 1 e 2);
- Entre equipamentos elétricos no campo: uso de caixa(s) de blocos terminais; uso de cabos de controle
múltiplos, com ou sem blindagem e dreno (ver nota 2).
Notas:
1. Em função da concepção do porão de cabos das S/E’s e salas técnicas (aberto ou fechado), deverão
ser consideradas ou não as influências das condições ambientais previstas nas áreas próximas.
2. Nas áreas de processo, utilidades e controle ambiental, especial atenção deverá ser dada à
agressividade presente na atmosfera local (seja em ambientes fechados ou abertos), no que se
refere à estanqueidade, resistência a agentes químicos, flexibilidade, comportamento ao fogo e
incêndio, resistência aos agentes atmosféricos e resistência mecânica, quando da definição dos
materiais da isolação e cobertura dos cabos e dos seus terminais e conectores. Igual preocupação,
evidentemente, deverá ser estendida a todos os bandejamentos (leitos, eletrocalhas, eletrodutos e
perfilados), suportações (mãos-francesas, tirantes, perfis metálicos etc.) e respectivos acessórios
(caixas, luvas, prensa-cabos, parafusos, porcas, arruelas etc.).
3. As cargas não-motoras são transformadores de apoio, tomadas de solda, resistores, etc.,
alimentados em 440V.
4. Os CDC’s deverão alimentar CCM’s, transformadores de serviços auxiliares (iluminação, no-break’s,
retificadores, sistemas auxiliares de instrumentação/ automação e outros), e equipamentos de porte
considerado grande com relação à potência dos respectivos transformadores aos quais estão
conectados. Alimentação direta de motores via CDC’s somente sob consulta prévia à BRASKEM,
acompanhada de justificativa técnico-econômica. Os CCM’s deverão alimentar motores e cargas
não-motoras a eles correlatas e tomadas de solda.

9.9.2.5 Sistemas de distribuição de energia


a) Subestações e Salas Técnicas
As características construtivas destas edificações deverão seguir as prescrições dadas no item 5.3.4, com
os complementos e desvios indicados abaixo e/ou outras eventuais definições apresentadas no projeto
básico pela PROJETISTA.
As características eletromecânicas dos equipamentos e materiais deverão atender às prescrições contidas
nos documentos “Requisitos mínimos para especificação de equipamentos e materiais elétricos."
As S/E’s e salas técnicas deverão ser concebidas de modo que, interna e externamente (adjacente à
edificação), possam ser ampliados os sistemas elétricos, sejam eles previstos ou não no projeto de
instalações.
As entradas e saídas dos cabos das S/E’s e salas técnicas deverão ser feitas através de leitos (escadas),
eletrocalhas (lisas ou perfuradas) e/ou eletrodutos (subterrâneos ou aparentes) das seguintes maneiras:
- Leitos e eletrocalhas: uso em galerias, canaletas e caixas de passagem subterrâneas; em estruturas de
“pipe-rack” e “pipe-way”; ambientes abertos e/ou fechados; em áreas classificadas e/ou agressivas ou
não; em edificações industriais, em pátios;
- Eletrodutos: uso em banco de dutos subterrâneos, aparentes ou embutidos, em edificações industriais,
administrativas, apoio e controle ambiental e pátios.
Estes condutos deverão ser projetados deixando-se espaços e percursos vazios para ampliações futuras,
desde as subestações e ao longo das eletrovias principais e secundárias.

b) Redes elétricas (eletrovias)


- Rede subterrânea
Deverá ser utilizada na distribuição de força e controle entre a S/E principal e/ou Central de Geração e
as S/E’s das áreas (eletrovia principal), como também poderá ser utilizada na distribuição de força,
comando, controle e iluminação desde as S/E’s das áreas às respectivas cargas por elas alimentadas,
dentro das áreas de processo (eletrovia secundária). Uso de dutos e eletrodutos metálicos ou não, em
todas as modalidades de circuitos (elétricos, de comunicação e de segurança).
- Rede de canaletas para cabos
Poderá ser utilizada na distribuição de força, comando, controle e iluminação dentro de prédios
industriais (desde que não tenham área classificada e as condições ambientais as permitirem) e em
áreas internas de S/E’s e salas técnicas (desde que porão de cabos seja inviável tecnicamente). Uso de
leitos para cabos e/ou eletrocalha em circuitos elétricos dentro das canaletas.
- Rede de leito para cabos e eletrocalha
Deverá ser utilizada em S/E’s contendo porão de cabos e, conforme mencionado anteriormente, em
galerias, canaletas e caixas de passagem subterrâneas; em estruturas de “pipe-rack” e/ou “pipe-way”;
em ambientes fechados ou abertos; em áreas classificadas e/ou agressivas ou não, desde que sejam
permitidas e tendo características construtivas adequadas ao meio ambiente, incluindo suportações e
fixações em geral. Uso em circuitos elétricos e comunicação de dados.
- Rede de eletrodutos
Poderá ser utilizada aparente em S/E’s, salas elétricas, áreas e edificações industriais e pátios; em
ambientes fechados ou abertos; em áreas classificadas e/ou agressivas ou não, desde que eles tenham
características construtivas adequadas ao meio ambiente, incluindo suportações e fixações. Deverá ser
embutida nos afloramentos de instalações subterrâneas e em prédios administrativos e de apoio quando
requerida, por questão de estética arquitetônica.Uso para todas as modalidades de circuitos.
- Rede de perfilados
Poderá ser utilizada aparente em S/E’s, salas elétricas, edificações industriais, em ambientes fechados
ou semi-abrigados e áreas agressivas ou não. Uso em circuitos de iluminação, tomadas de uso corrente,
comunicação e segurança, está última desde que permitido.
Nota:
Sempre que possível, em ampliações com instalações novas, deverão ser utilizadas as reservas e
recursos das instalações das redes elétricas existentes que estiverem disponíveis.

9.10 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS

9.10.1 Condições gerais


A iluminância de interiores e vias de circulação deverá seguir a NBR-5413 e NBR-5101, respectivamente.
Nos casos omissos, deverão ser seguidas as recomendações da norma API-RP-540.
O nível mínimo de iluminância deverá ser garantido para qualquer ponto do campo de trabalho.
Em todos os locais de trabalho, deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada à natureza da atividade.
Em locais cuja iluminação geral não atenda aos níveis mínimos exigidos para trabalhos específicos, tais
como em áreas de montagem, inspeção, manutenção ou movimentação de cargas, deverá ser utilizada
iluminação suplementar.
A iluminação geral ou suplementar deverá ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos
incômodos, sombras e contrastes excessivos. Locais em que se exija boa reprodução de cores, deve-se
utilizar LED ou lâmpadas fluorescentes com elevado IRC (Índice de Reprodução de Cores) para áreas
internas, e LED ou a vapor metálico para áreas externas.
Quaisquer tipos de lâmpadas (vapor de sódio, vapor metálico, fluorescente, fluorescente compacta, LED e
outras somente se necessário, em função das características da iluminação requerida) são aceitáveis. Não
devem ser utilizadas lâmpadas incandescente, vapor de mercúrio, mista e fluorescentes tubulares de 20, 40
e 110 W, com reatores eletromagnéticos. Deverá ser dada preferência a sistemas de iluminação com as
maiores relações lúmens/ Watts.
- Vapor de Sódio de alta pressão ou vapor metálico, com reator de alto fator de potência incorporado à
luminária, para iluminação de ruas;
- LED (uso preferencial), para as áreas de processo e de utilidades, áreas externas de subestações e de
casas de controle, casas de bombas e de compressores e áreas de armazenamento. A tensão de
alimentação deverá ser em 220 V;
- Fluorescente tubular de 32 W (uso preferencial), com reatores eletrônicos de alto fator de potência, para
as dependências internas das subestações e salas técnicas e prédios em geral. A tensão de
alimentação deve ser em 127 V. A menos que especificado em contrário, deverão ser utilizadas
luminárias com refletores de alumínio anodizado, brilhante, de alto poder de reflexão;
- Fluorescentes compactas integradas 15 e 22 W, base roscada E-27, com reator eletrônico de alto fator de
potência incorporado à lâmpada, adequadas para alimentação em 127 V. Deverão ser utilizadas nos
sistemas de iluminação de emergência predial.
Para o desenvolvimento dos cálculos de iluminância, deverão ser considerados os métodos ponto por ponto
e o método dos lumens.
Nos desenhos de iluminação, preferivelmente não deverão ser incorporados outros projetos de instalações,
tais como tomadas, comunicação, telefonia e informática, exceto quando tais instalações não
comprometerem o seu entendimento fácil e seguro.
Cada dispositivo de comando (interruptor, disjuntor) deverá suportar um número máximo de luminárias
compatível com a sua corrente nominal. Quando a carga do conjunto de luminárias e tomadas ultrapassar a
capacidade nominal do dispositivo de comando, deverão ser utilizados contatores.
Os painéis de iluminação / tomadas deverão ser instalados de forma que a sua face superior fique a uma
altura máxima de 1800 mm com relação ao piso acabado. Estes equipamentos deverão ficar situados o
mais próximo possível dos centros das cargas, em local de fácil acesso e preferencialmente abrigado. Por
outro lado, não poderão ficar muito distantes de suas respectivas cargas (lâmpadas, tomadas etc.). Deste
modo, esses painéis poderão ser instalados, no campo, mas, preferivelmente, deverão ser localizados
dentro de subestações e salas técnicas.
Nos casos em que o número de circuitos e de dispositivos internos desses painéis cause o aumento
exagerado de suas dimensões externas, ele deverá ser dividido em dois ou mais conjuntos, podendo
inclusive ser separados por função (painel de luz e painel de tomadas).
Painéis de iluminação / tomadas, feitos em chapas de aço para instalação interna, deverão possuir espelho
metálico para proteger contra contatos acidentais. Deverá ser instalado na parte frontal dos componentes
(disjuntores, contatores etc.) e devidamente conectado ao terminal de aterramento do painel. Quando
embutidos, tal como deverâo ser previstos disjuntores reservas, deverão ser deixados eletrodutos reservas
instalados até a próxima caixa de passagem.
Os disjuntores de entrada, os barramentos e os cabos de alimentação dos painéis de iluminação / tomadas
deverão ser dimensionados para a potência nominal do transformador alimentador correspondente. Os
disjuntores de saída do painel de iluminação deverão possuir corrente nominal 15A e capacidade de
ruptura 5kA.
Todos os circuitos dos ramais não deverão ser dimensionados para a corrente nominal dos disjuntores de
proteção. Deverá haver reserva de potência em cada um deles (mínima de 20%), para permitir
eventualmente a conexão posterior de uma ou mais luminárias ou tomadas adicionais no circuito em função
das características do local e equipamentos neles instalados.
No arranjo dos circuitos dentro dos painéis de iluminação / tomadas, os circuitos de iluminação deverão se
situar preferencialmente na parte superior do chassi de montagem, logo abaixo do disjuntor geral, enquanto
os circuitos de tomadas na parte interior.
Deverá ser previsto um (1) circuito reserva para cada cinco (5) circuitos utilizados, bem como espaço
reservado a futuros eletrodutos e perfilados a serem acoplados a esses painéis. Para instalações embutidas,
os eletrodutos reservas deverão ser levados até a caixa de passagem, perfilado, eletrocalhas ou leito
aparente mais próximo.
Deverá ser deixada uma reserva mínima de 20% de potência nos transformadores para utilização futura.
Nenhuma carga de processo poderá ser ligada em painéis de iluminação e vice-versa.
Transformadores destinados à iluminação não deverão suprir cargas de instrumentação ou de outras
finalidades. Deverá haver distintos transformadores para distintas aplicações. (transformador de
instrumentação, transformador de resistência de aquecimento etc.).
Todos os transformadores de iluminação deverão ser secos, encapsulados em massa "compound" ou epóxi,
com invólucro adequado à instalação externa (grau de proteção IP-54 ou maior) ou instalação interna
externa (grau de proteção IP-41 ou maior) e com elevação de temperatura dos enrolamentos não superior a
55°C.
A menos que explicitamente indicado em contrário, os condutores dos sistemas de iluminação e tomadas
deverão respeitar as seguintes premissas:

9.10.2 Iluminação e tomadas internas


- Alimentador de painel: cabos 0,6/1 kv, capa preta, veias coloridas, categoria 5
- Ramais de iluminação: cabos750 V, BWF, antichama, categoria 5, capa colorida, se-
Ção mínima #2,5 mm²
- Ramais de tomadas: cabos750 V, BWF, antichama, categoria 5, capa colorida, seção mínima #4
mm²
9.10.3 Iluminação e tomadas externas
- Alimentador de painel: cabos 0,6/1 kv, capa preta, veias coloridas ou numeradas, categoria 5
- Ramais de iluminação e tomadas: cabos 0,6/1 kV, capa preta, veias coloridas ou numeradas, categoria 5,
seção mínima #4 mm².
A seção nominal dos condutores deverá ser dimensionada de acordo com os critérios de capacidade de
condução de corrente, máxima queda de tensão permissível e nível de curto-circuito, com seção nominal
mínima de 2,5 mm².
A seção mínima dos condutores de proteção deverá ser definida conforme a NBR-5410. Somente
condutores em cobre poderão ser utilizados.
O encaminhamento dos eletrodutos para atendimento às diversas cargas deverá ser o mais curto possível,
devendo ser evitados cruzamentos e curvas desnecessárias. Sempre que possível, os eletrodutos deverão
ser instalados paralela e/ou perpendicularmente às arestas do ambiente.
A distância máxima, bem como a deflexão máxima entre dois pontos consecutivos de puxamento, deverá
respeitar ao prescrito pela NBR-5410.
Os raios mínimos de curvatura dos eletrodutos, medido pelo lado interno das curvas, deverão respeitar as
tabelas da NBR-5410.
As instalações de iluminação do tipo embutida deverão respeitar, no mínimo, os seguintes tópicos:
- em envelope de concreto, deverá ser utilizada a seção nominal mínima de 1” (33 mm) para eletrodutos
metálicos rígidos e de 32mm para eletrodutos rígidos em PVC;
- nos demais casos, deverá ser utilizada a seção nominal de 3/4" (27 mm) para eletroduto metálico rígido e
de 25 mm para eletroduto rígido de PVC.
As instalações de iluminação do tipo aparente deverão respeitar, no mínimo, os seguintes tópicos:
- Os condutores deverão ser instalados preferivelmente em eletrodutos de alumínio ou de aço, PVC ou
perfilados metálicos. Na utilização de perfilados, a alimentação das luminárias deverá ser feita
individualmente através de tomadas;
- Em edificações, os trechos de eletrodutos deverão ser fixados em paredes, tetos ou pisos, respeitando-se
as distâncias máximas entre os elementos de fixação, conforme definido na NBR-5410;
- As instalações aparentes deverão ser projetadas considerando-se a seção nominal mínima de 3/4" (27
mm), para eletrodutos metálicos rígidos e de 25 mm para eletrodutos rígidos de PVC;
- Deverão ser utilizadas caixas de enfiação do tipo condulete em derivações, pontos de instalação de
dispositivos (tomadas, interruptores etc.) e pontos de puxamento. Em situações nas quais a utilização de
luvas se apresentar como solução mais adequada, estas deverão atender à NBR-5410 quanto à
deflexão máxima referida acima.

Para quantificação dos circuitos de tomadas, deverão ser considerados os seguintes tópicos:
- Nas áreas de processo, as tomadas deverão ser distribuídas de modo que cada uma possa cobrir um raio
 15 metros;
- Mínimo de duas (2) tomadas em áreas industriais;
- As tomadas em áreas industriais deverão ser alimentadas por circuitos exclusivos e as tomadas para
cargas  1500 va, além do circuito exclusivo, deverão ser polarizadas. Cada circuito deverá comportar
no máximo oito (8) tomadas;
- As tomadas em áreas industriais deverão ser fixadas em colunas, plataformas de vasos e torres que dão
acesso às bocas de visitas, plataformas de pátios de bombas e áreas externas de subestações elétricas;
- Raio de ação igual ou inferior a 1,5 m em instalações prediais;
- Em recinto de prédios de escritórios (instalação predial administrativa), com área inferior a 37 m² , deverá
ser prevista pelo menos uma tomada para cada três (3) metros lineares de parede;
- Em recinto com área superior a 37 m², deverão ser previstas oito (8) tomadas para os primeiros 37 m² de
área e mais três (3) tomadas para cada 37 m² ou fração adicional;
- Em auditórios e salas congêneres, deverá ser prevista pelo menos uma (1) tomada em cada parede;
- As tomadas de uso corrente deverão ter as seguintes características:
- Nas áreas de processo = 15 a, 3 polos (2 fios+terra) sendo o polo de terra ligado à barra de terra do
respectivo painel de distribuição. O suprimento deverá ser em 220 v;
- Nas subestações e salas técnicas = 15 a, 3 polos, tipo universal e suprimento em 220 v e 120 v.
- As tomadas que atenderem às instalações sujeitas à presença de água deverão ter seus circuitos
protegidos por DR’s - dispositivos de proteção diferencial-residual, conforme nbr-5410;
- As tomadas, luminárias e equipamentos auxiliares de partida deverão ser aterrados através de cabos
isolados, nas cores verde-amarela, para que a continuidade elétrica do sistema de distribuição seja
assegurada;
- Deverá ser previsto balizamento aeronáutico nas estruturas ou equipamentos mais elevados da unidade.
Este balizamento deverá ser alimentado por sistema de emergência. A instalação deverá atender
também às prescrições técnicas indicadas no Capítulo V da Portaria n° 1141/GHS, publicada no D.O.U
– Diário Oficial da União, em 08/12/87, referente às zonas de proteção/planos básicos da zona de
proteção aérea.
O sistema de iluminação industrial, incluindo subestações, salas técnicas e demais prédios de uso industrial,
deverá partir de sistema trifásico (3 fases+neutro).
A tensão de alimentação para os sistemas de iluminação das áreas de processo e administrativa deverá ser
em 220 V, 2 fases. A tensão de alimentação para o sistema de iluminação de vias internas deverá ser,
preferencialmente, em 220 V, 3 fases. Dependendo da viabilidade técnico-econômica, poderá ser utilizada a
tensão 440 V e, neste caso, em cada luminária ou poste, deverá ser instalado um transformador ou
autotransformador conjugado, relação 440-220 V.
A alimentação do sistema deverá ser obtida a partir de transformadores secos, imersos em massa
"compound" ou epóxi, com ligações triângulo no primário e estrela com neutro solidamente aterrado no
secundário. As tensões deverão ser 480-220/127 V, com derivações de  2x2,5% no primário e a potência
nominal deverá ser de 15, 30 ou 45 kVA cada um.
Os painéis de distribuição destinados à iluminação / tomadas deverão ser supridos através destes
transformadores, os quais deverão ser alimentados individualmente a partir de um compartimento exclusivo
do CDC em 480 V, Estes painéis deverão possuir um disjuntor geral e um disjuntor para cada circuito
terminal. As cargas deverão ser distribuídas de forma equilibrada pelas três fases.
O transformador e o seu respectivo painel de distribuição deverão estar próximos um do outro e localizados
dentro da área de processo para atender a iluminação externa ou dentro do prédio para atender ao mesmo.
Preferivelmente, quando possível, ambos sistemas deverão ser localizados dentro da subestação da área,
em sala específica de BT.
Sempre que o porte da instalação exigir, deverão ser previstos transformadores e painéis de iluminação
exclusivos para uma determinada instalação ou sistema (Casa de Bombas, Casa de Compressores ou
prédio industrial).
A distribuição para iluminação industrial deverá ser aparente, em eletrodutos preferivelmente em alumínio,
com trechos subterrâneos envelopados em aço galvanizado a fogo ( 78 microns), exceto. Onde necessário,
deverão ser previstos drenos nos pontos baixos da instalação, conforme já foi mencionado anteriormente.
Nota:
O uso de eletrodutos em alumínio não deverá ser aplicado em Torres de Refrigeração e Estações de
Tratamento D’água nem em áreas corrosivas, nas quais deverão ser instalados eletrodutos em fibra de
vidro, suportação em aço galvanizado a fogo (78 microns) pintado, ou ainda onde a BRASKEM assim
definir.
Para iluminação de áreas classificadas, as luminárias deverão ser certificadas para a respectiva área onde
elas serão instaladas. Somente serão aceitas certificações de protótipos similares àquelas especificadas em
projeto, compostas dos correspondentes certificados e relatórios de testes emitidos por laboratórios
credenciados pelo INMETRO. O mesmo é válido para luminárias importadas, cujo funcionamento deverá ser
assegurado com uso de lâmpadas encontradas no mercado nacional.
Em áreas de processo classificadas como Grupo II, Zona 2, T3, utilizar luminárias certificadas do tipo “Ex-n”
ou “Ex-de”, tipo LED ou com lâmpadas Vapor de Sódio ou Metálico, fluorescente tubular ou compacta,
alimentadas em 220 V, para iluminação normal. Para iluminação de emergência, utilizar luminária tipo LED
ou com lâmpadas fluorescentes compactas de 15 ou 22 W, em 127 V.
9.10.4 Condições específicas

9.10.4.1 Iluminação predial industrial


Toda iluminação predial industrial deverá ser feita com base no método dos lumens. Em locais onde se
exigir iluminância reforçada, deverá ser utilizado o método ponto por ponto.
Salvo indicação em contrário, a instalação deverá ser do tipo aparente, respeitando-se as diretrizes
constantes nas condições gerais, onde aplicável.
Os dispositivos de comando de luminárias deverão ser localizados próximos às entradas dos ambientes.
Caso tais dispositivos comandarem luminárias situadas em locais contaminados por gases e/ou vapores
perigosos, eles deverão ser locados externamente ao ambiente agressivo.
A menos que indicado em contrário, o controle de iluminação permanente deverá ser realizado através dos
dispositivos de proteção dos respectivos painéis de distribuição local.
Para ambientes fechados, onde não se exigir iluminação permanente, deverá(ão) ser adotado(s)
interruptor(es) independente(s) por lâmpada ou grupo de lâmpadas.
Os painéis de iluminação / tornadas deverão ser localizados de modo a facilitar a distribuição dos circuitos
de iluminação e tomadas e, de preferência, em locais de fácil acesso nos prédios, tais como portas de
acesso e corredores abertos.
As instalações em ambientes sujeitos à exposição de emanações agressivas provenientes de substâncias e
produtos derivados do petróleo e/ou respectivamente corrosivos, deverão ser executadas respectivamente
com eletrodutos e perfilados com tratamento de superfície ou material adequado, conforme mencionado
anteriormente.
Deverão ser previstos pontos de luz nas instalações externas aos prédios industriais tais como celas de
equipamentos de subestação. Recomenda-se a fixação das luminárias nas paredes das próprias celas.
Deverão ser previstos também pontos de luz específicos (suplementar) para leitura e/ou operação
emergencial, próximos de instrumentos, “manifolds”, válvulas de segurança e outros.
Preferivelmente, deverão ser especificadas luminárias tipo LED. Desde que autorizado pela BRASKEM
poderão ser utilizadas opcionalmente lâmpadas vapor metálico (220 V), intercaladas com luminárias para
lâmpadas tipo LED, visando acendimento rápido para cobrir o reacendimento lento das lâmpadas vapor
metálico nas eventuais piscadas de rede.
O controle da iluminação interna de prédios (subestação, salas técnicas etc.) deverá ser feito através do
interruptor instalado em parede interna, próximo à entrada.
Nas entradas de subestações, deverão ser instalados interruptores paralelos. Tais interruptores deverão
comandar um circuito de luminárias instaladas acima das portas de acesso à subestação, fornecendo nível
de iluminamento suficiente para manobras rápidas e para acessar o painel de distribuição. Os circuitos de
iluminação do restante do prédio e da área dos transformadores deverão ser comandados a partir do
referido painel.
As áreas nas quais, durante o dia, a iluminação natural possa não ser suficiente para a execução das
atividades de operação, deverão ser instalados circuitos de iluminação artificial com comando manual.
Painéis de iluminação localizados em áreas cobertas, porém sem fechamento lateral, deverão ser à prova
de tempo, caso não haja necessidade de outros tipos de proteção especiais, como por exemplo para
classificação de áreas do local.
Nas áreas onde o intervalo de reacendimento das lâmpadas for causa de insegurança, deverão ser
previstos circuitos adicionais alimentando luminárias próprias para lâmpadas fluorescentes compactas, base
roscada, intercaladas com os sistemas dos itens anteriores. Essas luminárias não deverão ser levadas em
consideração nos cálculos da iluminância média.
O sistema de iluminação predial industrial, destinado a prédios administrativos ou de uso não industrial,
deverá ter instalação embutida, conforme mencionado anteriormente.

9.10.4.2 Iluminação de pátios


A iluminação de pátios deverá ser feita com base no método ponto por ponto.
Sempre que possível, deverá ser do tipo aparente em eletrodutos de aço galvanizado a fogo (78 microns).
Entretanto, em trechos subterrâneos, onde haja circulação de veículos de cargas, os eletrodutos deverão
ser envelopados em concreto. Em qualquer caso, deverão ser respeitadas as diretrizes constantes nas
condições gerais, onde aplicável.
Os equipamentos de alimentação dos circuitos de iluminação e tomadas, tais como transformadores e painel
de distribuição, deverão estar situados o mais próximo possível das cargas. As características de fabricação
deverão ser adequadas à área onde forem instalados, respeitando-se as normas pertinentes.
A montagem dos transformadores e painéis de distribuição deverá ser feita, sempre que possível, da
maneira indicada a seguir:
- Em pátios de bombas, a montagem deverá ser feita sobre perfis metálicos engastados em base de
concreto, a qual deverá ter elevação aproximada de 300 mm do piso acabado. Deverá ser colocado
próximo à entrada do pátio, para facilitar o acesso do operador.
Recomenda-se evitar sua colocação próxima de bombas ou qualquer outro equipamento instalado na área.
Quando forem utilizados postes para projetores de iluminação, estes deverão ser suportados em um dos
postes e idêntica solução deverá ser adotada quando houver colunas ou pilares de suporte na área.
- Em pátios de compressores, quando ao tempo, a montagem deverá ser idêntica ao descrito acima.
Quando abrigados, esses equipamentos deverão ser fixados em colunas ou em parede do prédio, se
possível;
- Em unidades de processo, deverão ter também montagem em perfis metálicos apoiados em base de
concreto idêntica ao descrito acima. Recomenda-se a colocação desses equipamentos sobre as colunas
de aço ou de concreto de sustentação de estruturas de “pipe-rack”, sempre que estes existirem;
- Dependendo do porte, os transformadores poderão ser montados sobre base de concreto, com 300mm de
altura;
- Os afloramentos de eletrodutos deverão ser envoltos em uma base de concreto, com 100mm de altura,
como sua proteção mecânica.
A montagem das luminárias deverá ser feita adotando-se os seguintes critérios:
- Em pátios de bombas, deverá ser feita com eletrodutos de aço galvanizado a fogo (78 microns), auto
suportados ou presos em corrimãos de plataformas, passarelas ou montados em poste de concreto ou
perfis metálicos. Neste caso, deve-se adotar o uso de luminárias dos tipos arandela e/ou pendente,
fixadas em estruturas de aço ou concreto armado;
- Em pátio de compressores, quando a céu aberto, deve-se respeitar o descrito acima. Quando abrigadas,
as luminárias deverão ser apoiadas nas próprias paredes laterais, colunas suportes e/ou vigas suportes
da cobertura do prédio;
- Em áreas de processo, deve-se fixar as luminárias em peças de concreto (vigas, colunas, suporte de
equipamentos e tubovias); em qualquer peça de aço, mesmo que esta faça parte integrante do
equipamento (tais como plataformas de circulação no contorno de torres e vasos); em escadas de
acesso a equipamentos ou ainda utilizando-se de postes extras como complemento para a fixação das
luminárias;
- Em áreas externas de subestações elétricas, deverão ser instaladas ainda, em pontos estratégicos,
luminárias para lâmpadas incandescentes alimentadas por circuitos de emergência;
- Em pátio de tanques, a iluminação deverá ser do tipo “longo alcance”, montada em poste de concreto.
Iluminação especifica somente deverá ser prevista somente quando houver necessidade, definida no
projeto básico. As luminárias deverão ser instaladas utilizando-se de estruturas metálicas de escadas e
passarelas. Deverá ser prevista iluminação das escotilhas de medição dos tanques;
- A locação das luminárias deverá ser feita segundo orientação de pessoal diretamente envolvido com o
processo industrial, quando se tratar de reformas e ampliações.
As luminárias com lâmpadas de descarga ou tipo LED, deverão ser próprias para instalação em áreas
industriais e adequadas quando sua aplicação for em áreas classificadas.
Os circuitos destinados à iluminação de pisos de operação da unidade (luminárias de "pipe-rack" etc.)
deverão ser intercalados, de forma que determinada área não fique completamente sem iluminação quando
houver problema em algum circuito. Isto não é necessário para equipamentos (vasos, torres etc.).
9.10.4.3 Iluminação viária
A iluminação viária deverá ser feita com base no método ponto por ponto.
Salvo indicação em contrário, a distribuição deverá ser subterrânea, com eletrodutos diretamente enterrados
ou em envelopes de concreto, dependendo das condições do terreno e das interferências físicas existentes.
Quando adotada aérea, deverá ser seguida a NBR-5410.
A menos que indicado em contrário, o controle da iluminação deverá ser conforme o seguinte:
- Quando localizada próxima de área administrativa, de apoio e áreas industriais não-classificada e
agressiva, o comando deverá ser automático através de relé fotoelétrico atuando sobre os circuitos de
iluminação. No painel de distribuição correspondente, deverá ser prevista uma chave seletora de três
posições (auto – 0 – manual);
- Em área industrial classificada, o comando deverá ser manual pelo operador da área através de
interruptores próprios para área cllassificada.
Os transformadores e painéis de distribuição deverão ser exclusivos para esta finalidade, instalados na
subestação mais próxima das vias a serem iluminadas. Neste local, deve também ser instalada a chave de
três posições acima mencionada.
Deverão ser usadas luminárias hermeticamente fechadas próprias para lâmpadas de descarga.
O equipamento auxiliar de partida deverá estar incorporado na própria luminária.
Nas instalações trifásicas, a distribuição dos circuitos deverá ser feita visando equilibrar o sistema, com as
lâmpadas ligadas alternadamente nas fases, de modo que, a cada (3) três postes, a carga instalada seja a
mesma em todas as fases.
Exceto indicação contrária, nas instalações de iluminação viária deverão ser empregados postes em
concreto cilíndricos. Os braços para fixação das luminárias deverão ser também em concreto, encaixados
ao topo dos postes. Nas ruas de acesso às unidades de processo, utilizar luminárias com corpo em alumínio
fundido ou injetado, refletor em alumínio polido em vidro protetor plano transparente, lâmpada em vapor de
Sódio 250W e/ou 400 W/220 V ou vapor metálico 250 W e/ou 400 W/220 V em função da necessidade.
A altura de montagem das luminárias deste sistema de iluminação deverá ser de, no mínimo, 7 metros
acima do nível do solo.

9.10.4.4 Iluminação de Emergência


Os sistemas de iluminação de emergência deverão ter a finalidade de, na falha da fonte principal de energia
elétrica, assegurar o mínimo de iluminância necessária à segurança do pessoal (para alcançar as rotas de
fuga) e à operação de sistemas e processos.
Deverão ser obedecidas as recomendações da NBR-10898, do artigo 700 da ANSI C1 36.31, das seções 5-
8, 5-9, 5-10 do NFPA 101 e do API RP 540. O tempo mínimo para manutenção dos circuitos é de 60 min,
conforme ABNT NBR-10898.
Nenhuma outra carga poderá ser ligada aos circuitos de iluminação de emergência.
Os sistemas de iluminação de emergência preferivelmente deverão estar em contínua operação quando a
iluminação normal estiver ligada. As luminárias destes sistemas poderão ser consideradas na determinação
dos níveis de iluminância dos ambientes cobertos pelo projeto.
A locação das luminárias de emergência deverá ser feita segundo orientação do pessoal diretamente
envolvido com o processo industrial, quando se tratar de reformas ou ampliações.
A iluminação de emergência deverá ser feita com a utilização de lâmpadas de acendimento rápido, com
suprimento a partir de sistemas vitais (125 Vcc ou 220 V), constituídos respectivamente de conjunto
carregador / bateria e grupo moto-gerador dedicado. Grupos autônomos ou luminárias com baterias são
aceitáveis apenas com autorização da BRASKEM ou para edifícios administrativos e de apoio.
Os circuitos de iluminação de emergência, quando ligados a gerador de emergência, deverão estar ligados a
um barramento com dupla alimentação e transferência automática da fonte normal para a de emergência.
Nestes casos, a partida e a parada do gerador deverão ocorrer automaticamente (esta decisão deve ser em
conjunto com a operação do ativo e monitorada). O período estimado para a transferência das cargas é de
10s, no máximo. Caso as áreas atendidas por este sistema forem consideradas críticas à segurança, a
alimentação deverá ser feita em 125 Vcc.
A locação das luminárias de emergência deverá ser feita tendo em vista os aspectos operacionais e de
segurança pessoal. Para a iluminação de caminhos sob estruturas de “pipe-rack”, deverá ser prevista pelo
menos uma (1) luminária de emergência para cada quatro (4) luminárias conectadas ao sistema de
iluminação normal.
Na iluminação de plataformas de equipamentos e estruturas, deverão ser previstas luminárias de
emergência próximos a escadas e locais que requeiram iluminação para operação ou leitura de
instrumentos, durante os períodos de emergência.
A iluminação de emergência de áreas industriais deverá ser suprida por painel de distribuição de iluminação
de emergência externa da subestação que, por sua vez, deverá ser alimentado em 120 V, a partir do
transformador de iluminação de emergência alimentado por painel de serviços prioritários da subestação, e
alternativamente em 125Vcc, a partir do sistema em corrente contínua.
O comando das luminárias de emergência das áreas externas deverá ser automático, por fotocélula do tipo
térmico, que, em caso de falha, manterá o sistema ligado, permitindo também o comando manual.
A iluminação de emergência predial industrial deverá ser suprida pelo quadro de distribuição de iluminação
de emergência interna referido acima, desde que seja possível.
O sistema de distribuição dos circuitos de iluminação de emergência deverá ser feito em eletrodutos
aparentes, com previsão de drenos em seus pontos baixos.
Este sistema deverá ocupar eletrodutos separados daqueles ocupados pelo sistema de iluminação normal.

10 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS ADMINISTRATIVAS

10.1 OBJETIVO
Este documento estabelece os critérios e dados básicos a serem utilizados na engenharia básica e/ou de
detalhamento de projetos elétricos a serem elaborados para qualquer das unidades Administrativas do
grupo BRASKEM, independentemente do objeto de negócio de cada planta.
Entende-se por áreas administrativas as edificações em baixa tensão que não tenham áreas
classificadas e cuja maioria das cargas são monofásicas. Ex: salas de engenharia, salas de
suprimentos, ambulatórios, clubes, vestiários, salas de reunião, pequenos laboratórios, auditórios,
salas de estudo,
O conteúdo das informações e definições aqui definidas deverá servir de base para o estabelecimento dos
Critérios de Projeto Elétrico específicos do empreendimento.

10.2 NORMAS APLICÁVEIS

10.2.1 Normas Regulamentadoras

 NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidades;


 NR-17 – Ergonomia;
 NR-12 – Máquinas e Equipamentos;
 NR-23 – Proteção contra Incêndios;

10.2.2 Normas Técnicas ABNT


 NBR-5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

 NBR-5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, incluindo partes 1,2,3 e


4;
 NBR-ISO/CIE8995-1 – Iluminação de ambientes de trabalho;
 NBR-10898 – Sistema de iluminação de emergência;
 NBR-5261 – Símbolos Gráficos de Eletricidade;
 NBR-17240 – Sistema de detecção e alarme de incêndio;

10.2.3 Legislação Local


 Normas técnicas do corpo de bombeiros,
 Normas estaduais, municipais, etc.

10.3 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

10.3.1 Simbologia gráfica


De acordo com o padrão ABNT ou na ausência deste conforme normas internacionais IEC.

10.3.2 Plano de apresentação dos desenhos de instalações


Em função das particularidades das instalações elétricas a serem projetadas, o plano de apresentação
deverá ter no mínimo:

10.3.2.1 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas


- Memorial: Deve indicar as áreas que necessitem de proteção, descrevendo o critério de projeto
adotado.
- Planta de SPDA’s de edificações e equipamentos, mostrando também a região protegida;
- Detalhes típicos de instalação;
- Lista de materiais;
- Documentação para manutenção conforme NBR-5419-3 -2015 item 7.5.

10.3.2.2 Iluminação de ambiente


- Unifilar geral (simplificado ou completo);
- Trifilar / tabela de cargas (para iluminação);
- Funcional ou lógico (para comando e controle);
- Planta de distribuição de luminárias;
- Memorial descritivo de critérios adotados.

10.3.2.3 Iluminação de emergência


Documentação conforme NBR- 10898 – 2013 item 8.1.7.

10.3.2.4 Distribuição de força (tomadas e cargas alimentadas diretamente)


A documentação deve seguir no mínimo a documentação exigida na NBR 5410-2004 item 6.1.8.

10.3.3 Memoriais
A PROJETISTA deve apresentar durante as diversas fases do desenvolvimento do projeto executivo de
elétrica, no mínimo o Memorial Descritivo de:

- Serviços de Construção, Montagem e Comissionamento – devem definir claramente todas as


tarefas a serem executadas pelas empresas contratadas para a execução da obra, discriminando, em
separado, os serviços de montagem elétrica, fiação, emendas, conexões e terminações, testes e
ensaios, parametrizações de relés, etc., além das necessidades especiais como supervisão de
montagem pelos fabricantes, andaimes, etc;
Devem relacionar cada tarefa aos seus documentos de projeto executivo respectivos, apresentando
ainda, um levantamento quantitativo dos materiais e equipamentos necessários na instalação;

10.4 SEGURANÇA EM PROJETOS


Todo projeto de instalações elétricas deverá ser elaborado seguindo as recomendações de segurança e
saúde prescritas nas Normas Regulamentadoras do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, em especial
a NR-10.

10.4.1 Seccionamento Manual


A alimentação elétrica de entrada, de circuitos e de cargas individuais devem poder ser seccionadas para
fins de manutenção.

10.4.2 Proteção contra choques elétricos


Os princípios que fundamenta as medidas de proteção contra choques podem ser assim resumidas:
 Partes vivas não devem ser acessíveis.
 Massas ou partes condutivas acessíveis não devem oferecer perigo, seja em condições
normais seja, em particular, em caso de alguma falha que as torne acidentalmente vivas.
Esta regra deve ser assegurada com as medidas de proteções básica e supletiva conforme a NBR-5410.

10.4.3 Equipotencialização
Todas as massas de uma instalação devem estar vinculadas a equipotencialização principal da
edificação.

10.4.4 Seccionamento automático da alimentação


Um dispositivo de proteção deve seccionar automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento
por ele protegido sempre que uma falta der origem a uma tensão de contato superior ao valor pertinente
da tensão de contato limite (UL).
Para ajustes do tempo de seccionamento ver NORMA ABNT-NBR-5410.
No esquema TN, no seccionamento automático visando a proteção contra choques elétricos podem ser
usados os seguintes dispositivos de proteção:
 Sobrecorrente
 Diferencial residual (DR)

10.5 CRITÉRIOS GERAIS

10.5.1 Critérios para Eficiência Energética


A seguir estão descritos os critérios mínimos de otimização de eficiência energética a serem aplicados
nas diversas fases de um projeto predial da BRASKEM.

10.5.1.1 Sistema Elétrico


O projeto do sistema elétrico deve levar em consideração os aspectos de segurança e continuidade de
fornecimento de energia e também os aspectos que conduzam a uma máxima eficiência energética e a
um mínimo impacto ambiental. O sistema a ser considerado deve atender aos propósitos para os quais
foi projetado e apresentar o menor consumo de energia.
10.5.1.2 Iluminação
Os projetos industriais devem considerar o maior uso possível da luz natural.
O plano onde são instaladas as luminárias deve ser projetado o mais próximo possível do plano de
trabalho a ser iluminado.
Devem ser especificadas as lâmpadas apropriadas para o ambiente, dentre elas, o conjunto lâmpada-
luminária de melhor eficiência. Devem ser projetados meios de interrupção parcial da iluminação de
grandes áreas.

10.6 CRITÉRIO DE PREVENÇÃO CONTRA EFEITOS INDESEJADOS

10.6.1 Seleção de componentes


Na seleção de componentes, de acordo com a NBR-5410, devem ser levados em consideração os efeitos
indesejados que o componente possa apresentar, em serviço normal, ou em manobra, sobre outros
componentes ou na rede de alimentação como:

 Fator de potência
 Correntes iniciais ou de energização
 Desequilíbrio de fases
 Harmônicas

10.6.2 Divisão de circuitos


Na divisão da instalação, devem ser previstos circuitos distintos para partes das instalações que
requeiram controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pela falha de outro.
Exemplos de circuitos independentes:
 Iluminação de emergência
 CFTV
 Alarme de incêndio
 Iluminação
 Tomadas

10.7 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ELÉTRICO

10.7.1 Tensões padronizadas


Para seleção da tensão nominal dos sistemas elétricos e equipamentos devem ser utilizadas as definidas
pelas normas da ABNT. As tensões utilizadas nas unidades da BRASKEM, em instalações administrativas
devem ser: 220/127 V  10%, 3 fases + N +PE, 60 Hz, neutro solidamente aterrado.

10.7.2 Sistemas de codificação de cores


Seguir a codificação da NBR-5410.

10.7.3 Sistema de aterramento


Sistema solidamente aterrado de acordo com o esquema TN-S onde possui um ponto da alimentação
diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a este ponto. Neste caso o condutor neutro e o de
proteção são distintos.
10.7.4 Níveis de curto-circuito do sistema
O nível de curto-circuito do sistema deve ser inferior ou igual a 10KA. Locais em que o transformador de
alimentação é existente, e o nível de curto-circuito for superior, os componentes devem ser adequados.

10.7.5 Aterramento
Todas as unidades administrativas da BRASKEM deverão possuir sistemas de aterramento exclusivos
(proteção e funcional), na forma de malha, anel ou linhas, calculada e dimensionada de acordo com as
normas NBR-5410 e NBR-5419.

10.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


Todas as unidades administrativas da BRASKEM devem estar protegidas contra descargas atmosféricas de
acordo com as normas NBR-5419 e NBR-5410.

10.8.1 Proteção externa


Na execução dos projetos e instalações dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)
deverão ser obedecidas às prescrições dadas na NBR-5419.
Nenhum ponto das edificações e dos locais a serem protegidos poderá ficar fora do volume de proteção do
sistema de proteção atmosférica.

10.8.2 Proteção interna


Na execução dos projetos e instalações dos sistemas internos de um SPDA, deverão ser obedecidas as
prescrições dadas na NBR-5419 e NBR-5410, no que se refere a:
- Equalização de potencial através de ligação equipotencial dos sistemas externos do SPDA à armadura
metálica das estruturas (incluindo ferragens de colunas e vigas em concreto armado), das suas
instalações metálicas em geral (elétrica, hidráulica, VAC, segurança e outros), da blindagem de
condutores de potência e de sinal e das massas metálicas em geral (corrimão, escadas, portões etc.)
localizadas dentro do volume a proteger.
- Aplicação de DPS’s – Dispositivos de Proteção contra Surtos elétricos para a redução dos efeitos elétricos
e magnéticos da corrente de descarga atmosférica de origem direta (incidência direta) ou de origem
induzida ou irradiada (incidência indireta).

10.9 ILUMINAÇÃO AMBIENTE


A iluminância de interiores e vias de circulação deverá seguir a NBR-ISO/CIE8995-1 – Iluminação de
ambientes de trabalho.

10.9.1 Características básicas do sistema


Em todos os locais de trabalho, deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada à natureza da atividade.
A iluminação deverá ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras
e contrastes excessivos. Locais em que se exija boa reprodução de cores deve-se utilizar lâmpada LED ou
lâmpadas fluorescentes com elevado IRC (Índice de Reprodução de Cores) para áreas internas, e LED para
áreas externas. As características básicas das luminárias são:
- LED (uso preferencial), para as áreas de externas. A tensão de alimentação deverá ser 220 V;
- Fluorescente tubular de 32 W (uso preferencial), com reatores eletrônicos de alto fator de potência, para
as dependências internas de prédios em geral. A tensão de alimentação deve ser 127 V. A menos que
especificado em contrário, deverão ser utilizadas luminárias com refletores de alumínio anodizado,
brilhante, de alto poder de reflexão;
- Fluorescentes compactas integradas 15W e 22W, base roscada E-27, com reator eletrônico de alto fator
de potência incorporado à lâmpada, adequadas para alimentação em 127 V.
Cada dispositivo de comando (interruptor) deverá suportar um número máximo de luminárias compatível
com a sua corrente nominal. Quando a carga do conjunto de luminárias e tomadas ultrapassar a capacidade
nominal do dispositivo de comando, deverão ser utilizados contatores.
Salvo indicação em contrário, as instalações em prédios administrativos deverão ser embutidas no piso, teto
ou parede, respeitando-se as diretrizes constantes nas condições gerais, onde aplicável.
Deverão ser previstos pontos de luz nas partes externas dos prédios administrativos para iluminação de
fachadas, passeios, jardins e outros pontos definidos no projeto arquitetônico.
Na aplicação de luminárias em ambientes fechados, devem-se considerar os seguintes pontos:
- Em ambientes onde a presença de pessoas é permanente, deverão ser utilizadas luminárias providas de
elementos difusores para minimizar ofuscamento;
- Em ambientes onde a presença de pessoas não se faz de modo permanente, a menos que explicitamente
indicado em contrário, deve-se utilizar comando por sensores de presença.
- A distribuição das luminárias em salas com divisórias deverá ser tal que atenda a qualquer mudança de
layout.

10.10 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA


A iluminação de emergência deverá seguir a norma NBR-10898 – “Sistema de iluminação de emergência” e
também as leis estaduais e municipais e a instrução técnica do corpo de bombeiros do estado.

10.10.1 Características básicas do sistema


A iluminação de emergência poderá ser autônoma ou com circuitos conectados a uma UPS exclusiva.
Nos sistemas de iluminação de emergência predial, deverão ser utilizadas somente lâmpadas tipo LED, as
quais permanecerão apagadas em situação normal, ocorrendo o seu acendimento somente na falha do
sistema de iluminação normal.

10.11 DISTRIBUIÇÃO DE FORÇA (TOMADAS, ILUMINAÇÃO E CARGAS ALIMENTADAS


DIRETAMENTE).
Em todas as instalações elétricas em edificações existentes nas unidades administrativas da BRASKEM,
deverão estar de acordo com a NBR-5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão.

10.11.1 Características básicas do sistema


Painéis de iluminação / tomadas, feitos em chapas de aço para instalação interna, deverão possuir espelho
metálico para proteger contra contatos acidentais. Sua construção em termos de acesso deverá obedecer a
NR-10.
Nos casos em que o número de circuitos e de dispositivos internos desses painéis cause o aumento
exagerado de suas dimensões externas, ele deverá ser dividido em dois ou mais conjuntos, podendo
inclusive ser separados por função (painel de luz e painel de tomadas).
Os disjuntores e demais componentes do painel de iluminação/tomadas deverão possuir corrente nominal
adequada ao circuito e capacidade de ruptura adequada a corrente de curto-circuito da instalação.
Todos os circuitos deverão ter a seletividade comprovadas através de memoriais de cálculo ou memoriais
descritivos, indicando a filosofia adotada.
Deverá ser deixada uma reserva mínima de 30% de potência nos transformadores para utilização futura.
A seção mínima dos condutores de proteção deverá ser definida conforme a NBR-5410.
As tomadas que atenderem às instalações sujeitas à presença de água (umidade) deverão ter seus circuitos
protegidos por DR’s - Dispositivos de Proteção Diferencial-Residual, conforme NBR-5410;
Todos os transformadores de iluminação/tomadas deverão ser secos, encapsulados em massa epóxi, com
invólucro adequado à instalação externa (grau de proteção IP-54 ou maior) ou instalação interna externa
(grau de proteção IP-41 ou maior) e com elevação de temperatura dos enrolamentos não superior a 55°C.
Com ligações triângulo no primário e estrela com neutro solidamente aterrado no secundário. As tensões
deverão ser 480-220/127 V, com derivações de: 2x2,5% no primário e a potência nominal deverá ser de
15, 30 ou 45 kVA cada um. Valores superiores devem ser aprovados pela Braskem e não devem ultrapassar
a corrente de curto-circuito de 10KA.

10.12 CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS APLICÁVEIS


Para utilização em áreas administrativas, são permitidos materiais plásticos, mesmo em instalações não
embutidas, como caixas de passagens, eletroduto de PVC, etc. Estes materiais devem atender as normas
de instalações elétricas aplicáveis como as citadas no item 10.2.

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