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Lei 8137 de 21 de Dezembro de 2000

ALTERA AS LEIS N° 7.165 E 7.166, AMBAS DE 27 DE AGOSTO DE 1996, E


DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 7.165/96

Art. 1º - O art. 6º da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996 passa a vigorar acrescido dos
seguintes inciso XII e Parágrafo único:
“Art. 6º -............................................................................
..............................................................................................
.............................................................................................
XII - a falta generalizada de acessibilidade ambiental ao transporte coletivo, aos
logradouros públicos, moradias, edifícios para uso cultural, de lazer, de ensino, de
trabalho, de serviços e outros locais de interesse coletivo, por pessoas com mobilidade
ou condições físicas distintas do padrão mediano.
Parágrafo único - Entende-se por acessibilidade ambiental a possibilidade e condição
de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaços,
mobiliário e equipamentos urbanos."

Art. 2º - O inciso XII do art. 7º da Lei nº 7.165, de 1996 passa a ter nova redação,
acrescendo-se ao artigo os seguintes incisos XXIII, XXIV e XXV:
"Art. 7º - ............................................................................
...............................................................................................
.............................................................................................
XII - a criação de condições para preservar a paisagem urbana e a adoção de medidas
para o tratamento adequado do patrimônio cultural do Município, tendo em vista sua
proteção, preservação e recuperação; (NR)
...............................................................................................

XXIII - a promoção do desenvolvimento econômico e social compatível com os


preceitos de qualidade de vida e de consolidação da cidadania;
XXIV - a consolidação do Município como centro de excelência e referência em cultura,
turismo, design, educação, esporte, lazer, artesanato, ciência e tecnologia, mediante
otimização de sua infra-estrutura e serviços básicos e de suas políticas de
investimentos e financiamento de geração de ocupação e renda, sob a ótica da
integração regional;
XXV- a criação de meios para promover, implantar, supervisionar e preservar a
acessibilidade ambiental ao transporte coletivo, aos logradouros públicos e edifícios de
interesse coletivo, inclusive para pessoas com mobilidade reduzida."

Art. 3º - O art. 8º da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte


parágrafo único:
"Art. 8º - .........................................................................
..............................................................................................
Parágrafo único - Deve ser promovida a integração dos órgãos municipais, estaduais e
federais e de entidades, visando ao incremento de ações conjuntas eficazes para
alcance dos objetivos estratégicos do desenvolvimento urbano."

Art. 4º - Ficam revogados os incisos V, VI, VII e XV do art. 9º da Lei nº 7.165, de 1996,
passando os incisos II, IV, XI e XIII a ter a seguinte redação:
"Art. 9º - ...........................................................................
..............................................................................................
.............................................................................................
II - o incentivo ao desenvolvimento do turismo receptivo, tanto no que se refere à
implantação de equipamentos turísticos, como à criação de programas que visem o
incremento do turismo de negócios, de eventos e de lazer no Município;
................................................................................................

IV - a regularização, a manutenção e a promoção das atividades de indústria, comércio


e serviços já instaladas, definindo os critérios para tanto, conforme legislação vigente;
................................................................................................

XI - a priorização de planos, programas e projetos que visem à geração de ocupação e


de renda, contemplando o incremento da economia popular;
................................................................................................

XIII - a implantação de programas de incentivo à tecnologia, à pesquisa e ao


desenvolvimento de segmentos produtivos do setor da construção civil,
preferencialmente em áreas passíveis de adensamento e/ou que se pretenda revitalizar
por meio de parâmetros construtivos definidos em lei, adotando novas tecnologias
alternativas ambientalmente corretas; (NR)"

Art. 5º - O art. 9º da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, e XXIII:
"Art. 9º ..............................................................................
...............................................................................................
.............................................................................................

XVI - estímulo à instalação de atividades produtivas em Belo Horizonte, integradas com


os Municípios vizinhos, de forma a compartilhar racionalmente o espaço da Região
Metropolitana;
XVII- a criação de mecanismos que transformem Belo Horizonte em centro
convergente da economia local e regional e em agente articulador de intercâmbios
nacionais e internacionais;
XVIII - o incentivo à pesquisa e produção de tecnologia de ponta, associadas à
instalação e ao desenvolvimento de indústrias, serviços e atividades comerciais que
dela fazem uso;
XIX - a viabilização de política de financiamento, por meio de parcerias para a
elaboração de projetos, captação de recursos e a atração de investimentos
diferenciados em função das excelências;
XX- a criação e promoção de programas e mecanismos que possibilitem a inserção,
em parâmetros legais, de atividades da economia popular e informal;
XXI- o incentivo a projetos econômicos que estejam vinculados aos planos regionais e
locais;
XXII- o estabelecimento de política de qualificação profissional, observando os planos
locais e regionais, para a geração de ocupação e renda;
XXIII- o incentivo à industria de reciclagem, reaproveitamento e reutilização de
resíduos sólidos."

Art. 6º - O art. 10 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso
VIII:

"Art. 10- ..............................................................................


................................................................................................
.............................................................................................

VIII - promover o levantamento das terras griladas e das áreas de propriedade pública
dominiais no Município, priorizando a política habitacional em sua destinação;"

Art. 7º - O inciso VII do Parágrafo único do art. 11 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a ter
a seguinte redação:
"Art. 11-................................................................................
................................................................................................
Parágrafo único -.................................................................
...............................................................................................
...............................................................................................

VII - estimular o aumento e a melhoria do setor hoteleiro, de entretenimento, lazer e


cultura; (NR)"

Art. 8º - O inciso II do art. 12 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 12- ............................................................................
.............................................................................................
.............................................................................................

II - priorizar a circulação de pedestres, garantindo-lhes segurança, acessibilidade


ambiental e conforto; (NR)"

Art. 9º - O inciso X do art. 15 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a ter nova redação,
acrescendo-se ao artigo os incisos XII, XIII, XIV, XV e XVI e § § 1º, 2º e 3º:
"Art. 15- ..............................................................................
................................................................................................
............................................................................................

X - criar o arquivo de imagens dos bens culturais tombados no Município, sejam eles
imóveis, móveis ou integrados; (NR)
..............................................................................................

XII - promover campanhas educativas que visem à promoção e proteção do patrimônio


cultural e que cheguem efetivamente a toda a população;
XIII - promover a integração entre os órgãos municipais, estaduais e federais e com
outras entidades visando ao incremento de ações conjuntas eficazes de preservação,
recuperação e conservação do patrimônio cultural;
XIV - incentivar estudos e pesquisas direcionados à busca de alternativas tecnológicas
e metodológicas para a área de restauração, conservação e proteção do patrimônio
cultural;
XV - elaborar a caracterização e o mapeamento das áreas e bens tombados de
Proteção da Memória e do Patrimônio Cultural e de suas respectivas diretrizes.
XVI - promover estudos com vistas à proteção das manifestações culturais populares.

§ 1º - As diretrizes referidas neste artigo devem ser aplicadas obrigatoriamente no


perímetro de tombamento da Serra do Curral e nos conjuntos urbanos tombados pelo
Município.
§ 2º - As intervenções dentro do perímetro de tombamento da Serra do Curral e nos
conjuntos urbanos tombados pelo Município devem ser objeto de prévia análise pela
Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
§ 3º - As intervenções em áreas em estudo, com perímetros previamente definidas por
ato do Executivo, devem ser encaminhadas ao Conselho Deliberativo do Patrimônio
Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM ."

Art. 10 - A Subseção IV, da Seção II, Capítulo III, do Título II da Lei nº 7.165, de 1996
passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 16 - A e 16-B:
"Art. 16-A - O Executivo deve elaborar um plano de recuperação, preservação,
conservação, ocupação e uso da Serra do Curral, que servirá como base para a
criação da respectiva Área de Diretrizes Especiais - ADE.
Parágrafo único - O estudo de que trata o caput deverá contemplar a perspectiva da
integração entre os Municípios que se encontram na área de abrangência da Serra do
Curral.
Art. 16-B - O Executivo deverá identificar, por meio de estudo técnico, os ângulos de
visada privilegiados de trechos de significativa beleza cênica da Serra do Curral,
definindo as áreas de interferência nestas visadas.
Parágrafo único - As intervenções nas áreas de interferência referidas no caput serão
submetidas à apreciação dos Conselhos Colegiados (Conselho Municipal de Meio
Ambiente - COMAM, Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR e Conselho
Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM), até que
sejam definidas, mediante legislação específica, diretrizes especiais para ocupação
dessas áreas."

Art. 11 - Os incisos XV e XVI do art. 18 da Lei nº 7.165, de 1996 passam a ter nova
redação, acrescendo-se ao artigo os seguintes incisos XIX e XX e § 5º:
"Art. 18- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
XV - pavimentar as vias locais, mistas e de pedestres estabelecidas na classificação
viária com revestimentos que tenham a maior capacidade possível de permeabilização,
devidamente compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto,
conforme atestado emitido por profissional habilitado; (NR)
XVI - promover, em conformidade com as políticas de trânsito, a permeabilidade do
solo nos canteiros separadores de pistas e nos passeios de vias públicas, através da
maior preservação possível dos canteiros já existentes, contemplando não só as suas
espécies arbóreas como também as suas áreas ajardinadas, e através da implantação
de pisos permeáveis nas áreas restantes destas faixas, além de estudos para as
adaptações necessárias nas faixas centrais e laterais e em passeios de vias públicas
ainda não ajardinados; (NR)
..............................................................................................
XIX - implantar áreas de travessia e de circulação de pedestres, de modo a criar faixas
de percurso conforme parâmetros de acessibilidade ambiental;
XX - implantar programa de reserva de estacionamentos em logradouros públicos,
garagens e espaços privativos para o comércio e a prestação de serviços de interesse
público para veículos de pessoas com mobilidade reduzida.
...............................................................................................
§ 5º - A recomposição das pavimentações das ruas que possuem capacidade filtrante,
assim como a pavimentação das áreas de estacionamento não cobertos, deverão ser
feitas mantendo as características definidas no inciso XV deste artigo."

Art. 12 - A Subseção IX da Seção II de Capítulo III do Título II da Lei nº 7.165, de 1996


passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 21-A e 21-B:
"Art. 21-A - Considera-se meio ambiente o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e política que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Art. 21-B - São princípios fundamentais da Política Municipal de Meio Ambiente:
I- promover o desenvolvimento sustentável, compatibilizando o desenvolvimento social
e econômico com a preservação ambiental, a partir dos princípios da justiça social e da
eficiência econômica, garantindo o uso racional e eqüitativo dos recursos naturais,
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e o conforto climático;
II- garantir a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, incentivando
sua preservação para as presentes e futuras gerações;
III - proteger as áreas verdes e aquelas ameaçadas de degradação, assegurando a
sustentabilidade da flora e da fauna;
IV - articular e integrar planos, programas, ações e atividades ambientais
intermunicipais, de modo a buscar consórcios e outros instrumentos de gestão."

Art. 13 - O inciso XXIV do art. 22 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a ter nova redação,
acrescendo-se ao artigo os seguintes incisos XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXX,
XXXI, XXXII, XXXIII, XXXIV, XXXV, XXXVI e XXXVII:
"Art. 22- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................

XXIV - gerenciar e tratar os resíduos sólidos gerados pelo Município, promovendo,


inclusive, campanhas educativas e políticas públicas que visem a contribuir com o
reaproveitamento, a redução, a reutilização e a reciclagem destes resíduos; (NR)
XXV - exigir a recuperação das áreas degradadas e garantir a indenização decorrente
de danos causados ao meio ambiente;
XXVI - criar um sistema de informações relativas ao meio ambiente;
XXVII - estimular e apoiar a participação dos cidadãos e de suas entidades
representativas nas ações de controle ambiental, promovendo a implementação de
ações de educação ambiental em planos, programas e projetos governamentais e não
governamentais;
XXVIII - promover o conforto acústico na cidade por meio de ações do poder público
municipal, em parceria com empresas, organizações não governamentais e
comunidade;
XXIX- ampliar a rede de monitoramento da qualidade do ar e incentivar o uso de
combustíveis alternativos nos veículos automotores, notadamente nos táxis, carros
oficiais, assim como aqueles que prestam serviço à municipalidade, criando a frota
verde;
XXX - definir, através de regulamentação própria, diretrizes para a implantação de
parques, praças e demais áreas verdes da cidade, englobando aspectos de ocupação
e preservação do patrimônio natural do terreno;
XXXI - elaborar plano diretor de áreas verdes e arborização da cidade, com
caracterização e mapeamento destas;
XXXII - criar mecanismos de incentivos que favoreçam parcerias com a iniciativa
privada, no tocante à implantação e manutenção de áreas verdes;
XXXIII - promover, em consonância com a política habitacional do Município, ações de
resgate ou recuperação de áreas verdes públicas invadidas e de ações que coíbam
futuras invasões;
XXXIV - estimular e adotar, quando possível, tecnologias alternativas ambientalmente
corretas nas ações desenvolvidas pelo setor público e privado;
XXXV - adotar os aspectos da dimensão ambiental nos empreendimentos urbanos,
levando-se em conta, na sua elaboração, indicadores de conforto e sustentabilidade
ambiental, como forma de melhorar a qualidade de vida da população;
XXXVI - promover política adequada de implantação de áreas verdes nas vilas e
favelas;
XXXVII - exigir das instituições e dos concessionários dos serviços públicos a guarda,
garantia de integridade, tratamento urbanístico, manutenção e conservação das faixas
de domínio e serviço sob sua responsabilidade."

Art. 14 - A Subseção X, da Seção II, do Capítulo III, do Título II da Lei nº 7.165, de


1996 passa a vigorar acrescida do seguinte art. 22-A:
"Art. 22-A - Considera-se saneamento como um conjunto de ações entendidas
fundamentalmente como de saúde pública e proteção ao meio ambiente,
compreendendo:
I - o abastecimento de água em quantidade suficiente para assegurar a higiene
adequada e o conforto e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade;
II - a coleta, o tratamento e a disposição adequada dos esgotos sanitários e dos
resíduos sólidos;
III - a drenagem urbana das águas pluviais;
IV - o controle de vetores transmissores e reservatórios de doenças."

Art. 15 - Os incisos I, II e VII do art. 23 da Lei nº 7.165, de 1996 passam a ter nova
redação, acrescendo-se ao artigo os seguintes incisos IX, X, XI, XII, XIII e XIV e § § 1º,
2º e 3º:
"Art. 23 - ..............................................................................
................................................................................................
I - articular, em nível metropolitano, o planejamento das ações de saneamento e dos
programas urbanísticos de interesse comum, de forma a assegurar a preservação dos
mananciais, a produção de água tratada, a interceptação e o tratamento dos esgotos
sanitários, a drenagem urbana, o controle de vetores e a adequada coleta e disposição
final dos resíduos sólidos; (NR)
II - fomentar o desenvolvimento científico, a capacitação de recursos humanos e a
adoção de tecnologias apropriadas na área de saneamento, criando condições para o
desenvolvimento e a aplicação de tecnologias alternativas; (NR)
.............................................................................................
VII - garantir a todos o atendimento do serviço de saneamento e o ambiente salubre,
indispensáveis à segurança sanitária e à melhoria da qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de assegurá-lo; (NR)
......................................................................................
IX - subordinar as ações de saneamento ao interesse público, de forma a cumprir sua
função social;
X - promover a coordenação e a integração das políticas, planos, programas e ações
governamentais de saneamento, saúde, meio ambiente, habitação, uso e ocupação do
solo;
XI - buscar a permanente melhoria da qualidade e a máxima produtividade na
prestação dos serviços de saneamento, considerando as especificidades locais e as
demandas da população;
XII - utilizar o quadro epidemiológico no planejamento, implementação e avaliação da
eficácia das ações de saneamento;
XIII - assegurar a participação efetiva da sociedade na formulação das políticas, no
planejamento e controle de serviços de saneamento e a promoção de educação
ambiental e sanitária, com ênfase na participação social;
XIV - estabelecer mecanismos de controle sobre a atuação de concessionários dos
serviços de saneamento, de maneira a assegurar a adequada prestação dos serviços e
o pleno exercício do poder concedente por parte do Município.
§ 1º - A Administração Municipal deverá estruturar-se para, com a utilização de
políticas setoriais integradas, promover a gestão, a organização e a prestação direta,
ou mediante regime de concessão ou permissão, dos serviços de saneamento.
§ 2º - A política de saneamento do Município será regulamentada em lei específica,
que terá por finalidade assegurar a proteção da saúde da população e do meio
ambiente, bem como institucionalizar a gestão, disciplinar o planejamento e a execução
das ações, obras e serviços de saneamento no Município.
§ 3º - A política municipal de saneamento contará, para sua execução, com o Sistema
Municipal de Saneamento, definido como o conjunto de instrumentos e agentes
institucionais que, no âmbito das respectivas competências, atribuições, prerrogativas e
funções, integram-se, de modo articulado e cooperativo, para a formulação de políticas,
definição de estratégias e execução das ações de saneamento, inclusive com clara
definição dos seus mecanismos de financiamento."

Art. 16 - Ficam revogados os incisos V e VI do art. 24 da Lei nº 7.165, de 1996,


passando os incisos II, III e IV a ter a seguinte redação:
"Art. 24- ..............................................................................
................................................................................................

.............................................................................................
II- assegurar a toda a população a coleta, interceptação, tratamento e disposição
ambientalmente adequada dos esgotos sanitários;
III - definir as áreas e ações prioritárias a serem contempladas no planejamento dos
serviços, considerando o perfil epidemiológico;
IV - promover o controle da poluição industrial, visando o enquadramento do efluente a
padrões de lançamento previamente estabelecidos. (NR)"

Art. 17 - Fica revogado o inciso II do art. 25 da Lei nº 7.165, de 1996, passando os


incisos I e III a ter a seguinte redação:
"Art. 25- ..............................................................................
................................................................................................
I - assegurar o abastecimento de água a toda a população, com qualidade compatível
com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para a garantia de suas
condições de saúde e conforto;
..............................................................................................
III - implementar mecanismos de controle da qualidade da água distribuída à
população. (NR)"

Art. 18 - O art. 25 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos IV, V e VI:
"Art. 25- .............................................................................
...............................................................................................
...............................................................................................

IV - definir as áreas e ações prioritárias a serem contempladas no planejamento dos


serviços, considerando o perfil epidemiológico;
V- controlar as atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras das águas nas
bacias dos mananciais de abastecimento, articulando ações, se necessário, com outros
Municípios da Região Metropolitana;
VI - promover campanhas educativas que visem a contribuir para a redução e
racionalização do consumo de água."

Art. 19 - O art. 26 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos IX, X e XI:
"Art. 26- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
IX - promover o gerenciamento adequado dos resíduos de serviços de saúde, de modo
a evitar danos à saúde e ao meio ambiente;
X - controlar os efeitos potencialmente danosos ao meio ambiente e à saúde nas áreas
de armazenamento, tratamento e destinação final de resíduos sólidos;
XI - promover campanhas educativas que visem a contribuir com a redução,
reutilização e reciclagem do lixo."

Art. 20 - Ficam revogados os incisos III, IV e V do art. 27 da Lei nº 7.165, de 1996,


passando os incisos I e II a ter a seguinte redação:
"Art. 27- ..............................................................................
................................................................................................
I - promover a adoção de alternativas de tratamento de fundos de vale com a mínima
intervenção no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade, esgotamento
sanitário, limpeza urbana e resolução das questões de risco geológico e de
inundações;
II - elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem, que deverá contar com
mecanismos de atualização contínua e permanente; (NR)"

Art. 21 - O art. 27 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos VI, VII, VIII, IX e X e Parágrafo único:
"Art. 27- ..............................................................................
.............................................................................................
.............................................................................................
VI - inibir ações que impliquem na expansão de áreas impermeáveis;
VII - implantar tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas remanescentes de
tratamentos de fundos de vale, privilegiando as soluções de parques;
VIII- elaborar diagnóstico da drenagem urbana no Município, enfocando os aspectos
relacionados à prevenção e controle de inundações, às condições de risco à saúde, ao
risco geológico e à expansão do sistema viário;
IX - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as
condições reais de funcionamento do sistema de macro-drenagem;
X- buscar alternativa de gestão que viabilize a auto-sustentação econômica e
financeira do sistema de drenagem urbana.
Parágrafo único - O Executivo deverá elaborar e implementar o Plano Diretor de
Drenagem de Belo Horizonte - PDDBH, abrangendo as bacias dos ribeirões Arrudas e
Onça, que deverá ter uma abordagem integrada."

Art. 22 - A Subseção X, da Seção II, do Capítulo III, do Título II da Lei nº 7.165, de


1996 passa a vigorar acrescida do seguinte art. 27-A:
"Art. 27-A - São diretrizes relativas ao controle de vetores:
I - promover o controle de vetores em todo o Município, visando à prevenção das
zoonoses e à melhoria da qualidade de vida;
II - articular, em nível metropolitano, ações integradas que visem ao controle de
vetores;
III - compatibilizar as ações de controle de vetores com o planejamento global para a
bacia da Pampulha;
IV - garantir o desenvolvimento de ações contínuas para o controle de vetores.
Parágrafo único - A política de controle de vetores deve ter como premissa básica a
articulação das ações dos diversos órgãos afetos ao saneamento básico."

Art. 23 - Os incisos V e VI do art. 29 da Lei nº 7.165, de 1996 passam a ter a seguinte


redação:
"Art. 29- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
V - criação de programas que visem a estabelecer parcerias com a sociedade civil, no
intuito de recuperar áreas degradadas, por meio de replantios e outras medidas;
VI - adoção de processos construtivos adequados, em concordância com as diretrizes
do laudo geológico-geotécnico respectivo. (NR)"

Art. 24 - A Subseção XII, da Seção II, do Capítulo III, do Título II da Lei nº 7.165, de
1996 passa a vigorar acrescida do seguinte art. 30-A:
"Art. 30-A - Para os efeitos desta Lei, considera-se como habitação a moradia digna
inserida no contexto urbano, provida de infra-estrutura básica de serviços urbanos e de
equipamentos comunitários básicos."

Art. 25 - Ficam revogados os incisos IV, VI, VII, VIII, XIII e XIV do art. 31 da Lei nº
7.165, de 1996, passando os incisos III e V a ter a seguinte redação:
"Art. 31- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
III - priorizar a inclusão em programas habitacionais das famílias comprovadamente
residentes no Município há pelo menos dois anos;
..............................................................................................
V - promover a implantação de planos, programas e projetos, por meio de cooperativas
ou associações habitacionais, com utilização do processo de autogestão e capacitação
por meio de assessorias técnicas; (NR)"

Art. 26 - O art. 31 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII e XXIII:
"Art. 31- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
XVI - promover o acesso à terra e à moradia digna para os habitantes da cidade, em
especial os de baixa renda;
XVII - possibilitar a melhoria do padrão das edificações nos programas habitacionais
destinados à população de baixa renda;
XVIII - considerar os indicadores de conforto e sustentabilidade ambiental nos
programas habitacionais;
XIX - utilizar processos tecnológicos que garantam maior qualidade e menor custo da
habitação;
XX - articular, em nível metropolitano, o planejamento das ações relativas à política
habitacional, objetivando a busca de soluções para problemas comuns ligados à
habitação, sobretudo nas áreas conurbadas;
XXI - assegurar a articulação da política habitacional com a política urbana,
considerando suas diversas políticas setoriais;
XXII - estimular a realização de parcerias entre o poder público e sociedade civil na
implementação da política habitacional;
XXIII - promover a construção de moradias, com características de adaptabilidade às
condições de acessibilidade ambiental de pessoas com mobilidade reduzida, sem que
isso implique em qualquer reserva percentual das unidades habitacionais."
Art. 27 - O inciso I do art. 32 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 32- ............................................................................
................................................................................................
I - promoção do assentamento da população de baixa renda em lotes já urbanizados,
preferencialmente em áreas próximas à origem da demanda; (NR)"

Art. 28 - Fica revogado o inciso IV do art. 32 da Lei nº 7.165, de 1996 passando o


artigo a vigorar acrescido do seguinte inciso V:
"Art. 32- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
V - regularização fundiária obrigatória na implantação dos novos assentamentos."

Art. 29 - A Subseção XII, da Seção II, do Capítulo III, do Título II da Lei nº 7.165, de
1996 passa a vigorar acrescido do seguinte art. 32-A:
"Art. 32-A - Os programas habitacionais referentes a assentamentos existentes devem
ser implantados de acordo com as seguintes diretrizes:
I - elaborar Plano Global Específico para cada assentamento, considerando as
particularidades de cada área e abordando de forma integrada os aspectos físico -
ambiental, jurídico legal, sócio-econômico e organizativo, promovendo a integração à
cidade;
II - adequar as intervenções dos diversos órgãos e esferas de governo às diretrizes do
Plano Global Específico, ressalvadas aquelas para atendimento a situações
emergenciais, de calamidade pública ou de manutenção;
III - desenvolver programas para a urbanização e a regularização fundiária de favelas,
a complementação da infra-estrutura urbana de loteamentos populares e o
reassentamento de população desalojada em decorrência de obras públicas ou
calamidades;
IV - efetivar a regularização fundiária de loteamentos populares e favelas localizados
em terrenos pertencentes ao Município, mediante a aprovação de projetos de
parcelamento, urbanização da área e titulação dos moradores;
V- promover a regularização fundiária de loteamentos populares e favelas localizadas
em terrenos particulares e em áreas públicas federais e estaduais, visando à execução
de projetos de parcelamento, urbanização da área e a titulação dos moradores;
VI - criar mecanismos para garantir a permanência das famílias de baixa renda nas
vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse social, assegurando a função de
moradia."

Art. 30 - Ficam revogados os incisos XVI e XXI do art. 33 da Lei nº 7.165, de 1996,
passando os incisos II, IV, VI, X, XI, XII, XVII e XIX a ter a seguinte redação:
"Art. 33- ..............................................................................
................................................................................................
................................................................................................
II - desenvolver o turismo de eventos e negócios;
................................................................................................
IV - estabelecer e manter sistema de informações sobre as condições turísticas,
atrativos, equipamentos, infra-estruturas, serviços e locais de interesse turístico;
.................................................................................................
VI - promover e orientar a adequada expansão de áreas, equipamentos, instalações,
serviços e atividades de turismo, hospedagem, entretenimento e lazer, em condições
de acessibilidade ambiental para todos, inclusive pessoas com mobilidade reduzida;
.............................................................................................
X - apoiar e colaborar no desenvolvimento das artes, das tradições populares, da
cultura popular e do artesanato;
XI - criar e manter sistema de informações e de publicações turísticas, nos moldes e
nos parâmetros internacionais;
XII - colocar, em pontos estratégicos, placas de sinalização e identificação dos locais
de importância turística e cultural, com padrões internacionais;
..............................................................................................
XVII - colaborar no desenvolvimento das atividades culturais, estimulando a dança, a
música, as artes plásticas, o teatro e o cinema;
..............................................................................................
XIX - incrementar os convênios entre Municípios, estimulando o intercâmbio social,
político, cultural, esportivo, turístico e ecológico; (NR)"

Art. 31 - O art. 33 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos XXII, XXIII, XXIV e XXV:
"Art. 33 - ..............................................................................
..............................................................................................
...............................................................................................
XXII - promover os recursos turísticos de Belo Horizonte junto aos mercados estadual,
nacional e internacional;
XXIII - promover ações para um melhor tratamento e aproveitamento turístico da Serra
do Curral e da Pampulha, mediante a implantação de equipamentos turísticos
geradores de novas demandas que proporcionem a criação de ocupação e renda e que
se constituam em atrativo diferencial, considerada a preservação ambiental;
XXIV - estimular a implantação de equipamentos turísticos, de esporte e de lazer que
visem ao desenvolvimento do setor;
XXV - estimular novas alternativas de hospedagem para atendimento a um segmento
de mercado de baixa renda."

Art. 32 - O inciso II do art. 36 da Lei nº 7.165, de 1996, passa a ter a seguinte redação:
"Art. 36- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
II - promover a distribuição espacial de recursos, serviços e equipamentos, para
atender à demanda em condições adequadas, cabendo ao Município, prioritariamente,
o atendimento ao ensino fundamental e à educação infantil; " (NR)

Art. 33 - Os incisos III e VIII do art. 37 da Lei nº 7.165, de 1996 passam a ter a seguinte
redação:
"Art. 37- ..............................................................................
................................................................................................
................................................................................................
III- promover, junto com a comunidade, a implantação, o desenvolvimento e a melhoria
das creches;
..............................................................................................
VIII - promover o acesso dos portadores de deficiência às novas edificações destinadas
a serviços regulares prestados pelo Município, bem como a remoção das barreiras
arquitetônicas, de locomoção e de comunicação das já existentes. (NR)"

Art. 34 - Os incisos II, IV, VI, VIII e X do art. 38 da Lei nº 7.165, de 1996 passam a ter
nova redação, acrescendo-se ao artigo os seguintes incisos XI, XII e XIII:
"Art. 38- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
II - promover a implantação do Museu da Imagem e do Som e de espaços e centros
culturais públicos regionalizados, de centros de referência, entre os quais o da cultura
negra, bibliotecas, outros museus, bem como consolidar aqueles já existentes, em
condições de utilização por todos; (NR)
.............................................................................................
IV- realizar sistematicamente pesquisas, estudos e levantamentos sobre a produção
cultural da cidade, de forma a se produzirem indicadores efetivos para a formulação de
políticas para a área; (NR)
...............................................................................................
VI - promover e apoiar iniciativas de fomento à produção cultural e de capacitação de
recursos humanos para ações de preservação e promoção do patrimônio cultural da
cidade; (NR)
...............................................................................................
VIII - criar um calendário permanente de eventos culturais de qualidade na cidade, de
forma a estabelecer um processo de intercâmbio e de consolidação da cidade como
pólo cultural; (NR)
...............................................................................................
X - estabelecer estratégias de informação e divulgação da produção cultural da cidade,
em toda a sua diversidade; (NR)
XI - incentivar o processo sistemático de participação popular na área cultural;
XII - promover uma política de intercâmbio internacional do setor cultural;
XIII - promover a acessibilidade ambiental para todos, incluídas as pessoas com
mobilidade reduzida, aos equipamentos e às formas de criação e difusão cultural,
mediante oferta de rede física adequada."

Art. 35 - O inciso III do art. 39 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 39- ..............................................................................
................................................................................................
.............................................................................................
III - promover a acessibilidade ambiental para todos, incluídas as pessoas com
mobilidade reduzida, aos equipamentos e às formas de esporte e lazer, mediante
oferta de rede física; (NR)"

Art. 36 - O art. 41 da Lei nº 7.165, de 1996 e seu Parágrafo único passam a ter a
seguinte redação:
"Art. 41 - O Executivo deve elaborar, em até 12 (doze) meses após a promulgação
desta Lei, projeto de lei instituindo o Plano Estratégico de Diretrizes de Intervenção em
Vilas, Favelas e Conjuntos Habitacionais de Interesse Social, com indicativos gerais de
ações necessárias à recuperação sócio - urbanística - jurídica dessas áreas.
Parágrafo único - O Plano Estratégico terá como objetivo traçar diretrizes gerais e
prioridades para a intervenção nas vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse
social. (NR)"

Art. 37 - Fica revogado o art. 42 da Lei n.º 7.165, de 1996.

Art. 38 - O inciso VIII do Parágrafo único do art. 45 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a
vigorar acrescido da seguinte alínea "d":
"Art. 45 - .........................................................................
.........................................................................................
Parágrafo único - .............................................................
..........................................................................................
...........................................................................................
VIII - ................................................................................
...........................................................................................
...........................................................................................
d) a preservação do conjunto arquitetônico e urbanístico tombado."

Art. 39 - O Parágrafo único do art. 45 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar


acrescido do seguinte inciso XII:
"Art. 45 - .........................................................................
.........................................................................................
Parágrafo único - ..............................................................
...........................................................................................
XII- de fomento à promoção do patrimônio cultural tombado."

Art. 40 - O art. 46 da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso
VII:
"Art. 46- ..............................................................................
.............................................................................................
............................................................................................
VII - devem ser previstos mecanismos de incentivo ao investimento privado para
remoção de barreiras arquitetônicas e para a construção de edifícios adequados ao
acesso e utilização por pessoas com mobilidade reduzida, mediante a redução dos
tributos."
Art. 41 - (VETADO)

Art. 42 - O Título IV da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido do Capítulo V -


Dos Programas de Revitalização Urbana, constituído pelo seguinte art. 74-A:
"CAPÍTULO V
DOS PROGRAMAS DE REVITALIZAÇÃO URBANA
Art. 74-A - Os programas de Revitalização Urbana são instrumentos de planejamento
urbano com o objetivo de conferir nova qualificação a áreas urbanas específicas, para
sua reinseerção sustentada ao contexto urbano, por meio de conjunto de ações
jurídicas-institucionais, sócio-econômico-culturais e físico-ambientais, com caráter
multiinstitucional e multidisciplinar.
§ 1º - Os programas de revitalização urbana envolvem intervenções voltadas para
objetivos específicos como:
I - realização das potencialidades de áreas centrais;
II - alteração na dinâmica de apropriação dos espaços urbanos;
III- valorização dos marcos históricos e simbólicos existentes, preservando o patrimônio
arquitetônico e cultural;
IV - incremento das atividades de turismo, esporte e lazer;
V - criação de áreas públicas e equipamentos urbanos de livre acesso para o conjunto
da população;
VI - recuperação e ampliação da qualidade ambiental.
§ 2º - Os programas de revitalização urbana têm como princípios gerais:
I - busca de referenciais mais humanos na concepção dos espaços públicos;
II - garantia dos princípios básicos de infra-estrutura urbana e do acesso às benfeitorias
urbanas e a integração e articulação das áreas de vilas e favelas e das áreas
periféricas carentes;
III - recuperação de edificações existentes, através de mecanismos e incentivos fiscais;
IV - permanência da população residente e dinamização das atividades existentes,
preferencialmente em compatibilidade com a vocação local;
V - participação da população residente e demais agentes econômicos na definição
das propostas constantes dos projetos de revitalização urbana, bem como no processo
de implantação dos mesmos.
§ 3º - Na implementação dos programas de Revitalização Urbana poderão ser
utilizados os instrumentos de política urbana previstos nesta Lei, assim como podem
ser criados novos mecanismos e flexibilizados mecanismos jurídicos existentes, a
serem vinculados com os projetos específicos.
§ 4º - Os programas de Revitalização Urbana poderão ser desenvolvidos com recursos
privados.
§ 5º - O Executivo deve estabelecer ordem de prioridades das áreas objeto dos
projetos de revitalização urbana, considerando parâmetros de importância urbanística,
histórica, habitacional, econômica, social e de lazer.
§ 6º - Os programas de revitalização urbana serão promovidos e coordenados pelo
sistema municipal de planejamento."

Art. 43 - O Título VIII da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes
artigos 3º e 4.º:
"Art. 3º- Deve ser instituída pelo Executivo Comissão Técnica para analisar as
condições geológico-geotécnicas frente ao crescimento urbano e as situações de risco
potencial e efetivo.
Art. 4º- Deve ser efetuado o levantamento de áreas propícias à implantação de
conjuntos habitacionais para a população de baixa renda do Município, a serem
delimitadas como Zonas de Especial Interesse Social 2 - ZEIS-2."

Art. 44 - O Anexo II da Lei nº 7.165, de 1996 passa a vigorar com as alterações


representadas no Mapa componente do Anexo I desta Lei.
CAPÍTULO II
DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 7.166/96

Art. 45 - O art. 14 da Lei nº 7.166, de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4.º:
" Art. 14 - .........................................................................
......................................................................
§ 4º - Ficam classificadas como ZPAM as ilhas da Lagoa da Pampulha que resultarem
do processo de desassoreamento da Lagoa."

Art. 46 - Ficam classificadas como Zonas Especiais - ZE's as seguintes áreas


identificadas no Anexo II desta Lei:
I - a localizada na região de Venda Nova, com frente para a Rua Padre Pedro Pinto,
destinada a estação de integração de transporte coletivo, identificada à folha 8 com a
denominação "Estação Venda Nova";
II - a localizada na região de Venda Nova, na confluência das avenidas Cristiano
Machado e Vilarinho, estação de integração de transporte coletivo, identificada à folha
9 com a denominação "Estação Vilarinho";
III - a localizada na região da Pampulha, na interseção das avenidas Pedro I e
Portugal, destinada a estação de integração de transporte coletivo, identificada à folha
14 com a denominação "Estação Pampulha";
IV - a localizada no bairro São Bernardo, destinada a estação de integração de
transporte coletivo, identificada às folhas 15 e 22 com a denominação "Estação
Waldomiro Lobo";
V - a localizada na região de Engenho Nogueira, destinada a estação de integração de
transporte coletivo, identificada à folha 28 com a denominação "Estação Carlos Luz";
VI - a localizada no bairro Santa Inês, destinada a estação de integração de transporte
coletivo, identificada à folha 30 com a denominação "Estação José Cândido da
Silveira";
VII - a localizada no bairro Manacás, destinada a estação de integração de transporte
coletivo, identificada à folha 33 com a denominação "Estação Alípio de Melo";
VIII - a localizada no bairro Ipanema, destinada a estação de integração de transporte
coletivo, identificada à folha 33 com a denominação "Estação Dom Bosco";
IX - a localizada no bairro Salgado Filho, destinada a estação de integração de
transporte coletivo, identificada à folha 45 com a denominação "Estação Salgado
Filho";
X - a localizada na região do Barreiro, destinada a estação de integração de transporte
coletivo, identificada à folha 51 com a denominação "Estação Barreiro";
XI - a localizada no bairro Belvedere, destinada a estação de integração de transporte
coletivo, identificada à folha 54 com a denominação "Estação Belvedere";
XII - a correspondente à Estação Diamante e sua expansão, destinada a estação de
integração de transporte coletivo, identificada à folha 57 com a denominação "Estação
Diamante";
XIII - a área ocupada por indústrias localizada na região de Barreiro, nas proximidades
do bairro Olhos d'Água, identificada às folhas 58 e 59 com a denominação "ZE Pilar";
XIV - as áreas ocupadas por atividades de grande porte, localizada na região do
Engenho Nogueira, identificada à folha 28 com a denominação "ZE Engenho
Nogueira";
XV - a área correspondente ao bairro São Francisco, ocupada predominantemente por
galpões, identificada às folhas 21, 22, 28 e 29 com a denominação "ZE São Francisco".
XVI - as áreas situadas na região do Jatobá, parcialmente ocupadas por atividades
econômicas de grande porte, identificadas à folhas 56 e 57 com a denominação ZE
Jatobá.

§ 1.º - Os parâmetros urbanísticos das zonas referidas neste artigo são os constantes
do Anexo IV desta Lei.
§ 2.º - Na ZE Pampulha, a altura máxima das edificações é de 12,00m (doze metros)
medidos a partir do terreno natural em qualquer ponto.
§ 3.º - O parcelamento e a ocupação do solo na ZE Pampulha ficam condicionados à
autorização dos órgãos responsáveis pela proteção do patrimônio cultural.
§ 4.º - O parcelamento e a ocupação do solo na ZE Belvedere ficam condicionados à
autorização do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural.
§ 5.º- Na ZE Pilar, as edificações ficam sujeitas ao seguinte:
I - número máximo de pavimentos = 3 (três);
II - não aplicação do disposto no § 2.º do art. 50 da Lei n.º 7.166, de 1996.
§ 6.º - Nas ZE's Pilar, Engenho Nogueira, Jatobá e São Francisco, não se aplica o
disposto no art. 51 da Lei n.º 7.166, de 1996.
§ 7.º - Nas ZE's Pilar e Engenho Nogueira, os afastamentos laterais e de fundos das
edificações são de no mínimo 3,00 m (três metros) para lotes com mais de 20,00 m
(vinte metros) de testada, devendo ser observadas nos demais lotes destas ZE's, bem
como em todos os lotes situados nas demais ZE's estabelecidas por esta Lei, as
disposições dos arts. 54 a 58 da Lei n.º 7.166, de 1996.
§ 8.º - Na regularização das edificações comprovadamente existentes na ZE Pilar
antes da vigência desta Lei, poderão ser adotados os parâmetros urbanísticos da ZAR-
2.

Art. 47 - O art. 15 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:

"Art. 15 - ................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 3º - Para efeito da caracterização da modalidade de parcelamento do solo urbano,
são consideradas vias públicas aquelas oficializadas ou pavimentadas pelo Poder
Público."

Art. 48 - Fica revogado o inciso VI do art. 16 da Lei nº 7.166, de 1996, passando os


incisos I, II, IV e VII a ter a seguinte redação:
"Art. 16- .................................................................................................
..................................................................................................................
I - sujeitos a inundações enquanto não forem tomadas providências que assegurem o
escoamento das águas; (NR)

II - que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública; (NR)
..................................................................................................................
IV - nas áreas degradadas ou naquelas em que seja tecnicamente comprovado que as
condições geológicas não aconselham a edificação; (NR)
..................................................................................................................
VII - em que a poluição impeça a existência de condições sanitárias suportáveis; "(NR)

Art. 49 - O art. 16 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso
VIII e §§ 4º e 5º:
"Art. 16 - ................................................................................................
..................................................................................................................
VIII - terrenos alagadiços;
..................................................................................................................
§ 4º - Nos casos de parcelamento de glebas com declividade de 30% (trinta por cento)
a 47% (quarenta e sete por cento), exceto quando situadas na ZP.1, os lotes devem ter
área mínima correspondente a 4 (quatro) vezes a área mínima permitida.
§ 5º - As áreas não passíveis de parcelamento devem ser claramente identificadas no
projeto e ter destinação adequada, a ser definida pelo Executivo, de modo a se evitar
que sejam invadidas ou se tornem áreas de risco efetivo."

Art. 50 - Os incisos I e III do art. 17 da Lei nº 7.166, de 1996 passam a ter nova
redação, passando o artigo a vigorar acrescido de §§ 8.º, 9.º e 10, na forma seguinte:
"Art. 17 - ................................................................................................
..................................................................................................................
I - a extensão máxima da somatória das testadas de lotes ou terrenos contíguos
compreendidos entre duas vias transversais não pode ser superior a 200 m (duzentos
metros);
..................................................................................................................
III - é obrigatória a reserva de faixas non aedificandae estabelecidas com fundamento
em parecer técnico:
a) ao longo de águas correntes ou dormentes, com largura mínima de 30,00 m (trinta
metros) em cada lado, a partir da margem;
b) num raio mínimo de 50 m (cinqüenta metros) ao redor de nascentes ou olhos d'água,
ainda que intermitentes;"(NR)
..................................................................................................................
§ 8.º - Não são admitidos lotes:
I - com frente para vias com classificação viária distinta;
II - pertencentes a zoneamentos distintos;
III - incluídos em Áreas de Diretrizes Especiais distintas.
§ 9.º - Não se aplica o disposto no parágrafo anterior nos seguintes casos:
I - lotes localizados em esquinas;
II - parcelamentos para condomínios;
III - parcelamentos vinculados;
IV - em atendimento ao § 3.º deste artigo. (NR)"
§ 10 - No caso de parcelamento de terreno situado na ZPAM, descontadas as áreas a
serem transferidas ao Município, a área remanescente constituirá um único lote."

Art. 51 - O caput do art. 18 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 18 - Estão sujeitos a laudo de liberação para parcelamento expedido pelo órgão
municipal responsável pelo meio ambiente os parcelamentos:
I - em áreas iguais ou superiores a 2.500 m² (dois mil e quinhentos metros quadrados);
II - que acusem presença de cursos d'água, nascentes, vegetação arbórea ou sítios
arqueológicos;
III - que se enquadrem no art. 16 desta Lei." (NR)

Art. 52 - O art. 19 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido de § 2º, passando
seu parágrafo único a vigorar como § 1º, da forma seguinte:
"Art. 19 - ................................................................................................
..................................................................................................................
§ 1º - Não se aplica o disposto no caput aos terrenos lindeiros às rodovias federais, às
estaduais e à Avenida Presidente Juscelino Kubitschek.
§ 2º - Para ser admitida como delimitadora de quarteirão, a via de pedestre deve,
obrigatoriamente, promover a ligação entre duas vias de circulação de veículos."

Art. 53 - Os §§ 5º e 8º e o inciso II do § 7º do art. 21 da Lei nº 7.166, de 1996 passam a


ter a seguinte redação:
"Art. 21- .................................................................................................
..................................................................................................................
§ 5º O percentual destinado a equipamentos urbanos e comunitários e a espaços livres
de uso público é de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba a ser loteada,
devendo, nas glebas com área superior ou igual a 30.000 m² (trinta mil metros
quadrados), ser destinado a áreas verdes no mínimo 1/3 (um terço) deste percentual.
..................................................................................................................
§ 7º - ......................................................................................................
..................................................................................................................
II - relativas às faixas de servidão ao longo das linhas de transmissão de energia
elétrica, a não ser aqueles trechos nos quais se implantam vias passíveis de serem
transferidas ao patrimônio público municipal, nos quais prevalecerá a função da via.
(NR)
§ 8º - As áreas previstas no inciso I do parágrafo anterior podem ser transferidas ao
Município, caso haja justificado interesse público de ordem ambiental comprovado no
laudo a que se refere o art. 18 desta Lei, sendo computada, para efeito do cálculo do
percentual, apenas metade de sua área, até o máximo de 5% (cinco por cento) da
gleba parcelada." (NR)

Art. 54 - O art. 21 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
14, 15 e 16:
"Art. 21- .................................................................................................
..................................................................................................................
§ 14 - (VETADO)
§ 15 - As áreas verdes devem ser implantadas pelo empreendedor, conforme for
estabelecido pelas diretrizes fornecidas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente, e
ser mantidas e conservadas pelo empreendedor até o recebimento, pelo Município, das
obras do loteamento.
§ 16 - As áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários devem estar
desocupadas quando da expedição do Termo de Recebimento de Obras de
Urbanização."

Art. 55 - O caput do art. 24 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 24 - Aprovado o loteamento ou a sua modificação, deve ser expedido Alvará de
Urbanização, com prazo de validade que respeitará o máximo previsto na legislação
federal, a ser fixado levando-se em conta a extensão do cronograma das obras de
urbanização. (NR)"

Art. 56 - O art. 25 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte redação:


"Art. 25 - O Executivo pode estabelecer padrões de urbanização diferenciados para
cada finalidade de loteamento." (NR)

Art. 57 - O art. 27 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º:
"Art. 27- .................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 4º - Dentre as obras do loteamento, será executada a afixação de placas indicativas
da denominação oficial de logradouros em suportes padronizados."

Art. 58 - O art. 28 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:
"Art. 28 - ................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 3º - Quando as condições de topografia e acessibilidade não propiciarem a
continuidade e interligação dos logradouros, as vias coletoras secundárias e locais
devem ser finalizadas com praças de retorno."

Art. 59 - O inciso II do art. 34 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 34 - ................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
II - execução e manutenção da infra-estrutura;" (NR)

Art. 60 - O art. 36 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso
VI:
"Art. 36 - ................................................................................................
..................................................................................................................
VI - em ZPAM."

Art. 61 - O art. 37 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido de § 2º, passando
seu parágrafo único a vigorar como § 1º, da forma seguinte:
"Art. 37- .................................................................................................
..................................................................................................................
§ 1º- Pode a modificação de parcelamento objetivar a implantação de condomínio em
parcelamento aprovado.
§ 2º - No caso de modificação de parcelamento, é permitida a regularização de parte
de lote sem a participação no processo dos proprietários das demais partes, desde que
a forma, as dimensões e a localização da parte em questão estejam clara e
corretamente caracterizadas no respectivo registro."

Art. 62 - O inciso I do art. 38 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a ter nova redação,
passando o artigo a vigorar acrescido de parágrafo único, na forma seguinte:
"Art. 38- .................................................................................................
..................................................................................................................
I - que resulte em desconformidade com o disposto no art. 17 desta Lei, a não ser nos
seguintes casos, conforme dispuser o regulamento:
a) regularização de situação existente de fato e de direito comprovada por
documentação anterior á aprovação desta Lei;
b) regularização de parte de lote;
c) redução de desconformidade em caso de modificação de parcelamento;
d) desapropriações;
e) impossibilidade física ou geomorfológica;" (NR)
..................................................................................................................
Parágrafo único - Em caso de modificação de parcelamento de lotes lindeiros
unicamente a vias locais, não se aplica a relação entre testada e profundidade prevista
no inciso II, do art. 17 desta Lei."

Art. 63 - A Seção I, do Capítulo IV da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescida


do seguinte art. 44-A:
"Art. 44-A - É facultado aos proprietários de terrenos situados em áreas de projetos
prioritários indicados no Anexo II do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte
construir edificações, desde que observadas as seguintes exigências:
I - o terreno faça parte de loteamento regularmente aprovado pela Prefeitura;
II - o terreno não tenha sido declarado de utilidade publica para fins de desapropriação;

III - a edificação tenha caráter provisório ou temporário, e


IV - o proprietário assine termo isentando o Poder Público de qualquer indenização
pela benfeitoria."

Art. 64 - O art. 45 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte § 6º:
"Art. 45- .................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 6º - Quando exigido recuo de alinhamento, o potencial construtivo é calculado
utilizando a área total do terreno, inclusive a área do recuo de alinhamento."

Art. 65 - Os incisos II, III e XIV do art. 46 da Lei nº 7.166, de 1996 passam a ter a
seguinte redação:
"Art. 46- ...............................................................................................
..............................................................................................................
..............................................................................................................
II - as áreas destinadas a estacionamento de veículos ou a lazer e recreação de uso
comum, nas edificações residenciais multifamiliares ou de uso misto cujo pavimento
tipo tenha uso exclusivamente residencial;
III - um único pavimento de pilotis destinado a serviços de uso comum do condomínio
nas edificações não residenciais;
..................................................................................................................
XIV - a área da cobertura equivalente a 20% (vinte por cento) da área do último
pavimento tipo, desde que a área total edificada da cobertura não ultrapasse 50%
(cinqüenta por cento) da área do último pavimento tipo;" (NR)

Art. 66 - O inciso III do § 2º do art. 46 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte
redação:
"Art. 46- .................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 2.º- ........................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
III - logradouro em declive em que o pé direito mínimo do primeiro pavimento seja de
3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) e o máximo não exceda 6,50 m (seis
metros e cinqüenta centímetros);" (NR)

Art. 67 - (VETADO)

Art. 68 - O § 2.º do art. 50 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter nova redação,
passando o artigo a vigorar acrescido de § 6º, na forma seguinte:
"Art. 50 - ................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 2.º - As edificações, exceto as localizadas na ZPAM e nas ZP's, podem
impermeabilizar até 100% (cem por cento) da área do terreno, desde que:
I - nelas haja área descoberta - equivalente à área de permeabilização mínima - dotada
de vegetação que contribua para o equilíbrio climático;
II - seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o lançamento das águas
pluviais provenientes da área referida no inciso anterior."(NR)
..................................................................................................................
..................................................................................................................
"§ 6º - Quando exigido o recuo de alinhamento, não será considerada, para aplicação
da taxa de permeabilização, a área do terreno resultante do referido recuo."

Art. 69 - O § 1º do art. 51 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte redação:


"Art. 51- .................................................................................................
..................................................................................................................
§ 1º - O afastamento frontal mínimo das edificações na ZHIP não pode ser utilizado
como área de estacionamento ou guarda de veículos nem para a instalação de
elementos construtivos, exceto - desde que continue possível o livre trânsito no local -
pilares de sustentação, respeitado o previsto no art. 46, III, "a", do Plano Diretor." (NR)

Art. 70 - O art. 51 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
3º, 4º e 5º:

"Art. 51- .................................................................................................


..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 3º - (VETADO)
§ 4º - Em edificações situadas em terrenos lindeiros a vias arteriais e de ligação
regional, os afastamentos frontais deverão ser tratados de modo a que se obtenha
concordância dos greides dos afastamentos frontais de edificações contíguas.
§ 5º - A utilização do afastamento frontal para estacionamento de veículos na ZHIP, em
postos de gasolina ou em terrenos lindeiros a vias arteriais ou de ligação regional
poderá ser permitida, desde que cumpridas as seguintes exigências:
I - anuência prévia do órgão de trânsito de jurisdição sobre a via, que levará em conta o
fluxo de pedestres, existente e potencial, e a intensidade do tráfego no sistema viário
adjacente;
II - afastamento frontal de no mínimo 5,90m (cinco metros e noventa centímetros);
III - existência de passeio com, no mínimo, 2,40m (dois metros e quarenta
centímetros), admitindo-se, no caso de ter o passeio dimensão inferior, o
estacionamento no afastamento frontal, desde que a soma da largura desse
afastamento e a do passeio existente seja de, no mínimo, 8,30m (oito metros e trinta
centímetros);
IV - seja destinada à circulação de pedestres, no afastamento frontal, a faixa mínima de
0,90m (noventa centímetros) em frente à edificação e nas divisas laterais, ou junto ao
acesso à garagem, quando este estiver junto às divisas laterais;
V - as áreas de circulação de pedestres e de estacionamento estejam demarcadas;
VI - os acessos obedeçam às regulamentações existentes; e
VII - autorização de caráter provisório, condicionada à manutenção das condições de
trânsito."

Art. 71 - O inciso I do art. 52 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a ter nova redação,
acrescendo-se ao artigo inciso IV, da forma seguinte:
"Art. 52- .................................................................................................
..................................................................................................................
I - em áreas destinadas a estacionamento de veículos ou de uso comum, cuja laje de
cobertura se situe em nível inferior à maior cota altimétrica do passeio lindeiro ao
alinhamento do lote, devendo ser garantida, na área delimitada por este afastamento, a
continuidade do passeio nos terrenos situados na ZHIP, na ZCBH e nos lindeiros a vias
de ligação regional ou arteriais;" (NR)
................. ................................................................................................
..................................................................................................................
IV - em edificações vizinhas a bens tombados, por indicação do Conselho Deliberativo
do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, ouvido o órgão responsável
pelo trânsito."

Art. 72 - O inciso II do § 5º do art. 54 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a ter nova


redação, acrescendo-se ao parágrafo inciso III, da forma seguinte:
"Art. 54 - ................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 5º - .......................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
II - a edificação respeite a taxa de ocupação máxima de 50% (cinqüenta por cento) da
área do terreno, sendo facultada taxa de ocupação superior para níveis de garagem no
subsolo;
III - o ponto de referência para definição do H seja o ponto médio do passeio. (NR)"

Art. 73 - O art. 54 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
7º e 8.º:
"Art. 54 - ................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 7º - Para efeito de definição do H, a casa de máquinas não é considerada como
pavimento."
§ 8° - Para terrenos em aclive, o H poderá ser considerado pelo ponto médio do plano
paralelo ao perfil do terreno ou pelo plano paralelo ao perfil do terreno em todos os
seus pontos."

Art. 74 - O § 5° do art. 59 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a ter nova redação, ficando o
artigo acrescido do seguinte § 7°:
"Art. 59 -..........................................................................................
..........................................................................................................
§ 5° - O afastamento previsto no parágrafo anterior deve ser aplicado à parte da
edificação situada abaixo da cota altimétrica definida pela altura máxima nas divisas
laterais permitidas. (NR).
................................................................................................................
§ 7° - A altura máxima nas divisas laterais e de fundos poderá ser acrescida até a
altura máxima das divisas das edificações vizinhas, desde que estas estejam
legalmente construídas, independentemente do valor previsto no Anexo VI".

Art. 75 - O art. 61 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos § § 2º e 3º,
passando seu parágrafo único a vigorar como § 1º, da forma seguinte:
"Art. 61- .................................................................................................
..................................................................................................................
§ 1º - Ficam excluídas da exigência contida neste artigo:
I - as habitações unifamiliares;
II - a unidade não-residencial com área de até 60 m² (sessenta metros quadrados),
situada em terreno onde exista, além dela, somente uma edificação de uso residencial.
III - os templos e os locais de culto.
§ 2º - Para os serviços de uso coletivo de iniciativa do Poder Público e pertencentes ao
Grupo I, poderá ser reduzida a exigência de área para estacionamento de veículos,
desde que haja parecer favorável do COMPUR.
§ 3º - Até que seja regulamentada a ZEIS-2, os conjuntos residenciais multifamiliares
de interesse social de iniciativa do Poder Público ou construídos em ZEIS-2 devem
dispor de área para estacionamento de veículos na proporção de 1 (uma) vaga por 3
(três) unidades residenciais."
Art. 76 - O caput do art. 63 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a ter nova redação, ficando
o artigo acrescido de § 2º e passando seu parágrafo único a vigorar como § 1º, da
forma seguinte:
"Art. 63 - Deve ser anexada ao projeto arquitetônico de edificação aprovado pelo
Executivo a Anotação de Responsabilidade Técnica de projeto geotécnico junto ao
CREA/MG, no caso de terrenos que, em função dos serviços de terraplenagem,
tenham taludes de corte, de aterro ou mistos com altura superior a 4,00 m (quatro
metros). (NR)
§ 1º - O procedimento referido no caput também é obrigatório quando constar da
informação básica uma das seguintes situações:
I - ocorrência de várzeas ou de solo sujeito a recalque;
II - ocupação de áreas junto a córregos que possam ser inundadas;
III - ocorrência de condições que aconselhem restrições à ocupação, definidas na carta
geotécnica do Município.
§ 2º - É de responsabilidade do construtor o término das obras que visam solucionar as
condições de risco antes do início da construção predial."

Art. 77 - Os §§ 1º e 5º do art. 67 da Lei n.º 7.166, de 1996 passam a ter a seguinte


redação:
"Art. 67 - ..............................................................................................
..................................................................................................................
§ 1º - É admitida, mediante licenciamento ambiental pelo COMAM, a localização de
usos dos grupos II e III na ZP1 e em terrenos lindeiros a vias arteriais ou de ligação
regional situados na ZP2 e na ZP3. (NR)
.................................................................................................................
§ 5º As pré-escolas e os estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus somente podem
ser localizados em terrenos lindeiros a vias locais e coletoras secundárias, exceto na
ZHIP e na ZCBH, nas quais é permitido que essas atividades se localizem em terrenos
lindeiros a vias arteriais." (NR)
..................................................................................................................

Art. 78 - O art. 67 da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
8º, 9º, 10 e 11:
"Art. 67- .................................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 8º - (VETADO)
§ 9º - Nas ZE's são admitidas atividades dos grupos I, II e III, independentemente da
classificação viária, nos casos em que o estudo específico para regulamentação de
cada área não contra-indicar tais atividades.
§ 10 - Na ZE são admitidas atividades dos grupos II e III em terrenos lindeiros a vias
com menos de 10 m (dez metros) de largura, mediante parecer favorável do órgão
responsável pelo trânsito
§ 11 - É permitido ao profissional autônomo exercer na sua residência as atividades
inerentes à sua profissão, desde que obedecida a legislação ambiental e sanitária."

Art. 79 - O caput do art. 69 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 69 - O funcionamento das atividades é regulado pelas legislações de posturas,
sanitárias e outras pertinentes, estando ainda sujeito ao atendimento de medidas
definidas em lei, que possibilitem amenizar as repercussões negativas provocadas, de
acordo, entre outros, com os seguintes critérios urbanísticos: (NR) "

Art. 80 - Os incisos I e II do art. 70 da Lei n.º 7.166, de 1996 passam a ter a seguinte
redação:
"Art. 70 - ..............................................................................................
..................................................................................................................
I - empreendimentos não residenciais com mais de 120 (cento e vinte) vagas de
estacionamento;
II - empreendimentos mistos com mais de 120 (cento e vinte) vagas de
estacionamento, excetuadas as correspondentes à parte residencial, calculadas de
acordo com o art. 61 desta Lei." (NR)

Art. 81 - A Seção III do Capítulo V da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescida
dos seguintes arts. 71-A e 71-B:
"Art. 71-A - São admitidos no Grupo I os serviços de uso coletivo de iniciativa pública
com área superior à estipulada no Anexo X, desde que haja anuência prévia do
COMPUR.
Art. 71-B - No caso de aprovação de projeto em lote ou conjunto de lotes com frente
para logradouros de classificação viária diferente, poderá ser admitido para todo o
terreno o uso permitido nos lotes com frente para a via de maior hierarquia, desde que:
I - a área dos lotes com frente para as vias em que o uso pretendido é permitido
represente, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento)da área total do terreno;
II - sejam respeitados os parâmetros urbanísticos relativos a cada lote;
III - o acesso se faça pelas vias em que o uso é permitido.
Parágrafo único - A exigência contida no inciso III poderá ser dispensada mediante
licenciamento ambiental."

Art. 82 - O art. 72 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
7.º e 8.º:
"Art. 72 - ..............................................................................................
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 7º - O terreno cujo uso tenha sido vinculado quando da aprovação do parcelamento e
tenha ficado desconforme com as disposições desta Lei poderá, mediante parecer
favorável do COMPUR, ser utilizado conforme previsto no parcelamento aprovado.
§ 8.º - Para fins de aplicação do disposto no § 2.º deste artigo, entende-se como
regularmente localizado o uso não residencial estabelecido e legalmente constituído
em data anterior à vigência desta Lei e em locais permitidos pela legislação anterior."

Art. 83 - O art. 81 da Lei n.º 7166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
1.º e 2.º:
"Art. 81 - ..............................................................................................
..................................................................................................................
§ 1.º - São admitidas atividades do Grupo II em edificações horizontais:
I - na ADE do Mangabeiras, nos terrenos lindeiros à Av. dos Bandeirantes entre a
Praça da Bandeira e Rua Professor Mello Cançado;
II - na ADE do São Bento, nos terrenos lindeiros à Av. Michel Jeha.
§ 2.º - Em edificações existentes, as atividades a que se refere o parágrafo anterior
ficam isentas da exigência de limite de área."

Art. 84 - O Capítulo VI da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos


seguintes arts. 91-A e 91-B:
"Art. 91-A - A ADE do Primeiro de Maio tem o objetivo de preservar as características
tradicionais de uso e ocupação do bairro.
Parágrafo único - A altura das edificações não poderá ultrapassar dois pavimentos,
prevalecendo as demais disposições contidas nesta Lei.
Art. 91-B - A ADE do Buritis é a área que, devido à precariedade de articulação viária
da região com o restante da cidade, demanda a adoção de medidas visando inibir o
crescente adensamento, cujo processo deve ser objeto de constante monitorização por
parte do Executivo.
§ 1.º - As edificações na ADE do Buritis deverão respeitar os seguintes parâmetros:
I - Quota de Terreno por Unidade Habitacional = 60 m² (sessenta metros quadrados);
II - Coeficiente de Aproveitamento para usos não residenciais = 1,0 (um);
III - Nas quadras a montante do Parque Aggeo Pio Sobrinho, identificadas no Anexo I
desta lei, às folhas 53 e 59 pelos números 11223, 11340, 11353, 11366, 11379, 11381,
11394, 11400, 11439, 11441, 11454, 11495, 11501, 11514, 11527, 11530 e 9973, é
admitido exclusivamente o uso residencial unifamiliar e com os parâmetros do
zoneamento existente.
§ 2.º - Os empreendimentos de impacto que vierem instalar-se na ADE do Buritis
devem adotar medidas no sentido de mitigar os respectivos impactos nos acessos
principais da área da ADE."

Art. 85 - O inciso I do § 1.º do art. 95 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a ter nova
redação, acrescendo-se ao artigo § 3. º, da forma seguinte:
"Art. 95 - ................................................................................................
..................................................................................................................
§ 1º - ........................................................................................................
..................................................................................................................
I - pagamento de multa, no valor correspondente a 250 UFIR (duzentos e cinqüenta
Unidades Fiscais de Referência) por metro quadrado da gleba objeto do parcelamento
irregular, considerando-se para esta finalidade a área cadastrada para efeitos de
lançamento do Imposto Territorial do terreno em questão;" (NR)
..................................................................................................................
..................................................................................................................
§ 3º - Caso as obras de implantação do parcelamento estejam sendo executadas sem
que tenha sido expedido o Alvará de Urbanização ou em desacordo com os projetos
aprovados, o notificado fica sujeito a:
I - pagamento de multa, no valor equivalente a 150 UFIR (cento e cinqüenta Unidades
Fiscais de Referência) por metro quadrado de área aprovada no projeto de
parcelamento correspondente;
II - embargo da obra, caso a mesma continue após a aplicação da multa, com
apreensão das máquinas, equipamentos e veículos em uso no local das obras;
III - multa diária no valor de 200 UFIR (duzentas Unidades Fiscais de Referência) em
caso de descumprimento do embargo."

Art. 86 - O art. 110 da Lei 7.166, de 1966 passa a ter a seguinte redação:
" Art. 110 - O Art. 90 do Decreto - Lei n.º 84/40 passa a ter a seguinte redação:
Art. 90 - É obrigatória a instalação de elevadores ou escadas rolantes quando a
circulação vertical atingir um desnível superior a 11,00m (onze metros).
Parágrafo único - No caso de garagem, será considerado, para efeito do disposto no
caput, o desnível entre esta e a unidade a ela vinculada." (NR)

Art. 87 - O art. 114 da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 114 - Os lotes regularmente aprovados em ZPAM ou ZP-1 com área de até 500
m² (quinhentos metros quadrados) poderão utilizar os parâmetros urbanísticos da ZP2."
(NR)

Art. 88 - O Capítulo VIII da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido do
seguinte art. 116-A:
"Art. 116-A- Para valores numéricos fracionários resultantes da aplicação da Quota de
Terreno por Unidade Habitacional, adota-se a seguinte regra:
I - Os valores entre 0.01 (um centésimo) e 0.50 (cinqüenta centésimos). inclusive. são
arredondados para o número inteiro imediatamente inferior..
II - Os valores entre 0,50 (cinqüenta centésimos) e 1,00 (um inteiro), exclusive, são
arredondados para o número inteiro imediatamente superior."

Art. 89 - O Capítulo IX da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar acrescido dos
seguintes arts. 13, 14 e 15:
"Art. 13 - As intervenções nas ADE´s de Interesse Ambiental devem ser analisadas
pelo órgão responsável pelo meio ambiente, até que legislação específica entre em
vigor.
Art. 14 - Nos terrenos classificados como ZEIS-2, até que seja aprovada legislação
específica, serão adotados os parâmetros urbanísticos da maior zona limítrofe.
Art. 15 - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da promulgação desta Lei, o
Executivo enviará à Câmara Municipal projeto de lei estabelecendo novas ZEIS-2."

Art. 90 - As definições dos termos abaixo relacionados no Glossário constante do


Anexo I da Lei n.º 7.166, de 1996 passam a ter a seguinte redação:
I - Cobertura - Último pavimento de uma unidade residencial em edificação com mais
de duas unidades autônomas agrupadas verticalmente;
II - Pavimento - Espaço de uma edificação situado no mesmo piso, excetuados o
subsolo. o jirau. a sobreloja, o mezanino, o sótão, a caixa d'água, a casa de máquina
dos elevadores e a caixa de circulação vertical;
III - Subsolo:
a) terrenos em aclive: Espaço de uma edificação cuja laje de cobertura esteja situada
em nível inferior ao do terreno circundante, no seu todo ou em parte;
b) terrenos planos ou em declive: Espaço da Edificação que atenda pelo menos a uma
das seguintes condições:
1 - O piso esteja abaixo do ponto mais baixo do alinhamento;
2 - A laje de cobertura esteja abaixo do ponto mais alto do alinhamento.

Art. 91 - Os Anexos II, IV e XII da Lei n.º 7.166, de 1996, referentes ao Zoneamento,
Classificação Viária e Áreas de Diretrizes Especiais, passam a vigorar com as
alterações representadas no Mapa constante do Anexo II desta Lei.

Art. 92 - O Anexo V da Lei nº 7.166, de 1996 passa a vigorar com os acréscimos


indicados na Tabela constante do Anexo III desta Lei.

Art. 93 - (VETADO)

Art. 94 - O Anexo VIII da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar com as seguintes
alterações em relação à exigência de vagas para uso residencial multifamiliar em
terrenos lindeiros a vias coletoras ou locais:
I - 1 (uma) vaga por 3 (três) unidades, para unidades com área menor ou igual a 47 m²
(quarenta e sete metros quadrados);
II - 2 (duas) vagas por 3 (três) unidades, para unidades com área superior a 47 m²
(quarenta e sete metros quadrados) e menor ou igual a 60 m² (sessenta metros
quadrados);
III - 1 (uma) vaga por unidade para unidades com área superior a 60 m² (sessenta
metros quadrados).

Art. 95 - O Anexo X da Lei n.º 7.166, de 1996 passa a vigorar com a listagem constante
do Anexo V desta Lei.

Art. 96 - Ficam revogadas as seguintes disposições da Lei n.º 7.166, de 1996:


I - § 4.º do art. 46;
II - art. 49;
III - art.55;
IV - § 3.º do art. 93.
CAPÍTULO III
DA REGULAMENTAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE ATIVIDADES CAUSADORAS
DE REPERCUSSÕES NEGATIVAS

Art. 97 - As atividades causadoras de repercussões negativas ficarão submetidas ao


seguinte:
I - adoção das seguintes medidas mitigadoras, que serão exigidas em função da
análise das características da atividade:
a) aprovação de projeto arquitetônico específico;
b) reserva de área de embarque/ desembarque para veículos leves;
c) reserva de área de carga e descarga;
d) previsão de número adicional de vagas de estacionamento;
e) relocação ou recuo do controle de acesso de veículo à edificação;
f) implantação de sinalização ou equipamentos de controle de tráfego;
g) reserva de área interna mínima compatível com o exercício da atividade;
h) aprovação de projeto específico de prevenção e combate a incêndios;
i) implantação de sistema de alarme e segurança;
j) autorização por parte do órgão de segurança específico;
k) apresentação de seguro contra incêndio;
l) adoção de sistemas de ventilação local exaustora ou de controle de poluição do ar
baseados na tecnologia aplicável à situação;
m) processo de umidificação permanente;
n) incineração em pós-queimador de acordo com critérios estabelecidos na legislação
ambiental em vigor;
o) adoção de mecanismo de pré tratamento dos efluentes, enquadrando-os nos
padrões vigentes na legislação ambiental, antes de seu lançamento no corpo receptor;
p) apresentação de levantamento radiométrico expedido pela Comissão Nacional de
Energia Nuclear - CNEN, com avaliação das medidas adotadas para contenção de
radiações;
q) implantação de sistemas de isolamento acústico, de isolamento de vibrações ou
construção de local confinado para realização de operações ruidosas, obedecidas as
normas legais de construção, iluminação e ventilação.

II - atendimento aos padrões e critérios estabelecidos na legislação ambiental em vigor


relativos à emissão de ruídos ou de efluentes em decorrência do exercício das
atividades.

§ 1.º - O Anexo VI desta Lei relaciona usos não residenciais com as repercussões dos
tipos listados nos incisos IV a VI do art. 66 da Lei n.º 7.166, de 1996 e as respectivas
medidas mitigadoras, entre as enumeradas no inciso I deste artigo.
§ 2.º - As medidas previstas na alínea "f" do inciso I deste artigo serão exigidas, a
critério do órgão competente, sempre que houver interferência significativa na
circulação de veículos ou pedestres.
§ 3.º A medida prevista na alínea "g" do inciso I deste artigo aplica-se a todas as
atividades, não sendo admitida a utilização de espaços públicos para o exercício das
mesmas.
§ 4.º A adoção de medidas mitigadoras para correção de irregularidades ambientais
basear-se-á na melhor tecnologia viável para cada caso, submetida a aprovação da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
§ 5.º A concessão do Alvará de Localização e Funcionamento para as atividades de
repercussão tipo V ou VI será precedida de parecer técnico favorável do órgão
responsável pelo controle ambiental, subsidiado por dados ambientais e urbanísticos e
por informações prestadas pelo próprio interessado, contendo dados qualitativos e
quantitativos referentes ao funcionamento da atividade.
§ 6.º O art. 1.º do Capítulo IX - das Disposições Transitórias da Lei n.º 7.166, de 1996
deixa de vigorar, tendo em vista o disposto neste artigo.

Art. 98 - Ao classificar uma atividade, nos termos do § 3.º do art. 67 da Lei n.º 7.166, de
1996, o COMPUR deverá definir os tipos de repercussão que a mesma provoca e as
respectivas medidas mitigadoras a serem exigidas.

Art. 99 - Todas as atividades dos Grupos II e III são consideradas atratoras de veículos
e devem respeitar os parâmetros contidos no Anexo VII desta Lei.
Parágrafo único - As vagas referidas no Anexo VII terão, no mínimo, as seguintes
dimensões, além dos espaços necessários ao acesso, circulação e manobra de
veículos:
I - estacionamento ou embarque e desembarque: 2,30 m (dois metros e trinta
centímetros) de largura por 4,50 m (quatro metros e cinqüenta centímetros) de
comprimento:
II - carga e descarga: 3,00 m (três metros) de largura por 9,00 m (nove metros) de
comprimento , por 4,00 m (quatro metros) de altura.
CAPÍTULO IV
DA REGULAMENTAÇÃO DA ADE DE SANTA TEREZA

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 100 - A ADE de Santa Tereza é definida pela Lei n.º 7.166/96 como área que, em
função das características ambientais e da ocupação histórico-cultural, demanda a
adoção de medidas especiais para proteger e manter o uso predominantemente
residencial.
Parágrafo único - A delimitação da ADE de Santa Tereza é a representada no Anexo II
da Lei n.º 7.166, de 1996.
Seção II
Dos Parâmetros Urbanísticos

Art. 101 - Os parâmetros urbanísticos para a ADE de Santa Tereza são aqueles
definidos pela Lei n.º 7166, de 1996, que não contrariem o disposto nesta Lei e aqueles
definidos neste Capítulo.
Parágrafo único - Os parâmetros urbanísticos para a área classificada como ZEIS pela
Lei n.º 7.166, de 1996 serão definidos em lei específica.

Art. 102 - Imóveis situados na ADE de Santa Tereza somente podem receber
transferência do direito de construir, nos termos da lei, proveniente da mesma ADE.

Art. 103 - O coeficiente de aproveitamento é de 1,20 (um inteiro e vinte centésimos)


para as edificações de uso residencial e de 1,00 (um inteiro) na parte não residencial
das edificações de uso misto e nas edificações de uso não residencial.
Parágrafo único - O cálculo do coeficiente de aproveitamento é feito conforme o
estabelecido no art. 46 da Lei n.º 7.166, de 1996.

Art. 104 - A quota de terreno por unidade habitacional é de 50 m²/unidade (cinqüenta


metros quadrados de terreno por unidade habitacional).

Art. 105 - A altura máxima permitida às edificações é de 15,00m (quinze metros)


contados a partir de qualquer ponto do terreno natural, exceto no caso de edificações
situadas em lotes lindeiros às ruas Hermílio Alves, Mármore e Salinas, às praças
Duque de Caxias, Ernesto Tassini, Marechal Rondon, Coronel José Persilva e ao largo
formado pelas esquinas das ruas Quimberlita, Tenente Freitas, Bocaiúva e Bom
Despacho, em que a altura máxima permitida, a partir de qualquer ponto do terreno
natural, é de:
I - 9,00m (nove metros), até a profundidade de 20,00m (vinte metros), a partir do
alinhamento;
II - 15,00m (quinze metros), no restante do terreno.

§ 1.º - As edificações situadas em lotes lindeiros a imóveis considerados de interesse


de preservação cultural pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município
não podem ultrapassar 9,00m (nove metros) de altura em ponto algum do terreno
natural.
§ 2.º - Excetuam-se dos limites máximos de altura definidos neste artigo os volumes
correspondentes às caixas d'água e casas de máquinas.

Art. 106 - A taxa de permeabilização mínima é de 20% (vinte por cento) da área do
lote, não se aplicando o disposto nos §§ 2º, 3º e 4º, do art. 50, da Lei nº 7166, de 1996.

Art. 107 - Tendo em vista a necessidade de composição volumétrica de nova


edificação em conjunto arquitetônico construído no alinhamento, considerado de
interesse de preservação, é facultada a construção sem afastamento frontal, desde que
a nova edificação não ultrapasse a altura máxima das edificações lindeiras e respeite
os demais parâmetros urbanísticos.

Art. 108 - Os afastamentos mínimos laterais e de fundo dos pavimentos são os


definidos nos arts. 54 e 55 da Lei nº 7.166, de 1996 não se aplicando o disposto no §
5º do art. 54.

Art. 109 - As edificações poderão ser construídas sem afastamentos laterais e de fundo
até a altura máxima de 5,00m (cinco metros).
§ 1.º- As edificações horizontais, destinadas ao uso residencial multifamiliar, poderão
ser construídas sem afastamentos laterais e de fundo até a altura máxima de 7,00m
(sete metros), desde que a parte da edificação sem afastamento não ultrapasse 40%
da extensão da respectiva divisa.
§ 2.º - A altura máxima permitida na divisa deverá ser calculada tendo como referência
de nível o terreno natural em seus respectivos pontos.

Art. 110 - Na ADE de Santa Tereza, a Classificação de Usos é a definida pelo Anexo
VIII desta Lei.
Parágrafo único - Além das atividades previstas no Anexo VIII desta Lei, é permitido o
funcionamento de atividades nos termos da Lei n.º 6.831, de 17 de janeiro de 1995,
estendendo-se a iniciativa a autônomos.

Art. 111 - Será permitida a permanência no local de usos regularmente instalados em


data anterior à publicação desta Lei, mas não será permitida a emissão de novo Alvará
de Localização para atividade que não se enquadre nos usos permitidos para a ADE
de Santa Tereza.
Parágrafo único - Não se aplica o disposto no caput no caso de uso não residencial
regularmente instalado em edificações aprovadas e a ele especificamente destinadas.
Seção III
Da Gestão Urbana

Art. 112 - Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais de Santa TEREZA -
FADE DE SANTA TEREZA - com o objetivo de acompanhar as decisões e ações
relativas a essa ADE, encaminhando sugestões às comissões temáticas do poder
legislativo.
§ 1.º - O FADE DE SANTA TEREZA é composto por 7 (sete) membros efetivos e
respectivos suplentes, a saber:
I - 5 (cinco) representantes dos vários setores da comunidade local;
II - 1 (um) profissional com experiência em urbanismo, indicado pela associação dos
moradores de Santa Tereza;
III - 1 (um) representante da Administração Regional Leste.

§ 2.º- Os mandatos do FADE DE SANTA TEREZA não serão remunerados e terão a


duração de 2 (dois) anos, podendo seus membros serem reeleitos ou reconduzidos
para mais 1(um) mandato;
§ 3.º - O FADE DE SANTA TEREZA reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, ou
extraordinariamente, quando se fizer necessário.
§ 4.º - A Administração Regional prestará apoio técnico e administrativo para o
funcionamento do FADE DE SANTA TEREZA .
§ 5.º - As reuniões serão públicas, facultando-se aos munícipes da comunidade local
solicitar, por escrito e com justificativa, a inclusão de assunto de seu interesse na pauta
da reunião subsequente.

Art. 113 - Fica instituída uma comissão provisória, com a atribuição de convocar
assembléia plenária para a indicação dos representantes da comunidade e de efetivar
a implementação do FADE DE SANTA TEREZA.
§ 1º - Esta comissão é composta por 1 (um) representante da Administração Regional
Leste, que a coordenará, e por 3 (três) representantes da comunidade.
§ 2º - O prazo para a convocação da assembléia plenária é de 60 (sessenta dias) após
a promulgação desta lei.
CAPÍTULO V
DA OPERAÇÃO URBANA DO ISODORO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 114 - Em conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165, de 27 de


agosto de 1996, do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, fica aprovada a
Operação Urbana do Isidoro, compreendendo intervenções com o objetivo de
promover a ocupação ordenada da Região do Isidoro, através da implantação de
sistema viário e equipamentos que dotem a região da infra-estrutura necessária ao seu
desenvolvimento econômico, ambiental e urbano.
Parágrafo único - A área da operação urbana prevista nesta Lei é delimitada no mapa
constante do Anexo IX.

Art. 115 - A Operação Urbana do Isidoro compreende intervenções coordenadas pela


Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e executadas em parceria com empreendedores
particulares, tendo por objeto:
I - implantação do trecho da Via 540 entre a Av. Cristiano Machado e a MG-020,
excluída a interseção da Via 540 com a Av. Cristiano Machado;
II - tratamento paisagístico das áreas públicas componentes do projeto da via,
contemplando áreas de convivência, praças e áreas verdes e calçadões;
III - implantação dos parques municipais previstos no plano urbanístico da região.

§ 1º - A Via 540 é uma via de ligação regional prevista para interligar a Av. Cristiano
Machado e MG-20.
§ 2º - Os parques municipais referidos no inciso III são áreas de domínio público
destinadas à conservação dos recursos naturais existentes, devido à sua importância
no contexto ambiental da região, à sua beleza e ao seu valor científico e de lazer.

Art. 116 - O prazo de vigência da Operação Urbana do Isidoro é de 6 (seis) anos,


contados da publicação desta Lei.

Art. 117 - Fica assegurada aos proprietários, incorporadores, compromissários


compradores ou possuidores de imóveis localizados na área objeto da Operação
Urbana referida no art. 114 a opção de utilizar os benefícios referidos neste Capitulo,
com os respectivos encargos, e observadas as demais disposições legais vigentes
aplicáveis à matéria.

Art. 118 - Para efeito da presente Operação Urbana, considera-se outorga onerosa a
possibilidade do exercício do direito de construir com os parâmetros urbanísticos e
admissibilidade de usos previstos no Anexo XI.
Seção II
Do Plano Urbanístico

Art. 119 - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana do Isidoro


engloba:
I - o plano geral da região, descrito neste capítulo e representado no mapa constante
do Anexo IX;
II - as diretrizes gerais para o sistema viário básico da região, representadas no mapa
constante do Anexo X;
III - os parâmetros urbanísticos e a permissividade de usos específicos desta
Operação, constantes do Anexo XI.

Art. 120 - Para efeito da operação urbana de que trata esta Lei, a Região do Isidoro fica
subdividida, conforme representado no mapa constante do Anexo IX, em:
I - Área 1, passível de densidades mais elevadas e grandes equipamentos urbanos, em
virtude da existência de glebas extensas e contínuas com condições de relevo,
declividade e drenagem mais propícias à ocupação, inexistência de cobertura vegetal
expressiva e previsão de condições favoráveis de acessibilidade;
II - Área 2, em que a ocupação e o adensamento deverão sofrer restrições, por
apresentarem vertentes muito onduladas e predominantemente de alta declividade,
ocorrência de linhas de drenagem muito próximas, cobertura vegetal significativa e
maior dificuldade de articulação viária;
III - Área 3, destinada à implantação dos parques municipais referidos no art. 115, III,
sem prejuízo de outras disposições desta Lei.

Art. 121 - As glebas situadas na Área 1 e Área 2 ficam submetidas aos seguintes
critérios especiais de parcelamento do solo, mantidas as normas gerais contidas no
Capítulo II, da Lei nº 7166/96, de 27 de agosto de 1996, naquilo que com elas não
conflitarem:
I - o percentual mínimo de espaços livres de uso público destinados a área verde é de
8% (oito por cento) da gleba a ser parcelada, podendo este percentual ser reduzido
para até 5% (cinco por cento), a critério do órgão municipal responsável pelo
fornecimento de diretrizes para parcelamento do solo, no caso de projeto que
apresente demanda especial de áreas para implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
II - 75% (setenta e cinco por cento) da área referida no inciso I será transferida ao
Município mediante depósito do respectivo valor no Fundo da Operação Urbana,
devendo os recursos apurados ser aplicados na implantação dos parques municipais
previstos nesta Operação;
III - os terrenos identificados como não parceláveis, nos termos dos incisos III e IV do
art. 16 da Lei 7.166 de 1996 serão considerados unidades de conservação e poderão
ser computados para efeito do cálculo de espaços livres de uso público, mediante
parecer técnico ambiental favorável ao seu aproveitamento como jardins e similares, a
serem mantidos e custeados pelos proprietários de lotes contíguos.

Art. 122 - As faixas lindeiras à Via 540, com a largura de 150 m (cento e cinqüenta
metros) contados do eixo da via, ficam sujeitas a tratamento especial no âmbito desta
Operação, em virtude de seu acesso privilegiado à via, e tendo em vista a valorização
desta faixa como eixo de estruturação de toda a área da Operação Urbana.

Art. 123 - O sistema viário básico da região do Isidoro, cujas diretrizes são
representadas no Anexo X, é composto por:
I - um sistema principal, constituído pela Via 540;
II - um sistema secundário, constituído pelas vias Arteriais e Coletoras previstas para a
região, conforme mapa constante do Anexo X, que servirá também como diretriz na
concepção do sistema viário local, a ser aprovado quando do parcelamento do solo.
Seção III
Da Implementação da Operação Urbana

Subseção I
Da Participação

Art. 124 - A implantação do objeto da Operação Urbana implica a participação dos


seguintes agentes:
I - poder público municipal;
II - proprietários de glebas situadas na Área 1 e Área 2, que empreenderem o
parcelamento de seus terrenos;
III - proprietários de glebas situadas na Área 3, que formalmente renunciarem ao
parcelamento de seus terrenos.

Art. 125 - A participação do Poder Público municipal dar-se-á mediante:


I - aplicação de 50% (cinqüenta por cento) do custo total do objeto da operação urbana
no Fundo Municipal instituído por esta Lei;
II - elaboração, aprovação e implantação dos projetos executivos da Via 540 e dos
parques previstos nesta Operação.

Parágrafo único - O prazo máximo de elaboração e aprovação dos projetos é de 18


(dezoito) meses contados da entrada em vigor desta Lei.
Subseção II
Da outorga onerosa

Art. 126 - Os proprietários de glebas situadas na Área 1 e Área 2 poderão beneficiar-se


da outorga onerosa estabelecida por esta Lei, mediante:
I - depósito em pecúnia no fundo da Operação Urbana do Isidoro, no ato de aprovação
dos projetos de parcelamento do solo;
II - transferência ao Município de terreno destinado à implantação parcial do trecho da
via 540 previsto nesta operação;
III - implantação de trecho da via.

Art. 127 - Os valores individuais da contrapartida dos empreendedores particulares,


retratando o rateio de 50% (cinqüenta por cento) do custo total "x" do objeto da
Operação Urbana, serão calculados em função da extensão "A L" da área líquida e da
valorização relativa das glebas a serem parceladas, dada sua localização, da forma
seguinte:
x
I - Área 1: contribuição = ---- A L (0,22 x 10 -6),
2

onde 0,22 x 10 -6 é o fator de proporcionalidade de rateio correspondente à Área 1;

x
II - Área 2: contribuição = ---- A L (0,10 x 10 -6),
2

onde 0,10 x 10 -6 é o fator de proporcionalidade de rateio correspondente à Área 2;

x
III - Faixa lindeira à Via 540: contribuição = ---- A L (0,68 x 10 -6),
2

onde 0,68 x 10 -6 é o fator de proporcionalidade de rateio correspondente à faixa


lindeira à Via 540.

§ 1º - Entende-se como área líquida a área passível de ser convertida em lotes.


§ 2º - O recolhimento das contra partidas estabelecidas neste artigo implica na adoção
dos parâmetros urbanistas constantes do Anexo XI.
§ 3º - O custo total x, definido no caput esta limitado ao valor de R$ 25.000.000,00
(vinte e cinco milhões de reais) sendo reajustado de acordo com o art. 135,
considerado a data da aprovação desta Lei e a data da aprovação desta Lei e a data
da contratação de cada operação urbana.
Subseção III
Dos mecanismos compensatórios

Art. 128 - Ficam os proprietários de glebas situadas na Área 3 autorizados a transferir o


potencial construtivo resultante do Coeficiente de Aproveitamento estabelecido pela Lei
nº 7.166 de 1996.
Parágrafo único - A adesão do proprietário de gleba situada em Área 3 à Operação
Urbana, nas condições previstas nesta Lei, será efetivada pelo requerimento de
UTDC's (Unidades de Transferência do Direito de Construir), na forma regulamentar.
Seção IV
Do Fundo da Operação Urbana do Isidoro

Art. 129 - Fica instituído o Fundo da Operação Urbana do Isidoro, de natureza contábil,
com autonomia administrativa e financeira, com o objetivo de custear a implantação do
trecho da via 540 e dos parques municipais previstos nesta operação.

Art. 130 - Constituem receitas do Fundo da Operação Urbana do Isidoro:


I - recursos oriundos de aplicações do Executivo Municipal, disponibilizados através Lei
Orçamentária Anual;
II - recursos oriundos da contrapartida dos empreendedores particulares participantes
da Operação Urbana;
III - outros.

Art. 131 - Os recursos do Fundo da Operação Urbana do Isidoro serão aplicados em:
I - elaboração dos projetos executivos;
II - desapropriação de terrenos necessários à implantação dos objetos da Operação
Urbana;
III - execução das obras previstas na Operação Urbana.

Art. 132 - O Fundo da Operação Urbana do Isidoro será gerido pela SUDECAP, em
consonância com as deliberações do Comitê de Acompanhamento de que trata o art.
134 desta Lei.
Parágrafo único - O controle interno da gestão orçamentária, financeira, contábil e
patrimonial é de responsabilidade da SUDECAP, que deverá publicar, para fins de
prestação de contas, balancetes, balanços e demais demonstrativos contábeis do
recebimento e aplicação dos recursos processados pelo Fundo da Operação Urbana
do Isidoro, nos termos da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 133 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos especiais no montante de R$


1.000.000,00 (um milhão de reais), para atender a instituição do Fundo da Operação
Urbana do Isidoro, podendo ser reabertos nos limites dos seus saldos para o exercício
seguinte, nos termos dos arts. 40 a 43, 45 e 46 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de
março de 1964.
Parágrafo único - O valor citado no caput refere-se à elaboração dos projetos
executivos do trecho da Via 540 e dos parques municipais previstos na operação
urbana.
Seção V
Disposições Finais

Art. 134 - Fica criado o Comitê de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro,


com atribuição deliberativa e fiscalizadora da aplicação dos recursos oriundos da
Operação Urbana.
Parágrafo único - O Comitê referido no caput será constituído por 4 (quatro) membros,
a saber:
I - 1 (um) representante da SUDECAP;
II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Planejamento;
III - 1 (um) representante da BHTRANS;
IV - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Art. 135 - O custo de implantação dos projetos previstos na operação urbana será
reajustado anualmente, com base no Índice Nacional da Construção Civil - INCC, da
Fundação Getúlio Vargas.

Art. 136 - São parte integrante desta Lei:


I - Anexo IX - Plano Geral da Operação Urbana do Isidoro;
II - Anexo X - Diretrizes especiais para o sistema viário;
III - Anexo XI - Parâmetros autorizados na operação urbana do Isidoro.
CAPÍTULO VI
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DAS ZEIS-1 E ZEIS-3

Seção I
Do PROFAVELA

Art. 137 - O Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA - é o


instrumento destinado a regular os processos de urbanização e de regularização
fundiária das Zonas de Especial Interesse Social 1 (ZEIS-1) e das Zonas de Especial
Interesse Social 3 (ZEIS-3), estabelecendo critérios especiais de parcelamento,
ocupação e uso do solo, nos termos do Parágrafo único do art. 57 da Lei nº 7.165, de
27 de agosto de 1996, e dos arts. 12 e 43 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996,
bem como o art. 12 - Das Disposições Transitórias da mesma Lei.
§ 1º - As ZEIS-1 são as "regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa
renda, nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais de
urbanização e de regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção da
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e a sua integração à malha urbana".
§ 2º - As ZEIS-3 são "regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado
conjuntos habitacionais de interesse social".
§ 3º - Compete ao Executivo proceder à descrição narrativa do polígono das áreas
delimitadas no Anexo da Lei nº 7.166 de 1996, como ZEIS-1 e ZEIS-3.

Art. 138 - O PROFAVELA tem como objetivo orientar as ações públicas ou privadas
que impliquem na urbanização ou na regularização fundiária das ZEIS-1 e das ZEIS-3.
Parágrafo único - A regularização fundiária das ZEIS compreende os processos de
regularização urbanística e de regularização jurídica do domínio da terra em favor dos
ocupantes, visando:
I - melhorar a qualidade de vida da população;
II - adequar a propriedade do solo a sua função social; e
III - exercer efetivamente o controle sobre o solo urbano.
Seção II
Dos Planos Globais Específicos para Intervenção Estrutural

Art. 139 - Fica instituída a figura dos Planos Globais Específicos a serem elaborados
para cada ZEIS-1 e ZEIS-3 sob a coordenação do Executivo, com aprovação do
Conselho Municipal de Habitação - CMH e ouvido Conselho Municipal de Política
Urbana - COMPUR.

Art. 140 - Os Planos Globais Específicos para cada ZEIS deverão considerar três
níveis de abordagem: físico-ambiental, jurídico-legal e sócio-organizativo, elaborados
concomitamente e contendo, no mínimo:
I - levantamento de dados referente à situação jurídico-legal, sócio organizativa e
físico-ambiental;
II - diagnóstico integrado da situação sócio-organizativa, físico-ambiental e jurídico-
legal;
III - proposta integrada de intervenção social, física e de regularização fundiária;
IV - cronograma de implantação das atividades, com priorização de intervenções e
estimativas de custo; e
V - as diretrizes para Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.

Parágrafo único - Para efeito de ordenação territorial, o Plano Global Específico para
cada ZEIS-1 e ZEIS-3 poderá subdividi-las em áreas de categorias diferenciadas, em
função dos potenciais de adensamento, da necessidade de proteção ambiental e das
características de expansão das mesmas, sujeitas a índices ou parâmetros
urbanísticos próprios.

Art. 141 - Os Planos Globais Específicos poderão ser alterados mediante parecer
favorável da URBEL, que ateste sua necessidade e/ou conveniência, considerando-se
a grande dinâmica das áreas em questão, bem como a necessidade de adequá-los no
decorrer do tempo à lógica de desenvolvimento e crescimento das comunidades-alvo.
Parágrafo único - O Conselho Municipal de Habitação - CMH aprovará também as
modificações e revisões dos Planos Globais Específicos.

Art. 142 - Os Planos Globais Específicos das áreas ZEIS-1 e ZEIS-3 e suas eventuais
alterações deverão ser aprovados por decreto.
Seção III
Do Parcelamento do Solo

Art. 143 - Os projetos de parcelamento das ZEIS-1 e ZEIS-3 serão aprovados pelo
Executivo a título de urbanização específica de interesse social, em conformidade com
o art. 4º, inciso II, da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979.
§1º - O sistema viário nas ZEIS-1 e ZEIS-3 compor-se-á de avenidas, alamedas,
travessas, ruas, escadarias, e becos ou passagens de uso comum, conforme a Lei nº
6.916, de 1º de agosto de 1995, e será incorporado ao domínio público, uma vez
aprovado o registro do projeto de parcelamento do solo.
§ 2º - As vias veiculares caracterizar-se-ão conforme os parâmetros abaixo:
I - em vias de mão-dupla a pista de rolamento deverá ter largura mínima de 5,00 m
(cinco metros);
II - em vias de mão-única a pista de rolamento deverá ter largura mínima de 2,50 m
(dois metros e meio);
III - nas vias de mão-única com pista de rolamento com largura entre 2,50 m (dois
metros e meio) e 5,00 (cinco metros), quando não houver cruzamentos com outras vias
veiculares, deverão ser previstas baias de acostamento no mínimo a cada 100 m (cem
metros) de extensão da via;
IV - a declividade máxima será de 25% (vinte cinco por cento), exceto em pequenos
trechos para viabilização de concordâncias; e
V - dever-se-á garantir o passeio com largura mínima de 1,00 m (um metro), em pelo
menos um lado da via.

§ 3º - As vias de pedestres caracterizar-se-ão conforme os parâmetros abaixo:


I - a largura mínima da faixa de circulação deverá ser de 1,20 m (um metro e vinte
centímetros);
II - a declividade máxima em rampas deverá ser de 15% (quinze por cento); e
III - em declividades acima de 15% (quinze por cento) dever-se-ão intercalar rampas e
escadas com lances de no máximo 16 (dezesseis) degraus.

§ 4º - Somente serão aprovados lotes que tiverem frente de, no mínimo, 1,20 m (um
metro e vinte centímetros).
§ 5º - O Executivo estimulará o parcelamento do solo nas áreas ocupadas pelas ZEIS-
1 e ZEIS-3, sempre que necessário à implantação do respectivo Plano Global
Específico e à melhoria da qualidade de vida do conjunto da população, através de
operações compensatórias, entre moradores e Administração Pública, conforme
previsto na Lei nº 7.165/96.

Art. 144 - Para o parcelamento do solo de cada ZEIS deverá ser elaborado:
I - levantamento topográfico planialtimétrico cadastral; e
II - pesquisa sócio-econômica, físico-ambiental e jurídico-legal, de forma censitária.

§ 1º - Após a realização da pesquisa censitária e do levantamento topográfico


planialtimétrico cadastral, a construção, ampliação ou reforma de edificações fica
condicionada a parecer favorável da URBEL que verificará as implicações da obra
proposta com o Plano Global Específico da área.
§ 2º - A pesquisa sócio-econômica, físico-ambiental e jurídico-legal indicará os
ocupantes responsáveis pelos lotes e servirá de referência para o processo de
regularização fundiária da área.

Art. 145 - Não será permitido, nas ZEIS-1 e nas ZEIS-3, o parcelamento do solo nas
seguintes áreas:
I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, a menos que sejam tomadas
providências para assegurar o escoamento das águas;
II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
que sejam previamente saneados;
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 47% (quarenta e sete por cento),
salvo apreciação técnica que ateste a viabilidade do parcelamento;
IV - em terrenos em que seja tecnicamente comprovado que as condições geológicas
não aconselham edificações;
V - nas áreas em que a degradação ambiental impeça condições sanitárias
suportáveis, até sua correção; e
VI - em áreas estabelecidas por lei como preservação histórica e ambiental.

Art. 146 - O percentual de reserva de áreas destinadas à implantação de equipamentos


urbanos e comunitários, sistema de circulação e espaços para lazer e recreação nas
ZEIS-1 e nas ZEIS-3 será estabelecido nos respectivos projetos de parcelamento do
solo.
Parágrafo único - A reserva de áreas destinadas à implantação de equipamentos
urbanos e comunitários deverá ser suficiente, no mínimo, para promover o atendimento
adequado da população residente.

Art. 147 - Para aprovação do projeto de parcelamento do solo, integral ou parcial, das
ZEIS-1 e ZEIS-3, o interessado deverá encaminhar ao órgão da Administração
Municipal responsável a relação de documentos constantes do Anexo XII desta Lei.
Parágrafo único - A planta ou plantas integrantes do projeto de parcelamento serão
elaboradas de acordo com as diretrizes técnicas fornecidas ao interessado pela
Administração Municipal.
Art. 148 - Fica instituída a figura do Lote Padrão.
Parágrafo único - Considera-se Lote Padrão a área básica, em metros quadrados,
fixada para cada ZEIS-1 ou ZEIS-3, com dimensão estabelecida por parâmetros
estatísticos referentes às áreas dos lotes resultantes do levantamento planialtimétrico
cadastral.

Art. 149 - A partir da aprovação do projeto de parcelamento do solo da ZEIS respectiva,


o Lote Padrão servirá de parâmetro para modificação de parcelamento, sendo
aprovado o pedido quando gerar diminuição da desconformidade existente entre a área
do Lote Padrão e a área dos lotes cuja modificação de parcelamento se pretende.
Parágrafo único - Nos pedidos de modificação de parcelamento a diminuição da
desconformidade deverá ser observada para os lotes resultantes, autonomamente
considerados.

Art. 150 - Os pedidos de modificação do parcelamento do solo aprovado para as ZEIS-


1 e ZEIS-3 serão instruídos com os documentos constantes do Anexo XII desta Lei.

Art. 151 - Nas ZEIS-1 e nas ZEIS-3 os lotes deverão atender às condições básicas de
habitabilidade, acesso e segurança, resguardando a área mínima de 40 m² (quarenta
metro quadrados) e área máxima de 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados),
exceto:
I - aqueles destinados à implantação de atividades institucionais promovidas pelo
Poder Público ou de uso coletivo, classificados nos Grupos I, II e III do Anexo X da Lei
nº 7.166/96; e
II - aqueles destinados a reassentamentos de famílias moradoras da ZEIS em questão,
definidos quando da aprovação do parcelamento do solo da ZEIS.

§ 1º - Os lotes com área inferior ou superior aos limites acima definidos deverão ser
objeto de avaliação técnica específica realizada por Comissão Técnica da URBEL, a
ser instituída pelo Executivo, bem como aprovação da URBEL que:
I - ateste as condições básicas de habitabilidade, acesso e segurança, condições estas
que deverão ser analisadas em conformidade com sua destinação de uso, para os
lotes com área inferior a 40 m² (quarenta metros quadrados); e
II - justifique a conveniência e/ou necessidade de aprovação de lotes com área superior
a 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados);

§ 2º - Sempre que necessário à melhoria da qualidade de vida do conjunto das famílias


moradoras das ZEIS-1 e ZEIS-3, deverá ser promovida a redivisão das áreas
densamente ocupadas estabelecendo-se, inclusive, medidas compensatórias às
benfeitorias atingidas.
§ 3º - Os lotes resultantes das modificações de parcelamento visando assentamentos e
reassentamentos multifamiliares, posteriores à aprovação do parcelamento da ZEIS em
questão, deverão obedecer a área máxima de 250 m² (duzentos e cinqüenta metros
quadrados), independente do aumento da desconformidade em relação ao Lote
Padrão.

Art. 152 - As normas relativas ao Lote Padrão, ao uso e a ocupação do solo de cada
ZEIS serão objeto de decreto específico, que também aprovará o projeto de
parcelamento do solo da área.
Seção IV
Das Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo

Art. 153 - As condições de uso e ocupação do solo de cada núcleo, integrante das
ZEIS-1 e ZEIS-3, serão regidas por decreto específico, visando:
I - assegurar a observância de padrões mínimos de urbanização, segurança, acesso,
higiene, salubridade e conforto das edificações;
II - orientar a regularização das edificações já existentes;
III - orientar o projeto e a execução de reforma, ampliações e novas edificações;
IV - orientar as categorias de uso permitidos, bem como sua localização; e
V - evitar o processo de expulsão indireta dos moradores da ZEIS, provocado pela
valorização do uso do solo, decorrente da implantação de atividades.
Subseção I
Dos Usos Permitidos

Art. 154 - Não serão permitidas atividades econômicas nas ZEIS-1 e ZEIS-3 sem
alvará de funcionamento e localização.
Art. 155 - Os usos permitidos nas ZEIS-1 e ZEIS-3 serão aqueles constantes das
Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão, quando se tratar
de áreas já regularizadas.
Parágrafo único - As ZEIS-1 e ZEIS-3 ainda não regularizadas deverão seguir os
parâmetros nesta seção discriminados.

Art. 156 - As ZEIS-1 e ZEIS-3 são predominantemente de uso residencial sendo


admitidos também os usos não residencial e misto, nos termos do art. 64 da Lei nº
7.166 de 1996.
Parágrafo único - As atividades de uso não residencial deverão ser caracterizadas na
categoria de uso misto, salvo em casos especiais em função das características dos
lotes ou regiões no interior das respectivas ZEIS, em conformidade com o decreto
específico das Normas de Uso e Ocupação do Solo da área.

Art. 157 - As atividades permitidas nas ZEIS-1 e ZEIS-3 serão aquelas constantes do
Grupo I do Anexo X da Lei nº 7.166 de 1996 e deverão ser compatíveis com o uso
residencial e observadas, para cada ZEIS, as condições de ocupação e características
locais e ainda:
I - a repercussão produzida pela atividade no local e em seu entorno imediato, nos
termos do art. 66 da Lei nº 7.166 de 1996;
II - a possibilidade da geração de emprego e renda, em conformidade com a situação
sócio - econômica dos moradores da ZEIS; e
III - sejam atividades com área total utilizada de, no máximo, 125 m² (cento e vinte e
cinco metros quadrados), exceto para as atividades classificadas como Serviço de Uso
Coletivo.

Parágrafo único - As atividades não previstas no caput deste art. deverão ser objeto de
parecer técnico da URBEL e demais órgãos competentes.

Art. 158 - O licenciamento de atividades nas ZEIS-1 e ZEIS-3, dependerá de parecer


prévio da URBEL no qual serão consideradas as diretrizes definidas no artigo anterior,
não se aplicando o disposto no art. 67 da Lei nº 7.166 de 1996.
Parágrafo único - O parecer mencionado no caput poderá vincular a instalação da
atividade à adoção de medidas mitigadoras previstas no art. 69 da Lei nº 7.166 de
1996 e no Capítulo III desta Lei.

Art. 159 - Os decretos específicos das Normas de Uso e Ocupação do Solo das ZEIS-1
e ZEIS-3 definirão as atividades permitidas para as edificações em consonância com
as diretrizes do Plano Global Específico de que trata o art. 4º desta Lei, bem como com
o disposto no seu art. 20.
Subseção II
Da Ocupação do Solo

Art. 160 - Nos lotes ocupados por mais de uma família, o parcelamento e a titulação
serão precedidos de Estudo Básico de Ocupação efetuados com a participação dos
moradores, para definição das frações ideais respectivas, quando necessário.
Art. 161 - As obras de novas edificações, reformas e ampliações das existentes estarão
sujeitas às disposições do decreto específico, que fixará parâmetros urbanísticos
necessários à ocupação da área, tais como os Coeficientes de Aproveitamento do
Solo, os Afastamentos, as Alturas Máximas permitidas nas divisas dos lotes, as Taxas
de Permeabilização e as Quotas Mínimas de terreno por unidade habitacional, exceto
aquelas destinadas a reassentamentos em áreas acima de 1.000 m², que deverão
seguir os parâmetros de ocupação do solo da ZEIS-2.
§ 1º - Enquanto não ocorrer a regulamentação da ZEIS-2, deverão ser adotados os
parâmetros de ocupação do solo definidos em decreto específico das Normas de Uso e
Ocupação do Solo para a ZEIS em questão.
§ 2º - Até que ocorra a regularização fundiária e a consequente aprovação do decreto
específico contendo as Normas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão, as
novas construções, ampliações ou quaisquer elementos construtivos - lajes, sacadas,
varandas, marquises, toldos - ficam condicionadas aos seguintes critérios:
I - nenhuma edificação poderá ser construída com afastamento inferior a 0,60 m
(sessenta centímetros) do eixo da via mais próxima;
II - em edificações com afastamento de 0,60 m (sessenta centímetros) a 1,90 m (um
metro e noventa centímetros) do eixo da via mais próxima, só será permitido um
pavimento ou altura máxima de 3,0 m (três metros);
III - em edificações com afastamento acima de 1,90 m (um metro e noventa
centímetros) até 3,20 m (três metros e vinte centímetros) do eixo da via mais próxima,
o número máximo de pavimentos permitido será 02 (dois) ou altura máxima de 6,0 m
(seis metros);
IV - em edificações com afastamento acima de 3,20 m (três metros e vinte centímetros)
até 4,70 m (quatro metros e setenta centímetros) do eixo da via mais próxima, o
número máximo de pavimentos permitido será 03 (três) ou altura máxima de 9,0 m
(nove metros);
V - em edificações com afastamento acima de 4,70 m (quatro metros e setenta
centímetros) do eixo da via mais próxima, o número máximo de pavimentos permitido
será 04 (quatro) ou altura máxima de 12,0 m (doze metros);
VI - em cruzamento de vias, as edificações deverão observar os critérios de
afastamentos acima explicitados, para as vias limítrofes;
VII - as áreas de recuo acima estabelecidas deverão ser mantidas descobertas. Só
serão permitidas vedações nessas áreas de recuo com grades que assegurem
iluminação e ventilação.

§3º - Casos desconformes serão objeto de estudo pelo órgão competente.


§4º - A altura da edificação, para efeito de definição da altura máxima permitida é
entendida como a distância vertical, em metros, entre a laje de cobertura e a laje do
piso do primeiro pavimento.

Art. 162 - Ficam proibidas as aberturas nas paredes sobre as divisas laterais e de
fundos, e a execução de quaisquer elementos construtivos da edificação que se
projetem sobre via pública, ou que acarretem o lançamento de águas para o lote
vizinho ou diretamente nos acessos de uso comum e vias públicas.
§ 1º - Entende-se como divisas as condições de apropriação do lote e sua ocupação de
fato.
§ 2º - As águas pluviais provenientes de telhados deverão ser captadas por condutores
e canalizadas sob os passeios até as sarjetas, não sendo permitido o seu lançamento
na rede de esgoto sanitário.

Art. 163 - Ficam proibidas novas construções, acréscimos, ou quaisquer intervenções


que, mediante laudo técnico emitido pelo(s) órgão(s) competente(s), criem situações de
risco, inviabilizem implantação de infra-estrutura ou comprometam a infra-estrutura
existente.

Art. 164 - Fica proibida a obstrução dos acessos de uso coletivo, tais como avenidas,
alamedas, travessas, ruas, escadarias, becos ou passagem de uso comum, e de
demais espaços de uso coletivo existentes, tais como praças e áreas de lazer, ainda
que não derivados de parcelamento aprovado.
Parágrafo único - Os acessos acima referidos somente poderão ser alterados mediante
indicativos do Plano Global Específico, projeto de aprovação do parcelamento da ZEIS
em questão, ou ainda por solicitação da comunidade, sujeita à avaliação técnica da
URBEL.
Subseção III
Das Edificações em Geral
Art. 165 - Na execução, reforma ou ampliação de edificações, os materiais utilizados
deverão satisfazer às normas compatíveis com o seu uso na construção, bem como os
coeficientes de segurança para os diversos materiais, em conformidade com o que
dispõem as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT em
relação a cada caso.
Parágrafo único - Os materiais utilizados para paredes, portas, janelas, pisos,
coberturas e forros deverão atender aos padrões mínimos exigidos pelas normas
técnicas oficiais quanto à resistência ao fogo, isolamento térmico e acústico.

Art. 166 - As edificações para fins residenciais só poderão estar anexas a conjuntos de
escritórios, consultórios e compartimentos destinados ao comércio, desde que a
natureza dos últimos não prejudique o bem-estar, a segurança e o sossego dos
moradores, e quando tiverem acesso independente a logradouro público.

Art. 167 - É proibido o sentido de abertura das portas e janelas sobre as vias e seus
espaços aéreos.

Art. 168 - O Executivo poderá aprovar Cadastro de Edificações no interior das ZEIS-1 e
ZEIS-3, destinado a fazer prova junto ao Registro Imobiliário para fins de averbação da
edificação.
§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por Cadastro de Edificações um
levantamento simplificado da edificação e de todas as suas dependências, em que
deverá constar, no mínimo, os elementos que possibilitem proceder ao cálculo da área
construída e da projeção da edificação sobre o lote, a saber: Planta(s) Baixa(s), 1 (um)
corte, Planta de Situação e registro fotográfico.
§ 2º - Para efetivação do disposto acima, as edificação deverão ser objeto de avaliação
técnica específica sujeita à aprovação da URBEL, devendo ser respeitados os padrões
mínimos de habitabilidade, acesso e segurança.

Art. 169 - Para as edificações destinadas a reassentamentos nas ZEIS-1 e ZEIS-3


deverão ser adotados os parâmetros construtivos definidos para as edificações das
ZEIS-2.
Parágrafo único - Enquanto não ocorrer a regulamentação da ZEIS-2, deverão ser
adotados os parâmetros construtivos definidos em decreto específico das Normas de
Uso e Ocupação do Solo para a ZEIS em questão, citado no art. 17 desta Lei.
Seção V
Da Alienação dos Lotes

Art. 170 - Fica o Executivo autorizado a alienar lotes em áreas públicas municipais,
com dispensa de licitação nos termos do art. 17 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
1993, alterada pela Lei nº 8.883, de 8 de julho de 1994, aos moradores das ZEIS-1 e
ZEIS-3, mediante as condições seguintes:
I - os lotes serão alienados em conformidade com suas respectivas áreas definidas e
aprovadas no parcelamento;
II - para cada família somente será destinado um único lote de uso residencial ou
misto, admitindo-se a destinação de um segundo lote, comprovadamente de
sustentação da economia familiar;
III - os lotes somente serão alienados a pessoas moradoras da ZEIS, cadastradas pela
pesquisa sócio-econômica realizada nas ZEIS em questão;
IV - nas áreas classificadas como ZEIS-1 e ZEIS-3, o documento de propriedade será
conferido através de escritura de compra e venda, nos critérios estabelecidos pela
URBEL e de acordo com legislação vigente.

Parágrafo único - A renda arrecadada com alienação dos imóveis constantes das áreas
classificadas como ZEIS-3 serão aplicados nos próprios conjuntos em serviços sociais
e obras de melhorias urbanas, definidas pela própria comunidade e aprovados pelo
Conselho Municipal de Habitação - CMH.

Art. 171 - Fica o Executivo autorizado a desafetar os bens públicos existentes no


interior das ZEIS-1 e das ZEIS-3, para fins de regularização fundiária da ZEIS e
implantação do Plano Global Específico respectivo.
Seção VI
Do Grupo de Referência das ZEIS-1 e ZEIS-3

Art. 172 - No início dos processo de elaboração dos Planos Globais Específicos das
ZEIS-1 e das ZEIS-3, deverá ser criado o Grupo de Referência da respectiva área.

Art. 173 - Os Grupos de Referência poderão ser compostos por representantes da


Associação de Moradores local, grupos comunitários formais e informais da área
específica e por grupos organizados das áreas de influência da respectiva ZEIS.
Parágrafo único - Das reuniões do Grupo de Referência participará, sempre que
necessário, um representante da equipe técnica da URBEL.

Art. 174 - O Grupo de Referência tem as seguintes atribuições:


I - acompanhar a elaboração e a execução do Plano Global Específico da ZEIS em
questão, em todas as etapas;
II - acompanhar as ações públicas ou privadas na área, informando ao órgão
competente, sempre que necessário, a realização de obras ou a instalação de
atividades em desacordo com o Plano Global Específico da respectiva ZEIS;
III - acompanhar a aplicação dos recursos orçamentários e financeiros alocados;
IV - participar da análise dos pedidos de exclusão de áreas de ZEIS-1 e ZEIS-3
referidas no art. 124, desta Lei;
V - atuar como interlocutor entre comunidade e poder público, assim como agente
multiplicador das informações no processo.

Art. 175 - Os membros do Grupos de Referência das ZEIS não farão jus a
remuneração e suas funções serão consideradas serviço público relevante.
Seção VII
Das Penalidades
Art. 176 - O processo administrativo relativo a infração pelo descumprimento do
disposto neste Capítulo deve ser feito observando o seguinte:
§ 1º - A infração ao disposto neste Capítulo implica na aplicação das seguintes
penalidades:
I - multa;
II - embargo;
III - interdição da edificação, dependência(s), objeto(s), equipamento(s) e
mercadoria(s);
IV - demolição;
V - apreensão.

§ 2º - O infrator de qualquer preceito deste Capítulo deve ser previamente notificado,


pessoalmente, mediante via postal com aviso de recebimento, ou edital publicado no
Diário Oficial do Município, para regularizar a situação, no prazo máximo de 30 (trinta)
dias. Após este prazo, caso a situação não tenha sido regularizada, deverá ser
aplicada a penalidade prevista.

Art. 177- Em caso de reincidência, o valor da multa será progressivamente aumentado,


acrescentando-se ao último valor aplicado o valor básico respectivo.
§ 1º - Para os fins desta Lei, considera-se reincidência:
I - o cometimento, pela mesma pessoa física ou jurídica, de nova infração da mesma
natureza, em relação à mesma edificação, estabelecimento ou atividade, no mesmo
endereço; e
II - a persistência no descumprimento da Lei, apesar de já punido pela mesma infração,
no mesmo endereço.

§ 2º - O pagamento da multa não implica regularização da situação nem obsta nova


autuação em 30 (trinta) dias, caso permaneça a irregularidade.
§ 3º - (VETADO)
Art. 178 - A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não obsta a iniciativa
do Executivo em promover a ação judicial necessária à demolição da obra irregular,
nos termos dos arts. 934, inciso III, e 936, inciso I, do Código de Processo Civil
Brasileiro.

Art. 179 - Pelo descumprimento dos arts. 154, 155, 156, 157, 158, 161, 162, 163, 164,
166, 167 desta Lei, o infrator deverá ser punido com multa no valor equivalente a 50
(cinqüenta) UFIRs.

Art. 180 - As penalidades começarão a ser aplicadas 6 (seis) meses após a publicação
desta Lei e após ampla campanha de divulgação e conscientização da população das
ZEIS-1 e ZEIS referente ao seu conteúdo.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art 181 - O art. 64 do Decreto-Lei nº 84, de 1940 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 64 - Em casos de construções não comuns, será permitida pela Prefeitura a
adoção de dispositivos especiais para iluminação e ventilação artificiais.
Parágrafo único - Nos usos não residenciais, a iluminação e ventilação previstas no
capítulo VII deste regulamento poderão ser substituídas por iluminação e ventilação
artificiais. "(NR)

Art. 182 - O art. 70 do Decreto-Lei n.º 84, de 1940 passa a ter a seguinte redação:
" Art. 70 - O pé direito terá as seguintes alturas mínimas:
I - 2,60m (dois metros e sessenta centímetros) para os compartimentos de utilização ou
permanência prolongada, diurna ou noturna;
II - 2,30m (dois metros e trinta centímetros) para os de utilização transitória;
III - 2,20m (dois metros e vinte centímetros) para os compartimentos destinados a
estacionamento e guarda de veículos;
IV - 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) para as lojas.
§ 1.º - Em lojas com pé direito mínimo de 5,50m (cinco metros e cinqüenta centímetros)
serão permitidas sobrelojas parciais não consideradas pavimento desde que:
I - não cubram mais de 50% (cinqüenta por cento) da área da loja.
II - não prejudiquem os índices de iluminação e ventilação previstos no Decreto Lei nº
84, de 1940.
III - guardem altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) e máxima
de3,00m (três metros) na sobreloja.
§ 2.º - Não poderá existir altura inferior a 2,00m (dois metros) abaixo de nenhum
elemento construtivo na área interna dos compartimentos.
§ 3.º - No caso em que o pé direito do compartimento de permanência prolongada for
inferior a 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), a verga máxima do vão de
iluminação do compartimento será de no máximo 0,30m (30 centímetros), o mesmo
ocorrendo com os compartimentos de utilização transitória, quando o pé direito for
inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros)." (NR)

Art. 183 - A consulta Prévia sobre Licenciamento de Atividade terá prazo de validade
de 90 (noventa) dias a partir de sua emissão, garantindo, durante este prazo, o direito
de se estabelecer no local consultado, nos termos da legislação vigente à época da
consulta prévia.

Art. 184 - O art. 36 da Lei n.º 6.916, de 1º de agosto de 1995 passa a ter a seguinte
redação:
"Art. 36 - A aprovação de loteamento ou desmembramento do solo urbano deverá ser
comunicada através de publicação no Diário Oficial do Município.
Parágrafo único - É vedado denominar loteamento com as palavras jardim, parque,
cidade, chácara ou similares, permitida a utilização das palavras bairro ou vila."

Art. 185 - Ficam revogados os §§ 1º e 2º do art. 4º da Lei nº 6.978, de 16 de novembro


de 1995, acrescendo-se ao artigo o seguinte parágrafo único:
" Art. 4º - ....................................................................................
.....................................................................................................
Parágrafo único - O posto de abastecimento só poderá ser instalado observando-se
normas que preservem a segurança do estabelecimento e da população, conforme
definido em regulamento do Executivo."

Art. 186 - As intervenções públicas voltadas à urbanização e à regularização fundiária


das ZEIS-1 e ZEIS-3 deverão ocorrer de forma integrada entre os diversos órgãos e
entidades da Administração Pública Municipal.

Art. 187 - Sem prejuízo do previsto no artigo anterior, fica estabelecida a seguinte
divisão de competências administrativas para atuação do Executivo nas ZEIS-1 e nas
ZEIS-3:
I - compete à Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL:
a) a coordenação e/ou acompanhamento da elaboração e da execução das
intervenções propostas pelo poder público;
b) o acompanhamento e anuência nas intervenções, de qualquer natureza, que direta
ou indiretamente tenham interferência com as ZEIS-1 e ZEIS-3;
c) a coordenação da elaboração e da execução das intervenções previstas nos Planos
Globais Específicos, nas ações propostas pelo Poder Público;
d) acompanhamento e anuência aos Planos Globais Específicos, quando não forem
estes promovidos pela URBEL;
e) a promoção de parcerias que objetivem os serviços de manutenção da infra-
estrutura existente, com os diversos agentes envolvidos na produção e fornecimento
dos serviços urbanos.

II - compete à Secretaria Municipal de Atividades Urbanas - SMAU:


a) a aprovação de projetos de parcelamento do solo, mediante parecer favorável da
URBEL;
b) aprovação de projetos de edificação autorização para instalação de atividades, em
consonância com as Normas Específicas de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo
de cada ZEIS quando se tratar de áreas já regularizadas, e em consonância com o
disposto nos art. 88, 89, 90, 91, 92 e 93 desta Lei, no caso de ZEIS-1 e ZEIS-3 não
regularizadas, mediante parecer prévio da URBEL;
c) juntamente com a URBEL, a definição dos instrumentos de controle normativo
referente ao desenvolvimento habitacional das ZEIS-1 e ZEIS-3, a partir das Normas
Específicas de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo da ZEIS em questão e em
consonância com o disposto nesta Lei;
d) as ações de fiscalização urbana e exercício do poder de polícia administrativa nas
ZEIS;

III - compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA opinar, em parceria


com a URBEL, nas questões referentes ao meio-ambiente;
IV - compete à Secretaria Municipal de Saúde - SMSA:
a) opinar, em parceria com a URBEL, nas questões referentes à saúde;
b) executar ações de vigilância à saúde nas ZEIS.

Art. 188 - A permanência dos usos disconformes já existentes nas ZEIS-1 e ZEIS-3
somente serão admitidos mediante adoção de medidas mitigadoras a serem definidas
nas Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão.

Art. 189 - Não titulados um ou alguns lotes resultantes do parcelamento aprovado, será
respeitada todavia a posse existente, inclusive para fins e efeitos de indenização das
benfeitorias, no caso da conveniência de se promover sua desocupação.

Art. 190 - Enquanto o Executivo não proceder à descrição narrativa do polígono das
áreas delimitadas, prevista no art. 71, § 3º, desta Lei, utilizar-se-á, como referência
para definição dos limites, as áreas constantes dos levantamentos aerofotogramétricos
de 1981 e de 1994 e a descrição narrativa dos perímetros dos Setores Especial-4 (SE-
4), constantes dos decretos específicos.
§ 1º - As áreas anteriormente caracterizadas na Lei nº 4.034, de 25 de março de 1985
como SE-4 e na Lei nº 7.166 de 1996 não caracterizadas como ZEIS-1 e ZEIS-3
poderão a qualquer tempo ser enquadradas como tal pelo Executivo nesta Lei, desde
que identificadas nas fotos aéreas de 1994 ou outro levantamento fotográfico aéreo
que comprove a ocupação característica de ZEIS, mediante parecer técnico favorável
da URBEL.
§ 2º - O Executivo poderá determinar a exclusão de áreas inseridas nas ZEIS-1 e
ZEIS-3 que:
I - não tenham sido ocupadas por população de baixa renda;
II - não se caracterizem como área vazia localizada no interior do assentamento
habitacional;
III - que atenda aos procedimento previstos no Anexo XIII desta Lei.

Art. 191 - Poderão também ser excluídas das ZEIS-1 e das ZEIS-3 áreas anteriormente
ocupadas como tal, simultaneamente observado o seguinte:
I - acordos entre moradores e proprietários, através de operações compensatórias, e
comprovação do reassentamento das famílias removidas;
II - aprovação e intermediação realizada pelo Executivo do Município, sendo
necessária a análise com parecer positivo específica do COMPUR, ouvido o Conselho
Municipal de Habitação.

Art. 192 - Os Planos Globais Específicos deverão ser compatibilizados com o Plano
Estratégico de Diretrizes de Intervenção em Vilas, Favelas e Conjuntos Habitacionais
de Interesse Social, previsto no Capítulo I desta Lei.
§ 1º - Até que seja aprovado o referido Plano Global de Urbanização das Favelas, os
Planos Globais Específicos deverão ser elaborados em consonância com o conteúdo
mínimo previsto no art. 74 desta Lei.
§ 2º - Quando da aprovação do Plano Estratégico de Diretrizes de Intervenção em
Vilas, Favelas e Conjuntos Habitacionais de Interesse Social, os Planos Globais
Específicos poderão ser modificados, caso sejam incompatíveis com as definições do
primeiro.

Art. 193 - Os casos omissos do Capítulo VI serão submetidos ao Conselho Municipal


de Habitação - CMH.

Art. 194 - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicação desta
Lei, devem ser estabelecidos em decreto os procedimento complementares à aplicação
das disposições do Capítulo IV desta Lei.

Art. 195 - São parte integrante desta Lei:


I - Anexo II: Mapa contendo alterações nos Anexos II, IV e XII da Lei n.º 7.166, de
1996, referentes a Zoneamento, Hierarquização do Sistema Viário e Áreas de
Diretrizes Especiais - ADE's;
II - Anexo III: Vias com Previsão de Recuo de Alinhamento a serem acrescentadas ao
Anexo V da Lei n.º 7.166, de 1996;
III - Anexo IV: Parâmetros Urbanísticos das Zonas de Grandes Equipamentos
estabelecidas por esta Lei;
IV - Anexo V: Classificação dos Usos, em substituição à classificação constante do
Anexo X da Lei n.º 7.166, de 1996;
V - Anexo VI: Usos, Repercussões Negativas e Medidas Mitigadoras;
VI - Anexo VII: Medidas Mitigadoras para Atividades Atratoras de Veículos;
VII - Anexo VIII - Classificação de Usos na ADE de Santa Tereza;
VIII - Anexo XII - Relação de Documentos para Aprovação de Projetos de
Parcelamento nas ZEIS-1 e ZEIS-3;
IX - Anexo XIII - Normas para Pedido de Exclusão de Áreas em ZEIS-1 e ZEIS-3.
X - Mapa contendo alterações nos anexos I e II do Anexo II da Lei nº 7.165/96,
referentes a sistema viário e Projetos viários prioritários;

Parágrafo único - Para efeito de aplicação das disposições dos Anexos V, VI, VII e VIII,
é considerada como área da atividade a área edificada ocupada pela mesma, somada
aos espaços não cobertos destinados ao seu exercício.
Art. 196 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições
em contrário, especialmente o art. 70 do Decreto-Lei nº 84, de 21 de dezembro de
1940, a Lei n.º 1.301, de 27 de dezembro de 1966 e o art. 1.º do Capítulo IX da Lei n.º
7166, de 1996.
Belo Horizonte, 21 de dezembro de 2000

Célio de Castro
Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 465/97, de autoria do Ver. Totó Teixeira)

ANEXOS I, II, IX, X - (Estes Mapas estarão à disposição para consulta na Secretaria
Municipal de Planejamento)
ANEXO III DA LEI Nº 8.137
VIAS COM PREVISÃO DE RECUO DE ALINHAMENTO A SEREM
ACRESCENTADAS AO ANEXO V DA LEI Nº 7.166, DE 27 DE AGOSTO DE 1996

(50 KB)

ANEXO IV DA LEI N.º 8.137


PARÂMETROS URBANÍSTICOS DAS ZONAS DE GRANDES
EQUIPAMENTOS - ZE's ESTABELECIDAS POR ESTA LEI

(11 KB)

ANEXO V DA LEI Nº 8.137


CLASSIFICAÇÃO DOS USOS, EM SUBSTITUIÇÃO À CLASSIFICAÇÃO
CONSTANTE DO ANEXO X DA LEI Nº 7.166, DE 1996

(183 KB)

ANEXO VI DA LEI Nº 8.137


USOS, REPERCUSSÕES NEGATIVAS E MEDIDAS MITIGADORAS

(123 KB)

ANEXO VII DA LEI Nº 8.137


MEDIDAS MITIGADORAS PARA ATIVIDADES ATRATORAS DE VEÍCULOS

(17 KB)
ANEXO VIII DA LEI N.º 8.137
CLASSIFICAÇÃO DE USOS NA ADE DE SANTA TEREZA
(60 KB)

ANEXO XI - PARÂMETROS URBANÍSTICOS E USOS ADMISSÍVEIS MEDIANTE


OUTORGA ONEROSA NA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO

(11 KB)

ANEXO XII QUE SE REFERE A LEI Nº 8.137


RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO DE
PROJETOS DE PARCELAMENTO

I - Aprovação dos projetos de loteamento, reparcelamento e desmembramento nas


ZEIS-1 e ZEIS-3

1 - Para aprovação de projetos de loteamento, reparcelamento e desmembramento nas


ZEIS-1 e ZEIS-3, o interessado deverá encaminhar os seguintes documentos:

a) Projeto de loteamento, reparcelamento ou desmembramento;


b) relação de quadras e lotes;
c) memorial descritivo, contendo a descrição das áreas públicas que permanecerão ou
que passarão ao domínio do Município;
d) indicação dos equipamentos urbanos e comunitários e dos serviços públicos ou de
utilidade pública existentes na área do parcelamento;
e) Certidão de Propriedade emitida pelo(s) respectivo(s) Cartórios de Registro
Imobiliário.

2 - No caso de imóveis sem registro imobiliário, o Poder Público promotor do


parcelamento deverá apresentar certidões negativas de registro, fornecidas por todos
os Cartórios Imobiliários da Comarca.

II - Aprovação das Modificações do Parcelamento do Solo nas ZEIS-1 e ZEIS-3

1 - Os pedidos de modificação de parcelamento nas ZEIS-1 e ZEIS-3 serão formulados


à Administração Municipal, instruído dos seguintes documentos:

a) título de propriedade das áreas ou lotes envolvidos na modificação do parcelamento;


b) planta da situação atual dos lotes demonstrando, inclusive, seu acesso ao sistema
viário;
c) planta da situação que resultará da modificação do parcelamento que se pretende.

2 - No caso de modificação de parcelamento, o interessado apresentará o título de


propriedade dos lotes a serem modificados. Havendo distintos proprietários, o pedido
deverá ser instruído por todos eles.
ANEXO XIII A QUE SE REFERE A LEI Nº 8.137
NORMAS PARA PEDIDO DE EXCLUSÃO DE ÁREAS EM
ZEIS-1 E ZEIS-3

I - Procedimentos para encaminhamento de pedido de exclusão de áreas de ZEIS-1 e


ZEIS-3

1 - Os pedidos de exclusão de áreas de ZEIS-1 e ZEIS-3 serão formulados à


Administração Municipal instruídos dos seguintes documentos:

a) ofício do interessado solicitando a exclusão da área;


b) escritura e registro atualizado da área;
c) mapa de localização da área grafada no levantamento aerofotogramétrico de 1989
e / ou nas fotos áreas de 1994;
d) planta da situação atual da área contendo, inclusive, seu acesso ao sistema viário;
e) cópia do C.P. ou Informação Básica dos lotes, no caso de parcelamento aprovado;
f) planta cadastral, na escala 1:1.000, com a localização da área, no caso de áreas não
aprovados (fornecidas pela PRODABEL);
g) certidão negativa de débito com o IPTU;
h) proposta de medidas compensatórias, quando exigido e a partir de diretrizes
definidas pela URBEL.

II - A documentação para instrução dos pedidos a que se refere este Anexo estará
sujeita a exame e aprovação pela URBEL.

III - O deferimento para o pedido de exclusão de áreas de ZEIS-1 e ZEIS-3 ficarão


sujeitos a:

a) parecer técnico e sindicância da URBEL;


b) oficialização das medidas compensatórias, através de contrato firmado entre as
partes, quando for o caso.

IV - O novo zoneamento das áreas submetidas a este processo será aquele que,
dentre os lindeiros, ocupe maior extensão limítrofe à respectiva área que esta sendo
excluída da ZEIS em questão.
RAZÕES DO VETO PARCIAL

Ao examinar a Proposição de Lei nº 1.056/00, que "Altera as Leis nº 7.165 e 7.166,


ambas de 27 de agosto de 1996, e dá outras providências", sou levado a vetá-la
parcialmente conforme fundamentos adiante expostos.
Tendo em vista a supressão, no texto originalmente encaminhado à Câmara, da regra
que dava sentido aos arts. 41, 67, ao acréscimo de § 8º ao art. 67 da Lei nº 7.166/96 -
contido no art. 78 da Proposição - e ao art. 93, impõe-se o veto a todos esses
dispositivos. O objetivo originário era o de compatibilizar e uniformizar os parâmetros
de proteção ambiental em áreas públicas e particulares, intuito este que restou
inteiramente comprometido com referida supressão.
A inclusão de § 14 no art. 21 da Lei 7.166/96, referida no art. 54 da Proposição em
apreço, igualmente não pode prosperar. A parte final do mencionado parágrafo conflita
com o § 8º do mesmo art. 21. Este último, ao se reportar ao inciso I do § 7º, também do
art. 21, permite a transferência de terreno indiviso ao Município; já o citado § 14 proíbe,
sem razões para tanto, tal transferência, devendo, por isto, ser vetado.
Também deve ser vetada a inclusão de § 3º no art. 51 da Lei 7.166/96, tal como
previsto no art. 70 da Proposição. A redação do dispositivo é muito ampla, chegando
ao ponto de abranger prestadores de serviços, inclusive aqueles situados em vias
locais de bairros localizados fora da região central. Como o afastamento frontal, na
redação do texto em exame, deve garantir a continuidade do passeio, creches e
escolas estariam impedidas de tomar medidas em favor da segurança das crianças, a
exemplo da instalação de gradil no alinhamento.
Por fim, veta-se o § 3º do art. 177. Afinal, este dispositivo estabelece, para as infrações
às normas sobre regularização fundiária em ZEIS-1 e ZEIS-3, o lançamento
automático. Trata-se de forma de aplicação de multa que não é adotada nos demais
casos da legislação urbanística. Ademais, o lançamento automático impede que a
Administração constate a efetiva irregularidade, podendo ocasionar a injusta e indevida
aplicação de penalidades.
Por todo o exposto, veto os arts. 41 e 67, o acréscimo de § 8º previsto no art. 78, o art.
93, o acréscimo de § 14 contido no art. 54, o acréscimo de § 3º contido no art. 70 e o §
3º do art. 177, todos da Proposição de Lei nº 1.056/00, devolvendo-os ao reexame da
Egrégia Câmara Municipal.
Belo Horizonte, 21 de dezembro de 2000
Célio de Castro
Prefeito de Belo Horizonte
LEI Nº 7.166 DE 27 DE AGOSTO DE 1996

Estabelece normas e condições para parcelamento,


ocupação e uso do solo urbano no Município.

Art. 12 - São ZEISs as regiões nas quais há interesse público em ordenar a ocupação,
por meio de urbanização e regularização fundiária, ou em implantar ou complementar
programas habitacionais de interesse social, e que se sujeitam a critérios especiais de
parcelamento, ocupação e uso do solo, subdivindo-se nas seguintes categorias:

I - ZEISs-1, regiões ocupadas desordenadamente por população de


baixa renda, nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais
de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção
da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e a sua integração à malha
urbana;

II - ZEISs-2, regiões não edificadas, subutilizadas ou não utilizadas, nas


quais há interesse público em promover programas habitacionais de produção de
moradias, ou terrenos urbanizados de interesse social;

III - ZEISs-3, regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado


conjuntos habitacionais de interesse social.

Art. 13 - São ZEs as regiões ocupadas por grandes equipamentos de


interesse municipal ou a eles destinadas.

§ 1º - A lei que estabelecer novas ZEs deve fixar os parâmetros


urbanísticos a que estarão sujeitas.

§ 2º - Passam os terrenos de propriedade pública situados na ZE,


quando alienados, a ser classificados sob o zoneamento que, dentre os lindeiros,
ocupe maior extensão limítrofe.

Lei 8.137/00 promove alterações na Lei N° 7.166/96

Art. 12 - São ZEISs as regiões nas quais há interesse público em ordenar a ocupação,
por meio de urbanização e regularização fundiária, ou em implantar ou complementar
programas habitacionais de interesse social, e que se sujeitam a critérios especiais de
parcelamento, ocupação e uso do solo, subdivindo-se nas seguintes categorias:

I - ZEISs-1, regiões ocupadas desordenadamente por população de


baixa renda, nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais
de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção
da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e a sua integração à malha
urbana;

II - ZEISs-2, regiões não edificadas, subutilizadas ou não utilizadas, nas


quais há interesse público em promover programas habitacionais de produção de
moradias, ou terrenos urbanizados de interesse social;
III - ZEISs-3, regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado
conjuntos habitacionais de interesse social.

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