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ANÁLISE ESTRUTURAL E

ESTUDO DE CONFIGURAÇÃO
DE UM MICRO-SATÉLITE

Licenciatura em Engenharia Mecânica


Opção de Construções Mecânicas
2003/2004

Trabalho realizado por:


António Rui de Oliveira Santos Silva Melro

Sob a orientação de:


Professor Pedro Ponces Camanho
Projecto de Fim de Curso
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Agradecimentos

Durante este último ano em que me vi envolvido neste


projecto houve várias pessoas que me ajudaram na concretização
deste trabalho.
Em primeiro lugar devo agradecer ao Prof. Pedro Camanho
pela orientação preciosa neste trabalho e pela ajuda na resolução
de muitos dos problemas que foram surgindo. Devo agradecer
também aos dois alunos que no ano passado estiveram à frente do
barco do SSETI aqui na FEUP – Pedro Portela e Pedro Bandeira.
Deixaram um trabalho muito bom, bem como uma admiração
enorme junto dos restantes colegas nas diversas universidades.
Espero que tenha sido capaz de, pelo menos, manter essa
admiração.
Um especial abraço para o britânico menos british que alguma
vez conheci, Neil Melville, coordenador principal do projecto por
parte da Agência Especial Europeia. Não há dúvida que sem ele a
construção do SSETI Express não teria sido possível.
Um agradecimento também a todos os restantes membros
envolvidos neste projecto especialmente aos que melhor simulavam
uma batalha campal estilo aldeia gaulesa de Uderzo e Goscinny
durante as múltiplas reuniões, quer via Internet, quer durante as
workshops, mas que em muito contribuíram com vontade, suor e
companheirismo para levar este projecto a bom porto.

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Índice
Índice ................................................................................. 2

Lista de Figuras.................................................................... 5

1. Introdução ................................................................... 7

PARTE I – ESEO ................................................................... 9

2. Objectivos e Requisitos ................................................ 10


2.1. Objectivos gerais do satélite .................................................10
2.2. Objectivos da equipa de Estruturas .......................................11

3. Caracterização dos principais componentes estruturais ..... 12

4. Modelação e geração da malha de elementos finitos ......... 14


4.1. Elementos utilizados na modelação .......................................15
4.2. Breve abordagem aos elementos de contacto..........................16
4.2.1. Definição dos segmentos/superfícies de contacto .................16
4.2.2. Definição das propriedades de contacto ..............................17
4.2.3. Definição do par segmentos/superfícies em contacto ............17

5. Tipos de análise requeridas........................................... 18

6. Resultados obtidos ...................................................... 19

7. Considerações finais .................................................... 20

PARTE II – SSETI EXPRESS.................................................. 21

8. Definição dos subsistemas ............................................ 22


8.1. A Fase A mais rápida da história da engenharia aeroespacial.....22
8.1.1. Propulsão .......................................................................22
8.1.2. Energia ..........................................................................24
8.1.3. Controlo e Determinação da Atitude - ACDS ........................25
8.1.4. Análise da Missão ............................................................26
8.1.5. Comunicações .................................................................27
8.1.6. Interface de Controlo de Propulsão – ICU............................28
8.1.7. Computador de bordo – OBC.............................................28
8.1.8. Câmara..........................................................................29
8.1.9. Dispositivo de lançamento de Cubesats...............................30
8.1.10. Administração .................................................................31

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8.1.11. Engenharia de Sistemas ...................................................32


8.1.12. Infra-estrutura ................................................................32
8.1.13. Operações ......................................................................32
8.1.14. Relações Públicas ............................................................32
8.1.15. XI-V (lê-se SAI-5) [7] ......................................................33
8.1.16. NCUBE II [8] ..................................................................33
8.1.17. UWE-1 [9] ......................................................................33

9. A Estrutura do SSETI Express – Fase B........................... 33


9.1. Modelação e geração da malha de elementos finitos ................35
9.2. Análises efectuadas.............................................................37
9.3. Resultados obtidos ..............................................................38

10. O estudo de configuração do satélite .............................. 39

11. Fase C – A definição detalhada ...................................... 44


11.1. Painéis de honeycomb .........................................................45
11.2. Ligações mecânicas.............................................................45
11.3. Anel de Titânio ...................................................................46
11.4. Painéis exteriores ...............................................................47
11.5. Outros componentes mecânicos ............................................47
11.6. Insertos ............................................................................48

12. Fase D – O fabrico dos componentes e entrega para


integração e validação ............................................................... 50

13. Fase E – Preparação para o lançamento.......................... 51

14. Perspectivas Futuras para a Iniciativa SSETI e para a


FEUP 52

15. Bibliografia ................................................................. 53

ANEXO A – Descrição do Último Modelo de Elementos Finitos


para o Micro-satélite ESEO ......................................................... 54

ANEXO B – Soluções apresentadas para a Estrutura e


Configuração do Micro-satélite SSETI Express ............................... 82

ANEXO C – Resultados da Análise de Elementos Finitos


realizada ao Micro-satélite SSETI-Express................................... 101

ANEXO D – Modelo 3D do Micro-satélite SSETI-Express e


cálculo do Centro de Gravidade e Matriz de Inércia ...................... 106

ANEXO E – Desenhos de definição dos Painéis de Honeycomb . 119

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ANEXO F – Resultados de análises de Elementos Finitos sobre


Elementos de Ligação do Micro-Satélite SSETI-Express ................ 130

ANEXO G – Desenhos de Definição dos Elementos de Ligação


do Micro-satélite SSETI-Express ................................................ 139

ANEXO H – Desenho de Definição do Anel de Titânio ............. 149

ANEXO I – Desenhos de Definição da Estrutura Secundária do


Micro-satélite SSETI-Express .................................................... 152

ANEXO J – Desenhos de Definição da Estrutura Terciária do


Micro-satélite SSETI-Express .................................................... 161

ANEXO K – Desenhos de Definição de Insertos utilizados no


Micro-satélite SSETI-Express .................................................... 166

ANEXO L – Manual de Integração e Verificação do Micro-satélite


SSETI-Express........................................................................ 178

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Lista de Figuras

Figura 1 – Imagem do modelo 3D do satélite .................... 11


Figura 2 – Imagem do modelo 3D do satélite com algum
equipamento escondido realçando a estrutura central ................ 12
Figura 3 – Exemplar de um painél de honeycomb em alumínio
com pormenor do núcleo........................................................ 13
Figura 4 – Representação em “teia de aranha” do centro de gravidade
de um equipamento.................................................................. 15
Figura 5 - Representação dos segmentos/superfícies de
contacto .............................................................................. 17
Figura 6 – Exemplo de penetração do segmento slave num
segmento master .................................................................. 17
Figura 7 - Pormenor da localização da OBDH_Nodebox....... 19
Figura 8 – Sistema de Propulsão ..................................... 23
Figura 9 – Sistema mecânico de prisão do tanque ............. 24
Figura 10 – Bateria ....................................................... 25
Figura 11 - PCU ............................................................ 25
Figura 12 – Esquema da trajectória do satélite ao longo das
linhas de campo magnético terrestre ....................................... 26
Figura 13 – Antena de UHF ............................................ 27
Figura 14 – Receptor-Transmissor de UHF ........................ 27
Figura 15 - Sistema ICU ................................................ 28
Figura 16 – Computador de Bordo................................... 29
Figura 17 – Câmara ...................................................... 30
Figura 18 – P-POD ........................................................ 30
Figura 19 – T-POD ........................................................ 31
Figura 20 – Posição dos 12 parafusos relativamente à
estrutura principal................................................................. 34
Figura 21 – Vista dos dois anéis (a base encontra-se em
transparente para melhor visualização) .................................... 36
Figura 22 – Anel de Titânio (A base encontra-se a branco).. 36
Figura 23 – Anel de Separação (A base encontra-se a branco)
.......................................................................................... 37
Figura 24 – Pormenor de um dos pontos de fixação ........... 38

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Figura 25 – Exemplo da Keyword *TIE, ADJUST=0 ............ 38


Figura 26 – Modelo 3D v1.0 ........................................... 40
Figura 27 – Modelo 3D v2.0 ........................................... 40
Figura 28 – Modelo 3D v3.0 ........................................... 41
Figura 29 – Modelo 3D v3.12.......................................... 41
Figura 30 – Modelo 3D v3.14.......................................... 42
Figura 31 – Modelo 3D v3.2.1......................................... 42
Figura 32 – Modelo 3D v3.2.2 – Versão de lançamento ...... 43
Figura 33 – Modelo 3D v3.2.2 – Versão de Voo ................. 43
Figura 34 – Porcas a serem utilizadas para fixação dos painéis
exteriores ............................................................................ 47
Figura 35 – Inserto para sistema de activação eléctrica ...... 48
Figura 36 – Inserto para Antena UHF ............................... 48
Figura 37 – Inserto Base-Lateral ..................................... 49
Figura 38 – Inserto Topo-Lateral ..................................... 50

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1. Introdução
Em 2000, o Office for Educational Project Outreach Activities
da Agência Espacial Europeia (ESA) iniciou um novo projecto –
Student Space Exploration & Technology Initiative (SSETI). O
objectivo principal desta nova iniciativa é a criação de uma rede de
alunos, universidades e instituições às quais será incumbida a tarefa
de, em conjunto, conceberem, dimensionarem, construírem e
finalmente lançarem micro-satélites. Outros projectos mais
ambiciosos como o desenvolvimento de um moon-rover e o apoio à
construção e lançamento de cubesats estão também em preparação.
O projecto original desta iniciativa apresenta-se como o
European Student Earth Orbiter – ESEO. Trata-se de um pequeno
satélite pertencente à classe dos micro-satélites. Esta classe
identifica-se por os seus elementos possuírem uma massa não
superior a 120 kg e dimensões máximas de 600x600x800 mm.
O trabalho que irá ser aqui relatado, vem no seguimento do
que tem vindo a ser feito no Departamento de Engenharia Mecânica
(DEMEGI) desde 2001, data em que a Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto (FEUP) se juntou ao projecto. Cabe à FEUP o
dimensionamento, concepção e validação por via numérica da
Estrutura do satélite.
A primeira fase no desempenho desta tarefa consistiu numa
extensa pesquisa bibliográfica que permitisse aos alunos uma base
de trabalho sólida em termos de conhecimentos na área da
engenharia aeroespacial. No decurso desta fase, foi recolhida toda a
informação necessária sobre o foguetão encarregue do lançamento
do satélite – ARIANE 5 – bem como informações sobre materiais,
critérios de dimensionamento e metodologias de trabalho impostas
pelo European Cooperation for Space Standarization (ECSS).
A segunda fase do projecto consistiu na elaboração de um
documento conhecido por Phase-A Study Report. Este documento
apresenta os resultados dos estudos de exequibilidade deste
projecto, realizados pelas diferentes universidades, cada uma na
sua área de trabalho, e que, por unanimidade, concordaram que era
possível levar este projecto até ao fim com sucesso.
No final do ano lectivo de 2002/2003 foi apresentado um
relatório por dois alunos finalistas – Pedro Bandeira e Pedro Portela
– onde era apresentado e justificado o trabalho realizado até então
e que se inseria na terceira fase deste projecto. Esta fase é, sem
dúvida, a mais demorada pois é nela que deverão ser definidos com

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algum detalhe várias características do satélite sob o ponto de vista


mecânico, eléctrico, de controlo, comunicação, propulsão, etc.
Este relatório pretende expor os avanços conseguidos durante
este último ano ainda inseridos nesta fase do projecto.
No entanto, o trabalho realizado este ano lectivo distinguiu-se
do anterior uma vez que em Dezembro de 2003 surgiu a hipótese
de iniciar um novo projecto dentro da iniciativa SSETI. Dada a
enorme vontade demonstrada por vários elementos do grupo SSETI,
tanto por parte dos alunos como da própria ESA, deu-se início à
construção e desenvolvimento de um segundo satélite, designado
por SSETI Express.
A sua missão é fundamentalmente do foro educativo e
destina-se a servir de plataforma de lançamento de nano-satélites
(cubesats), tirar fotografias da Terra e servir como base de
demonstração da tecnologia empregue no projecto complementar,
ESEO.
Usando como base de trabalho o que já havia sido feito para o
ESEO, e tirando partido da experiência acumulada até à altura, foi
estabelecido um plano de trabalhos muito ousado, apontando para
final de 2004 a existência de um satélite totalmente funcional e
pronto para lançamento.
Este relatório divide-se assim em duas partes, tantas quantos
os projectos em que o autor se viu envolvido: Parte I – ESEO; Parte
II – SSETI Express.

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PARTE I – ESEO

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2. Objectivos e Requisitos

2.1. Objectivos gerais do satélite


O primeiro satélite do grupo de trabalho SSETI destina-se a
voar no foguetão Ariane 5 estando o seu lançamento a ser apontado.
Deverá ser colocado numa órbita geostacionária (GTO) por um
período de 14 dias durante os quais deverão ser atingidos os
objectivos principais da missão:

• Realizar uma experiência de medição de plasma. Esta


experiência irá medir a densidade de electrões e a
temperatura do plasma espacial, bem como caracterizar
o seu comportamento ao longo do tempo e espaço.
• Tirar fotografias da Terra e utilizá-las para alcançar,
educar e cativar o público em geral. Para isso será
usada uma Narrow Angle Camera (NAC).
• Experimentar um novo sistema de navegação que
permita não só estabilizar o ESEO como possa servir de
base de trabalho à navegação para futuras missões à
Lua.

Após esse tempo, o satélite permanecerá em órbita por mais


um mês e meio, durante o qual será testado e validado o sistema
de propulsão. Este novo sistema baseado em Nitrogénio gasoso tem
a grande vantagem de ser de baixo custo e de fácil manuseamento
e controlo, oferecendo ao mesmo tempo elevadas garantias de
sucesso graças às várias vezes que fora já utilizado em ambiente
espacial.
No final destas experiências o satélite irá ser impulsionado até
à Lua, realizar uma órbita em torno desta e regressar à Terra
impulsionado pela gravidade lunar.
A missão é considerada um êxito caso todas as experiências
científicas a bordo sejam completadas com sucesso.

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2.2. Objectivos da equipa de Estruturas


O papel da equipa de Estruturas da FEUP é dimensionar,
construir e validar numericamente a estrutura do satélite ESEO. A
estrutura do satélite serve de framework para as restantes equipas
uma vez que será com base no nosso trabalho que os diversos
subsistemas poderão estabelecer uma relação de funcionamento
entre si que permita atingir com sucesso as metas predefinidas.
Como já foi referido, esta primeira parte do relatório surge no
seguimento do trabalho realizado por dois alunos no ano lectivo
2002/2003. Assim sendo, os cálculos iniciais de dimensionamento já
haviam sido realizados e expostos em relatórios anteriores. O autor
deste trabalho decidiu então focar a sua atenção e esforços na
validação numérica do modelo estrutural apresentado no
documento [1]. Este modelo caracteriza-se por apresentar uma
estrutura principal em #.

Figura 1 – Imagem do modelo 3D do satélite

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Figura 2 – Imagem do modelo 3D do satélite com algum equipamento


escondido realçando a estrutura central

Em cada compartimento será introduzido um ou mais


subsistemas, dependendo a sua distribuição de considerações de
posição de centro de gravidade e matriz de inércia do satélite, da
necessidade de proximidade entre alguns subsistemas e da
necessidade de fácil acesso a alguns equipamentos durante a
validação ou preparação para lançamento. Este trabalho foi
realizado pela equipa de Configuração sedeada em Bilbao, Espanha,
e encontra-se documentado em [1].

3. Caracterização dos principais componentes


estruturais
A estrutura principal do satélite ESEO apresenta-se
constituída por placas sandwich em alumínio. As duas peles da
sandwich são simples chapas de alumínio com 0,3 mm de espessura.
O núcleo apresenta-se sob a forma de honeycomb ou ninho de
abelha. A Figura 3 apresenta melhor este tipo de laminado.

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Figura 3 – Exemplar de um painél de honeycomb em alumínio com


pormenor do núcleo

Esta estrutura em placas sandwich confere ao satélite um


elevado rácio rigidez/massa cumprindo com um dos principais
parâmetros na construção de satélites – elevada rigidez com baixa
densidade (e massa, por consequência).
A base do satélite apresenta-se como o principal elemento em
termos de capacidade de transmissão de cargas, uma vez que
realiza a interface entre o anel de separação e o satélite. Por esse
motivo, apresenta uma espessura de núcleo superior, tornando-a
capaz de suportar a transmissão de cargas da estrutura em # para
o anel de separação através de esforços de corte.
A placa no topo do satélite simboliza a face que estará
permanentemente voltada para a Terra quando em órbita. Será
nela que irá ser montado um conjunto de sensores e equipamento
necessário ao cumprimento da missão (p. ex.: câmara), ao controlo
da atitude e navegação do satélite (sensor do horizonte da Terra) e
comunicação (antenas de baixo e alto ganho). Daqui se percebe a
necessidade de ter estes equipamentos de medição e controlo sob
uma plataforma estruturalmente estável e não sujeita a
deformações que impossibilitem o bom funcionamento dos
restantes equipamentos ou mesmo que ponha em causa o sucesso
da missão. Logo, o uso de um painel em honeycomb é a solução
mais plausível.
Para proteger o interior do satélite do impacto de poeira
cósmica no equipamento, da radiação cósmica e do impacto
eléctrico-magnético por ela causado e, sobretudo, para protecção
térmica, foram colocados painéis laterais em torno do satélite. Estes
painéis serão simples chapas de alumínio. Para conferir facilidade de

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montagem a estes painéis e aumentar a estabilidade destes, foram


colocados perfis em L nos cantos do satélite.
Estes são os aspectos principais da estrutura do satélite e
será com base neles que se irá conceber o modelo de elementos
finitos com fim à validação numérica desta estrutura.

4. Modelação e geração da malha de


elementos finitos
Algumas simplificações e considerações foram assumidas
antes de iniciar este trabalho:

• Devido à falta de informação no modelo tridimensional


do satélite fornecido pela equipa de configuração, não
foram considerados os painéis solares na análise por
elementos finitos. Isto pode ser visto como uma falha
grave, uma vez que uma grande parte das vezes estes
elementos são responsáveis por modos locais de
vibração nocivos para o comportamento dinâmico global
do sistema satélite-foguetão.
• Nas análises anteriores não foi considerada nenhuma
fronteira entre os diferentes painéis sendo necessário,
durante a modelação de cada painel, ter em atenção
como os diferentes painéis interagiam geometricamente
entre si, e como os nós iriam ser colocados em cada
painel devido a essa interacção. Isto provocava uma
dificuldade acrescida na geração de malhas. Dada a
elevada mutabilidade a que este tipo de projectos está
sujeito, foi decidido estudar um novo sistema que
permita considerar melhor a interacção dos painéis sem
ser necessário perder muito tempo na geração de
malhas. Este método será descrito mais à frente neste
relatório.
• Os painéis laterais apresentavam algumas variações na
sua espessura que foram consideradas neste modelo.
• Por razões de simplicidade do modelo, não foram
consideradas as interfaces mecânicas com os diferentes
equipamentos. Um simples esquema em “teia de
aranha” foi considerado para modelar a ligação
mecânica entre equipamento e painel.

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Figura 4 – Representação em “teia de aranha” do centro de gravidade de um


equipamento

• O software de pré e pós-processamento utilizado foi o


FEMAP v8.1 enquanto o processamento do modelo foi
realizado por ABAQUS v6.3.

4.1. Elementos utilizados na modelação


Como já foi referido, os itens principais da estrutura do
satélite são simples painéis de sandwich ou simples chapa de
alumínio. Por esse motivo, e fazendo fé em benchmark studies
anteriormente realizados nesta área ([2]), decidiu-se utilizar
elementos 2D de placa quadrangulares com 4 nós. Cada nó possui 6
graus de liberdade – 3 translações e 3 rotações. Para o caso dos
painéis laterais, não foi necessário nenhum especial cuidado na
definição das propriedades do elemento. Já no caso dos painéis
sandwich foi necessário recorrer às propriedades de elementos
laminados para definição das características materiais destes
painéis. Foi assim definido um elemento laminado constituído por 3
camadas – pele em alumínio, núcleo de honeycomb e novamente
pele de alumínio.
Para os perfis em L foram utilizados elementos de barra com
2 nós. Cada nó possui 3 graus de liberdade. A massa de cada
equipamento é considerada concentrada num ponto situado nas
mesmas coordenadas que o centro de gravidade do equipamento.
Esse ponto é posteriormente conectado com o painel onde o
equipamento respectivo irá ser montado através de elementos
rígidos. Um elemento rígido permite estabelecer uma ligação
cinemática rígida entre dois nós para que a deformação sofrida por
um dos nós seja transmitida ao outro (ver Figura 4).

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4.2. Breve abordagem aos elementos de contacto


Como foi dito anteriormente, um dos desafios a que o autor
se propôs foi estudar a possibilidade de elaborar malhas de uma
forma mais expedita, sem perder posteriormente em tempo de
cálculo, e que ao mesmo tempo fornecesse resultados aceitáveis.
A resposta a este problema encontra-se numa combinação de
elementos rígidos, já abordados, com elementos de contacto. Os
elementos rígidos pretendem simular as ligações estruturais entre
os diferentes painéis, enquanto os elementos de contacto, como o
próprio nome indica, pretendem simular o contacto entre os painéis
dispostos na perpendicular entre si e evitar que haja inter
penetrações de diferentes painéis.
Convém no entanto referir algumas das propriedades dos
elementos de contacto e como estes devem ser definidos
correctamente em FEMAP e ABAQUS, uma vez que a sua má
explicitação pode levar a complicações posteriores durante a
resolução do sistema de equações, tais como a não consideração do
contacto ou tendência de não convergência para uma solução.
Existem três passos no processo de criação de contacto:

• Definição dos segmentos/superfícies de contacto


• Definição das propriedades de contacto
• Definição do par de segmentos/superfícies em contacto.

4.2.1. Definição dos segmentos/superfícies de contacto

Para a definição dos segmentos/superfícies de contacto há


que ter em linha de conta a geometria a modelar. No caso presente
temos apenas contacto entre painéis que se encontram na
perpendicular entre si. Para modelar este fenómeno deve ser
considerado um segmento e uma superfície, como representado na
Figura 5. O segmento deverá ser definido como o conjunto de nós
pertencentes à placa designada por slave. A superfície será definida
como a face dos elementos voltada para a placa slave onde é
esperado que ocorra contacto – placa master.

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Figura 5 - Representação dos segmentos/superfícies de contacto

4.2.2. Definição das propriedades de contacto

Para a definição das propriedades de contacto foi considerado


apenas o efeito de small sliding dado que estamos na presença de
placas que não apresentam deslocamentos relativos muito elevados,
logo podendo considerar-se que um nó slave irá interagir sempre
com a mesma área local da superfície master durante a análise.

4.2.3. Definição do par segmentos/superfícies em contacto

Na Figura 5 foram definidos como placa slave e placa master


os dois elementos em contacto. Esta designação não é aleatória. Na
modelação de contacto é necessário definir de que forma o contacto
se processa (propriedades de contacto) e qual das superfícies é
passível de ‘trespassar’ a outra. No presente caso, é óbvio que o
segmento slave no mundo real não pode penetrar a superfície
master. Esta é assim definida como aquela que limita as
deformações do segmento slave.

Figura 6 – Exemplo de penetração do segmento slave num segmento


master

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Existe, no entanto, a possibilidade da superfície master


penetrar no segmento slave (Figura 6). Para evitar este
acontecimento a malha ao longo do segmento slave foi 4x mais
refinada que a superfície master. Atingiu-se assim um bom
compromisso entre fiabilidade dos resultados e esforço
computacional.

5. Tipos de análise requeridas


Existem três tipos de análise que devem ser realizadas nesta
fase do projecto:

• Estática – serve fundamentalmente para validar


algumas considerações que tenham sido feitas durante
a fase inicial de projecto e para detectar possíveis falhas
na modelação do satélite;
• Extracção de modos de vibração – um dos requisitos da
entidade lançadora – Arianespace – é a ausência de
acoplamento dinâmico entre foguetão e satélite durante
o lançamento. Para tal, são impostos limites inferiores
aos principais modos de vibração do satélite – laterais e
longitudinais [3];
• Movimento harmónico de base – Quando o modelo STM
– Structural and Thermal Model – do satélite estiver
concluído será necessário realizar um conjunto de testes
e um deles será exactamente 3 testes de vibração numa
vasta gama de frequências, nas três direcções xx, yy e
zz do satélite, com vista a comprovar o bom
comportamento dinâmico deste. No entanto, é possível
que exista equipamento a bordo que não possa/deva
sofrer um teste completo em todas as frequências à
máxima amplitude de aceleração. Para tal, há que
prever situações de modos de vibração locais que
possam de alguma forma ser danosos para o bom
funcionamento do diverso equipamento. Quando é
detectado, através de análise de elementos finitos, um
destes modos de vibração locais, dá-se início a um
processo designado por notching procedure. Durante o
teste real ao STM, e para uma gama de frequências
próxima da frequência correspondente ao modo de
vibração é reduzida a intensidade da aceleração incutida

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na base, de forma a minimizar danos para o


equipamento em causa.

6. Resultados obtidos
O relatório com uma breve apresentação do modelo e análise
dos resultados encontra-se no anexo A. Todas as considerações
inicialmente ponderadas revelaram-se boas decisões, visto não
haver resultados que fujam ao domínio do previsível.
Durante a realização deste trabalho, várias alterações e
actualizações foram introduzidas no modelo de elementos finitos
com vista a apresentar um modelo quão próximo da realidade
quanto possível. O relatório presente no anexo A refere-se à última
iteração neste modelo.
Um dos equipamentos – OBDH_nodebox – apresentava, no
movimento harmónico de base segundo as direcções xx e yy, um
comportamento algo excêntrico. Devido à sua geometria algo fora
do comum e ao seu centro de massa não se encontrar
simetricamente colocado em relação aos pontos de fixação Figura 7,
surgia um modo de vibração local com um factor de participação
nada negligenciável. Os seus efeitos são bastante visíveis, como se
verifica por análise do relatório no anexo A.

Figura 7 - Pormenor da localização da OBDH_Nodebox

Este era um resultado bastante óbvio à partida e que foi


comprovado ocorrer através do modelo de elementos finitos aqui

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descrito, comprovando assim a validade dos restantes resultados


obtidos.

7. Considerações finais
Uma pequena mancha nesta fase é a falta de uma análise de
movimento aleatório de base, também ela normalmente realizada
por elementos finitos e com a mesma finalidade que o movimento
harmónico de base. Não foi possível realizar esta análise por falta
de informação por parte da entidade lançadora que ainda não
divulgou de que forma se manifestam as cargas acústicas e
térmicas quer qualitativamente quer quantitativamente.
Estas cargas costumam ser apresentadas estatisticamente sob
a forma de uma matriz de densidade espectral. Até à data os
valores desta matriz para o foguetão Ariane 5 ainda não nos foram
fornecidos pela Arianespace.

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PARTE II – SSETI EXPRESS

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8. Definição dos subsistemas

8.1. A Fase A mais rápida da história da engenharia


aeroespacial
Em finais de 2003 surgiu uma oportunidade de lançamento
que foi imediatamente agarrada pelo grupo de trabalho SSETI. A
este novo projecto deu-se o nome (óbvio) de SSETI EXPRESS. O
grande objectivo seria ter um satélite pronto para lançamento em
Dezembro de 2004, impondo assim um período de tempo de 1 ano
para dimensionar, projectar, construir, integrar e validar todos os
componentes do satélite, em separado e em conjunto.
A estratégia adoptada para fazer face a um tão curto espaço
de tempo passa obrigatoriamente por usar a tecnologia que estava
naquela altura a ser preparada para o ESEO, adaptá-la a esta nova
missão e quando isto não pôde ser realizado, procurar equipas
novas para o projecto capazes de responder a este novo desafio.
Com vista a arrancar com os trabalhos o mais cedo possível,
foram realizadas duas longas reuniões durante a VI Workshop em
Dezembro de 2003. Aqui foram distribuídas tarefas e elaborou-se
um primeiro plano de trabalhos, estando cada universidade
responsável por um certo equipamento ou aspecto da missão. Sob o
autor pende a responsabilidade dos sistemas de Configuração e
Estrutura. Os restantes sistemas são Propulsão – PROP, Energia –
EPS, Controle e Determinação da Atitude – ACDS, Análise da Missão
– MIAS, Comunicações (que, por sua vez, se divide em S-band e
UHF), Interface de controlo (directamente relacionado com
propulsão) – ICU, Computador de Bordo – OBC, Câmara – CAM, e o
dispositivo de lançamento de Cubesats. Justifica-se pois uma breve
descrição do funcionamento de cada um dos subsistemas.

8.1.1. Propulsão

O sistema divide-se fisicamente em 3 partes: Tanque com


combustível, PMS (Propellant Management System) e ACS (Attitude
Control subsystem).
O combustível armazenado no tanque trata-se de um gás frio,
no presente caso, Nitrogénio. O gás encontra-se no interior do
tanque a uma pressão de 300 bar e será através da expansão deste
aquando da sua passagem pelos expansores presentes em cada
ACS que se imprimirá um deslocamento ao satélite (princípio de
acção-reacção).

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Figura 8 – Sistema de Propulsão

Para suportar esta elevada pressão, recorreu-se a tanques


feitos de alumínio coberto por uma camada de fibra de carbono. A
presença de um tanque em fibra de carbono fabricado por
enrolamento filamentar pode acarretar alguns problemas devido
exactamente a este processo de fabrico. A não existência de fibras
orientadas segundo a geratriz do cilindro, combinado com a
tendência que este tipo de reservatórios de pressão têm de se
deformarem segundo a sua linha de eixo, tornava algo complexa a
fixação destes elementos à estrutura. O sistema adoptado encontra-
se representado na Figura 9. Este sistema consiste em ter duas
correias de couro em redor do tanque, tensionadas por parafusos
que fixam o tanque ao painel. Desta forma o tanque tem liberdade
para se deformar durante o processo de enchimento quer na
direcção radial, quer na direcção longitudinal.

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Figura 9 – Sistema mecânico de prisão do tanque

O crédito das imagens anteriores deve ser atribuído à equipa


da Universidade de Estugarda responsável pela construção deste
sistema.

8.1.2. Energia

Este sistema encontra-se sob a responsabilidade da equipa da


Universidade de Nápoles. O seu papel é proporcionar aos diferentes
equipamentos consumidores de energia a potência – corrente e
voltagem – necessária para o seu correcto funcionamento. A bordo
seguem quatro equipamentos para cumprir esta função: Unidade de
Controlo de Energia (PCU), Unidade de Distribuição (PIN), Bateria e
Células Solares.
A PCU destina-se a controlar a distribuição de energia pelos
diversos sistemas através da PIN. A bateria funciona como fonte de
energia principal a bordo do satélite. Será, após a separação do
foguetão, a bateria o único sistema com energia e capaz de ligar
todos os restantes sistemas por uma ordem precisa e previamente
estabelecida no software da PCU. Quando o nível de energia da
bateria se encontrar em valores muito baixos entram em acção as
células solares, coladas aos painéis exteriores. Nestes períodos de
tempo o satélite encontrar-se-á num consumo de energia mínimo,

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sendo a maior parte da energia proveniente das células solares


enviada para a bateria, de modo a carregar esta última.
O crédito pelas imagens seguintes deve ser atribuído a esta
equipa napolitana.

Figura 10 – Bateria

Figura 11 - PCU

8.1.3. Controlo e Determinação da Atitude - ACDS

Este foi um dos sistemas que não se encontrava disponível


para satisfazer o prazo inicialmente estabelecido de um ano. Para
fazer face à situação, um aluno de Mestrado da Universidade de
Aalborg apresentou um sistema muito simples que permitia

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controlar a órbita do satélite segundo dois eixos e permitia


determinar a sua posição relativamente a três eixos.
O sistema de controlo de atitude caracteriza-se por um
simples íman passivo que provoca a estabilização do satélite ao
longo das linhas do campo magnético terrestre. No entanto, ao
passar pelos pólos magnéticos terrestres o satélite será forçado a
realizar sobre si mesmo uma volta de 180º (Figura 12).

Figura 12 – Esquema da trajectória do satélite ao longo das linhas de


campo magnético terrestre

Para dissipar a energia cinética deste flip são colocadas duas


bobinas electromagnéticas ao longo dos painéis laterais, que
provocam um momento perpendicular ao provocado pelo íman.
Será aquando do flip sobre o pólo norte magnético que a
câmara apontará na direcção da Terra e serão tiradas fotografias.
A determinação da atitude é conseguida com a ajuda de dois
sensores de Sol colocados em lados opostos do satélite e de um
magnetómetro que medirá a intensidade do campo magnético
terrestre ao longo da órbita.

8.1.4. Análise da Missão

Trata-se de uma equipa que não se destina a produzir


hardware. A sua missão é fornecer dados sobre o comportamento
do satélite e prever a sua trajectória aquando em órbita. A base das
estimativas realizadas é a posição geográfica do local de
lançamento do foguetão, a sua altitude no momento de separação
dos vários satélites a bordo e por que ordem essa separação ocorre.

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Esta equipa fornece também informação sobre as efemérides


do satélite relativamente às duas estações terrestres – Aalborg
(Dinamarca) e Svalbard (Noruega).
Tem também a missão de comprovar junto da entidade
lançadora que a probabilidade de colisão dos cubesats com os
restantes satélites a bordo do foguetão após lançamento tem
tendência a diminuir após várias órbitas.

8.1.5. Comunicações

O sistema de comunicações encontra-se dividido em dois


subsistemas – UHF e S-band – operando cada um deles a
frequências diferentes.
O subsistema UHF destina-se a transmitir house kiping data
criada pelo computador de bordo para a Terra e a receber
telecomandos enviados da Terra para o satélite. Após o término da
missão, o satélite não irá sofrer uma entrada forçada na atmosfera,
mas sim, uma queda natural, o que poderá levar muitos anos até à
desintegração completa na atmosfera. Assim sendo, e se a saúde
dos restantes subsistemas a bordo o permitir, o satélite irá
funcionar como receptor-transmissor para a comunidade de rádio
amadores mundial usando as frequências de UHF definidas para
este subsistema.

Figura 13 – Antena de UHF

Figura 14 – Receptor-Transmissor de UHF

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O subsistema de S-band foi concebido apenas para


comunicação no sentido satélite-Terra. Servirá fundamentalmente
para enviar grandes quantidades de informação, nomeadamente as
fotografias tiradas pela câmara.

8.1.6. Interface de Controlo de Propulsão – ICU

Permite estabelecer uma interface entre o computador de


bordo e o sistema de propulsão. É através deste equipamento que
são enviadas as ordens de comando para o sistema de Propulsão e
são controladas todas as válvulas e thrusters a bordo.

Figura 15 - Sistema ICU

8.1.7. Computador de bordo – OBC

O nome diz tudo. O computador de bordo é o responsável


pela interpretação de todos os telecomandos enviados a partir da
Terra, compreensão da informação recebida, comando dos
restantes equipamentos e confirmar que os restantes equipamentos
receberam e compreenderam as ordens que lhes foram conferidas.
Também é responsável por controlar o bom funcionamento do
diverso equipamento a bordo e, caso detecte alguma anomalia,
alterar entre os modos de funcionamento do satélite.

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Figura 16 – Computador de Bordo

Existem três modos de funcionamento:


• Safe Mode – O satélite encontra-se em baixo consumo
de energia, estando apenas a PCU a ser alimentada
através dos painéis solares e a bateria a carregar.
• Recovery Mode – Quando algo de errado aconteceu com
o computador de bordo ou quando a bateria se encontra
com um baixo nível de carga este modo entra em
funcionamento. A PCU é responsável pela detecção de
anomalias no funcionamento do computador de bordo.
• Nominal Mode – Todo o satélite encontra-se no seu
funcionamento normal sendo os diversos equipamentos
controlados pelo computador de bordo.
No entanto, é impraticável e muito arriscado ter a bordo um
equipamento que controle tudo e não seja controlado por nada. Por
isso, PCU e OBC mantêm uma ligação permanente entre si de
controlo de funcionamento utilizando um simples sistema de
Ping?Pong!.

8.1.8. Câmara

Trata-se de uma adaptação de um equipamento que havia


sido utilizado com sucesso numa missão anterior – AAU Cubesat. A
câmara tem o seu próprio sistema de tratamento de imagem com
possibilidade de criação de thumbnails que permitem um download
rápido para a Terra afim de se realizar uma rápida avaliação da

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qualidade da imagem. Caso seja positiva essa avaliação envia-se o


telecomando correspondente para que se dê início ao download da
imagem em tamanho completo.

Figura 17 – Câmara

As imagens serão posteriormente codificadas utilizando


tecnologia JPEG para divulgação através do website do projecto [4].

8.1.9. Dispositivo de lançamento de Cubesats

Este sistema sofreu grande evolução desde o início deste


projecto. Inicialmente planeava-se utilizar um sistema designado
por P-POD – Poly Picosat Orbital Deployer. Trata-se de um sistema
simples e eficaz que permite o lançamento de 3 pico-satélites (ou
cubesats) desenvolvido pelas Universidades da Califórnia (Cal Poly)
e Stanford.

Figura 18 – P-POD

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No entanto, e por razões de adaptabilidade, quer dos


cubesats ao P-POD, quer do P-POD à configuração/estrutura do
satélite optou-se por um novo sistema designado por NLS-TPOD –
Nanosattelite Launch System desenvolvido em conjunto pelas
universidades de Toronto e Tóquio e já experimentado com sucesso.
A principal diferença apresenta-se no número de cubesats que cada
equipamento pode lançar: um P-POD é capaz de transportar e
lançar 3 cubesats enquanto um T-POD transporta 1 ou 2 cubesats
consoante a configuração ser Simples ou Dupla.
Tornou-se então necessário ter a bordo 3 T-PODs e de os
colocar a bordo de tal forma que o lançamento dos cubesats não
provoque uma desestabilização grave do satélite, nem seja possível
– ou pelo menos seja de probabilidade reduzida – uma colisão dos
cubesats entre si ou com outros satélites lançados pelo mesmo
foguetão.

Figura 19 – T-POD

Para além destas equipas de trabalho, existem outras que


conferem ao projecto a necessária orientação, coordenação e
exposição perante o público, isto apesar de não contribuírem com
hardware para a missão. São elas Administração, Engenharia de
sistemas, Infra-estruturas, Operações, Relações Públicas e equipa
de Direito.

8.1.10. Administração

A tarefa de coordenação e orientação durante todas as fases


do projecto está sob a alçada de dois membros do Education Office,
Neil Melville e Marie de Cock. São eles os principais dinamizadores
do projecto, negociadores do contrato de lançamento, quer com a
ESA, quer com a agência espacial russa. Têm a responsabilidade de

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incentivar e ajudar as várias equipas e proporcionar condições de


trabalho em grupo que permita ultrapassar todos os sobressaltos
que vão surgindo no caminho.
Também são eles os principais responsáveis pela manutenção
e correcto manuseamento da sala limpa no ESTEC para onde os
diversos componentes do satélite serão enviados e onde irá ser todo
ele construído e validado do ponto de vista mecânico e eléctrico.

8.1.11. Engenharia de Sistemas

Principal responsável pela articulação técnica entre os


diversos equipamentos. Duas pessoas estão a cargo dessa tarefa –
Neil Melville e Jörg Schäfer. As interfaces mecânica, eléctrica, de
software e outras entre os diversos equipamentos têm de ser
homogéneas sob pena de não ser possível estabelecer comunicação
entre eles. O resultado deste esforço de coordenação pode ser
observado em [5] e [6].

8.1.12. Infra-estrutura

Sob a alçada de uma pequena equipa na Universidade de


Viena, está a manutenção dos sistemas de comunicação, servidores
e sistemas de backup que permitem um constante fluxo de
informação via FTP, Web, IRC e Newsgroup.

8.1.13. Operações

Esta equipa da Universidade de Wroclaw, Polónia está


encarregue de estabelecer todos os protocolos de comunicação
entre os vários sistemas bem como coordenar o envio de instruções
a partir da Estação Terrestre para o satélite. Por esse motivo estão
também responsáveis pelo desenvolvimento, manipulação,
manutenção e criação de software para o Computador de Controlo
da Missão localizado em cada uma das Estações Terrestres já
mencionadas.

8.1.14. Relações Públicas

É a equipa que desenvolve toda a apresentação e publicitação


do projecto junto do público em geral, sendo responsável também
pela manutenção do Website [4] em coordenação com a equipa de
Infra-estruturas.

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De mencionar também as 3 equipas que se encontram a


desenvolver os Cubesats que irão ser lançados a partir do SSETI-
Express e respectivas missões:

8.1.15. XI-V (lê-se SAI-5) [7]

Após o sucesso da missão XI-IV, o primeiro nano-satélite da


Universidade de Tóquio, deu-se início ao processo de testes do
modelo de backup – o XI-V – para uso no SSETI-Express. A sua
missão consiste em testar e validar em órbita um sistema de BUS
usando componentes considerados de classe comercial. A
frequência de operações encontra-se numa banda de comunicação
amadora, podendo ser captadas por qualquer pessoa no mundo
com capacidade de recepção e acondicionamento do sinal.

8.1.16. NCUBE II [8]

Também um cubesat de segunda geração após o sucesso do


primeiro modelo, este nano-satélite encontra-se em
desenvolvimento pela universidade de Oslo, Noruega. O objectivo
desta iniciativa consiste fundamentalmente em oferecer aos
estudantes noruegueses a possibilidade de trabalharem em
projectos relacionados com a Engenharia Aeroespacial. A sua
missão consiste em demonstrar um sistema de vigilância de tráfego
marítimo a partir de uma órbita terrestre baixa (LEO – Low Earth
Orbit) usando o Sistema de identificação Marítima Automático
recentemente introduzido pela Organização Internacional do Mar.

8.1.17. UWE-1 [9]

Trata-se do primeiro satélite desenvolvido pela universidade


de Würzburg na Alemanha. A sua missão consiste em testar e
validar o uso de protocolos de Internet num ambiente espacial
caracterizado por uma propagação lenta do sinal devido às grandes
distâncias percorridas e níveis de ruído muito superiores
comparados com os normais meios terrestres de comunicação.

9. A Estrutura do SSETI Express – Fase B


Como é normal neste tipo de projectos, houve uma grande
evolução e, por vezes, até modificação, no desenho da estrutura até
chegar à fase de construção. Serão aqui descritos os passos mais

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importantes seguidos desde o desenho inicial descrito no anexo B


até ao ponto em que se está pronto a mandar fabricar as diferentes
partes. No anexo B pode ser encontrado o primeiro documento com
uma proposta de estrutura apresentado em Janeiro durante a
primeira SSETI Express workshop. Nele podem-se verificar algumas
diferenças em relação ao que vai ser apresentado nas páginas
seguintes, mas na sua essência, todas essas elas foram justificadas,
quer por um ponto de vista estrutural, financeiro ou simplesmente
de falta de tempo para ser possível fazer melhor – deve-se dizer de
início que este foi o dilema fundamental durante todo o projecto:
como construir um satélite com poucos recursos financeiros, pouca
experiência na matéria e num tão curto espaço de tempo...
Mas concentremo-nos agora na Estrutura do SSETI Express.
Um dos problemas que mais celeuma levantou – e ainda hoje
levanta – na concepção do ESEO é como garantir uma distribuição
de cargas homogénea pelos 12 parafusos que ligam o satélite ao
anel de separação (Figura 20).

Figura 20 – Posição dos 12 parafusos relativamente à estrutura principal

Este problema tem sido largamente debatido devido à


configuração da estrutura em # não passar perto de todos os 12
parafusos, mas apenas de 8.
Para resolver este problema recorreu-se a uma solução
simples de pôr em prática sem implicar grandes alterações quer na

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estrutura, quer no restante equipamento a bordo, principalmente na


tubagem afecta ao sistema de propulsão.
A solução adoptada no SSETI Express, sem provocar grandes
constrangimentos foi a seguinte: se aumentarmos a rigidez da zona
circular onde se situam os 12 parafusos, haverá tendência para uma
melhor homogeneização da carga transferida em cada parafuso.
Assim sendo, optou-se por aumentar a rigidez nesta área através
de um anel de titânio.
Para dimensionar correctamente este anel foram realizadas
várias análises de elementos finitos. Os resultados dessas análises
demonstraram, não só perante o grupo de trabalho SSETI, mas
também junto da própria agência espacial europeia, mais
exactamente a Arianespace, que este sistema permitia
homogeneizar a distribuição de cargas pelos 12 parafusos. Esta
demonstração foi um acontecimento importante na história do
SSETI-Express uma vez que caso não se tivesse provado por via
numérica que era possível uniformizar a distribuição de carga pelos
12 parafusos, não ia ser de todo possível lançar este satélite com a
actual configuração da estrutura pondo em risco a própria
possibilidade da existência de lançamento.
De seguida descreve-se o modelo de elementos finitos
desenvolvido para validar este método de uniformização de carga.

9.1. Modelação e geração da malha de elementos


finitos
A análise numérica foi realizada de forma semelhante ao que
já havia sido feito para o ESEO relativamente aos componentes
estruturais comuns aos dois satélites. No entanto, havia também a
necessidade de modelar os dois anéis que iriam realizar a interface
entre satélite e foguetão – anel de Titânio e anel de separação em
Alumínio. O primeiro encontra-se no interior do satélite enquanto o
segundo se situa do lado exterior – Figura 21.

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Figura 21 – Vista dos dois anéis (a base encontra-se em transparente


para melhor visualização)

Sendo o objectivo desta análise mostrar qual a evolução das


tensões ao longo do anel de Titânio, tanto ao longo da sua altura
como ao longo do seu perímetro, torna-se necessário modelar os
dois anéis com elementos tridimensionais. Assim, foram
seleccionados elementos tetraédricos de 10 nós com 3 graus de
liberdade – translação – em cada nó. Este tipo de elementos
permite uma análise bastante rigorosa da evolução do estado de
tensão ao longo da espessura e do perímetro do anel.

Figura 22 – Anel de Titânio (A base encontra-se a branco)

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Figura 23 – Anel de Separação (A base encontra-se a branco)

9.2. Análises efectuadas


Em última instância, o objectivo era calcular qual a força de
reacção a que cada um dos 12 parafusos iria estar sujeito quando o
satélite se encontra sujeito às cargas de lançamento.
Foram realizadas apenas análises estáticas ao comportamento
do satélite, para diferentes dimensões do anel e para diferentes
direcções de carregamento do satélite. Para simular o carregamento
foram consideradas apenas as cargas quasi-estáticas, tal como
aparecem descritas em [3]. Essas cargas no modelo foram definidas
como acelerações aplicadas nos centros de massa de cada
equipamento.
Ao longo das 12 posições onde devem ser alojados os 12
parafusos, foram colocados elementos rígidos estabelecendo uma
ligação permanente nesses pontos (Figura 24). Ao nó master de
cada um desses elementos rígidos encontra-se associada uma
condição de fronteira de encastramento simulando a ligação
satélite-foguetão.

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Figura 24 – Pormenor de um dos pontos de fixação

Na fronteira entre os elementos tridimensionais pertencentes


aos anéis e os elementos bidimensionais de placa foi considerado
que existia contacto permanente uma vez que estes 3 elementos –
anel de Titânio, base de honeycomb e anel de separação – se
encontram ligados entre si pelos 12 parafusos. Este contacto é
conseguido em ABAQUS através da keyword *TIE, ADJUST=0 que
permite estabelecer contacto permanente entre duas superfícies
(Figura 25).

Figura 25 – Exemplo da Keyword *TIE, ADJUST=0

9.3. Resultados obtidos


Após tratamento dos valores obtidos, é possível construir as
tabelas e gráficos presentes no anexo C. Cada gráfico revela qual a

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força de reacção em cada parafuso, para uma dada carga


(aceleração) aplicada e para diferentes dimensões do anel de
Titânio. Verifica-se, como seria de esperar, que à medida que as
dimensões deste anel aumentam, principalmente a espessura, a
uniformização das cargas se torna evidente.
Por razões de conservação da massa do satélite em valores
baixos, não se procurou atingir uma uniformização completa das
forças de reacção uma vez que isso implicava dimensões, e por
consequência massa, que se podiam tornar incomportáveis para o
projecto. Em vez disso, foi considerado que um valor de cerca de
30% de irregularidade na distribuição de cargas seria um valor
aceitável para o prosseguimento do projecto. Assim sendo, as
dimensões finais obtidas após este conjunto de análises foram
estabelecidas em 15 mm de espessura, 130 mm de raio interior e
170 mm de raio exterior. A sua massa ronda os 2,5 kg.
De referir que este não é o sistema perfeito para
uniformização de cargas. Outros métodos poderiam ter sido
avaliados, outros sistemas poderiam ter sido considerados, até
mesmo outras secções para este anel de Titânio poderiam ter sido
estudadas com o intuito de conseguir uma peça capaz de melhor
uniformização sem prejuízo para a massa final do satélite. Estes
estudos mais aprofundados não puderam ser realizados uma vez
mais devido ao curto espaço de tempo disponível para apresentar
uma solução perante a Arianespace.

10. O estudo de configuração do satélite


Também sob a responsabilidade do autor estava o estudo de
configuração do satélite. Este estudo reveste-se de especial
importância para os diversos equipamentos, sobretudo aqueles que
apresentam a necessidade de estabelecer contacto – eléctrico ou
mecânico – com outros equipamentos. Também de vital importância
é o controlo sobre a inércia do satélite. É imposto pela entidade
lançadora um limite em relação à posição do centro de massa do
satélite e à matriz de inércia. As dimensões globais do satélite
também devem estar dentro de limites pré-acordados com a
entidade lançadora. Também a equipa de ACDS necessita de ter
informação constantemente actualizada em relação à inércia do
satélite durante o desenvolvimento do projecto para correctamente
dimensionar o seu sistema de controlo.
Com a ajuda de software de CAD/CAM foram desenvolvidos
modelos tridimensionais da estrutura e dos vários equipamentos a
bordo com o intuito de responder a todas estas questões. Com a
evolução do projecto foram realizadas várias alterações a este

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modelo. As figuras seguintes mostram uma vista geral do modelo à


medida que este ia sendo desenvolvido e detalhado.

Figura 26 – Modelo 3D v1.0

Figura 27 – Modelo 3D v2.0

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Figura 28 – Modelo 3D v3.0

Figura 29 – Modelo 3D v3.12

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Figura 30 – Modelo 3D v3.14

Figura 31 – Modelo 3D v3.2.1

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Figura 32 – Modelo 3D v3.2.2 – Versão de lançamento

Figura 33 – Modelo 3D v3.2.2 – Versão de Voo

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Estes modelos foram utilizados durante a negociação do


lançamento, para produção de documentação técnica relativa ao
funcionamento do satélite, fornecem informação relativamente às
interfaces mecânicas entre os diversos equipamentos e a estrutura,
possibilitam o cálculo bastante eficiente da posição do centro de
gravidade e matriz de inércia e servem como cartão de visita a
quem navega até ao website do projecto [4]. Os resultados do
cálculo do Centro de Gravidade e Matriz de Inércia para três fases
distintas da missão são apresentados no anexo D.
As Figura 31 eFigura 33 representam a última versão do
modelo. Como é observável, houve a necessidade de realizar dois
modelos uma vez que a configuração em lançamento é bastante
diferente da configuração de voo. A diferença está no lançamento
dos cubesats e na alteração que este acontecimento provoca na
posição do centro de massa e matriz de inércia.
Não esquecer que para a entidade lançadora apenas importa
a inércia quando o satélite é lançado, enquanto que para a equipa
de ACDS apenas importa a inércia durante o voo. Daí a necessidade
de ter dois modelos actualizados, cada um para diferentes
momentos da missão – lançamento e voo.
No anexo D é possível encontrar um conjunto de imagens
tiradas a cada conjunto de três compartimentos segundo cada um
dos três eixos globais do satélite. A figura pequena na parte
superior de cada página diz qual o conjunto de compartimentos
apresentados na figura da mesma página. Também no anexo D se
podem encontrar resumos dos relatórios de inércia do satélite para
as duas configurações.

11. Fase C – A definição detalhada


Esta provou-se ser a fase mais complicada de todo o projecto.
Devido à distribuição de tarefas pelos quatro cantos da Europa e à
dependência directa da Estrutura e Configuração do trabalho que ia
sendo desenvolvido nos outros subsistemas, nem sempre foi
pacífico o dimensionamento dos componentes estruturais.
Houve necessidade de alterar por várias vezes os diferentes
elementos de ligação de forma a salvaguardar a integridade
estrutural do satélite – apenas a título de exemplo, alguns
elementos atingiram a 4ª versão no seu desenvolvimento. Neste
relatório será apresentada apenas a última versão de cada peça.

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11.1. Painéis de honeycomb


Embora a sua geometria geral estivesse estabelecida há muito
tempo, apenas recentemente foi possível realizar desenhos de
definição para estes elementos estruturais. Para o seu fabrico, foi
estabelecido um acordo com o Institut Für Spanende Fertigung
(ISF) da Universidade de Dortmund. Trata-se de um instituto em
crescimento com interesses particulares na área dos materiais leves.
No anexo E encontram-se os desenhos de definição destes
painéis. Para além dos normais pontos de fixação dos diversos
equipamentos, são também visíveis nesses desenhos os pontos de
passagem da diversa cablagem entre os compartimentos da
estrutura. Também se podem visualizar as bolsas existentes ao
longo dos bordos de cada painel que irão servir para colocar
insertos aonde serão fixados os painéis laterais. Junto à base de
cada painel é possível verificar também os pontos de fixação da
estrutura principal do satélite ao anel de Titânio, por onde a
globalidade das cargas irá passar.
O painel de honeycomb é constituído por peles em Alumínio
7075 e núcleo em Alumínio 5052. Trata-se de dois materiais
aprovados pela ECSS e tidos como de boa qualidade para o uso em
estruturas aeroespaciais.

11.2. Ligações mecânicas


Fabricar a estrutura principal em uma única peça de
honeycomb é algo tecnologicamente possível, mas financeiramente
incomportável para as universidades envolvidas no projecto. É
portanto necessário recorrer ao uso de elementos de ligação.
Duas alternativas se colocam: o uso de elementos mecânicos
como parafusos ou o uso de adesivos. A não existência de uma
análise do comportamento térmico do satélite durante a fase da
órbita de exposição ao Sol (cerca de 7/8 do período de uma órbita)
e a necessidade de haver uma certa facilidade na integração da
estrutura devido à escassez de tempo leva imediatamente ao uso
de sistemas mecânicos – por exemplo: parafuso/porca.
Dado o complexo arranjo entre os diversos equipamentos e a
necessidade de haver um elevado grau de facilidade na
maquinabilidade destes elementos mecânicos (o tempo mais uma
vez como principal entrave) não foi possível manter uma só peça,
isto é, um mesmo elemento de ligação que pudesse ser utilizado em
qualquer ponto da estrutura.
Assim, foram desenvolvidos oito elementos de ligação para os
diferentes painéis pertencentes à estrutura principal. Estes

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Projecto de Fim de Curso
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

elementos revestem-se de uma importância vital para a estrutura


do satélite visto serem eles os responsáveis pela transmissão de
cargas entre os painéis e dos painéis para o anel de Titânio. O
material utilizado é o Alumínio 7075. De reparar que se trata do
mesmo Alumínio usado nas peles dos painéis de honeycomb. A
justificação é muito simples – como não existe uma análise térmica
completa do satélite, é preferível colocarmo-nos do lado da
segurança e escolher o mesmo material, pois assim não haverá
incompatibilidades devido a deformações térmicas aquando em
órbita. De lembrar que não se possui controlo sobre a rotação do
satélite em torno de si mesmo, logo estando este em constante
mudança de temperatura consoante a velocidade a que roda.
Foram poucas as situações em que se revelou impossível o
uso de elementos de ligação puramente mecânicos. Nestes casos,
optou-se pelo uso de cantoneiras em L coladas em duas faces. Os
pontos de localização destas cantoneiras não se encontram
expostos directamente à luz solar não havendo por conseguinte
problema em relação ao comportamento do adesivo. Também
foram colocadas em locais onde os esforços de tracção não serão
muito elevados mas sim os esforços de corte.
Todos estes componentes foram vítimas de uma longa
evolução ao longo do tempo dada a dificuldade em manter uma
correcta relação entre maquinabilidade, facilidade de acesso para
montagem, preço e tempo de fabrico. No anexo F podem ser
encontradas algumas imagens referentes às análises de elementos
finitos realizadas sobre a última versão destes componentes e que
comprovam o bom funcionamento mecânico destes.
No anexo G encontram-se os desenhos de definição da última
versão dos diversos elementos de ligação mecânicos.

11.3. Anel de Titânio


No anexo H encontra-se o desenho de definição deste anel,
bem como uma fotografia do anel já fabricado. Esta é uma das
poucas peças já produzidas no momento da impressão deste
relatório.
O material utilizado é Ti6Al4V. Trata-se de uma liga de Titânio
com 6% de Alumínio e 4% de Vanádio. Este material encontra-se
referenciado pela ECSS como das poucas ligas de Titânio de bom
comportamento mecânico e térmico em ambiente espacial.

- 46 -
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11.4. Painéis exteriores


No anexo I podem ser encontrados os desenhos de definição
destes elementos estruturais. Trata-se de simples chapa de
alumínio furada e cortada de molde a possibilitar o acesso ao
interior do satélite e determinados pontos durante a integração,
validação e preparação para lançamento.
A estes painéis é conferida alguma estabilidade adicional
através de cantoneiras a toda a altura do satélite. Os desenhos de
definição destes elementos também se apresentam no anexo I.
No entanto, os painéis exteriores deverão ser os últimos
elementos a ser colocados no processo de integração do satélite.
Para tal, são utilizadas porcas especiais que não necessitam de
acesso dos dois lados do ponto de montagem. A Figura 34 revela
como funcionam estas porcas.

Figura 34 – Porcas a serem utilizadas para fixação dos painéis exteriores

11.5. Outros componentes mecânicos


Durante a execução do projecto foi necessário por vezes
auxiliar outras equipas no desenvolvimento das suas housings para
o seu equipamento. Várias outras peças foram assim desenvolvidas
para realizar funções de montagem ou simples manutenção,
transporte, etc. Os desenhos de definição destes componentes
encontram-se no anexo J.

- 47 -
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11.6. Insertos
Na globalidade do projecto existem 3 tipos diferentes de
insertos: aqueles que foram seleccionados a partir de uma
determinada norma regulamentadora das suas dimensões e uso,
aqueles que não têm nenhuma semelhança geométrica com os
primeiros, mas realizam basicamente a mesma função e aqueles
cuja existência se deve à necessidade de haver um equipamento
fixo a um lado de um painel de honeycomb, mas com uma ligação,
por exemplo, eléctrica, ao lado oposto do mesmo painel. Nesta
última situação encontram-se dois equipamentos: a antena UHF e o
sistema de activação eléctrica.
Para estes dois últimos equipamentos foram concebidos 2
insertos capazes de realizar a função acima descrita (Figura 35 e
Figura 36).

Figura 35 – Inserto para sistema de activação eléctrica

Figura 36 – Inserto para Antena UHF

No anexo K podem ser encontrados os desenhos de definição


destes dois insertos.

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Os primeiros insertos acima referidos são os que se


enquadram dentro da categoria de insertos abrangidos por normas
de fabrico. O livro [10] estabelece as regras de dimensionamento
destes insertos, processos de fabrico tanto dos insertos como do
painel onde o inserto vai ser alojado e a aplicação dos insertos nos
painéis por via de adesivo.
No entanto, não foi possível adquirir estes insertos junto dos
fabricantes visto só existir em stock insertos com dimensões
segundo o sistema métrico imperial – o que trazia óbvias
complicações mais tarde durante a integração – e o tempo de
fabrico de novos insertos segundo o sistema métrico era
simplesmente incomportável para o projecto. Foi decidido então
fabricar nós mesmos estes insertos, tendo como base as normas
NAS 1834 e NAS 1836. É certo que este não é o melhor método já
que os insertos deveriam ser peças cuidadosamente fabricadas
segundo regras muito rígidas. No entanto, também é verdade que
num sistema de inserto (constituído pelo próprio inserto, o painel e
o adesivo) é o adesivo o elo mais fraco no comportamento
mecânico do sistema. Será sobre o adesivo e a sua injecção durante
a integração que devem recair as principais preocupações.
Para além destes, foi também necessário fabricar insertos que
possibilitassem a montagem dos painéis laterais nos bordos da base,
topo e nos painéis verticais, como se pode ver nas Figura 37 e
Figura 38:

Figura 37 – Inserto Base-Lateral

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Figura 38 – Inserto Topo-Lateral

Os desenhos de definição destes insertos encontram-se no


anexo K.

12. Fase D – O fabrico dos componentes e


entrega para integração e validação
A maior parte dos componentes estruturais encontram-se já
em produção. Alguns ainda não chegaram a essa fase devido a
modificações de última hora dada a inclusão de alguns novos
equipamentos e necessidade de alterar a sequência de integração
do satélite.
Já foi feita referência ao ISF, onde foi maquinado o anel de
Titânio e estão agora a ser trabalhados os painéis de honeycomb. A
maioria dos insertos foi maquinada pela empresa portuguesa
Tecnogial. Os restantes componentes estruturais estão a ser
produzidos pela empresa holandesa Machinefabriek West End BV
[11].
Todos os componentes neste momento em produção deverão
chegar ao ESTEC no final do mês de Setembro. Nesta altura
proceder--se-á à colagem dos insertos nos painéis de honeycomb.
Existirão duas cópias exactas da estrutura. Uma será enviada
para a Universidade de Estugarda onde o sistema de propulsão está
a ser concebido. Aí, este sistema será integrado conjuntamente com
a Estrutura e o tanque será pressurizado. Posteriormente será
realizado um primeiro teste de vibrações apenas com o tanque
pressurizado e o restante equipamento de propulsão montados na

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estrutura. Caso os resultados sejam positivos, será nesta cópia da


estrutura que irão ser montados todos os restantes equipamentos e
será este o Flight Model.
No anexo L pode ser encontrado o documento com instruções
detalhadas para a correcta integração da estrutura e dos diversos
equipamentos desde a simples colagem dos insertos até à ordem
exacta pela qual os subsistemas devem ser integrados.
A outra cópia será utilizada como STM. Será com ela que se
irá criar um modelo estrutural em tudo semelhante ao modelo final
– centro de gravidade, matriz de inércia, massa total, etc. Esta
cópia será enviada em Novembro para Plesetsk onde irá ser
realizado um fit--check conjuntamente com todos os outros
satélites que serão lançados no mesmo voo. As suas dimensões,
massa e inércia serão verificadas pela entidade lançadora. No final,
todos os STMs dos satélites serão colocados na plataforma de
lançamento e será realizado um simulacro de lançamento, sendo a
plataforma sujeita a testes de vibração segundo os 3 eixos.

13. Fase E – Preparação para o lançamento


Assim que a cópia da estrutura utilizada no teste de vibrações
do sistema de Propulsão regressar ao ESTEC, os restantes
equipamentos serão montados nesta e será assim concebido o
Flight Model.
O modelo final será enviado para o centro espacial de Plesetsk
durante o período L-8 semanas e L-4 semanas (em que L significa
dia do lançamento). Uma vez em Plesetsk, o satélite poderá ser
acedido para abastecimento de tanque e últimos testes de
funcionamento do equipamento até L-5 dias. Após esse período
apenas pessoal autorizado do centro poderá aproximar-se do
satélite. Será nesta altura que o SSETI-Express e os restantes 4
satélites irão ser colocados na plataforma de lançamento que por
sua vez irá para o topo do foguetão. O foguetão pertence à classe
COSMOS-3M. Trata-se de um foguetão cuja origem está na guerra-
fria e no arsenal balístico da União Soviética. Após a Perestroika, e
dada a incapacidade financeira da Rússia de manter esse arsenal,
estes foguetões foram convertidos em equipamento civil ao dispor
daqueles que desejam colocar em órbitas baixas os seus satélites, a
preços bastante acessíveis.

- 51 -
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14. Perspectivas Futuras para a Iniciativa


SSETI e para a FEUP
O lançamento do SSETI Express abre portas a todo um
conjunto de alunos de toda a Europa que sempre desejaram
trabalhar na área da Engenharia Aeroespacial. O ESEO será o
segundo satélite inteiramente elaborado por alunos europeus a ser
colocado em órbita. Mas outras missões estão já em fase de estudo,
tais como missões à Lua, quer em órbitas lunares quer mesmo em
alunagens.
Uma segunda vaga onde o conhecimento agora adquirido
pode ser aplicado é em satélites de pequenas dimensões como é o
caso de cubesats. Enquanto os micro-satélites se apresentam como
grandes investimentos financeiros para grupos pequenos como
universidades isoladas, os cubesats oferecem uma alternativa
bastante acessível para o lançamento de pequenas experiências.
Várias foram já as universidades pelo mundo fora que
apostaram nesta iniciativa com elevado sucesso. Universidade de
Tóquio no Japão, Universidade de Aalborg na Dinamarca,
Universidade de Oslo na Noruega, Universidade de Otava no Canadá,
Universidade de Surrey no Reino Unido, e a impulsionadora deste
projecto, a Universidade de Stanford nos Estados Unidos são
apenas alguns dos exemplos de Universidades que já aderiram a
esta iniciativa, oferecendo aos seus alunos a possibilidade de
trabalhar num projecto aeroespacial, real e capaz de abrir inúmeras
portas nas mais variadas áreas do conhecimento tecnológico.
Em relação ao SSETI e à participação da FEUP neste projecto,
há boas perspectivas à continuação do bom trabalho que tem vindo
a ser realizado. Com a conclusão do SSETI Express existe agora
uma base de trabalho que pode ser aproveitada para o ESEO. A
experiência acumulada, os conhecimentos reunidos, os processos
desenvolvidos podem e devem servir como rampa de lançamento
para o ESEO e outros projectos que se venham a iniciar na área da
engenharia aeroespacial.
A abertura do corpo docente para este tipo de iniciativas
extracurriculares é hoje maior e o interesse dos alunos por
projectos reais, inovadores e com os quais possam desenvolver-se
enquanto futuros profissionais tem vindo a aumentar. As condições
estão hoje reunidas para lançar o sonho...

- 52 -
Projecto de Fim de Curso
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

15. Bibliografia
[1]. ESEO_B_CONF_031028_01_DesignJustification.doc
[2]. ESEO_B_STRU+P_020220_honeyc.doc – Numerical Simulation
of Sandwich Composite Plates
[3]. Ariane 5 Structure for Auxiliary Payload User’s Manual
[4]. www.sseti.net
[5]. FBD – Functional Block Diagram – Ex-Sys-FBD-C-Draft_9-
040818-1.pdf
[6]. MDD – Mission and Data Description – Ex-Sys-MDD-Draft_2-
040818-3.pdf
[7]. www.space.t.u-tokyo.ac.jp/cubesat/index-e.html
[8]. http://128.39.102.180/index.html
[9]. http://132.187.101.163/index
[10]. PSS_03_1202, Issue1 (June_1987) – Insert Design Handbook
[11]. www.westendBV.nl
[12]. ECSS Space Standards
[13]. Hexcel Composites Product Data Sheets
[14]. ESA PSS-03-203 Issue 1 – Structural Materials Handbook
[15]. ESA PSS-03-208 – Guidelines for Threaded Fasteners
[16]. ESA PSS-03-204 – Structural Acoustics Design Manual
[17]. www.loctiteaero.com
[18]. www.sherex.com
[19]. ESA PSS-01-202 Issue 1 June 1983 – Preservation, storage,
handling and transportation of ESA spacecraft hardware
[20]. Fortescue, Peter and Stark, John – Spacecraft Systems
Engineering, Second Edition

- 53 -
Projecto de Fim de Curso
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

ANEXO A – Descrição do Último Modelo de


Elementos Finitos para o Micro-satélite
ESEO

- 54 -
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

European Student Earth Orbiter (ESEO)

ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Ref.: ESEO_B_STRU+P_031125_2_sdmm06.doc
Issue: 2
Date: 25/11/2003

Prepared by: António Melro Date: November 2003

Checked by: Date:

Approved by: Date:

SSETI, ESA-ESTEC, ADM-RE


P.O. Box 299, 2200 AG Noordwijk, The Netherlands
Tel. (31) 71 565 4603 - Fax. (31) 71 565 5590
E-mail: education@esa.int

-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Document Change Record


Issue Date Changes
1 19/10/2003 First Draft
2 25/11/2003 Harmonic Response added
Actualization of some mass values on table 1

-1-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Index
Document Change Record.........................................................................................................................1

Index ............................................................................................................................................................2

1. Scope and summary..........................................................................................................................3

2. References..........................................................................................................................................4
Applicable documents..............................................................................................................................4
Reference Documents ..............................................................................................................................4

3. Model Overview ................................................................................................................................5


Mass budget and CoG´s...........................................................................................................................7
Material Data ..........................................................................................................................................8
Analysis code and pre/post processors....................................................................................................8
ABAQUS parameters ...............................................................................................................................9
Units ........................................................................................................................................................9
Coordinate systems..................................................................................................................................9

4. Model description ...........................................................................................................................10


Numbering and model size.....................................................................................................................10
S/C interface ..........................................................................................................................................11
Geometrical and material properties ....................................................................................................12
Description of some submodels .............................................................................................................13
Tank support .....................................................................................................................................13

5. FEM model checks..........................................................................................................................15


Pre-run checks.......................................................................................................................................15
Normal mode analysis ...........................................................................................................................15
Frequency response results ...................................................................................................................17

6. Appendix 1 - Modal analysis results’ summary ...........................................................................18

7. Appendix 2 - Frequency response results .....................................................................................22

-2-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

1. Scope and summary


This report describes the ABAQUS FE model of the ESEO spacecraft for the Ariane 5
launch vehicle. The model represents the configuration status from 10th October 2003
(see CATIA_10.zip file on the SSETI FTP folder). These are the latest configuration
files provided by the design team in Bilbao.
The purpose of this analysis was to show that the current design has enough stiffness
and complies with the minimum fundamental frequencies requirements specified in
[AD1]. It is also intended to demonstrate that the new # configuration for the central
structure provides a better way to fulfil those requirements. We also wish to retrieve
information on how the structure and the several sub-systems will behave when the
interface of the satellite with the ASAP is subjected to a harmonic solicitation.

The total mass of ESEO is (as of now) 85.23 kg. This is just part of the entire satellite
mass. At least one subsystem was not accounted for (solar panels), and the mass
relatively to non-structural elements like cables and other elements was also not take
into consideration.

Following analysis were performed with ABAQUS 6.3-1


• Normal modes analysis of S/C
• Steady State Dynamics Analysis – Base motion on degree of freedom 1 (x-axis)
• Steady State Dynamics Analysis – Base motion on degree of freedom 2 (y-axis)
• Steady State Dynamics Analysis – Base motion on degree of freedom 3 (z-axis)

The main results from the modal analysis are:


• First normal modes are the lateral ones at 52.4 Hz and 52.8 Hz,
• Longitudinal mode is at 196.33 Hz.

Both these results comply with specifications on [AD1].

-3-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

2. References

Applicable documents

[AD1] - ASAP5 User’s Manual


[AD2] - SSETI Teams, ESEO, Phase A Study Report, May 2001
[AD3] - ESA, Structures and Mechanisms division, ESA-PSS-03-203-Structural
Materials Handbook, April 1995
[AD4] - Hexcel Composites Co., HexWeb CR III, Corrosion Specific Grade Aluminum
Honeycomb
[AD5] - STRU-P, sdmm02-Sandwich composite materials trade study, Pedro M. Portela
[AD6] - STRU-P, sdmm03-FE extraction of satellite’s eigenmodes of vibration, Pedro
Portela
[AD7] - STRU-P, sdmm04-Modal & Dynamic Analysis, Pedro M. Portela, João Soares
[AD8] - STRU-P, sdmm05-FEModel description, Pedro M. Portela
[AD9] - ESEO_B_CONF_031028_01_DesignJustification
[AD10] - ESEO_C_PROP_031031_Budgets.xls

Reference Documents

[RF1] - Abaqus/Standard User’s Manual Vol. I, II, III


[RF2] - Abaqus Theory Manual
[RF3] - Abaqus/Keywords Manual

-4-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

3. Model Overview
The FE model as described below reflects the preliminary status of the configuration
(October 2003).

Startracker

Figure 1: 3D view of the CATIA model as of 10/2003


Since some results were shared during the elaboration of this report, the configuration
drawing suffered a small change not represented on the above picture: the Startracker
was translated from its position, being now next to the central structure. For more
information on this please refer to [AD9].

-5-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

For the Femap/ABAQUS model a combination of bar-, shell-, rigid-, contact- and mass
elements were used to represent the various components of the structure.
The units and single masses situated on the ESEO interior panels and upper and lower
deck panels are modeled with point masses and connected to their I/F points through
rigid (Cinematic link) elements. Other components as MLI, harness, etc. were NOT
considered.

Figure 2: Isometric view of the FE model


Sandwich panels were modeled using laminate type elements, while the corner ‘L’
profiles were modeled with beam elements. The side panels are simple plate elements.
In dark blue are visible the rigid elements in an attempt to simulate the joints between
the structural elements. The mass elements simulating the several subsystems are
represented in green. Contact elements are not visible on the above picture. These were
used to simulate contact between the different panels.

-6-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Mass budget and CoG´s

The details of the model’s mass budget are summarized in Table 1.


Center of Gravity (mm) Rigid
Name Mass (kg) Node Element
Xg Yg Zg Element
Tank 1 7.35 0 0 326.275
Tank 2 7.35 169.875 0 326.275
Tank 3 7.35 0 169.875 326.275
Tank 4 7.35 0 -169.875 326.275
Tank 5 7.35 -169.875 0 326.275
Transceiver 5.8 149.75 -149.75 325 30000 40000 50000
PSM 5 164.75 164.75 214.376 30001 40001 50001
Startracker 0.4 212 139.75 463.2 30002 40002 50002
OBDH_Nodebox_bot 1.8 -164.75 164.75 95 30003 40003 50003
PC box 3.475 -129.75 164.75 284.595 30004 40004 50004
OBDH_Nodebox 1.504 -154.75 154.75 512.595 30005 40005 50005
PWR_PCU 1.5 -164.75 -139.75 160 30006 40006 50006
Reaction Wheel 0.3 -164.75 -139.75 354.931 30007 40007 50007
Batteries 2.117 -149.75 -149.75 475 30008 40008 50008
INS_NAC 2.333 -139.75 -154.75 630 30009 40009 50009
MECH_1 0.1 0 -175 625 30010 40010 50010
MECH_2 0.1 0 175 625 30011 40011 50011
COMM_HGA 1 -110 110 662.5 30012 40012 50012
Magnetometer 0.45 82.307 -85.391 663 30013 40013 50013
Earth Sensor 0.8 113.123 118.035 679.994 30014 40014 50014
LGA 1 0.1 190 190 664.5 30015 40015 50015
LGA 2 0.1 266.5 190 590 30016 40016 50016
LGA 3 0.1 190 266.5 590 30017 40017 50017
LGA 4 0.1 190 -190 664.5 30018 40018 50018
LGA 5 0.1 266.5 -190 590 30019 40019 50019
LGA 6 0.1 190 -266.5 590 30020 40020 50020
Sun Sensor 1 0.3 270.563 0.142 224.938 30021 40021 50021
Sun Sensor 2 0.3 -270.563 0.142 224.938 30022 40022 50022

S/S Mass [kg] 64.629


Model Mass [kg] 85.228
Structural Mass [kg] 20.599

Table 1: Model mass breakdown

The mass for the tanks was estimated having as basis [AD10]. There we were able to
find information not only about the tanks’ mass, but also about other devices such as
valves, that allowed us to have a better estimate on the real propulsion weight on the
satellite. The propellant’s mass was also considered.

-7-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

The analysis code calculated the following for the model’s CoG and inertia matrix

CoG: [mm]
X-axis 0.091676
Y-axis 4.145617
Z-axis 329.9224

Inertia Matrix: [m2 kg]


4.523065 7.47E-03 9.86E-02
7.47E-03 4.542565 0.1981843
9.86E-02 0.1981843 3.733913

Material Data

The material stiffness properties used for the analysis were derived from materials
database (www.matls.com). A damping factor of 2% was considered for the steady state
analysis.

Material 1 - al_skins
Type ISOTROPIC
Density = 2780. Damping = 0.02 Ref Temp 0.
STIFFNESS E= 72400000000. G= 28000000000. Nu =0.33

Material 2 - al_honeycomb
Type 2D ORTHOTROPIC
Density =37. Damping =0.02 Ref Temp 0.
STIFFNESS E1 =1000. G12 =100. Nu12= 0.3
E2= 1000. G1z =220000000.
G2z =112000000.

Analysis code and pre/post processors

For all analysis, ABAQUS/ Standard Version 6.3-1 was used. Femap V8 was used for
pre-processing. Post-processing was done in ABAQUS Viewer.

-8-
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

ABAQUS parameters

The mesh, once defined was exported to an ABAQUS input file. Following parameters
were then added to the bottom of the file to produce the desired results:
The first 50 eigenfrequencies
greater then 1 were extracted.
This prevents the occurrence of
any eventual rigid body modes.
(unconnected point mass)

The model was fixed at the


interface point to reflect
conditions in the ASAP User’s
Manual
Sine vibration, frequency range
0 Hz to 600 Hz (includes most
important eigenfrequencies).
Forcing function is a base
motion in a specific degree of
freedom (DOF) of type
acceleration and with no
variation with frequency
(amplitude defined above is a
unit function). Three STEPs
were defined, one in each
DOF.

Figure 3: ABAQUS analysis parameters for eigenmodes analysis (STEP 1) and harmonic response
(STEPs 2, 3 and 4)

Units
The analysis was prepared with a consistent set of SI units. Geometric units are in
meters, material properties are in Pascal.

Coordinate systems
The coordinate system is the one defined in the System Engineering Management Plan
document: center in the lower deck panel.

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Phase : B
Date : 25/11/2003

4. Model description
The main changes included in this new model are:
• The central structure has suffered significant changes: the central shear
panels in X configuration were replaced by honeycomb panels in a #
configuration.
• Only the solar panels were not simulated on this new model since on the
CATIA file previously mentioned they were not included.
• The tanks were modelled with beam type elements due to their
interaction with the central and side panels. It was considered that this
interaction only occurred on the top and base of each tank.
• The connection between the different structure elements was changed
from ‘shared nodes’ to a combination of rigid and contact elements. The
first were used to simulate the ‘L’ shape joints between structural
elements and the last to prevent penetration between those same panels.
• The Inertia matrix of the subsystems was considered while defining the
properties to be used on the mass elements.
• The different thicknesses of the side panels were also taken into
consideration.
• Since at this time there isn’t a complete agreement on the size of the
holes for the subsystems I/F’s, we decided not to include them.

Numbering and model size

The model was layered according to the next table.

Table 2: Model's layers

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Phase : B
Date : 25/11/2003

The model has 8530 nodes and 7918 elements.

S/C interface

The interface with the launcher was simulated by attaching the interface nodes on the
base to a fixed point. This was done through rigid elements.

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Phase : B
Date : 25/11/2003

Geometrical and material properties

The following tables define the property values for the main structural elements like the
lower and upper deck panels, the lateral panels and the central panels.

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Phase : B
Date : 25/11/2003

Description of some submodels


Tank support

Because of the mechanical interface between the panels, both lateral and central, and the
five tanks, the last were modelled using beam elements. The inside tank was also
modelled with a beam element.
The properties used for the beam elements were adjusted so that their mass and stiffness
were representative of those of the propulsion sub-system. Data for the geometry was
gathered from documentation provided by the propulsion team [AD10].

Interface with lateral


panels

Figure 4: Detail of the tank support and attachment system

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Figure 5: Tanks modelled with beam elements (in yellow) and connected with rigid elements (in
blue) to the central and lateral panels

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Phase : B
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5. FEM model checks

Pre-run checks
From the pre-run check, it was concluded that the solar panels were not pictured on this
last configuration file. Hence, they were NOT represented on this analysis.

Normal mode analysis

The eigenmodes analysis resulted in the natural frequencies and mode shapes shown in
Figure 6 to Figure 11.

It can be easily demonstrated that, according to these results, the frequency


requirements are met with the following margins of safety.

flatmin = 45Hz
min
flong = 90 Hz
flat = 52.4 Hz
flong = 196.3Hz
flatmin
MoSlat = 1 − = 1 − 0.859 = 0.141(14.1%)
flat
min
flong
MoSlong = 1 − = 1 − 0.458 = 0.542(54.2%)
flong

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Figure 6: 52.4 Hz (Y direction) Figure 7: 52.8 Hz (X direction)

Figure 8: 169.4 Hz (torsion mode) Figure 9: 196.3 Hz (Z-direction)

Figure 10: 264.9 Hz (local PC-box) Figure 11: 291.3 Hz (local OBDH-nodebox mode)

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Frequency response results

A plot of the frequency response is presented next. On this graph, is visible that the
response, as expected, peaks at the eigenfrequencies. Appendix 2 presents other graphs.

This graph shows the acceleration along the x-axis when a base motion with an
amplitude equal to 1 is applied also on the x-axis. The peak in the centre occurs for
291.3 Hz and corresponds to the 6th mode of vibration shown above (local OBDH-
nodebox mode).

The output database file created by ABAQUS can provide the acceleration on any
direction for any given base motion. Appendix 2 provides some more graphs.

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6. Appendix 1 - Modal analysis results’ summary


These are the results for the satellite’s 50 first eigenfrequencies.

FREQUENCIES GENERALIZED COMPOSITE


MODE Nº
[Hz] MASS MODAL DAMPING
1 52.423 38.879 0.48%
2 52.796 39.205 0.48%
3 169.37 22.397 0.61%
4 196.33 62.843 0.44%
5 264.95 48.553 0.20%
6 291.25 36.682 0.04%
7 346.84 10.380 0.40%
8 357.37 14.298 0.53%
9 379.35 22.171 0.79%
10 384.09 12.715 1.22%
11 394.98 21.160 1.00%
12 403.83 38.062 0.78%
13 409.54 16.228 0.96%
14 442.14 27.629 0.57%
15 448.82 32.427 0.20%
16 472.59 0.87613 0.98%
17 482.5 0.88852 0.20%
18 491.81 0.84853 1.42%
19 498.65 0.80096 1.39%
20 516.14 13.261 0.75%
21 521.54 14.344 0.70%
22 534.94 10.178 0.05%
23 566.84 33.030 0.89%
24 572.72 12.724 1.66%
25 587.58 0.76942 1.34%
26 598.22 42.885 0.93%
27 603.96 12.246 1.56%
28 614.51 0.83231 1.69%
29 642.77 0.47701 1.63%
30 656.55 0.73077 1.41%
31 667.57 0.79858 1.26%
32 670.14 0.90728 1.54%
33 687.2 20.589 1.03%
34 692.34 0.71948 0.81%
35 695.2 13.701 1.43%
36 708.65 0.75219 1.22%
37 716.28 0.76203 1.33%
38 720.58 0.90134 1.77%
39 733.82 12.907 1.29%
40 736.39 17.041 1.06%
41 748.74 0.65821 0.24%
42 765.81 0.76168 0.59%
43 775.03 0.88864 0.87%
44 783.56 0.89664 0.88%
45 812.48 0.73019 1.15%
46 826.94 0.34625 1.17%
47 835.99 0.82406 1.42%
48 843.11 0.61477 1.54%
49 851.94 0.91446 1.68%
50 856.08 0.85789 1.29%

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Phase : B
Date : 25/11/2003

Although both lateral and longitudinal frequencies comply with the requirements
specified on [AD1], it should be noted that the total mass of the satellite is still far from
its real value, which means that those frequency values will drop when we add the solar
panels and the non-structural mass. This should be taken into consideration for the next
configuration model.

Next we present the participation factors and the effective mass for each mode of
vibration.

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Phase : B
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PARTICIPATION FACTORS

MODE Nº X-COMPONENT Y-COMPONENT Z-COMPONENT X-ROTATION Y-ROTATION Z-ROTATION


1 -0.58451 1.0945 -9.45E-03 -0.52511 -0.2811 -6.17E-03
2 1.0915 0.5842 1.05E-03 -0.27941 0.52305 1.11E-03
3 7.02E-02 -1.27E-02 -3.89E-03 2.93E-03 -2.74E-04 -0.40031
4 -7.43E-03 2.42E-03 1.1637 2.28E-03 -1.70E-03 -5.67E-04
5 0.57635 0.4336 1.45E-02 1.76E-02 -2.80E-02 0.13854
6 -0.49515 -0.36787 -1.33E-02 -3.43E-03 6.52E-03 4.21E-02
7 0.34221 1.1533 1.39E-02 3.05E-02 -9.15E-03 -1.96E-02
8 1.0348 -0.61065 9.72E-03 -1.40E-02 -2.66E-02 -1.38E-02
9 0.99405 0.68553 7.73E-03 1.34E-02 -2.58E-02 -2.47E-03
10 0.15028 0.36768 4.76E-03 7.44E-03 -2.70E-03 3.14E-02
11 -0.2139 -0.23323 -3.17E-03 -7.14E-03 1.97E-03 -8.83E-03
12 3.37E-02 0.484 6.96E-04 7.68E-03 -3.21E-03 -1.79E-02
13 0.83318 0.2367 -1.11E-04 2.09E-03 -1.41E-02 -3.21E-02
14 -0.55643 -0.47195 -2.37E-03 -1.21E-02 1.16E-02 -6.95E-02
15 -0.42846 -0.25883 9.61E-06 -7.70E-03 1.34E-02 2.67E-02
16 -6.38E-02 -0.25027 2.04E-02 -5.41E-03 -4.07E-03 -2.20E-02
17 0.27041 -0.60164 3.17E-03 -1.94E-02 -1.09E-02 4.90E-02
18 0.1668 -0.15545 1.06E-03 -5.63E-03 -8.60E-03 -1.04E-02
19 -3.25E-02 -0.16979 1.40E-02 -7.26E-03 2.35E-03 -1.97E-02
20 -0.1436 -8.54E-02 -7.49E-02 -2.47E-03 4.36E-03 -1.32E-02
21 0.28369 0.21233 6.37E-02 7.81E-03 -1.00E-02 -7.29E-03
22 -1.35E-02 -0.20798 -0.19741 -6.92E-03 1.77E-03 -5.84E-03
23 0.21145 -0.26384 -1.42E-02 -3.77E-03 -3.68E-03 8.70E-03
24 7.61E-02 -0.18131 8.85E-04 -2.60E-03 -7.90E-04 2.94E-03
25 -6.85E-03 -8.78E-02 3.85E-02 2.16E-03 1.23E-03 -6.81E-04
26 0.10149 6.85E-02 -1.67E-02 3.73E-06 -4.57E-04 -2.26E-03
27 -5.76E-02 -0.17212 1.67E-02 -1.78E-03 -9.73E-04 -5.32E-03
28 -0.15303 7.32E-02 2.41E-02 3.79E-04 -1.18E-04 1.40E-03
29 7.65E-03 -5.09E-02 2.49E-02 -2.21E-03 1.51E-03 1.17E-03
30 -9.61E-02 6.28E-02 -2.68E-04 -9.07E-06 -1.37E-03 -1.29E-02
31 8.93E-02 -4.93E-02 3.34E-02 -2.93E-03 -2.40E-03 1.10E-02
32 -6.52E-02 -1.72E-02 -3.42E-02 4.05E-03 -9.20E-04 4.93E-03
33 -3.87E-02 -4.56E-02 -5.53E-02 -2.91E-05 -2.16E-03 8.09E-03
34 0.1357 -9.05E-02 2.53E-02 -1.30E-02 -8.87E-03 2.09E-02
35 -2.90E-02 8.08E-02 -2.27E-03 8.55E-03 2.04E-03 -1.73E-02
36 -8.90E-02 -2.47E-02 -4.55E-02 2.70E-03 4.44E-05 1.03E-03
37 1.33E-02 7.51E-03 -4.88E-03 1.34E-03 -5.33E-03 -9.04E-03
38 -9.90E-04 2.11E-02 5.15E-03 1.43E-04 1.62E-03 -1.58E-03
39 4.01E-02 -2.00E-02 -3.39E-02 1.86E-03 -6.30E-03 -9.05E-04
40 -9.25E-03 -9.16E-02 1.08E-02 -3.98E-03 -3.19E-03 -9.41E-03
41 3.80E-02 5.68E-02 -6.52E-02 -2.66E-03 -1.04E-02 -2.15E-02
42 0.18116 3.92E-02 6.14E-03 -4.99E-03 -1.46E-02 -3.15E-02
43 0.14181 0.17738 -1.01E-02 1.38E-02 -9.16E-03 2.12E-02
44 -1.91E-02 0.12058 -9.67E-03 6.44E-03 -4.32E-03 -1.45E-03
45 0.12536 -1.09E-02 -2.58E-02 5.07E-03 -6.11E-03 3.37E-03
46 -2.89E-02 -7.72E-02 -1.97E-02 5.02E-03 -6.52E-03 1.90E-02
47 -3.58E-02 3.87E-02 1.06E-02 -1.42E-04 1.85E-03 1.46E-04
48 -1.33E-02 2.09E-02 2.53E-02 2.10E-05 3.59E-03 5.53E-03
49 -8.95E-02 -2.90E-02 1.13E-02 1.29E-03 -3.46E-03 -2.92E-04
50 -1.91E-02 3.17E-03 -1.36E-02 -3.75E-03 4.19E-03 -3.05E-03

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Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

EFFECTIVE MASS

MODE Nº X-COMPONENT Y-COMPONENT Z-COMPONENT X-ROTATION Y-ROTATION Z-ROTATION


1 13.283 46.572 3.48E-03 10.721 3.0721 1.48E-03
2 46.706 13.38 4.29E-05 3.0608 10.726 4.85E-05
3 0.11029 3.64E-03 3.38E-04 1.92E-04 1.68E-06 3.5891
4 3.47E-03 3.67E-04 85.102 3.26E-04 1.81E-04 2.02E-05
5 1.6128 0.91282 1.02E-03 1.51E-03 3.81E-03 9.32E-02
6 0.89934 0.49641 6.50E-04 4.32E-05 1.56E-04 6.51E-03
7 1.2156 13.807 2.02E-03 9.65E-03 8.68E-04 3.99E-03
8 15.312 5.3318 1.35E-03 2.81E-03 1.01E-02 2.72E-03
9 2.1908 1.0419 1.32E-04 3.98E-04 1.47E-03 1.35E-05
10 2.87E-02 0.1719 2.88E-05 7.03E-05 9.27E-06 1.25E-03
11 9.68E-02 0.1151 2.12E-05 1.08E-04 8.21E-06 1.65E-04
12 4.33E-03 0.89164 1.84E-06 2.24E-04 3.91E-05 1.22E-03
13 1.1265 9.09E-02 2.01E-08 7.11E-06 3.20E-04 1.67E-03
14 0.85546 0.61539 1.55E-05 4.07E-04 3.70E-04 1.33E-02
15 0.59529 0.21723 3.00E-10 1.92E-04 5.83E-04 2.31E-03
16 3.57E-03 5.49E-02 3.65E-04 2.56E-05 1.45E-05 4.25E-04
17 6.50E-02 0.32162 8.95E-06 3.35E-04 1.06E-04 2.14E-03
18 2.36E-02 2.05E-02 9.61E-07 2.69E-05 6.27E-05 9.12E-05
19 8.46E-04 2.31E-02 1.56E-04 4.22E-05 4.44E-06 3.12E-04
20 2.73E-02 9.67E-03 7.44E-03 8.09E-06 2.53E-05 2.31E-04
21 0.11544 6.47E-02 5.82E-03 8.75E-05 1.44E-04 7.63E-05
22 1.86E-04 4.40E-02 3.97E-02 4.87E-05 3.19E-06 3.47E-05
23 0.14768 0.22992 6.65E-04 4.69E-05 4.47E-05 2.50E-04
24 7.37E-03 4.18E-02 9.98E-07 8.63E-06 7.94E-07 1.10E-05
25 3.61E-05 5.93E-03 1.14E-03 3.60E-06 1.16E-06 3.56E-07
26 4.42E-02 2.01E-02 1.19E-03 5.98E-11 8.97E-07 2.18E-05
27 4.07E-03 3.63E-02 3.43E-04 3.90E-06 1.16E-06 3.46E-05
28 1.95E-02 4.46E-03 4.83E-04 1.19E-07 1.15E-08 1.64E-06
29 2.79E-05 1.24E-03 2.95E-04 2.32E-06 1.08E-06 6.48E-07
30 6.75E-03 2.88E-03 5.23E-08 6.01E-11 1.37E-06 1.21E-04
31 6.36E-03 1.94E-03 8.89E-04 6.87E-06 4.62E-06 9.59E-05
32 3.85E-03 2.68E-04 1.06E-03 1.49E-05 7.67E-07 2.20E-05
33 3.09E-03 4.29E-03 6.29E-03 1.74E-09 9.60E-06 1.35E-04
34 1.32E-02 5.90E-03 4.62E-04 1.22E-04 5.66E-05 3.13E-04
35 1.15E-03 8.95E-03 7.06E-06 1.00E-04 5.69E-06 4.12E-04
36 5.96E-03 4.59E-04 1.56E-03 5.48E-06 1.48E-09 8.03E-07
37 1.35E-04 4.30E-05 1.82E-05 1.38E-06 2.16E-05 6.23E-05
38 8.83E-07 4.01E-04 2.39E-05 1.85E-08 2.37E-06 2.26E-06
39 2.08E-03 5.16E-04 1.49E-03 4.45E-06 5.11E-05 1.06E-06
40 1.46E-04 1.43E-02 1.98E-04 2.70E-05 1.73E-05 1.51E-04
41 9.51E-04 2.12E-03 2.80E-03 4.64E-06 7.14E-05 3.03E-04
42 2.50E-02 1.17E-03 2.87E-05 1.89E-05 1.62E-04 7.55E-04
43 1.79E-02 2.80E-02 9.09E-05 1.70E-04 7.45E-05 3.99E-04
44 3.26E-04 1.30E-02 8.39E-05 3.72E-05 1.67E-05 1.90E-06
45 1.15E-02 8.67E-05 4.86E-04 1.88E-05 2.73E-05 8.30E-06
46 2.89E-04 2.07E-03 1.35E-04 8.74E-06 1.47E-05 1.26E-04
47 1.06E-03 1.23E-03 9.22E-05 1.65E-08 2.81E-06 1.75E-08
48 1.09E-04 2.69E-04 3.92E-04 2.71E-10 7.94E-06 1.88E-05
49 7.33E-03 7.71E-04 1.18E-04 1.52E-06 1.10E-05 7.81E-08
50 3.14E-04 8.64E-06 1.60E-04 1.20E-05 1.51E-05 7.98E-06

TOTAL 84.607 84.615 85.185 13.799 13.817 3.724

- 21 -
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

7. Appendix 2 - Frequency response results


Base motion applied along the X-axis:

X-axis acceleration

- 22 -
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Y-axis acceleration

Z-axis acceleration

- 23 -
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Base motion applied along the Y-axis:


X-axis acceleration

Y-axis acceleration

- 24 -
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Z-axis acceleration

- 25 -
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Base motion applied along the Z-axis:


X-axis acceleration

Y-axis acceleration

- 26 -
Project: European Student Earth Orbiter (ESEO)
Doc: ESEO-B-Stru+P_Sdmm06-FEModel
description
Phase : B
Date : 25/11/2003

Z-axis acceleration

- 27 -
Projecto de Fim de Curso
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

ANEXO B – Soluções apresentadas para a


Estrutura e Configuração do Micro-satélite
SSETI Express

- 82 -
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

SSETI Express

SSETI Express Structures/Configuration


Design Solutions
Ref.: EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design Solutions.doc
Issue: 2.0
Date: 24-01-2004

Prepared by: António Melro Date: 24-01-2004

Checked by: Date:

Approved by: Date:

SSETI, ESA-ESTEC, ADM-AE


P.O. Box 299, 2200 AG Noordwijk, The Netherlands
Tel. (31) 71 565 4603 - Fax. (31) 71 565 5590
E-mail: education@esa.int
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

1 DOCUMENT CHANGE RECORD

Version Change By Date


01 First draft António Melro 16/12/03
Pedro Portela
02 António Melro 24/01/04
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

2 TABLE OF CONTENT

1 DOCUMENT CHANGE RECORD ....................................................1

2 TABLE OF CONTENT .......................................................................2

3 REFERENCE AND APPLICABLE DOCUMENTS ..........................3

4 INTRODUCTION ................................................................................4

5 OVERVIEW ON CURRENT CONFIGURATION ............................5

5.1 Problems needing attention .............................................................................8

6 OVERVIEW ON CURRENT STRUCTURE....................................10

7 PERSONNEL INVOLVED ...............................................................14

8 TIMELINE .........................................................................................15
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

3 REFERENCE AND APPLICABLE DOCUMENTS

[RD1] EXPRESS_A_ESA_081203_01_Design_Solutions
[RD2] EXPRESS_C_PROPPAYLOAD_120104_01_SSETI_Express_KickOff
[RD3] 040119 PROPPAYLOAD System Overview
[RD4] P-Pod Deployer Requirements
[RD5] P-Pod Mechanical Assembly Procedures
[RD6] P-Pod research
[RD7] P-Pod Vibration Qualification Test (PVQ)
[RD8] ASAP5 User’s Manual

3
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

4 INTRODUCTION

This document describes the design solutions for Structure/Configuration team for the SSETI
Express satellite.

For starting point, it was decided that the ESEO satellite structure should be used. The fact
that its study is considerably advanced (near PDR) and that all the Finite Element Analysis
have been performed for it, makes it a good basis for a fast work.

The Configuration for SSETI Express will be under ESEO-STRU team responsibility. It shall
be worked out in close contact with System Engineering team. Configuration work for the
SSETI Express orbiter shall also be done by members of the structures team in Porto. It is
believed that this should also help speed up the design process.

4
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

5 OVERVIEW ON CURRENT CONFIGURATION

From the Design Solutions document developed during last workshop on ESTEC (December
2003) [RD1], it is easily recognized that the Propulsion sub-system and the deployment
system for the Cubesats (dubbed P-POD) are the main design drivers for the final
configuration. As such, and for an initial iteration, the propulsion system will consist of 2
propellant storage tanks placed in the same configuration as the ones of ESEO. The central
tank, number 5, will be replaced by the P-POD box. A quick fit-check was performed and this
solution appears to be valid. The questions of the opening P-POD door and the deployment of
the Cubesats need to be better studied. However, it is foreseen that the P-POD door will open
to an angle of less than 180º and the Cubesats will be deployed in the +Z direction.

Transceiver
Magnetometer

P-POD
LGA CAM

Passive Magnet

Tank

PMS

OBC

Batteries

Sensor Array
Passive Magnet

ACS Thruster PWR_PCU

5
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

Figure 1

For the sake of simplicity, the Structure is represented transparent in Figure 1.

CATIA V5R11 has been used to produce the configuration work. The model uses, inasmuch
as it is possible, a coherent naming convention and harmonized with the one used for ESEO
models. CATIA will be used to produce outputs for the mass budget and the bill of materials
and to check the satellite’s total mass and CoG. The axis system used will be the one used in
ESEO models – origin at bottom center plate and the axis oriented as shown in Figure 1.

Table 1exhibits the masses currently available as well the position of the center of gravity of
each subsystem.

6
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

Component Volume[m3] Mass[kg] Gx[mm] Gy[mm] Gz[mm]


z0 plate 0,00739929 7,39929 1,70E-15 5,76E-15 15,3
reinforcement panel.1 0,0042256 4,2256 -1,39E-13 85,65 335,398
reinforcement panel.2 0,0042256 4,2256 0 -85,65 335,398
lateral panel.1 0,00065 0,65 -251 -8,05E-13 325
lateral panel.2 0,00065 0,65 1,94E-13 -251 325
lateral panel.3 0,00065 0,65 251 5,55E-14 325
lateral panel.4 0,00065 0,65 -3,89E-13 251 325
z+ plate 0,00233592 2,33592 -3,33E-13 -6,4548 644,7
3_hole_bracket 5,73E-05 0,450571 8,57E-11 111,072 43,794
3_hole_bracket.1 5,73E-05 0,450571 4,59E-13 -111,072 43,794
1_hole_bracket 1,07E-05 0,0844302 -129,038 86,2242 41,366
1_hole_bracket.1 1,07E-05 0,0844302 -129,038 -86,2242 41,366
1_hole_bracket.2 1,07E-05 0,0844302 129,038 86,2242 41,366
1_hole_bracket.3 1,07E-05 0,0844302 129,038 -86,2242 41,366
support bracket.1 0,000273399 0,740911 -70,1252 -171,3 366,9
support bracket.2 0,000273399 0,740911 70,1252 -171,3 366,9
support bracket.3 0,000273399 0,740911 70,1252 -1,84E-11 366,9
support bracket.4 0,000273399 0,740911 -70,1252 2,69E-10 366,9
support bracket.5 0,000273399 0,740911 70,1252 171,3 366,9
support bracket.6 0,000273399 0,740911 -70,1252 171,3 366,9
top bracket.1 1,34E-05 0,0363143 -101,709 113,609 629,799
top bracket.2 1,34E-05 0,0363143 -101,709 -113,609 629,799
top bracket.3 1,34E-05 0,0363143 101,709 -113,609 629,799
top bracket.4 1,34E-05 0,0363143 101,709 113,609 629,799
corner_bracket 0,000244387 0,66229 -223,587 -223,587 335
corner_bracket.1 0,000244387 0,66229 -223,587 223,587 335
corner_bracket.2 0,000244387 0,66229 223,587 -223,587 335
corner_bracket.3 0,000244387 0,66229 223,587 223,587 335
P-POD.1 0,00800761 4,99976 5,27E-13 -1,38751 456,951
CAM.1 0,001 1 -1,04E-13 144,6 644,4
tanque.1 0,0104245 3,60017 159,4 2,73E-10 370,299
tanque.2 0,0104245 3,60017 -159,4 2,73E-10 370,299
ACS thruster cluster.1 0,0003 0,25 220 -8,08E-14 55,6
ACS thruster cluster.2 0,0003 0,25 -220 -6,66E-14 55,6
PMS Box.1 0,009 2,5 -155,7 167,6 294,4
LGA antenna.1 0,00027075 0,0999077 200,5 200,5 665
LGA antenna.2 0,00027075 0,0999077 200,5 -200,5 665
LGA antenna.3 0,00027075 0,0999077 200,5 -265 591,9
LGA antenna.4 0,00027075 0,0999077 200,5 265 591,9
LGA antenna.5 0,00027075 0,0999077 265 200,5 591,9
LGA antenna.6 0,00027075 0,0999077 265 -200,5 591,9
Transceiver.1 0,00648 4,8 4,44E-13 -154,6 319,4
Batterie.1 0,000929419 1,80081 -1,34E-10 153,85 126,65
PWR_PCUpower.1 0,003 1,5 155,7 142,6 194,4

Magnetometer box.1 2,70E-05 0,027 -95,7 -167,169 665


OBDH.1 0,001 1 140,7 -142,6 152,86
Passive magnet unit.1 6,28E-06 0,00628319 4,41E-14 225 629,4
Passive magnet unit.2 6,28E-06 0,00628319 -2,01E-14 225 40,6
Sensor array.1 4,00E-06 0,004 -235 -235 -5
Sensor array.2 4,00E-06 0,004 -150,269 -102,6 655
Sensor array.3 4,00E-06 0,004 -115,654 -257 40,6
Sensor array.4 4,00E-06 0,004 10 257 40,6
Sensor array.5 4,00E-06 0,004 257 -102,6 40,6
Sensor array.6 4,00E-06 0,004 -257 -102,6 40,6
SSETI - Express 0,0762764 55,3359 2,09989 2,55823 305,755

Table 1

7
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

The distance of the satellite’s center of gravity to the z-Axis is 3.31 mm, well inside the 5 mm
radius imposed by Arianespace in [RD8]. The z-coordinate also complies with the limit
established in [RD8].

It should be noted that the total mass indicated in Table 1 is not the final value. More accurate
values are needed from each team regarding this parameter, as well about the placement of
each box. Nevertheless, being considered the most important mass items in the satellite, we
can conclude that the final value of the total mass will be well under the 120 kg limit for this
class of satellites.

From Figure 1, it can also be noticed that there is too much space available. For example, the
–x/-y corner is completely empty. It should be considered the possibility of reducing the
height of the tanks, in order to have a more compact satellite.

5.1 Problems needing attention


Besides the already referenced problem of some lack of information regarding the mass
budget of each subsystem, the Configuration team faced other problems while preparing the
CATIA file here presented. The questions are presented in a subsystem by subsystem form.

ADCS

• Are there any restrains about the position of the sensor arrays relatively to each other
and to the satellite?
• Is the position of the magnetometer box decided? The same question for the
magnetometer coil.
• Do the two passive magnets units have to be along the z-Axis (not possible because of
the P-POD position) or in any place as long they are parallel to the z-Axis?
• What are the influences of all this elements on the electronic devices? How close can
they be to them?

8
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

OBC

• Do you have any idea of what will be the final weight of your subsystem?
• Could it be possible to join your computer with Power computer in the same box
(hence reducing in one the number of housings needed)?

9
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

6 OVERVIEW ON CURRENT STRUCTURE

The primary structure consists of two vertical panels made of aluminium honeycomb with a
10mm thickness core and 0.3mm for the face sheets. From ESEO, it is noted a cutback in two
honeycomb panels. The reason why it can be done is the fact that for SSETI-Express the total
mass on equipment will be much lower than for ESEO. This way, we simply don’t need four
honeycomb panels, and can use only two, reducing the price for the entire structure and
making it much simpler to produce.

However, it is expected that the thin lateral panels, without the support of this two honeycomb
panels, will decrease the rigidity of the entire structure and lower its fundamental frequency.
To fight this problem, 6 U-shaped support brackets were added. The next set of pictures show
this in detail.

Figure 2

10
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

Figure 3

Since these U-shaped brackets don’t go all the way down to the base, they add to the structure
the interesting capability of not interfering with most of the piping needed by propulsion
team. This way we were able to reduce significantly the complexity necessary for it in terms
of interfaces and structural cuttings needed.

The base plate will also be made of honeycomb, but its thickness shall be higher due to
rigidity reasons. The final value is still to be defined.

The top plate is also made of aluminium honeycomb. Its thickness in ESEO structure is the
same as the primary structure, but for SSETI Express, and since the amount of equipment
placed on the top side of the satellite is lower, it shall not require the same thickness. Its value
is still to be defined but it should be less than 10 mm.

The lateral panels are solid aluminium. Their thickness for ESEO is now 2mm, but since we
are planning on using body mounted solar panels, this value will surely be reviewed.

11
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

From the last workshop, one small problem came up with this structure and its interface with
the separation ring. It was found that 4 of the 12 bolts used for this interface were non load
bearing bolts. Currently, and after restudying the structural joints, the number of ‘not-load
bearing’ bolts is two (the two bolts immediately positioned under the tanks). The next pictures
show the structural joints in more detail.

Figure 4 – Bottom joint

Figure 5 – Bottom joint

12
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

Figure 6 – Top joint

Still, this could go against Arianespace requirements for launch on Ariane 5, and by the time
this document was produced, there wasn’t a clear definition on the implications from this
problem. If we plan to launch with the same rocket (and separation ring), it could turn out to
be necessary to do some changes on this interface. Studies are being developed to solve this
problem and contacts with Arianespace were already established to assess the possibility of
launching with the current configuration/structure (common to ESEO and SSETI-Express).

The launcher versatility requirement, which states that the satellite should be designed to be
launched on an A5-ASAP platform and on the Eurockot rocket, forces the need for two I/F
solutions. Main focus will be on the A5-ASAP platform, however. Internal interface with the
P-POD sub-system will be carefully analysed.

The main deliverables of this team will be:

• Technical construction drawings of the structure subsystem. Construction shall be sub-


contracted (in negotiation with ISF)
• Finite element analysis report with results from:
¾ Static analysis
¾ Modal analysis
¾ Harmonic response Æ secondary structure loads calculations
• Design description document
• Design justification
• Stress analysis (basic, probably no FE required)
• Interface loads calculations for both launcher options (if needed)

13
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
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7 PERSONNEL INVOLVED

This is a list of the students involved in SSETI-Express Configuration and Structures teams
and their responsibilities inside the team.

NAME E-MAIL CONTACT SUB-TEAM


António Melro antonio.melro@fe.up.pt +351 93 386 29 34 STRU/CONF –
general coordinator /
structural finite
element analysis
Pedro Portela portela@fe.up.pt +351 91 617 35 55 STRU/CONF –
general coordinator
Pedro Bandeira pedro.bandeira@vianw.pt +351 91 900 31 29 STRU – development
of structural parts
Raphael Marques raphaelmarq@clix.pt +351 96 487 00 64 CONF – technical
drawings of structural
parts
Ricardo Bencatel ricardo.bencatel@sapo.pt +351 91 879 66 63 CONF – general
configuration
drawings

14
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
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Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
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8 TIMELINE

JANUARY

• Gathering information from the different subsystems about mass and dimensions first
estimates.
• Study of the new structural joints.
• Elaboration of the new CATIA configuration file.
• Establishing first contacts with ISF for possible cooperation in building the satellite’s
structure.
• Preparation of Design Solutions document for ‘go/no go’ decision on 26th January
meeting in ESTEC.

FEBRUARY

• Preparing data about structural parts in order to establish close relations with ISF in
the 23rd February meeting.
• Preparing possible solutions for ASAP5 separation ring problem and discussion with
experts in ESTEC (date to be determined).
• Final definition of satellite’s Configuration.

MARCH & APRIL

• Finite Element Analysis on the all structure and definition of main parameters for
sine-vibration tests.

MAY

• Building of the satellite’s structure, supposing it will be done by ISF.


• If previous point is not possible, then the satellite’s panels will have to be bought and
final assembly could be done here at the University of Porto’s laboratories.

JUNE

• Vibration tests: this is also a point that has to be determined on the 23rd February
meeting with ISF.
• If the ISF can’t perform the vibration tests on the satellite, they can be performed at
the University of Porto’s laboratories, free of charge.

JULY

15
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

• Final delivery of the assembled satellite.

9 COSTS

This point is dependent on the results from the 23rd February meeting with ISF.

16
Project: SSETI Express
Doc : SSETI Express Structures/Configuration – Design
Solutions
Phase : Phase B
Date: 24.01.2004
Ref :
EXPRESS_B_STRU+CONF_240104_02_Design_Solutions.doc

10 TESTING

This point is dependent on the results from the 23rd February meeting with ISF.

However, if an agreement is not possible on this point, the final sine-vibration and random
tests can be performed here at University of Porto’s laboratories, free of any cost.

17
Projecto de Fim de Curso
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

ANEXO C – Resultados da Análise de


Elementos Finitos realizada ao Micro-
satélite SSETI-Express

- 101 -
Projecto de Fim de Curso
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- 102 -
Projecto de Fim de Curso
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- 103 -
Projecto de Fim de Curso
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- 104 -
Projecto de Fim de Curso
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- 105 -
Projecto de Fim de Curso
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

ANEXO D – Modelo 3D do Micro-satélite


SSETI-Express e cálculo do Centro de
Gravidade e Matriz de Inércia

- 106 -
Projecto de Fim de Curso
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- 107 -
Projecto de Fim de Curso
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- 108 -
Projecto de Fim de Curso
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- 109 -
Projecto de Fim de Curso
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- 110 -
Projecto de Fim de Curso
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- 111 -
Projecto de Fim de Curso
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- 112 -
Projecto de Fim de Curso
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- 113 -
Projecto de Fim de Curso
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- 114 -
Projecto de Fim de Curso
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- 115 -
Projecto de Fim de Curso
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- 116 -
Projecto de Fim de Curso
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Subsystems CoGs & Masses


Center of Gravity (mm)
Name Mass (kg)
Xg Yg Zg
Structure 14,823 -0,952 10,77 302,399
Base 0,891 - - -
Shear Panels 3,398 - - -
Lateral Panels 3,1 - - -
Corner Profiles 1,927 - - -
Top 0,465 - - -
Titanium Ring 2,143 - - -
Brackets 1,784 - - -
Screws, Nuts, Washers, etc... 1,115 - - -
Propulsion 11,876 -51,114 -39,951 321,818
Tank 6,969 - - -
PMS 3,407 - - -
ACS Thruster +x 0,31 - - -
ACS Thruster -x 0,31 - - -
Tubing 0,674 - - -
Misc. 0,205 - - -
MAGIC 0,832 -134,597 -0,582 418,417
OBC 1,204 -145,347 175,6 230
CAM 1,223 150,825 1,813 606,998
ADCS Magnetotorquer +x 0,3 244,85 0 340,3
ADCS Magnetotorquer -y 0,3 0 -244,85 310,3
ADCS Sun Sensor +y 0,001 140 253,8 59,218
ADCS Sun Sensor -y 0,001 145 -253,8 89,218
ADCS Magnetotorquer Driver 0,083 0 -239 489,7
ADCS Magnetometer 0,148 -106,564 184,65 469,067
ADCS Passive Magnet 0,07 0 -130,6 629,597
S-band Transmitter 2,643 173 125,609 340,074
S-band Antenna +z 0,317 179,027 169,015 648,342
S-band Antenna +x 0,317 240,442 159,985 139,727
S-band Antenna -x 0,317 -240,442 159,985 99,673
EPS Battery 1,221 0,267 -130,365 548,636
EPS PCU 2,074 0,196 -157,552 215,459
EPS PIN 0,145 124,548 -180 360,546
UHF Transceiver 0,712 170,63 -113,602 429,275
Deployment Activation Switch 0,155 172,326 -166,291 -27,111
Single T-Pod +y 1,723 19,541 173,166 546,479
Single T-Pod +x 1,723 181,418 -19,541 246,874
Single T-Pod -x 1,723 -180,918 19,541 246,874
Cubesat Xi-V 1 -179,5 20 223,3
Cubesat UWE-1 1 20 172 569,8
Cubesat NCube2 1 180 -20 223,3
UHF Antenna 0,05 134,344 23,707 706,827
Dassault Separation Ring 2,484 -3,686 -13,758 -44,915
Shunt 200W 0,475 0 232,98 86,4
Solar Cells 0,708 - - -
Screws, Nuts, etc 0,33 - - -

SUM 50,977

- 117 -
Projecto de Fim de Curso
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Propriedades de Inércia

• Configuração de lançamento
Mass [kg] 50,977

CoG [mm]
x -5,89556
y 4,96653
z 310,124

MoI [kgm2]
2,92908 -0,078466 -0,020934
3,03742 -0,108888
Sym. 1,99622

• Configuração de voo com tanque cheio


Mass [kg] 46,3115

CoG [mm]
x -7,25067
y 2,48519
z 322,787

MoI [kgm2]
2,53773 -0,083448 -0,025125
2,61937 -0,035253
Sym. 1,84865

• Configuração de voo com tanque vazio


Mass [kg] 44,0561

CoG [mm]
x -7,62187
y 2,56122
z 319,568

MoI [kgm2]
2,4948 -0,083474 -0,024044
2,57632 -0,035474
Sym. 1,84373

- 118 -
Projecto de Fim de Curso
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ANEXO E – Desenhos de definição dos


Painéis de Honeycomb

- 119 -
Projecto de Fim de Curso
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ANEXO F – Resultados de análises de


Elementos Finitos sobre Elementos de
Ligação do Micro-Satélite SSETI-Express

- 130 -
Projecto de Fim de Curso
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Base Bracket

- 131 -
Projecto de Fim de Curso
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Top Bracket

- 132 -
Projecto de Fim de Curso
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Top Bracket TPOD

- 133 -
Projecto de Fim de Curso
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Mid-height Bracket 01

- 134 -
Projecto de Fim de Curso
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Mid-Height Bracket 02

- 135 -
Projecto de Fim de Curso
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Mid-Height Bracket 03

- 136 -
Projecto de Fim de Curso
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Mid-Height Bracket 04

- 137 -
Projecto de Fim de Curso
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Mid-Height Bracket 05

- 138 -
Projecto de Fim de Curso
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
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ANEXO G – Desenhos de Definição dos


Elementos de Ligação do Micro-satélite
SSETI-Express

- 139 -
Projecto de Fim de Curso
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ANEXO H – Desenho de Definição do Anel


de Titânio

- 149 -
Projecto de Fim de Curso
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- 151 -
Projecto de Fim de Curso
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
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ANEXO I – Desenhos de Definição da


Estrutura Secundária do Micro-satélite
SSETI-Express

- 152 -
Projecto de Fim de Curso
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ANEXO J – Desenhos de Definição da


Estrutura Terciária do Micro-satélite SSETI-
Express

- 161 -
Projecto de Fim de Curso
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
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ANEXO K – Desenhos de Definição de


Insertos utilizados no Micro-satélite SSETI-
Express

- 166 -
Projecto de Fim de Curso
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ANEXO L – Manual de Integração e


Verificação do Micro-satélite SSETI-
Express

- 178 -
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

SSETI Express

Integration Manual
Ref.:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration_Manual.doc

Issue: Draft02
Date: 27/09/2004

Prepared by: António Melro Date: 26 September 2004

Checked by: {checked by} Date:

Approved by: {approved by} Date:

SSETI, ESA-ESTEC, ADM-RE


P.O. Box 299, 2200 AG Noordwijk, The Netherlands
Tel. (31) 71 565 4603 - Fax. (31) 71 565 5590
E-mail: education@esa.int
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

Document Change Record

Issue Date Changes


Draft01 21-Sep-04 First Draft
Draft02 26-Sep-04 Added Instructions for all Integration Effort

1
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

Table of Contents

Document Change Record..........................................................................................................1

Table of Contents .......................................................................................................................2

1 Introduction ........................................................................................................................4

2 Related Documents.............................................................................................................5
2.1 Applicable Documents ...............................................................................................5
2.2 Reference Documents.................................................................................................5

3 Insert Potting ......................................................................................................................6


3.1 Selection of adhesive ..................................................................................................6
3.2 Position of different inserts on the sandwich panels ..................................................7
3.2.1 Base Panel ..........................................................................................................8
3.2.2 Shear Panel +y....................................................................................................9
3.2.3 Shear Panel -y...................................................................................................11
3.2.4 Shear Panel +x0y..............................................................................................13
3.2.5 Shear Panel -x0y...............................................................................................14
3.2.6 Shear Panel +x+y..............................................................................................15
3.2.7 Shear Panel +x-y...............................................................................................16
3.2.8 Shear Panel -x+y...............................................................................................17
3.2.9 Shear Panel -x-y ...............................................................................................18
3.2.10 Top Plate...........................................................................................................19

4 Primary Structure Assembly.............................................................................................21


4.1 Introduction ..............................................................................................................21
4.2 First parts of primary structure (Step 1) ...................................................................21
4.3 Integration of ACS Clusters, piping and tank (Step 2).............................................25
4.4 Primary Structure Integration – 2nd phase (Step 3) ..................................................28
4.5 Finishing the integration of the Central Primary Structure (Step4)..........................31
4.6 Final integration of Propulsion subsystem (Step 5) .................................................33
4.7 Top plate and lifting eye nuts (Step 6) .....................................................................34

5 Internal Subsystems Integration .......................................................................................35


5.1 Integration of Magnetometer ....................................................................................35
5.2 Integration of Camera...............................................................................................36
5.3 Integration of Passive Magnet ..................................................................................36
5.4 Integration of PCU and Battery ................................................................................37
5.5 Integration of T-Pods................................................................................................38
5.6 Integration of OBC ...................................................................................................39

2
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

5.7 Integration of S-band Transmitter and +z antenna ...................................................40


5.8 Integration of UHF ...................................................................................................41
5.9 Integration of PIN.....................................................................................................42
5.10 Integration of Propulsion ICU ..................................................................................43
5.11 Activation Switch .....................................................................................................44

6 Secondary Structure..........................................................................................................45
6.1 Corner Profiles..........................................................................................................45
6.2 Lateral Panels ...........................................................................................................46
6.2.1 Lateral Panel +x................................................................................................46
6.2.2 Lateral Panel –y ................................................................................................47
6.2.3 Lateral Panel -x.................................................................................................48
6.2.4 Lateral Panel +y................................................................................................49
6.3 Integration of Secondary Structure...........................................................................50

3
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

1 Introduction
This Integration Manual pretends to establish the integration steps to be followed during the
assembly of the SSETI Express satellite.

The document contains information regarding needed materials and tools for the integration
effort, guidelines on how to use them based on distributor’s data sheets and consecutive steps
to be followed during integration.

The information presented on this document should be regarded has complementary data to
the 3D model of SSETI Express. This model can be found on the ftp file server with the name
Express_3D_model_3.2.2. All the pictures presented on this report were collected from that
same model.

4
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

2 Related Documents

2.1 Applicable Documents

2.2 Reference Documents

[RD1] – Express_C_Proppayload_040605_02_IntegrationPlan.pdf
[RD2] – Integration_Tracking_18092004.xls

5
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

3 Insert Potting

3.1 Selection of adhesive


An insert system is constituted by 3 elements: Insert, Sandwich Structure and Potting
compound. The first two elements are already manufactured and shall not be subject of further
considerations.

However, the potting compound hasn’t been selected yet. The standard potting material is a
liquid two-component epoxy resin of reduced weight and simultaneously improved viscosity.
Characteristic properties of this resin are that it can only be applied by injection with an air-
pressurised gun and that it will not flow after injection, provided the correct viscosity is
maintained.

The basic properties of a typical resin compound can be found on Table 1:

Density 0.6 – 0.7 kg/dm3


Tensile Strength 14 N/mm2
Compressive Strength 36 N/mm2
Shear Strength 10 N/mm2
Tensile Modulus 2300 N/mm2
Temperature Resistance Up to 100 ºC
Table 1 – Potting Material Properties

There are four adhesives which can be used for this operation:

• Shur-Lok Resin System SLE 3010 – This is especially suitable for inserts. The resin
and hardener components which are separately contained in the cartridge cases are
mixed according to the attached preparation instructions and can then be processed in
the original cartridge. For more details refer to product data SLE 3010 7-29-70.

• Lekutherm X227 + T3 hardener – This adhesive requires, after mixing these two
components, the addition of microballoons B23-500 in order to increase viscosity. It
also requires a Senco cartridge without cavities with a orifice nozzle of about 2 mm
diameter.

• REDUX 830 (Hexcel Composites® company) – This is a low density, self


extinguishing, room temperature curing, two-part, epoxy paste adhesive.

• HYSOL® – There are a number of Epoxy Paste Adhesives that could be used on this
task. Good gap filler capability, low density and moderate viscosity are some of their
qualities. HYSOL® belongs now to LOCTITE ® Company. It is possible to see on
their website not only the product data sheets but also information on custom

6
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

packaging. HYSOL_EA_934NA, HYSOL_EA_9392 and HYSOL_EA_9394_2 are


three possibilities among the HYSOL list of epoxy pastes. On the custom packaging,
since we need to inject the adhesive into the inserts, Injection-type cartridges or Dual
cartridge/static mixer kits seem to be the most adequate.

Information on handling, preserving, mixing the two components and conditions of


application can be found on the products’ data sheets. Each adhesive has its own mixing rates,
curing temperature and consequent curing time, conditions under which the two components
should be mixed, etc, and all this information has to be handed over by the manufacturer
along side with the two components.

The components can be acquired in a cartridge or tin. This choice should depend on how
much manpower it is available during integration has a tin shouldn’t be open and remain in
that condition for a long period of time or deterioration of the components will occur.

WARNING: One of the main components of these adhesives is epoxy. Adequate ventilation
is required. Precaution is advised on its handling. In case of contact with skin, it should be
washed thoroughly with soap and water.

3.2 Position of different inserts on the sandwich panels


Each subsystem requires a specific mounting system based on its weight or possibility of
access to both sides of the sandwich panel during integration. Because of that, several inserts
were manufactured. The following paragraphs refer each one to a different panel. Each picture
represents the location of the inserts and each type of insert is represented by a number
according to the following table.

1 Insert-4.5-10.6
2 Insert-5.5-10.6
3 Insert-6.5-10.6
4 Insert-6.5-30.6
5 Insert-M4-10.6
6 Insert-M5-10.6
7 Insert-Base-Lateral
8 Insert-Top-Lateral
9 Insert-Thruster

Be advised that it is extremely important the correct positioning of all these inserts. In some
cases, their placement is critical. In case of doubt, please contact the author of this document
for further clarification.

7
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.1 Base Panel

8
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.2 Shear Panel +y

9
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

For reasons of space on this page, these two pictures do not represent the entirety of the panel.
However, all inserts along the edges shown are to be considered with the same orientation.

Each picture contains a reference system which corresponds to the actual orientation of the
sandwich panel according to the satellite’s general reference axis. Looking at the two pictures
on this page, it is visible that the insert signaled with (8) is not symmetrical. Therefore, its
orientation is very important when potting this kind of insert.

This warning is to be considered for all panels that require inserts (8).

10
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
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Phase : D
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3.2.3 Shear Panel -y

11
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
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Phase : D
Date : 27/09/2004

12
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Doc:
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Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.4 Shear Panel +x0y

13
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.5 Shear Panel -x0y

14
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Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.6 Shear Panel +x+y

15
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Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
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Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.7 Shear Panel +x-y

16
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Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.8 Shear Panel -x+y

17
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Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.9 Shear Panel -x-y

18
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
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Phase : D
Date : 27/09/2004

3.2.10 Top Plate

19
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
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Phase : D
Date : 27/09/2004

Besides these inserts, there are two others that must also be placed during this phase. The
insert for the UHF antenna on the top plate and the insert for the activation switch on the base
plate.

Figure 1 - Activation Switch Insert

Figure 2 - UHF Antenna Insert

20
Project: SSETI Express
Doc:
Express_D_STRU+CONF_040926_02_Integration
_Manual.doc
Phase : D
Date : 27/09/2004

4 Primary Structure Assembly


4.1 Introduction
Due to its tic-tac-toe configuration, the central compartment is of difficult access when all the
panels are up on their places. In other words, whatever subsystem/equipment is to be placed
there, it must be done during integration of main structural elements. If not, there is the
possibility of not being able to add that item later on.

Because of this, the tank and its associated tubing, as well as the rest of the Propulsion system
– Propellant Management System (PMS) and ACS Thrusters - must be integrated altogether
with the Primary Structure. This is the reason why the structure for the flight model should
not be assembled at ESTEC, but in Stuttgart, where the Propulsion subsystem is being
developed.

This chapter is intended to be followed when assembling the primary structure of the satellite
and integrating the Propulsion system to it. There is little room for mistakes as it could force
one to disassemble everything and going back to square one.

4.2 First parts of primary structure (Step 1)


The following pictures were taken from the 3D model of the launch configuration of the
satellite SSETI Express. They are meant to provide an integration sequence for the primary
structure alongside with the propulsion system.

Figure 3 represents the separation ring, the base plate, the titanium ring and the 4 base
brackets. This is the starting point of the integration. A set of 12 M6x55 screws is to be placed
from bottom to up passing by separation ring, base plate and titanium ring.

Another set of 8 M4x16 screws is to be placed on the bottom brackets, 2 screws per bracket.
These will hold the brackets to the titanium ring during changing of the separation ring at
launch site and provide better stability on the brackets mechanical behaviour.

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Figure 3

Next step is to place three sandwich panels. The panels are: Shear Panel +y, Shear Panel +x+y
and Shear Panel –x+y. Please notice that Shear Panel +y is exactly the one where the tank is
mounted.

With these three panels, two middle-height brackets and two top brackets are to be used,
along with the base brackets already installed - Figure 4.

The connection base brackets <–> shear panels requires M6x30 screws and nuts, one pair for
each shear panel. For middle brackets, there are to be used M5x16 screws alone. As for the
top brackets the integration process turns out to be a bit trickier.

On the +x+y corner of the structure, the special top bracket for the TPOD, designated on the
3D model as Top_bracket_TPOD_v2.0, is to be used. As for the –x+y corner, a normal top
bracket applies.

It is probably easier if these three shear panels are pre-integrated and then integrated into the
already assembled components.

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Figure 4

For the special top bracket represented on Figure 5, there is the need to use three screws: two
M5x25 and one M5x16. The need to use screws with different lengths is justified by the
presence of one of the TPODs on the other side of the Shear Panel +x+y, and the impossibility
of using a nut here. This is why the M5x16 screws directly on the insert.

The other two M5x25 screws require a washer and a nut each. The washers to be used on the
satellite should all belong to the Large category. This occurs because there is the need to have
a washer with a diameter bigger than the diameter of the potting system, thus providing a
correct transmission of loads from the screw/nut to the skin of the sandwich panel.

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Figure 5

Figure 6

On the normal top bracket (Figure 6), there is also something abnormal: there are to be used
three M5x25 screws and one M5x30 screw. The picture shows the position of this screw.
There is the need to use one different screw since in that position, but on the other side of the
panel, there is another bracket to be used with Shear Panel –x0y.

In order to spare this specific screw to the screw/unscrew repetitive actions, it is


recommended to leave the M5x30 screw to the end of the integration process when the other
bracket is placed.

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4.3 Integration of ACS Clusters, piping and tank (Step 2)


The Propulsion system can now be started to be integrated onto the primary structure. The
first integrated parts should be the ACS clusters and their corresponding tubing (Figure 7).
This step is in accordance with [RD1].

The ACS clusters are to be integrated using each four M4x10 screws and one M4x35 onto the
base plate. This last one is bigger and is the one closer to the edge of the base plate. It is
supposed to pass through all the ACS cluster height.

Figure 7

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Next step to be taken is the integration of the tank using two tank mountings. These
mountings are to be screwed onto the Shear Panel +y as depictured in Figure 8.

Four M5 screws are to be used in the tank integration along with their respective washers and
nuts. The maximum length of these screws on the other side of the panel is 13.4 mm since on
the other side there is one of the T-PODs. The distance mentioned is exactly the distance
between the Shear Panel +y and the wall of the T-POD.

Figure 8

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Now, the High Pressure Tubing can be integrated both on the tank and be hard mounted on
the base plate using the correct pipe mountings (Figure 9).

Figure 9

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4.4 Primary Structure Integration – 2nd phase (Step 3)


Since the central compartment is not going to take any more hardware, it is now possible to
complete the integration of the primary structure. Only when all eight shear panels are
assembled, the primary structure will be strong enough to handle the integration of the other
subsystems.

We shall now use an ‘anticlockwise integration’ of the remaining primary structure, starting
with the Shear Panel +x0y. As depicted in Figure 10, this shear panel requires three brackets
to be mounted. The two brackets that connect the panel to Shear Panel +y are two #10
brackets using M5 screws. The two screws on the Shear Panel +y are M5x25 and require a
washer and a nut on each. There are four screws on the Shear Panel +x0y and they are all
M5x16. In relation to the bracket connecting Shear Panels –y and +x0y, it requires three
M5x16 and its reference is #11.

Figure 10

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Next, we deal with Shear Panels –y, -x-y and +x-y. These are to be mounted according with
Figure 11. These three panels require: four M6x30 screws (in total) for the base brackets,
along with four washers and nuts; eight M5x25 screws and corresponding washers and nuts
on the top brackets; six M5x16 on the middle brackets.

Like when it happened with Shear Panels +y, +x+y and -x+y, it should probably be easier to
pre-integrate these three other elements in separate and then perform the integration to the
already assembled parts.

Figure 11

29
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The last integration move on this step is to place the Shear Panel -x0y (Figure 12). This panel
is placed using the two remaining mid-height brackets. Bracket #13 is the one that shares one
mounting point with the Top-bracket -x+y. It also requires one M5x16 and one M5x25. This
last one also uses one M5 washer and nut.

Bracket #12 requires three M5x16 screws only.

Figure 12

30
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4.5 Finishing the integration of the Central Primary Structure (Step4)


After all these steps, it is recommended that a thorough check of all the mounting points is
performed. Every structural panel should be checked for scratches or other damage that could
have occurred during the integration effort.

To finalize the integration of the Primary structure, there are four aluminium brackets to be
placed in four specific places, connecting two different shear panels. These brackets are not to
be screwed but glued on the panels.

Their positions are represented in the next three figures.

WARNING: Since these brackets are to be glued, once they are integrated, there is no turning
back. Caution is advised when performing this operation since it will be impossible to remove
these brackets after the glue is dry.

Figure 13

31
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Figure 14

Figure 15

32
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4.6 Final integration of Propulsion subsystem (Step 5)


To finish the integration of the Propulsion subsystem, the only thing left to be mounted is the
Propellant Management System. It requires ten M4x25 screws along with ten washers and
nuts.

Figure 16

33
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4.7 Top plate and lifting eye nuts (Step 6)


The Top Plate can now be placed in order for the primary structure to achieve the maximum
strength, and to have available all of its mounting space. With the Top Plate on its place, it
will also be possible to move around the satellite using its lifting frame. This lifting frame is
to lift the satellite using the four M6x30 screws and respective M6 lifting eye nuts.

Figure 17

34
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5 Internal Subsystems Integration


Now that the primary structure is complete, the several subsystems which are to be mounted
on it can finally be integrated.

The integration order used on this chapter is not rigid. If, for some reason, one certain
equipment is not ready to be integrated, it is possible to move forward with the integration
effort. Whenever it is absolutely necessary to respect the integration order here presented, so
will be told and the reason for such explained.

This integration order takes into consideration [RD2].

It is advised to perform first all the mechanical mounting of the subsystems, and only after to
set up the electrical wiring between them.

5.1 Integration of Magnetometer


It requires four M4x20 and four nuts.

Figure 18 - Magnetometer

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5.2 Integration of Camera


The camera housing requires only six M4x16 screws.

Figure 19 - Camera

5.3 Integration of Passive Magnet


Requires only two M4x10. This element must be placed before the battery does since it would
be quite problematic to have access to the screws with the battery already mounted.

Figure 20 – Passive Magnet

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5.4 Integration of PCU and Battery


PCU requires four M4x16 as well as the battery.

Figure 21 – PCU

Figure 22 – Battery

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5.5 Integration of T-Pods


Each of them requires four M5x40, along with four washers and nuts. The T-Pod on –x side
of the satellite should be mounted before the OBC due to accessibility to the screws/nuts.

Figure 23 – General view of the three T-Pods

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5.6 Integration of OBC


The On-Board Computer requires four M4x25 screws along with washers and nuts.

Figure 24 - OBC (in blue)

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5.7 Integration of S-band Transmitter and +z antenna


The S-band antenna on the top plate requires an antenna mounting interface with the panel.
This interface uses three M4x16. The antenna is mounted on this interface with four M4x8.

Figure 25 – S-band +z antenna

Figure 26 - S-band Transmitter

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5.8 Integration of UHF


The UHF antenna requires four M4x8 screws and it is mounted on the UHF Antenna Insert
glued previously on the top plate.

Figure 27 - UHF Antenna

The UHF transceiver is mounted with six M4x10.

Figure 28 - UHF Transceiver

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5.9 Integration of PIN


The PIN is a very simple component which only requires four M4x10. It should be mounted
after the UHF transceiver or it will be impossible to have access to two of the six mounting
screws used on the transceiver.

Figure 29 – PIN

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5.10 Integration of Propulsion ICU


This subsystem requires six M4x16 screws for integration

Figure 30 - Propulsion ICU

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5.11 Activation Switch


Before moving to the outer structure and subsystems, there is one more component that needs
to be implemented: the activation switch. It is to be mounted on the activation switch base
insert with four M2x6 screws.

Figure 31 - Activation Switch

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6 Secondary Structure
Since there are several items attached on each of the four lateral panels, and it is also
necessary to mount the corner profiles, this step of the integration effort has to be performed
with some caution.

First, the panels should be laid out next to the structure in order to be easy to perform all
electrical wiring. It must be in this position that all equipment will be mounted on the laterals.
After this, the panels shall be lifted and screwed on the primary structure. When this is done,
there will be no more possibility to access the interior of the satellite, except on those areas
covered by the cuts on the lateral panels – PMS and T-PODs.

Before closing the satellite, it is advised to perform a thorough inspection on both mechanical
and electrical connections.

6.1 Corner Profiles


The corner profiles can be easily pre-integrated. This process only requires implementing the
rivet nuts along the corner profiles. A special tool for this purpose is required. Normally, a
pneumatic tool is used, but a simple tool with possibility to rotate in both directions can also
be used if handled with care, since the torque produced is much higher. Be advised that some
literature uses the designation ‘threaded inserts’ for this fastening solution. In order to avoid
misunderstandings, the designation ‘rivet nut’ is used on this text.

These rivet nuts are to be applied along all of the four profiles in all the Ø6 mm holes. A
video of the installation process is available on the ftp.

Figure 32 – Close up on one of the corner profiles

Be advised that some holes on these profiles are NOT to have this kind of rivet nuts. These
are easily distinguishable as they present a smaller diameter (Figure 32).

Due to the length of these structural elements, it is also required to clamp the profiles on at
least two clamps before installing the rivet nuts.

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6.2 Lateral Panels


It is now possible to start integrating equipment on the lateral panels themselves. The order by
which the panels should be integrated on the primary structure is the same order used here to
present the different panels.

6.2.1 Lateral Panel +x


This panel has to provide access to T-Pod +x, allowing for introduction of a cubesat and
charging of T-Pod’s electronic box and offer an open wall for one of the ACS thrusters. Other
equipment mounted on it are the solar cells (elements that exist in every lateral panel), one S-
band antenna and one magnetotorquer coil.

Figure 33 - Lateral Panel +x. Left: outside view; Right: inside view

The two associated corner profiles should be mounted on this panel in first place.

The solar cells are to be glued onto the panel. The S-band antenna is mounted using four
special M4 screws. These screws must allow for the mounting and un-mounting of the
protective caps. The magnetotorquer coil is to be placed using four coil clamps with M4x8
screws and nuts.

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6.2.2 Lateral Panel –y


This panel has to provide access to the Flight Preparation Panel and to the Fill/Drain Valves
of the Propulsion subsystem.

On it, there are several items mounted, both on the inside as in the outside. On the inside, we
have one magnetotorquer coil and its driver. On the outside there are the solar cells and one
sun sensor.

Figure 34 - Lateral Panel -y. Left: outside view; Right: inside view

The magnetotorquer coil is to be mounted the same way as the previous. The driver uses two
mounting brackets attached to the panel with four M4x8 screws and nuts and the driver is
mounted using six M4 screws. The sun sensor is to be mounted with only two M2x12 screws
and respective nuts.

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6.2.3 Lateral Panel -x


This panel has to provide access to T-Pod -x, allowing for introduction of a cubesat and
charging of T-Pod’s electronic box and offer an open wall for one of the ACS thrusters. Other
equipment mounted on it are the solar cells and one S-band antenna.

A special care is required on the S-band antenna orientation since if it isn’t placed as
depictured it will not be possible to attach its cable due to OBC’s housing.

Figure 35 - Lateral Panel -x. Left: outside view; Right: inside view

The mounting of the solar cells and S-band antenna has already been presented, and it repeats
itself on this panel.

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6.2.4 Lateral Panel +y


This panel must provide an open wall through which the electronic box of the +y T-Pod can
be charged.

Mounted on this panel it is possible to find one suns sensor, solar cells and one shunt.

Figure 36 - Lateral Panel +y. Left: outside view; Right: inside view

The shunt requires six M4x10 screws and respective nuts. The sun sensor is mounted making
use of two M2x12 screws and respective nuts.

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6.3 Integration of Secondary Structure


The integration of the four pre-assembled parts previously referenced should be executed by
the following order: Lateral Panel +x, Lateral Panel –y, Lateral Panel –x, Lateral Panel +y.

The following pictures represent the four steps to assemble the secondary structure.

Figure 37 – Step 1

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Figure 38 - Step 2

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Figure 39 - Step 3

52
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Figure 40 - Step 4

53
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Appendix A – Structure’s Bill of Material


Quantity/sat Part Name Quantity Total Available Status
1 Base 2 1 In Production
16 Base - Lateral Insert 32 35 Ready
2 Thruster Insert 4 0 To be Ordered
12 Insert-6.5-30.6 24 30 Ready
33 Insert-M5-10.3 66 50 To be Ordered
1 Titanium Ring 2 2 Ready
1 Shear Panel +y 2 0 In Production
52 Lateral - Shear Insert 104 110 Ready
16 Insert-6.5-10.6 32 40 Ready
33 Insert-5.5-10.6 66 60 To be Ordered
28 Insert-4.5-10.6 56 90 Ready
1 Shear Panel -y 2 0 In Production
36 Insert-M4-10.3 72 70 To be Ordered
1 Shear Panel +x 0y 2 1 In Production
1 Shear Panel -x 0y 2 1 In Production
1 Shear Panel +x +y 2 1 In Production
1 Shear Panel -x +y 2 1 In Production
1 Shear Panel +x -y 2 1 In Production
1 Shear Panel -x -y 2 1 In Production
1 Top plate 2 1 In Production
4 Base bracket 8 0 In Production
1 Top Bracket TPOD v2. 2 0 In Production
3 Top Bracket v2.0 6 0 In Production
2 Mid-height Bracket 01 4 0 In Production
4 Mid-height Bracket 02 8 0 In Production
1 Mid-height Bracket 03 2 0 In Production
1 Mid-height Bracket 04 2 0 In Production
1 Mid-height Bracket 05 2 0 In Production
1 Lateral Panel +x 2 0 To be Ordered
1 Lateral Panel +y 2 0 To be Ordered
1 Lateral Panel -x 2 0 To be Ordered
1 Lateral Panel -y 2 0 To be Ordered
1 Corner Profile +x+y 2 0 To be Ordered
1 Corner Profile -x+y 2 0 To be Ordered
1 Corner Profile -x-y 2 0 To be Ordered
1 Corner Profile +x-y 2 0 To be Ordered
8 Coil Clamp Bracket 16 0 In Production
1 UHF Antenna Insert 2 0 In Production
2 Coil Driver Bracket 4 0 In Production
1 Activation Switch Insert 2 0 In Production
1 S-band Antenna Interface 2 0 In Production
4 Aluminium 'Patch' 8 0 In Production
1 Passive Magnet Housing 2 0 To be Ordered
39 Rivet Nuts - TU-SSM4UKO30 78 0 In Production
11 ISO 4762 SCREW M4x16 STEEL HEXAGON SOCKET HEAD CAP 22 23 Ready
12 ISO 4762 SCREW M6x30 STEEL HEXAGON SOCKET HEAD CAP 24 25 Ready
8 ISO 4032 NUT M6 STEEL GRADE A HEXAGON 16 27 Ready
26 ISO 4762 SCREW M5x16 STEEL HEXAGON SOCKET HEAD CAP 52 53 Ready
16 ISO 4762 SCREW M5x25 STEEL HEXAGON SOCKET HEAD CAP 32 0 In Production
1 ISO 4762 SCREW M5x30 STEEL HEXAGON SOCKET HEAD CAP 2 32 Ready
16 ISO 7093-1 WASHER 5x15 STEEL GRADE A PLAIN LARGE SERIES 32 33 Ready
17 ISO 4032 NUT M5 STEEL GRADE A HEXAGON 34 35 Ready
88 ISO 4762 SCREW M4x8 STEEL HEXAGON SOCKET HEAD CAP 176 0 In Production
39 ISO 4762 SCREW M4x10 STEEL HEXAGON SOCKET HEAD CAP 78 0 In Production
4 ISO 7093-1 WASHER 6x18 STEEL GRADE A PLAIN LARGE SERIES 8 9 Ready
20 ISO 4032 NUT M4 STEEL GRADE A HEXAGON 40 41 Ready
4 LIFTING EYE NUT 8 0 To be Ordered

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