Você está na página 1de 7

FACULDADE DE CIÉNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FÁRMACIA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

AULA 3 – SEPARAÇÃO DE MISTURAS HOMOGÊNEAS

1. INTRODUÇÃO

Uma mistura pode ser definida como um estado de dispersão que se encontram
duas substâncias. As substâncias sólidas e líquidas podem formar dispersões entre si da
mesma forma que as substâncias liquidas com outras substâncias líquidas. As misturas
podem ter duas condições de misturas que são as condições de misturas heterogêneas,
quando não é possível identificar apenas uma fase dispersa e, homogêneas quando é
possível identificar apenas uma fase na solução.
As misturas heterogêneas podem distinguir as fases ao olho nu e, por não
apresentarem a mesma propriedade em sua extensão podem ser separadas por métodos
físicos. As misturas homogêneas requerem mecanismos físico-químicos específicos
para sua separação; Como elas apresentam uniformidade em suas características em
todos seus pontos, para separá-las se faz necessário uma compreensão das propriedades
físico-químicas das componentes da mistura. Misturas de soluções liquidas homogêneas
podem ser formadas por substâncias que apresentam características físicas muito
similares, mas polaridades diferentes. (1)
A destilação é um dos processos mais utilizados para separação de dois líquidos
em uma mistura homogênea. A destilação simples é um método utilizado para separar
principalmente sólidos dissolvidos em determinados sólidos em determinados líquidos.
A separação ocorre por meio da ebulição do liquido solvente que, ao aquecer, muda
para o estado gasoso desloca-se para um condensador e retorna ao estado líquido.
A destilação fracionada é mais utilizada para separar líquidos que estão
dissolvidos um nos outros. (1) A separação ocorro por que esses líquidos apresentam
ponto de ebulições diferentes e quando submetidos a uma rampa de aquecimento,
separam-se de forma fracionada por um mecanismo análogo a destilação simples. Um
dos exemplos mais clássicos de separação por destilação fracionada é a separação dos
componentes do petróleo.
A destilação é um processo físico de separação de misturas. Toda aparelhagem
para os processos de destilação é descrita nesse relatório a seguir. A montagem deve ser
feita com muita cautela por se tratar de vidrarias muito específicas apesar de fácil
acesso. (1)
Com base nisso, esse relatório apresenta os aspectos experimentais e uma
discussão do ponto de vista químico sobre o processo de separação de misturas
homogêneas, mais especificamente dos processos de destilação simples e fracionados.
Além disso serão discutidas as práticas disponibilizadas para discorrer essas práticas.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral


Apresentar o ponto de vista prático e experimental para o processo de separação
de misturas líquidas homogêneas através do processo de destilação.
2.2. Objetivos específicos

● Apresentar o aparato experimental para destilação;


● Discorrer sobre o fenômeno de separação de misturas homogêneas;
● Comparar os processos descritos.

3. METODOLOGIA

3.1. Materiais utilizados

Para as práticas apresentadas foram utilizados os seguintes materiais e reagentes


descritos abaixo:

● Etanol 70% (Álcool comercial)


● Cloreto de sódio em solução aquosa
● Sulfato de cobre em solução aquosa
● Acetona comercial
● Suporte universal
● Garras
● Conector de destilação simples
● Bi conector de destilação
● Erlenmeyer
● Balão de fundo redondo
● Termômetro de mercúrio
● Condensador
● Condensador de destilação fracionada
● Manta de aquecimento
● Mangueiras de borracha
● Fluxo de água
● Rolha
● Pastilhas de porcelanas

3.3. Procedimento experimental


3.3.1. Destilação simples
Em uma bancada acoplar o sistema com o balão de fundo redondo na manta de
aquecimento, a conexão de destilação e um conector com três conexões na forma
vertical. Nas conexões foram acoplados um termômetro de mercúrio na vertical e um
condensador na horizontal. Nas duas saídas do condensador foram colocados uma
mangueira para entrada de água e uma para saída. Na extremidade do condensador foi
colocado um bi conector com saída de líquido voltado para Erlenmeyer. A Figura 1
demostra o aparato experimental conjunto para destilação simples.
No balão de fundo redondo foram colocadas as amostras para destilação. Em
cada vídeo foram separadas misturas entre líquidos e sólidos diferentes, porém seguindo
o mesmo procedimento descrito acima. O procedimento de preparo das soluções não foi
descrito. As soluções utilizadas foram de cloreto de sódio e sulfato de cobre.

Figura 1. Esquema para destilação simples.

O sistema de destilação fracionada se assemelha muito ao sistema de destilação


simples, porém, a torre de fracionamento é colocada na forma vertical. A coleta é feita
pelo mesmo procedimento. O esquema para destilação fracionada está representado na
Figura 2.
Figura 2. Esquema para destilação fracionada

No balão de fundo redondo foram colocadas as amostras para destilação. Em


cada vídeo foram separadas misturas homogêneas de líquidos diferentes, porém
seguindo o mesmo procedimento descrito acima. O procedimento de preparo das
soluções não foi descrito. As soluções utilizadas foram de álcool etílico comercial 70%
e acetona comercial.

4. RESULTADOS E DISSCUSÃO

Na destilação simples pode ser observado que quando a mistura atinge uma
determinada temperatura próxima de 100°C começa ocorrer uma evaporação constante
da água, isso porque a temperatura do vapor do liquido segue um aquecimento
constante, sem notáveis impurezas voláteis. O material condensado chega a
condensador e decresce sua temperatura para retornar a temperatura ambiente e
consequentemente volta ao estado líquido onde é transferido para o Erlenmeyer
enquanto o sólido começa atingir um estado de supersaturação no balão de fundo
redondo.
Ambos os sais dissolvidos possuem temperaturas de fusão muito elevadas
comparadas com a temperatura de ebulição do solvente, que nesse caso é a água. As
perolas de vidro ou porcelana são acrescentadas para manter o aquecimento homogêneo
e evitar refluxo da solução para dentro do condensador.
A separação de líquidos através de uma evaporação e condensação não é efetiva,
exceto no caso de líquidos cujos pontos de ebulição diferem muito. Uma melhor
separação é obtida a base de uma coluna de fracionamento, pela qual se passa o vapor e
se coloca em contato com parte do condensado que desce pela coluna.
Durante o experimento de destilação fracionada é necessário retirar frações que
podem vir acompanhadas de impurezas. Retira-se uma quantidade inicial do destilado
chamado de “cabeça” e uma parte do final chamado de “cauda”, pois essas frações
correm o risco de ter impurezas ou uma parcela de mistura dos solventes. A diferença
do ponto de ebulição das misturas é o fator determinante para separação. A Tabela 1
apresenta esses aspectos.

Tabela 1. Propriedades das misturas analisadas no experimento de destilação fracionada

Ponto de ebulição
Mistura Componentes Fração
(ºC)
Inferior
Água 100
Fica retida no balão
Álcool comercial
Superior
Etanol 78
Destilado
Superior
Propanona 56
Destilado
Acetona comercial Água +
Inferior
estabilizantes Aprox. 100
Fica retida no balão
comerciais
A coluna de fracionamento garante uma série de micro destilações simples
sucessivas que ocorrem nos pratos internos da coluna. Ela de fato, possui uma eficiência
maior que a da destilação simples. A destilação fracionada então deve ser feita
especialmente para misturas de líquidos que tenham também temperaturas de ebulição
próximas. Uma observação sobre a separação da acetona e do sulfato de cobre aquoso,
soluções originalmente com cor azul, é a obtenção de um produto destilado incolor que
indica a eficiência da destilação. Os produtos coloridos não são voláteis e
consequentemente não são vaporizados. O rendimento não foi avaliado por conta que a
vazão não foi controlada, porém pode-se observar uma fração destilada considerável.

5. CONCLUSÕES

Concluímos que o processo de destilação é eficiente para separação de misturas


de soluções homogêneas de acordo com as propriedades físico-químicas dos
componentes da mistura. O sistema de destilação é construído com uma configuração
convencional e não apresentou limitações experimentais consideráveis.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Sartori ER, Batista ÉF, Santos VB dos, Fatibello-Filho O. Construção e


Aplicação de um Destilador como Alternativa Simples e Criativa para a
Compreensão dos Fenômenos Ocorridos no Processo de Destilação. Química
Nov na Esc. 2009;31(1).

Você também pode gostar